Trânsito | Grande Prémio provoca alterações já a partir de amanhã

Em contagem decrescente para mais uma edição do Grande Prémio de Macau, os Serviços para os Assuntos de Tráfego dão a conhecer as medidas que se aplicam ao trânsito e as alterações nos autocarros. Há 43 carreiras que têm percursos diferentes nos próximos dias

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]o que obriga um circuito citadino: todos os anos, com a chegada do Grande Prémio de Macau (GPM), há que repensar o trânsito dentro e fora da Guia. Ontem, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) deu a conhecer as alterações previstas para os próximos dias, que implicam, desde logo, a mudança provisória os itinerários de 43 carreiras de autocarros.

De quinta-feira a domingo, as carreiras 1A, 3, 3A, 10, 10A, 10B, 10X, 12, 28A, 28B, 28BX, 32, AP1 (em direcção ao Aeroporto) e N1A deixam de parar no Terminal Marítimo do Porto Exterior. Em alternativa, os passageiros poderão optar por duas carreiras (12X e 31), sem terem de pagar, para se deslocarem entre o terminal marítimo e a Praça de Ferreira do Amaral, ou entre o terminal marítimo e o Fórum. O serviço da carreira H2 será também suspenso.

Para aliviar a pressão viária em algumas vias, explica a DSAT, deixará de se efectuar escalas nas paragens “Campo Desportivo Mong-Há” e “Centro Actividades Turísticas”. As carreiras 8 e 28C não vão passar pela Travessa da Amizade, mas sim pela Rua de Malaca em direcção à Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, suspendendo-se a paragem “Jai Alai”. O terminal destas carreiras mudará temporariamente para a paragem provisória do Fórum.

Além das carreiras 5, 5X, N1A e N2, foi mudado o circuito das carreiras 1A, 3, 3A, 8, 10, 10A, 10B, 10X, 12, 23, 28A, 28B, 28BX, 28C e 32 que passarão pela paragem “Av. R. Rodrigues/Hotel Nam Yue”, mas nela não efectuarão escala. Na paragem “Ouvidor Arriaga /Xavier Pereira”, as carreiras 1A, 3A, 10, 10B e 17 irão passar mas não fazem escala, ao passo que as carreiras 16, 28B, 28BX, AP1 e N1B vão efectuar escala. Além da carreira 32, as carreiras 1A, 3A, 10, 10B, 17, 28B, 28BX e N1B vão passar pela “Est. do Reservatório”, mas não efectuarão escala.

A DSTA explica que, para que os residentes fiquem a par do ajustamento do circuito das carreiras durante a realização do GPM, as operadoras do serviço de transportes públicos vão afixar os avisos nas paragens em causa. Além disso, os Assuntos de Tráfego vão mobilizar pessoal para várias paragens e vias para prestar apoio aos passageiros, e deixam um conselho aos residentes: devem planear o percurso que vão fazer, sair de casa mais cedo e optarem por andar a pé “ou em outros meios de transporte público”.

Mudanças ao volante

Vão ser ainda implementados alguns condicionamentos provisórios em várias vias de Macau. O troço da Rua Cidade de Sintra, entre a Praça de Ferreira do Amaral e a Avenida 24 de Junho, situada a sul do jardim das Artes, passará a efectuar-se em dois sentidos de circulação, das 10h de quarta-feira às 19h de domingo. Ao mesmo tempo, ficarão vedadas ao trânsito as duas faixas centrais para inversão de marcha, existentes no lado oposto à Rua de Cantão e junto à Praça de Ferreira do Amaral. O troço da faixa direita da Avenida de Marciano Baptista, junto ao Fórum de Macau, ficará demarcada ao uso de autocarros, das 20h de quarta-feira à 01h da madrugada do dia 21, segunda-feira.

Amanhã, a partir das 21h, e até às 18h de domingo, o viaduto da Estrada da Bela Vista passará a processar-se em dois sentidos de circulação e será invertido o sentido de circulação no troço da Estrada da Bela Vista, entre o Edifício Fok Hoi e o viaduto da Estrada da Bela Vista, ou seja, os veículos poderão passar pelo Edifício Fok Hoi em direcção ao viaduto da Estrada da Bela Vista.

O troço da Estrada de Ferreira do Amaral, entre a Rua de São João Bosco e a Estrada de D. Maria II, passará a efectuar-se em dois sentidos de circulação. Por sua vez, a execução do corredor exclusivo para transportes públicos na Avenida de Almeida Ribeiro, durante os feriados e domingos, será suspensa no domingo: os veículos poderão circular normalmente entre a Rua Central e a Rua dos Mercadores.

15 Nov 2016

André Couto ainda pode revalidar o título no Japão

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] temporada desportiva no Japão do piloto local André Couto chega ao fim este fim-de-semana na Twin Ring Motegi; um circuito que pertence ao construtor automóvel Honda. Couto e o japonês Ryuichiro Tomita ocupam o sétimo lugar no campeonato, com 32 pontos, menos 22 que os líderes do campeonato, o duo nipónico Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui (Toyota 86 MC). Para o piloto da RAEM revalidar o título na classe GT300 é um objectivo extremamente complicado, até porque o Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer carregará este fim-de-semana 32 kg adicionais de lastro, apesar da última prova do ano atribuir pontos a dobrar, pois serão realizadas duas corridas, uma no sábado e outra no domingo. Contudo, tal possibilidade remota está pendente vários cenários pouco prováveis que envolveriam os principais candidatos às vitórias e por sua vez, os carros que habitualmente são mais rápidos em pista.

“Matematicamente ainda é possível eu ser campeão, mas é muito, muito difícil”, reconheceu Couto ao HM que afirmou que vai dar “o meu melhor, como faço em todas as corridas e tentar encerrar a temporada com um bom resultado”.

Nesta mesma pista, o ano passado, na altura já com o título da categoria GT300 no bolso, Couto levou o Nissan GT-R Nismo GT3 cinzento ao sexto lugar. Como o próprio piloto português do território admite, este ano o Nissan tem sido prejudicado pelo “Balanço de Performance”, a fórmula técnica artificial usada pelo organizador do campeonato para equiparar o andamento em pista de viaturas tão diferentes da classe GT300 como o Nissan nº0, o Ferrari 488 GT3 ou o Toyota Prius que carrega um sistema híbrido, entre outros.  O Team Gainer teve um arranque de época discreto, mas foi evoluindo com a desenrolar da temporada, tendo mesmo lutado pela vitória na última prova, realizada na Tailândia. Couto acredita que este resultado “dá confiança à equipa” à partida para o derradeiro desafio da temporada 2016 que contará com vinte e nove concorrentes na classe GT300.

A última prova do Super GT é uma jornada dupla; um formato invulgar para o campeonato. Isto, porque o circuito Autopolis, localizado na Prefeitura de Ōita, deveria receber a próxima corrida do Super GT nos dias 21 e 22 de Maio, mas devido ao tremor de terra que assolou aquela zona do Japão o circuito ficou inoperável. Por motivos de calendarização, a organização do campeonato Super GT optou por executar esta jornada dupla em Motegi, em vez de criar um evento de substituição.

Teste em Itália

Antes de partir para o Japão, Couto viajou até ao norte de Itália para ter um primeiro contacto com o Lamborghini Húracan GT3, a viatura que conduzirá na Taça do Mundo FIA GT do 63º Grande Prémio de Macau.  Como o Lamborghini da FFF Racing Team by ACM que Couto conduzirá no Grande Prémio está a caminho da RAEM, Couto teve um dia de preparação no circuito de Adria com o carro de testes da Lamborghini Squadra Corse.  “Gostei do carro. Achei-o bastante bom no que respeita ao estilo de condução. Pareceu-me um carro ágil”, explicou Couto ao HM.  O piloto luso de Macau, que o ano passado tripulou um McLaren, irá este ano com o italiano Mirko Bortolotti representar o construtor italiano na taça mundial, onde a Automobili Lamborghini terá pela frente três rivais de peso: Audi, Mercedes-Benz e Porsche.

10 Nov 2016

Grande Prémio de Macau | TCR vai embora e WTCC deverá regressar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Corrida da Guia deixará de pontuar para o campeonato TCR International Series a partir do próximo ano. Mas as novidades podem não ficar só por aqui. O Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC), que em 2014 se despediu de Macau, deverá estar de volta já em 2017.

O calendário provisório para a temporada de 2016 do campeonato TCR International Series já circula entre as equipas e o Circuito da Guia não consta desse rascunho. O regulamento técnico do TCR serviu para colmatar o vazio deixado pelo WTCC em 2015 na Corrida da Guia, quando o mundial de carros de turismo rumou a outras paragens. O ano passado e novamente este ano, a Corrida da Guia será pontuável para os campeonatos TCR International Series e para o TCR Asia Series, no entanto, este ano a corrida não se cinge apenas aos concorrentes dessas duas competições como em 2015. Dos 36 inscritos da “Corrida da Guia Macau 2.0T Suncity Grupo”, apenas 25 carros são provenientes dos dois campeonatos TCR. Há 5 concorrentes convidados, com viaturas que seguem o regulamento TCR, e 6 outros concorrentes provenientes do Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC), uma competição com uma regulamentação técnica bastante diferente, o que terá gerado algum mal estar.

A organização do campeonato liderado por Marcello Lotti, ex-promotor do WTCC, ainda não fez nenhuma comunicação oficial sobre o assunto. Contudo, segundo o que apurou o HM, a “oportunidade de terminar a temporada de 2017 com a Fórmula 1” e a “alteração da regulamentação da corrida”, que abriu a porta à participação de outro tipo de viaturas, como aquelas provenientes do CTCC e do homologo britânico, sendo que deste último campeonato nenhum arriscou uma visita à RAEM, terão dado motivação à organização do TCR International Series para abdicar daquele que era o “cabeça de cartaz” do seu calendário a par com a corrida nocturna no Grande Prémio de Singapura no fim-de-semana da Fórmula 1. Macau poderá ser mesmo substituído pelo circuito de Monte Carlo no Mónaco, no calendário de 2017 do TCR International Series.

De acordo com as fontes ouvidas pelo HM, o fim desta ligação “TCR-Guia” abriu as portas ao regresso WTCC, o principal campeonato de carros de turismo da Federação Internacional do Automóvel (FIA),  isto numa altura em que novel Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau e a federação internacional andam de mãos dadas. A FIA manteve a Taça do Mundo de GT no território e deu o estatuto de Taça do Mundo também à prova de Fórmula 3, o que torna o Grande Prémio de Macau o único evento que engloba duas Taça do Mundo FIA num só fim-de-semana.  Caso consiga reintroduzir o WTCC em Macau, a FIA dará um bónus a um campeonato que passa por dificuldades visíveis e que precisa de todo o tipo de ajudas para se renovar.

Volta que estás perdoado

Após dez anos consecutivos com muitas histórias para contar, o WTCC despediu-se em 2014 de Macau, uma resolução que não foi do agrado das equipas e pilotos, nem sequer do promotor do evento. François Ribeiro, o responsável máximo da Eurosport Events, a empresa que tem os direitos de promoção do WTCC, disse na altura que o “WTCC amadureceu durante os seus dez últimos anos” e que a sua organização decidiu procurar novas alternativas, em novos palcos, onde “seja possível abrir novos mercados, ter melhor horários televisivos e estarmos mais próximos da nossa base, permitindo o regresso mais rápido à Europa”. O dirigente francês gostaria que as duas corridas do WTCC fossem realizadas no sábado à tarde, ocupando o lugar actualmente da corrida do Grande Prémio de Motos no programa, pois, em termos de transmissão televisivas para o continente europeu, serviria melhor os seus interesses. Sem espaço em Macau, o WTCC rumou ao Catar, onde realiza uma prova nocturna de encerramento de temporada que não tem nem metade de resplendor que tinha a visita anual ao território. O campeonato gerido pela Eurosport Events está a viver um período difícil. A Citroen e a LADA estão de partida, deixando apenas a Honda e Volvo como únicas equipas de fábrica presentes. Esta temporada o WTCC teve sempre inúmeras dificuldades em reunir mais de duas dezenas de concorrentes e tudo indica que voltará a passar por dificuldades para juntar mais de dezena e meia de participantes em 2017.

Instado a comentar sobre o assunto, François Ribeiro não confirmou, nem negou a vontade do WTCC em regressar às ruas do território. “Nós nunca dissemos que não queríamos regressar à Corrida da Guia que foi, e que continua a ser, uma das corridas icónicas da Ásia, e que sempre dá sempre deu boas-vindas à exposição mediática internacional”, disse Ribeiro.

7 Nov 2016

Tiago Monteiro falou do regresso à Guia

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]iago Monteiro será o único representante português na edição deste ano da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau. O ex-piloto de Fórmula 1 falou pela primeira vez sobre o desafio que irá ter pela frente nas ruas da RAEM, onde irá tripular um Honda Civic TCR nº81 da equipa sueca WestCoast Racing.

Monteiro voltou a reafirmar que Macau é “um dos locais favoritos” para correr e que sempre teve “gosto em correr de Fórmula 3  e carros de turismo”.  Após ter competido primeiro de Fórmula 3 no Circuito da Guia, na altura como vice-campeão francês da especialidade, o portuense foi presença regular neste evento quando o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) visitava Macau. Aliás, é uma má memória na última participação no território que dá uma motivação extra ao actual piloto oficial da Honda.

“Tenho uma questão pendente,  já que da última vez que lá estive (em Macau) estava a liderar a corrida a três curvas do fim, quando um problema mecânico me obrigou a abandonar. De certeza que quero algum tipo de vingança”, admite o piloto de 40 anos que é o actual terceiro classificado no WTCC.

Tal como em 2015, este ano a Corrida da Guia irá marcar pontos para o campeonato TCR International Series, competição que tem atraído vários ex-pilotos do WTCC, como Pepe Oriola, James Nash ou Gianni Morbidelli. Apesar de não ter qualquer tipo de pressão para obter resultados, pois não tem qualquer interesse nas contas do campeonato, Monteiro reconhece que não será fácil ombrear com os melhores pilotos deste campeonato  internacional de carros de turismo, sabendo em antemão que o conhecimento da viatura por parte da concorrência é muito maior que o seu.

“Eu sei que o nível do TCR International Series é bastante alto. Eu conheço a maior parte dos pilotos da frente, portanto estou ciente que a tarefa que tenho pela frente será dura, especialmente porque eles completarão uma temporada inteira com os seus carros. Se eu conseguir ficar na frente, ficarei contente pois é esse o meu objectivo”, realça Monteiro, que afirma ainda que “antes de tudo, eu pretendo desfrutar e dar meu máximo, como é habitual”.

Tiago Monteiro detém o melhor resultado de sempre de um piloto português na Corrida da Guia, ao ter terminado na segunda posição na primeira corrida do WTCC em 2013, resultado que obviamente gostaria de superar.

3 Nov 2016

Álvaro Mourato bastante realista para o Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]Á[/dropcap]lvaro Mourato é um dos pilotos do território mais conceituados nas corridas locais de carros de turismo. Contudo, este ano o piloto macaense não acredita que será fácil levar o seu Peugeot RCZ à posições de primazia no Grande Prémio de Macau.  Antes de enviar o carro de construção francesa para Macau, Mourato esteve a testar, como a maioria dos pilotos do território que participarão na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, no circuito vizinho de Zhuhai. Estes foram os últimos preparativos antes da grande corrida do mês de Novembro. “Tive alguns problemas electrónicos e problemas sobreaquecimento no carro durante o campeonato de Macau de Carros de Turismo, o MTCS, e tive que fazer umas alterações antes do Grande Prémio”, clarificou ao HM o piloto do território.

A Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, mais conhecida apenas por “Taça CTM”, não é uma das corridas “cabeça de cartaz” do programa de provas do Grande Prémio, mas mais de duas décadas de história tornam-na numa das corridas mais simbólicas de carros de turismo do sudeste asiático.

Este ano, a “Taça CTM” volta a reunir um bom leque de condutores asiáticos da especialidade e vários participantes da RAEM. Para a edição de 2016, Mourato espera “ser classificado entre os melhores 70% dos concorrentes de Macau”. Este objectivo é aparentemente modesto para quem é um ex-vencedor da saudosa Taça Hotel Fortuna, mas permite-lhe assim manter o indispensável subsidio para as provas fora do território da Fundação Macau no próximo ano. O espírito combativo de Mourato é reconhecido no paddock e certamente todos gostariam de o ver a lutar pelos lugares cimeiros numa corrida em que os pilotos de Hong Kong, mais abonados, gozam actualmente de uma certa hegemonia. “Não posso dizer que é 100% impossível (lutar pelos lugares cimeiros), pois tudo pode acontecer durante uma corrida, mas posso dizer que será quase impossível ir ao pódio”, afirma o piloto do Peugeot nº20 inscrito pelo Team Endless.

A regulamentação técnica em vigor nesta corrida é apenas utilizada nos campeonatos de Hong Kong e Macau. Isto quer dizer que os pilotos têm que adquirir um automóvel equipado com um motor 1.6 litros turbo na sua versão de estrada e depois adaptá-lo à regulamentação e evolui-lo, o que acarreta custos altíssimos. “Esta categoria de 1.6T é cada vez mais para as equipas profissionais e não para nós; equipas de amigos e não profissionais”, explica Mourato. “Para conseguires chegar ao nível da Teamwork Motorsport, que coloca quatro carros para pilotos como o Paul Poon ou Samson Fung, é quase impossível! Eles têm uma equipa profissional por traz a trabalhar a tempo-inteiro e a preparar os carros deles! Eles pagam para o campeão do mundo dos carros de turismo, o Rob Huff, testar-lhes os carros!”

Mourato recorda com alguma saudade a categoria N2000, que servia de espinha dorsal à Taça Hotel Fortuna e cujos custos de participação eram bem mais simpáticos para aqueles que participam nas corridas com orçamentos limitados.  Tal como muitos outros pilotos do território, Álvaro não nega que gostaria de ver um dia novamente no evento do Circuito da Guia “uma corrida de carros de turismo em que RPMs máxima dos motores fosse controlada, o tamanho do turbo também e uma só marca dos pneus…”

Sem Malásia

Nos últimos anos Mourato vinha sendo uma presença assídua no campeonato “Malaysian Super Series “, na categoria de carros de turismo, no entanto, este ano o piloto da RAEM foi forçado a ficar de fora. Devido às obras realizadas no Circuito de Sepang, para a recepção à Fórmula 1, o calendário de provas do campeonato organizado pelo circuito malaio foi anunciado mais tarde no ano, o que inviabilizou o projecto do piloto da terra.  “A data limite de entrega do pedido de subsidio de 2016 forçou-me a desistir. Tínhamos que entregar o pedido antes de 29 de Fevereiro e era impossível confirmar tudo tão cedo! Para não ter problemas, decidi não fazer este campeonato”, reconhece Mourato, que no entanto, admite que competir no “Malasyan Super Series” lhe permitia “ganhar mais ritmo de corrida e o ajudava, como piloto, a preparar melhor a participação no Grande Prémio“.

28 Out 2016

Félix da Costa está de regresso ao Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Carlin anunciou ontem que o português António Félix da Costa irá regressar à corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O vencedor da edição de 2012 junta-se assim ao sueco Felix Rosenqvist e ao espanhol Dani Juncadella como ex-vencedores da prova que este ano regressarão a uma corrida que ganhou este ano o estatuto de Taça do Mundo FIA.

O piloto português recebeu um convite inesperado de Trevor Carlin e depois do aval da BMW Motorsport, com quem tem contrato, Félix da Costa aceitou o desafio de voltar a conduzir Dallara-VW da equipa inglesa num dos seus circuitos favoritos. “Macau é um lugar especial, é apenas condução pura. A adrenalina que sentes a conduzir entre paredes é algo que não sentes noutro lado qualquer”, disse o piloto luso.

O piloto de Cascais representou a equipa oficial da BMW no campeonato alemão de turismos DTM este ano e tem participado no campeonato de carros eléctricos Fórmula E. A última corrida de Félix da Costa de Fórmula 3 foi precisamente em Macau há três anos quando terminou a corrida no segundo posto, apenas atrás de Rosenqvist. Portanto, sem ter o ritmo na disciplina dos seus adversários, Félix da Costa confessa que “a verdade é que não tenho nada a ganhar em voltar a Macau, mas quando recebi este convite da organização e o telefonema do Trevor Carlin não consegui dizer que não, vou voltar sobretudo pela paixão que tenho por esta corrida. Além disso vou encontrar alguns pilotos que conheço bem e que também já ganharam o Grande Prémio de Macau, além de novos talentos da Fórmula 3 que se querem mostrar.”

Entretanto António encontra-se na Áustria numa sessão de dois dias de testes de Fórmula 3 em Red Bull Ring, isto de forma a ambientar-se novamente a um carro que já não se senta há mais de dois anos.

Félix da Costa foi o segundo piloto português a vencer a corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, repetindo o feito de André Couto em 2000.

Brasileiro na equipa

A boxe da Carlin falará mais português nesta edição do Grande Prémio do que é habitual. A equipa inglesa também anunciou que irá contar com o serviços do brasileiro Sérgio Sette Câmara. O piloto “canarinho” da Red Bull Junior Team irá ocupar o lugar do chinês Peter Li Zhi Cong que sofreu um violentíssimo acidente na prova de Red Bull Ring e ainda não recuperou totalmente das lesões sofridas, tendo desistido de participar na prova da RAEM. Apesar de não ser um nome sonante do automobilismo brasileiro, nem este ano ter impressionado no Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, Câmara é o piloto que tem a melhor volta ao Circuito da Guia de Fórmula 3, obtida o ano transacto, na sua estreia na RAEM.

“Macau é definitivamente a corrida de Fórmula 3 mais esperada da época. A atmosfera é espectacular e o prestígio que ganhas ao vencer a corrida faz com que todos façam dêem o seu melhor”, disse o brasileiro que parte confiante para o desafio que tem pela frente. Os “rookies” britânicos Jake Hughes e Lando Norris completam a equipa.

25 Out 2016

Corrida da Guia ainda faz parte do imaginário dos pilotos portugueses

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de em 2015 ter estado representado pelo jovem Francisco Mora e pelo piloto local Rodolfo Ávila, a edição deste ano da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau voltará a ter representação portuguesa, neste caso através do experiente Tiago Monteiro. O ex-piloto de Fórmula 1 e actual piloto oficial da Honda no mundial de turismos (WTCC) vai conduzir um Civic TCR na prova da RAEM e é um candidato nato aos lugares cimeiros de uma corrida que conhece bem e na qual até já subiu ao pódio. O piloto portuense nunca escondeu a sua paixão pelo Circuito da Guia e fê-lo saber uma vez mais num tweet quando a sua participação deste ano foi anunciada: “eu adoro este circuito…há circuitos citadinos e depois há Macau…”

A presença de Monteiro nesta corrida dá continuidade a uma tradição lusitana ou não fizesse a Corrida da Guia parte do imaginário dos pilotos portugueses de velocidade. Ainda no tempo da administração portuguesa do território, nomes sonantes do automobilismo nacional como Ni Amorim, Jorge Petiz, Manuel Fernandes, Carlos Rodrigues ou Miguel Ramos viajaram até Macau para correr naquela que é ainda é hoje considerada a mais emblemática prova da especialidade no Sudeste Asiático. Com eles trouxeram histórias e avultaram o nome de uma corrida que era seguida fora de horas  atentamente por muitos em Portugal através da RTP. A Corrida da Guia ainda desperta interesse nos pilotos portugueses de carros de turismo e hoje, em que os regulamentos da prova são similares aos dos campeonatos nacionais europeus, incluindo o de Portugal, são vários aqueles que ponderam correr no território nos anos vindouros.

Um dos prováveis pilotos a embarcar numa aventura a Oriente é Fábio Mota, que tem já um sólido currículo internacional em provas de GT e Turismo. “Neste momento, estou centrado na Taça Europeia FIA de Carros de Turismo – ETCC, que usa carros semelhantes aos do TCR International Series, mas um dia espero ir até Macau e conhecer o Circuito da Guia”, disse o piloto de Vila Nova de Gaia ao HM.

“Desde pequeno que gosto muito do Grande Prémio de Macau. Cresci a ver as corridas na televisão nas madrugadas de Portugal a torcer pelo André Couto que tem sido uma presença constante e, quando comecei a minha carreira no karting, sempre foi um desejo meu um dia ir ao Circuito da Guia e participar na prova. É um dos traçados mais selectivos do mundo e, depois de ter corrido no Nordschleife e em Spa-Francorchamps, a vontade de correr lá tornou-se ainda mais intensa”, explica o piloto do SEAT Léon TCR amarelo do ETCC.

Outro piloto que pondera um dia correr no Grande Prémio de Macau é Gustavo Moura. “Correr em Macau é um objectivo para mim”, disse ao HM o piloto portuense que este ano defende as cores da equipa Ventilações Moura Laser no Campeonato Nacional de Velocidade – Turismos. “Penso que para já é um pouco cedo na minha carreira para pensar nisso, mas no futuro era uma prova que gostaria de realizar. Gosto muito de circuitos citadinos e pelo que ouço dizer, o Circuito de Guia é o mais exigente do mundo deste tipo de traçados. É sem dúvida uma prova que está no meu horizonte, seria a concretização de um desejo”, explicou Moura que até já recebeu este ano uma proposta de uma equipa estrangeira para participar no evento do território.

19 Out 2016

GP Motos | Só André Pires se classifica entre os portugueses para 50ª corrida

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Grande Prémio de Motos de Macau assinala este ano a 50ª edição mas, em ano de festa, a representação portuguesa na corrida de duas rodas mais emblemática do sudeste asiático é a mais pequena dos últimos anos. André Pires será o único motociclista luso à partida na edição deste ano, isto depois de Portugal ter estado representado por dois ou até três motociclistas em edições anteriores.
A presença da representação lusitana está todos os anos pendente do número de convites que as entidades de Macau endereçam à Federação Motociclismo Portugal (FMP). Em Março, o Coronel Armando Vieira Marques, Director-Geral e Membro da Comissão de Velocidade da FMP, tinha afirmado ao HM que gostaria de manter a quota das edições passadas, de dois pilotos, algo que foi impossível.
“Este ano a representação lusa fica apenas a cargo do André Pires pois é único piloto nacional que cumpre com os requisitos impostos pela organização do Grande Prémio de Macau”, esclareceu ao HM o Coronel Armando Vieira Marques.
Pires e Nuno Caetano foram nos dois últimos anos os únicos motociclistas lusos na corrida. Porém, Caetano, que o ano passado se viu privado de participar na corrida do Circuito da Guia devido a uma lesão na clavícula, após se ter qualificado na 30ª posição, anunciou em Fevereiro o abandono das pistas. No regulamento do Grande Prémio de Motos de Macau existe um critério de selecção onde é considerada a experiência em corridas do mesmo estatuto do Grande Prémio em duas provas, nos dois anos anteriores, 2014 e 2015, “principalmente na North West 200 (NW200), na Isle of Man Tourism Trophy (IOM TT) e no Grande Prémio do Ulster (UGP)”.
Sendo assim, após o abandono de Caetano, Pires é actualmente o único motociclista luso com currículo para alinhar na prova do território. “Será uma honra estar novamente no meio de grandes pilotos e numa prova de grande valor histórico como o 50º Grande Prémio de Macau”, escreveu o piloto apoiado pelo município de Vila Pouca de Aguiar na rede social Facebook. “Este ano tenho a oportunidade de ir com a fantástica Bimota BB3 pela Bimota UK”, salientou também Pires, que confirmou ter já “testado em Inglaterra”, considerando que esta é “sem dúvida uma grande mota com acabamentos de classe”.

Robert Huff fora da Guia

A Corrida da Guia 2.0T vai ser mais pobre este ano. Os regulamentos deixaram de fora o piloto recordista de vitórias na prova, Rob Huff, vencedor desta corrida por oito ocasiões, uma delas o ano passado. Huff viu a sua inscrição na prova recusada pela organização.
O ex-campeão do mundo de carros e piloto oficial da Honda no Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) não cumpriu o critério que obriga a que todos os pilotos inscritos na Corrida da Guia 2.0T tenham obtido uma classificação em pelo menos uma prova de carros de turismo com motorizações 2 litros turbo. As viaturas do WTCC usam motores 1.6 litros turbo.
Huff, que nos fins-de-semana do WTCC conduz um Honda Civic TCR para convidados, ficou indignado com a decisão, até porque já tinha contrato com a equipa para correr novamente com um Honda, bilhetes de avião pagos e reservas de hotel. “É muito frustrante e uma situação tonta que eu nunca tinha ouvido antes”, disse Huff ao site anglo-sueco TouringCarTimes.

12 Out 2016

André Couto consegue classificação no campeonato japonês de GT

Na Tailândia, André Couto sentiu que o estado do carro lhe permitiria chegar ao pódio. Mas um toque de um Honda remeteu-o ao quarto lugar

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndré Couto terminou na quarta posição da classe GT300 na corrida do campeonato japonês Super GT, que se disputou este fim-de-semana no Circuito Internacional de Chang, na Tailândia.
O Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer, que o corredor de Macau partilha com o japonês Ryuichiro Tomita, mostrou-se bem mais competitivo na única prova do campeonato realizada fora do Japão do que até aqui se vinha a mostrar. Os dois pilotos qualificaram-se para a prova de 500 quilómetros na terceira posição.
No domingo, o Nissan nº0 esteve sempre na luta pelos lugares do pódio na classe GT300 e até a vitória parecia ao alcance do duo luso-nipónico, apesar do Toyota 86 MC da dupla Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui, que acabaria por vencer a corrida, ter um ligeiro ascendente. Contudo, uma manobra arriscada de um Honda NSX da classe GT500, que vinha a lutar com um adversário e ao mesmo tempo a ultrapassar os mais lentos concorrentes da GT300, acabou por arruinar as hipóteses de subir ao pódio no circuito de Buriram.
“Infelizmente, tivemos um contacto com um GT500 e perdemos algumas das partes da frente no final do meu turno”, escreveu André Couto nas redes sociais. “Deixamos a Tailândia com sentimentos mistos! O carro estava muito bom durante toda esta semana e acredito que poderia ter lutado pela vitória”, acrescentou.
Com este quarto lugar, o segundo melhor resultado da temporada 2016, o ainda campeão em título subiu à sétima posição no campeonato. A última prova do campeonato Super GT, que tem a particularidade de ser uma jornada dupla, está marcada para o fim-de-semana de 12 e 13 Novembro no circuito de Motegi.

11 Out 2016

Félix da Costa deu nas vistas na Fórmula E de Hong Kong

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]primeira prova de automobilismo de carácter internacional da cidade de Hong Kong foi realizada no passado fim-de-semana, num traçado de 1,8 quilómetros em frente ao Porto Victoria em Central. O Hong Kong ePrix foi a prova de abertura da temporada 2015/2016 do Campeonato FIA de Fórmula E e a corrida de 50 minutos, que teve a habitual paragem nas boxes para troca de monolugar, foi ganha pelo suíço Sébastien Buemi da Renault.

Mas o português António Félix da Costa, que não foi além do 13º lugar na atribulada sessão de qualificação, terminou num impressionante quinto posto. Largando desse mesmo lugar de imediato, o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2012 iniciou a corrida ao ataque, com excelentes manobras até à altura de paragem nas boxes para mudança de carro, onde regressou à pista no 8º lugar. Depois, o piloto luso da MS Amlin Andretti suplantou Nelsinho Piquet, Jerome D´Ambrosio e ainda Oliver Turvey.

Félix da Costa a realçou no final da corrida o “excelente trabalho que toda a equipa fez na pré época, que felizmente conseguimos materializar em resultados hoje na corrida com o meu 5º lugar”.

No plano desportivo o evento, que contou com a presença de Jean Todt, o presidente da FIA, correu bem, sendo que a única dor de cabeça para os organizadores a chicane onde Robin Frijns teve um aparatoso acidente na qualificação, felizmente sem consequências físicas para o piloto holandês.

Apesar do preço alto dos bilhetes, que ascendiam às 2340 patacas por pessoa, a prova foi relativamente bem acolhida pela população, tendo fontes oficiais confirmado que um quarto dos espectadores que assistiram ao evento eram turistas. Contudo, a imprensa do território vizinho aponta para prejuízos na ordem dos 50 milhões de dólares de Hong Kong.

A ex-colónia britânica tem ainda mais dois anos de contrato para organizar este evento. Porém, a organização do Campeonato FIA de Fórmula E tem o direito a realizar uma segunda prova em território chinês se assim o desejar.

11 Out 2016

Rosenqvist é cabeça de cartaz do Grande Prémio de F3

Felix Rosenqvist é o cabeça de cartaz da edição deste ano do Grande Prémio de Macau, que decorre entre 17 e 20 de Novembro. O piloto sueco volta para tentar bater um recorde e ser o primeiro tricampeão na Fórmula 3. Apesar da ausência do campeão europeu, a organização diz esta será uma das melhores corridas de sempre, indica a rádio Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] edição deste ano do Grande Prémio Fórmula 3 de Macau soma já duas notícias de última hora. Além da passagem de testemunho para a Federação Internacional do Automóvel (FIA), esta semana soube-se que o campeão europeu de Fórmula 3, Lance Stroll, não vem a Macau por ter “outros compromissos”.
A emissora frisa ainda que Frédéric Bretrand, director da FIA, garante que a corrida deste ano será tão boa ou até melhor do que as anteriores porque há mais carros do que nunca e os melhores entre os melhores marcam presença.
“Em relação a Lance [Stroll], lamentamos que não esteja aqui. Mas julgo que tem outras questões para resolver e desejamos-lhe o melhor futuro. A lista de participantes é fantástica. Quando se vê o número de pilotos que estão a voltar depois de já terem ganho a corrida uma vez…Só querem estar aqui mais uma vez por causa deste título de Taça Internacional. Em cima disto, temos ainda os números 2,3, 4 e 5 do campeonato da Europa”, sublinha Frédéric Bretrand, citado pela rádio.
Pela primeira vez, a prova rainha do Grande Prémio recebe a chancela da FIA, o que faz com que, também pela primeira vez, Macau receba, ao mesmo tempo, duas Taças do Mundo. Se vai ou não continuar a ser assim, é uma questão de esperar para ver: “Vamos dar um passo de cada vez. Fazemos este ano e vamos ver o que acontece no próximo. Mas é certo que, se for um sucesso, há uma forte hipótese de continuarmos para sempre”, indica a emissora.
Na edição deste ano, Macau mantém a Taça do Mundo de GT. Além do actual campeão, Maro Engel, voltam a marcar presença Edoardo Mortara, que soma várias vitórias no circuito da Guia, e o piloto de Macau André Couto, que este ano compete com um Lamborghini.
Nesta edição, assinalam-se também os 50 anos do Grande Prémio de Motos. Vão competir Peter Hickman, actual campeão, e os veteranos Michal Rutter, Stuart Easton, McGuinness e Ian Hutchinson. O piloto de Macau Rodolfo Ávila não participa nesta edição. De Portugal, regressa Tiago Monteiro.

Três pilotos portugueses no Grande Prémio Macau

Três pilotos portugueses vão participar na 63.ª edição do Grande Prémio de Macau, em Novembro, quando a Fórmula 3 passa, pela primeira vez, a contar para a Taça do Mundo da Federação Internacional Automóvel (FIA).
Tiago Monteiro volta a Macau a uma nova versão da corrida Guia, a “Corrida da Guia Macau 2.0T”, depois de o Campeonato Mundial de carros de turismo, WTCC, ter deixado de se disputar na cidade.
Na segunda Taça GT Mundial da FIA participa André Couto, que corre tradicionalmente com as cores de Macau, e o Grande Prémio de Motos conta novamente com a presença de André Pires (Bimota), foi ontem anunciado.
Na Fórmula 3 não competem portugueses, mas a corrida conta com o sueco Felix Rosenqvist, que vai tentar vencer pela terceira vez consecutiva em Macau.
Destaque ainda para pilotos de topo da lista do Campeonato Europeu de F3 da FIA, como o alemão Maximilian Günther, o neozelandês Nick Cassidy e os britânicos George Russel e Callum Ilott.
Já o canadiano Lance Stroll, que se sagrou campeão do circuito europeu no passado fim de semana, cancelou a ida a Macau por motivos de agenda.

Lista agrada

“A lista de entrada é óptima. Quando vemos o número de pilotos que voltam depois de já terem vencido a corrida, é porque querem estar novamente cá devido a este título mundial. Além disso, temos o número três, quatro e cinco do campeonato europeu, a corrida vai ser difícil”, disse Fréderic Bertrand, director da Federação Internacional do Automóvel (FIA), em conferência de imprensa.
Com a Taça do Mundo de F3, Macau passa a ser o único lugar do mundo que recebe simultaneamente duas Taças do Mundo, em termos de desporto motorizado, destaca a organização. A decisão de manter a competição mundial será um processo a determinar “passo a passo”.
“Realizamos [a Taça] este ano e vemos o que se vai passar no próximo. Mas certamente que, se for bem-sucedido este ano, há uma boa oportunidade de continuar para sempre. Esperamos que seja pelo menos tão bom como antes e talvez um pouco melhor. Quando olhamos para o nível dos pilotos podemos esperar uma corrida muito dura”, afirmou Bertrand.

Pirelli e o concurso

O envolvimento da FIA fez mudar o fornecedor de pneus, passando da Yokohama para a Pirelli. “Essa é outra das diferenças de estar ligado à FIA, temos um processo muito justo de concurso para escolher o fornecedor. A Pirelli venceu. A Yokohama também concorreu mas não conseguiu”, explicou Bertrand.
O Grande Prémio de Motos assinala este ano a 50.ª edição e, por esse motivo, os três primeiros classificados vão receber um prémio adicional. Marcam presença dos britânicos Peter Hickman (campeão do ano passado), Martin Jessopp (segundo classificado em 2015), Michael Rutter (campeão oito vezes e terceiro classificado no ano passado), Stuart Easton (três vezes campeão), John McGuiness e Ian Hutchinson. O Grande Prémio de Macau realiza-se entre 17 e 20 de Novembro.

7 Out 2016

Fórmula E | Hong Kong prepara-se para a prova com caras conhecidas do GP de Macau

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já este fim-de-semana que Hong Kong se veste a rigor e recebe a sua primeira prova de automobilismo nas ruas da cidade. Na sua terceira temporada, o Campeonato FIA de Fórmula E, uma competição exclusiva para viaturas eléctricas, visita pela primeira vez o sul da China. Inicialmente oferecida a Macau, a prova da Fórmula E na ex-colónia inglesa cumpre o sonho da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) e de várias gerações que lutaram anos a fio contra a oposição das autoridades locais para garantir um evento que em todo se assemelhasse ao Grande Prémio de Macau.
Este evento, que vai ter como plano de fundo o Porto Victoria, só é hoje possível dada a vontade do governo de Hong Kong em promover as novas tecnologias amigas do ambiente, onde se incluem os carros eléctricos. A cidade vizinha goza de padrões de mobilidade cobiçados por outras grandes cidades e tem a circular actualmente mais de quatro mil viaturas eléctricas, graças aos apoios do governamentais.
“Enquanto Singapura tem a Fórmula 1 e Macau tem o Grande Prémio, Hong Kong parece o último lugar que nos possa vir à cabeça quando falamos de corridas de carros. Muitos em Hong Kong gostam de automobilismo e têm um alto nível de conhecimento sobre sustentabilidade, o que faz desta cidade um sítio ideal para acolher a Fórmula E,” diz Alan Fang, o CEO da Formula Electric Racing (Hong Kong) Limited, a empresa promotora da competição no território vizinho. “É a nossa missão promover a mensagem da sustentabilidade através de um novo tipo de automobilismo e é por isso que o governo nos deu tanto apoio quanto tivemos que colocar esta corrida juntos.”
Apesar da promoção da prova a cabo do Turismo de Hong Kong não ter sido nada de extraordinário, de acordo com os residentes, todos os 40 mil bilhetes terão sido já vendidos para os dois dias do evento. Para além da corrida única de cinquenta minutos da Fórmula E, que inclui uma paragem nas boxes para troca de carro, haverá no programa uma corrida para 16 celebridades e pilotos de renome de Hong Kong com viaturas eléctricas da marca Volkswagen. O circuito de 1860 quilómetros de perímetro foi desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes.

Caras conhecidas

Entre os vinte pilotos que compõem a grelha de partida da Fórmula E estão várias caras conhecidas do Grande Prémio de Macau. O português António Félix da Costa, emprestado pela BMW Motorsport à equipa da família Andretti, com quem o construtor alemão tem uma parceria técnica, vai participar na sua terceira temporada. O vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 em 2013 vai finalmente concentrar-se a tempo inteiro e é um dos favoritos à luta pelas primeiras posições.
Félix da Costa não é o único ex-vencedor da prova de Fórmula 3 do Circuito da Guia. A defender as cores do construtor indiano Mahindra está o sueco Félix Rosenqvist, vencedor na RAEM em 2014 e 2015, e a representar a Audi Sport ABT está o brasileiro Lucas Di Grassi, que ganhou em 2006. Também presente vai estar o alemão Maro Engel, vencedor o ano passado da primeira edição da Taça do Mundo FIA de GT. Na DS Virgin Racing será possível encontrar o argentino José María López, o penúltimo piloto a vencer uma corrida do WTCC nas ruas do território.
O campeonato tem várias outras estrelas, como Nelson Piquet Jr, filho do incontornável ex-campeão do mundo de Fórmula 1 e que a FIA não quis que participasse no Grande Prémio de Macau deste ano, Nicolas Prost, filho de Alain Prost, ou os ex-pilotos de Fórmula 1 Sébastien Buemi e Jêrome D’Ambrosio.

7 Out 2016

Yokohama perde exclusivo de pneus do GP ao fim de 33 anos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA) comunicou na madrugada de quarta-feira que a Pirelli será o fornecedor exclusivo de pneus da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3. O construtor italiano de pneus irá ocupar o lugar até aqui da Yokohama que desde a primeira edição, em 1983, assumia esse papel. A Pirelli, que fornece em exclusivo os pneus para a Fórmula 1, não tem na sua gama de pneus um exemplar para a Fórmula 3, apesar de fornecer as “borrachas” que equipam os monolugares dos campeonatos GP2 e GP3 Series. A Pirelli terá levado a melhor nesta adjudicação sobre a Yokohama e sobre a sul-coreana Kumho, dois construtores com maior experiência na Fórmula 3. Dado que as equipas e pilotos de Fórmula 3 não tiveram qualquer contacto com estes pneus até hoje, o comportamento destes poderá ser um factor decisivo em termos de resultados na tarde do dia 19 de Novembro. Para além da Fórmula 3, a Pirelli também manteve a exclusividade da Taça do Mundo FIA de GT, mas no caso dos carros de Grande Turismos a empresa milanesa tem um vasto historial. A empresa transalpina é fornecedora oficial de pneus das Blancpain GT Series, a maior competição da especialidade na Europa e que é gerida pela empresa SRO Motorsports Group, que este ano assume uma vez mais o papel de relações com os concorrentes na prova de GT da RAEM. Em Março de 2015, a Pirelli foi vendida à China National Chemical Corp (ChemChina) por 7,7 mil milhões de euros. Desde ai o quinto maior fabricante de pneus do mundo tem reforçado a sua presença em termos desportivos no continente asiático, particularmente na República Popular da China.

30 Set 2016

Rex Tso sobe ao ringue em Hong Kong com a Top Rank

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]lutador de Hong Kong Rex “The Wonder Kid” Tso vai voltar a subir a um ringue da Top Rank para um novo combate. O “puto maravilha” encabeça o cartaz, do qual fazia parte também o lutador do território KK Ng, que acabou por desistir, como confirmou ontem ao HM fonte da organização.
Tso, que se iniciou no Boxe profissional em Macau, vai defrontar Ryuto Maekawa pelo título internacional de juniores peso pluma da World Boxing Organization (WBO). O japonês nunca perdeu um combate, algo que marca também a carreira de Rex Tso, que estará, desta vez, a jogar em casa.
Marcada para o dia 8 de Outubro, a “Battle of Victors” junta-se ao campeonato de Fórmula E da FIA em Hong Kong, como um dos espectáculos adicionais. Tso, que venceu em Maio deste ano o coreano Young Gil Bae, encontra agora aquele que é considerado o número dois da Ásia pela WBO Asia-Pacific, conhecido pela rapidez dos combates.
Com uma audiência que se espera que seja de mais de cinco mil pessoas, o evento conta com oito combates: lutadores da Austrália, Japão, Reino Unido, Tailândia e Filipinas juntam-se a outros do Nepal e Indonésia. O “Battle of Victors” é, de acordo com a Top Rank, “o maior evento de boxe profissional em Hong Kong”. Da região vizinha sobe ainda ao ringue Raymond Poon, colega de Tso.
Para Bob Arum, dirigente da Top Rank, “é um prazer ver que Rex Tso está a emergir como uma estrela nesta parte do mundo”. Os bilhetes estão à venda por preços que vão dos 380 a 1880 dólares de Hong Kong.

22 Set 2016

F3 | Piloto de Macau Andy Chang vai para a terceira participação na prova

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndy Chang Wing Chung vai sair do retiro temporário. O piloto de 19 anos da RAEM, que o ano passado fez meia temporada do Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, vai disputar as duas últimas provas do europeu – Imola e Hockenheim – como preparação para a refeita Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O piloto de Macau assinou um contrato para estes três eventos com a equipa inglesa T-Sport e irá tripular um Dallara-NBE.

“Temos vindo a falar com o Andy há já alguns anos e estamos muito satisfeitos por colocarmos de pé este programa juntos”, afirmou Russell Eacott, o patrão da equipa T-Sport, que acredita que a experiência do jovem do território será uma mais valia na edição deste ano da prova.

Concentrado nos estudos em Inglaterra, e sem apoios que lhe permitam competir na Fórmula 3 ao mais alto nível a tempo inteiro, Chang ainda não fez uma única corrida de monolugares esta temporada, tendo apenas participado numa prova de karts no início do ano para manter a forma. Depois de se ter estreado no Circuito da Guia na edição número sessenta na corrida da Formula Masters China Series com um 7º lugar, Chang irá para a sua terceira participação na prova de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau.

Em 2014, Chang classificou-se no 19º lugar e o ano passado terminou na 14ª posição. Ukyo Sasahara será o companheiro de equipa do jovem nesta aventura, no entanto o japonês irá utilizar um motor Tomei construído pela ThreeBond no Japão, ao passo que Chang terá à disposição um motor arquitectado no Reino Unido pela Neil Brown Engineering.

Apesar de não ser uma das equipas de topo da Fórmula 3 internacional, a T-Sport conseguiu um surpreendente pódio na corrida do território em 2014 com o neo-zelandês Nick Cassidy. Contudo, sem o ritmo dos seus adversários, Chang não poderá almejar muito mais que um resultado dentro do 15 primeiros. Com a demissão de Barry Bland da co-organização da prova e a confusão que lhe seguiu, as inscrições para esta corrida apenas terminam no dia 30 de Setembro, sendo que a lista de inscritos só será conhecida no final de Outubro, aquando da tradicional conferência de imprensa de apresentação do evento.

22 Set 2016

GP | Corrida de F3 é Taça do Mundo de F3 da FIA

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Comissão do Grande Prémio de Macau anunciou ontem ao final da noite que a corrida do Grande Prémio de Fórmula 3 passa, nesta edição, a ter o estatuto de Taça do Mundo de F3 da Federação Internacional de Automóveis.

A FIA autorizou Macau a organizar a Taça do Mundo de F3 em seu nome, passando assim o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 “oficialmente” a Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA. É a Federação quem vai agora liderar e coordenar todos os trabalhos técnicos da corrida desde os regulamentos das corridas, aos contactos e inscrição de pilotos.

A notícia chega depois da polémica em torno da saída de Barry Bland da empresa organizadora do campeonato desde 1983, a Motor Racers Consultants. A Comissão do Grande Prémio de Macau dá a entender que a decisão de Bland está ligada à alteração do estatuto da corrida, apesar de ter sido dada a conhecer primeiramente a demissão do responsável.

“Com o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 a passar de Taça Intercontinental a Taça do Mundo de F3, as especificações do evento diferem das edições dos anos anteriores e os trabalhos passam ser liderados pela FIA. A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau respeita a decisão pessoal de Barry Bland perante a alteração do evento, reconhecendo os esforços e contributos feitos no passado”, escreve o Governo num comunicado. “O Grande Prémio de Macau tem sido bem acolhido por pilotos locais e estrangeiros e ainda por fãs e visitantes de todo o mundo, tendo alcançado também o reconhecimento ao mais alto nível da FIA.”

A Comissão diz que os preparativos decorrem dentro da “normalidade e de forma gradual”. O programa provisório da edição deste ano contempla não menos de quatro corridas internacionais: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Suncity Grupo – Taça do Mundo de F3 da FIA (Federação Internacional do Automóvel ), pelo segundo ano consecutivo a Taça GT Macau- Taça do Mundo de GT da FIA, a 50 ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau – Suncity Grupo, a Corrida da Guia de Macau 2.0T – Suncity Grupo. O programa de corridas de apoio incluirá a Taça de Carros de Turismo de Macau, o Macau Road Sport Challenge e a Taça da Corrida Chinesa – Suncity.

As inscrições para a prova nobre do território terminam a 30 de Setembro. A informação sobre o programa e a lista de participantes serão divulgadas no início do mês de Outubro.

15 Set 2016

Grande Prémio | FIA tranquiliza equipas e garante prova de Fórmula 3

Os responsáveis da Federação Internacional Automóvel (FIA) reuniram com os chefes de equipa para os tranquilizar e garantem que serão feitos todos os possíveis para que a prova da RAEM decorra dentro da normalidade e asseguram que o transporte está também em andamento.
Segundo o que o HM apurou, a Federação Internacional, que terá mais peso na organização da prova a partir de agora, informou as equipas que tudo será organizado segundo os parâmetros habituais e que irá disponibilizar mais pormenores nos próximos dias às equipas.
As reacções surgem depois da demissão de Barry Bland do cargo de coordenador da Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, que foi obviamente assunto no paddock do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 que se disputou no passado fim-de-semana no Circuito de Nurburgring, na Alemanha. Depois da inesperada notícia da semana transacta, a incerteza e preocupação reinavam no paddock da competição que mais carros fornece à prova da RAEM. Muitas das equipas aguardam impacientemente instruções para poderem preparar a prova e vários pilotos, que tinham já verbalmente acertado a sua presença na prova, vão ter agora que esperar por uma resposta final sobre a sua participação.
“As equipas foram todas apanhadas desprevenidas. Até aqui, quando o assunto era o Grande Prémio de Macau, as equipas falavam com Barry Bland. Com a demissão ficamos todos à nora, pois não sabemos com quem falar, nem sequer como vai ser a prova”, explicou um Team Manager que preferiu ficar no anonimato. No entanto, apesar do oceano de dubiedades, em muito ajudado pela a incapacidade da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau em prestar um esclarecimento público rápido e assertivo, há um tom de esperança nos discursos.
O transporte, que alegadamente estava atrasado em dois meses, estará a ser arranjado e não será fonte de preocupação. Recorde-se que a federação internacional tem vindo a estudar a possibilidade de mudar o estatuto da prova de Fórmula 3 de Macau, promovendo-a a Taça do Mundo à imagem da actual corrida de GT.

Quem era o Sr Bland?

Barry Bland foi quem em 1982 convenceu Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado de Macau, a introduzir a Fórmula 3 no Circuito da Guia, quando a organização da prova considerava trazer a Fórmula 2 para substituir a decadente Fórmula Atlantic. Esta aposta foi a mais acertada, saltando o Grande Prémio para a ribalta internacional. Durante estes últimos trinta anos, o inglês, que sempre primou pela discrição, foi o elo de ligação entre as equipas de F3 que vêm a Macau. Era a Motor Race Consultants, a empresa de Barry Bland, que preparava toda a logística, tanto de carros, como das equipas. Bland, o “Ecclestone da F3”, como lhe chamou a imprensa inglesa a semana passada, foi também peça instrumental em acordos celebrados entre equipas e pilotos, pouco prováveis de acontecer sem a sua influência. Era também ele que fazia de elo de ligação entre a FIA e os delegados técnicos e as equipas. O capital de confiança que gozava o inglês junto do paddock permitiu que a prova mantivesse sempre o seu elevado estatuto de “grande evento de final de ano”, mesmo em períodos em que a F3 passou por maiores dificuldades.

13 Set 2016

Grande Prémio | ID garante normalidade apesar da saída de organizador

Barry Bland, da empresa que coordena as corridas de F3 do território, bateu com a porta. Queixa-se de atrasos na organização e diz que não há ainda quem transporte as infra-estruturas para a corrida principal do Grande Prémio. O ID diz que está tudo a andar

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stá tudo a decorrer normalmente. É que o garante o Instituto do Desporto (ID) ao HM, face à recente notícia da demissão de Barry Bland, responsável pela Motor Race Consultants, empresa que tem coordenado as corridas de F3 do Grande Prémio de Macau desde o seu início em 1983. O ID reage, dizendo que os preparativos continuam e que os padrões internacionais vão continuar a ser respeitados.

A decisão de Bland foi dada a conhecer no final da semana passada. De acordo com a revista AutoSport, o responsável bateu com a porta devido a atrasos na organização da corrida, este ano pela primeira vez a cargo do ID.

Até hoje, os regulamentos da prova não foram ainda entregues, sendo que a data limite para as inscrições das equipas era dia 9 de Setembro. De acordo com a Autosport, as normas costumavam ser divulgadas em Abril. Para Barry Bland, a forma como o processo está a decorrer “não é muito satisfatória” e “há muitas perguntas sem resposta”. Mas o ID diz que está tudo bem.

“Continuam os preparativos para a edição do 63º Grande Prémio de Macau – Suncity Grupo deste ano e o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 será a atracção principal do programa, que integra sete corridas, e decorre de 17 a 20 de Novembro. A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) reitera e garante, às equipas, pilotos, patrocinadores e público, que a corrida será organizada tendo por base os mesmos altos padrões internacionais, como nos anos anteriores”, começa por indicar o ID ao HM. Sobre datas, contudo, não há grandes avanços.

“No momento, está-se a ultimar o programa provisório de corridas, que será divulgado oportunamente. Entretanto, como já é habitual, as listas provisórias de entrada serão publicadas no início de Outubro.”

Mais problemas

De acordo com a AutoSport existem ainda problemas com o transporte dos elementos necessários à prova da Guia. Segundo a publicação, não foi escolhida uma empresa para garantir o serviço, o que faz com que os atrasos rondem os “dois meses”.

“Não quero colocar a nossa reputação em causa”, frisou Barry Bland.

A Comissão deixa ainda uma nota sobre o responsável da Motor Race Consultants, que congratula pelo trabalho e “sucesso” que providenciou ao GP. “A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau tem a mais elevada consideração por [Barry] Bland e respeita a sua decisão de se demitir, depois de 33 anos. A Comissão deseja expressar os seus sinceros agradecimentos e apreço pelo seus muitos anos de serviço leal e valioso.

A AutoSport citava ainda, na edição do final da semana passada, Rene Rosin, da Prema Powerteam. O responsável diz que recebeu um email de Barry Bland com a notícia e que a reacção foi de “choque”.

“Ele tem sido a peça fundamental em organizar tudo em Macau. Já tínhamos notado que algo se passava, porque é muito tarde para receber a informação. Estou a tentar ter mais informação para perceber o que se passa.”

12 Set 2016

GP | Stuart Easton e Michael Rutter juntos em Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] BMW tem a particularidade de ser o único construtor que se pode gabar de ter vencido no Circuito da Guia tanto em carros como em motos. Depois de décadas em que a BMW coleccionou triunfos na Corrida de Guia e escreveu um pouco da história no automobilismo do Sudeste Asiático, o construtor alemão que tem as suas origens na indústria aeronáutica venceu pela primeira vez o Grande Prémio de Motos de Macau o ano passado, graças a uma performance imaculada do até aqui quase desconhecido inglês Peter Hickman. E este ano, altura em que a prova comemora o seu quinquagésimo aniversário, a BMW arrisca-se a repetir o feito. Isto porque, além da supremacia das suas máquinas, a BMW terá uma dupla de peso a representá-la que soma entre si, nada mais, nada menos, que doze triunfos na prova.

Stuart Easton, quatro vezes vencedor da prova, assinou com a Bathams SMT BMW e fará com Michael Rutter uma das duplas mais fortes da 50ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau. Antes, Easton fará três provas do campeonato inglês Pirelli National Superstock, onde Rutter tem participado, como preparação para a duríssima prova de Macau. Aliás, antes mesmo da separação da ePayMe Yamaha, a sua antiga equipa, Easton já tinha acordado com a equipa de Robin Croft para correr na RAEM em Novembro.

“Tendo um acordo para competir de Superbike desde o Grande Prémio de Macau do ano passado, eu mantive o contacto regular com o  Robin e a equipa”, assegura o escocês, que reconhece que “precisa de milhas antes de Macau” e precisa de se habituar à BMW porque nunca conduziu  uma antes. “Portanto competir nestas três provas em três dos meus circuitos favoritos é uma oportunidade para mim. Eu tenho visto o que o Michael tem andado a fazer na classe Superstock, portanto quando o Robin me colocou à frente esta oportunidade, eu pensei que seria algo de muito bom para mim e ajudará a voltar a colocar-me um sorriso na face”, frisa.

Ironicamente, as BMW de Easton e “The Blade” vão ter pela frente, entre outras, a oposição da Kawasaki de Hickman. As inscrições para o Grande Prémio de Motos de Macau terminam esta sexta-feira, mas a lista oficial de inscritos só deverá ser dada a conhecer em Outubro.

Nada de especial

A BMW S 1000 RR é uma moto de sucesso em quatro continentes e não é por acaso que há 250 equipas em todo o mundo a utilizar as motas germânicas, tanto em provas de pista, como em provas de estrada. Sobre a presença em Macau em Novembro, fonte oficial da BMW Motorrad Motorsport afirmou ao HM que estar “muito orgulhosos do resultado do ano passado e, claro, ansiosos pela edição deste ano”.

Contudo, o construtor da Baviera não tem planos para organizar qualquer evento especial durante o evento da RAEM, pois “não existe nenhum envolvimento da BMW Motorrad e, como tal, não há qualquer evento especial marcado para a prova”. Porém, o departamento de competição vai “apoiar, via os nossos engenheiros e técnicos do departamento BMW Motorrad Motorsport, as equipas privadas que competirem em Macau”. Pois para a casa alemã “isto faz parte da estratégia a longo prazo da competição-cliente”.

Também nos GT

Depois de uma aparição discreta em 2013, numa parceria com uma equipa privada de Taiwan que não correu tão bem como certamente gostaria, o ano passado a BMW não arriscou participar na Taça do Mundo FIA de GT. Porém, este ano a marca bávara irá regressar à RAEM. A equipa alemã ROWE Racing irá participar com dois BMW M6 GT3, graças ao patrocínio da empresa chinesa de sistemas de armazenamento de energia CATL.  “Para nós (BMW), é particularmente especial aparecermos com um parceiro asiático tão forte na final de GT em Macau”, disse Jens Marquardt, director desportivo do braço automóvel da BMW. O construtor alemão não revelou ao público quem serão os seus dois pilotos, mas o construtor bávaro conta nas suas fileiras com dois especialistas lusófonos do Circuito da Guia, como são o português António Félix da Costa ou o brasileiro Augusto Farfus.

9 Set 2016

Chen Yu Chia, nadador de Macau, já está nos Paralímpicos do Brasil

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau vai estar representado nos Jogos Paralímpicos Rio2016, que arrancaram ontem, por um atleta que vai competir em duas provas de natação. Chen Yu Chia, de 18 anos, partiu para o Rio de Janeiro no sábado, sem que tenha havido, porém, uma cerimónia oficial pública de despedida com o Chefe do Executivo, Chui Sai On.
Em 2012, à partida para os Jogos Paralímpicos Londres2012, Fernando Chui Sai On presidiu a uma cerimónia de despedida da delegação desportiva, à qual entregou a bandeira da RAEM.
O mesmo sucedeu quatro anos antes, com o anterior líder do Governo, Edmund Ho, que apresentou os cumprimentos oficiais à missão enviada a Pequim2008.
Questionado pela agência Lusa por que razão não houve uma despedida formal por parte do Chefe do Executivo da delegação que vai representar a RAEM, o seu gabinete respondeu que o Secretário da tutela manteve um encontro com a delegação ao Rio2016, na passada sexta-feira, dia 2, “em representação do Governo”.
O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, reuniu-se com a delegação desportiva (composta pelo atleta, treinador e chefe de missão), mas não se tratou de uma cerimónia pública oficial.
“Isso corresponde a diversas ocasiões anteriores de despedidas a atletas, quando foi o mesmo Secretário a representar a RAEM”, acrescenta a mesma resposta escrita.
A comunicação social não foi, contudo, convocada para o encontro, ficando apenas a saber-se do mesmo por via de uma fotografia e de um comunicado publicado em Chinês.
Macau não pertence ao Comité Olímpico Internacional (COI), ao contrário da vizinha Hong Kong, pelo que não participa nos Jogos Olímpicos. Contudo, tem sido presença assídua nos Jogos Paralímpicos. Desde a estreia, em 1988, em Seul, aliás, com a maior delegação de sempre, Macau enviou sempre atletas, embora nunca tenha conquistado medalhas.
Chen Yu Chia, que chegou aos Jogos Paralímpicos Rio2016 a convite, vai competir em duas provas nas categorias S14 e SM14, reservadas a nadadores com deficiência intelectual. Os Jogos Paralímpicos decorrem até 18 de Setembro.

9 Set 2016

André Couto faz o melhor resultado da época em Suzuka

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto conquistou o terceiro lugar da classe GT300 na prova rainha do campeonato Super GT, os 1000 quilómetros de Suzuka, no passado fim-de-semana. Este foi o melhor resultado de uma temporada que tem sido particularmente difícil para o piloto que é campeão em título da categoria. “Devemos estar satisfeitos porque foi um bom fim-de-semana no geral”, verbalizou Couto, que faz equipa este ano com o japonês Ryuichiro Tomita, no final da prova. Largando da sexta posição, para uma prova que teve mais de cinco horas de duração, Couto fez o primeiro turno de condução, entregando o carro ao seu companheiro de equipa já na segunda posição. Depois, Tomita teve um alegado contacto com o Subaru BRZ oficial e foi penalizado, caindo o Nissan do Team Gainer para fora dos dez primeiros. A corrida teria o seu primeiro momento de “Safety-Car” à 98ª volta já com Couto ao volante e o seu Nissan à frente da categoria GT300. Fruto de diferentes estratégias, Couto desceria para a segunda posição e depois, com a chuva a cair no final da corrida, o Nissan cinzento ainda haveria de perder mais uma posição, desta vez com o piloto nipónico novamente ao leme. Ainda assim o resultado do duo luso-nipónico foi visto como bastante positivo. “Foi o nosso primeiro pódio do ano esta temporada”, explicou Couto, acrescentando que “os 1000 quilómetros de Suzuka são a prova mais dura do campeonato e estamos orgulhosos deste resultado neste evento. Houve momentos de má sorte na corrida, mas também de sorte – e no fim fomos capazes de marcar pontos (13 pontos) também, o que é bom”. O campeonato Super GT regressa em Outubro para sua única prova fora do Japão, no Circuito Internacional de Chang, em Buriram, na Tailândia, terminando em “casa”, no mês Novembro, com uma jornada dupla na pista japonesa de Motegi.

Temporada difícil

O ano passado Couto venceu na classe GT300 os 1000 quilómetros de Suzuka, colocando-se em posição privilegiada para ser campeão da categoria, o que viria a acontecer uma prova mais tarde. Contudo, hoje, Couto e Tomita têm apenas 24 pontos e ocupam apenas o nono lugar a 23 pontos dos líderes do campeonato, a dupla japonesa da equipa oficial da Subaru, Takuto Iguchi/Hideki Yamauchi. Apesar de Tomita ser claramente inferior a Katsumasa Chiyo – o jovem japonês que o ano passado acompanhava o piloto da RAEM no Nissan do Team Gainer na maior parte das provas – há muitas outras razões para explicar os resultados mais modestos do GT-R Nismo GT3 Nº 0 esta temporada. A Dunlop, que equipa o Nissan de Couto, tem tido nas locais Yokohama e Bridgestone oposição à altura, sendo que nenhum dos fornecedores de pneus tem mostrado supremacia incontestável em relação aos seus rivais em nenhum ponto do campeonato. Ao contrário da BMW, Audi ou Ferrari, a Nissan não lançou um carro novo para esta época e continua a utilizar o mesmo carro de anos anteriores, apostando em pequenas actualizações para tentar equiparar-se aos seus adversários. Depois, as atenções da Nissan parecem na classe GT300 estar focadas no carro nº3, entregue aos seus protegidos Kazuki Hoshino/Jann Mardenborough. Igualmente, existe uma queixa recorrente que o Balanço de Performance (BOP – na sigla inglesa – que é responsável pelo equilíbrio de performance em pista de viaturas com princípios técnicos tão diferentes) é desfavorável às viaturas FIA GT3, como o Nissan de Couto, em comparação com as viaturas “made in Japão” JAF300, como é o caso do Subaru que lidera o campeonato. Couto tem sido cauteloso nas palavras sobre este assunto, mas nem todos os pilotos têm sido assim tão contidos. Nobuteru Taniguchi, que conduz um Mercedes-Benz AMG GT3, queixou-se depois da corrida de Suzuka que “só nas paragens boxes os JAF300 ganharam 20 a 30 segundos”. Uma ideia reforçada por Takashi Kobayashi, que tripula um BMW M6 GT3, para quem “o lastro que carregava, mais a restrição da compressão do turbo estipulada, fizeram parecer que conduzia um GT200…”

2 Set 2016

Dúvidas continuam sobre a aceitação de pilotos consagrados na prova de F3

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]esde da recusa da Federação Internacional do Automóvel (FIA) em deixar participar o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet Jr no Grande Prémio de Pau de F3, em Maio, que é desconhecida qual será a posição do organismo máximo que regula o automobilismo a nível mundial no que respeita à Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O HM sabe de fonte próximas ao processo que a federação internacional ainda não tomou uma decisão e entende que este assunto só será discutido no Conselho Mundial da FIA do próximo mês de Setembro. Stefano Domenicali, o presidente da Comissão de Monolugares da FIA, sempre se mostrou cauteloso sobre este assunto, ele que vetou a participação de Piquet Jr, o que gerou uma onda de indignação nos bastidores do automobilismo e na imprensa especializada. Há duas correntes válidas de opinião: uma que defende que a F3 deve ser uma categoria exclusivamente apenas para jovens pilotos em ascensão na carreira e outra que considera que é o mais valia a presença de pilotos consagrados, que além de serem um desafio ao mais novos, trazem novos focos de atenção à competição.

Félix da Costa discorda

António Félix da Costa venceu a Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 em 2012 e regressou ao Circuito da Guia em 2013 para tentar revalidar o título, terminando no segundo lugar. O jovem lisboeta é no entanto a favor que haja restrições quanto à participação de determinados pilotos nesta categoria de formação. “A Fórmula 3 é uma categoria de formação e lançamento de pilotos. Todos os que vencem em Macau são respeitados no automobilismo mundial e muitos dos que vencem chegam à F1 ou a categorias de grande importância, tornando-se 99% deles pilotos profissionais”, explicou Félix da Costa ao HM. Curiosamente o actual piloto da BMW no DTM e da equipa Andretti no campeonato de carros eléctricos Fórmula E reconhece que “apesar de ser espectacular de correr no Circuito da Guia e ter saudades de o fazer de Fórmula 3, colocar pilotos mais velhos, com tanta experiência e palmarés não faz sentido. Há que entender que esta é uma categoria para os mais novos se lançarem”. Félix da Costa afirma também que há tempo para tudo, “se vence na altura certa ou o nosso tempo passou”. O ex-piloto da Red Bull Racing no entanto confessa que o triunfo em Macau é “um dos títulos mais saborosos que tenho no meu CV, aquele que mais me tocou provavelmente mas mesmo que não o tivesse feito, teria de aceitar que o meu tempo passou. Há alturas para tudo”.

Já Nuno Pinto é a favor

Nuno Pinto, o Director Desportivo da Prema Powerteam, a equipa que venceu as últimas edições da Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3, é a favor da proposta da FIA “em limitar a três anos a participação de um piloto na F3 de forma a evitar os especialistas e dar vantagem a pilotos muito mais experientes”, mas o também treinador português de jovens pilotos reconhece que “por exemplo deixar que um piloto estrela, ou consagrado, faça uma prova esporadicamente, sem que marque pontos para o campeonato, pode ser um factor adicional de interesse. Ou seja, para mim um piloto jovem devia querer medir-se contra os melhores e não ter receio de defrontar um consagrado, especialmente na Fórmula 3 porque isso tem de ser sempre um factor extra de motivação”. Pinto dá como exemplo o que se passou em Pau: “Falando do caso em concreto do Piquet Jr. todos os nossos pilotos na Prema eram a favor de que ele tivesse participado em Pau, porque consideravam um desafio interessante e tinham um misto de motivação e confiança que o podiam bater e assim ver as suas performances ainda mais valorizadas”. Numa altura em que os pilotos, principalmente dos escalões superiores, onde se destaca a Fórmula 1, são criticados por serem demasiado “politicamente correctos” e previsíveis, Pinto destaca que “se ainda existem pilotos com paixão e desejo de fazer provas pelo simples facto que tem prazer em correr nessas categorias ou circuitos, temos de incentivar para que isso aconteça e não o contrário”. O nosso interlocutor realça também que “Macau é especial e continua a ser a corrida preferida de muitos pilotos que já subiram de categoria mas não seria interessante termos os jovens pilotos a competir e vencer contra alguns dos campeões da últimas edições, como o Mortara, Juncadella, Félix da Costa, Rosenqvist? E se juntássemos um par de pilotos de Fórmula 1 como Ricciardo e Verstappen? Não seria espectacular? Não iria dar um grande destaque a um jovem que conseguisse semelhante proeza? Eu penso que sim e são desafios como esses que tornam os jovens pilotos ainda melhores…”

26 Ago 2016

Olímpicos | Portugueses em sofrimento na maratona. Brasil termina em festa

O último dia de competição não foi feliz para os portugueses, com os atletas a sofrerem para terminarem as provas e com algumas desclassificações pelo meio. A chuva caia no sambódromo onde, no final da maratona, escolas de samba com ritmos frenéticos e bailarinas pulantes aguardavam os maratonistas para acabar em festa e passar o testemunho a Tóquio

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s provas decorreram debaixo de chuva e nem sempre se mostraram fáceis. Os maratonistas portugueses; Rui Pedro Silva e Ricardo Ribas sofreram para cumprir a prova, acabando em 123.ª e 134.ª lugar respectivamente. O triunfo foi direitinho para o atleta do Quénia Eliud Kipchoge. Rui Pedro Silva gastou 2:30.52 horas e Ricardo Ribas precisou de 2:38.29, marcas muito longe dos recordes pessoais e inferiores à conseguida por Dulce Félix, 16.ª na maratona feminina (2:30.39). Ambos os maratonistas reconheceram um enorme sofrimento ao longo dos 42,195 quilómetros, num ‘dia mau’, mas que, apesar das dificuldades, quiseram chegar ao final da prova.
O queniano Eliud Kipchoge conquistou o título olímpico, ao vencer a prova em 2:08.44 horas, superando em 1.10 minutos o etíope Feyisa Lilesa (2:09.54), medalha de prata, e em 1.21 o norte-americano Galen Rupp (2:10.05), medalha de bronze.
A prova de ‘cross country’ olímpico revelou-se infeliz para Tiago Ferreira que foi eliminado devido ao atraso que tinha, após um furo na roda. David Rosa palmilhou meia volta com a bicicleta na mão, com a roda traseira partida, e teve o mesmo fim. Ambos foram vítimas da regra que determina a eliminação dos corredores com um atraso superior a 80% do tempo feito pelo líder no final da primeira volta. O suíço Nino Schurter conquistou a medalha de ouro, à frente do campeão de Londres, o checo Jaroslav Kulhavy, enquanto o espanhol Carlos Coloma foi medalha de bronze.

Russa emocionada

Yelena Isinbayeva, a melhor atleta do mundo no salto com vara, não evitou ontem as lágrimas no juramento olímpico como membro do COI, lugar para o qual foi eleita apesar de excluída dos Jogos do Rio devido ao caso de doping que envolveu o seu país, a Rússia. A atleta foi um dos quatro novos membros a ser admitida por votação, com a alemã Britta Heidemann (esgrima), a sul-coreana Ryu Seug-min (ténis de mesa) e o húngaro Daniel Gyurta (natação), mais a neozelandesa Sarah Walker (BMX), que foi a votos na Assembleia por escolha do presidente do COI. A russa, que anunciou o final da carreira há dois dias, viu um terço dos votantes entre os membros do COI opor-se à sua entrada, ao contrário dos votos unânimes para os quatro outros atletas.
 

Ouro para Espanha

A espanhola Ruth Beitia conquistou a medalha de ouro no salto em altura, com 1,97 metros, precisamente menos um centímetro do que saltaram as duas melhores nesta especialidade no heptatlo. Tanto a britânica Katarina Johnson-Thompson, que terminou no 2º lugar, como a belga Nafissatou Thiam, que viria a conquistar o ouro nas combinadas, saltaram 1,98 metros. Johnson-Thompson reagiu imediatamente no Twitter ao concurso, com três sorrisos de cabeça para baixo, mas este desfecho deve ter sido mais pesado para Thiam, que até estava inscrita no salto em altura e não alinhou. “O meu Rio 2016 foi mais do que um sucesso e acaba aqui. Estou física e mentalmente exausta e não vou competir nas qualificações para o salto em altura. O heptatlo era o meu objectivo principal e agora chegou a altura de descansar e gozar esta medalha de ouro”, escreveu Thiam, antes de ver a consagração de Beitia.

Irlanda a braços com a justiça

A polícia brasileira fez buscas às instalações do Comité Olímpico Irlandês (OCI) no Rio de Janeiro e apreendeu telemóveis, computadores portáteis e passaportes.
A informação foi dada pelo próprio Comité, acrescentando que “nenhuma detenção foi feita”, mas que a polícia apreendeu “passaportes, bem como telemóveis e portáteis” de vários membros do OCI (sigla em inglês). O organismo diz ainda que alguns membros do seu Comité foram convocados para se “apresentarem na terça-feira na polícia, para serem ouvidos”.
Em causa está uma investigação a uma rede de venda ilegal de bilhetes no Rio 2016 e que levou à detenção de Patrick Hickey, presidente do Comité Olímpico Irlandês e membro do COI, que na sexta-feira foi levado para uma prisão do Rio de Janeiro. A secretaria de administração prisional confirmou na ocasião que o dirigente foi transferido para a prisão de Bangú, nos arredores do Rio de Janeiro, depois de a justiça brasileira ter ordenado a sua detenção na quarta-feira. Hickey, de 71 anos, foi detido na quarta-feira no hotel onde se encontrava e sentiu-se mal, razão pela qual foi conduzido ao hospital. Mais tarde foi-lhe decretada a prisão preventiva. O dirigente, que é também presidente da Associação dos Comités Olímpicos Europeus, renunciou temporariamente a todos os cargos no movimento olímpico, incluindo o do COI e da presidência do Comité Irlandês.
A polícia apreendeu cerca de mil bilhetes e, segundo a polícia, os ingressos eram vendidos a preços cinco vezes acima do valor normal. O principal negócio incidiu na venda para a cerimónia de abertura, onde chegaram a pedir 8 mil dólares por bilhete, e de encerramento, que planeavam vender a 15 mil dólares.

Brasileiros divididos

A maioria dos brasileiros pensa que a organização do Rio 2016 fará mais mal do que bem ao país, mas ao mesmo tempo sentem-se orgulhosos pela organização do maior evento desportivo mundial. De acordo com uma sondagem feita e publicada ontem no Estadão, 62% consideram os Jogos mais negativos do que positivos para o país, enquanto 57% dizem que o evento impulsionou a imagem internacional. Quando questionados em relação à forma como decorreu, a imagem é positiva: 42% dizem que foi bom ou excelente, 30% razoável e 24% que foi pobre. “A maioria apoia os jogos, mas têm dúvidas em relação ao uso de dinheiros públicos quando existem prioridades, considerando a crise económica que se vive”, explicou Marcia Cavallari, uma das responsáveis da empresa de sondagens.

23 Ago 2016

Rio 2016 | Equipa canarinha brilhou. Telma é porta estandarte. Tempo de balanço

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Jogos Olímpicos Rio2016 terminaram ontem com os maratonistas Rui Pedro Silva e Ricardo Ribas e os ciclistas David Rosa e Tiago Ferreira, no ‘cross country’, a fecharem a participação portuguesa. O Brasil festejou em grande a vitória contra a Alemanha e nas despedidas faz-se o balanço. Na comitiva portuguesa cabe a Telma Monteiro ser a porta-estandarte

Neymar, autor da grande penalidade decisiva que deu o inédito título olímpico de futebol ao Brasil, no sábado, admitiu que esse foi dos melhores momentos que já viveu. “Isto é das melhores coisas que já me aconteceu na vida”, admitiu o emocionado ‘capitão’ dos ‘canarinhos’, que dedicou o título à família, amigos e companheiros de selecção.
O Brasil reina no futebol internacional com cinco títulos mundiais, mas faltava-lhe o mais desejado: Neymar marcou o primeiro golo do desafio que terminou 1-1 no tempo regulamentar e após o prolongamento e, no quinto e último penálti, logo após Nils Petersen permitir a defesa de Weverton, teve o momento que o deixará na história do país. A equipa conquistou a medalha de ouro no torneio masculino de futebol do Rio, ao vencer a Alemanha por 5-4 no desempate através de grandes penalidades, depois do empate 1-1 no tempo regulamentar e no prolongamento. O Brasil já tinha vencido quase tudo no futebol, faltava a medalha de ouro olímpica no torneio masculino, que já não falta. Depois do prolongamento vieram os penáltis e foi então que o guarda-redes Weverton defendeu o ‘tiro’ de Nils Petersen e Neymar selou o triunfo da equipa canarinha.

Nas despedidas

Fernando Pimenta, João Ribeiro, Emanuel Silva e David Fernandes terminaram a final de K4 1.000 metros na sexta posição, a 5,339 segundos da Alemanha, campeã olímpica. Foi-se o ‘metal’, ficou o diploma, o quarto nas provas de canoagem, depois dos alcançados em K1 1.000 metros, K2 1.000 metros e no C1 em slalom. Já em fase de despedidas, Telma Monteiro, a única medalhada portuguesa, foi a porta-estandarte da delegação portuguesa na cerimónia de encerramento dos Jogos, repetindo a tarefa de Londres, então na cerimónia de abertura.
A escolha pertenceu ao chefe da missão portuguesa, José Garcia, dando honras a Telma Monteiro de levar a bandeira portuguesa, depois de ter sido o velejador João Rodrigues, recordista em Jogos Olímpicos, o porta-estandarte na abertura.

Em jeito de balanço

O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, felicitou a hospitalidade brasileira e mostrou-se satisfeito com o sucesso desta edição “Jogos emblemáticos e, os brasileiros são grandes anfitriões, unidos em torno dos Jogos Olímpicos”, frisou o responsável. Bach não esqueceu a parte competitiva, enaltecendo Usain Bolt e ainda a forma como foram tratados os membros da equipa olímpica de refugiados, tratados como ‘rockstars’ na Aldeia Olímpica”, concluiu.
 

Competição

Park In-bee sucede no historial do golfe olímpico a Margaret Abbott, 116 anos depois. A sul-coreana Park In-bee sagrou-se campeã olímpica de golfe feminino, sucedendo no historial à norte-americana Margaret Abbott, medalha de ouro em 1900. “Estou muito honrada e orgulhosa por ter conquistado uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. É verdadeiramente inacreditável! Estou muito feliz por ter subido ao lugar mais alto do pódio”, afirmou a sul-coreana. Park In-bee concluiu o torneio com 268 pancadas, menos cinco do que a neozelandesa Lydia Ko, número um mundial.
“Não consigo parar de chorar. Estou muito feliz por tudo o que fiz nos últimos quatro anos”, explicou a norte-americana Gwen Jorgensen, depois de se sagrar campeã olímpica de triatlo. Depois do furo no pneu da sua bicicleta que a remeteu para o 38.º lugar há quatro anos, Jorgensen venceu a prova, deixando a suíça Nicola Spirig, medalha de ouro em Londres e campeã da Europa em 2009, 2010, 2012, 2014 e 2015, no segundo lugar, a escassos 40 segundos. Jorgensen, campeã do mundo e vencedora de 12 etapas Mundial 2014 e 2015, assegurou o primeiro título olímpico na modalidade para os Estados Unidos.

E vão seis

A norte-americana Allyson Felix conquistou no sábado a sua sexta medalha de ouro em Jogos Olímpicos, ao ajudar os Estados Unidos a revalidar o título na estafeta de 4×400 metros, que conquistam desde Atlanta 1996. O quarteto formado por Courtney Okolo, Natasha Hastings, Phyllis Francis e Allyson Felix cumpriu a prova em 3.19,06 minutos, deixando a Jamaica, campeã do mundo em 2015, na segunda posição, a 1,26 segundos. A Grã-Bretanha assegurou a medalha de bronze, em 3.25,88. 

Movidos a galinha e salmão

A espanhola Ruth Beitia, especialista no salto em altura, queixou-se da variedade dos menus para os atletas na Aldeia Olímpica, onde está há 16 dias. “A nossa alimentação é à base de galinha e salmão, galinha e salmão e ainda galinha e salmão, mas temos também massa e salada”, explicou Beitia, admitindo que foram integrados novos pratos nos últimos dias. Não sendo apreciadora de carne, a espanhola vai levar algum tempo para voltar a comer salmão: “Comi tanto salmão que até fico com comichões quando vejo salmão”. De raízes cubanas e naturalizado espanhol em 2013, Orlando Ortega já adaptou o gosto ao país e escolheu paelha para celebrar a medalha de prata nos 110 metros barreiras.

22 Ago 2016