Heróis locais | Paul Poon vence Taça de Carros de Turismo de Macau e Filipe de Souza alcança pódio

A competição para os pilotos locais ficou marcada pela polémica, devido à qualificação em que a maior parte dos automobilistas não conseguiu fazer uma volta lançada. No final, Paul Poon foi o rei em Macau, mas contou com a ajuda do safety car

 

[dropcap]N[/dropcap]o duelo entre Macau e Hong Kong da Taça de Carros de Turismo de Macau a vitória sorriu pelo segundo ano consecutivo ao território vizinho, com Paul Poon (Peugeot RCZ) a somar o oitavo triunfo em Macau. O piloto de Hong Kong imitou o feito do anterior colega de equipa Sunny Wong, que no ano passado também tinha levado um dos carros da Teamwork Motorsport à vitória.

Paul Poon venceu mas viveu um momento dramático, quando viu o seu carro perder potência a meio da prova. Por breves instantes o piloto ainda pensou que não conseguiria ganhar, mas a entrada do safety car permitiu-lhe reiniciar o carro.

“Comecei bem a corrida, mas a meio tive problemas. Felizmente a entrada do safety car permitiu-me reiniciar o sistema e o carro ficou bom”, disse Paul Poon. “O segredo para ganhar em Macau é a experiência. Eu faço esta corrida há mais de 20 anos e acho que é mesmo a experiência de todos os anos que faz a diferença”, acrescentou.

No segundo lugar terminou Alexander Fung (Peugeot RCZ), colega de equipa de Poon, que passou grande parte da corrida a ser pressionado por Filipe de Souza. Na zona rápida do circuito, Fung ganhava uma vantagem, mas na parte mais técnica via o macaense aproximar-se. Na última volta Filipe Souza apertou o ritmo e tentou a ultrapassagem na Curva do Hotel Lisboa, mas sem sucesso, ficando a milímetros de atingir a barreira.

Azar macaense

Durante a corrida de sábado de manhã, o safety car entrou em pista por três vezes. A primeira foi motivada pelo acidente na curva dos Pescadores que envolveu Célio Dias (Mini) e Leong Chi Kin (Mini), colegas de equipa. Leong ficou sem travões e acertou em cheio no macaense.
Devido à batida, Leong foi mesmo levado ao hospital por precaução, sem que tenha registado lesões de maior.

Pouco depois deste recomeço também Rui Valente foi bafejado pelo azar. Na entrada da Curva do Hotel Lisboa o piloto levou um toque por trás e acabou por entrar em pião, o que fez com que terminasse em penúltimo à geral.

Queixas do passado

Se no sábado os pilotos conseguiram completar algumas voltas em ritmo de corrida, o mesmo não aconteceu na qualificação de sexta-feira, o que provocou grande polémica. O modelo que mistura os carros da classe 1600 com os da classe superior a 1950cc voltou a merecer críticas.

A qualificação foi suspensa três vezes e a maior parte dos pilotos apenas fez uma volta lançada, nos minutos finais, em situação de trânsito intenso, uma vez que todos os carros foram para a pista ao mesmo tempo, acabando por se atrapalhar mutuamente. O facto de os pilotos terem passado mais tempo nas boxes à espera que os carros fossem removidos da pista causou um grande desagrado.

“Na qualificação não conseguimos fazer uma volta limpa. Eu acho que isso é um bocado falta de respeito pelos pilotos”, desabafou Filipe de Souza, que fez o quarto tempo, apesar de ter tido a última volta estragada.
Uma visão semelhante foi partilhada por Delfim Mendonça Choi: “Para o ano vou equacionar participar noutra prova. Esta categoria é muito aborrecida porque o safety car está sempre em pista e o tempo nunca pára. Não somos compensados com tempo em pista quando entra o safety car ou a corrida é suspensa”, confessou.

O piloto está a ponderar o futuro na categoria: “Não é justo para os pilotos que se esforçam para participar na corrida e espero que a organização melhore este aspecto”, frisou.

Também Célio Dias se mostrou cansado com o modelo: “Vou equacionar correr com um GT4 no próximo ano. Esta corrida é muito difícil e nunca temos tempo para fazer as afinações do carro”, apontou. O macaense explicou também que teve problemas com a afinação da suspensão, mas que a falta de rodagem na sexta-feira simplesmente impossibilitou que fossem resolvidos.

 

Filipe de Souza | Audi RS3 TCR; Geral 3.º; Classe 1.º

“O resultado é bom para a equipa, mas pessoalmente sinto que tive algum azar com o safety car porque poderia ter ganho. Na última volta, quando estava a puxar na zona da Guia percebi que o Paul Poon estava com problemas, mas o safety car já não permitiu as ultrapassagens”

Célio Dias | Mini Cooper S; Desistiu

“Tive muito azar. Infelizmente o meu colega de equipa ficou sem travões e acabou por atingir-me. Não gostei muito do carro porque não estava bem afinado. Como estamos sempre parados, nunca temos voltas suficientes para fazer uma boa afinação”

Rui Valente | Mini Cooper S; Geral 27.º; Classe 13.º

“Tive azar, mas as corridas são assim. Ou corre tudo bem até ao fim ou… estava a pensar no pódio da classe e estava em quarto ou quinto, mas um piloto empurrou-me e depois limitei-me a levar o carro até ao final. Já não valia a pensar ultrapassar e arriscar um dissabor.”

Delfim Mendonça Choi | Mitsubishi Evo 7 | Geral 11.º; Classe 7.º

“Fiquei satisfeito, depois da grande desilusão que foi a qualificação. Arranquei em 32.º e mentalizei-me que tinha de ser agressivo para obter um bom resultado. Se não fosse a entrada do safety car acredito que até poderia ter ficado melhor classificado.”

Jerónimo Badaraco | Chevrolet Cruze | Desistiu

“O resultado não foi tão bom porque logo no início tivemos um problema com a caixa de velocidades. Este problema logo no início acabou por condicionar-me a corrida.”

18 Nov 2019

Motas | Michael Rutter vence prova atípica e pede desculpas a Peter Hickman

No final da corrida de sábado, os membros da organização anunciaram, na sala de imprensa, que a 53.ª edição do Grande Prémio ficaria sem vencedor, após dois acidentes. Mas o que agora é verdade à noite é mentira, e horas depois Michael Rutter foi declarado vencedor. Ontem, Pun Weng Kun negou que tivesse havido qualquer comunicado “oficial” a informar que não haveria vencedor

 

[dropcap]M[/dropcap]ichael Rutter (Honda) conquistou pela nona vez na carreira o Grande Prémio de Macau em Motas, no sábado, e acabou a pedir desculpa ao colega de equipa Peter Hickman (BMW), que dominou todo o fim-de-semana. A 53.ª edição ficou marcada por dois acidentes, que levaram à suspensão da corrida, num primeiro momento, e ao cancelamento, após o segundo acidente, que terminou com três pilotos no hospital.

Após a confusão, a organização anunciou, no sábado à tarde, que não ia haver vencedor, visto que depois do recomeço apenas tinha sido realizada uma volta completa, quando o regulamento exigia um mínimo de três. Contudo, após as críticas dos pilotos, a organização voltou atrás e atribuiu a vitória a Michael Rutter, que liderava no final da única volta da segunda corrida. A decisão final tomada após uma reunião da direcção de corrida e com base no artigo 17 do regulamento que define que quando uma situação que “não está directamente estipulada nas regras”, que impera a deliberação da direcção de corrida.

A decisão não deixou o vencedor satisfeito, que nas redes sociais pediu desculpa ao colega de equipa Peter Hickman. “Acabei de saber que me foi dada a vitória da corrida de hoje. É uma vergonha porque o Peter [Hickman] merecia ganhar. Desculpa, Peter”, escreveu Michael Rutter, na conta do twitter, apesar de não ter controlo sobre a situação.

Peter Hickman que dominou todas as sessões do fim-de-semana e esteve sempre na liderança da corrida à excepção da volta que foi contabilizada para definir o vencedor. Porém, reagiu com desportivismo ao comentário do colega de equipa, antes dos dois se encontrarem numa discoteca local. “Hoje pagas a conta.Traz o dinheiro todo do prémio da vitória porque vais precisar”, comentou o vencedor do ano passado.

Comunicado inédito

No sábado, a prova de motas contou com duas partidas. Na primeira corrida foram realizadas mais de três voltas, até que um acidente entre Robert Hodson (BMW) e Marek Cerveny (BMW) levou à interrupção da prova. Meia hora depois, houve um recomeço, que terminou à segunda volta, após um acidente no Ramal dos Mouros que levou Dan Kruger (BMW), Erno Kostamo (BMW) e Derek Sheils (Suzuki) ao hospital.

Na altura da interrupção foi anunciado aos jornalistas por membros da organização que não haveria vencedor, o que aconteceria pela primeira vez na História da prova, porque não tinha sido cumprida a distância mínima.

A primeiro decisão resultou em várias críticas por parte dos pilotos, como aconteceu com Hickman: “Merda! Foi uma grande desilusão, a equipa gasta muito dinheiro para vir aqui. Viemos de longe para fazer um grande espectáculo e é muito desapontante que as coisas terminem assim. Poderia ter sido tomada outra decisão, mas a organização preferiu não se chatear”, afirmou, de acordo com a Rádio Macau.

Uma reacção semelhante foi partilhada por Michael Rutter. “É uma vergonha para o evento. É uma vergonha para todas as equipas. É sempre bom ter uma corrida. Espero que os pilotos estejam todos bem, mas estamos todos atordoados com a decisão”, defendeu, segundo a Rádio Macau.

“Sucesso” paranormal

No domingo, Pun Weng Kun, coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, fez um resumo do evento e recusou que tivesse havido qualquer comunicado “oficial” sobre a não atribuição da vitória. “Se calhar há pessoas que não entenderam o regulamento. Ontem [no sábado] só houve uma decisão final” afirmou Pun, quando confrontado com as declarações prestadas na sala de imprensa. “Oficialmente nunca foram anunciados dois resultados, oficialmente só houve um que foi o que definiu a classificação. A primeira [comunicação] não era oficial. Não sabemos através de que meios é que [os jornalistas] receberam essa informação”, defendeu-se.

Apesar de continuar a ser questionado sobre o assunto, Pun abandonou nessa altura a sala em que prestava declarações.

Este incidente e a confusão gerada durante várias horas ao longo da tarde de sábado não evitou que Pun Weng Kun considerasse o evento um sucesso. “Após quatro dias o evento foi realizado com um grande sucesso”, disse no início do encontro com os jornalistas.

Pires foi ao chão

Quanto aos resultados, além de Rutter e Hickman, o pódio ficou completo com o australiano David Johnson (Ducati). Por sua vez, André Pires (Yamaha) não ficou classificado, depois de ter caído na Curva da Melco, na zona mais lenta do circuito, logo na primeira volta.

O português teve um fim-de-semana difícil e ficou de fora da corrida logo na primeira volta, sem que tenha tido oportunidade de se posicionar na segunda grelha de partida. Pires caiu à saída da Curva de Melco, quando rodava muito próximo de um adversário, embora a ritmo lento. Como consequência seguiu directamente para as boxes e ficou fora da prova. “É um pouco triste para nós, mas estou contente porque ia a tentar rodar bem e acho que íamos fazer um bom resultado”, afirmou André Pires, no final. “Espero voltar novamente para o ano e tenho que encarar as corridas assim mesmo, estes erros fazem parte”, sublinhou.

Kostamo operado à coluna vertebral

Os pilotos Dan Kruger, Erno Kostamo e Derek Sheils foram transportados para o hospital depois de terem estado envolvidos na queda que levou ao fim definitivo da prova. Kostamo foi o piloto que ficou em pior estado e teve mesmo de ser operado à coluna vertebral, uma intervenção que, segundo a organização, foi bem-sucedida. No entanto, as lesões não serão graves e o finlandês não corre perigo de vida. Kruger e Sheils foram igualmente observados, mas receberam alta horas depois.

18 Nov 2019

Holandês Richard Verschoor vence F3 do GP Macau

[dropcap]O[/dropcap] piloto holandês Richard Verschoor venceu hoje a prova de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau (GP Macau). O piloto de 18 anos, que largou da quarta posição da grelha, venceu com a melhor volta a ser registada com um tempo de 2.07,309 minutos. Em segundo lugar, ficou o estoniano Jüri Vips a 0,792 segundos do piloto holandês. Logan Sargeant, norte-americano de 18 anos, ocupou terceiro lugar do pódio.

A corrida, disputada no icónico Circuito da Guia, traçado citadino de 6,12 quilómetros e considerado um dos mais perigosos do mundo, foi marcada pelo regresso da alemã Sophia Flörsch, de apenas 18 anos, que o ano passado sofreu um aparatoso acidente.

Este ano, o carro da jovem piloto alemã parou à oito volta da corrida que se disputa em 15 voltas, numa aparente avaria.

“É muito bom estar de volta. Não tenho muito a perder, não tenho experiência com este carro. Estou mais focada em aprender e praticar para o próximo ano”, disse à agência Lusa a jovem piloto, à margem do primeiro dia de treinos no GP Macau.

O 66.º Grande Prémio de Macau decorreu entre quinta-feira e hoje e, para além de Tiago Monteiro, participou ainda o português André Pires, no 53.º Grande Prémio de Macau de motos, que se realizou no sábado.

André Pires sofreu uma queda logo na primeira volta, numa corrida que ficou marcada por um aparatoso acidente, envolvendo seis condutores, tendo três deles ficado feridos.

Após o incidente, que ocorreu na segunda volta, a organização informou os jornalistas que a corrida tinha sido cancelada e que, pela primeira vez na história da prova, não haveria um vencedor, mas emitiu posteriormente um comunicado a dar conta da vitória de Rutter.

A organização indicou no comunicado que, de acordo com o regulamento, o resultado deve ser declarado com base em uma única volta da segunda corrida, pelo que Rutter foi proclamado vencedor, à frente do britânico Peter Hickman e do australiano David Johnson, segundo e terceiro classificados, respetivamente.

A corrida de motos do ano passado foi vencida por Peter Hickman, que ficara em segundo lugar na mesma prova em 2017, marcada pelo acidente mortal do piloto britânico Daniel Hegarty.

17 Nov 2019

Piloto finlandês que sofreu aparatoso acidente no GP Macau operado com sucesso

[dropcap]O[/dropcap] piloto finlandês Erno Kostamo que no sábado sofreu um aparatoso acidente, envolvendo seis condutores, na prova de motos do Grande Prémio de Macau, foi submetido hoje com sucesso a uma intervenção cirúrgica à coluna vertebral.

“A intervenção cirúrgica à coluna vertebral do corredor #38 do 53.º Grande Prémio de Motos, Erno Kostamo, envolvido no incidente (…) terminou com sucesso esta madrugada, encontrando-se a recuperar na ala de ortopedia” do Hospital São Januário de Macau, apontou hoje a organização do evento em comunicado.

O piloto canadiano Dan Kruger e o irlandês Derek Sheil, dois dos três feridos do acidente que envolveu seis pilotos, receberam alta ainda na noite de sábado, esclareceu a organização. O britânico Michael Rutter (MGM by Bathams) foi declarado vencedor do 53.º Grande Prémio de Macau de Motos, que foi cancelado devido ao aparatoso acidente.

Após o incidente, que ocorreu na segunda volta, a organização informou os jornalistas que a corrida tinha sido cancelada e que, pela primeira vez na história da prova, não haveria um vencedor, mas emitiu posteriormente um comunicado a dar conta da vitória de Rutter.

A organização indicou no comunicado que, de acordo com o regulamento, o resultado deve ser declarado com base em uma única volta da segunda corrida, pelo que Rutter foi proclamado vencedor, à frente do britânico Peter Hickman e do australiano David Johnson, segundo e terceiro classificados, respetivamente.

O piloto português André Pires também participou na prova, tendo sofrido uma queda logo na primeira volta. A corrida de motos do ano passado foi vencida por Peter Hickman, que ficara em segundo lugar na mesma prova em 2017, marcada pelo acidente mortal do piloto britânico Daniel Hegarty.

O GP de Macau inclui três corridas de carros — as taças do mundo de Fórmula 3, GT e de carros de turismo (WTCR) -, bem como a 52.ª edição do Grande Prémio de motos, além da taça de carros de turismo de Macau e a taça da Grande Baía.

17 Nov 2019

Grande Prémio | Tiago Monteiro frustrado com a “lotaria de Macau”, parte em 14.º na primeira corrida

[dropcap]T[/dropcap]iago Monteiro parte este sábado da 14.º posição para a primeira corrida do Grande Prémio de Macau e no domingo da 26.º, que deixou o piloto português com “uma frustração muito grande”, como reconheceu à Lusa.

“É uma frustração muito grande, o tempo que fiz não é um tempo de competição é um tempo de aquecer pneus”, lamentou Tiago Monteiro no final da qualificação para a Corrida da Guia da Taça do Mundo de Carros de Turismo de domingo, na qual o britânico Rob Huff foi o mais rápido, com o tempo de 2.29,019 minutos.

Tiago Monteiro fez 2.29,919 minutos na qualificação para a corrida de sábado, enquanto na qualificação para as corridas de domingo, o piloto português fez a sua melhor volta em 2.32,183.

“Infelizmente, temos vindo a falar da lotaria de Macau, dos acidentes que há em Macau, muitas vezes aproveitei isso, mas desta vez apanhei com tudo em cima e cada vez que ia à pista havia um acidente”, disse, referindo-se ao icónico traçado citadino de 6,12 quilómetros, considerado uma das provas mais perigosas do mundo.

Pelo facto de ser “uma lotaria”, Tiago Monteiro reforçou que “tudo pode acontecer em Macau”: “Mas não estou com grande esperança”, admitiu.

Já em relação à corrida que se disputa no sábado, para a qual o piloto português arranca do 14.º lugar da grelha de partida, o objetivo passa por ficar entre os dez primeiros. “Amanhã [Sábado] estou em 14.º e gostava de entrar no ‘top 10’”, afirmou.

O 66.º Grande Prémio de Macau decorre até domingo e, para além, de Monteiro, o primeiro português a vencer a Corrida da Guia da Taça do Mundo de Carros de Turismo, em 2016, participa ainda o português André Pires, no 53.º Grande Prémio de Macau de motos, depois de em 2018 ter ficado em 19.º lugar.

15 Nov 2019

Os nomes de Macau que correm no Grande Prémio

Taça de Carros de Turismo de Macau

 

[dropcap]F[/dropcap]ilipe de Souza – Audi RS3 TCR;  Treinos Livres: Geral: 1.º Classe: 1.º

“O carro está bem e conseguimos um bom equilíbrio, que já nos permite extrair 90 por cento do que tem para dar. A única área em que que é necessário melhorar é na travagem. O nosso objectivo para o fim-de-semana é ganhar, mas ainda precisamos de ver como está a concorrência. Os adversários da Teamwork estão muito fortes e têm mais 50 cavalos.”

Célio Dias – Mini Cooper S;  Treinos Livres: Geral: 8.º Classe: 3.º

“Estamos com alguns problemas, principalmente ao nível das afinações, que penso estarem a ser causados pela suspensão. Vamos tentar resolvê-los para obtermos uma boa qualificação. Ainda é difícil sabermos como vamos rodar ao longo do fim-de-semana, porque só fizemos três voltas rápidas. Mas gostava de conseguir um lugar entre os cinco primeiros na minha categoria.”

Rui Valente – Mini Cooper S;  Treinos Livres: Geral: 16.º Classe: 7.º

“O carro tem uma suspensão nova, que estamos a utilizar pela primeira vez, e esteve um bocado rijo para este circuito. Vamos alterar a afinação e esperamos fazer uma boa qualificação. O objectivo é ficar nos 10 primeiros, o que não conseguimos hoje [ontem]. Depois de no ano passado ter estado no WTCR, este ano vou poder divertir-me mais porque o carro é meu e não tenho receios em relação a danificar a viatura. É bom estar de volta.”

Delfim Mendonça Choi – Mitsubishi Evo 7; Treinos Livres: Geral: 33.º Classe: 17.º

“Logo na primeira volta senti problemas de afinação e tive de vir às boxes. Fizemos alterações e depois senti que o carro já estava bom. Infelizmente, os incidentes da corrida fizeram com que não conseguíssemos rodar tanto quanto pretendíamos. Temos a esperança de que amanhã as coisas corram melhor. Se no sábado conseguir terminar nos cinco primeiros à geral fico muito contente.”

Taça da Grande Baía

Eurico de Jesus – Lotus Exige S; Treinos Livres: Geral: 17.º

O carro deu-nos problemas porque a caixa de velocidades está sempre a entrar em modo de segurança. Quando testámos no Interior não tínhamos detectado este problema. Foi uma pena porque nos prejudicou bastante e não consegui fazer uma volta rápida. Estou confiante que amanhã [hoje] vai estar tudo resolvido e que posso lutar pelo objectivo de ficar nos seis primeiros.”

Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCR)

Billy Lo – Audi RS3 LMS; Sessões de Treinos Livres: Geral: 27.º e 27.º

“Estou muito entusiasmado por estar a competir pela segunda vez no WTCR em Macau. Como sou o único piloto local sei que a pressão é maior. É um grande desafio porque estou a correr contra os melhores do mundo, que têm muito mais experiência. Também por isso o meu objectivo passa por ir encurtando as distâncias ao longo do fim-de-semana e ser o melhor dos seis pilotos convidados.”

15 Nov 2019

Calendário das corridas do fim-de-semana

Hoje

6:30 – 7:00 Inspecção do Circuito
7:30 – 8:15 53.º Grande Prémio de Motos de Macau – Cronometrado
8:50 – 9:30 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Cronometrado
9:50 – 10:20 Taça GT – Corrida da Grande Baía – Cronometrado
10:40 – 11:10 Taça de Carros de Turismo de Macau – Cronometrado
11:30 – 12:10 Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Treino livre 2
12:30 – 13:00 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Treino livre 2
13:35 – 14:50 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA (Q1, Q2 ,Q3)
15:10 – 15:50 Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Cronometrado 2
16:10 – 16:40 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Cronometrado
18:30 – Abertura do Circuito

Amanhã

6:00 Fecho do Circuito
6:30 – 7:00 Inspecção do Circuito
7:10 – 7:50 Carros de Segurança e Intervenção Rápida
8:00 – 8:40 Evento Especial
9:00 – 10:00 Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA (Prova Classificativa) – 10 voltas
10:25 – 11:25 Taça de Carros de Turismo de Macau -12 voltas
11:50 – 12:10 53.º Grande Prémio de Motos de Macau – Treino livre
13:05 – 14:05 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA (Prova Classificativa) – 12 voltas
14:30 – 15:20 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Race 1 – 8 voltas
15:55 – 16:55 53.º Grande Prémio de Motos de Macau – 12 voltas
18:00 – Abertura do Circuito

Domingo

6:00 Fecho do Circuito
6:30 – 7:00 Inspecção do Circuito
7:10 – 7:50 Carros de Segurança e Intervenção Rápida
8:20 – 9:10 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo – Race 2 – 8 voltas
9:35 – 10:35 Taça GT – Corrida da Grande Baía – 12 voltas
11:00 – 12:00 Corrida da Guia Macau – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Race 3 – 11 volta
12:25 – 13:40 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – 18 voltas
14:00 – 14:35 Evento Especial
15:10 – 15:20 Dança do Leão
15:30 – 16:30 Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – 15 voltas
18:00 – Abertura do Circuito

15 Nov 2019

Eles podem bater recordes…

[dropcap]R[/dropcap]ob Huff, Michael Rutter, Dan Ticktum e Edoardo Mortara poderão fazer história na 66ª edição do Grande Prémio de Macau, mas nenhum deles dá por garantido um triunfo este fim-de-semana no Circuito da Guia.

Na primeira pessoa:

Rob Huff (procura a 10ª vitória em Macau): “Claro que gostaria de vencer. Como eu venci nove vezes, as pessoas pensam que vou fuzilar toda a gente. Mas todos os anos está cada vez mais difícil. Tenho de repensar onde posso encontrar aquele tempo extra. O WTCR é um campeonato profissional e o nível é extremamente alto, mas este é um recorde que quero estender.”

Michael Rutter (procura a 9ª vitória no GP de Motos de Macau): “A única razão para correr com a Honda RCV é porque é a única forma de tentar vencer e competir com o Peter Hickman. Ele está numa nova BMW superbike, que ainda não atingiu todo o seu potencial, mas se viesse com a BMW superstock não ia funcionar. Fizemos alguma melhoras em termos de electrónica que fizeram diferença e nos dão mais potência.”

Dan Ticktum (procura a 3ª vitória no GP Macau F3): “Eu não tinha a certeza se algum dia poderia voltar a Macau, portanto estar aqui com a Carlin é bastante entusiasmante. Este é um circuito incrível e já fui um vencedor aqui, logo obviamente que o objectivo é o mesmo este ano. Espero conseguir uma adaptação rápida ao novo Fórmula 3 e às borrachas da Pirelli.”

Edoardo Mortara (procura a 5ª vitória na Taça GT Macau): “Vou novamente tentar vencer, depois de ter ganho em 2017 e ter ido ao pódio o ano passado. Tenho tido muito sucesso em Macau e espero este ano conseguir um bom resultado. A concorrência volta a ser muito forte este ano na corrida dos GT, mas estou muito motivado e determinado em vencer. Estou com fome de sucesso como nunca antes.”

15 Nov 2019

À conversa com Cherry Cheung

É a única concorrente a participar na Taça de Carros de Turismo de Macau. Como se sente?
Entusiasmada, mas também um bocado nervosa, uma vez que é a minha estreia no Circuito da Guia. Mas estou muito grata à equipa e ao meio do automobilismo porque as pessoas são muito prestáveis.

 

Quais as razões que a levaram a querer participar no Grande Prémio de Macau?

[dropcap]C[/dropcap]omecei a competir nos carros de turismo em Junho de 2018 e o Grande Prémio de Macau era um objectivo a curto prazo. Correr no Circuito da Guia sempre foi um dos meus sonhos de infância e  estou a concretizá-lo no mesmo ano em que celebro 40 anos, o que é uma excelente prenda.

Corre com as cores da Teamwork Motorsport que venceu no ano passado. É possível um top 3?

Tem sido uma equipa vencedora e é por isso que me juntei a eles. Só que sou uma estreante e sei que não devo ter expectativas a nível de resultados. O importante é acabar e acumular experiência.

Qual foi o carro que gostou mais de conduzir?

Em situação de corrida, o favorito é o Audi TCR, devido ao desempenho e ao equilíbrio. É fantástico. Em termos de carros de estrada gosto do Honda S2000 ou o Mitsubishi Evolution 6 ™ Version. Os carros com caixa manual deixam-me sempre bem-disposta.

O que faz fora do automobilismo?

Estou à frente de uma empresa de tecnologias de informação, que se foca em GPS com alta precisão, entre outros serviços no mercado da Ásia-Pacífico.

15 Nov 2019

Peter Hickman na “pole” provisória e deixa adversários a quase dois segundos 

[dropcap]N[/dropcap]as últimas quatro edições do Grande Prémio de Motos Peter Hickman (BMW S1000RR) ganhou três e assume-se como o natural candidato ao triunfo. Numa sessão de qualificação com 45 minutos, o britânico dominou por completo e com um tempo de 2:25.100, deixou Michael Rutter, segundo classificado, a mais de 1,7 segundos, e ainda se deu ao luxo de terminar mais cedo.

“Já tinha um bom tempo, uma afinação satisfatória, não precisava de ser mais rápido e por isso não valia a pena ficar na pista a dar mais voltas. Não fazia sentido forçar mais”, afirmou Hickman, que voltou para as boxes quando faltavam cerca de 10 minutos para o fim.

O britânico recusa que a vitória seja um dado garantido, mas reconhece que tem mais para dar: “Amanhã [hoje] e no sábado [amanhã] os outros pilotos vão andar mais rápido. Mas eu também tenho mais para dar”, explicou o piloto da BMW.

No segundo lugar ficou Michael Rutter (Honda RC213V) com um tempo de 2:26.836, a 1,738 segundo do colega de equipa, que está na pole position provisória. O também britânico admitiu que a vitória está mais longe. “A verdade é que ele está muito à frente, mas era expectável. Tem estado a conduzir de forma fabulosa no Reino Unido”, apontou.

Rutter explicou ainda que precisa de rodar mais para ganhar ritmo. “Não tenho corrido muito, por isso vou ter de aproveitar a qualificação de amanhã [hoje] para aumentar o ritmo, mas ele [Hickman] é mesmo o principal favorito. Aliás é por isso que está na nossa equipa”, disse em tom divertido.

No terceiro lugar da grelha de partida está John McGuinness (Ducati V4 Panigale), com um tempo de 2:27.186, a 0,348 segundos de Rutter e 2,086 segundos da pole position.

O português André Pires teve uma prestação desapontante, devido aos problemas com a Yamaha R1, e ocupa o 24.º lugar provisório da grelha, a mais de 10 segundos da frente. “A estabilidade da mota não está a ajudar e a electrónica não está a permitir que ande rápido, porque está muito sensível. É algo que acontece porque este circuito tem muitas lombas, ao contrário dos tradicionais, mas vamos desmontar a mota e descobrir o que está errado”, disse André Pires.

A segunda sessão de qualificação está agendada para as 7h30 de hoje e a corrida vai ter lugar amanhã às 15h55.

15 Nov 2019

F3 | Jake Hughes provisoriamente na pole position

O recorde da melhor volta ao Circuito da Guia caiu ontem, com Jake Hughes a rodar na primeira qualificação do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 num “tempo canhão” de 2:06.673

 

[dropcap]C[/dropcap]omo em todos os primeiros dias do Grande Prémio, amplificada com a introdução do novo monolugar de Fórmula 3 da FIA no Circuito da Guia, esta foi uma quinta-feira a apalpar terreno para os intervenientes. Todas as equipas começaram os trabalhos de pista com uma folha em branco, pois os dados da telemetria recolhidos em edições passadas com a anterior geração de F3 de pouco ou nada servirão este fim-de-semana. Com o objectivo de recolher toda a informação possível, a ordem era para que os pilotos realizassem o maior número de voltas exequível e se mantivessem longe dos muros. Obviamente, nem todos cumpriram tal missão.

Depois do treino livre matinal, em que Marcus Armstrong registou o melhor tempo, na parte da tarde teve lugar a primeira sessão de qualificação. Jake Hughes foi o mais rápido, o que lhe dá a pole-position provisória para a corrida de qualificação de sábado. O ano passado a melhor volta no primeiro dia foi de Daniel Ticktum em 2:11.004, ele que era o detentor do recorde da pista com um “crono” de 2:10.266. O vencedor da prova nos dois últimos anos ficou-se ontem pelo sexto lugar numa sessão que terminou prematuramente devido a um acidente, sem consequências, do japonês Yuki Tsunoda.

Apesar da excelente prestação, Hughes apenas superou por quatro décimas de segundo o alemão David Beckmann. Dois dos candidatos ao triunfo, Juri Vips e Armstrong, obtiveram o terceiro e o quarto tempo, respectivamente.

Charles Leong, o representante de Macau, teve um dia relativamente tranquilo, colocando o Dallara-Mechachrome da Jenzer Motorsport no 21º posto, com uma marca três segundos mais lenta que o pole-position provisório. Sophia Flörsch ficou duas posições atrás, no 23º lugar, ficando-se a quatro segundos do tempo mais rápido do dia.

Amanhã haverá outra sessão de qualificação para determinar a grelha de partida para a Corrida de Qualificação de sábado.

Novo carro passa primeiro teste

Foram muitas as vozes com peso na disciplina que expressaram publicamente o seu receio e oposição sobre a introdução deste novo F3, mais potente, pesado e potente no Circuito da Guia, um carro que obrigou mesmo a alterações, relacionadas com a segurança, em vários pontos da pista. Estas críticas tinham razão de ser e estão mais relacionadas com direcção diferente que a FIA decidiu para a categoria que visita Macau desde 1983.

“Penso que as queixas vêm mais da parte dos puristas, nos quais me incluo, que consideram os novos FIA F3 como monolugares demasiado grandes e pesados para serem considerados verdadeiros F3 que eram o exemplo supremo de equilíbrio de chassis”, explicou Nuno Pinto, o Director Desportivo da favorita SJM Prema Theodore Racing, ao HM. “A existência de um sistema DRS pode desvirtuar um pouco as características únicas do que era o Grande Prémio de Macau e o desafio de ter de fazer a zona da montanha com uma afinação de pouca carga aerodinâmica como acontecia até agora. A questão da velocidade de ponta antes da curva Lisboa não é tão significativa para mim, já que anteriormente se chegou a rodar a 280km/h mas o facto de serem bem mais pesados pode tornar um incidente ainda mais grave, sim.”

Apesar de vários chefes de equipa terem apontado que este monolugar desvirtua a categoria e por sua vez a sua prova rainha, Nuno Pinto admite que não havia outra hipótese: “esta é a nova F3, é a do campeonato FIA e Macau tem de continuar a ser a prova rainha da F3. Como tal, tinha de ser disputado com os monolugares mais actuais.”

Mesmo sendo quase cinco segundos mais rápidos em pista que os seus antecessores, no primeiro dia do evento o número de incidentes em pista não foi superior ao de edições passadas, tendo a quinta-feira decorrido de uma forma perfeitamente normal para mais importante corrida de F3 do planeta. É previsível que o melhor tempo obtido ontem por Hughes possa ainda ser superado durante o fim-de-semana.

15 Nov 2019

F3 | Jake Hughes provisoriamente na pole position

O recorde da melhor volta ao Circuito da Guia caiu ontem, com Jake Hughes a rodar na primeira qualificação do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 num “tempo canhão” de 2:06.673

 
[dropcap]C[/dropcap]omo em todos os primeiros dias do Grande Prémio, amplificada com a introdução do novo monolugar de Fórmula 3 da FIA no Circuito da Guia, esta foi uma quinta-feira a apalpar terreno para os intervenientes. Todas as equipas começaram os trabalhos de pista com uma folha em branco, pois os dados da telemetria recolhidos em edições passadas com a anterior geração de F3 de pouco ou nada servirão este fim-de-semana. Com o objectivo de recolher toda a informação possível, a ordem era para que os pilotos realizassem o maior número de voltas exequível e se mantivessem longe dos muros. Obviamente, nem todos cumpriram tal missão.
Depois do treino livre matinal, em que Marcus Armstrong registou o melhor tempo, na parte da tarde teve lugar a primeira sessão de qualificação. Jake Hughes foi o mais rápido, o que lhe dá a pole-position provisória para a corrida de qualificação de sábado. O ano passado a melhor volta no primeiro dia foi de Daniel Ticktum em 2:11.004, ele que era o detentor do recorde da pista com um “crono” de 2:10.266. O vencedor da prova nos dois últimos anos ficou-se ontem pelo sexto lugar numa sessão que terminou prematuramente devido a um acidente, sem consequências, do japonês Yuki Tsunoda.
Apesar da excelente prestação, Hughes apenas superou por quatro décimas de segundo o alemão David Beckmann. Dois dos candidatos ao triunfo, Juri Vips e Armstrong, obtiveram o terceiro e o quarto tempo, respectivamente.
Charles Leong, o representante de Macau, teve um dia relativamente tranquilo, colocando o Dallara-Mechachrome da Jenzer Motorsport no 21º posto, com uma marca três segundos mais lenta que o pole-position provisório. Sophia Flörsch ficou duas posições atrás, no 23º lugar, ficando-se a quatro segundos do tempo mais rápido do dia.
Amanhã haverá outra sessão de qualificação para determinar a grelha de partida para a Corrida de Qualificação de sábado.

Novo carro passa primeiro teste

Foram muitas as vozes com peso na disciplina que expressaram publicamente o seu receio e oposição sobre a introdução deste novo F3, mais potente, pesado e potente no Circuito da Guia, um carro que obrigou mesmo a alterações, relacionadas com a segurança, em vários pontos da pista. Estas críticas tinham razão de ser e estão mais relacionadas com direcção diferente que a FIA decidiu para a categoria que visita Macau desde 1983.
“Penso que as queixas vêm mais da parte dos puristas, nos quais me incluo, que consideram os novos FIA F3 como monolugares demasiado grandes e pesados para serem considerados verdadeiros F3 que eram o exemplo supremo de equilíbrio de chassis”, explicou Nuno Pinto, o Director Desportivo da favorita SJM Prema Theodore Racing, ao HM. “A existência de um sistema DRS pode desvirtuar um pouco as características únicas do que era o Grande Prémio de Macau e o desafio de ter de fazer a zona da montanha com uma afinação de pouca carga aerodinâmica como acontecia até agora. A questão da velocidade de ponta antes da curva Lisboa não é tão significativa para mim, já que anteriormente se chegou a rodar a 280km/h mas o facto de serem bem mais pesados pode tornar um incidente ainda mais grave, sim.”
Apesar de vários chefes de equipa terem apontado que este monolugar desvirtua a categoria e por sua vez a sua prova rainha, Nuno Pinto admite que não havia outra hipótese: “esta é a nova F3, é a do campeonato FIA e Macau tem de continuar a ser a prova rainha da F3. Como tal, tinha de ser disputado com os monolugares mais actuais.”
Mesmo sendo quase cinco segundos mais rápidos em pista que os seus antecessores, no primeiro dia do evento o número de incidentes em pista não foi superior ao de edições passadas, tendo a quinta-feira decorrido de uma forma perfeitamente normal para mais importante corrida de F3 do planeta. É previsível que o melhor tempo obtido ontem por Hughes possa ainda ser superado durante o fim-de-semana.

15 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | Guia do Espectador

Grande Prémio de Macau de F3 – Taça do Mundo de F3 da FIA

[dropcap]A[/dropcap] 37ª edição da corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio coincide com a estreia do novo Fórmula 3 da FIA, um monolugar de 380cv, o mais potente de sempre, e que obrigou a um reforço na segurança e uma nova homologação do Circuito da Guia. A introdução destes carros na 4ª edição da Taça do Mundo de F3 da FIA foi tudo menos consensual, existindo um desassossego quanto às velocidades que estes possam atingir. Isto, aliado ao facto que o chassis e motor único deste monolugar em tudo vai contra ao espírito de uma disciplina que pautou pela variedade de construtores desde 1950.

Principal novidade: Um carro totalmente novo e igual para todos.

Pontos de interesse:

– Dan Ticktum tentará ser o primeiro piloto da história a vencer três vezes esta corrida
– Robert Shwartzman poderá ser o primeiro piloto a conseguir juntar ao título do Campeonato FIA de F3 um triunfo em Macau
– Como se irá sair Sofia Floersh após o brutal acidente do ano passado
– David Schumacher (filho de Ralf Schumacher) e Enzo Fittipaldi (neto de Emerson Fittipaldi) trazem apelidos pesados ao Circuito da Guia
– O jovem local Charles Leong faz a sua segunda participação na prova

Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA

A celebrar a sua 12ª edição em 2019, a Taça GT Macau é designada como Taça do Mundo de GT da FIA pelo quinto ano consecutivo. Desde que a FIA “tomou conta” da prova de “sprint” de carros de GT mais importante do calendário internacional, esta tornou-se a arena predilecta na Ásia para os grandes construtores automóveis de viaturas da classe GT3. Contudo, nem todos os construtores se atrevem a enfrentar uma corrida que tem sido colorida de episódios nos últimos anos. Este ano apenas a Audi, BMW, Mercedes-Benz e a Porsche vão estar numa grelha de partida que cresceu de 15 para 17 carros este ano.

Principal novidade: Apenas construtores germânicos à partida.

Pontos de interesse:

– O brasileiro Augusto Farfus Jr defende o seu ceptro e o da BMW Motorsport
– Depois da derrota o ano passado, Edoardo Mortara vai tentar vencer pela sétima vez no Circuito da Guia
– O piloto com mais vitórias da Mercedes-AMG, Maro Engel, vai para o “hattrick”
– A Porsche está disposta a quebrar o enguiço e tentará ganhar uma corrida que não vence desde 2008

Corrida da Guia Macau – WTCR – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA

O pelotão da WTCR está de volta ao Circuito da Guia. Dos habituais vinte e seis titulares, haverá seis concorrentes convidados, um deles de Macau, o que prefaz a maior grelha de partida de uma temporada que tem sido marcada por corridas acesas e alguns atritos entre pilotos, incluindo o português Tiago Monteiro. Alfa Romeo, Audi, CUPRA, Honda, Hyundai, Lynk & co e Volkswagen são as marcas representadas este fim-de-semana, sendo que das três corridas pontuáveis para o campeonato, a última é que atribui o título de vencedor da Corrida da Guia – a prova de carros de turismo mais antiga do continente asiático.

Principal novidade: Desta vez Macau não é a última prova da temporada, essa sera em Dezembro em Sepang (Malásia).

Pontos de interesse:

– Rob Huff (VW) tentará obter a sua décima vitória no Circuito da Guia
– Luta pelo campeonato: Esteban Guerrieri (Honda) lidera o WTCR com 288 pontos, contra 282 de Norbert Michelisz (Hyundai), 248 de Thed Bjork e 240 de Yvan Muller
– Regresso do português Tiago Monteiro (Honda), um ex-vencedor da Corrida da Guia, a Macau,
– Billy Lo (Audi) é o único representante de Macau na prova

53º Grande Prémio de Motos de Macau

A “Clássica do Extremo Oriente” volta a reunir a nata das corridas de estrada de motociclismo. Da edição do ano passado para esta, apenas se nota a ausência de Martin Jessopp, terceiro classificado em 2018, que se retirou das lides. Peter Hickman será certamente o homem a bater este fim-de-semana e terá no seu companheiro de equipa Michael Rutter o maior rival. Qualquer vencedor que não o duo da MGM Aspire-Ho by Bathams Racing poderá ser considerado uma surpresa. A exemplo dos anos anteriores não haverá qualquer piloto asiático à partida.

Principal novidade: A velha máxima prevalece; para quê mexer no que está bem.

Pontos de interesse:

– Peter Hickman tem estado invencível nas provas de estrada este ano e prepara-se para somar mais um triunfo em Macau
– O recordista de vitórias na prova de motociclismo da RAEM, Michael Rutter, está cada vez mais habituado à condução da monstruosa Honda RC213CV.
– Com ambições limitadas por um orçamento apertado, André Pires é o único piloto lusófono na prova

Taça Food4U de Carros de Turismo de Macau

Apesar das criticas dos pilotos, a corrida de carros de turismo para os pilotos locais do Grande Prémio continuará a manter o formato de duas corridas dentro de uma: uma para a classe para viaturas com motorizações de 1950cc ou superior e outra para viaturas de 1600cc Turbo. Macau tem mais de duas dezenas de pilotos, onde se destacam incontornáveis nomes do automobilismo macaense, como Filipe Souza, Jerónimo Badaraco, Célio Alves Dias ou o veterano português Rui Valente, a que se juntam “sangue novo” como Delfim Mendonça Choi, Sabino Osório Lei ou Luciano Lameiras.

Principal novidade: Maior equilíbrio de forças entre os carros de construção local e os TCR na classe 1950cc ou Superior

Pontos de interesse:

– Kelvin Leong e Wong Lan Long têm a difícil missão de manter o ceptro da corrida não fuja para Hong Kong
– Filipe Souza e “Noni” Badaraco podem ter uma palavra a dizer nas lutas pelos lugares do pódio

Taça GT – Corrida da Grande Baía

O ano passado esta corrida era um troféu monomarca – Taça Lotus – muito pouco cativante. A feliz abertura aos carros da categoria GT4, que se juntam aos Lotus Exige ex-troféu vistos aqui o ano passado, trouxe um novo brilho a uma corrida que tem um enorme potencial. Estes pequenos GT, além de apelativos ao olho do normal espectador, têm um custo muito apelativo. Aston Martin, Audi, BMW, Ginetta, Mercedes-Benz, KTM e Lotus fazem-se representar na grelha de partida.

Principal novidade: Regresso dos carros da categoria GT4 ao Circuito da Guia

Pontos de interesse:

– O sucesso da prova deste ano poderá tornar esta corrida uma das mais apetecíveis no futuro
– Eurico de Jesus é o único nome português numa lista que conta com vários pilotos de Macau, incluindo o ex-F3 Lei Kit Meng ou os ex-WTCC/WTCR Mak Ka Lok e Kevin Tse.

14 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | Guia do Espectador

Grande Prémio de Macau de F3 – Taça do Mundo de F3 da FIA

[dropcap]A[/dropcap] 37ª edição da corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio coincide com a estreia do novo Fórmula 3 da FIA, um monolugar de 380cv, o mais potente de sempre, e que obrigou a um reforço na segurança e uma nova homologação do Circuito da Guia. A introdução destes carros na 4ª edição da Taça do Mundo de F3 da FIA foi tudo menos consensual, existindo um desassossego quanto às velocidades que estes possam atingir. Isto, aliado ao facto que o chassis e motor único deste monolugar em tudo vai contra ao espírito de uma disciplina que pautou pela variedade de construtores desde 1950.
Principal novidade: Um carro totalmente novo e igual para todos.
Pontos de interesse:
– Dan Ticktum tentará ser o primeiro piloto da história a vencer três vezes esta corrida
– Robert Shwartzman poderá ser o primeiro piloto a conseguir juntar ao título do Campeonato FIA de F3 um triunfo em Macau
– Como se irá sair Sofia Floersh após o brutal acidente do ano passado
– David Schumacher (filho de Ralf Schumacher) e Enzo Fittipaldi (neto de Emerson Fittipaldi) trazem apelidos pesados ao Circuito da Guia
– O jovem local Charles Leong faz a sua segunda participação na prova

Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA

A celebrar a sua 12ª edição em 2019, a Taça GT Macau é designada como Taça do Mundo de GT da FIA pelo quinto ano consecutivo. Desde que a FIA “tomou conta” da prova de “sprint” de carros de GT mais importante do calendário internacional, esta tornou-se a arena predilecta na Ásia para os grandes construtores automóveis de viaturas da classe GT3. Contudo, nem todos os construtores se atrevem a enfrentar uma corrida que tem sido colorida de episódios nos últimos anos. Este ano apenas a Audi, BMW, Mercedes-Benz e a Porsche vão estar numa grelha de partida que cresceu de 15 para 17 carros este ano.
Principal novidade: Apenas construtores germânicos à partida.
Pontos de interesse:
– O brasileiro Augusto Farfus Jr defende o seu ceptro e o da BMW Motorsport
– Depois da derrota o ano passado, Edoardo Mortara vai tentar vencer pela sétima vez no Circuito da Guia
– O piloto com mais vitórias da Mercedes-AMG, Maro Engel, vai para o “hattrick”
– A Porsche está disposta a quebrar o enguiço e tentará ganhar uma corrida que não vence desde 2008

Corrida da Guia Macau – WTCR – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA

O pelotão da WTCR está de volta ao Circuito da Guia. Dos habituais vinte e seis titulares, haverá seis concorrentes convidados, um deles de Macau, o que prefaz a maior grelha de partida de uma temporada que tem sido marcada por corridas acesas e alguns atritos entre pilotos, incluindo o português Tiago Monteiro. Alfa Romeo, Audi, CUPRA, Honda, Hyundai, Lynk & co e Volkswagen são as marcas representadas este fim-de-semana, sendo que das três corridas pontuáveis para o campeonato, a última é que atribui o título de vencedor da Corrida da Guia – a prova de carros de turismo mais antiga do continente asiático.
Principal novidade: Desta vez Macau não é a última prova da temporada, essa sera em Dezembro em Sepang (Malásia).
Pontos de interesse:
– Rob Huff (VW) tentará obter a sua décima vitória no Circuito da Guia
– Luta pelo campeonato: Esteban Guerrieri (Honda) lidera o WTCR com 288 pontos, contra 282 de Norbert Michelisz (Hyundai), 248 de Thed Bjork e 240 de Yvan Muller
– Regresso do português Tiago Monteiro (Honda), um ex-vencedor da Corrida da Guia, a Macau,
– Billy Lo (Audi) é o único representante de Macau na prova

53º Grande Prémio de Motos de Macau

A “Clássica do Extremo Oriente” volta a reunir a nata das corridas de estrada de motociclismo. Da edição do ano passado para esta, apenas se nota a ausência de Martin Jessopp, terceiro classificado em 2018, que se retirou das lides. Peter Hickman será certamente o homem a bater este fim-de-semana e terá no seu companheiro de equipa Michael Rutter o maior rival. Qualquer vencedor que não o duo da MGM Aspire-Ho by Bathams Racing poderá ser considerado uma surpresa. A exemplo dos anos anteriores não haverá qualquer piloto asiático à partida.
Principal novidade: A velha máxima prevalece; para quê mexer no que está bem.
Pontos de interesse:
– Peter Hickman tem estado invencível nas provas de estrada este ano e prepara-se para somar mais um triunfo em Macau
– O recordista de vitórias na prova de motociclismo da RAEM, Michael Rutter, está cada vez mais habituado à condução da monstruosa Honda RC213CV.
– Com ambições limitadas por um orçamento apertado, André Pires é o único piloto lusófono na prova

Taça Food4U de Carros de Turismo de Macau

Apesar das criticas dos pilotos, a corrida de carros de turismo para os pilotos locais do Grande Prémio continuará a manter o formato de duas corridas dentro de uma: uma para a classe para viaturas com motorizações de 1950cc ou superior e outra para viaturas de 1600cc Turbo. Macau tem mais de duas dezenas de pilotos, onde se destacam incontornáveis nomes do automobilismo macaense, como Filipe Souza, Jerónimo Badaraco, Célio Alves Dias ou o veterano português Rui Valente, a que se juntam “sangue novo” como Delfim Mendonça Choi, Sabino Osório Lei ou Luciano Lameiras.
Principal novidade: Maior equilíbrio de forças entre os carros de construção local e os TCR na classe 1950cc ou Superior
Pontos de interesse:
– Kelvin Leong e Wong Lan Long têm a difícil missão de manter o ceptro da corrida não fuja para Hong Kong
– Filipe Souza e “Noni” Badaraco podem ter uma palavra a dizer nas lutas pelos lugares do pódio

Taça GT – Corrida da Grande Baía

O ano passado esta corrida era um troféu monomarca – Taça Lotus – muito pouco cativante. A feliz abertura aos carros da categoria GT4, que se juntam aos Lotus Exige ex-troféu vistos aqui o ano passado, trouxe um novo brilho a uma corrida que tem um enorme potencial. Estes pequenos GT, além de apelativos ao olho do normal espectador, têm um custo muito apelativo. Aston Martin, Audi, BMW, Ginetta, Mercedes-Benz, KTM e Lotus fazem-se representar na grelha de partida.
Principal novidade: Regresso dos carros da categoria GT4 ao Circuito da Guia
Pontos de interesse:
– O sucesso da prova deste ano poderá tornar esta corrida uma das mais apetecíveis no futuro
– Eurico de Jesus é o único nome português numa lista que conta com vários pilotos de Macau, incluindo o ex-F3 Lei Kit Meng ou os ex-WTCC/WTCR Mak Ka Lok e Kevin Tse.

14 Nov 2019

Chong Coc Veng | Presidente da Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) admite que território pode receber campeonato TCR Ásia

A AAMC vai estudar a possibilidade de os pilotos locais competirem com viaturas que adoptam o regulamento TCR Ásia. Se houver interesse, uma prova deste género até pode ser integrada no Grande Prémio de Macau, nos próximos anos. Chong considera ainda que cabe aos pilotos locais viabilizarem carreiras internacionais e que o Governo já fornece grandes apoios

[dropcap]E[/dropcap]stá ligado ao Grande Prémio de Macau desde 2000. Mas quais são as primeiras memórias das corridas?
Acho que as memórias mais antigas e presentes que tenho são de 1979 quando comecei a participar nas corridas, o que fiz até 1989. Na altura era uma espécie iniciado que nem conhecia muito bem os regulamentos.

Como foram resultados?
Não foram nada de especial, mas uma vez fiquei em primeiro. Só que depois como alguém apresentou queixa sobre o carro, houve uma inspecção técnica e perdi alguns lugares ou acabei desclassificado… Deve ter sido isso, acho que fui desclassificado. No ano seguinte participei em mais corridas, antes de Macau, e consegui terminar no pódio.

Onde correu, além de Macau?
Até deixar de correr em 1989 competi em diferentes lugares na Ásia, como no Japão, onde participei na Taça Mitsubishi Mirage. Também havia uma competição com este carro em Macau, mas nunca participei nessa prova, só no Japão.

Ao longo da sua carreira que carros gostou mais de conduzir?
Gostei muito de correr com o Toyota Celica e com o Mitsubishi Lance. Foram realmente carros com que gostei mesmo de competir. Também corri com um Ford Capri que me deixou boas memórias.

FOTO: Rómulo Santos

Deixou as corridas em 1989 e em 2000 assume um lugar na organização do evento. Qual é a tarefa mais complicada, ser piloto ou organizador?
Como piloto só é preciso focarmo-nos nas corridas, mas como gestor é necessário olhar para um panorama muito mais amplo. Temos de conhecer as opiniões dos pilotos, mas também perceber o ambiente das corridas, saber o que a organização pretende, quais os objectivos com as provas e ainda cumprir as directrizes da FIA. São experiências muito diferentes.

Assumo que a tarefa de organização seja mais difícil…
Eu não vou dizer isso porque eu gosto destes desafios. Gosto de ter um desafio para ultrapassar.

Desde que está envolvido, qual é a edição do Grande Prémio que foi mais bem sucedida?
Honestamente, não encaro o Grande Prémio em termos de edições positivas ou negativas. Não acho que tenha havido uma edição muito muito muito boa ou outra má. Vejo as corridas como um desafio e vejo esta equipa [da comissão organizadora], que tem muita dedicação e uma grande paixão pelo automobilismo, a trabalhar para responder a esse desafio e a dar o seu melhor para que as coisas corram bem.

Este ano vamos ver os novos Fórmula 3 em acção. Quem teve a iniciativa de trazer este modelo para Macau?
A mudança partiu da Federação Internacional do Automóvel [FIA], que sugeriu que o novo modelo estivesse em Macau já este ano. Mas a decisão só foi tomada depois de várias reuniões e discussões entre a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau [COGPM] e a FIA.

Este é um carro mais potente do que o anterior, o que coloca alguns desafios à organização…
Foi preciso fazer melhoramentos na pista. O Circuito da Guia tinha uma homologação de classe três da FIA e para recebermos estes carros foi preciso aumentar o nível para o dois. Foi um processo feito através dos estudos da FIA, que tem uma comissão para trabalhar na segurança dos circuitos. Estudaram-se todas as curvas do circuito e adoptaram-se as recomendações, que focaram a adopção de novos equipamentos de segurança, ou seja, aumentou-se a segurança do circuito, que acabou homologado com o nível dois.

A mudança acontece após o espectacular acidente da Sophia Floersch. Dificultou a escolha?
Sabemos que é sempre difícil evitar os acidentes nas provas de automobilismo. Portanto, o que se faz é estudar profundamente qualquer acidente que resulte das provas para, se possível, evitá-los ou minimizar os efeitos. Foi nesse sentido que aplicamos os pareceres da FIA para aumentar a segurança e nos próximos
anos vai ser este modelo de F3 em Macau.

Até hoje André Couto foi o único vencedor de Macau na F3. Quando é que este feito pode ser repetido?
Eu tenho sempre a esperança que os pilotos locais tenham bons resultados. Mas se tivermos em conta que Macau é um território pequeno, com poucos pilotos, acho que o facto de se chegar a este nível já é muito positivo. Nós gostávamos que houvesse vitórias, mas depende principalmente do trabalho árduo dos
pilotos.

O que quer dizer?
Gostávamos muito de ter outros pilotos como o André Couto, com esta experiência e qualidade. Mas isso depende de vários factores e dos esforço do próprio piloto. Como sabemos, o automobilismo exige muitos recursos financeiros e eu não acredito que haja lugar no mundo onde os pilotos sejam tão apoiados financeiramente como em Macau. Porém, o apoio do Governo e da AAMC tem limites, por isso tem de ser o piloto a conduzir o processo e a arranjar apoios financeiros. O Governo não pode financiar as carreiras dos pilotos a 100 por cento, eles têm de arranjar outros patrocínios.

Como encara que os pilotos estrangeiros consigam apoios das empresas locais, mas que o mesmo não aconteça com os pilotos de Macau?
É uma pergunta que não me compete responder. São escolhas das empresas, que têm a sua actividade comercial e decidem os pilotos que patrocinam de acordo com os seus interesses. Agora, quando se fala dos subsídios atribuídos pelo Instituto do Desporto [ID] parece-me que não existem as injustiças que muitas vezes se contam.  Acho que nenhum Governo atribui um subsídio maior a um piloto do que a outro quando estão nas mesmas condições.

Quanto à AAMC, como apoiam os pilotos locais?
Como os apoios financeiros partem do ID, o nosso apoio é mais na parte técnica, nas questões relacionadas com a interpretação dos regulamentos da FIA. Também disponibilizamos uma rede de contactos com outras associações para os pilotos interessados em participar em corridas fora de Macau. Existe um intercâmbio frequente entre a AAMC e outras associações que fazem parte da FIA.

No último ano, o presidente da COGPM colocou a hipótese da Taça do Mundo de GT sair de Macau. Este ano o número de inscritos subiu de 15 equipas para 17. É suficiente?
Consideramos que se tivermos mais de 15 equipas profissionais, que o número é consideravelmente aceitável. Estamos a falar de equipas profissionais, de topo, que têm outras alternativas e lugares onde podem correr. Por isso, no nosso entender este número muito próximo dos 20 carros é satisfatório.

Na Taça de Carros de Turismo de Macau os pilotos queixam-se porque não gostam que as classes 1.600cc Turbo e 1.9500cc ou superior estejam em pista ao mesmo tempo. Há planos para alterar os regulamentos?
Temos sempre em mente os pilotos. Esses regulamentos foram adoptados há alguns anos e sabemos que é bom mudar. Mas quando mudamos, temos de ter consciência de que há mais custos para os pilotos, que precisam de comprar outros carros. E a maior parte dos pilotos são amadores, não têm recursos para aguentar mudanças constantes nos regulamentos.

Ponderam criar uma corrida em Macau com o regulamento do Campeonato TCR Ásia?
É uma hipótese que está a ser considerada. Mas se houver mudança vai ser feita de forma gradual, ou seja, ao longo do anos, o que não impossibilitará os carros actuais de poderem correr.

A hipótese abre as portas para que mesmo o Campeonato TCR Asia venha a Macau…
Uma corrida com os regulamentos TCR Ásia permitiria convidar não só os pilotos locais, mas também outros pilotos asiáticos. Estamos até a estudar a possibilidade de Macau fazer parte desse campeonato. Mas isto tem de ser feito por fases. Primeiro, temos de ver se há interesse dos pilotos locais, que é o primeiro aspecto a ser considerado. Se estas mudanças foram implementadas talvez seja mais para 2022 ou 2023. Também temos de ver como se desenvolve o automobilismo nos próximos anos.

Isso faria com que tivesse de ser disputada uma outra corrida do Grande Prémio?
Sim, os carros com o regulamento TCR Ásia não iriam competir com os 1.600cc ou 1.950cc. Mas, primeiro o AAMC está a analisar se este tipo de viaturas interessa aos pilotos locais. Só numa segunda fase é que vamos comunicar com a COGPM, que tem a decisão final.

Há dois anos que o apuramento para a Taça de Carros de Turismo de Macau é realizado na pista de Zhaoqing. Antes era disputado em Zhuhai, poderá haver mudanças no próximo ano?
Em 2020 pode ser disputado numa pista diferente. É uma decisão que só vai ser tomada depois de Janeiro. Mas na selecção de uma pista temos em conta diferentes aspectos, como a proximidade, devido aos custos da logística, a existência de hospitais, hotéis, entre outros. Achamos que a rotatividade é importante para que os pilotos não se aborreçam e tenham uma experiência diferente.

Há alguma pista em mente?
Não, só vamos começar a estudar o assunto após o Grande Prémio de Macau, em Janeiro do próximo ano.

Anteriormente foi apresentado um plano para a expansão do edifício do Grande Prémio que nunca foi concretizado. Como estão os trabalhos?
Esta é uma pergunta que compete ao ID responder. Não tenho todos os dados para poder dar uma resposta.

Mas gostava de ter um edifício maior para trabalhar?
Claro que sim. Estamos num edifício construído em 1993 e desde esse período a sociedade sofreu muitas mudanças e uma grande evolução. Por isso, gostava que o edifício também fosse desenvolvido, porque mesmo as exigências das corridas – e Macau é um evento com muito valor para a FIA – também mudaram.

Agradecimentos à herança portuguesa
O presidente da AAMC fez questão de sublinhar a importância da Administração Portuguesa no que diz respeito ao Grande Prémio de Macau e à tradição do automobilismo. “Temos uma tradição muito longa e enraizada no desporto automóvel. É um aspecto em que temos de agradecer aos portugueses porque faz parte da herança e foi o desenvolvimento da prova que fez com que o interesse pela modalidade se desenvolvesse desta forma”, afirmou Chong Coc Veng, presidente do AAMC. “Naquela altura Portugal tinha eventos com nível mundial no automobilismo e trouxe essa experiência para Macau”, acrescentou.

14 Nov 2019

Grande Prémio | Sophia Floersch quer regressar a Macau

Sophia Floersch foi operada à coluna vertebral na semana passada depois de um aparatoso acidente no Grande Prémio de Macau, mas a piloto alemã está a recuperar e pretende voltar ao Circuito da Guia já em 2019. Floersch foi ainda nomeada Embaixatriz do Turismo de Macau pelos Serviços de Turismo

[dropcap]A[/dropcap] piloto alemã de F3 Sophia Floersch teve alta ontem, e regressou a casa depois da intervenção a que foi submetida à coluna vertebral, na sequência do aparatoso acidente na prova final do Grande Prémio (GP).

Em franca recuperação, a piloto pretende estar de volta às corridas, e especificamente ao GP de Macau, já no próximo ano. “Estou muito grata por estar aqui e ter uma boa recuperação. Estou a andar. Tenho que trabalhar nos próximos meses, mas com certeza voltarei a correr aqui no próximo ano”, disse Sophia Floersch ontem em conferência de imprensa realizada para actualização do seu estado de saúde.

De acordo com o chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital Conde de São Januário, Lau Wai Lit, a piloto, apesar de necessitar ainda de algum tempo para recuperar totalmente, irá estar em forma daqui a alguns meses. “Depois da cirurgia teve uma boa recuperação”, referiu Lau, e “já pode andar sozinha, mas a coluna ainda necessita de tempo para recuperar. Vai demorar alguns meses, mas não vai afectar a forma como andará no futuro”, assegurou o especialista.

Seis meses de fisioterapia foi o tempo necessário apontado pelo médico ortopedista Chan Hong Mou para uma recuperação plena, sendo que dentro de um ano Floersch poderá voltar às competições.

Circuito seguro

Questionada sobre se as condições do circuito local poderiam estar na origem do acidente que sofreu, a piloto alemã foi clara “foi uma questão de azar e foi um acidente que acontece uma vez na vida. Não há insegurança nesta pista” disse. A piloto destacou ainda que Macau é um circuito que “todos os pilotos adoram”.

O acidente protagonizado por Sopfia Floersch envolveu mais cinco pessoas. Entre as que ficaram sob os cuidados hospitalares, o comissário de pista teve alta na passada sexta-feira, e o fotógrafo continua internado mas “terá alta muito em breve”.

No final da conferência de imprensa de ontem a piloto alemã foi ainda distinguida como Embaixatriz do Turismo de Macau pela directora dos Serviços de Turismo Helena de Senna Fernandes. “Sophia Floersch tem uma boa impressão de Macau e por isso, queremos manter esta ligação e esperamos que ela nos ajude a promover o Grande Prémio e também o Turismo de Macau”, disse a responsável.

26 Nov 2018

Guia mantém WTCR mas deverá deixar de ser palco da finalissima

[dropcap]O[/dropcap] calendário de 2019 do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) ainda não foi anunciado, mas este deverá contar novamente com a presença do Circuito da Guia que, no entanto, desta vez não será a prova de encerramento de temporada.

Segundo o calendário provisório para a próxima temporada que tem circulado pelas equipas do mundial e a que o HM teve acesso, a última prova de 2019 deverá ser disputada na Malásia, no Circuito Internacional de Sepang. O evento será realizado no último fim-de-semana de Dezembro em concomitância com o Campeonato do Mundo de Endurance de Motociclismo e poderá ser realizado à noite, aproveitando o novo sistema de luzes instalado pelo ex-circuito malaio de Fórmula 1 este ano. A competição de duas rodas é também promovida pelo Eurosport Events, o promotor do WTCR.

Depois do sucesso da edição de 2018, a continuidade do WTCR no Circuito da Guia não parece estar em questão, tendo François Ribeiro, o CEO do Eurosport Events, garantido que “nós vamos voltar (a Macau) com uma grelha ainda mais competitiva”.

O calendário do WTCR deverá ser dado a conhecer depois do próximo Conselho Mundial da FIA que está agendado para o dia 5 de Dezembro, em São Petersburgo, na Rússia. Para além de Macau, o campeonato deverá manter as duas provas no interior da China, uma no circuito de Ningbo, e outra em Suzhou, no lugar do circuito citadino de Wuhan. Esta última prova é uma incógnita, visto que não há qualquer circuito permanente na cidade da província de Jingsu.

Portugal irá manter-se também no calendário, com a habitual jornada no Circuito de Vila Real, no mês de Julho e como última prova no continente europeu. O 66º Grande Prémio de Macau deverá ser disputado de 14 a 17 de Novembro.

Regresso de Farfus

Augusto Farfus, que no fim-de-semana passado conquistou a Taça do Mundo FIA de GT pela BMW, deverá ser um dos rostos do WTCR em 2019. Durante o Grande Prémio de Macau, a BMW Motorsport anunciou que o brasileiro irá deixar o campeonato alemão DTM. Segundo rumores do paddock, Farfus está de malas feitas para a Hyundai.

O construtor coreano que venceu o campeonato de pilotos com Gabriele Tarquini vai deixar de contar com Yvan Muller e Thed Bjork. A Cyan Racing aproveitou o Grande Prémio para anunciar que Muller vai acompanhar Björk na primeira campanha dos Lynk & Co 03 TCR no WTCR. O carro chinês desenvolvido pela Geely Group Motorsport na Suécia foi apanhado recentemente a testar no Circuito do Estoril, já com Muller ao volante. A marca chinesa ainda não confirmou quantas viaturas colocará no terreno no WTCR de 2019, mas Yann Ehrlacher, sobrinho de Muller, é um dos nomes apontados a um terceiro carro.

23 Nov 2018

Investigação ao acidente de Sophia Flörsch levará semanas, diz FIA

[dropcap]A[/dropcap] investigação ao acidente de domingo no Grande Prémio de Fórmula 3 de Macau, em que cinco pessoas ficaram feridas, “levará várias semanas”, disse hoje Charlie Whiting, director de corridas de Fórmula 1 da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

“É muito cedo para tentar estabelecer a causa. Nós sabemos porque [a piloto alemã Sophia Flörsch) perdeu o controlo do carro, mas temos que nos dar a uma análise muito mais cuidada”, disse Charlie Whiting à agência France-Presse.

Lançado a mais de 270 km/hora a quase 300 metros de uma curva em ângulo recto, a mais apertada do circuito de Macau, o monolugar de Sophia Flörsch bateu na traseira de um outro, que estava a desacelerar inesperadamente, e voou contra uma bancada com repórteres fotográficos e comissários de pista.

“Levará várias semanas para analisar os dados e as imagens do carro o mais cuidadosamente possível para determinar como os dois monolugares se tocaram, as consequências desse contacto, o que se passou e como”, disse Charlie Whiting.

O director da Fórmula 1 para a área de segurança acredita que as barreiras, mesmo partidas, diminuíram um pouco o ritmo do carro e a solidez da célula de segurança também protegeu a piloto alemã, de 17 anos, que foi submetida a um enxerto ósseo para reparar uma fractura na coluna vertebral.

O piloto do carro atingido, o japonês Sho Tsuboi, dois repórteres fotográficos e um comissário de pista também ficaram feridos na sequência do despista do monolugar da alemã Sophia Flörsch.

21 Nov 2018

Grande Prémio | Piloto Sophia Florsch diz que vai voltar

[dropcap]A[/dropcap] piloto alemã Sophia Florsch, que sofreu um violento acidente na curva do Hotel Lisboa no passado domingo, na corrida de fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, escreveu ontem uma mensagem nas redes sociais depois de uma operação à coluna.

“Sobrevivi a uma operação que demorou 11 horas e que foi bem sucedida. Espero que a partir de agora as coisas melhorem. Terei de ficar mais uns dias em Macau até conseguir ser transportada. Quero agradecer a todos os meus fãs pelas mensagens de apoio que só agora vou começar a ler”, começou por escrever.
Sophia Florsch disse ainda que as mensagens que recebeu nestes dias lhe deram “motivação e coragem”.
A piloto deixo também uma palavra de apoio aos restantes quatro feridos no acidente. “Os meus pensamentos estão também com todos aqueles que estiveram envolvidos no acidente. Espero que todos estejam bem.”

Os dois fotógrafos, o comissário de pista e o piloto japonês Sho Tsuboi também estão internados em observação, estando numa situação estável.

Tendo garantindo que “vai voltar”, Sophia Florsch agradeceu à sua equipa, bem como à equipa de salvamento da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A piloto agradeceu também às pessoas que lhe prestaram apoio nos primeiros minutos após o acidente.

“Houve pessoas muito simpáticas que ainda recordo. Obrigada pelo encorajamento e palavras de conforto nos primeiros minutos que estive no carro após o acidente. Os meus maiores agradecimentos para a equipa médica de Macau pelo tratamento profissional e amigável”, escreveu.

21 Nov 2018

TDM | Negados direitos sobre imagens do Grande Prémio

[dropcap]O[/dropcap] presidente da comissão executiva da TDM, Manuel Pires, afirmou ontem, em declarações à Rádio Macau, que a empresa não tem direitos sobre as imagens transmitidas durante as provas do Grande Prémio, apontando que “são propriedade da Comissão Organizadora”, a quem compete também decidir o que é emitido.

“A nossa cobertura faz-se mediante a prestação de serviços à Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. As provas e as imagens são propriedade da comissão, que determina que imagens coloca no ar. A TDM não tem qualquer direito sobre as imagens que são vistas durante as corridas. Os comentários feitos nas redes sociais são feitos, provavelmente, tendo como base um desconhecimento desta situação, porque as pessoas, como vêem as imagens a passar na TDM, julgam que é a TDM quem escolhe as imagens, mas não é isso que acontece”, disse, em reação às críticas por causa da ausência de imagens nomeadamente do acidente que envolveu a piloto alemã Sophia Florsch.

20 Nov 2018

FIA vai investigar acidente de piloto alemã no Grande Prémio

[dropcap]A[/dropcap] Federação Internacional de Automóvel (FIA) vai investigar o acidente que ocorreu durante o Grande Prémio de Macau em que o carro de Sophia Florsch voou contra as redes de protecção e causou cinco feridos. O anúncio foi feito pelo presidente do organismo Jean Todt, na madrugada de ontem, através de um comunicado no twitter.

“Depois do incidente de hoje [domingo] em Macau a FIA mobilizou-se para ajudar todos os envolvidos e analisar o que aconteceu”, começou por escrever o francês, que durante vários anos foi co-piloto em ralis. “Vamos acompanhar a situação e tirar as conclusões necessárias”, acrescentou.

O ex-director da equipa de Fórmula 1 Ferrari deixou depois uma mensagem de apoio para a piloto de 17 anos: “Todos os meus pensamentos estão contigo Sophia Florsch e com os outros acidentados. Desejo a todos uma recuperação saudável”, frisou.

Florsch saiu de pista a 276 quilómetros por hora na zona do Hotel Lisboa, após ter batido no carro do piloto indiano Jehan Daruvala, na recta que antecede a famosa curva. Como consequência o carro levantou voo, atingiu o monolugar do japonês Sho Tsuboi, foi contra as redes de protecção e acertou num posto elevado para os repórteres de imagem.

Na sequência do acidente a alemã de 17 anos fracturou a coluna, mas horas depois fez uma publicação no twitter a dizer que se encontrava bem.

Apoios da F1

Apesar da transmissão televisiva não ter mostrado as imagens do acidente nem das operações de salvamento, os vídeos feitos por pessoas nas bancadas acabaram por correr o mundo. A espectacularidade do acidente fez com vários pilotos da Fórmula 1 enviassem mensagens de apoio à acidentada.

“Os meus pensamentos estão com a Sophia Florsch, após o acidente em Macau. Vamos aguardar por notícias positivas. Mantém-te forte, Sophia!”, escreveu Fernando Alonso, piloto da Mclaren, no twitter.
Nico Hulkenberg, piloto da Renault e compatriota da jovem de 17 anos, também não deixou o acidente sem comentários: “Acabei de ver as imagens horríveis de Macau… Os meus pensamentos estão com a Sophia Florsch e os outros envolvidos. Mantenham-se fortes!”, afirmou o piloto alemão.

Já o monegasco Charles Leclerc, que no próximo ano vai ser piloto oficial da Ferrari, deixou igualmente os desejos de ter “boas notícias” sobre todos os envolvidos.

20 Nov 2018

Operação da piloto Sophia Floersch demorou nove horas. Sinais vitais estão estáveis

A piloto alemã é a acidentada que está na situação mais complicada, mas as indicações são animadoras. Comissário de Macau vai continuar internado cerca de quatro dias e depois terá alta

[dropcap]S[/dropcap]ophia Floersch foi operada ontem durante nove horas e a equipa médica do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) responsável pelo tratamento da jovem de 17 anos acredita que existem fortes possibilidades da piloto voltar a andar e até retomar a carreira. Nesta altura, ainda não há certezas, mas durante a operação a alemã mostrou sinais de mobilidade nos membros, está livre de perigo, pelo que as perspectivas são positivas.

O cenário foi traçado durante uma conferência de imprensa organizada ontem, pelo Serviços de Saúde, para fazer um ponto de situação sobre os feridos durante a 65.ª edição do Grande Prémio. Em relação a Sophia Floersch foi explicado que a piloto fracturou a vértebra cervical C7 e que foi necessário um disco para reconstruir a parte da coluna afectada pelo acidente, que aconteceu quando o carro da alemã seguia a mais de 276 quilómetros de hora.

“Durante a operação ela mostrou ter sinais de mobilidade nos membros. No futuro penso que poderá continuar com a carreira. Mas ainda não há garantias, porque apesar de poder haver sinais iguais, a recuperação varia de caso para caso”, disse Chan Hong Mou, médico consultor do Serviço de Ortopedia do CHCSJ. “Tem de ficar deitada durante algum tempo mas no futuro não terá grandes problemas, pensamos que poderá voltar a andar”, acrescentou.

O mesmo médico explicou também que para a alemã de 17 anos vai ser fundamental o tempo de recuperação e que depois ainda terá realizar fisioterapia, o que poderá acontecer já na Alemanha. De acordo com um comunicado emitido na manhã de hoje, os médicos prevêem que a piloto poderá estar ainda mais uma ou duas semanas em observação. O mesmo comunicado explica que os sinais vitais de Sophia Floersch estão estáveis e que os quatro membros de movimentam.

Decisões difíceis

Chan Hong Mou revelou também que a família teve de decidir se transportavam Floersch para a Alemanha para fazer a operação, ou se o tratamento era feito em Macau. No final, os riscos evolvidos no transporte, que poderiam causar ainda mais danos à saúde da piloto, levaram a que a operação fosse feita em Macau.

Além da equipa, Floersch tem sido acompanhada pelo seu pai.

Quanto ao comissário de pista de Macau, foi revelado que é do sexo masculino e tem 34 anos. O residente local partiu o maxilar direito e foi alvo de uma cirurgia plástica, mas não apresenta complicações e deve ter alta dentro de três ou quatro dias. Já o fotógrafo do Interior da China, de 25 anos, também vai continuar internado devido a uma hemorragia no fígado, mas não preciso de transfusões de sangue, pelo que o internamento se deve à necessidade de o manter em observação. Ambos não correm perigo de vida.
Em relação aos outros envolvidos no acidente, o piloto Sho Tsuboi já recebeu alta ontem. O mesmo aconteceu com o fotógrafo japonês, que tinha uma concussão na cabeça.


Raul Torras saiu do hospital

Ontem também foi feito o ponto da situação dos outros três pilotos de motos envolvidos em diferentes acidentes. As perspectivas da equipa médica são para que as carreiras dos três não sejam interrompidas. Quanto a Andrew Dudgeon, o homem das Ilhas de Man foi operado à Vértebra Lombar L2 e está a recuperar. Já Ben Wylie foi submetido a uma operação de sete horas, teve uma fractura no pescoço e está em observação. Finalmente Raul Torras, que tinha a clavícula e algumas constelas partidas, deixou ontem o hospital.

20 Nov 2018

Grande Prémio | Piloto Sophia Floersch na sala de operações desde manhã

[dropcap]O[/dropcap] Centro Hospitalar Conde de São Januário emitiu esta tarde um comunicado onde aponta que a piloto alemã Sophia Floersch, que sofreu ontem um acidente quando competia na prova de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, ainda está na sala de operações. A piloto sofreu uma fractura na coluna.

“A piloto alemã está a ser submetida a uma operação cirúrgica desde as 10h00. A operação ainda decorre”, pode ler-se. Esta tarde deverão ser fornecidas mais informações sobre o estado de saúde de Sophia Floersch após a operação, apontam os Serviços de Saúde de Macau. Na sua conta no Twitter, foi publicada uma mensagem em alemão onde se lê que a equipa médica “tem deliberadamente trabalhado devagar para evitar riscos”, sendo que a cirurgia “tem decorrido sem complicações”.

Sophia Floersch teve um acidente na curva do Hotel Lisboa que causou ferimentos a mais quatro pessoas: o piloto Sho Tsuboi, dois fotógrafos e um comissário de pista. Todos estão ainda em observação no hospital público.

19 Nov 2018

Grande Prémio | TDM acusada de não transmitir todas as imagens da competição

[dropcap]A[/dropcap] Teledifusão de Macau (TDM) não transmitiu as imagens do acidente protagonizado pela piloto alemã Sophia Florsch, tendo sido acusada por vários telespectadores, nas redes sociais, de não transmitir todas as imagens do circuito, onde se incluem alguns acidentes de pequena dimensão. A mesma situação aconteceu com a corrida de motos no sábado, em que o acidente nunca foi visto, mostrando apenas uma breve imagem dos dois motociclos no chão, junto à Curva dos Pescadores.

Ontem o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, disse que vai tentar perceber o que aconteceu. “Posso dizer que vou falar com os colegas e poderemos fornecer as informações, não há segredo. Não sei o que se passa, podemos dar imagens do acidente”, apontou.

Contactado pelo HM, Manuel Pires, presidente da comissão executiva da TDM, disse desconhecer quais são as imagens que não foram transmitidas e garantiu que não há qualquer política de restrição. Contudo, e a título pessoal, admitiu não gostar de transmitir acidentes. “Acho de mau gosto passar esse tipo de imagens. De cabeças partidas, de pessoas numa situação complicada. Há uns anos, quando o motociclista português [Luís Carreira] bateu, a imagem estava a passar em directo. Isso era evitável, mas nunca mais voltou a passar. É uma questão de respeito pela pessoa”, rematou.

19 Nov 2018