Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 Suncity Grupo – Taça do Mundo de F3 da FIA: Jackpot saiu a Ticktum

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]á um velho dizer nas corridas de automóveis que tão bem se aplica à corrida de ontem – “para terminares em primeiro, primeiro tens que terminar”.

Daniel Ticktum venceu a 64ª edição do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 Suncity Grupo, a Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA, num final de corrida dramático em que o piloto inglês de 18 anos beneficiou do despiste na última curva dos dois primeiros classificados à altura.

O piloto britânico da equipa alemã Motopark largava do oitavo lugar para a sua terceira corrida de Fórmula 3, com esperanças de chegar ao pódio. Ticktum fez uma excelente corrida até ao terceiro lugar, mas o piloto protegido da Red Bull estava longe de imaginar o cenário que lhe esperava na abordagem à última curva.

Terceiro classificado o ano passado e com o estatuto de favorito este ano, Sérgio Sette Câmara herdou o primeiro lugar na corrida logo após a primeira ronda de bandeiras amarelas. O brasileiro da Motopark liderou boa parte da corrida, mas a duas voltas do fim viu-se sob intensa pressão de Ferdinand Habsburg que paulatinamente foi subindo lugares na classificação até se colocar na traseira do seu rival, ganhando dois segundos nas últimas três voltas.

O piloto austríaco de sangue real da equipa Carlin estava disposto a vencer o Grande Prémio à primeira e depois de não ter conseguido concretizar a manobra de ultrapassagem ao brasileiro no Lisboa, fez a última volta com a “faca nos dentes”.

Na última curva, Habsburg tentou uma ultrapassagem impossível a Câmara. Para evitar o toque, o brasileiro saiu da sua trajectória habitual, e o resultado final foi trágico para ambos. Câmara foi o primeiro a bater nas barreiras de protecção da Curva “R”. Habsburg ainda tentou completar a curva, mas com a velocidade que ia acabou também ele por bater nos muros, terminando a corrida em três rodas e no quarto lugar como consolação.

A vitória de Ticktum acaba por acontecer na penúltima passagem pelo Lisboa. O inglês, então a rodar em quinto, fez uma ultrapassagem de encher o olho a Maximilian Gunther e a Lando Norris, subindo ao terceiro lugar. O que viria a acontecer a seguir, nem Ticktum queria acreditar.

“Não há palavras para descrever o que sinto e senti quando cruzei a linha de meta”, afirmava o vencedor. “Com estes períodos de bandeiras amarelas e Safety-Car, é preciso ter calma e eu estava calmo. Claro que há quem vá dizer que eu tive sorte, mas o meu andamento durante o fim-de-semana e aquela ultrapassagem quase que fazem para merecer esta vitória.”

Lando Norris chegou a Macau como o “todo favorito”, mas só o foi na quinta-feira. O piloto de reserva da McLaren F1 perdeu o primeiro lugar na qualificação para a Corrida de Qualificação na sexta-feira e no sábado foi apenas sétimo, após uma corrida em culpou os pneus para tão pálida exibição. Ontem, Norris correu atrás do prejuízo, mas este segundo lugar acabou por ser imerecido para quem tão elevadas expectativas trazia consigo.

Ralf Aron completou o pódio. O piloto da Estónia teve um fim-de-semana discreto em que nem se deu por ele, mas um final de corrida onde superou Gunther e Pedro Piquet valeu-lhe um resultado de todo inesperado para quem largou do 13º lugar para esta corrida.

Para a decisiva corrida do fim-de-semana, o piloto inglês Callum Illott largou do lugar da pole-position fruto do triunfo incontestado na Corrida de Qualificação de sábado, em que se impôs, por esta ordem, a Joel Eriksson, Sérgio Sette Câmara e Maximilian Gunther. O grande favorito para esta corrida, o inglês Lando Norris, foi apenas sétimo no confronto da manhã de sábado.

Callum Illott e Joel Eriksson dividiram a primeira linha da grelha de partida, mas ambos ficaram cedo fora da contenda. Mick Schumacher também teve problemas no seu monolugar, mas fez a melhor volta da corrida.

 

Rendez-vous à Macao

Trinta e quatro anos depois do lançamento do livro “Regresso a Macau” da conhecida banda desenhada belga, as cores da Vaillante voltaram a ser novamente “vistas” no Circuito da Guia, desta feita, com o franco-argentino Sacha Fenestraz a vestir a pele de Michel Valliant, ao volante de um monolugar Dallara-Volkswagen da equipa Carlin decorado com as cores da equipa fictícia Vaillante. Curiosamente no livro saído da caneta de Jean Graton, inspirado numa visita ao território em 1981, a Vaillante participou no Grande Prémio em parceria com a Theodore Racing. Desta vez, foram rivais. O próximo livro de Michel Valliant em Macau, agora escrito por Philippe Graton, que esteve entre nós no Festival Literário Rota das Letras, está previsto sair em Outubro de 2018.

20 Nov 2017

GP | Daniel Hegarty morreu hoje depois de acidente na Curva dos Pescadores

Daniel Hegarty sofreu um acidente na Curva dos Pescadores, uma das zonas mais rápidas do Circuito da Guia.

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto britânico Daniel Hegarty (Honda), que hoje sofreu um acidente a meio da prova no Grande Prémio de Motos de Macau, morreu na ambulância, quando seguia para o hospital, anunciou a comissão organizadora do evento.

“É com grande pesar que a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau informa que o corredor britânico sucumbiu aos ferimentos quando seguia na ambulância a caminho do Hospital Conde S. Januário”, informou o coordenador da Comissão Organizadora, Pun Weng Kun.

Hegarty, de 31 anos, foi retirado de ambulância depois de, às 16:04, a meio da prova, ter batido na barreira na Curva dos Pescadores, de acordo com o relatório de incidentes da organização.

Segundo Pun, o piloto “sofreu ferimentos graves” e foi de imediato transportado para o hospital.

“A comissão já contactou com a família e membros da equipa de Daniel garantindo que lhes será prestada toda a assistência. A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau manifesta as mais sinceras condolências à família e amigos de Daniel”, disse o responsável, numa comunicação à imprensa sem perguntas.

Esta era a segunda participação de Hegarty no Grande Prémio de Macau.

Acidentes do passado

Desde 2012 que não se registavam fatalidades no Grande Prémio de Macau.

Nesse ano, o português Luís Carreira, de 35 anos, morreu após um despiste durante a qualificação, também na Curva dos Pescadores, a zona mais rápida do Circuito da Guia.

Um dia depois, o piloto de Hong Kong Phillip Yau, de 40 anos, morreu aos comandos de um Chevrolet Cruze, na Taça CTM, ao embater contra uma parede, na curva do Hotel Mandarim, quando seguia a mais de 200 quilómetros por hora.

Foi nesse local que em 2005 morreu o francês Bruno Bonhuil, aos 45 anos, durante o aquecimento para a corrida de motos.

Em 1994, também no Grande Prémio de Motos, o japonês Katsuhiro Tottiori morreu na segunda manga da prova.
O japonês seguia sozinho na recta entre a curva dos Pescadores e a curva R quando uma paragem violenta da moto, devido a um problema mecânico, o projectou para fora da pista, tendo embatido nas rochas junto ao mar e falecido no local.

Em 1967, Dodje Laurel, o piloto filipino que maior projecção internacional conquistou, perdeu a vida na curva do Clube Marítimo, hoje curva do Hotel Mandarim, depois de ter embatido num poste de iluminação pública, capotando o carro que se incendiou de imediato.

18 Nov 2017

Grande Prémio de Macau de Fórmula 3:  Favorito assumiu-se

[dropcap]L[/dropcap]ando Norris fez jus ao seu estatuto de favorito e foi o mais rápido por uma larga margem na primeira sessão de qualificação do “Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 Suncity Grupo – Taça do Mundo de F3 da FIA”. Contudo, como nem todos os candidatos à vitória utilizaram o mesmo número de pneus novos, só hoje se ficará a perceber melhor a diferença entre os pilotos da frente.

Depois de uma sessão de treinos livres relativamente morna pela manhã, onde Sérgio Sette Câmara foi o mais lesto, o espectáculo foi outro da parte da tarde.

Depois dos acidentes do veterano japonês Ryuji “Dragon” Kumita e do espanhol Alex Palou a abrir a sessão, esta estabilizou, com os tempos a caírem progressivamente, numa batalha acesa pelo melhor registo, até que, a onze minutos do término, o Dallara-VW de Sette Câmara embateu com estrondo nas barreiras de protecção da Curva “R”, felizmente sem consequências para o piloto brasileiro. Contudo, a sessão teve que ser interrompida por mais de trinta minutos para restabelecer a segurança na pista.

De volta ao normal

No regresso à normalidade, Norris rodou em 2:11.570 com o Dallara-VW da equipa Carlin, deixando a concorrência sem argumentos. Contudo, o piloto protegido da McLaren F1 é prudente quanto ao registo obtido. “Nós colocámos dois pneus novos, o que nos deu vantagem sobre os nossos adversários. Amanhã todos irão meter pneus novos e irão melhorar. Estou satisfeito como correu esta sessão, mas ainda temos que melhorar as afinações do carro”, explicou o piloto de 18 anos.

Lando Norris foi o mais rápido na primeira sessão de qualificação para a corrida de Fórmula 3, a prova rainha do Grande Prémio de Macau. FOTO © J. Price / GPM

Pedro Piquet foi quem ficou mais perto ficou do britânico, tendo o brasileiro do Dallara-Mercedes, terminado a nove décimas do campeão europeu da especialidade, mas também ele colocou dois pneus novos nos últimos momentos da sessão.

Maximilien Gunther, o melhor dos pilotos da SJM Theodore Racing e que liderou boa parte da sessão, e Daniel Ticktum, o jovem do Red Bull Junior Team que este fim-de-semana regressa à Fórmula 3, seguiram-se na tabela de tempos, à frente de Joel Eriksson e Yuhi Sekiguchi, sendo que este dois últimos se queixaram de não ter tempo para realizar uma volta limpa.

Arredado prematuramente, Sette Câmara ficou com o nono tempo do dia, mas o recordista da melhor volta de Fórmula 3 ao Circuito da Guia mostrou que tem qualidade para ir mais além hoje.

A sessão terminou mais cedo que o previsto porque o indiano Jehan Daruvala bateu na subida de São Francisco, causando a quarta e última bandeira vermelha.

Os Fórmula 3 regressam à pista hoje, para mais uma sessão de treinos-livres pela manhã, e para enfrentarem a segunda qualificação à tarde, qualificação essa que será decisiva na formação da grelha de partida para a Corrida de Qualificação de sábado. Como é tradição, será na tarde de domingo que será disputada a corrida que decidirá o vencedor do 64º Grande Prémio de Macau.

17 Nov 2017

André Pires: “Conseguir ficar nos 15 primeiros já seria muito bom”

André Pires

[dropcap]Q[/dropcap]ual é o balanço desta prova de qualificação que acabou de terminar?
Correu bem, em primeiro lugar porque consegui chegar ao fim. Estamos com uns problemas nas afinações. Estou a tentar arranjar a melhor maneira de modo a conseguir correr bem, mas está difícil. Não sei o que se passa.

Quais são as dificuldades?
A estrada está com ressaltos e está-me a custar um bocadinho a afinar a suspensão para poder sentir a mota estável. Mas estamos a tratar do problema e certamente que amanhã (hoje) estará resolvido e vamos melhorar.

Amanhã também é o último dia de qualificações nesta prova.
Sim, mas também não me preocupo muito com a qualificação. Vou tentar fazer depois, na prova, um bom arranque e é a corrida que conta. Os treinos estão a servir para tentar dar o máximo de voltas possível. É esse o objectivo e com isso arranjar a afinação certa para a corrida.

Qual é o objectivo para a corrida?
Conseguir ficar entre os 15 primeiros lugares já seria muito bom. Mas os concorrentes são também muito fortes e estão todos a melhorar. Neste segundo treino só baixei um segundo, mas estamos, em equipa, a tentar encontrar o caminho certo e o dia de amanhã vai ditar um bocado a posição e quanto vou conseguir baixar de modo a ver em que lugares me poderei encaixar.

Fez só os últimos dez minutos da qualificação.
Entrei logo no início mas depois tive de sair umas duas ou três vezes porque não me sentia confortável. A mota que estou a usar também tem um motor muito maior do que as outras e isso muda muita coisa, como as situações em saídas de curva e nas rectas. Mas outro factor de vantagem das outras motas é a ciclística que elas têm.

Sofia Margarida Mota

Pedro Piquet “Macau é uma experiência única”

[dropcap]F[/dropcap]oi a primeira volta da classificação para a corrida de F3. Quais são as suas primeiras impressões?
Apesar da boa classificação de hoje (ontem), é ainda muito pouco expressiva. Amanhã tenho de melhorar. Como é uma pista de rua da para fazer melhoramentos rápidos e temos de adaptar um pouco a forma de conduzir. Mas foi bom ter ficado em segundo lugar.

Está confiante para que amanhã (hoje) consiga manter este ritmo?
Acho que sim. Hoje foi uma surpresa a velocidade rápida que consegui a usar os pneus mais velhos e com os pneus novos fiquei a uma distância um pouco maior do primeiro lugar mas também só dei uma volta com eles. Acho que se tivesse dado mais teria conseguido um resultado melhor, mas estou bem confiante.

O que é que acha do circuito de Macau?
Macau é uma experiência única. Não é nada do que vemos em qualquer outra pista no mundo. Macau é uma pista muito mais difícil. Hoje em dia em qualquer autódromo podemos sair do circuito e voltar tanto em curvas como em rectas. Aqui não. Aqui é como nos velhos tempos em que os carros não têm área de escape. Aqui há que ter mais cuidado.

É filho de uma referência da Fórmula 1. Sente alguma pressão na sua carreira por causa disso?
Acho que essa situação tinha mais influência quando era mais novo mas depois essa sensação vai diminuindo. Na pista tratamo-nos todos de forma igual. Não podemos ficar a viver na sombra do nosso apelido e isso não seria justo nem saudável para mim. Tenho de fazer as minhas próprias conquistas.

Próximo passo, Fórmula 1?
Ainda estamos a decidir o que vou fazer no ano que vem, mas a F1 ainda tem de esperar.

17 Nov 2017

Taça da Corrida Chinesa: Assunção deixa boas indicações

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] “outra” corrida de suporte do programa este ano é a Taça da Corrida Chinesa e foi a primeira entre as provas dos automóveis a sair para a pista.

O que um dia foi uma corrida confinada ao troféu monomarca que dá nome à corrida em Macau, em que as quatro associações automóveis da “Grande China” se confrontavam saudavelmente no asfalto, apresenta-se este fim-de-semana sem essa originalidade, com uma grelha de partida que mistura os carros do troféu monomarca – os novos BAIC D50 – e alguns participantes do campeonato TCR China, uma competição cujas viaturas são de todo idênticas àquelas que vimos na Corrida da Guia em 2016.

O treino-livre de ontem teve os primeiros acidentes do dia, e não foram tão poucos quanto isso, obrigando os comissários de pista a transpirar logo pela manhã. Nesta sessão, os cinco mais velozes ficaram separados por apenas seis décimas de segundo, com o experiente chinês Zhang Zhi Qiang (BAIC) a efectuar a melhor volta. Os dois pilotos da RAEM não desiludiram, terminando ambos dentro dos cinco primeiros. Hélder Assunção fez o terceiro melhor tempo com o BAIC da equipa Tianjin Leo Racing. Aproveitando o seu superior conhecimento do traçado, na sua estreia ao volante do carro de construção chinesa, o piloto macaense ficou a escassos 0.496 segundos do melhor tempo da sessão, num claro sinal prometedor para o fim-de-semana.

Numa sessão de treinos em que houve lugar à mostragem de uma bandeira vermelha e foi realmente difícil efectuar voltas limpas, Liu Lic Ka, em SEAT Leon TCR, obteve o quinto melhor tempo. A qualificação desta corrida decorre amanhã, com a corrida a ser disputada no sábado.

Favoritos nem sequer a Macau chegaram

Os mais atentos com certeza se aperceberam que nem todos os carros da lista de inscritos desta corrida participaram no treino-livre. Isto aconteceu porque os contentores das equipas participantes no campeonato TCR China, provenientes de Ningbo, “não chegaram ao destino” e com isto os principais favoritos ficaram prematuramente de fora, reduzindo em oito concorrentes a grelha de partida.

16 Nov 2017

Taça GT Macau – SJM | Um plantel de luxo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] 10ª edição da Taça GT Macau será celebrada este ano com a continuidade, pelo terceiro consecutivo, da Taça do Mundo de GT da FIA. Depois do fiasco do ano passado, em que o vencedor terminou com as quatro rodas apontadas para o ar, todos os intervenientes esperam um desfecho diferente, em que o espectáculo esteja a altura da imponência destes carros e do potencial dos pilotos intervenientes.

Para este ano a FIA decidiu contra a participação de pilotos amadores e conseguiu persuadir os grandes construtores a regressarem. Assim, serão apenas vinte os pilotos presentes, representando alguns dos mais prestigiados construtores automóveis mundiais: Audi, BMW, Ferrari, Honda, Lamborghini, Mercedes-Benz e Porsche.

A grelha de partida está recheada de nomes bem conhecidos de Macau. Laurens Vanthoor retorna à Guia para defender o título, mas desta vez ao volante de um Porsche. A marca alemã contará ainda com um segundo carro para Darryl O’Young, o piloto de Hong Kong que venceu a primeira edição desta corrida em 2008.

Maro Engel, que venceu esta corrida por duas ocasiões, em 2014 e 2015 (a primeira da Taça do Mundo em Macau), volta a ser um dos ponta-de-lança da Mercedes-Benz. A casa de Estugarda conta com outro nome conhecido nas suas fileiras este ano. O “Sr. Macau”, Edoardo Mortara, o piloto com mais triunfos nesta corrida, então pela Audi, vai tentar vencer esta corrida pela quarta vez.

Os nomes sonantes não se ficam por aqui. A Mercedes-Benz, que traz quatro carros de fábrica, ainda contará com o espanhol Daniel Juncadella que venceu o Grande Prémio de Macau de F3. Outro ex-vencedor de F3 que está de regresso à RAEM é Lucas Di Grassi. O brasileiro campeão da Fórmula E, para carros eléctricos, tripulará um Audi e tentará emular o sucesso conseguido em 2005 nos monolugares. Por fim, Felix Rosenqvist, o sueco que venceu a corrida de F3 por duas ocasiões, estreia-se na corrida dos “supercarros” com um Ferrari 488 GT3 de uma equipa norte-americana.

A BMW abdicou de António Félix da Costa, para tristeza dos adeptos portugueses, mas convocou Augusto Farfus que também por cá já venceu, nos tempos em que a marca da Baviera corria no WTCC, com a particularidade do brasileiro ir conduzir o 18º “BMW Art Car” desenhado pela artista chinesa Cao Fei.

Quem segue de perto as corridas de GT sabe que a lista de favoritos não se fica por aqui, pois há um ex-vencedor das 24 Horas de Le Mans, Romain Dumas, o campeão da Blancpain GT Sprint Cup, Mirko Bortolotti, um ex-campeão do DTM, Marco Wittman, ou o vencedor da Bathurst 1000, Chaz Mostert.

Depois da Corrida de Qualificação no sábado, onde ninguém quererá cometer exageros, que no “nosso” circuito se pagam caro, espera-se uma super corrida de 18 voltas no domingo à hora de almoço. A não perder…

Reputação intacta

A corrida do ano passado, que teve apenas duas voltas competitivas, irritou as marcas e mereceu, com justiça, apupos por parte do público. Afinal de contas, a corrida acabou prematuramente e os espectadores pagaram por um espectáculo que não assistiram. Contudo, apesar do sururu causado, a reputação da corrida não saiu beliscada.

“Macau é Macau e alguma controvérsia faz parte do espectáculo”, explicou ao HM Benjamin Franassovici, o responsável para esta prova da reputada empresa francesa SRO Organization, que entre outros campeonatos, organiza as Blancpain GT Series na Europa e Ásia, e que, pelo terceiro ano consecutivo, está a colaborar com a FIA e a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) em Macau.

“O que aconteceu o ano passado foi algo único, penso que não veremos algo igual outra vez, mas foi também um acontecimento que gerou um vasto interesse num mundo mais amplo graças às redes sociais”, explica o responsável, que acrescenta: “Não penso que tenha sido má publicidade, e até pode ser considerado o contrário. Mas não acredito que um episódio assim irá acontecer de novo.”

Este ano, das setes marcas que aceitaram o desafio da federação internacional, seis estão representadas a nível oficial (ndr: apenas a Ferrari não é oficial), o que é um recorde para a prova. Por outro lado, a Honda escolheu esta prova estrear pela primeira vez no continente asiático o novo NSX GT3.

Pilotos de Fábrica

Audi

Lucas Di Grassi

Nico Muller

Robin Frijns

BMW

Augusto Farfus

Marco Wittman

Tom Blomqvist

Ferrari

Felix Rosenqvist

Honda

Renger Van der Zande

Lamborghini

Mirko Bortolotti

Mercedes-Benz

Maro Engel

Edoardo Mortara

Raffaele Marciello

Dani Juncadella

Porsche

Laurens Vanthoor

Romain Dumas

Darryl O’Young

16 Nov 2017

51º Grande Prémio de Motos de Macau: Irwin esmaga favoritos Rutter e Hickman

[dropcap style≠’circle’]G[/dropcap]lenn Irwin não esteve com contemplações e na sessão de qualificação de ontem esmagou os favoritos do Grande Prémio de Motos de Macau. O piloto da Ducati vermelha impôs-se a Michael Rutter em 1,462 segundos e deixou Peter Hickman, o vencedor da edição de 2016, a 1,952 segundos.

O piloto da Irlanda do Norte já tinha mostrado ao que vinha nos treinos-livres, mas foi na qualificação, que encerrou o programa do primeiro dia do Grande Prémio, que verdadeiramente impressionou. Contudo, resta saber quanto Rutter, que parou dez minutos antes da sessão acabar, e Hickman esconderam no dia de ontem e o que ainda realmente dispõem as suas BMW para contra-atacar a ofensiva inicial da mota italiana.

Irwin rodou em 2:24.310, ficando a apenas sete décimas do recorde da pista. “A pista ainda está um pouco suja, mas vai melhorar. Ainda há algumas coisas que podemos fazer na mota. Por exemplo, estamos a ter muita aderência na zona central do pneu. Ter aderência é bom, mas assim estou a perder tempo. Amanhã talvez use um pneu diferente, mais duro”, disse o piloto da reputada equipa Paul Bird Motorsport.

Conor Cummins e Martin Jessopp, dois outros veteranos do Circuito da Guia, foram quarto e quinto respectivamente, com Derek Sheils a surpreender ao ser sexto.

O português André Pires marcou o 26º tempo, a 13,281 segundos da marca registada pelo herói do dia.

Os pilotos das duas rodas abrem hoje pelas 7h30 as hostilidades do segundo dia do Grande Prémio ao disputarem a sessão de qualificação final que determinará a grelha de partida para a corrida de sábado à tarde.

16 Nov 2017

Taça do mundo de F3 da FIA | Poucos mas bons

[dropcap style≠’circle’]V[/dropcap]inte e um jovens lobos, e um veterano, dão corpo à edição deste ano do “Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 Suncity Grupo – Taça do Mundo de F3 da FIA”, naquela que é a mais pequena grelha de partida da prova desde 1983, quando a categoria de Fórmula 3 foi introduzida no Circuito da Guia.

Apesar do número inferior a edições anteriores, que nunca esteve abaixo dos 28 concorrentes, a prova rainha do cartaz do evento volta a reunir esta semana os melhores pilotos da especialidade, sequiosos de suceder ao português António Félix da Costa como vencedor de tão prestigiada corrida.

Entre os participantes, destacam-se Lando Norris, o campeão europeu e a partir do próximo ano terceiro piloto da McLaren F1, e Joel Eriksson, o vice-campeão europeu e protegido da BMW. Num ano em que os motores Volkswagen se impuseram aos Mercedes-Benz, este duo, que utilizará os propulsores do construtor de Wolfsburg, assume algum favoritismo.

Por seu lado, a marca de “estrelinha” volta a depositar uma enorme fé nos monolugares da SJM Theodore Racing by Prema. Callum Ilott e Maximilian Gunther irão capitanear  a armada de quatro carros preparados pela equipa italiana Prema PowerTeam e patrocinados por Teddy Yip Jr, filho de Teddy Yip, um dos grandes impulsionadores do Grande Prémio de Macau.

Ao contrário das edições anteriores, quando houve uma avalanche de “veteranos” da Fórmula 3 com vitórias no Circuito da Guia no seu currículo, este ano haverá só a participação de três pilotos de “outra geração”, neste caso, Sérgio Sette Câmara, Kenta Yamashita e Yuhi Sekiguchi. Apesar de não serem nomes tão sonantes, o piloto brasileiro, que detém o recorde da volta mais rápida ao Circuito da Guia, e Yamashita, foram precisamente o terceiro e quarto classificados, respectivamente, na edição do ano passado, apenas atrás dos incontornáveis Félix da Costa e Felix Rosenqvist, o que lhes dá entrada no restrito grupo de candidatos ao triunfo.

A lista de participantes conta com dois apelidos bastante familiares, mesmo para aqueles que não seguem de perto o automobilismo: Piquet e Schumacher. Pedro Piquet é filho do tricampeão do mundo de F1, enquanto Mick Schumacher é filho do heptacampeão mundial. Ambos competiram este ano no europeu da especialidade, mas ficaram fora do “Top-10”.

Destaque ainda para a participação de Ryuji Kumita, que corre com o pseudónimo de “Dragon” e que aos cinquenta anos de idade fará a sua estreia na prova. O piloto japonês, que há vários anos disputa o campeonato de Fórmula 3 nipónico, irá tornar-se o piloto mais velho na corrida desde que Barry Bland, que nos deixou este ano, convenceu Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado, que a Fórmula 3 era o caminho a seguir.

Este ano, após um ano de interrupção, os Fórmula 3, todos construídos pela fábrica italiana Dallara, voltam a ser “calçados” pela Yokohama.

 

O que eles dizem

Felix Rosenqvist (Ferrari): “A pista de Macau muda todos os anos. Num carro de GT sentem-se mais os ressaltos, logo é uma sensação diferente. Considero-me um potencial vencedor.”

Laurens Vanthoor (Porsche): “Será um desafio num carro diferente, com uma nova equipa. O ano passado eu estava na Audi a lutar contra os Porsche, este ano é ao contrário. Será interessante.”

Maro Engel (Mercedes): “A oposição é de grande nível e todos estão motivados. Contudo, nós também temos uma equipa forte e um carro que tem tudo o que é preciso para vencer.”

Edoardo Mortara (Mercedes): “Sinto-me muito confortável em Macau e sempre tive muito sucesso aqui no passado. Agora o meu maior objectivo é conseguir vencer para a Mercedes-AMG.”

Marco Wittman (BMW): “Adoro Macau, mas a minha experiência em carros de GT até agora foi no BMW Z4 GT3. Estou curioso para ver como se comporta o BMW M6 GT3 nestas ruas apertadas.”

16 Nov 2017

GP de Macau pode ter demonstração de carros autónomos já para o ano

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau do próximo ano pode vir a receber uma demonstração de carros de competição autónomos. A ideia foi deixada ontem ao HM pelo CEO da Roborace, e também piloto da modalidade GT pela Audi, Lucas Di Grassi.

Para o piloto “os carros autónomos são o futuro do transporte comercial e faz sentido termos uma área dos desportos motorizados dedicada a este sector”.

Neste momento já estão em andamento as negociações para trazer uma demonstração de competição de carros autónomos a ter lugar no Grande Prémio do próximo ano. “Uma das acções dos desportos motorizados na área dos carros autónomos é trazer uma demonstração já no próximo ano ao circuito do Grande Pémio de Macau”, afirmou o piloto.

No entanto a popularidade dos carros que não precisam de pilotos para andar não entra em confronto com os actuais desportos motorizados, considera Lucas di Grassi.

“Não é porque existem carros que não há as corridas de cavalo. Mas os carros autónomos vão ser uma realidade e que precisa de ser demonstrada em condições extremas e só a área dos desportos motorizados pode proporcionar isso”, explica.

O piloto brasileiro falou ao HM depois da primeira sessão de treinos livres em que se estreia ao volante de um Audi R8 LMS GT3 e em que ficou no 16º lugar. O resultado modesto pode estar associado à mudança de carro. “Não foi bom mas faz parte. Aqui em Macau temos de arriscar, mas acho que vou melhorar e ainda temos mais duas sessões de preparação para o fazer.”

Depois de ter corrido de Ferrari no Circuito da Guia, o piloto oficial da Audi está confiante que irá melhorar durante o fim-de-semana. “Estou contente com o progresso e acho que vamos estar bem nas próximas sessões”, referiu ao HM.

O regresso a Macau representa sempre o voltar a uma das pistas mais desafiantes do mundo. Para o piloto brasileiro, o território “tem uma pista muito longa e que combina tudo desde as altas velocidades com o circuito de rua, à montanha que é muito difícil. É também uma das pistas mais difíceis do mundo e por isso todos os pilotos gostam de passar por aqui”.

Também campeão de Fórmula E, o vencedor do GP Macau 2005 em F3 acha ainda que há lugar para introduzir a modalidade que integra carros eléctricos. “Poderia fazer-se aqui o circuito de fórmula E duas semanas antes de Hong Kong e poderiam existir as duas provas. A pista já existe e seria só avançar com a prova”, sugere.

16 Nov 2017

Rui Valente: “Fazer tudo para ficar nos dez primeiros”

Após o 15.º lugar conquistado na Taça de Carros de Turismo de Macau, no ano passado, Rui Valente regressa com o Mini Cooper e tem como objectivo terminar entre os dez primeiros na classe para motores até 1600cc turbo.

[dropcap]Q[/dropcap]uais os objectivos para esta edição?
Vamos fazer tudo para ficar nos dez primeiros. É o nosso objectivo e acredito que temos um carro para isso.

Com vai abordar a qualificação?
Só se apuram os 18 primeiros de cada categoria para a corrida. A qualificação tem de ser encarada como o início da corrida. Não se pode perder tempo.

Como preparou a edição deste ano?
Houve alterações ao nível dos regulamentos com o fim da imposição do restrictor [placa que limita potência do motor] e todos os carros estão mais rápidos. Também fizemos algum investimento antes da prova.

Quem são os favoritos à vitória na classe?
Em princípio vão ser os Peugeot RCZ patrocinados pela Suncity. Naquela equipa não há problemas financeiros e é tudo do bom e do melhor.

Porque não faz um investimento maior para Macau?
Não considero que se justifique investir mais do que faço. Por isso, vamos participar e dar o nosso melhor com o que temos à nossa disposição.

Como vê a medida de juntar a as classes para 1600cc e mais de 1950cc?
Há muita insatisfação entre os pilotos locais. E os que não conseguiram participar na corrida vão ficar frustrados.

16 Nov 2017

Taça CTM de Carros de Turismo de Macau: Um pouco de tudo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Taça CTM de Carros de Turismo de Macau, aquela que é a corrida que mais pilotos de Macau reúne, trinta e cinco no total, apresenta-se com um formato diferente este ano, aglomerando numa só corrida os concorrentes da “antiga” Taça CTM e aqueles que participavam na extinta Corrida Macau Road Sport Challenge.

A corrida que já foi um marco das corridas de carros de Turismo no continente asiático será dividida em duas classes, uma para viaturas 1600cc Turbo e outra para viaturas 1950cc ou Acima, uma decisão que não foi do agrado da maioria dos pilotos.

Vinte e cinco pilotos de cada uma das classes foram apurados para esta prova nas corridas de qualificação realizadas no Verão no Circuito de Zhuhai, mas destes, apenas dezoito melhores de cada classe irão participar na corrida da manhã de domingo. Cada categoria terá as suas sessões de treinos-livres e qualificação exclusivas, reunindo-se todo o pelotão de 36 viaturas na corrida de 12 voltas.

Na classe 1600cc Turbo, onde participam cinco conhecidos nomes portugueses, Paul Poon (Peugeot RCZ), seis vezes vencedor desta corrida, confirmou o favoritismo, efectuando a melhor marca. Numa sessão que acabou com bandeiras vermelhas, devido ao aparatoso acidente de Ryan Wong (Chevrolet Cruze) na Curva “R”, Liu Man Kit (Mini Cooper S) e Célio Alves Dias (Mini Cooper S), ambos de Macau, foram os segundo e terceiro mais rápido, respectivamente. Filipe Clemente Souza (Chevrolet Cruze) foi apenas o quinto na tabela de tempos, mas antes da sessão ser interrompida vinha claramente a melhorar o seu melhor “crono”. Eurico de Jesus (Ford Fiesta) fez o 11º tempo, ao passo que Rui Valente (Mini Cooper S), com problemas técnicos, e Jerónimo Badaraco  (Chevrolet Cruze) que deu um ligeiro toque no gancho da Melco, tiveram um dia menos feliz.

Disputada sob um sol radioso, a sessão dos concorrentes da classe 1950cc ou Acima, os carros mais rápidos das duas classes, foi bastante tranquila, sem incidentes de maior, com o grande favorito à vitória no domingo e piloto local Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) a realizar o melhor tempo, superando por oito décimas de segundo o colombiano residente em Zhuhai, Julio Acosta (Lotus Evora). Mesmo com o carro a verter óleo, Wong Wan Long (Mitsubishi Evo9), outro piloto do contingente da casa, foi o terceiro.

Apesar de ter perdido algum tempo da sessão parado nas boxes, Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo9) fez o nono tempo, ao passo que o estreante Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo9) foi o 17º na sessão.

16 Nov 2017

Filipe de Souza: “Só penso em ganhar”

Levar o Chevrolet Cruz à vitória na classe 1600cc. É este o objectivo de Filipe de Souza que só pensa em “vingar” o segundo lugar do ano passado na Taça de Carros de Turismo de Macau.
Filipe Souza

[dropcap]Q[/dropcap]uais são os seus objectivos para a corrida?
Só penso em ganhar e vamos correr para isso. O ano passado fiquei no pódio, mas para ser sincero não fiquei contente. Queria o primeiro lugar, portanto é só nisso que penso este ano.

Teve uma preparação diferente face ao ano passado?
A nível do carro quase podemos dizer que não há regulamento porque eles só nos limitam a cilindrada do motor. Por isso, fiz muitas actualizações para o carro ficar mais potente.

E a nível do calendário?
Chego a Macau com um bom ritmo competitivo porque participei em corridas quase todos os meses. Por isso, chego motivado e com um bom ritmo. Se o carro estiver competitivo, vamos ganhar.

Quais serão os outros pilotos que vão andar na frente na classe até 1600cc turbo?
Os Peugeot são sempre candidatos fortes à vitória e também os meus colegas de equipas [Jerónimo Badaraco e Sou Ieng Hong]. Estes pilotos vão estar a lutar pela vitória.

Os pilotos da Peugeot foram seus colegas de equipa em algumas provas. Como se sente em correr aqui contra eles?
É normal. Nós quando tiramos o capacete somos todos amigos, depois quando estamos no carro somos adversários. Como este ano é o meu 15.º ano a correr em Macau estou acostumado a este tipo de situações.

16 Nov 2017

51ª edição do Grande Prémio de Motos – Reedição de 2016

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] 51ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau vai ser uma reedição do confronto do ano transacto. Os três primeiros da corrida de 2016 – Peter Hickman, Michael Rutter e Martin Jessopp – assumem o papel de principais intervenientes na prova desta semana.

Este trio, que promete proporcionar um duelo memorável, está munido de BMW S1000RR, a mota de eleição na actualidade nas corridas de estrada. Hickman e Rutter farão equipa na SMT / Bathams, enquanto Jessopp montará pela Riders Motorcycle. Cada um deles tem um objectivo firme. Hickman quer chegar à terceira vitória em Macau, Rutter quer atingir o nono triunfo e Jessopp alcançar o seu primeiro, depois de ter subido ao pódio por cinco ocasiões.

Como acontece todos os anos, são vários os veteranos de Macau à partida, como Gary Johnson, Connor Cummins ou Horst Saiger. Contudo, segundo a imprensa especializada, há dois “novatos”, a ter em conta. Gleen Irwin, em Ducati 1199RS, já o ano passado deu nas vistas com a mota italiana, ao passo que Dean Harrison, em Kawasaki ZX10RR, que este ano vem a fazer uma fortíssima segunda metade de temporada, com triunfos no GP Uslter e na Classic TT.

Será nesta corrida que iremos encontrar o único piloto que representará Portugal no evento. André Pires já prepara o regresso a Macau onde vai tripular a Kawasaki ZX10R, preparada por uma equipa portuguesa, com que competiu ao longo da temporada. Apesar de uma preparação com limitações, o piloto transmontano ambiciona ficar classificado acima do 13º lugar, o seu melhor registo no território.

Para os que seguem com mais atenção esta corrida Grande Prémio certamente irão sentir a falta de nomes familiares como John McGuinness, que correu em Macau por 18 anos consecutivos, ou Ian Hutchinson, ambos ainda a recuperar de mazelas físicas, resultado de acidentes. Já Stuart Easton, outro ex-vencedor no Circuito da Guia, retirou-se das pistas no final do ano passado.

Segurança é prioridade

Quem ao vivo assiste pela primeira vez à única corrida de “duas rodas” do programa, fica deveras impressionado com as velocidades que os pilotos atingem entre os muros do Circuito da Guia. As corridas de motociclismo em circuitos de estrada são das mais perigosas entre as várias especialidades do desporto motorizado, e, como tal, em Macau, a segurança é levada à risca, apesar das particularidades do próprio circuito.

“Este é talvez o único evento nos tempos que correm que conjuga automóveis e motociclos no mesmo programa, sendo este basicamente um circuito montado para automóveis”, explicou ao HM Carlos Barreto, o Director de Corrida do Grande Prémio de Motos. “As medidas de segurança implementadas nos últimos anos, digamos a fase moderna do evento, foram na sua maioria para os automóveis e tendo em conta esses pressupostos, resta-nos trabalhar sobre o que existe, no sentido de assegurar as melhores condições possíveis para os pilotos dos motociclos.”

Há uma série de medidas suplementares que anualmente se implementam, procurando sempre manter uma articulação com a rotina diária da cidade, designadamente, “optimizar o pavimento nas zonas que carecem de reparação para não existirem diferenças no granulado e nas junções, “queimar” a sinalização horizontal rodoviária nas zonas mais críticas, como zonas de travagem, curvas rápidas, por exemplo, onde todos os anos há uma ou outra situação nova fruto do desenvolvimento da cidade”, refere o engenheiro de profissão, reforçando que existe  “um diálogo permanente com os pilotos, informando-os das condições do circuito, que podem alterar-se num mesmo dia.”

Tornar isto tudo possível não é tarefa fácil, visto que a prova da RAEM, ao contrário das principais corridas de “Road Racing”, como a Ilha de Man TT ou a NW200, tem que existir um entendimento com as entidades responsáveis pelas corridas de automóveis. “É necessário muito diálogo interno para se procurar conciliar as propostas da FIA e, por vezes, esse compromisso pode demorar um nadinha mais”, acentua Carlos Barreto, que dá como exemplo “a passadeira para peões ao início da Estrada de São Francisco que foi recolocada uns metros adiante e essa alteração, efectuada a título permanente em 2016, o que contribuiu para melhorar em termos de segurança esta zona do circuito para os pilotos de motociclos.”

Ao longo destes anos a prova do território manteve a sua elevada estima internacional e continua todos os anos a atrair os melhores pilotos da actualidade, no que respeita ao motociclismo de velocidade de estrada.  E isto não acontece por acaso. “Em primeiro lugar, a simpatia da equipa que organiza o evento, o espírito e o apelo da cidade, a atmosfera e a excitação sentida e vivida nesses dias, que podem ser longos, o programa social que lhes é preparado e que serve para promover os pilotos e as equipas nesta parte do globo, a crescente cobertura pelos “media” especializados de todo o mundo”, a que se alia “a glória de conquistar este circuito, um circuito exigente e que pelas suas características constitui um grande desafio à capacidade e adrenalina desses pilotos.”

Apesar de todas medidas segurança que têm vindo a ser implementadas ao longo dos anos, o risco inerente à natureza desta corrida dá inevitavelmente outro valor ao título de vencedor do Grande Prémio de Macau de Motos, continuando este a ser altamente cobiçado e respeitado no “mundo” das corridas de motociclismo.

16 Nov 2017

Theodore Racing aponta à nona vitória no Grande Prémio

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Theodore Racing apresentou ontem a equipa que vai competir no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 e cujo objectivo passa pela conquista da vitória, que escapa à formação há dois anos. Numa cerimónia que decorreu no Grand Hotel Lisboa, devido às ligações históricas entre a equipa e a operadora SJM, principal patrocinador da formação, as metas foram apontadas pelo director da equipa Teddy Yip Jr.

“Em 2015 estabelecemos um novo recorde de vitórias, com um total de oito, que foi memorável. Agora acreditamos que estamos em boa-forma para voltar a conquistar o título”, disse Teddy Yip, ontem, na apresentação.

Este ano a equipa vai correr com os pilotos Maximillian Günther, Mick Schumacher, filho do ex-campeão mundial de Fórmula 1, Callum Illot e Guanyu Zhou.

Günther é um dos grandes favoritos, depois de ter terminado em terceiro lugar o Campeonato Europeu de Fórmula 3. “Esta prova é a jóia da coroa para todos os pilotos que querem chegar à Fórmula 1. Tive uma boa época, com um terceiro lugar na Europa e o meu objectivo é continuar a demonstrar a minha boa-forma aqui”, afirmou o alemão.

Por sua vez, Mick Schumacher recordou que é um estreante, o que traz sempre dificuldades acrescidas, mas que vai aproveitar a oportunidade para continuar a aprender e evoluir como piloto. A vitória não seria inédita para a família Schumacher, uma vez que Michael venceu em Macau em 1990. No entanto, na época de estreia o piloto acabou por desistir.

“Posso dizer, de forma honesta, que me sinto muito entusiasmado por ter a oportunidade de participar no Grande Prémio de Macau, um evento que faz parte da História e cheio de tradição”, apontou Mick Schumacher.

15 Nov 2017

Grande Prémio | Estradas fecham às três da manhã

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]urante os quatro dias do Grande Prémio de Macau as estradas utilizadas como parte do circuito da Guia vão começar a encerrar às três da manhã. A informação foi avançada ontem pela Comissão Organizadora do Grande Prémio, em conferência de imprensa, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau. Os organizadores alertaram para um impacto “severo” no trânsito local e pedem às pessoas que optem por se deslocar caminhando com antecedência. Para as deslocações mais  longas, os organizadores pedem aos residentes que utilizem os transportes públicos. Por outro lado, a comissão comprometeu-se a reabrir as estradas tão depressa quanto possível, no final do dia.


Benfica | Central do Olympiakos debaixo de olho

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ape Abou Cissè, central de 22 anos, do Olympiakos, está referenciado pelo Benfica, clube que procura soluções para o centro da defesa, a pensar na reabertura do mercado de transferências, em Janeiro do próximo ano. O internacional sub-20 senegalês foi observado pelo departamento de prospeção dos encarnados, sempre muito atento ao campeonato grego. Afinal, foi ali que o Benfica descobriu (e depois contratou) Odisseas Vlachodimos, guarda-redes do Panathinaikos, rival do Olympiakos. Alto (tem 1,97 metros), rápido e com golo, Cissé é visto na Luz como um jogador promissor.

9 Nov 2017

Taça GT Macau não cativa gigantes japoneses

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau é o único evento de automobilismo no sudeste asiático que é levado realmente a sério no Japão, no entanto, com alguma surpresa, nenhum dos grandes construtores automóveis do país do sol nascente tem mostrado interesse na Taça GT Macau – Taça do Mundo FIA de GT e este ano não será excepção.

A Honda, a Nissan e a Toyota/Lexus têm uma enorme tradição no Circuito da Guia e nas corridas de Grande Turismo (GT). Hoje, todas elas têm carros para participar na prova, mas nenhuma das marcas nipónicas ainda se deixou seduzir pelos encantos da corrida implantada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) nas ruas de Macau pela primeira vez em 2015.

Ao contrário dos construtores automóveis germânicos, que usam esta corrida como plataforma para promover os seus carros de competição neste ponto do globo e aproveitar o clima de festa da cidade para organizar eventos para os seus convidados, os fabricantes japoneses ainda não encontraram razão para tal.

“Os nossos programas são definidos no início do ano e Macau não faz parte do nosso calendário”, explicou ao HM, Paul Ryan, o responsável pela comunicação global da Nissan Nismo. “Nós estamos constantemente a avaliar campeonatos e eventos em todo o mundo que pensamos que nos irá proporcionar um maior benefício – do ponto de vista técnico, desportivo e de marketing.”

Desde que a Taça GT Macau ganhou o estatuto da Taça do Mundo FIA, a Nissan, que terá carro novo em 2018, nunca mostrou interesse em participar oficialmente na prova, nem nunca se fez representar na prova através de equipas privadas. O ano passado, a Spirit Z Racing, a equipa por quem André Couto conduziu nas duas primeiras provas da temporada no Campeonato da China de GT, chegou a inscrever um Nissan GT-R Nismo GT3, mas acabou por não alinhar. A equipa chinesa planeava este ano efectivar as suas intenções na prova, mas depois do violento acidente de Couto no Circuito de Zhuhai, em Julho, os planos terão mudado radicalmente.

Após vários anos de desenvolvimento e alguns atrasos a Toyota, marca que sempre pôs à prova o seus jovens pilotos na corrida de Fórmula 3 e por várias vezes trouxe equipas oficiais à Corrida da Guia, finalmente este ano conseguiu colocar nas pistas a correr o imponente Lexus RC F GT3. O carro tem corrido na Europa, em provas seleccionadas, e no Japão, no popular campeonato Super GT. Questionada pelo HM se tinha planos para alinhar na prova do território com o carro que obteve a sua primeira vitória em Portugal no início do ano, a Toyota Motorsport Gmbh, que é responsável pelo braço desportivo europeu da marca, clarificou que  “as actuais equipas GT3 (europeias e japonesas) não têm planos para participar em Macau. Claro, que o processo de venda de carros aos clientes começou agora, portanto, em teoria, uma nova equipa pode encomendar o carro e inscrever-se, mas penso que é muito cedo para isso. Não esperamos ver nenhum Lexus GT3 este ano em Macau”.

E vão três

A Honda foi o último dos “três grandes japoneses” a entrar na categoria FIA GT3, aquela que dá corpo à Taça GT Macau presentemente. A Honda tem vindo a desenvolver este ano o NSX GT3 em corridas nos Estados Unidos da América, tendo, para isso, se apoiado na JAS Motorsport, a equipa oficial da marca no WTCC e que teve a seu cargo o chassis, e na Honda Japão, que afinou o V6 biturbo nipónico para a competição. A partir do próximo ano, a Honda finalmente terá um programa global que foi apresentado no Verão na Bélgica, durante o fim-de-semana das 24 horas de Spa-Francorchamps.  Este ano, uma presença no Grande Prémio seria muito prematuro.

A Honda Motor Europe esclareceu ao HM que “este é um programa para clientes e a Honda irá apoiar os seus clientes em qualquer evento que escolham participar”. A equipa norte-americana Michael Shank Racing é a única de momento a possuir o NSX GT3 e como corre com o apoio único da filial norte-americana Acura, pouco sentido faria trazer os seus bólides até à RAEM. Em 2017 a Honda concentrará as suas actividades no Grande Prémio em redor da actuação da equipa oficial do WTCC que competirá na Corrida Guia, este ano novamente pontuável para o mundial de carros de Turismo.

A lista de inscritos da edição de 2017 da Taça GT Macau – Taça do Mundo FIA de GT só deverá ser dada a conhecer em Outubro, mas, no que respeita às equipas oficiais, deverá consistir novamente na forte presença dos construtores automóveis germânicos: Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche.


Escola de Futebol Juvenil com treinos de captação

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Escola de Futebol Juvenil vai realizar treinos de captação no domingo, entre as 12h00 e as 13h00, no Campo Miniatura do Centro Desportivo Olímpico de Macau, na Taipa. Os treinos estão abertos a residentes nascidos entre 2004 e 2005, e os interessados vão ser avaliados através de diferentes testes técnicos, que incluem corrida com bola, passe, avaliação de reflexos e situação de jogo. Os jogadores devem comparecer no campo de treinos com fato de treino e calçado adequado para os testes. Após os treinos de captação, o nome dos jovens escolhidos para frequentarem a Escola de Futebol Juvenil vai ser conhecido na próxima quarta-feira, através do portal do Instituto do Desporto, e os treinos começam no dia seguinte. A Escola de Futebol Juvenil de Macau é uma iniciativa do Instituto do Desporto e da Associação de Futebol de Macau.

22 Set 2017

Valente surpresa

Piloto português de Macau volta a apostar no MTCS e GIC Challenge

[dropcap]A[/dropcap] Associação Geral Automóvel  Macau-China (AAMC) já publicou o regulamento técnico que regerá o Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa) que em 2017 terá duas categorias fundidas numa só. Pela primeira vez os concorrentes a categoria “AAMC Challenge” (para viaturas com motorizações até 1,600cc Turbo) e “AAMC Road Sport” vão dividir a pistas nas mesmas corridas, tanto nas provas de apuramento em Zhuhai, como no fim-de-semana do 64º Grande Prémio de Macau. Para além do formato, o regulamento técnico para as viaturas até 1,600cc Turbo, também sofreu alterações significativas, com destaque para o fim do restritores que limitavam a potência dos MINI, Peugeot, Chevrolet e Ford que pululam esta categoria, e pela ausência de peso mínimo para as viaturas participantes.

O experiente piloto português de Macau Rui Valente, que foi um dos pilotos que sempre apostou nesta classe desde o início, recebeu com surpresa o novo regulamento.

“É a primeira vez que vejo no automobilismo um regulamento técnico em que não há peso mínimo”, disse Valente ao HM. “Se conseguíssemos ter um 1,600cc Turbo com 300 Kg seria o cenário ideal. Mas isso é impossível. Nos carros actuais, vamos ter que tirar 200 ou 300 Kg, pois mais do que isso já começa a ser perigoso”.

Valente, que se notabilizou no automobilismo do território por diversas participações na Corrida da Guia na época dourada dos Super Turismo, vai levar o seu MINI Cooper S a uma “cura de emagrecimento” do outro lado da fronteira. “O meu MINI pesa cerca de 900kg e 50kg são de lastro que será fácil de retirar. Depois vamos trocar o capot, trocar os vidros para plástico, a pintura terá que ser a mínima possível, etc. Se chegarmos aos 700 e tal Kg já ficaria satisfeito”.

Rui Valente, que se notabilizou no automobilismo do território por diversas participações na Corrida da Guia na época dourada dos Super Turismo, vai levar o seu MINI Cooper S a uma “cura de emagrecimento” do outro lado da fronteira

Basicamente, com os novos regulamentos introduzidos pela AAMC, qualquer carro do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC), poderá alinhar no MTCS. Felizmente para a saúde e equilíbrio do campeonato, o preço de um carro do WTCC da última geração, aquela que foi concebida a pensar para motorizações 1,600cc Turbo, é absurdo para a realidade do território. Como Valente não tem 700,000 patacas para gastar num carro do WTCC sem motor, que terá que ser alugado à parte, a aposta recaí também em melhorar a sua viatura a nível de motor. “Vou tentar arranjar um motor melhor, talvez no estrangeiro, mas veremos se consigo reunir verba para cobrir todos estes custos”, explicou o piloto.

Preparar Macau

Este ano, para além dos concorrentes da classe 1,600cc Turbo se terem que qualificar nas habituais corridas de Zhuhai no Verão, os pilotos do território já terão que se qualificar junto com os rivais de Hong Kong e outras paragens que irão enfrentar nas ruas do território em Novembro. Os 25 melhores serão apurados para o Grande Prémio, mas só 17 serão apurados para a finalíssima de sábado da Taça de Carros de Turismo de Macau.

“Vou fazer o carro para que esteja competitivo nas corridas de Zhuhai. Se vir que é possível entrar nesse lote dos 17, então irei participar na corrida. Se vir que não tenho carro para competir pelos primeiros lugares vou ter que avaliar outras possibilidades dentro do Grande Prémio”, explicou o piloto da On Wheels Motorsports que o ano passado terminou a sua corrida do Grande Prémio de Macau na 15ª posição, após sofrer uma quebra brusca de potência na última volta, o que lhe custou três posições.

Enquanto o MINI vai sendo preparado, Valente vai voltar a tirar da garagem o saudoso Honda Integra DC5, viatura que utilizará nas cinco rondas do troféu de resistência “GIC Challenge” que se disputa de Março a Setembro no Circuito Internacional de Guangdong, na cidade continental de Zhaoqing. Sérgio Lacerda poderá ser o companheiro de equipa de Valente nesta competição organizada pela Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) e que conta também com a participação de vários pilotos da RAEM.

24 Fev 2017

TCR China anuncia corrida no Grande Prémio de Macau

[dropcap]N[/dropcap]o passado domingo, na Exposição da Indústria de Desportos Motorizados em Xangai, foi apresentado o campeonato de carros de turismo TCR China Series que, antecipando-se à Comissão Organizadora do Grade Prémio de Macau, anunciou uma corrida para o Circuito da Guia em Novembro do próximo ano. A China segue as pisadas de outros países, como a Alemanha, Itália, Portugal ou Espanha, ou regiões, como o Benelux e Ásia, e terá o seu próprio campeonato que segue o regulamento técnico de sucesso do TCR International Series.

A organização do TCR China estará a cargo da empresa Shanghai Lisheng Racing Co. Ltd, que pertence ao empresário Xia Qing, o promotor do influente Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC).  Marcello Lotti, o pai do conceito TCR, esteve em Xangai a abençoar a iniciativa, agradecendo à “Shanghai Lisheng Racing por concretizar uma ideia que juntos vínhamos a perseguir há dois anos”. O calendário do TCR Asia, que arranca em Ordos, na Mongólia Interior, conta com dois eventos em Zhejiang, um deles com concomitância com o TCR Asia Series e outro com o TCR International Series, um evento no circuito de Fórmula 1 de Xangai e por uma corrida de resistência de 12 horas em Zhaoqing. Isto, para além da prova de Macau.

Corrida na RAEM?

“Uma corrida extra campeonato e por convite será realizada em Macau”, diz o comunicado da organização do TCR China. Fontes ouvidas pelo HM clarificaram que esta corrida não se “trata de certeza da Corrida da Guia”. A Shanghai Lisheng Racing, que goza de relações privilegiadas com a federação chinesa de desportos motorizados, conhece bem Macau, tendo nos últimos três anos colocado o seu troféu monomarca “Taça da Corrida Chinesa” no programa do Grande Prémio. Sobre qual corrida se trata, fonte próxima da organização do campeonato disse ao HM que “haverá um anúncio com informação mais tarde”. Na apresentação de domingo os únicos detalhes conhecidos foram que a prova terá um treino-livre, uma qualificação e uma corrida de 60 km. Caso se materialize, esta corrida ou irá substituir uma das corridas do programa ou será uma prova adicionada ao programa, cenário pouco provável dado o congestionamento actual do programa do evento, como foi patente na última edição.

Legado na região

Após dois anos a dar corpo à Corrida da Guia, o TCR International Series abandonará o Grande Prémio de Macau em 2017, abrindo espaço ao regresso do Campeonato do Mundo FIA de Turismos (WTCC). Contudo, Marcello Lotti, ex-CEO do WTCC, vê com bons olhos a continuidade do seu conceito que criou em qualquer uma das corridas de carros de turismo que enchem o programa do fim-de-semana prolongado do Grande Prémio. “Eu acho que o TCR encaixava perfeitamente”, disse Lotti ao HM durante o evento do passado mês de Novembro. “Se virmos quantos pilotos e equipas de Macau e Hong Kong já compraram carros da categoria TCR para correr no TCR Asia Series e noutros campeonatos locais, temos a resposta. De facto, 30% dos nossos concorrentes este ano na Corrida da Guia eram de Hong Kong ou Macau”.

21 Dez 2016

Presidente da República portuguesa felicitou pilotos do Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s sucessos dos pilotos portugueses António Félix da Costa, na Taça do Mundo FIA de Fórmula 3, e de Tiago Monteiro, na Corrida da Guia, na 63ª edição do Grande Prémio de Macau não passaram ao lado em Portugal. Ontem, o Presidente da República felicitou os dois pilotos lusos.

“Foi com enorme satisfação que tomei conhecimento das vitórias dos pilotos Tiago Monteiro e António Félix da Costa no Grande Prémio de Macau”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em nota publicada no portal da Presidência da República. “Neste circuito citadino e emblemático de Macau, e com enorme apoio da comunidade portuguesa e luso descendente, Tiago Monteiro tornou-se no primeiro português a ganhar a Corrida da Guia e que contou para o campeonato do mundo de WTCC, enquanto Félix da Costa, repetiu a vitória de 2012, vencendo a corrida de Fórmula 3, nesta que foi a 63ª edição do Grande Prémio de Macau”, acrescentou.  “Em meu nome pessoal e de todos os Portugueses felicito os pilotos Tiago Monteiro e António Félix da Costa por mais estas vitórias, que vêm consolidar a carreira de dois dos mais bem sucedidos pilotos portugueses, e que dão relevo a Portugal nos desportos motorizados”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.

FPAK também gostou

A Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) também emitiu no final de domingo uma nota de imprensa, com as palavras do presidente da associação.

“Ver os nossos pilotos a conseguirem títulos mundiais e a levarem o nome de Portugal  aos quatro cantos do mundo é um enorme privilégio. Sabemos que temos alguns dos melhores pilotos do mundo e acreditamos que são estes sucessos  que nos vão fazer continuar a trabalhar para formar mais pilotos de nível internacional”, referiu Manuel de Mello Breyner, Presidente da Federação, que foi um dos convidados no 60º aniversário do evento.

Para além de Félix da Costa e de Monteiro, o responsável máximo da FPAK e ex-praticante referia-se também ao piloto algarvio Rui Águas, cujo o irmão Paulo é capitão na Air Macau, e que este fim-de-semana venceu o troféu de pilotos da categoria GTE-Am do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC).

22 Nov 2016

Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Supremo Félix da Costa

Estava escrito nas estrelas que ontem iria ser o dia de Portugal no Grande Prémio de Macau. Quatro horas depois de Tiago Monteiro vencer a Corrida da Guia, António Félix da Costa triunfou com enorme classe na Taça do Mundo FIA de Fórmula 3

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] jovem de 25 anos de Cascais, que nem era suposto cá vir e conduziu um Dallara-VW sem um único patrocinador, numa clara aposta da equipa Carlin no talento do português, repetiu o feito de 2012 e juntou-se a Felix Rosenqvist e a Edoardo Mortara na galeria daqueles que venceram por duas vezes esta prova.

Apesar de só ter tido a oportunidade de efectuar dois dias de testes num Fórmula 3 antes de viajar até nós, Félix da Costa chegou a Macau confiante e bem disposto, sem qualquer pressão e com um espírito bem diferente daquele que em 2013 “só” lhe valeu o segundo lugar. Na quinta-feira o português fez a pole-position provisória para a Corrida de Qualificação, mas acabaria por perder a primeira posição nos treinos de sexta-feira para os britânicos George Russell e Callum Ilott.

No sábado, no arranque, ao lado do brasileiro Sérgio Sette Câmara, deixou para traz o poleman George Russell, subindo a segundo. Callum Ilott manteve o primeiro posto. No recomeço após o primeiro momento de Safety-Car, após 5 voltas decorridas, na primeira abordagem à Curva do Hotel Lisboa, Félix da Costa fez a manobra decisiva da corrida e ultrapassou o britânico Ilott, assumindo o primeiro posto.

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No domingo, na verdadeira corrida de 15 voltas que atribuía o título mundial da categoria de Fórmula 3, o piloto português não esteve tão bem no arranque e foi surpreendido por Ilott nos primeiros metros, mas o rookie inglês ficou à mercê de Da Costa e de Câmara. Na travagem para o Lisboa, com três carros lado-a-lado, o brasileiro, que estava por dentro, levou a melhor sobre o seus rivais. O português caiu para segundo e viu o seu companheiro de equipa fugir ligeiramente nas primeiras voltas. Mas o cenário mudou com a entrada do “Safety-Car” à quinta volta, para retirar o bólide danificado de Nikita Mazepin no Paiol.

No reinicio, Félix da Costa passou ao ataque e ultrapassou Câmara. Daí até ao final o piloto luso não mais descolou da liderança, nem mesmo depois de mais um período de “Safety-Car” que a três voltas do fim permitiu a Félix Rosenqvist, que tinha arrancado de sexto e vinha a subir lugares, suplantar Câmara. Lá na frente, Félix da Costa já preparava a festa que vinha a seguir.

Para gáudio dos muitos portugueses que estavam ontem no Circuito da Guia, “A Portuguesa” voltou a tocar e António em lágrimas no pódio comemorou um triunfo em todo merecido, sem antes ter brindado o público com uns donuts em pista!

A meio do pelotão, e sem dar nas vistas, o jovem piloto de Macau Andy Chang conseguiu um refulgente 12º lugar, apenas três lugares atrás de outro brasileiro, Pedro Piquet, filho de Nelson Piquet. O representante da RAEM veio sempre a melhorar a sua performance ao longo do fim-de-semana e partindo do 16º lugar, chegou mesmo a rodar à porta do “Top-12” com o Dallara-NBE da equipa inglesa T-Sport. O 12º lugar de Chang, que esta época só fez duas provas de Fórmula 3, é o seu melhor resultado no Grande Prémio de Macau.


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O que eles disseram…

1º António Félix da Costa – “O Tiago ganhou hoje de manhã, e eu meti na cabeça que também tinha que ganhar. Sou competitivo e não conseguia vir aqui sem ser para ganhar. Estar ali no pódio e ver o apoio dos portugueses, e com toda a gente a cantar o hino, foi emocionante. Hoje (a vitória) foi para a equipa. Agora quero voltar aqui a Macau, mas não de Fórmula 3, mas sim ali com os maduros, nos GT.”

2º Felix Rosenqvist – “Não foi um fim-de-semana fácil. Tivemos que trabalhar muito duro, ontem o carro não estava bom. Para hoje fizemos muitas mudanças e andamos muito melhor. Tirei vantagem nos reinícios após os Safety-Car para ganhar posições. Dei o meu melhor mas não chegou para vencer.”

3º Sérgio Sette Câmara – “Desde ontem à noite, depois de ter ficado em terceiro na Corrida de Qualificação, comecei a acreditar que podia ganhar Macau. Quando eu na primeira volta estava em primeiro, comecei a acreditar ainda mais mas depois veio o Safety-Car. Este ano nunca estive na primeira posição atrás do Safety-Car e não arranquei bem, e o António passou-me. Depois comecei a perder a minha traseira e o Félix conseguiu ultrapassar-me também.”

21 Nov 2016

Tiago Monteiro: “Tinha um ajuste de contas com Macau”

Tiago Monteiro era o homem mais feliz no paddock da Corrida da Guia. O piloto portuense de 40 anos venceu uma corrida que há anos sonhava em ganhar

[dropcap]Q[/dropcap]ual é o sentimento de seres o primeiro português a vencer a Corrida da Guia?
Muito feliz. Um alívio grande, pois esta corrida é muito difícil e muito tensa e por isso é que gostamos muito dela. Uma pessoa sabe que acorda todos os dias com uma sensação muito estranha. Hoje de manhã acordei um bocado nervoso. Não tinha muito a perder e não era o meu campeonato mas queremos sempre tentar tudo por tudo. Uma pessoa sabe que arrisca muito aqui e acho que isso tudo, no seu conjunto, faz com que seja uma corrida muito especial.

guia2016-1E como correram as duas corridas?
Saí na terceira posição e sabia que tinha de ter um bom arranque , e a primeira corrida também foi boa, apesar de ter sido o que foi. Não foi propriamente uma corrida, com tantas bandeiras vermelhas. A segunda corrida tive um excelente arranque e toda a gente sabe que isso é a chave e também é uma das minhas especialidades no WTCC. Correu bem aqui, apesar de não conhecer bem este carro e ainda assim safei-me bem. A partir do momento que se está na liderança. Uma pessoa nunca sabe o que é que vai acontecer, há muitas bandeiras amarelas e muitas vermelhas e é melhor está na frente do que estar a ter que recuperar. A partir daí era tentar manter o máximo possível. A corrida estava muito rápida, e não sabia bem se tinha capacidade de aguentar ou não. Tentei não cometer erros, não sabia se faltavam três ou quatro voltas, já sabia que iam ser menos do que o previsto. Enfim, foi um grande alívio.

Soube a vingança?
Há dois anos foi uma grande tristeza a três curvas do fim ter a direcção completamente bloqueada e por isso acho que agora foi uma pequena vingança. Tinha ainda um ajuste de contas com Macau. Foi fantástico! A vitória do António Félix da Costa na corrida de ontem também me deixou muito contente. Somos muito próximos e estou muito orgulhosa e agora ainda estou mais motivado para lhe dar força na partida.

Com tanto percalço na corrida, tiveste algum cuidado em especial?
Estava com medo que até a cancelassem. Seria uma grande frustração , mas poderia acontecer. Estava preocupado, por exemplo, com a temperatura dos pneus, que isto de aumentar e baixar a temperatura não resulta muito bem e não sabia bem como iriam funcionar. Tinha muitas preocupações. Foi uma corrida muito tensa, mas sabe melhor ainda.

21 Nov 2016

Filipe Clemente de Souza: “O meu objectivo é chegar ao pódio”

 

Filipe Clemente Souza é bicampeão do AAMC Challenge, a categoria máxima do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa) e é um dos pilotos do território que almeja um lugar no pódio na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM. Souza ocupa o terceiro posto no campeonato TCR Asia Series que, integrado na Corrida da Guia, também pontua e chega ao fim em Macau.

 

Podia ter corrido na Corrida da Guia, onde é terceiro no TCR Asia, como na Taça CTM. Porque é que escolheu esta última?

A Corrida da Guia é uma prova a pensar nos concorrentes internacionais. A Taça CTM é mais pensada para pilotos como eu, pilotos locais. As hipóteses de conseguir um bom resultado à geral são muito maiores para mim na Taça CTM do que são na Corrida da Guia, onde as equipas e os pilotos do TCR International Series têm outros meios à disposição que nós, pilotos de Macau, não temos.

Paul Poon e a equipa Teamworks Motorsport têm dominado a Taça CTM e são novamente favoritos. Acha que tem alguma hipótese de lutar pelos lugares da frente?

Estou confiante que sim, que este ano o meu carro está mais forte. Fiz várias alterações no meu carro (Chevrolet Cruze 1.6T) para a corrida deste ano e está melhor ainda do que estava quando vencemos o AAMC Challenge no Circuito de Zhuhai. O carro agora tem um motor novo, mais potente, e o objectivo é terminar nos lugares do pódio.

Sempre foi um dos pilotos que se manifestou contra o actual regulamento 1.6T Produção que tem criado dificuldades à maioria dos pilotos da RAEM.

O regulamento 1.6T da Taça CTM foi introduzido com o intuito de não se gastar tanto dinheiro, mas não foi isso que aconteceu. Estamos a gastar mais do que antes. É um regulamento que não existe noutro lado do mundo. Não há ninguém mais a correr com este regulamento. Temos de ser nós, os pilotos, a gastar dinheiro para desenvolver os nossos carros. É preciso testar muito e isso custa muito dinheiro.

E qual dos dois gosta mais de conduzir? O Volkswagen Golf Gti TCR ou Chevrolet Cruze 1.6T?

É uma escolha difícil porque, apesar de serem ambos dois carros de turismo, são dois carros diferentes e ambos têm o seu lado bom. O Volkswagen é mais rápido, tem maior velocidade de ponta, mas quando se trata do prazer de controlar, o Chevrolet é um carro que dá muito mais gozo de conduzir.

18 Nov 2016

Félix da Costa conquistou a pole-position provisória para a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3

Num dia muito luso no Grande Prémio de Macau, António Félix da Costa conquistou a pole-position provisória para a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3.

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós ter sido o sétimo mais rápido no treino-livre da manhã, o piloto português foi o mais forte na qualificação, que teve quatro interrupções, batendo por duas décimas de segundo Callum Ilott e o super favorito Felix Rosenqvist, que procura a terceira vitória consecutiva na prova, mas que ontem se queixou do comportamento dos pneus.

Kenta Yamashita, o campeão japonês de F3, foi o quarto mais rápido, após ironicamente ter perdido uma roda no início da sessão. Por seu lado, Dani Juncadella, outro ex-vencedor, fez o quinto tempo, mas teve uma sessão atribulada, causando mesmo o acidente que ditou o fim prematuro da sessão, ao colidir nas barreiras de protecção da Curva dos Pescadores.

“Ainda estamos no início e muito pode acontecer num fim-de-semana de Grande Prémio de Macau, mas é sempre melhor começar à frente do que atrás”, disse Félix da Costa. “Rapidamente consegui rodar depressa, não estava muito contente com a minha sessão desta manhã, mas a equipa fez um grande trabalho em efectuar mudanças no carro e que funcionaram. Estou bastante satisfeito”, concluiu o piloto luso, que tripula um Dallara-VW da equipa inglesa Carlin. Sobre o que acontecerá daqui em diante, Félix da Costa diz que “a experiência conta muito em Macau, mas não há dúvidas que os jovens pilotos estão a andar muito e está mais difícil do que nunca”.

Esta está a ser a primeira edição da prova com pneus Pirelli, depois de 33 anos de reinado da Yokohama, mas por agora não houve felizmente qualquer problema. Os pilotos apenas assinalaram um maior desgaste das borrachas italianas, o que obrigou a FIA a autorizar o uso de cinco jogos novos de pneus para o fim-de-semana, em vez de três jogos e meio que eram usados no tempo do fabricante nipónico.

Hoje os concorrentes têm ainda uma sessão de treinos-livres pela manhã e uma segunda qualificação de tarde para determinar a grelha de partida para a corrida de qualificação de amanhã. Se hoje os aguaceiros marcarem presença em Macau, então a qualificação de hoje poderá ficar comprometida e os resultados da qualificação de ontem poderão acabar por prevalecer para delinear a grelha de partida de sábado.

 

18 Nov 2016

António Félix da Costa: “A comunidade portuguesa faz-me sentir em casa”

António Félix da Costa regressa este ano ao Circuito da Guia e à prova de F3 que venceu categoricamente em 2012. O piloto da linha de Cascais está confiante num bom resultado, mas sabe que tem pela frente uma concorrência fortíssima a todos os níveis.

[dropcap]O[/dropcap]s olhos da comunidade portuguesa do território na prova de F3 vão estar em si e a torcer por um resultado igual ao de 2012. O que tem para lhes dizer?
Que o apoio deles é fundamental e faz-me sentir verdadeiramente em casa, é uma corrida espectacular e todo aquele carinho pode fazer a diferença, por isso o que peço é que tragam a nossa bandeira de Portugal e encham as bancadas! Do meu lado, tudo farei para lutar pela vitória.

A Prema PowerTeam – Theodore Racing tem dominado completamente a F3 nos últimos tempos. Acredita que a Carlin poderá ter um carro à altura para lutar pela vitória?
Sim, Macau é uma corrida à parte onde a afinação base do carro é totalmente diferente dos circuitos convencionais, portanto acredito que poderemos lutar contra eles, que obviamente são uma excelente equipa. Mas em 2012 venci com a Carlin, pelo que vamos entrar em pista com esse objectivo em mente.

Não fez qualquer corrida de F3 este ano, assim como o Felix Rosenqvist ou o Dani Juncadella. Acredita que a vossa experiência num circuito como este poderá fazer a diferença contra pilotos com menos experiência na Guia, mas que conduziram estes carros o ano todo?
Sim, em Macau principalmente a experiência, conhecimento do circuito e a maturidade contam muito, mas há sempre roockies a andar bem e de certeza que vamos ter vários pilotos mais novos a andarem rápido em Macau. Vai ser entusiasmante ver a luta dos “velhos” contra os miúdos novos com sangue na guelra.

Depois de ter estado cá, mais nenhum jovem piloto português veio ao Grande Prémio de F3. O que acha que está a faltar em Portugal para existir uma sucessão?
Esta pergunta daria para estarmos um dia inteiro a falar deste tema, mas basicamente é preciso investir desde novo numa carreira. No meu caso, abdiquei de muitas coisas desde os meus 12 anos, não se pode querer ser piloto profissional aos 16 ou 17 anos, ai já é tarde, tem de haver um trabalho e uma preparação desde cedo, um foco, um objectivo em que se aposta tudo. Não falo especialmente do lado financeiro, mas sim de um piloto, toda a sua família e estrutura de gestão acreditarem e focarem-se num único objectivo – levar um jovem o mais longe possível.

17 Nov 2016