Taça do Mundo de GT deve voltar este ano

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Federação Internacional do Automóvel (FIA) ainda não confirmou o regresso da Taça do Mundo FIA de GT ao Circuito da Guia este ano, mas Stéphane Ratel, o presidente da SRO Motorsports Group e figura proeminente das corridas de GT a nível mundial, está confiante que a prova irá ficar na RAEM pelo terceiro ano consecutivo.

Apesar dos insistentes rumores que davam conta da possibilidade do moderno circuito francês de Paul Ricard poderia substituir Macau, Ratel, cuja organização ajudou a Associação Geral Automóvel Macau-China (AAMC) a colocar de pé este evento nos dois últimos anos, continua a afirmar que Macau é a melhor localização para acolher um evento desta natureza e dimensão.

“Penso que Macau é o melhor lugar para o evento”, disse o francês que também organiza as séries Blancpain GT na Europa e Ásia, em entrevista à publicação especializada norte-americana Sportscar365.  “A ideia é fazê-lo (o evento) um pouco mais profissional. Cada ano temos mais pilotos amadores e mais acidentes.”

Mesmo tendo assumidas pretensões em subir a parada, Ratel admite que será difícil colocar de pé um evento apenas com equipas de fábrica e pilotos profissionais, visto que as corridas de GT (Grande Turismo) estão na sua essência direccionadas à competição-cliente. A Taça do Mundo do ano passado reuniu apenas quatro construtores em Macau, menos um que na edição de 2015 e menos três do que a FIA ambicionava quando em 2014 decidiu avançar com esta prova. O empresário francês conhece melhor que ninguém as dificuldades em persuadir os construtores automóveis em participar oficialmente nesta categoria, pois quando ele próprio tentou organizar um Campeonato do Mundo FIA com viaturas de GT iguais às que vemos em Novembro em Macau este acabou por morrer pelo desinteresse dos próprios fabricantes em apoiar a iniciativa. “Nós sabemos que os construtores da categoria GT3 têm dificuldades em gastar dinheiro em eventos que não sejam bem estabelecidos como as 24 horas de Spa-Francorchamps (Bélgica) ou Nürburgring (Alemanha)”, sublinhou.

Para melhor, está bem

Contudo, por agora, “a ideia é modificar algumas das regulamentações desportivas para melhor executar o evento e orientá-lo mais para pilotos profissionais”. A edição do ano passado que terminou ao fim de três voltas e com o vencedor com as quatro rodas apontadas para o céu deixou os quatro construtores presentes bastante insatisfeitos, ao ponto da Porsche ameaçar não regressar caso o evento não reúna as condições mínimas para proclamar o estatuto que tem. Para os construtores automóveis envolvidos na Taça do Mundo FIA de GT, que fazem um investimento avultado para estarem presentes oficialmente no Grande Prémio de Macau, o evento tem pecado pela falta de tempo no programa, que este ano terá novamente a Taça do Mundo de Fórmula 3 e mundial de carros de turismo (WTCC),  e as pelas interrupções sucessivas causadas por acidentes com pilotos amadores. Isto, apesar do ano passado o maior perturbador ter sido o próprio vencedor da prova, o belga Laurens Vanthoor.

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