Sérgio Fonseca DesportoAndré Couto faz o melhor resultado da época em Suzuka [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto conquistou o terceiro lugar da classe GT300 na prova rainha do campeonato Super GT, os 1000 quilómetros de Suzuka, no passado fim-de-semana. Este foi o melhor resultado de uma temporada que tem sido particularmente difícil para o piloto que é campeão em título da categoria. “Devemos estar satisfeitos porque foi um bom fim-de-semana no geral”, verbalizou Couto, que faz equipa este ano com o japonês Ryuichiro Tomita, no final da prova. Largando da sexta posição, para uma prova que teve mais de cinco horas de duração, Couto fez o primeiro turno de condução, entregando o carro ao seu companheiro de equipa já na segunda posição. Depois, Tomita teve um alegado contacto com o Subaru BRZ oficial e foi penalizado, caindo o Nissan do Team Gainer para fora dos dez primeiros. A corrida teria o seu primeiro momento de “Safety-Car” à 98ª volta já com Couto ao volante e o seu Nissan à frente da categoria GT300. Fruto de diferentes estratégias, Couto desceria para a segunda posição e depois, com a chuva a cair no final da corrida, o Nissan cinzento ainda haveria de perder mais uma posição, desta vez com o piloto nipónico novamente ao leme. Ainda assim o resultado do duo luso-nipónico foi visto como bastante positivo. “Foi o nosso primeiro pódio do ano esta temporada”, explicou Couto, acrescentando que “os 1000 quilómetros de Suzuka são a prova mais dura do campeonato e estamos orgulhosos deste resultado neste evento. Houve momentos de má sorte na corrida, mas também de sorte – e no fim fomos capazes de marcar pontos (13 pontos) também, o que é bom”. O campeonato Super GT regressa em Outubro para sua única prova fora do Japão, no Circuito Internacional de Chang, em Buriram, na Tailândia, terminando em “casa”, no mês Novembro, com uma jornada dupla na pista japonesa de Motegi. Temporada difícil O ano passado Couto venceu na classe GT300 os 1000 quilómetros de Suzuka, colocando-se em posição privilegiada para ser campeão da categoria, o que viria a acontecer uma prova mais tarde. Contudo, hoje, Couto e Tomita têm apenas 24 pontos e ocupam apenas o nono lugar a 23 pontos dos líderes do campeonato, a dupla japonesa da equipa oficial da Subaru, Takuto Iguchi/Hideki Yamauchi. Apesar de Tomita ser claramente inferior a Katsumasa Chiyo – o jovem japonês que o ano passado acompanhava o piloto da RAEM no Nissan do Team Gainer na maior parte das provas – há muitas outras razões para explicar os resultados mais modestos do GT-R Nismo GT3 Nº 0 esta temporada. A Dunlop, que equipa o Nissan de Couto, tem tido nas locais Yokohama e Bridgestone oposição à altura, sendo que nenhum dos fornecedores de pneus tem mostrado supremacia incontestável em relação aos seus rivais em nenhum ponto do campeonato. Ao contrário da BMW, Audi ou Ferrari, a Nissan não lançou um carro novo para esta época e continua a utilizar o mesmo carro de anos anteriores, apostando em pequenas actualizações para tentar equiparar-se aos seus adversários. Depois, as atenções da Nissan parecem na classe GT300 estar focadas no carro nº3, entregue aos seus protegidos Kazuki Hoshino/Jann Mardenborough. Igualmente, existe uma queixa recorrente que o Balanço de Performance (BOP – na sigla inglesa – que é responsável pelo equilíbrio de performance em pista de viaturas com princípios técnicos tão diferentes) é desfavorável às viaturas FIA GT3, como o Nissan de Couto, em comparação com as viaturas “made in Japão” JAF300, como é o caso do Subaru que lidera o campeonato. Couto tem sido cauteloso nas palavras sobre este assunto, mas nem todos os pilotos têm sido assim tão contidos. Nobuteru Taniguchi, que conduz um Mercedes-Benz AMG GT3, queixou-se depois da corrida de Suzuka que “só nas paragens boxes os JAF300 ganharam 20 a 30 segundos”. Uma ideia reforçada por Takashi Kobayashi, que tripula um BMW M6 GT3, para quem “o lastro que carregava, mais a restrição da compressão do turbo estipulada, fizeram parecer que conduzia um GT200…”
Sérgio Fonseca DesportoDúvidas continuam sobre a aceitação de pilotos consagrados na prova de F3 [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]esde da recusa da Federação Internacional do Automóvel (FIA) em deixar participar o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet Jr no Grande Prémio de Pau de F3, em Maio, que é desconhecida qual será a posição do organismo máximo que regula o automobilismo a nível mundial no que respeita à Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O HM sabe de fonte próximas ao processo que a federação internacional ainda não tomou uma decisão e entende que este assunto só será discutido no Conselho Mundial da FIA do próximo mês de Setembro. Stefano Domenicali, o presidente da Comissão de Monolugares da FIA, sempre se mostrou cauteloso sobre este assunto, ele que vetou a participação de Piquet Jr, o que gerou uma onda de indignação nos bastidores do automobilismo e na imprensa especializada. Há duas correntes válidas de opinião: uma que defende que a F3 deve ser uma categoria exclusivamente apenas para jovens pilotos em ascensão na carreira e outra que considera que é o mais valia a presença de pilotos consagrados, que além de serem um desafio ao mais novos, trazem novos focos de atenção à competição. Félix da Costa discorda António Félix da Costa venceu a Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 em 2012 e regressou ao Circuito da Guia em 2013 para tentar revalidar o título, terminando no segundo lugar. O jovem lisboeta é no entanto a favor que haja restrições quanto à participação de determinados pilotos nesta categoria de formação. “A Fórmula 3 é uma categoria de formação e lançamento de pilotos. Todos os que vencem em Macau são respeitados no automobilismo mundial e muitos dos que vencem chegam à F1 ou a categorias de grande importância, tornando-se 99% deles pilotos profissionais”, explicou Félix da Costa ao HM. Curiosamente o actual piloto da BMW no DTM e da equipa Andretti no campeonato de carros eléctricos Fórmula E reconhece que “apesar de ser espectacular de correr no Circuito da Guia e ter saudades de o fazer de Fórmula 3, colocar pilotos mais velhos, com tanta experiência e palmarés não faz sentido. Há que entender que esta é uma categoria para os mais novos se lançarem”. Félix da Costa afirma também que há tempo para tudo, “se vence na altura certa ou o nosso tempo passou”. O ex-piloto da Red Bull Racing no entanto confessa que o triunfo em Macau é “um dos títulos mais saborosos que tenho no meu CV, aquele que mais me tocou provavelmente mas mesmo que não o tivesse feito, teria de aceitar que o meu tempo passou. Há alturas para tudo”. Já Nuno Pinto é a favor Nuno Pinto, o Director Desportivo da Prema Powerteam, a equipa que venceu as últimas edições da Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3, é a favor da proposta da FIA “em limitar a três anos a participação de um piloto na F3 de forma a evitar os especialistas e dar vantagem a pilotos muito mais experientes”, mas o também treinador português de jovens pilotos reconhece que “por exemplo deixar que um piloto estrela, ou consagrado, faça uma prova esporadicamente, sem que marque pontos para o campeonato, pode ser um factor adicional de interesse. Ou seja, para mim um piloto jovem devia querer medir-se contra os melhores e não ter receio de defrontar um consagrado, especialmente na Fórmula 3 porque isso tem de ser sempre um factor extra de motivação”. Pinto dá como exemplo o que se passou em Pau: “Falando do caso em concreto do Piquet Jr. todos os nossos pilotos na Prema eram a favor de que ele tivesse participado em Pau, porque consideravam um desafio interessante e tinham um misto de motivação e confiança que o podiam bater e assim ver as suas performances ainda mais valorizadas”. Numa altura em que os pilotos, principalmente dos escalões superiores, onde se destaca a Fórmula 1, são criticados por serem demasiado “politicamente correctos” e previsíveis, Pinto destaca que “se ainda existem pilotos com paixão e desejo de fazer provas pelo simples facto que tem prazer em correr nessas categorias ou circuitos, temos de incentivar para que isso aconteça e não o contrário”. O nosso interlocutor realça também que “Macau é especial e continua a ser a corrida preferida de muitos pilotos que já subiram de categoria mas não seria interessante termos os jovens pilotos a competir e vencer contra alguns dos campeões da últimas edições, como o Mortara, Juncadella, Félix da Costa, Rosenqvist? E se juntássemos um par de pilotos de Fórmula 1 como Ricciardo e Verstappen? Não seria espectacular? Não iria dar um grande destaque a um jovem que conseguisse semelhante proeza? Eu penso que sim e são desafios como esses que tornam os jovens pilotos ainda melhores…”
Hoje Macau DesportoOlímpicos | Portugueses em sofrimento na maratona. Brasil termina em festa O último dia de competição não foi feliz para os portugueses, com os atletas a sofrerem para terminarem as provas e com algumas desclassificações pelo meio. A chuva caia no sambódromo onde, no final da maratona, escolas de samba com ritmos frenéticos e bailarinas pulantes aguardavam os maratonistas para acabar em festa e passar o testemunho a Tóquio [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s provas decorreram debaixo de chuva e nem sempre se mostraram fáceis. Os maratonistas portugueses; Rui Pedro Silva e Ricardo Ribas sofreram para cumprir a prova, acabando em 123.ª e 134.ª lugar respectivamente. O triunfo foi direitinho para o atleta do Quénia Eliud Kipchoge. Rui Pedro Silva gastou 2:30.52 horas e Ricardo Ribas precisou de 2:38.29, marcas muito longe dos recordes pessoais e inferiores à conseguida por Dulce Félix, 16.ª na maratona feminina (2:30.39). Ambos os maratonistas reconheceram um enorme sofrimento ao longo dos 42,195 quilómetros, num ‘dia mau’, mas que, apesar das dificuldades, quiseram chegar ao final da prova. O queniano Eliud Kipchoge conquistou o título olímpico, ao vencer a prova em 2:08.44 horas, superando em 1.10 minutos o etíope Feyisa Lilesa (2:09.54), medalha de prata, e em 1.21 o norte-americano Galen Rupp (2:10.05), medalha de bronze. A prova de ‘cross country’ olímpico revelou-se infeliz para Tiago Ferreira que foi eliminado devido ao atraso que tinha, após um furo na roda. David Rosa palmilhou meia volta com a bicicleta na mão, com a roda traseira partida, e teve o mesmo fim. Ambos foram vítimas da regra que determina a eliminação dos corredores com um atraso superior a 80% do tempo feito pelo líder no final da primeira volta. O suíço Nino Schurter conquistou a medalha de ouro, à frente do campeão de Londres, o checo Jaroslav Kulhavy, enquanto o espanhol Carlos Coloma foi medalha de bronze. Russa emocionada Yelena Isinbayeva, a melhor atleta do mundo no salto com vara, não evitou ontem as lágrimas no juramento olímpico como membro do COI, lugar para o qual foi eleita apesar de excluída dos Jogos do Rio devido ao caso de doping que envolveu o seu país, a Rússia. A atleta foi um dos quatro novos membros a ser admitida por votação, com a alemã Britta Heidemann (esgrima), a sul-coreana Ryu Seug-min (ténis de mesa) e o húngaro Daniel Gyurta (natação), mais a neozelandesa Sarah Walker (BMX), que foi a votos na Assembleia por escolha do presidente do COI. A russa, que anunciou o final da carreira há dois dias, viu um terço dos votantes entre os membros do COI opor-se à sua entrada, ao contrário dos votos unânimes para os quatro outros atletas. Ouro para Espanha A espanhola Ruth Beitia conquistou a medalha de ouro no salto em altura, com 1,97 metros, precisamente menos um centímetro do que saltaram as duas melhores nesta especialidade no heptatlo. Tanto a britânica Katarina Johnson-Thompson, que terminou no 2º lugar, como a belga Nafissatou Thiam, que viria a conquistar o ouro nas combinadas, saltaram 1,98 metros. Johnson-Thompson reagiu imediatamente no Twitter ao concurso, com três sorrisos de cabeça para baixo, mas este desfecho deve ter sido mais pesado para Thiam, que até estava inscrita no salto em altura e não alinhou. “O meu Rio 2016 foi mais do que um sucesso e acaba aqui. Estou física e mentalmente exausta e não vou competir nas qualificações para o salto em altura. O heptatlo era o meu objectivo principal e agora chegou a altura de descansar e gozar esta medalha de ouro”, escreveu Thiam, antes de ver a consagração de Beitia. Irlanda a braços com a justiça A polícia brasileira fez buscas às instalações do Comité Olímpico Irlandês (OCI) no Rio de Janeiro e apreendeu telemóveis, computadores portáteis e passaportes. A informação foi dada pelo próprio Comité, acrescentando que “nenhuma detenção foi feita”, mas que a polícia apreendeu “passaportes, bem como telemóveis e portáteis” de vários membros do OCI (sigla em inglês). O organismo diz ainda que alguns membros do seu Comité foram convocados para se “apresentarem na terça-feira na polícia, para serem ouvidos”. Em causa está uma investigação a uma rede de venda ilegal de bilhetes no Rio 2016 e que levou à detenção de Patrick Hickey, presidente do Comité Olímpico Irlandês e membro do COI, que na sexta-feira foi levado para uma prisão do Rio de Janeiro. A secretaria de administração prisional confirmou na ocasião que o dirigente foi transferido para a prisão de Bangú, nos arredores do Rio de Janeiro, depois de a justiça brasileira ter ordenado a sua detenção na quarta-feira. Hickey, de 71 anos, foi detido na quarta-feira no hotel onde se encontrava e sentiu-se mal, razão pela qual foi conduzido ao hospital. Mais tarde foi-lhe decretada a prisão preventiva. O dirigente, que é também presidente da Associação dos Comités Olímpicos Europeus, renunciou temporariamente a todos os cargos no movimento olímpico, incluindo o do COI e da presidência do Comité Irlandês. A polícia apreendeu cerca de mil bilhetes e, segundo a polícia, os ingressos eram vendidos a preços cinco vezes acima do valor normal. O principal negócio incidiu na venda para a cerimónia de abertura, onde chegaram a pedir 8 mil dólares por bilhete, e de encerramento, que planeavam vender a 15 mil dólares. Brasileiros divididos A maioria dos brasileiros pensa que a organização do Rio 2016 fará mais mal do que bem ao país, mas ao mesmo tempo sentem-se orgulhosos pela organização do maior evento desportivo mundial. De acordo com uma sondagem feita e publicada ontem no Estadão, 62% consideram os Jogos mais negativos do que positivos para o país, enquanto 57% dizem que o evento impulsionou a imagem internacional. Quando questionados em relação à forma como decorreu, a imagem é positiva: 42% dizem que foi bom ou excelente, 30% razoável e 24% que foi pobre. “A maioria apoia os jogos, mas têm dúvidas em relação ao uso de dinheiros públicos quando existem prioridades, considerando a crise económica que se vive”, explicou Marcia Cavallari, uma das responsáveis da empresa de sondagens.
Hoje Macau DesportoRio 2016 | Equipa canarinha brilhou. Telma é porta estandarte. Tempo de balanço [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Jogos Olímpicos Rio2016 terminaram ontem com os maratonistas Rui Pedro Silva e Ricardo Ribas e os ciclistas David Rosa e Tiago Ferreira, no ‘cross country’, a fecharem a participação portuguesa. O Brasil festejou em grande a vitória contra a Alemanha e nas despedidas faz-se o balanço. Na comitiva portuguesa cabe a Telma Monteiro ser a porta-estandarte Neymar, autor da grande penalidade decisiva que deu o inédito título olímpico de futebol ao Brasil, no sábado, admitiu que esse foi dos melhores momentos que já viveu. “Isto é das melhores coisas que já me aconteceu na vida”, admitiu o emocionado ‘capitão’ dos ‘canarinhos’, que dedicou o título à família, amigos e companheiros de selecção. O Brasil reina no futebol internacional com cinco títulos mundiais, mas faltava-lhe o mais desejado: Neymar marcou o primeiro golo do desafio que terminou 1-1 no tempo regulamentar e após o prolongamento e, no quinto e último penálti, logo após Nils Petersen permitir a defesa de Weverton, teve o momento que o deixará na história do país. A equipa conquistou a medalha de ouro no torneio masculino de futebol do Rio, ao vencer a Alemanha por 5-4 no desempate através de grandes penalidades, depois do empate 1-1 no tempo regulamentar e no prolongamento. O Brasil já tinha vencido quase tudo no futebol, faltava a medalha de ouro olímpica no torneio masculino, que já não falta. Depois do prolongamento vieram os penáltis e foi então que o guarda-redes Weverton defendeu o ‘tiro’ de Nils Petersen e Neymar selou o triunfo da equipa canarinha. Nas despedidas Fernando Pimenta, João Ribeiro, Emanuel Silva e David Fernandes terminaram a final de K4 1.000 metros na sexta posição, a 5,339 segundos da Alemanha, campeã olímpica. Foi-se o ‘metal’, ficou o diploma, o quarto nas provas de canoagem, depois dos alcançados em K1 1.000 metros, K2 1.000 metros e no C1 em slalom. Já em fase de despedidas, Telma Monteiro, a única medalhada portuguesa, foi a porta-estandarte da delegação portuguesa na cerimónia de encerramento dos Jogos, repetindo a tarefa de Londres, então na cerimónia de abertura. A escolha pertenceu ao chefe da missão portuguesa, José Garcia, dando honras a Telma Monteiro de levar a bandeira portuguesa, depois de ter sido o velejador João Rodrigues, recordista em Jogos Olímpicos, o porta-estandarte na abertura. Em jeito de balanço O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, felicitou a hospitalidade brasileira e mostrou-se satisfeito com o sucesso desta edição “Jogos emblemáticos e, os brasileiros são grandes anfitriões, unidos em torno dos Jogos Olímpicos”, frisou o responsável. Bach não esqueceu a parte competitiva, enaltecendo Usain Bolt e ainda a forma como foram tratados os membros da equipa olímpica de refugiados, tratados como ‘rockstars’ na Aldeia Olímpica”, concluiu. Competição Park In-bee sucede no historial do golfe olímpico a Margaret Abbott, 116 anos depois. A sul-coreana Park In-bee sagrou-se campeã olímpica de golfe feminino, sucedendo no historial à norte-americana Margaret Abbott, medalha de ouro em 1900. “Estou muito honrada e orgulhosa por ter conquistado uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. É verdadeiramente inacreditável! Estou muito feliz por ter subido ao lugar mais alto do pódio”, afirmou a sul-coreana. Park In-bee concluiu o torneio com 268 pancadas, menos cinco do que a neozelandesa Lydia Ko, número um mundial. “Não consigo parar de chorar. Estou muito feliz por tudo o que fiz nos últimos quatro anos”, explicou a norte-americana Gwen Jorgensen, depois de se sagrar campeã olímpica de triatlo. Depois do furo no pneu da sua bicicleta que a remeteu para o 38.º lugar há quatro anos, Jorgensen venceu a prova, deixando a suíça Nicola Spirig, medalha de ouro em Londres e campeã da Europa em 2009, 2010, 2012, 2014 e 2015, no segundo lugar, a escassos 40 segundos. Jorgensen, campeã do mundo e vencedora de 12 etapas Mundial 2014 e 2015, assegurou o primeiro título olímpico na modalidade para os Estados Unidos. E vão seis A norte-americana Allyson Felix conquistou no sábado a sua sexta medalha de ouro em Jogos Olímpicos, ao ajudar os Estados Unidos a revalidar o título na estafeta de 4×400 metros, que conquistam desde Atlanta 1996. O quarteto formado por Courtney Okolo, Natasha Hastings, Phyllis Francis e Allyson Felix cumpriu a prova em 3.19,06 minutos, deixando a Jamaica, campeã do mundo em 2015, na segunda posição, a 1,26 segundos. A Grã-Bretanha assegurou a medalha de bronze, em 3.25,88. Movidos a galinha e salmão A espanhola Ruth Beitia, especialista no salto em altura, queixou-se da variedade dos menus para os atletas na Aldeia Olímpica, onde está há 16 dias. “A nossa alimentação é à base de galinha e salmão, galinha e salmão e ainda galinha e salmão, mas temos também massa e salada”, explicou Beitia, admitindo que foram integrados novos pratos nos últimos dias. Não sendo apreciadora de carne, a espanhola vai levar algum tempo para voltar a comer salmão: “Comi tanto salmão que até fico com comichões quando vejo salmão”. De raízes cubanas e naturalizado espanhol em 2013, Orlando Ortega já adaptou o gosto ao país e escolheu paelha para celebrar a medalha de prata nos 110 metros barreiras.
Hoje Macau DesportoFernandoOlímpicos |Pimenta e Nelson Évora despediram-se sem títulos. Biles e Bolt de novo em destaque O sonho luso não vingou uma vez mais. Nelson Évora e Fernando Pimenta não subiram ao pódio. Simone Biles arrepiou caminho colocando-se ao nível mais alto da competição. A atleta ganhou quatro medalhas de ouro. Usain Bolt volta a surpreender e corre em direcção ao oitavo título. Por fim, a história do atleta que dedica a sua conquista ao líder do país [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]português Fernando Pimenta foi o melhor a arrancar na prova de K1 1.000 metros, mas o sorriso da liderança foi desaparecendo à medida que algas e folhas da Lagoa Rodrigues de Freitas o impediam de ganhar velocidade. No fim, ficou a tristeza da conquista de um quinto lugar. O português foi medalha de prata em K2 1.000 metros em Londres, em dupla com Emanuel Silva. O ouro foi conquistado pelo espanhol Marcus Walz, que seguia no quinto lugar aos 750 metros da regata. Outro atleta em quem os portugueses tinham depositado esperanças era Nelson Évora. Alcançou o sexto lugar no concurso do triplo salto, com o seu melhor registo, (17,03), no entanto a vitória foi direitinha para o norte-americano Christian Taylor que revalidou o título conquistado em 2012, graças aos 17,86 metros do primeiro ensaio. O norte-americano Will Claye (17,76), celebrou a medalha de prata com o pedido de casamento à sua namorada, a também atleta Queen Harrison, que estava nas bancadas. Para a China seguiu o bronze, a primeira medalha de sempre nesta modalidade, e o responsável é Dong Bin com a marca de 17,58. Salto à vara desilude Apontada como favorita no salto com vara, a brasileira Fabiana Murer foi incapaz de reeditar o êxito do conterrâneo Thiago Braz, que na segunda-feira conquistou a medalha de ouro na especialidade. O sonho de Murer terminou logo nas eliminatórias com os três falhanços em 4,55 metros, uma marca que lhe tinha valido, pelo menos a presença na final. Marta Onofre (4,30) e Leonor Tavares (4,15), também foram afastadas. Bolt corre para o oitavo título Depois de ter conquistado a sétima medalha de ouro, ao vencer pela terceira vez consecutiva a prova dos 100 metros, o jamaicano Usain Bolt qualificou-se facilmente para as meias-finais dos 200 metros. Bolt gastou 20,28 segundos, abaixo do rival norte-americano Justin Gatlin (20,42), e poupou esforços nos últimos 50 metros, assegurando a 15.ª marca das eliminatórias. Ainda no atletismo a queniana Faith Kipyegon sagrou-se campeã olímpica dos 1.500 metros nos Jogos batendo a etíope Genzebe Dibaba, campeã e recordista mundial. Kipyegon, que chegou ao Brasil com a melhor marca do ano (3.56,41 minutos) ganhou no estádio Olímpico do Rio de Janeiro em 4.08,92, enquanto Dibaba terminou em segundo, com o tempo de 4.10,27, trocando de posição com a queniana em relação aos Mundiais de 2015. A norte-americana Jennifer Simpson, campeã do mundo em 2011, ficou com a medalha de bronze, terminando em 4.10,53. Biles vezes quatro Muito se esperava de Simone Biles, mas a atleta não conseguiu chegar às cinco medalhas, arrecadando “apenas” quatro. A americana que tem tido prestações intocáveis, igualou o melhor registo, ao conquistar o quarto título, na final de solo. Aos 19 anos fica assim ao lado das ‘imortais’ Larissa Latynina (1956), Vera Caslavska (1968) e Ecaterina Szabo (1984), depois de ter vencido o concurso completo individual, a prova por equipas e no salto de cavalo. Para se isolar na história olímpica, faltou-lhe o ouro na trave, em que conquistou o bronze. Solidariedade vale presença na final A queda da neozelandesa Nikki Hamblin e da norte-americana Abbey D’Agostino nas eliminatórias dos cinco mil metros acabou por se tornar um exemplo de solidariedade, que assegurou a presença das atletas na final. Hamblin foi a culpada. Ao pisar a corda desequilibrou-se e caiu, levando a que D’Agostino, que seguia atrás de si, também fosse ao chão, a 2 mil metros do fim. A neozelandesa tentou recompor-se e perante as dificuldades físicas da adversária ajudou-a a levantar-se para cumprir a prova. Apesar de terem cruzado a meta mais de um minuto e meio depois da etíope Almaz Ayana (15.04,35), o espírito olímpico de Hamblim (16.43.61) e D’Agostino (17.10,02) foi recompensado com a repescagem para a final. Norte Coreano dedica título ao líder Ri Se-gwang venceu o ouro no salto de cavalo com a pontuação de 15,691. O título estava anteriormente nas mãos da Yang Hak-seon, atleta da Coreia do sul. Ao vencer a prova o jovem de 21 anos, disse “É com uma alegria e uma emoção indescritível que dedico esta vitória ao nosso líder”, sem nunca referir o nome de Kim Jong-un. O ginasta de 21 anos, que fez uma saudação militar no pódio enquanto ouvia o hino nacional e reiterou esta dedicatória. “A medalha não me diz nada, é um presente para o meu país. Esta medalha de ouro é a alegria para o meu país”, rematou. A medalha de prata foi para o russo Denis Abliazin, que já a tinha conquistado em Londres, atleta que nas argolas foi medalha de bronze e o japonês Kenzo Shirai obteve a medalha de bronze, apesar de ter terminado com a mesma nota do romeno Marian Dragulescu, mas terá feito uma melhor execução, segundo os juízes. COI não homenageia João Havelange O Comité Olímpico Internacional (COI), ao qual João Havelange esteve ligado durante quase 50 anos, decidiu não colocar a bandeira oficial a meia haste em homenagem ao antigo presidente da FIFA, que morreu na terça-feira. O COI aceitou, contudo, o pedido do Comité organizador para que a bandeira do Brasil fique a meia haste. Mark Adams, porta-voz do COI, abriu a conferência de imprensa diária de terça-feira sem nomear o nome de João Havelange e não quis prestar declarações sobre o assunto, segundo o jornal Folha de São Paulo. Taxista investigado por homicídio involuntário O homem que conduzia o táxi envolvido no acidente que vitimou o treinador alemão de canoagem Stefan Henze, está a ser investigado por homicídio involuntário, informou a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. “O procedimento policial instaurado para apurar o pormenores do acidente que vitimou alguns membros da equipa de canoagem da Alemanha, na manhã do dia 12 de Agosto, na Avenida das Américas, foi alterado para o crime de homicídio culposo, devido à morte de Stefan Henze”, segundo comunicado da polícia. Stefan Henze, de 35 anos estava internado com ferimentos graves na cabeça e chegou a ser operado, mas acabou por morrer na segunda-feira.
Hoje Macau DesportoOlímpicos | Biles deixa escapar ouro, Nelson Évora e Fernando Pimenta cumpriram expectativas e estão na final As expectativas de Biles caíram por terra e a atleta viu escapar-lhe o ouro numa prestação que teve alguns deslizes. Nelson Évora no atletismo e Fernando Pimenta na canoagem cumpriram as expectativas e estão nas finais do triplo salto e de K1 1.000 metros, respectivamente. A queda de uma câmara de televisão fez ainda sete feridos no Parque Olímpico [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]epois de dominar a sua série sem dar hipóteses à concorrência, Fernando Pimenta chegou à meia-final para assegurar o segundo lugar e segundo melhor tempo entre os oito finalistas nos K1 1.000 metros. “Vão ser os 1.000 metros da minha vida”, disse o canoísta de Ponte de Lima, bicampeão europeu de K1 1.000 e K1 5.000 metros e prata em K2 1.000 em Londres. Nelson Évora saltou 16,99 metros, naquele que é o seu melhor registo até hoje. O “capitão” da equipa de atletismo de Benfica “voou” ontem até à quarta melhor marca da qualificação entre os 12 atletas. Visivelmente satisfeito comentou, “vou lutar por uma medalha. Sempre disse que estava em boa forma e tenho mais dinamite para dar”. Tanto Nelson Évora, que venceu em Pequim com 17,67 metros, como Fernando Pimenta procuram a segunda medalha, sendo que o canoísta tenta a primeira individual, depois de ter arrebatado a prata em Londres em K2, ao lado de Emanuel Silva. Biles ‘deslizou’ para o bronze As expectativas da ginasta americana caíram por terra ao não conseguir alcançar a tão desejada medalha de ouro, nem fazer os cinco títulos olímpicos na categoria de ginástica artística. Escorregou duas vezes na final da categoria de Trave, ficando-se pelo terceiro lugar. A holandesa Sanne Wevers recebeu a medalha de ouro. Após os títulos na prova por equipas, o concurso completo individual e no salto de cavalo, Biles pode ainda alcançar uma quarta medalha de ouro, se ganhar a final de solo. ‘Martelada’ no recorde mundial Anita Wlodarczyk reconquista o primeiro lugar no pódio, ganho em Pequim 2008, depois de em 2012 se ter ficado pelo segundo lugar nos jogos de Londres. A atleta estabeleceu novo recorde mundial no lançamento do martelo a uma distância de 82,29 metros, que acrescentou mais de um metro (1,21) à anterior marca. A polaca é a única atleta que lança acima dos 80 metros. Recordista dos 400 metros treinado por bisavó O sul-africano Wayde van Niekerk conquistou o primeiro lugar nos 400 metros e arrebatou o recorde do mundo que estava, há 17 anos, nas mãos do americano Michael Johnson. Por trás deste enorme feito está uma bisavó de 74 anos que é a sua treinadora. “Tannie Ans”, como é conhecida Ans Botha, a bisavó que treina o atleta de 17 anos, tem quatro bisnetos e é treinadora desde a década de 1960. “Ela é uma mulher formidável. Estou muito satisfeito de poder contar com o seu trabalho, que fala por si”, disse Wayde van Niekerk, depois de conquistar o ouro olímpico. O agora campeão conheceu Ans Botha em 2010, nos campeonatos do mundo de juniores realizados no Canadá. “Aterragem” na meta Shaunae Miller, das Bahamas, conseguiu ontem o triunfo nos 400 metros de forma invulgar: totalmente em queda na passagem da meta. Exausta e a ver o título a escapar, Miller atirou-se para a frente e ‘mergulhou’ sobre a meta, segurando a vantagem por escassos sete centésimos de segundo sobre Felix. Os tempos ficaram em 49,44 segundos, melhor marca do ano, e 49,51, respectivamente. O pódio desta prova acaba por ser composto pelas mesmas atletas dos Mundiais de 2015, já que o bronze foi para a jamaicana Shericka Jackson, com 49,85 segundos. O queniano David Rudisha manteve o título olímpico dos 800 metros, ganhando a final da prova com a marca de 1.42,15, melhor marca mundial do ano. A corrida, disputada no estádio olímpico do Rio de Janeiro, foi afectada pelas chuvadas que caíram antes mas tanto Rudisha como os medalhados de prata e bronze acabaram por fazer grandes marcas e ocupam agora o ‘top’ do ano naquela distância. Taoufik Makhloufi melhorou o recorde da Argélia para 1.42,61 e o norte-americano Clayton Murphy fez recorde pessoal, com 1.42,93. Ainda os portugueses Na vela, os portugueses Jorge Lima e José Costa desceram para a 13.ª posição da classe 49er dos Jogos Olímpicos ao marcarem um 12.º lugar, um 19.º e um quarto, este último o melhor registo desde o primeiro dia. Cumpridas nove das 12 regatas, a dupla lusa totaliza 83 pontos, menos dois do que o Brasil, que segue no 10.º posto, o último de acesso à ‘Medal Race’. O dia foi de despedida para Vânia Neves na natação, com a atleta a fazer a prova da sua vida e a terminar no 24.º lugar em águas abertas, que concluiu em 2:01.39,3 horas. A atleta disse “não tive a classificação que tive em Setúbal (16.º lugar), mas fiz perto de sete quilómetros com o grupo da frente e à frente de nadadoras que já foram campeãs do mundo, campeãs da Europa e tudo e mais alguma coisa”, acabando por concordar que sim, foi a prova da sua vida. Vera Barbosa também vai estar em competição nas eliminatórias dos 400 metros barreiras. Aguardemos o resultado. Sete feridos em queda de câmara A tarde na Cidade Olímpica ficou marcada pela queda de uma câmara de televisão suspensa, provocando sete feridos, dois atingidos pela câmara e cinco pelos cabos de aço que cederam. O incidente ocorreu junto à Arena Carioca 1,onde se realizam os jogos de basquetebol e o equipamento de recolha remota de imagens é da responsabilidade da empresa encarregue pela transmissão oficial dos Jogos. O herói de Singapura Joseph Schooling que no sábado conquistou a medalha de ouro dos 100 metros mariposa, vencendo Phelps, foi recebido como um herói na sua terra natal. Além de receber um prémio de um milhão de dólares de Singapura (cerca de 665 mil euros), Schooling, de 21 anos, viu também ser-lhe concedido um adiamento do cumprimento do serviço militar obrigatório para que possa preparar-se para os próximos Jogos Olímpicos a realizarem-se em Tóquio. Cavaleira britânica conquista ouro e marido Bafejada pela sorte, a cavaleira Charlotte Durjardin de 31 anos venceu a terceira medalha de ouro de hipismo e no final da sua prova, foi surpreendida com um pedido de casamento do noivo. Empunhando uma mão vermelha gigante, Dean Golding, o noivo, apontou para t-shirt que trazia vestida, onde se lia: “Já podemos casar?”. “Agora que ele tornou o pedido tão público, não há como não o fazer”, ironizou Charlotte Durjardin.
Hoje Macau DesportoOlímpicos | Recordes batidos, portugueses fora das medalhas e o reconhecimento de Usain Bolt O nono dia de provas nos Jogos Olímpicos do Rio não deu sorte aos atletas portuguesas. As esperanças na maratona foram logradas, restando a persistência de Dulce Félix que terminou em 16º lugar e salvou a honra do convento. Sara Moreira e Jéssica Augusto desistiram da competição devido a lesões. A prova foi ganha por Jemina Sumgong, do Quénia. No triplo salto Patrícia Mamona bateu o recorde nacional, alcançando o sexto lugar na competição [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]ara Moreira, campeã europeia da meia maratona, garantiu estar a cem por cento sempre que questionada sobre os efeitos que a “pequena inflamação na zona do osso” poderiam ter no seu desempenho. No domingo, a atleta do Sporting abandonava a prova sem sequer ter completado sete quilómetros, saindo assim da sua terceira participação olímpica, sem glória. Jéssica Augusto também abandonou a corrida devido a uma forte dor na virilha. A atleta tinha sido sétima classificada em Londres 2012. Dulce Félix manteve-se na prova e apesar do intenso calor cumpriu à risca o plano traçado, mantendo a passada e crescendo ao longo do percurso. Terminou na 16ª posição, a 6.35 minutos da vencedora Jemina Sumgong, do Quénia. A maratonista portuguesa tinha ficado no 21º lugar em Londres, subiu agora cinco lugares. Sumgong que fez o tempo de 2,24,04, não era uma desconhecida, mas foi com surpresa que a atleta foi batendo, na parte final da corrida, outras mais cotadas como Eunice Kirwa, do Bahrain, (2.24.13) e sobretudo a etíope Mare Dibaba (2.24.30), respectivamente segunda e terceira classificada. O relâmpago Bolt O atletismo concentra nomes maiores do desporto e um deles é Usain Bolt. No domingo voltou a reforçar a razão pela qual é um dos grandes, ao conquistar pela terceira vez a medalha de ouro nos 100 metros na final do Rio 2016. Um feito inédito. Com efeito, o norte-americano Justin Gatlin partiu melhor e chegou a dar a sensação de que ia ganhar, mas depois viu o relâmpago Bolt passar e acabou em segundo, com 9,89, à frente do canadiano Andre de Grasse (9,91). Mas há mais recordes. O sul-africano Wayde van Niekerk, que fez 43,03 segundos nos 400 metros. O atleta de 24 anos corre também na prova dos 200 metros. Van Niekert ‘destroçou’ por 15 centésimos um recorde que já tinha 17 anos, conseguindo assim um dos melhores registos do atletismo no século XXI. Murray revalida título No ténis, foi preciso esperar mais de quatro horas para que se definisse o desfecho da final entre o britânico Andy Murray e o argentino Juan Martin del Potro. Murray tornou-se no primeiro tenista a conservar o título, mas Del Potro, que no torneio afastou o sérvio Novak Djokovik e o espanhol Rafael Nadal, deu-lhe muito que fazer. O britânico derrotou del Potro em quatro sets, pelos parciais de 7-5, 4-6, 6-2 e 7-5. A modalidade coroou também mais dois pares, na sua jornada final: as russas Ekaterina Makarova e Elena Vesnina em pares femininos, e os norte-americanos Bethanie Mattek-Sands e Jack Sock, em pares mistos. Biles soma pontos Depois de ajudar os Estados Unidos no triunfo colectivo de ginástica desportiva e de conquistar o concurso completo individual, Biles foi a melhor no salto de cavalo e promete continuar. Este domingo a jovem texana de 19 anos, tornou-se a primeira afro-americana a sagrar-se campeã, chegou aos 15,966 na final de aparelho muito à frente da russa Maria Paseka (15,242). Biles deixou escapar uma das finais por aparelhos, as paralelas assimétricas, onde é mais fraca, que ficou para a russa Alya Mustafina, a revalidar assim o seu título olímpico e a conseguir a sétima medalha da carreira. Prova de vida A portuguesa Patrícia Mamona disse no domingo estar orgulhosa por ter feito a prova da sua vida no triplo salto, na qual foi sexta classificada, com novo recorde nacional. “Foi a prova da minha vida”, afirmou Patrícia Mamona, após alcançar um novo recorde nacional, com 14,65 metros. Apesar do sexto lugar, a atleta do Sporting acreditou sempre que podia chegar a uma medalha, mas mesmo não conseguindo, disse estar “muito orgulhosa” do seu trabalho e do treinador. “Senti muito o apoio do público, queria mais como é óbvio, queria ser a menina bonita que ganhou uma medalha, mas fui a menina que fez o recorde pessoal”. Susana Costa também estava satisfeita com a sua prestação que lhe valeu o nono lugar. A atleta, que saltou 14,12 metros, disse que “foi uma final boa. É pena ter entrado com dois nulos, mas estou feliz com a minha prestação”, afirmou a saltadora, de 31 anos, depois de concluída a sua estreia em Jogos Olímpicos. A colombiana Caterine Ibarguen venceu a prova com 15,17 metros, seguida pela venezuelana Yulmar Rojas, com 14,95, e pela cazaque Olga Rypakova, com 14,74. Derrota lusitana A portuguesa Telma Santos somou no domingo a terceira derrota em outros tantos encontros no torneio de badminton, ao despedir-se com novo desaire frente à belga Tan Lianne, por 2-0. Também Pedro Martins tinha sido eliminado ao sofrer a segunda derrota no torneio, perante Ka Long Angus NG, de Hong Kong, por 2-0. Trigémeas em estreia Nascidas no dia 15 de Outubro de 1985, na Estónia, Leila, Liina e Lily Luik foram as primeiras trigémeas a participarem nuns Jogos Olímpicos. Lily foi a melhor das três, terminando na 97.ª posição depois de percorrer os 42,195 quilómetros em 2:48.29 horas, a mais de 24 minutos da vencedora, a queniana Jemina Sumgong. Leila, a trigémea que partia com a melhor marca, foi 114.º classificada, e Liina desistiu pouco antes da passagem aos 20 quilómetros.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Carros do CTCC bem-vindos na Corrida da Guia [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Corrida da Guia vai, este ano pela primeira vez, aceitar os carros do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Segundo o regulamento da prova publicado na semana passada na página electrónica do Grande Prémio de Macau, a mais célebre corrida de carros de turismo do sudeste asiático irá colocar frente-a-frente, num duelo inédito, os carros do campeonato chinês e os carros da categoria internacional TCR. Apesar de terem regulamentos técnicos diferentes, ambas as categorias reconhecidas pela FIA utilizam motores 2.0 litros turbo e por isso esperam-se andamentos muito parecidos entre as viaturas em confrontos. Instado a comentar quem será superior no circuito citadino de Macau em Novembro, o piloto da casa, Rodolfo Ávila, disse ao HM que “é difícil dizer exactamente quem será mais rapido, pois dependerá de muitos factores, como os pneus, afinações, qualidade dos pilotos, etc”. O vice-campeão asiático do TCR Asia Series em 2015 e que este ano fez duas provas do CTCC com a Shanghai Volkswagen lembra que “em Zhuhai, por exemplo, os carros do CTCC são mais rápidos. Mas por outro lado os carros do TCR são mais fiáveis e as equipas muito mais experientes e conhecedoras do Circuito da Guia”. Outro factor importante do regulamento da edição deste ano é o facto deste ditar que os pneus para a prova são livres. De acordo com o que apurou o HM junto de uma das equipas chinesas que participa no CTCC, os carros do mediático campeonato chinês deverão correr com pneus da marca Kumho, enquanto os participantes do TCR, pelos regulamentos próprios do campeonato, terão que correr com pneus da marca francesa Michelin. Recorde-se que até à edição de 2015, e durante uma década, a Corrida da Guia pontuou para o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC). O ano passado a prova foi palco da prova final do TCR International Series, uma competição lançada pelo ex-patrão do WTCC, Marcello Lotti e que tem ganho enorme afectado junto dos fãs e dos construtores automóveis. A Corrida da Guia deste ano voltará a ter o formato de duas corridas de dez voltas, a disputar no domingo e separadas por apenas quinze minutos, sendo que será declarado o vencedor da Corrida da Guia aquele que vencer o segundo confronto. AAMC revela quotas dos locais para o GP Macau Em nota à imprensa, a Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC) deu a conhecer o número de pilotos locais que têm entrada directa nas duas corridas carros de turismo de carácter regional da 63ª edição do Grande Prémio de Macau. No total, a AAMC abriu quarenta e uma vagas para os pilotos da RAEM nas corridas Taça de Carros de Turismo de Macau e Macau Road Sport Challenge, uma vaga a mais em relação ao ano passado. Vinte e seis pilotos representarão a RAEM na Taça de Carros de Turismo de Macau, mais dois que em 2015, e 15 na Corrida Macau Road Sport Challenge, menos um que na edição transacta. Ambas as corridas têm um limite máximo de 36 concorrentes, sendo que os restantes deverão de outros pontos do continente asiático. Praticamente todos os pilotos que participaram nas duas jornadas duplas de apuramento no Circuito Internacional de Zhuhai terão o direito de estar à partida do evento desportivo mais importante da RAEM. As inscrições para estas duas corridas abriram ontem e encerram a 9 de Setembro, tendo um custo de seis mil patacas. As outras provas de automóveis confirmadas para o programa deste ano – Corrida da Guia, Fórmula 3 e Taça do Mundo FIA de GT – não têm quotas para os pilotos da casa. O Suncity Grupo 63º Grande Prémio de Macau terá lugar de 17 a 20 de Novembro de 2016.
Hoje Macau DesportoOlímpicos | Recorde nos dez mil metros. Apuramento a dobrar no triplo salto luso O atletismo começou em grande com a quebra do recorde mundial dos 10 mil metros pela etíope Almaz Ayana. Patrícia Mamona e Susana Costa, garantiram apuramento para o triplo salto. A natação esteve também em destaque na sexta-feira com Phelps a ganhar mais uma medalha de ouro. A ginasta americana, Bile, conquistou cinco e tornou-se a atleta mais completa da história. No sábado a selecção portuguesa despediu-se dos Jogos Olímpicos, ao perder por 4-0 contra a Alemanha [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]dia 12 a natação voltou a estar em evidência com Michael Phelps a aumentar a colecção de ouro, ao vencer nos 200 metros estilos, e com Simone Manuel e Penny Oleksiak a conquistarem o lugar mais alto do pódio nos 100 metros livres femininos. Emocionante e com final raro foi a prova dos 100 metros livres femininos, considerada a prova rainha dos Jogos, que teve um par vencedor, a norte-americana Simone Manuel e a canadiana Penny Oleksiak, cujos 52,70 constituíram ainda novo recorde olímpico. O Rio 2016 soma já vários nomes marcantes e, além dos da natação – Phelps, Ledecky e Hosszu a ginástica faz-se representar com Simone Biles. A texana, de 19 anos, campeã por equipas e no concurso individual, ganhou a quinta medalha no sábado ao conquistar o ouro na prova: cavalo, solo e trave. Garantiu assim o domínio dos EUA na ginástica feminina, atingindo aqui um novo recorde: primeiro país a ganhar por quatro vezes o all around feminino. Águas agitadas Depois das provas de remo terem sido adiadas na quarta-feira, finalmente entregaram-se medalhas, sendo que apenas uma das seis de ouro não ficou na Europa, sendo entregue à Nova Zelândia. A juntar aos sucessos da catalã Mirea Belmonte na natação, a Espanha festejou o ouro da canoísta basca Maialen Chourraaut nas águas bravas, no K1 slalom. Ainda nas águas bravas, disputou-se a final do C2 slalom masculino, com vitória dos primos eslovacos Ladislav e Peter Kantar. A marchar Na prova de Marcha o título foi parar às mãos do chinês Wang Zhen com o tempo de 1.19.14, deixando a prata para o compatriota Cai Zelin, que demorou mais 12 segundos. Em terceiro lugar ficou o Australiano Dane Bird- Smith, a 13 segundos do primeiro lugar. Nesta prova participaram os irmãos João e Sérgio Vieira que ficaram em 31º e 53º respectivamente. Ambos consideraram a prova dura mas mostraram-se satisfeitos com a prestação. João ficou a 3.49 minutos do chinês Wang Zhang e o irmão a 8.25minutos. Dar ao pedal No “Sprint” em ciclismo de pista, a equipa feminina chinesa voltou a arrebatar o 1º lugar, batendo o seu próprio recorde. Gong Jinjie e Zhong Tianshi terminaram o exercício em 31,928 superando os 32,034, que já lhes pertencia desde o Mundial de 2015. A Grã-Bretanha, com Bradley Wiggins, melhorou pela segunda vez o recorde do mundo na perseguição em ciclismo de pista, ao percorrer os quatro quilómetros, na final, em 3.50,265 minutos. Ed Clancy, Seven Burke e Owain Doull, que formam equipa com o vencedor do Tour2012, já tinham batido o melhor registo mundial, com 3.50,570, superando o tempo (3.51,659) obtido por Ed Clancy, Geraint Thomas, Steven Burke e Peter Kennaugh em Londres2012. A medalha de prata foi conquistada pelos australianos Sam Welsford, Michael Hepburn, Jack Bobridge e Alex Edmondson, que cumpriram a prova em 3.51,008, enquanto a Dinamarca arrebatou a medalha de bronze, em 3.53,789, impondo-se na disputa pelo terceiro lugar à Nova Zelândia (3.56,753). Prova Mãe Dia 13 teve lugar a grande estreia da prova rainha nos Jogos olímpicos, o atletismo. Começou logo a fazer história com uma prova meteórica da atleta etíope, Almas Ayana, fazendo o tempo recorde de 29,17,45, nos 10 mil metros (ver breve). Esta marca quebrou o recorde em 15 segundos, que estava na posse da chinesa Wang Junxia, desde Setembro de 1993. No segundo lugar ficou Vivian Jepkemol Cheruiyot com o tempo de 29,32,53 e no terceiro Tirunesh Dibaba com 29,42,56, campeã em Pequim 2008 e Londres 2012 . Todas representando a Etiópia. Destaque maior para Patrícia Mamona e Susana Costa, que garantiram o apuramento para a final do triplo salto. Partilhas Michael Phelps e Joseph Schooling partilharam o pódio, mas já tinham partilhado uma selfie, em 2008. Na altura, o então menino de 13 anos, admiração pelo já campeão nadador americano. “Quando era miúdo queria ser como ele”, disse o jovem atleta de Singapura, que agora conquistou o ouro frente a Phelps. O americano ficou em segundo lugar, levando a medalha de prata, nos 100 metros mariposa, naquela que foi a sua última prova individual, antes de se retirar. Encontraram-se a primeira vez depois do nadador conquistar oito medalhas nos Jogos olímpicos de Pequim e oito anos depois defrontaram-se na piscina. Schooling que conquistou a primeira medalha de ouro para Singapura não escondia o contentamento, concluindo, “ele é a razão pela qual eu quis ser melhor nadador”. Adeus futebol Portugal foi eliminado, no sábado, nos quartos de final do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos Rio2016. Perdeu com a Alemanha, por 4-0, em jogo disputado no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A equipa orientada por Rui Jorge ficou assim pelo caminho retirando a esperança que os portugueses depositaram na sua selecção. Fé e transparências Assim que a atleta etíope quebrou o recorde do mundo dos dez mil metros, suspeitou-se imediatamente de doping. No entanto, Almaz Ayana referiu, “tenho três coisas a dizer primeiro: treinei especificamente para esta prova. Segundo, rezo muito e Deus dá-me tudo. O meu doping é o meu treino e a minha fé, Terceiro, sou transparente como cristal”. Que se saiba não foi feita qualquer despistagem, servindo as palavras da atleta como garantia.
Hoje Macau DesportoPortugal nos quartos em futebol, Espanha, Kuwait e Cazaquistão recebem ouro A chuva dominou o dia 11 no “campo” olímpico levando a que algumas provas, remo e ténis, fossem adiadas. Espanha sentiu o gosto do ouro. O Japão reinou no judo e na ginástica e o atirador do Kuwait, país proibido de participar na competição olímpica, ganhou o ouro enquanto atleta independente. Alexis Santos e Nelson Oliveira foram os atletas lusos em evidência e o empate de Portugal a um golo, no torneio de futebol, permitiu a passagem aos quartos de final [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]spanha ganhou a primeira medalha de ouro nestes jogos e graças à nadadora Mireia Belmonte. A atleta venceu a final dos 200 metros mariposa com o tempo de 2.04,85 minutos. Belmonte impôs-se por três centésimos de segundos à australiana Madeline Groves, enquanto o bronze foi para a japonesa Natsumi Hoshi. De referir que a nadadora espanhola já tinha dado o bronze à Espanha no sábado, nos 400 metros estilos. Outra surpresa foi o nadador do Cazaquistão Dmitriy Balandin que venceu a final dos 200 metros bruços, conquistando a primeira medalha olímpica para o seu país na natação. O nadador cazaque superou o norte-americano Josh Prenot, medalha de prata, e o russo Anton Chupkov, medalha de bronze. Portugal forte A selecção de futebol conseguir atingir o objectivo de vencer o grupo D, ao conseguir o empate necessário, face à Argélia, a um golo. Neste agrupamento estão também as Honduras. A equipa das quinas disputa amanhã com a Alemanha em Brasília a passagem às meias finais. Nelson Oliveira foi o grande destaque da delegação lusa, ao ‘selar’ o terceiro diploma para Portugal nos Jogos Olímpicos, garantindo o sétimo lugar no contra-relógio. O atirador João Costa, também alimentou algumas esperanças, mas acabou por terminar em 11.º lugar a prova de pistola livre a 50 metros, falhando a final por dois pontos. Na piscina, Alexis Santos também fez história ao tornar-se o primeiro nadador a chegar a uma meia-final. Depois de conseguir o terceiro melhor resultado de sempre da natação portuguesa em Jogos Olímpicos e de ter sido o primeiro a apurar-se para uma meia-final em 28 anos. O nadador do Sporting lamentou a falta de apoios e espera que haja outra atitude no futuro. “Espero que agora haja uma mudança, mais apoio aos atletas, mais condições de treino, que isso é o que falta em Portugal, na minha opinião”, afirmou. O dia não correu bem para Célio Dias que ficou aquém das expectativas, sendo eliminado na primeira ronda, ao perder com Celtus Dossou Yovo, do Benim. Estreante em Jogos Olímpicos, o judoca que é 21.º do mundo, foi surpreendido pelo 220.º mundial, por ‘ippon’, em 1.48 minutos. Boas marés Boas notícias nas provas de vela. Gustavo Lima na categoria de Laser e Sara Carmo, Laser Radial, ambos a terem o melhor dia subindo ao 16.º posto e ao 26.º das respectivas classes. Sara Carmo não atingiu resultados tão bons, ficando com um 18.º posto na quinta regata e um 13.º na sexta, totalizando 108 pontos. Japão arrecada medalhas O japonês Kohei Uchimura conquistou ontem a medalha de ouro do concurso completo de ginástica artística, revalidando o título conquistado em Londres 2012.O atleta que na segunda-feira tinha ganho a primeira medalha de ouro por equipas, venceu num final emocionante o ucraniano Oleg Verniaiev, medalha de prata, enquanto o britânico Max Whitlock ficou com a de bronze. Também vindo do Japão o judoca Mashu Baker conquistou ontem a medalha de ouro na categoria -90 kg dos Jogos Olímpicos, oferecendo ao país nipónico o terceiro título na modalidade. Pode-se dizer que foi isso que aconteceu ao sonho chinês. A vontade de fazer um pleno de medalhas vencendo a prova de prancha a três metros de saltos para a água, não se concretizou. Quem arrebatou a medalha foram os britânicos Jack Laugher e Chris Mears que “bateram” os norte-americanos Sam Dorman e Mike Hixon, medalha de prata, e os chineses Cao Yuan e Qin Kai, que tiveram de se contentar com a de bronze. Portugueses em acção Os portugueses Filipe Lima e Ricardo Melo Gouveia, no golfe, e Telma Santos, no badminton, têm amanhã a sua estreia agendada. Já Jorge Fonseca, nos 100kg, é o último judoca a competir. Jorge Fonseca é o último representante português no judo, modalidade que deu, até ao momento, a única medalha a Portugal, conseguida pela atleta benfiquista, Telma Monteiro, que venceu o bronze nos -57kg. O judoca do Benfica é 29.º do mundo, e vai começar a competição frente ao afegão Mohammad Tawfig Bakhshi, 226.º que compete neste jogos a convite. De referir que é uma estreia para o atleta luso. A mais jovem atleta da comitiva portuguesa, a nadadora Tamila Holub, de 17 anos, também se estreia no Jogos deste ano, nas eliminatórias dos 800 metros livres. A primeira vez Fehaid al-Deehani, atleta do Kuwait, que compete no Rio de Janeiro como atleta independente, conquistou a medalha de ouro no duplo fosso olímpico. O atirador, de 49 anos, já tinha levado o bronze em Sydney 2000 e Londres 2012, dando então ao Kuwait as suas primeiras medalhas olímpicas. Este ano, o Comité Olímpico Internacional não permitiu a presença do Kuwait, por interferência do poder político no movimento desportivo. Al-Deehani recorreu e foi autorizado a competir, o que faz através do grupo dos atletas independentes (AOI). A medalha de Al-Deehani é a primeira alguma vez conquistada em Jogos Olímpicos por um atleta independente. Convidado a levar a bandeira da delegação independente, recusou-se e invocou o estatuto de militar para justificar que só poderia levar a bandeira do seu país. De referir que no segundo lugar do pódio ficou o italiano Marco Innocenti e no terceiro o britânico Steven Scott.
Hoje Macau DesportoHackers, pedido de casamento e outra vez Phelps Mais medalhas para Phelps, um pedido de casamento e o adeus de Serena Williams e de Gastão Elias da competição olímpica. A Alemanha e a Grécia saborearam o ouro pela primeira vez nestes jogos em competições de hipismo e tiro respectivamente. Um grupo de hackers atacou alguns sites governamentais como forma de protestos contra os jogos [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ichael Phelps voltou a conquistar medalhas. Na prova de estafeta 4×200 metros e na de 200 metros mariposa, elevando assim, para 21 as medalhas conquistadas a título pessoal e 25 no total. (ver caixa) A nadadora húngara continua a fazer um percurso invejável. Katinka Hosszu conquistou o título olímpico dos 200 metros estilos, assegurando a sua terceira medalha de ouro nestes jogos. Anteriormente já tinha vencido nas categorias de 400 metros estilos e dos 100 metros costas. A Alemanha que tem tido uma prestação fraquinha, sentiu a par da Grécia, o sabor da vitória ao conquistar o primeiro lugar numa prova de hipismo e numa de tiro, respectivamente. O cavaleiro Michael Jung conquistou a primeira medalha de ouro da Alemanha, ao revalidar o título de campeão olímpico do concurso completo de equitação. Jung, de 34 anos, montando o cavalo Sam, já tinha nestes Jogos uma medalha de prata, na competição por equipas, em que a Alemanha foi batida pela França. Antes de Jung, apenas dois cavaleiros conquistaram dois títulos consecutivos em Jogos Olímpicos: o holandês Charles Pahud de Mortanges, em 1928 e 1932, e o neozelandês Mark Todd, em 1984 e 1988. Hoje, aos 60 anos, o ‘kiwi’ conquistou o sétimo lugar. A Grécia, graças a uma pontaria certeira de Anna Korakaki de apenas 20 anos, conquistou o primeiro lugar na prova de tiro com pistola a 25 metros. A jovem já tinha conquistado o bronze na prova de tiro com pistola a 10 metros. Uns ficam outros vão Foi o último dia de competição para Serena Williams. A número um mundial foi derrotada na terceira ronda pela ucraniana Elina Svitolina, por 6-4 e 6-3, e perdeu a hipótese de chegar às medalhas no Brasil, depois de ter sido afastada na variante de pares, juntamente com a sua irmã, Vénus. Marcos Freitas mostrou-se desiludido por ter caído nos quartos de final do torneio de ténis de mesa dos Jogos Olímpicos Rio2016, uma vez que o seu objectivo era discutir as medalhas. O atleta português estava visivelmente desiludido “é óbvio que chegar aos quartos de final é bom, é a primeira vez, mas sabia que podia chegar mais longe. O adversário estava ao meu alcance, já lhe tinha ganho antes. Hoje ele esteve muito bem(…)começou muito forte, ganhou muitos pontos e cada vez mais confiança e não tive hipótese”, disse o jogador madeirense, que tem ainda hipóteses de mostrar serviço na variante de pares. A mesma “sorte” teve Gastão Elias que encontrou ontem uma muralha em Steve Johnson, despedindo-se do torneio olímpico de ténis na segunda ronda, com uma derrota por 6-3 e 6-4 frente ao norte-americano. Quem não tem razão para se lamentar é o judoca russo Khasan Khalmurzaev. Conquistou a medalha de ouro na categoria de -81 kg, naquilo que é um grande feito na sua carreira, uma vez que tem apenas 22 anos. Khalmurzaev alcançou o segundo título para a Rússia no judo, depois de Beslan Mudranov ter ganhado a categoria de -60 kg. A chinesa Deng Wei juntou ontem ao título olímpico de halterofilismo na categoria de -63 kg, um novo recorde mundial, devido à desistência à última da hora de Lin Tzu-Chi, de Taiwan. Fora da competição mas a ela ligado, o grupo de ‘hackers’ Anonymous Brasil informou ontem que invadiu e roubou dados de seis ‘sites’ do governo e da câmara municipal do Rio de Janeiro, como protesto contra a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 na cidade ‘carioca’. As páginas bloqueadas são, entre outras, as da Polícia Civil, a do Instituto de Segurança Pública e a da Companhia Municipal de Limpeza Urbana. Este dia fica marcado ainda pela expulsão do tenista francês Benoît Paire, acusado de reiteradamente ter “desprezado as regras”, (ver texto anexo). E água da piscina de saltos que ficou verde supostamente por uma proliferação de algas, segundo o Comité Olímpico. Norte-coreano pede desculpa por prata “Não creio que possa ser um herói para o meu povo com uma medalha de prata”, referiu Om Yun-Chol, atleta de halterofilismo, depois da sua prestação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O atelta norte-coreano, que conseguiu o 2.º lugar, pediu desculpa ao líder do seu país, Kim Jong Un. Om Yun-Chol tinha ganho a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e dedicou a conquista a Kim Jong-Il e a Kim Jong-Un. Desta vez ficou atrás do chinês Long Qingquan. “Espero poder voltar na próxima oportunidade, competir novamente e retribuir a minha gratidão com ouro”, frisou o norte-coreano, que tem esperança em conseguir um melhor resultado nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Furacão na piscina O nadador Michael Phelps alargou para 21 as medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, ao integrar a estafeta norte-americana vencedora da prova dos 4×200 metros livres. O americano venceu no mesmo dia a prova dos 200 metros mariposa, elevando para 21 os títulos olímpicos, num total de 25 medalhas. Na prova de equipa Phelps contou a ajuda dos companheiros Conor Dwyer, Townley Haas e Ryan Lochte. Na prova solitária, caracterizada por uma forte disputa Phelps voltou a ser o mais forte, tendo vencido com o tempo de 1.53,36 minutos, superando o japonês Masato Sakai, medalha de prata, e o húngaro Tamas Kenderesi, medalha de bronze. O nadador americano continua a ser um furacão dentro de água, somando conquistas a uma velocidade quase tão grande com à das usa braçadas. “Sim”, aceito A final de râguebi, ganha pela Austrália à Nova Zelândia, passou para segundo plano devido ao amor. Marjorie Enya, uma voluntária nos Jogos Olímpicos decidiu pedir a sua namorada, uma jogadora da selecção brasileira, em casamento. Entrou em campo, pegou num microfone e declarou o seu amor por Isadora Cerullouma. A resposta veio com um abraço e um beijo que arrancou os maiores aplausos das bancadas. A viverem em união de facto há dois anos, Marjorie confessou “assim que soube que ela seria parte da selecção, pensei que tinha que fazer isto de forma especial”, concluindo, “ela é o amor da minha vida”.
Hoje Macau DesportoOlímpicos | Bronze para Portugal e americanos voltam a vencer na piscina O dia nove foi marcado pela medalha de bronze de Telma Monteiro, na categoria de 57 kg do Judo ao bater a romena Corina Caprioriu. Um momento emotivo para todos os portugueses e em especial para a atleta do Benfica, “já chorei muito. É uma grande emoção viver este momento, ter a oportunidade de fazer história pelo país, conquistar a primeira medalha do judo feminino” [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]á tinha conquistado cinco medalhas em mundiais e 11 em europeus, conseguiu agora levar para casa a que faltava e dar ao desporto nacional a sua 24ª medalha olímpica. A atleta já tinha no seu currículo um 12.º lugar em Atenas 2004 e um nono em Pequim 2008, ainda na categoria de -52 kg, e um 17.º em Londres 2012. Telma Monteiro não escondia o entusiasmo “ uma emoção muito grande. Subir ao pódio nos Jogos Olímpicos é, sem dúvida, o momento mais emocionante da minha carreira, uma consagração”. Já de medalha ao peito, acrescentou “se conseguir continuar ao mais alto nível, o meu objectivo é estar em Tóquio. Nos próximos quatro anos, quero continuar a ganhar medalhas, somar à minha lista, nunca é demais.” Portugal passou a contar com quatro medalhas de ouro, oito de prata e 12 de bronze, duas das quais no judo, com Telma Monteiro a juntar-se a Nuno Delgado, terceiro em -81kg em Sydney2000.Portugal finalmente estreou-se no quadro, ocupando o 34.º posto igualado com outros cinco países. Brasil dourado Apesar das esperanças do Brasil estarem muito centradas na equipa de futebol, foi com Rafaela Silva que quebraram o jejum. A adversária de Telma Monteiro arrecadou a medalha mais desejada, levando assim o ouro para o país anfitrião. A judoca nascida numa favela do Rio de Janeiro alcançou o lugar mais alto do pódio depois de ter ultrapassado os mais diversos obstáculos. (ver texto em baixo). Piscina sem surpresas Ao contrário do dia anterior, não houve grandes novidades na natação, nem queda de recordes. O principal foco recaiu sobre a atleta húngara, Katinga Husszo, que venceu a final dos 100 metros costas, depois de já ter conquistado o primeiro lugar no sábado, nos 400 metros estilos. A “Dama de ferro”, como é conhecida, venceu a prova com o tempo de 58,45 segundos, superando a norte-americana Kathleen Baker, medalha de prata e a canadiana Kylie Masse, medalha de bronze. Ainda na piscina os Estados Unidos voltaram a dominar, desta vez através de Ryan Murphy nos 100 metros costas masculinos e de Lilly Kings nos 100 metros bruços femininos ao vencer com o tempo de 1.04,93 minutos. A medalha de prata foi para a russa Yulia Efimova, repescada à última hora para os Jogos na sequência do escândalo de doping que teve como protagonista a Rússia, enquanto a de bronze foi para outra norte-americana, Katie Meili. A quebrar a hegemonia americana a China recebeu a medalha de ouro nos 200 metros livres. O quarto título do dia foi assim direitinho para o atleta Sun Yang. China salta em grande Se nas provas de natação os Estados Unidos estiveram a liderar, nos saltos para a água foi a China a consagrar-se potência inquestionável. A dupla Chen Aisen e Lin Yue sagrou-se campeã na prova sincronizada a 10 metros. Anteriormente, Wu Minxia, de 30 anos, tornou-se na primeira atleta a ganhar o ouro olímpico em cinco Jogos consecutivos, na prova de saltos sincronizados a três metros. Feito o resumo das provas o balanço dita o seguinte resultado: os Estados Unidos mantiveram o primeiro lugar, com as mesmas cinco medalhas de ouro da China, mas com mais medalhas de prata, sete contra três, e de bronze, sete contra cinco. Portugueses em acção Marcos Freitas, o único português ainda em prova no quadro de singulares de ténis de mesa, disputa a próxima prova com o japonês Jun Mizutani, quarto cabeça de série. Pode ser o acesso às meias-finais. Gastão Elias vai ter como adversário o norte-americano Steve Johnson, na prova de ténis, singulares masculinos. O canoísta José Carvalho participa nas meias-finais de C1 slalom, na tentativa de conseguir um lugar na final. Na vela estão três atletas lusos; Gustavo Lima segue em 14.ª na classe Laser, o porta-estandarte João Rodrigues é 18.º em RS:X, e finalmente Sara Carmo é 34.ª em Laser Radial. Esperemos bons ventos. Da favela ao pódio A história da actual campeã de Judo, Rafaela Silva é feita de sangue, suor e algumas lágrimas. Nascida na favela Cidade de Deus, começou a praticar judo aos cinco anos, numa academia de rua. Actualmente com 24, tem já no currículo medalhas importantes; Jogos Pan- americanos, 2011, prata, em 2015 conquistou o bronze no Pan de Toronto e foi vice campeã no mundial de Paris em 2011. As lágrimas vêm nos jogos de Londres. A atleta foi acusada de ter aplicado um golpe ilegal, sendo desclassificada na segunda ronda. Momentos que marcaram a atleta. No final da prova que lhe deu o primeiro lugar no pódio, falou aos jornalistas: “depois da minha derrota, muita gente me criticou, disse que eu era uma vergonha para a minha família, para o meu país. E agora sou campeã olímpica”. Marcelo elogia judoca portuguesa Marcelo Rebelo de Sousa que se encontra numa visita de seis dias ao Recife, Brasil, congratulou Telma Monteiro, dirigindo-lhe algumas palavras de agradecimento. “Em meu nome pessoal e em nome de todos os portugueses, muitos parabéns pela conquista da medalha de bronze! A tua conquista enche-nos a todos de orgulho!”, escreveu, em mensagem dirigida à judoca benfiquista, acrescentando o seu desejo de que esta medalha “seja a primeira de muitas e uma fonte de inspiração e motivação para os compatriotas em competição!”.
Hoje Macau DesportoDjokovic afastado e recordes na natação. Phelps com 23ª medalha Segunda feira dia 8 não faltaram emoções no parque olímpico. A maior delas vem do ténis, com o sérvio Novak Djovic afastado da competição. O halterofilista chinês ganhou a medalha de ouro e o Kosovo arrecada a sua primeira medalha olímpica. Ginasta portuguesa alcança melhor resultado de sempre em ginástica artística [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]omo em todas as edições dos Jogos Olímpicos há surpresas boas e surpresas más. Pegando na última, temos a queda do líder do “ranking” mundial de ténis, o sérvio Novak Djokovic, afastado da competição por Del Potro, numa reedição do encontro de há quatro anos, onde o este já tinha manifestado superioridade. O argentino defrontou então o tenista português João Sousa, na noite de ontem, (hora de Macau) depois de também ele, ter seguido em frente na prova, não se sabendo o resultado até o fecho desta edição. As irmãs Williams, detentoras do título de pares femininos foram também eliminadas pela dupla Lucie Safarova e Barbora Strycova, da República Checa. Os detentores dos títulos individuais, o britânico Andy Murray, vencedor do sérvio Viktor Troicki, e Serena Williams, que afastou a australiana Daria Gavrilova, não se deixaram bater e continuam na corrida a nova medalha de ouro A selecção do Brasil continua também a desiludir não indo além de um empate a zero, quer frente à África do Sul, quer frente ao Iraque, adiando para a terceira jornada o apuramento para os quartos de final. Tempos superados Comecemos pela natação. O britânico Adam Peaty a sagrar-se campeão olímpico dos 100 metros bruços e a voltar a baixar o recorde do mundo, que já tinha batido na primeira eliminatória, estabelecendo-o agora em 57,13 segundos. Michael Phelps volta a surpreender conquistando a 19ª medalha de ouro ao integrar a estafeta 4×100 metros livres. No total o norte americano já arrecadou 23 medalhas olímpicas. A sua compatriota Katie Ledecky esteve em grande destaque nos 400 metros livres, sagrando-se campeã olímpica com a marca de 3.56,46 minutos, numa jornada em que caiu também o recorde do mundo dos 100 metros mariposa, com Sarah Sjostrom a conquistar a primeira medalha de ouro feminina para a Suécia na natação. Também o Kosovo recebeu a sua primeira medalha olímpica. A campeã de judo de etnia albanesa é dominadora absoluta no escalão de 52 kg, desde há quatro anos. Campeã em 2013 e 2014 só deixou escapar o ano passado, ao falhar o mundial devido a uma lesão. Para que não restassem dúvidas, ontem bateu nas meias-finais a japonesa Misato Nakamura, a campeã do ano passado. Na final de ontem, ganhou por ‘yuko’ à italiana Odette Giuffrida, ficando as medalhas de bronze para Nakamura e para a russa Natalia Kuziutina. A equipa da Itália foi bafejada pela sorte e juntou às medalhas de ouro e prata do judo, a medalha de ouro no florete masculino em esgrima e a medalha de bronze de Elisa Longo Borghini na prova de fundo de ciclismo de estrada. A campeã é a holandesa Anna Van Der Breggen e a vice-campeã a sueca Emma Johanson. Wu Minxia, saltadora chinesa fica na história da competição ao sagrar-se pela quinta vez campeã, agora de parceria com Shi Tingmao, no trampolim de três metros, sincronizado. A equipa sul-coreana feminina de tiro com arco, estende para oito a série de sucessos olímpicos. Já campeã nas equipas masculinas a Coreia do Sul é dominadora absoluta desde que a modalidade regressou ao programa olímpico, em 1988. Pesos de ouro O halterofilista chinês Long Qingquan conquistou ontem a medalha de ouro da categoria de 56 kg e ao mesmo tempo obteve um recorde do mundo de 207 kg no total olímpico. Long, de 25 anos, bateu por quatro quilos o norte-coreano Om Yun-Chol, detentor do título. A medalha de bronze foi para o tailandês Sinphet Kruaithon, que levantou um total de 289 kg. A melhor de sempre A portuguesa Filipa Martins mostrou-se satisfeita com a sua prova depois de ser 37.ª na qualificação do ‘all around’ da ginástica artística dos Jogos Rio 2016 . A melhor pontuação foi alcançada na trave, com 13.833, seguindo-se os 13.660 nas paralelas assimétricas, os 13.433 no solo e os 13.336 no cavalo. A atleta portuense obteve a melhor participação de sempre de uma ginasta portuguesa numa prova de ginástica artística. Mas ainda assim foi insuficiente para chegar à final do concurso completo. Secretário na abertura Alexis Tam, assistiu, no dia 6 de Agosto, à abertura dos Jogos Olímpicos. Acompanhado de uma delegação do Comité Olímpico de Macau, participou num jantar de confraternização entre presidentes olímpicos de vários países como Portugal, Timor –Leste e, Cabo-Verde e Moçambique. Entre outros. Macau preside à organização das Associações dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP)desde 2009. A ACOLOP tem nos Jogos Olímpicos 700 atletas. Durante a estadia o Secretário aproveitou para visitar a aldeia olímpica e as instalações desportivas adaptadas especialmente para albergarem os Jogos Olímpicos e Para-olímpicos.
Sérgio Fonseca DesportoFórmula E não resistiriam ao Circuito da Guia [dropcap styçe=’circle’]A[/dropcap] cidade vizinha de Hong Kong vive com algum entusiasmo e ansiedade a chegada da caravana do Campeonato FIA de Fórmula E prevista para o fim-de-semana de 8 e 9 de Outubro. Esta será a primeira vez que a ex-colónia britânica recebe um evento de automobilismo à escala mundial, num traçado com dois quilómetros junto à marginal, em Central, e desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes da empresa R+S Project. Quando Jean Todt, visitou o Grande Prémio de Macau no sexagésimo aniversário do evento, o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA) disse à imprensa que faria todo o sentido que o campeonato de carros eléctricos, que na altura estava a dar os seus primeiros passos, tivesse um dia um evento na RAEM. Terão existido até contactos para que o campeonato realizasse um evento no território, mas a resposta de Macau terá sido “vamos esperar para ver”, pois a competição precisava de tempo para amadurecer. Se hoje, ao fim de três anos, a Fórmula E se apresenta como um campeonato em pleno crescimento e com outra maturidade, a verdade é que o seu começo não foi assim tão fácil. Só quando a Liberty Global plc e a Discovery Communications Inc, do milionário norte-americano John Malone, compraram parte do capital da Formula E Holdings Ltd, o campeonato ganhou estabilidade. Estabilidade essa que ajudou a fixar e atrair os construtores automóveis, como a Renault, Citroen DS, Mahindra e mais recentemente a Jaguar. Muitos um dia provavelmente dirão que Macau perdeu a oportunidade para Hong Kong para acolher a única prova em território chinês deste pioneiro campeonato de corridas de automóveis. Contudo, poucos saberão que o Circuito da Guia não se coaduna a este campeonato tão particular. “Felizmente já tive a oportunidade de visitar o Circuito da Guia por duas vezes. É um circuito muito interessante no meu ponto de vista, dado que conjuga zonas muito rápidas e largas com zonas muito estreitas e técnicas. Claro que ultrapassar não é uma tarefa fácil para os pilotos mas para quem como eu aprecia circuitos puros, este é sem dúvida um dos circuitos mais interessantes da actualidade”, explicou ao HM Rodrigo Nunes, cuja lapiseira também criou o traçado que acolheu a Fórmula E nos dois primeiros anos em Pequim. Devido à natureza do Circuito da Guia e à limitação das actuais baterias, os monolugares de Fórmula E, que ainda não aguentam uma corrida completa sem uma paragem nas boxes para troca de carro, não aguentariam o desafio. “Para um campeonato como a Fórmula E, e na sua configuração actual, não é o circuito do momento dada a sua extensão total e às suas longas rectas”, aclara o arquitecto português, que realça também que “este campeonato tem uma margem de progressão enorme e quem sabe se num futuro próximo (o Circuito da Guia) não poderá ser uma opção”. Apesar da prova nas ruas de Pequim ter saído do calendário da terceira temporada do campeonato, este, que arranca precisamente em Hong Kong, terá uma maior presença chinesa dado o apetite que existe na China continental pelo desenvolvimento de veículos eléctricos, para além de motivadores apoios governamentais. A equipa norte-americana Dragon Racing assinou uma parceria técnica e financeira com a Faraday Future, o braço automóvel do coglomerado LeEco, mais conhecido por “Netflix da China”. Por seu lado, a equipa anglo-japonesa Team Aguri, por quem corria o piloto português António Félix da Costa, foi adquirida pelo fundo de investimento chinês Chinese Media Capital que o ano passado saltou para a ribalta quando comprou 13% do Manchester City. Já a equipa do construtor de carros eléctricos chinês NextEV, que pertence a dois empresários que fizeram fortuna em projectos online relaccionados com a indústria automóvel e que ambicionam criar a Tesla do Oriente, irá este ano alinhar com a sua equipa técnica, abdicando da assistência técnica de outras equipas como até aqui vinha fazendo.
Hoje Macau Desporto MancheteÓbito | Morreu Moniz Pereira, o “pai” do atletismo português Foi no passado domingo que o mundo do desporto ficou mais pobre. O professor Mário Moniz Pereira morreu aos 95 anos de idade. Homem carismático e de personalidade forte, como é caracterizado, deixou um enorme legado no mundo do desporto, onde durante anos ganhou e deu a ganhar [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ascido em Lisboa no seio de uma família abastada, cedo percebeu que a vontade de praticar desporto lhe corria no sangue. Em criança, o quintal da família servia para imaginar e sonhar campeonatos de corridas e de salto, mas à medida que crescia, o quintal tornou-se demasiado pequeno. Contrariando o avô, e então patriarca da família, inscreveu-se no Instituto Nacional de Educação Física onde acaba por ficar a leccionar durante 27 anos, influenciando gerações e gerações de atletas. Mário Moniz Pereira era um atleta multifacetado e um apaixonado por música. Um homem que o mundo vê agora partir. Atleta de múltiplas faces Durante o serviço militar, Mário Moniz Pereira continuou a praticar desporto e aí destacou-se nas modalidades de equitação, tiro, esgrima e natação. A vida militar não o apaixonou e regressou à vida civil para cumprir uma carreira no mundo do desporto, com especial destaque no atletismo. Moniz Pereira tornou-se sócio do Sporting em 1922, mas só em 1939 integra o clube, desta feita como praticante de ténis de mesa. Mais tarde ingressa na equipa de atletismo, ginástica, ténis e hóquei em patins. Estamos então na década de 40. O voleibol deu-lhe também muitas alegrias e trouxe-lhe a glória ao sagrar-se Campeão Nacional nas temporadas de 1953-1954 e 1955-1956, esta última acumulando com o cargo de treinador. Aqui tornou-se também Seleccionador Nacional e Presidente da Comissão Central de Árbitros e foi árbitro internacional no Campeonato do Mundo de Paris, realizado em 1956. Entre 1970 e 1971 foi Preparador Físico da equipa de futebol do Sporting, tornando-se Campeão Nacional no primeiro ano e vencendo a Taça de Portugal no segundo. Como homem multifacetado que era, foi também preparador físico da Selecção Nacional. O atletismo foi sem dúvida a modalidade em que mais se destacou não só pelos títulos que conquistou, como pelos atletas que influenciou e pelos títulos que ajudou a conquistar para Portugal. Mas, como todos os grandes, também Moniz Pereira teve um percurso pessoal: tornou-se campeão universitário de Portugal no triplo salto e treinador da equipa do Sporting em 1946. Conquistou 30 campeonatos nacionais de pista masculinos, 24 campeonatos de pista femininos, 33 campeonatos Nacionais de Corta Mato masculinos e 12 taças dos Clubes Campões Europeus da mesma modalidade. Fotografia de Gonçalo Lobo Pinheiro A sua faceta de “fazedor de campeões” é talvez uma das suas características mais vincadas. A vontade de fazer crescer o atletismo português e arrecadar medalhas, deram-lhe a força e a coragem de apostar em nomes fortes e fazê-los suar e vingar. Falamos de Álvaro Dias, Domingos Castro, Aniceto de Simões, Hélder de Jesus, Carlos Lopes, Fernando Mamede, Dionísio de Castro. E a sua presença foi sentida por tantos outros mais. “Todos os sonhos, todos os caminhos, todos os passos que dei, ao professor Moniz Pereira eu agradeço a confiança e a motivação. O meu ídolo de todos os tempos. Descanse em paz professor e obrigada por tudo”, referiu Sandra Teixeira, vencedora de 1500m nos Jogos da Lusofonia de Macau em 2006, ao HM. Naíde Gomes, ex-atleta olímpica e campeã mundial de salto em comprimento, também expressa condolências, agradecendo ao professor: “por tudo o que deu ao nosso atletismo e ao nosso Sporting. Obrigada por ter acreditado em mim. Descansa em paz professor Moniz Pereira. Obrigada”, frisou. Momentos inesquecíveis O “professor” ficará na história do desporto português e sobretudo na do atletismo, por inúmeras razões, apesar de umas serem mais visíveis que outras. É o caso de momentos inesquecíveis, como o Recorde Mundial dos dez mil metros conseguido por Fernando Mamede, em 1984. Os três campeonatos de Corta Mato conquistados por Carlos Lopes, a Medalha de Ouro na Maratona Olímpica de Los Angeles e a primeira medalha olímpica do atletismo português conquistada também por Carlos Lopes, em 1976, nos Jogos de Montreal, são também momentos altos do atletismo português que ficam gravados na memória. Mário Moniz Pereira sabia o que queria e não poupava esforços nem exigências aos seus atletas. O professor ficou conhecido por impor disciplina e não tolerar atrasos durante os treinos. Disciplina e rigor eram as palavras de ordem. Tanto que há quem atribua a sua ausência a problemas no desporto português. “Estou no Rio de Janeiro e esta noite não consegui dormir porque a notícia da morte do professor deixou-me muito triste. Sabemos que pela idade avançada isso poderia acontecer a qualquer hora, mas é sempre difícil. Será uma grande perda. Aliás a grande crise do nosso meio fundo/fundo masculino tem muito a ver com o afastamento dele e também do Professor Fonseca e Costa. Espero que saibamos aproveitar todo o legado que ele nos deixou”, disse ao HM Rita Borralho, vencedora da Corrida de São Silvestre de Macau em 1981. Foto de Gonçalo Lobo Pinheiro “Foi-se o Homem mas para trás fica um legado que é toda uma modalidade e todos aqueles que tocou e deu um lugar na História do Desporto Nacional”, acrescentou Marco Fortes, atleta olímpico e vencedor do lançamento do peso nos Jogos da Lusofonia de Macau em 2006. A paixão pela música O que muitos desconhecem é a veia artística do professor e pai do atletismo português. O gosto pela música, em especial pelo Fado, levaram-no a compor várias músicas para grandes fadistas portugueses. “Valeu a Pena”, “Fado varina”, “Rosa da Madragoa”, “Rosa da noite” e “Não me conformo” são alguns dos temas, que se destacam entre muitos outros. E é nesta área que também há quem o relembre. “Há o Mário, amigo de mil histórias que nós ouviamos com muita atenção e divertimento. Também há o professor Moniz Pereira, este, um exemplo para os portugueses, espero, e para o mundo do atletismo. Neste momento todos o conhecem, todos têm histórias com ele. Sempre será assim. Agora que vai ficar nas nossas memórias, isso vai. É impossível não ser assim. Ou então, somos mesmo ingratos e não gostamos de homens bons”, frisou ao HM Paulo de Carvalho, músico, que desejou ao professor “uns bons Jogos Olímpicos”. Moniz Pereira participou em 12 jogos olímpicos e quase que como uma ironia do destino, partiu em véspera do início dos jogos do Rio. Com 95 anos, morreu no domingo. Homenagens multiplicam-se “O Sporting CP lamenta informar a morte do professor Mário Moniz Pereira, com 95 anos, pelo qual está de luto. O professor Mário Moniz Pereira é o símbolo máximo do ecletismo do Sporting CP e do desporto nacional. O clube endereça as mais sentidas condolências à família e amigos”, Comunicado do Sporting nas redes sociais “Vai com o sentimento de dever cumprido, ao longo de muitos anos, por acreditar no trabalho e nas pessoas com quem trabalhou e nas pessoas que lhe eram muito próximas”, Carlos Lopes, ex-atleta “Foi um homem muito importante para mim. Considerava-o um segundo pai. Esteve sempre comigo nos bons e nos maus momentos. E nuns e noutros tratou-me sempre da mesma maneira. Fez de mim recordista mundial dos 10 mil metros”, Fernando Mamede, ex-atleta “[Partiu] um homem bom, cujo exemplo reforça ainda mais a vontade” [dos atletas portugueses nos Jogos Olímpicos]”, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República “Uma máquina de fazer campeões”, Bruno de Carvalho, presidente do Sporting CP “Obrigado por tudo o que deu ao Desporto e em particular ao Atletismo. Ficará sempre na nossa história verdadeiro mestre. Espero que tenha deixado os seus ensinamentos. Descanse em paz Sr. Atletismo”, Sara Moreira, campeã da Europa de Meia-Maratona em 2016, ao HM Condecorações Em 1976 e 1984 – Medalha de Mérito Desportivo Em 1980 – condecorado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique Em 1984 – condecorado com a Ordem de Instrução Pública Em 1985 – galardoado com a Medalha de Mérito em ouro e nomeado Conselheiro da Universidade Técnica de Lisboa Em 1988 – galardoado com a Ordem Olímpica Em 1991 – condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique Em 2000 – o Sporting atribuiu-lhe o Leão de Ouro com Palma, que é o mais alto galardão do clube, contando ainda com o prémio Stromp na categoria Técnico Amador de 1964 Em 2015 foi distinguido com o prémio Leões Honoris Sporting, na categoria Honra especial. Fez parte da Comissão de Honra do Centenário do Sporting Clube de Portugal, do qual era o sócio número dois e desempenhou funções também como dirigente do Sporting. Começou como Secretário Técnico, depois como Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras e também como vice presidente com o pelouro das modalidades. Ficou até 26 de Março de 2011, acompanhando todo o processo que ficaria conhecido como o Projecto Roquete. Sabia que… Moniz Pereira acompanhou 12 Jogos Olímpicos, cinco Campeonatos do Mundo, 13 Campeonatos da Europa, 15 Taças da Europa, 22 Campeonatos do Mundo de Corta Mato e 18 Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato na qualidade de técnico, jornalista e seleccionador de atletismo?
Joana Freitas DesportoMMA | Venetian recebe campeonato mundial da ONE este mês O Venetian recebe para a próxima semana mais um evento de MMA, este da marca ONE, uma promotora asiática. O norte-americano Andrew Leone defronta o brasileiro Adriano Moraes [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s portas da Arena do Venetian vão abrir a 13 de Agosto para receber um campeonato mundial de Artes Marciais Mistas (MMA, na sigla inglesa). O ONE – Heroes of The World chega a Macau pela primeira vez e apresenta nomes de peso no cenário das artes marciais. Marcado para sábado às 19h00, o evento conta com Adriano “Mikinho” Moraes como cabeça de cartaz, juntamente com Andrew Leone. O brasileiro do Jiu-Jitsu e ex-campeão do mundo da ONE de pesos-mosca vai defrontar o nova-iorquino de 26 anos, lutador de Wrestling e candidato ao título. Leone estreou-se com uma vitória sobre o filipino Geje Eustaquio em 2013, tendo vencido já por duas vezes “contra oponentes de relevo”, como assegura a organização, como é o veterano japonês Koetsu Okazaki. “O combate entre Adriano Moraes e Andrew Leone vai, com certeza, ser duro de roer, deixando uma marca nos fãs de MMA numa noite que eles não mais vão esquecer”, antecipa a ONE. Mas o “Heroes of the World” não estaria completo sem os melhores do MMA da Australásia. Por isso, chega das Filipinas Eduard Folayang, o australiano Adrian Pang, o “herói da RAEHK” Eddie Ng, o ex-campeão da ONE Honorio Banario, Alain Ngalani, Christian Lee e Martin Nguyen, estes dois últimos vistos como “estrelas em ascensão”. O ONE é uma das maiores organizações asiáticas de Desporto. Com sede em Singapura, é responsável pela organização de combates de MMA em diversos locais do mundo. Macau, prometem, não vai ser excepção. “A ONE continua a sua ascensão como uma das melhores organizadores de MMA do mundo e tem um evento massivo, com um excelente cartaz planeado para Macau já em Agosto”, explicou Victor Cui, CEO da ONE, citado num comunicado. Os bilhetes para o evento, que acontece num mês em que Macau recebe também o Encontro dos Grandes Mestres de Wushu, estão já à venda e custam entre as 180 e as 2800 patacas.
Sérgio Fonseca DesportoKarts | Campeonato CIK FIA Ásia-Pacífico KZ está de regresso [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]edição de 2016 do Grande Prémio Internacional de Kart de Macau já tem data marcada. O evento organizado desportivamente pela Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), que regressou em 2015, terá novamente como cabeça de cartaz o Campeonato CIK FIA Ásia-Pacífico KZ e será tutelado pela Comissão Internacional de Kart da Federação Internacional de Automobilismo (CIK-FIA). Apesar de não ter sido ainda anunciado à imprensa, o evento anual mais relevante do Kartódromo de Coloane está agendado para o fim-de-semana de 10 e 11 de Dezembro. Segundo fonte oficial contactada pelo HM, a data e o evento já receberam a aprovação da Comissão CIK e do Conselho Mundial da federação internacional. Em 2015 a prova rainha do programa foi ganha pelo italiano Lorenzo Camplese (Parolin/TM Racing/Bridgestone – Chassis/Motor/Pneus). Apesar do número de inscritos na prova do Campeonato CIK FIA Ásia-Pacífico KZ ter ficado aquém do esperado, a prova mereceu mesmo assim rasgados elogios por parte das entidades internacionais. Além do “prato principal”, ao exemplo de anos anteriores, existirão várias outras categorias e troféus em disputa no mesmo fim-de-semana. Recorde-se que o ano passado deslocaram-se a Macau 140 pilotos oriundos das mais diversas paragens para este mesmo evento. Para a edição de 2016 foram igualmente registados no calendário internacional da CIK FIA a “Taça Macau”, para a categoria KZ, e a “Taça AAMC”, na categoria Max Sr. Depois da visita a Macau no primeiro fim-de-semana de Junho, o Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) regressa em Dezembro e com ele traz a nata do karting do sudeste asiático nas categorias Rotax Max Júnior & Sénior, ROK Sénior, X30, 125 Júnior, 125 Sénior e Veteranos Open. Macau é actualmente o único território a receber duas jornadas daquele que é o mais representativo campeonato asiático da modalidade. De acordo com dados publicados esta semana, o Fundo do Desporto apoiou, através da AAMC, a primeira prova do AKOC na RAEM, realizada no passado mês de Junho, em 690.700 patacas.
Sérgio Fonseca DesportoF3 | Estatuto de Taça do Mundo pode não trazer mudanças [dropcap style=’circle’]C[/dropap]om os anúncios milionários da renovação do Museu do Grande Prémio e do patrocinador da 63ª edição, à qual se alia um programa em todo igual ao do ano passado, os aspectos desportivos do evento do próximo mês de Novembro ficam por agora em segundo plano. Contudo, durante a conferência de imprensa do anúncio do patrocinador da prova deste ano, que será novamente o Suncity Grupo, Pun Weng Kun, Presidente do Instituto do Desporto, referiu um ponto importante: a organização que agora lidera tem “esperanças em aumentar a envergadura da corrida de Fórmula 3”, ambicionando o título de Taça do Mundo FIA. A prova de Fórmula 3 de Macau goza actualmente do estatuto de Taça Intercontinental FIA, algo sem semelhante na disciplina e em qualquer outra categoria de monolugares. A passagem da prova a Taça do Mundo FIA, como acontece actualmente com a corrida da Taça GT Macau, pode na prática não significar qualquer mudança. Nuno Pinto, director desportivo da Prema Powerteam, equipa que venceu as últimas três edições desta corrida, antevê que esta mudança, a acontecer, “não trará grandes vantagens”. Isto porque “Macau já tem um estatuto muito elevado e é uma prova com um grande estatuto em termos internacionais”. Criada em 1983, a prova de Fórmula 3 ganhou maturidade ao longos dos anos e é hoje um evento incontornável no desporto motorizado mundial. Não é por acaso que ex-vencedores da prova, como António Félix da Costa, ou Daniel Juncadella, quiseram regressar, tendo mais a perder que a ganhar, pelo simples prazer de a disputar. “Macau é Macau, independentemente do campeonato para qual pontua e ser denominado Taça Intercontinental ou Taça do Mundo. Para os pilotos e equipas não creio que fará grande diferença”, conclui o português que também é o treinador de pilotos da equipa patrocinada por Teddy Yip Jr. FIA estuda mini-mundial Entretanto, nos bastidores, a Federação Internacional do Automóvel e as equipas do Campeonato Europeu de Fórmula 3 estão a estudar a possibilidade de criar um campeonato do mundo com três provas, isto numa iniciativa que também inclui reduzir o número de eventos do actual campeonato europeu de dez para oito, com intuito de cortar nos custos anuais dos pilotos e equipas. A prova de final de ano no Circuito da Guia também faz parte desse plano que ainda está numa fase embrionária. “Fala-se desta mudança, mas integrada numa ideia da FIA de ter um campeonato europeu com menos corridas e depois criar uma Taça do Mundo que integrará o Grande Prémio de Macau e mais uma ou duas provas especiais que irão compor esse segundo campeonato por assim dizer”, explicou Pinto ao HM. O Grande Prémio do território poderá pontuar para esse mini-campeonato, o que poderá ter pontos negativos, como por exemplo, os pilotos abdicarem da luta pelo triunfo para somarem preciosos pontos para o campeonato. Se este cenário acontecer, para Pinto “até tira um bocadinho de importância à vitória no Grande Prémio de Macau por si só”. Mas o responsável frisa: “vamos esperar mais um pouco para se ter uma definição mais clara sobre esta ideia para o futuro da Fórmula 3”.
Sérgio Fonseca DesportoTaça Mundial da FIA não sofrerá grandes alterações este ano [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar de ainda não revelado à imprensa, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) já tem tudo alinhavado para a segunda edição da Taca GT Macau – Taca GT Mundial da FIA, que se irá disputar no mês de Novembro nas ruas da RAEM, como parte do programa de provas do 63º Grande Prémio de Macau. Serão poucas as novidades a introduzir este ano, continuando a prova a ser exclusivamente destinada a viaturas FIA GT3. Apesar da FIA ambicionar a longo prazo tornar esta corrida numa prova com um formato mais longo e até com trocas de pilotos, o formato de 2016 irá continuará a ser o mesmo, com uma Corrida de Qualificação de 12 voltas no sábado e a Corrida decisiva de 18 voltas, ou 75 minutos de duração, no domingo. No que respeita aos participantes, em vez de três carros, este ano cada construtor estará limitado a inscrever dois carros oficiais apenas, o que irá reduzir os esforço das marcas. A FIA irá no entanto continuar a cobrar 30 mil euros de inscrição para os construtores, para além de seis mil euros por cada carro que alinhe na prova. A exemplo do ano transacto, os pilotos amadores (categorizados como Bronze pelo sistema da federação internacional) continuarão a ser aceites na corrida, mas terão que cumprir o critério da qualificação máxima de 107% da melhor volta na qualificação para tomarem parte nas corridas de sábado e domingo. Com as inscrições a encerrarem no final de Agosto, a lista oficial de participantes, em que o Comité da Taça GT Mundial da FIA tem a última palavra, será conhecida no mês de Outubro, aquando da tradicional Conferência de Imprensa oficial do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM. A empresa anglo-francesa SRO Motorsports, que organiza com sucesso as Blancpain GT Series na Europa, também terá já renovado a sua parceria com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), mantendo assim a sua posição de ponte com as equipas estrangeiras e construtores automóveis. Entretanto, o Instituto do Desporto já abriu o concurso público, que termina a 27 de Julho, para a angariação de um patrocinador para a corrida. E quem vem? A quatro meses da prova, apenas a Porsche e a Lamborghini mostraram interesse público em participar na corrida. Contudo, como em anos anteriores, a Audi e a Mercedes-Benz, que venceu a corrida o ano passado, também deverão marcar presença oficial devido aos interesses que têm no mercado asiático. Os planos para a prova da Aston Martin, Bentley, McLaren, BMW ou Nissan são por agora desconhecidos. Certo é que a Ferrari não se fará representar oficialmente, como aliás é tradição da marca italiana, que oficialmente só se faz representar oficialmente na Fórmula 1. Contudo, esta estratégia da casa de Maranello poderá não impedir que os espectadores que assistirem às corridas do Circuito da Guia tenham a oportunidade de ver em acção um dos novos Ferrari 488 GT3, avaliados em cerca de cinco milhões de patacas, pois estes poderão aparecer nas mãos de concorrentes privados.
Manuel Nunes Desporto MancheteDesporto | Portugal é Campeão Europeu de Futebol e sétimo nos Europeus de Atletismo O verde e vermelho invadiu o mundo. Não foi só a torre do Eiffel porque, se em Paris Portugal se sagrou pela primeira vez campeão europeu de futebol, em Amsterdão o atletismo arrecadou 6 medalhas e, em Andorra, Rui Costa foi segundo na nona etapa do Tour. Nunca tal se “haverá” visto [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]ão será necessário relatar o filme do jogo épico que todos, ou quase todos, assistimos na madrugada de domingo. Valerá, quiçá, recordar algumas das frases proferidas após a conquista da equipa portuguesa em Paris. Honra aos derrotados seja feita, destaque para a reacção de Didier Deschamps, o treinador gaulês, que sempre primou pela elegância nas suas declarações em relação a Portugal. “A desilusão é o principal sentimento. Há coisas positivas, mas é difícil vê-las nesta altura. É muito duro, mas isto é futebol de alta competição”. Para além do desânimo natural, Deschamps disse ainda em relação à equipa portuguesa que “O vencedor merece sempre. Podem fazer as vossas análises, mas eu disse que não tinha chegado à final por acaso. Ficou em terceiro no grupo e é campeão da Europa. Não ganharam muitos jogos mas ganharam o mais importante. Não retiro nenhum mérito a Portugal. Há muita gente que vai tentar fazer comparações, e se calhar tiveram gerações com mais talento, mas não ganharam, e estes ganharam. Estão de parabéns. Não tenho nada a dizer para beliscar o mérito da equipa portuguesa.” Antoine Griezmann, o avançado francês com origens portuguesas, também estava desiludido apesar de levar como prémio de consolação o título de melhor marcador do Euro. Todavia, não teve pejo em destacar Ronaldo em relação à Bola de Ouro, um título que ambiciona, “O Cristiano ganhou as maiores competições, por isso acho que é isso, está feito”, disse. Euforia Lusitana Poucos esperariam que entrasse e muito menos que viesse a confirmar a fábula de Hans Christian Andersen, a história do “Patinho Feio” que afinal era um garboso cisne em desenvolvimento. Após uma experiência falhada em Inglaterra, no Swansea, Éder tinha conseguido este ano ficar em definitivo no Lille, de França, onde foi preponderante. Todavia, isso não chegou nem para lhe dar a titularidade na selecção, nem para conquistar o amor dos fãs. Diz-se, inclusive, que esse desamor terá mesmo provocado a necessidade de apoio psicológico antes do Campeonato da Europa. Mas, apesar de ter inscrito o seu nome a ouro na história do futebol português (nunca mais será esquecido), não esqueceu a humildade no meio das celebrações e até disse compreender a alcunha: “Patinho feio? Eu compreendo, as pessoas têm de falar, muitas vezes com razão, outras nem tanto”. Para além disso, em relação ao golo que deu o troféu, uma clara atitude de raiva e querer, Éder disse que “é um golo que sai do esforço de todos os portugueses, de todos os jogadores. Trabalhámos imenso, é sempre muito difícil, mas acreditámos sempre. O mister sempre disse que só saíamos daqui com a taça, que íamos ser campeões. É um golo de uma vida, muito merecido. Claro que não tenho noção da dimensão. Agora temos de desfrutar. Quero agradecer à Susana Torres, minha treinadora de alta performance que vocês deviam conhecer. Muita crença com os meus amigos, consegui fazer o que fiz no Lille e Fernando Santos e os meus companheiros acreditaram em mim.” Claro que não se pode esquecer o menino Sanches que deslumbrou meio mundo e conquistou o prémio para melhor jogador jovem do torneio. Orgulhoso, mas humilde também, até revelou que iria “autorizar” os seus amigos do ex-rival a festejar com ele: “Quero dizer aos meus amigos que hoje vão poder festejar comigo porque eles são quase todos sportinguistas”. Para além disso, considerou estar a viver um momento único “… é um sonho. Aos 18 anos ganhar um Campeonato da Europa… Espero ter mais anos como este, para mim vou guardar este ano no coração” E só falta o capitão que, como escreveu o diário inglês The Independent, “Transformou as lágrimas de tristeza em alegria.” “São momentos que não conseguimos controlar. Estava, de facto, muito emocionado, era algo que queria muito para o nosso país. Senti o apoio de todos os portugueses em Portugal e fora e aqui em Marcoussis, principalmente. Ganhei tudo a nível de clubes e individual, mas sempre disse que queria ganhar algo por Portugal. O nosso treinador merece, a nossa estrutura merece, ninguém acreditava. Obviamente, queria jogar mais, mas não consegui. Levei uma porrada e não consegui, senti o joelho a inchar, se continuasse podia piorar, ia correr um risco enorme”, disse Cristiano que ainda explicou a confiança que tinha em Éder “Foi feeling, não quero dizer que sou o rei da cocada preta ou bruxo, mas tive feeling que o Éder ia marcar. Fiz uma reza para ele, merece. Estou muito feliz por ele.” Palavras de capitão O papel de Ronaldo, ainda sem jogar, foi mesmo fundamental na coesão e motivação do grupo. As palavras ditas antes do prolongamento foram cruciais conforme divulga o jornal Mirror, de Inglaterra, através de Cédric Soares: “Ele deu-nos muita confiança e disse-nos: ‘Oiçam pessoal, tenho a certeza que vamos ganhar o Euro, por isso mantenham-se unidos e lutem por isso’. “Foi incrível”, disse ainda Cédric, “a equipa toda teve uma atitude fantástica e mostrou que, quando se luta como se fossemos apenas um, é-se muito mais forte”. E vai mais longe na análise de Ronaldo que qualifica de “fantástico. A sua atitude é inacreditável. Ao intervalo ajudou-me muito e aos meus colegas, teve sempre palavras de motivação. A equipa toda reagiu por isso foi muito, mas muito bom!” Imprensa Internacional A imprensa internacional engalanou-se com as cores portugueses classificando, de uma forma geral, a conquista de Portugal no Euro como “heróica” salientando o facto de ter sido conseguida sem o contributo de Cristiano Ronaldo. Aqui ficam alguns dos títulos: França France Football “Uma terrível desilusão” Le Monde “Portugal priva os ‘Bleus’ de uma vitória no seu Europeu” Espanha El Pais “Portugal consola Cristiano” Marca “Em nome de Cristiano” e “Assim é Éder, o novo herói de Portugal”. El Mundo “Portugal, campeão da Europa: a crueldade é bela” Mundo Deportivo “Heróico, mesmo sem Cristiano” As “Maracanazo em Saint-Denis” Inglaterra The Independent “As lágrimas de Ronaldo transformam-se em alegria com Portugal a bater a França e conquistar a glória europeia” The Guardian “Os ‘patinhos feios’ de Fernando Santos partem os corações franceses” The Sun “Quem precisa de Ronaldo? Éder, o flop de Swansea marca no prolongamento e atordoa a nação anfitriã” Mirror “Portugal choca a França com vitória 1-0 após Ronaldo sair lesionado” Estados Unidos CNN “Portugal coroado campeão europeu” Brasil O Globo “Portugal bate a França e vence a Eurocopa pela primeira vez” Alemanha Die Welt “Na sua noite mais amarga, ele levantou a taça” Argentina Olé “Rebentos de Cristiano” (“Flor de Cristianos”, no original) Hong Kong South China Morning Post “Treinador Santos inspira Portugal para uma derradeira vitória ‘feia’” Estatísticas no Euro Esta prova que continua a ser liderada na conquista de títulos pela Alemanha/RFA (1972, 1980 e 1996) e Espanha (1964, 2008 e 2012) gera toneladas de estatística. De entre essa miríade de dados, seleccionámos os que tocam às cores portugueses. Uns melhores, outros nem por isso. Mais presenças em fases a eliminar após ultrapassar a fase de grupos: 7 – Alemanha/RFA (1980, 1988, 1992, 1996, 2008, 2012 e 2016) e Portugal (1984, 1996, 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016) Mais presenças sem nunca cair na fase de grupos: 7 – Portugal (1984, 1996, 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016). Menos vitórias de um campeão (desde 1980): 3 – Dinamarca (1992) e Portugal (2016) Mais jogos sem vitórias de um campeão: 4 – Portugal (2016) Mais empates consecutivos: 4 – Portugal (um em 2012 e três em 2016) Menos golos numa final: 1 – Portugal-Grécia, 0-1 (2004), Alemanha-Espanha, 0-1 (2008) e Portugal-França, 1-0ap (2016) Jogador mais velho a sagrar-se campeão: 38 anos e 53 dias – Ricardo Carvalho, Por (Portugal-França, 1-0ap, 2016) Jogador mais novo a sagrar-se campeão: 18 anos e 327 dias – Renato Sanches, Por (Portugal-França, 1-0ap, 2016) Jogador mais novo a actuar numa final: 18 anos e 327 dias – Renato Sanches, Por (Portugal-França, 1-0ap, 2016). Corridas para a vitória Medalhas e títulos extra futebol Nem só de futebol vive a espécie e este fim de semana trouxe mais motivos de orgulho paras hostes lusitanas com resultados espectaculares no atletismo e, claro, o segundo lugar de Rui Costa numa difícil etapa do Tour… de França… nos Pirenéus. Em Amesterdão acabou este fim de semana outro campeonato europeu, o de atletismo. No final, as cores lusitanas terminaram num honroso 7º lugar à frente da… França ao conquistarem três medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze. O ouro foi para Sara Moreira, na meia maratona, Patrícia Mamona, no triplo salto, e para a equipa da meia maratona. A prata seguiu para Patrícia Félix na corrida dos 10,000 metros e o bronze para Tsanko Arnaudov no lançamento do peso e para Jessica Augusto na Meia Maratona. No triplo salto, com uma tirada final de 14,58 metros, Patrícia Mamona melhorou também o recorde nacional por seis centímetros e conquistou a quinta medalha de Portugal nestes Europeus, e a 34.ª desde sempre. Na estreia da meia-maratona em Europeus, Sara Moreira completou o percurso em 1:10.19 horas, enquanto Jéssica Augusto ficou com a medalha de bronze, ao fechar o pódio com mais 36 segundos. Na meia-maratona dos Europeus estreou-se igualmente a Taça da Europa da distância, para a qual contam os registos das três melhores de cada país, tendo Ana Dulce Félix fechado a equipa lusa no 12.º posto, dando o triunfo colectivo a Portugal. Nos 10,000 metros, Jéssica Augusto, que perto do final seguia na quarta posição, acabou por ultrapassar a turca Haydar e terminou, bem isolada, na terceira posição, com 1:10.55. Susana Costa ficou em quinto lugar com um salto de 14,34 metros, e novo recorde pessoal. No lançamento do peso, Tsanko Arnaudov conquistou a medalha de bronze tendo como o melhor arremesso a 20,59 metros. Em Andorra, o português Rui Costa (Lampre-Mérida) conseguiu o segundo lugar na nona etapa da Volta a França em bicicleta, mas promete mais. “Estou feliz e quero mais. Até Paris ainda temos muitas etapas e mais oportunidades. Vamos dar luta”, escreveu Rui Costa, no seu diário ‘online’. O corredor poveiro terminou a etapa rainha dos Pirenéus a 38 segundos do holandês Tom Dumoulin (Giant-Alpecin), vencedor da tirada, e admitiu que o segundo posto foi positivo. “Que dureza que foi esta etapa. Aquela subida final parecia interminável! Foi um dia super complicado, mas a vontade de vencer era maior. Um resultado que me anima. Não foi uma vitória, mas depois de tanto esforço e tantas tentativas que eu fiz, acho que foi uma boa recompensa”, frisou. Rui Costa subiu à 48.ª posição, a 42.27 minutos do britânico Chris Froome.
Manuel Nunes DesportoWushu | Encontro internacional por toda a cidade [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] evento de Wushu que decorre de 11 a 14 de Agosto vai cobrir todo o território e não apenas a Praça do Tap Seac. Macau vai servir de palco para o “Encontro de Mestres de Wushu”, um evento que vai espalhar a magia desta arte pelos quatro cantos da cidade com eventos a acontecerem tanto ao ar livre, como em recintos cobertos. No evento ontem apresentado à imprensa vão estar presentes vários especialistas de Wushu, nomeadamente Wu Guangyu, Wang Shiquan, Shi Yanzheng, do Templo Shaolin, Liu Suibin, Shi Yanjun e Lu Yijie. O orçamento de produção é de 20 milhões de patacas e a iniciativa vem recuperar a ideia de um outro encontro similar ocorrido em Macau nos anos 60 do século passado. A acção acontecerá em diferentes palcos, como a Praça do Tap Seac, o Pavilhão Polidesportivo do Tap Seac, o Largo do Senado, a Praça da Amizade e o Jardim de Iao Hon. Para além das exibições de Wushu tradicional, estão também previstas Danças do Dragão e do Leão, um Fórum de Wushu, uma exibição conjunta dos mestres da China e de outras partes do mundo e competições de Taolu. Outras actividades constantes do programa são ainda Sanda (versão de kickboxe chinesa) dos atletas da China e do estrangeiro, paradas e competições de Dança do Leão e do Dragão. Desporto e turismo Para Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto (ID), “o Wushu regista uma longa história de desenvolvimento em Macau e este evento é uma excelente oportunidade para combinar desporto com turismo”. Já o Presidente da Direcção da Associação Geral de Wushu de Macau, Chan Weng Kit de Noronha, refere que “com o forte apoio do Governo, tem-se permitido um forte desenvolvimento da modalidade em Macau, tornando-se numa das modalidades mais praticadas pelos cidadãos locais”. Ainda segundo o responsável associativo, “nos últimos anos, os atletas de Wushu de Macau conseguiram alcançar excelentes resultados em vários eventos desportivos de grande dimensão, ocupando uma posição relevante no desenvolvimento da modalidade a nível mundial”. A expectativa é agora a de criar um evento que permaneça no calendário de grandes eventos da RAEM, uma opção que o Secretário para os Assuntos sociais e Cultura, Alexis Tam, não enjeita. “Vamos ver como corre, analisar e depois decidiremos se, de facto, poderemos continuar.” De qualquer forma, o responsável governamental adiantou ainda que “muitas outras cidades gostariam de ter um evento como este”, que o Secretário considera “muito importante para a população” no sentido da “promoção do desporto, da criatividade e para a imagem de Macau no mundo”. A iniciativa é organizada em conjunto pelo Instituto do Desporto e a Associação Geral de Wushu de Macau, com a colaboração da Direcção dos Serviços de Turismo, do Instituto Cultural e do Fundo das Indústrias Culturais. A entrada para todos os eventos será livre.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Conhecidos representantes de Macau na Taça Chinesa [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]á são conhecidos os três pilotos do território que vão defender as cores da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) na terceira temporada do troféu monomarca “Taça da Corrida Chinesa”. Hélder Assunção, Jo Rosa Merszei e Lam Kam San são os três seleccionados, sendo que Assunção foi o único que transitou da temporada passada. “A Taça Chinesa é uma competição muito emocionante. Corro há vários anos e nunca participei numa competição tão emocionante, são corridas competitivas e altamente disputadas”, diz Assunção, que foi o único piloto do território a participar em todas as edições do campeonato. Com passagens pela Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 e pela corrida do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) do Grande Prémio de Macau, Merszei é um dos pilotos com um currículo mais extenso e variado no automobilismo local. Ausente este ano do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS), o piloto macaense regressa a esta competição depois de uma passagem fugaz em 2014. Apesar de ser também um veterano do automobilismo do território, tendo inclusive vencido a Taça do Automóvel Club de Portugal em 1996 e 1997, Lam Kam Sam irá estrear-se na Taça da Corrida Chinesa este ano. A competição, cuja apresentação oficial deverá acontecer em breve em Pequim, irá novamente fazer parte do programa de provas do 63º Grande Prémio de Macau. Criada em 2014 pela Shanghai Lisheng Racing Co, a Taça da Corrida Chinesa é uma competição constituída por quatro provas em que todos os participantes conduzem viaturas BAIC Senova D70 (um carro que tem como base o Saab 9-5), com a particularidade de cada associação automóvel da Grande China – China continental, Macau, Hong Kong e Taipé Chinês – ter o direito de inscrever três viaturas. As restantes viaturas participantes nas corridas são alugadas a pilotos privados e não pontuam para o campeonato das associações. Além da corrida no Circuito da Guia, que encerra a temporada, irá ser realizado um evento em Xangai, outro no Taipé Chinês e ainda um outro no circuito dos arredores de Zhaoqing, a casa do desporto motorizado de Hong Kong. Ao vencer a corrida integrada no programa do Grande Prémio de Macau do ano passado, Michael Ho foi até hoje o único piloto local a vencer nesta competição, sendo que a associação da China Continental (FASC) levou de vencida as duas edições anteriores da competição. O 63º Grande Prémio de Macau será realizado entre os dias 17 e 20 de Novembro do corrente ano.
Joana Freitas DesportoCampeonatos de Turismo Macau Terminaram em Zhuhai [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]O segundo “Festival de Corridas de Macau” realizou-se no pretérito fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, naquela que foi a última oportunidade para os pilotos de carros de turismo de Macau se qualificarem para o Grande Prémio. Com temperaturas elevadíssimas, muito pouco amigáveis para as mecânicas dos automóveis participantes na edição deste ano do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS), Filipe Clemente Souza renovou o título na classe AAMC Challenge, com dois indiscutíveis triunfos, ao passo que Ng Kin Veng ficou com o ceptro da categoria AAMC Road Sport Challenge. A bisar Num formato igual ao de eventos anteriores, os 24 concorrentes na categoria AAMC Challenge qualificaram-se de manhã e tiveram as suas corridas à tarde. No sábado, Jerônimo Badaraco (Chevrolet Cruze) arrancou da pole-position e conservou a primeira posição na primeira metade da corrida. Contudo, Souza (Chevrolet Cruze) imprimiu um ritmo mais forte na segunda metade e ultrapassou o seu companheiro de equipa, oferecendo mais uma “dobradinha” à Son Veng Racing Team. Álvaro Mourato (Peugeot RCZ) desembaraçou-se na partida de Chan Weng Tong (Chevrolet Cruze), assumindo o terceiro lugar, mas com o avançar da corrida e o motor do carro francês a falhar, perdeu lugares para Chao Chong In (MINI Cooper), Célio Alves Dias (MINI Cooper) e já no final das 12 voltas para Tong, terminando em sexto. Depois de ter lutado pelas posições próximas do “Top-10”, Rui Valente (MINI Cooper) acabou no 15º lugar, enquanto Helder Rosa (Peugeot RCZ) foi o 18º classificado. Apesar de ter rodado no quinto posto, o carro de Eurico Jesus (Ford Fiesta) sucumbiu na penúltima volta. No domingo, Souza partiu da pole-position na segunda corrida e por lá ficou do princípio ao fim, apesar da pressão exercida por Badaraco nas últimas voltas. Com este título, Souza, que este ano também está a disputar o TCR Asia Series, sagrou-se bi-campeão da classe AAMC Challenge. O pódio na quarta corrida da temporada ficou completo com a presença de um outro macaense, Célio Alves Dias. Eurico de Jesus foi o sétimo, enquanto Valente foi o 12º classificado. Por fim, ainda entre os macaenses, Mourato acabou fora de prova, após ter sido tocado na última curva, e Rosa também não terminou classificado devido a problemas de pressão no turbo da sua viatura. Vitórias repartidas Com apenas dúzia e meia de inscritos este ano, todos teoricamente apurados à partida, na categoria AAMC Road Sport Challenge as vitórias foram repartidas por Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo), que assim se sagrou campeão 2016, e pelo ex-campeão Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9). O único nome português presente, Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo9), foi sétimo e nono na primeira e segunda corrida respectivamente. O programa do fim-de-semana foi preenchido com quatro corridas da Taça Richburg, para viaturas da categoria FIA TCN2 e Road Sport, em que James Tang, em Honda Civic TCR, venceu por três ocasiões, tendo o “Rei do Drifting” de Hong Kong sido batido na última corrida por Edgar Lau em SEAT Léon TCR.
Hoje Macau DesportoPortugal tem bicampeão Europeu de canoagem [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]Fernando Pimenta sagrou-se no domingo bicampeão da Europa de canoagem, juntando o título de K1 5000 ao de 1000, conquistado no dia anterior. Um título inédito a dois meses dos Jogos Olímpicos. O canoísta luso, que liderou do primeiro ao último metro, concluiu a prova em 3.29,040 minutos, batendo o dinamarquês René Poulsen (3.32,296), segundo classificado, e o húngaro Balint Kopasz (3.32.656), terceiro. Pimenta admitiu um “sabor agridoce” por ter falhado o pódio em K4 1000. “É muita ‘fruta’, mas sinto um sabor agridoce. Mesmo sendo talvez o atleta mais medalhado dos homens nestes Europeus, queria mais no K4. Ficámos a 100 milésimos do bronze. Sem dúvida que me sinto satisfeito pelo que fiz, mas os meus parceiros mereciam sair daqui com uma medalha. Vamos trabalhar para isso. O nosso momento está para chegar”, garantiu à agência Lusa. Pimenta referia-se a Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes, com quem ficou a 108 milésimos do bronze em K1 1000. “O nosso momento está para chegar. Vamos trabalhar para isso, mais unidos do que nunca, focamos no grande objectivo e meta, os Jogos Olímpicos”, vincou. O canoísta português garante que sairia “sempre motivado” destes Europeus, considerando que não há limites para a fasquia de objectivos que delineia com o seu treinador Hélio Lucas. “Não desmotivo fácil. Temos sempre um olhar novo, objectivo e meta. Sem dúvida que sair daqui com duas medalhas é muito gratificante, um clique muito bom. E agora é trabalhar, dar tudo por tudo. Continuar focado, concentrado ainda mais do que nunca”, concluiu.