André Couto: “Vou dar o meu melhor, como sempre”

 

André Couto vai ser, pela segunda vez consecutiva, o único representante da RAEM na Taça do Mundo FIA GT do Grande Prémio de Macau. Desta vez, o piloto português do território conduz um Lamborghini Húracan GT3, com apoio de fábrica, e que apenas conhece de um dia de testes em Adria.

 

Mais uma vez, vai participar no Grande Prémio de Macau com um carro que praticamente desconhece.

Desde os tempos que corri aqui de Fórmula 3 que não corro em Macau com o mesmo carro que competi ao longo do ano. Foi assim quando fazia a Corrida da Guia do WTCC, é agora assim com os GT. Claro que isto é uma desvantagem muito grande, mas é algo a que já me habituei a lidar ao longo dos anos e das minhas participações na prova.

Mesmo assim ainda teve uma pequena oportunidade de ensaiar o carro em Itália.

Tive a oportunidade de realizar um dia de testes em Itália, com o carro de testes da Lamborghini, mas falta-me conhecer melhor o carro. Gostei do Húracan. Achei-o bastante bom no que respeita ao estilo de condução. Pareceu-me um carro ágil. Conheço muito bem o Circuito da Guia, se me adaptar ao carro depressa acredito que é possível andar bem desde início.

Que objectivos tem para esta corrida, sabendo de antemão que a concorrência são os melhores pilotos da especialidade?

Vou dar o meu melhor, como sempre. Mas muito vai depender do BoP (balanço de performance, na sigla inglesa) que for atribuído (pela FIA) ao nosso carro este fim-de-semana. Se o BoP for bom, então acredito que vai ser possível andar lá na frente com os Audi e os Mercedes, mas se for menos bom, obviamente que vai ser mais complicado. O ano passado, com o McLaren, éramos muito bons lá em cima, na montanha, mas perdíamos muito tempo nas rectas para os nossos rivais.

O que pensa da FFF Racing Team by ACM? É a equipa com quem correu o ano passado aqui e onde também fez uma corrida no GT Asia Series em 2015.

Conheço muito bem a equipa e sei com o que posso contar. É uma equipa nova, mas com muita ambição e com visão a longo termo. Contam com bons profissionais, fazem um bom trabalho e têm aspirações de vencer. É para isso que cá estão em Macau. O apoio da Lamborghini vai dar-lhes uma motivação suplementar e dá-nos uma oportunidade para lutar pelos lugares da frente.

 

17 Nov 2016

50º Grande Prémio de Motociclismo: Jubileu de ouro de muita classe

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau de Motos sopra as 50 velas e continua muito bem de saúde. Com o passar dos anos, a prova deixou de ser de suporte do programa e afirmou-se, sendo considerada a favorita por parte do público, segundo estudos feitos pela própria organização do evento.

A lista de inscritos está repleta da fina flor da modalidade e conta com, nada mais, nada menos, que cinco ex-vencedores da prova – Michael Rutter, Peter Hickman, Stuart Easton, Ian Hutchinson e John McGuiness. Todos eles fazem já parte da alma da corrida e todos eles são candidatos a mais uma vitória no sinuoso e imprevisível Circuito da Guia.

Se perguntarem quem são os candidatos ao triunfo a Rutter, que este fim-de-semana vai tentar vencer pela nona vez no Circuito da Guia, batendo um recorde que a ele pertence, o britânico irá responder-vos que “são os seus dois companheiros de equipa Peter Hickman e Stuart Easton, o Ian Hutchinson e o Gary Johnson”. As BMW S1000RR, especialmente as três douradas da BATHAMS/SMT Racing, são sem dúvida as motos do momento.

A BMW, que o ano passado se sagrou o primeiro construtor a vencer a Corrida da Guia e o Grande Prémio de Motos, tem “um claro pico de vantagem para as Honda e Kawasaki”, apesar de Rutter lembrar que “é preciso ter cuidado com a Ducati Panigale daquele jovem estreante irlandês Glenn Irwin”.

Hickman foi a surpresa do ano passado, ao vencer à primeira, mas o britânico de 29 anos teve de trocar à última hora de equipa, pois a sua anterior equipa, a GBmoto Kawasaki, desistiu de correr em Macau. Felizmente Hickman arranjou poiso na BATHAMS/SMT Racing e até um teste em Portimão para se ambientar a uma moto que não tripulava desde Novembro passado.

Easton e Hutchinson estão também no pico de forma, assim como Gary Johnson e Martin Jessopp, que terminou o ano passado no segundo lugar. E depois há a tal Ducati vermelha que é preparada pela Paul Bird Motorsport e que dispensa apresentações.

Portugal tem a menor representação em décadas na prova, cingindo-se a André Pires. O motociclista de Vila Pouca de Aguiar vai para a sua terceira participação na prova, após ter sido 13º classificado em 2013 e 20º classificado em 2015. Desta vez, o representante luso vai tripular uma mais competitiva Bimota, que apesar de não ser suficiente de ombrear com a maquinaria dos homens da frente, dá-lhe argumentos que não teve à disposição em provas anteriores.

Macau volta a não ter qualquer representante em prova, mas equipa local CF Racing Team 32 inscreve uma Yamaha para o sul-africano Allann-Jon Venter.

Destaque ainda para a presença do engenheiro Carlos Barreto, um filho adoptado do território, que continua à frente da direcção de corrida da prova de motociclismo mais desafiante e perigosa do continente asiático.

 

 

Ex-vencedores em prova

Michael Rutter (BMW) – 1998, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2011, 2012

Stuart Easton (BMW) – 2008, 2009, 2010, 2014

Peter Hickman (BMW) – 2016

Ian Hutchinson (BMW) – 2013

John McGuiness (Honda) – 2001

 

 

17 Nov 2016

Corrida da Guia Macau 2.0: Um título em disputa e Monteiro à espreita

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] o segundo e último ano da Corrida da Guia com os TCR. No ano passado tivemos duas corridas que foram inesquecíveis, com acidentes q.b. e a discussão do título do TCR International Series até praticamente à bandeira de xadrez. Este ano voltamos a ter a luta pelo título do TCR ao rubro, com quatro pilotos ainda habilitados a serem campeões.

O inglês James Nash, em SEAT, tem 17 pontos de vantagem sobre o ainda campeão em título Stefano Comini, em Volkswagen. No terceiro lugar, mas com mais 16 pontos de atraso, está o espanhol Pepe Oriola, companheiro de equipa de Nash na já campeã de equipas, a Craft-Bamboo Racing. A 39 pontos do líder está o francês Jean-Karl Vernay, no outro Volkswagen da Leopard Racing, o que quer dizer que Oriola e Vernay irão ter como missão primordial ajudar os seus companheiros de equipa, maia do que tentarem correr por um ceptro já muito difícil de conquistar.

No ano passado, Rob Huff provou que o Honda Civic é o carro a bater no Circuito da Guia. Gianni Morbidelli teve uma temporada de azares; caso contrário, hoje poderia estar a lutar pelo título. E ao lado do italiano vai estar o português Tiago Monteiro. “Macau é a minha pista favorita e quero cá voltar”, disse ao HM o portuense no final de 2014, quando o WTCC se despedia da RAEM. Monteiro cumpriu a promessa.

“O carro é fácil de conduzir e muito divertido, tal como muito competitivo. Portanto, foi uma honra e um enorme prazer quando fui convidado para me juntar ao TCR International Series aqui em Macau”. O piloto chega a Macau sem compromissos e qualquer pressão em termos de campeonato. “Sei que o nível do TCR International Series é bastante alto. Conheço a maior parte dos pilotos da frente, pelo que estou ciente que a tarefa que tenho pela frente será dura. Se conseguir ficar nos lugares da frente, ficarei contente, pois é esse o meu objectivo. Mas também sei que há um título em disputa e não quero interferir”, realça o ex-piloto de F1 que tem contra ele o facto de não conhecer tão bem o Honda Civic TCR como conhece o Civic WTCC que usa durante o ano no mundial da especialidade.

Monteiro detém o melhor resultado de sempre de um piloto português na Corrida da Guia, ao ter terminado na segunda posição na primeira corrida do WTCC em 2013, resultado que obviamente gostaria de superar. Se o conseguir, o piloto de 40 anos, que sempre se deu bem com os ares de Macau, tornar-se-á o primeiro piloto português a vencer esta corrida depois de, em 1993, Ni Amorim ter estado perto desse triunfo, se os pneus do BMW M3 que conduzia não tivessem sido cortados numa aparente manobra de sabotagem.

Michael Ho, em Honda, Kevin Tse, em Volkswagen, e o estreante Lou Hon Kei, em SEAT, serão os pilotos de Macau nesta corrida, sendo que apenas poderão ambicionar resultados na segunda parte do pelotão e marcar pontos para o TCR Asia Series.

Uma última nota para a presença controversa de seis carros provenientes do Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC) cujo verdadeiro andamento comparando com os 30 carros do TCR é uma incógnita a ser descoberta hoje às 11h25.

TCR International Series – Campeonato:

1. James Nash – 262 pt.

2. Stefano Comini – 245 pt.

3. Pepe Oriola – 229 pt.

4. Jean-Karl Vernay -223 pt.

5. Mat’o Homola -175 pt.

6. Gianni Morbidelli – 174 pt

17 Nov 2016

Taça do Mundo de F3 da FIA – Um teste à velha guarda

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] agora rebaptizada Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 (ex-Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 e que já se chamou ex-Taça do Mundo de F3) apresenta-se este ano com um figurino igual ao de anos anteriores, mas com uma áurea diferente. Barry Bland já cá não está e os pneus Yokohama foram trocados por uma incógnita que se chama Pirelli.

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) que tomou as rédeas da prova andou na Primavera a pregar que a F3 não era para graúdos, mas sim uma disciplina para formar jovens pilotos, mas acabou por se contradizer em Macau, abrindo a porta a uma série de “veteranos” e ex-vencedores que irão tornar este fim-de-semana ainda mais interessante.

Pela primeira vez, vamos ter em pista três ex-vencedores da corrida e um deles – Felix Rosenqvist – pode bater o recorde de número de vitórias na prova. Na sua sétima participação, o sueco voltará a representar a super equipa Prema PowerTeam – SJM Theodore Racing e não esconde que, “apesar de não querer por nenhuma pressão, o objectivo é vencer”.

António Félix da Costa e Dani Juncadella alinham pelo mesmo tom conservador com uma pontinha envergonhada de ambição. Nenhum dos três realizou qualquer corrida de F3 este ano, apenas dois dias de testes em Red Bull Ring.

Em melhor posição estão outros dois “veteranos”, Nick Cassidy, que fez temporada completa do europeu da especialidade como escudeiro do campeão e grande ausente este fim-de-semana Lance Stroll, e Alexander Sims que fez uma corrida do europeu para preparar esta prova, depois de uma época a conduzir BMWs da classe GT.

Como Stroll já começou a sua aventura na Fórmula 1, o estreante Maximilian Gunther, também ele piloto da Prema PowerTeam – SJM Theodore Racing, lidera a lista dos favoritos dos mais novos, onde consta uma série de esperanças do automobilismo britânico, como George Russell, Callum Ilott ou Lando Norris.

Quando se fala da corrida de Macau, não se pode descurar a presença do primeiro e segundo classificados do campeonato japonês da especialidade: Kenta Yamashita, com a poderosa equipa TOM’S, e Jann Mardenborough, um piloto promovido do mundo dos videojogos pela Nissan e PlayStation.

Apesar de Félix da Costa ser o único português em prova, o piloto de Cascais não é o único a falar português. O Brasil terá dois representantes em acção este fim-de-semana: Sérgio Sette Câmara e Pedro Piquet. Apoiado pela Red Bull e ao volante de um monolugar da equipa Carlin, como Félix da Costa, Câmara tem o recorde do Circuito da Guia ao volante de um F3. “A pista é sensacional, de rua com características de autódromo. Este fim-de-semana espero colocar em prática toda a experiência que adquiri em dois intensos anos de F3”, comenta o piloto de Belo Horizonte.

O outro “canarinho” em pista é Pedro Piquet, filho do ex-campeão do mundo de Fórmula 1, Nelson Piquet. Para Piquet, este primeiro ano na Europa “foi um ano de aprendizagem” e espera terminar a temporada com um “resultado positivo” num circuito que lhe é desconhecido.

 

Velha guarda

Nº1 Félix Rosenqvist (Dallara-Mercedes)

Nº3 Nick Cassidy (Dallara-Mercedes)

Nº9 Daniel Juncadella (Dallara-Mercedes)

Nº29 António Félix da Costa (Dallara-VW)

Nº30 Alexander Sims (Dallara-Mercedes)

 

Jovens lobos

Nº2 Maximilian Gunther (Dallara-Mercedes)

Nº8 George Russell (Dallara-Mercedes)

Nº16 Joel Eriksson (Dallara-VW)

Nº20 Callum Illot (Dallara-Mercedes)

Nº27 Sérgio Sette Câmara (Dallara-VW)

 

 

A difícil missão de Andy

Pelo terceiro ano consecutivo, Andy Chang Wing Chung é o único representante de Macau nesta prova. Este ano, o piloto do território – que em 2105 terminou num honroso 14º lugar –, apenas teve orçamento para realizar duas corridas no Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, com um Dallara NBE da Threebond with T-Sport e com resultados muito modestos. Contudo, a prova de Macau pode salvar a temporada para o piloto de 20 anos. “O Andy competiu neste evento nos últimos dois anos e esta experiência irá ajudá-lo este ano”, diz Russell Eacott, o chefe-de-equipa da T-Sport. O piloto da RAEM testou os novos pneus Pirelli em Silverstone antes da pequena equipa inglesa enviar o equipamento para Macau.

17 Nov 2016

É a FIA quem manda aqui

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stá aí mais um Grande Prémio de Macau, um motivo de orgulho para os locais que, ao longo de gerações, construíram um dos maiores, se não mesmo o maior, cartaz automobilístico do Sudeste Asiático. O 63º Grande Prémio será o primeiro sob a batuta da recém-criada Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM), com o Instituto do Desporto à cabeça, aproveitando o que absorveu à defunta Comissão do Grande Prémio de Macau e assessorado, na parte desportiva, pela Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC).

Se, em termos organizativos, nada de especial transpirou cá para fora, já o mesmo não se pode dizer em termos desportivos. Este início de funções da COGPM, que tem os mesmos 200 milhões de patacas de orçamento para o evento deste ano, tem sido atribulado.

Primeiro, o histórico Barry Bland bateu com a porta e a imprensa internacional, principalmente a de língua inglesa, não perdeu tempo para crucificar Macau e as suas gentes. A COGPM foi apanhada de calças na mão e não foi capaz de dar uma resposta construtiva a tempo e horas. Depois, foi a troca de pneus Yokohama pelos Pirelli na prova de F3, numa manobra da exclusiva responsabilidade da FIA e em que a inocente RAEM apanhou novamente por tabela, sem saber mais uma vez defender-se na praça pública. Por fim, nos bastidores, é cozinhada a saída do TCR International Series da Corrida da Guia no final deste ano e, para não variar, a resposta da COGPM foi um mutismo frouxo.

João Costa Antunes já cá não está, pelo menos numa função tão visível. Gostasse-se ou não da personagem, uma coisa é certa: dava o corpo às balas e não se escondia atrás de ninguém. Não era um homem dos automóveis mas, ao fim de décadas à frente do evento, aprendeu como o sistema funcionava e sabia como jogar nos bastidores.

Agora, o homem do leme é o presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, que, pelas entrevistas já dadas, pouco sabe da matéria-prima do evento, está a tentar aprender e refugia-se em respostas evasivas quando o assunto não domina. Pun está assessorado, em termos desportivos, pelo AAMC, uma associação envelhecida que sempre se pautou por uma postura austera, fechada, adversa à imprensa e a qualquer tipo de opinião do exterior. Também ela, para fugir a qualquer responsabilidade gorda, se esconde atrás de alguém – neste caso dos homens das camisas azuis e sotaque francês.

Bland é há muito uma “persona non grata” pela FIA de Jean Todt. Saiu Bland e a FIA deu um rebuçado a Macau, chamou “Taça do Mundo” à corrida de F3, algo que, a bem da verdade, não traz nenhuma mais-valia à corrida, mas que fica bem na fotografia. Lotti, outra “persona non grata” na Praça da Concórdia, e o seu TCR estão de saída e o FIA WTCC parece que é novamente bem-vindo a Macau. Em 2017, as três maiores corridas de automóveis do Grande Prémio de Macau poderão estar entregues à FIA e aos seus desejos. Ficam à mercê do AAMC duas corridas de suporte, apenas duas, a Macau Road Sport e a Taça CTM. Isto porque a Taça da Corrida Chinesa só visita o Circuito da Guia porque “outro valor mais alto se levanta”, como diria o poeta.

No meio disto tudo, salve-se o 50º Grande Prémio de Motociclismo que, parecendo passar pelos pingos da chuva, festeja um Jubileu de Ouro em plena forma. Num circuito pensado para corridas de automóveis, a única corrida de motociclismo de velocidade de estrada no continente asiático continua de boa saúde e este ano apresenta-se como uma das corridas mais interessantes de seguir. Não é por acaso que é a corrida favorita do público.

Mas como o que realmente importa para o espectador e será lembrado daqui a 50 anos são os episódios que se passarão nestes próximos quatro dias dentro de pista, vamos todos torcer para que o São Pedro também ajude e que a 63ª edição seja memorável pela positiva, por todos aqueles que anonimamente tornam este evento possível todos os anos, e por todos os que hoje e no passado lutaram e lutam para o que o Grande Prémio de Macau chegasse ao patamar de reputação em que hoje está.

17 Nov 2016

Trânsito | Grande Prémio provoca alterações já a partir de amanhã

Em contagem decrescente para mais uma edição do Grande Prémio de Macau, os Serviços para os Assuntos de Tráfego dão a conhecer as medidas que se aplicam ao trânsito e as alterações nos autocarros. Há 43 carreiras que têm percursos diferentes nos próximos dias

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]o que obriga um circuito citadino: todos os anos, com a chegada do Grande Prémio de Macau (GPM), há que repensar o trânsito dentro e fora da Guia. Ontem, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) deu a conhecer as alterações previstas para os próximos dias, que implicam, desde logo, a mudança provisória os itinerários de 43 carreiras de autocarros.

De quinta-feira a domingo, as carreiras 1A, 3, 3A, 10, 10A, 10B, 10X, 12, 28A, 28B, 28BX, 32, AP1 (em direcção ao Aeroporto) e N1A deixam de parar no Terminal Marítimo do Porto Exterior. Em alternativa, os passageiros poderão optar por duas carreiras (12X e 31), sem terem de pagar, para se deslocarem entre o terminal marítimo e a Praça de Ferreira do Amaral, ou entre o terminal marítimo e o Fórum. O serviço da carreira H2 será também suspenso.

Para aliviar a pressão viária em algumas vias, explica a DSAT, deixará de se efectuar escalas nas paragens “Campo Desportivo Mong-Há” e “Centro Actividades Turísticas”. As carreiras 8 e 28C não vão passar pela Travessa da Amizade, mas sim pela Rua de Malaca em direcção à Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, suspendendo-se a paragem “Jai Alai”. O terminal destas carreiras mudará temporariamente para a paragem provisória do Fórum.

Além das carreiras 5, 5X, N1A e N2, foi mudado o circuito das carreiras 1A, 3, 3A, 8, 10, 10A, 10B, 10X, 12, 23, 28A, 28B, 28BX, 28C e 32 que passarão pela paragem “Av. R. Rodrigues/Hotel Nam Yue”, mas nela não efectuarão escala. Na paragem “Ouvidor Arriaga /Xavier Pereira”, as carreiras 1A, 3A, 10, 10B e 17 irão passar mas não fazem escala, ao passo que as carreiras 16, 28B, 28BX, AP1 e N1B vão efectuar escala. Além da carreira 32, as carreiras 1A, 3A, 10, 10B, 17, 28B, 28BX e N1B vão passar pela “Est. do Reservatório”, mas não efectuarão escala.

A DSTA explica que, para que os residentes fiquem a par do ajustamento do circuito das carreiras durante a realização do GPM, as operadoras do serviço de transportes públicos vão afixar os avisos nas paragens em causa. Além disso, os Assuntos de Tráfego vão mobilizar pessoal para várias paragens e vias para prestar apoio aos passageiros, e deixam um conselho aos residentes: devem planear o percurso que vão fazer, sair de casa mais cedo e optarem por andar a pé “ou em outros meios de transporte público”.

Mudanças ao volante

Vão ser ainda implementados alguns condicionamentos provisórios em várias vias de Macau. O troço da Rua Cidade de Sintra, entre a Praça de Ferreira do Amaral e a Avenida 24 de Junho, situada a sul do jardim das Artes, passará a efectuar-se em dois sentidos de circulação, das 10h de quarta-feira às 19h de domingo. Ao mesmo tempo, ficarão vedadas ao trânsito as duas faixas centrais para inversão de marcha, existentes no lado oposto à Rua de Cantão e junto à Praça de Ferreira do Amaral. O troço da faixa direita da Avenida de Marciano Baptista, junto ao Fórum de Macau, ficará demarcada ao uso de autocarros, das 20h de quarta-feira à 01h da madrugada do dia 21, segunda-feira.

Amanhã, a partir das 21h, e até às 18h de domingo, o viaduto da Estrada da Bela Vista passará a processar-se em dois sentidos de circulação e será invertido o sentido de circulação no troço da Estrada da Bela Vista, entre o Edifício Fok Hoi e o viaduto da Estrada da Bela Vista, ou seja, os veículos poderão passar pelo Edifício Fok Hoi em direcção ao viaduto da Estrada da Bela Vista.

O troço da Estrada de Ferreira do Amaral, entre a Rua de São João Bosco e a Estrada de D. Maria II, passará a efectuar-se em dois sentidos de circulação. Por sua vez, a execução do corredor exclusivo para transportes públicos na Avenida de Almeida Ribeiro, durante os feriados e domingos, será suspensa no domingo: os veículos poderão circular normalmente entre a Rua Central e a Rua dos Mercadores.

15 Nov 2016

Grande Prémio de Macau | TCR vai embora e WTCC deverá regressar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Corrida da Guia deixará de pontuar para o campeonato TCR International Series a partir do próximo ano. Mas as novidades podem não ficar só por aqui. O Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC), que em 2014 se despediu de Macau, deverá estar de volta já em 2017.

O calendário provisório para a temporada de 2016 do campeonato TCR International Series já circula entre as equipas e o Circuito da Guia não consta desse rascunho. O regulamento técnico do TCR serviu para colmatar o vazio deixado pelo WTCC em 2015 na Corrida da Guia, quando o mundial de carros de turismo rumou a outras paragens. O ano passado e novamente este ano, a Corrida da Guia será pontuável para os campeonatos TCR International Series e para o TCR Asia Series, no entanto, este ano a corrida não se cinge apenas aos concorrentes dessas duas competições como em 2015. Dos 36 inscritos da “Corrida da Guia Macau 2.0T Suncity Grupo”, apenas 25 carros são provenientes dos dois campeonatos TCR. Há 5 concorrentes convidados, com viaturas que seguem o regulamento TCR, e 6 outros concorrentes provenientes do Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC), uma competição com uma regulamentação técnica bastante diferente, o que terá gerado algum mal estar.

A organização do campeonato liderado por Marcello Lotti, ex-promotor do WTCC, ainda não fez nenhuma comunicação oficial sobre o assunto. Contudo, segundo o que apurou o HM, a “oportunidade de terminar a temporada de 2017 com a Fórmula 1” e a “alteração da regulamentação da corrida”, que abriu a porta à participação de outro tipo de viaturas, como aquelas provenientes do CTCC e do homologo britânico, sendo que deste último campeonato nenhum arriscou uma visita à RAEM, terão dado motivação à organização do TCR International Series para abdicar daquele que era o “cabeça de cartaz” do seu calendário a par com a corrida nocturna no Grande Prémio de Singapura no fim-de-semana da Fórmula 1. Macau poderá ser mesmo substituído pelo circuito de Monte Carlo no Mónaco, no calendário de 2017 do TCR International Series.

De acordo com as fontes ouvidas pelo HM, o fim desta ligação “TCR-Guia” abriu as portas ao regresso WTCC, o principal campeonato de carros de turismo da Federação Internacional do Automóvel (FIA),  isto numa altura em que novel Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau e a federação internacional andam de mãos dadas. A FIA manteve a Taça do Mundo de GT no território e deu o estatuto de Taça do Mundo também à prova de Fórmula 3, o que torna o Grande Prémio de Macau o único evento que engloba duas Taça do Mundo FIA num só fim-de-semana.  Caso consiga reintroduzir o WTCC em Macau, a FIA dará um bónus a um campeonato que passa por dificuldades visíveis e que precisa de todo o tipo de ajudas para se renovar.

Volta que estás perdoado

Após dez anos consecutivos com muitas histórias para contar, o WTCC despediu-se em 2014 de Macau, uma resolução que não foi do agrado das equipas e pilotos, nem sequer do promotor do evento. François Ribeiro, o responsável máximo da Eurosport Events, a empresa que tem os direitos de promoção do WTCC, disse na altura que o “WTCC amadureceu durante os seus dez últimos anos” e que a sua organização decidiu procurar novas alternativas, em novos palcos, onde “seja possível abrir novos mercados, ter melhor horários televisivos e estarmos mais próximos da nossa base, permitindo o regresso mais rápido à Europa”. O dirigente francês gostaria que as duas corridas do WTCC fossem realizadas no sábado à tarde, ocupando o lugar actualmente da corrida do Grande Prémio de Motos no programa, pois, em termos de transmissão televisivas para o continente europeu, serviria melhor os seus interesses. Sem espaço em Macau, o WTCC rumou ao Catar, onde realiza uma prova nocturna de encerramento de temporada que não tem nem metade de resplendor que tinha a visita anual ao território. O campeonato gerido pela Eurosport Events está a viver um período difícil. A Citroen e a LADA estão de partida, deixando apenas a Honda e Volvo como únicas equipas de fábrica presentes. Esta temporada o WTCC teve sempre inúmeras dificuldades em reunir mais de duas dezenas de concorrentes e tudo indica que voltará a passar por dificuldades para juntar mais de dezena e meia de participantes em 2017.

Instado a comentar sobre o assunto, François Ribeiro não confirmou, nem negou a vontade do WTCC em regressar às ruas do território. “Nós nunca dissemos que não queríamos regressar à Corrida da Guia que foi, e que continua a ser, uma das corridas icónicas da Ásia, e que sempre dá sempre deu boas-vindas à exposição mediática internacional”, disse Ribeiro.

7 Nov 2016

Tiago Monteiro falou do regresso à Guia

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]iago Monteiro será o único representante português na edição deste ano da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau. O ex-piloto de Fórmula 1 falou pela primeira vez sobre o desafio que irá ter pela frente nas ruas da RAEM, onde irá tripular um Honda Civic TCR nº81 da equipa sueca WestCoast Racing.

Monteiro voltou a reafirmar que Macau é “um dos locais favoritos” para correr e que sempre teve “gosto em correr de Fórmula 3  e carros de turismo”.  Após ter competido primeiro de Fórmula 3 no Circuito da Guia, na altura como vice-campeão francês da especialidade, o portuense foi presença regular neste evento quando o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) visitava Macau. Aliás, é uma má memória na última participação no território que dá uma motivação extra ao actual piloto oficial da Honda.

“Tenho uma questão pendente,  já que da última vez que lá estive (em Macau) estava a liderar a corrida a três curvas do fim, quando um problema mecânico me obrigou a abandonar. De certeza que quero algum tipo de vingança”, admite o piloto de 40 anos que é o actual terceiro classificado no WTCC.

Tal como em 2015, este ano a Corrida da Guia irá marcar pontos para o campeonato TCR International Series, competição que tem atraído vários ex-pilotos do WTCC, como Pepe Oriola, James Nash ou Gianni Morbidelli. Apesar de não ter qualquer tipo de pressão para obter resultados, pois não tem qualquer interesse nas contas do campeonato, Monteiro reconhece que não será fácil ombrear com os melhores pilotos deste campeonato  internacional de carros de turismo, sabendo em antemão que o conhecimento da viatura por parte da concorrência é muito maior que o seu.

“Eu sei que o nível do TCR International Series é bastante alto. Eu conheço a maior parte dos pilotos da frente, portanto estou ciente que a tarefa que tenho pela frente será dura, especialmente porque eles completarão uma temporada inteira com os seus carros. Se eu conseguir ficar na frente, ficarei contente pois é esse o meu objectivo”, realça Monteiro, que afirma ainda que “antes de tudo, eu pretendo desfrutar e dar meu máximo, como é habitual”.

Tiago Monteiro detém o melhor resultado de sempre de um piloto português na Corrida da Guia, ao ter terminado na segunda posição na primeira corrida do WTCC em 2013, resultado que obviamente gostaria de superar.

3 Nov 2016

Álvaro Mourato bastante realista para o Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]Á[/dropcap]lvaro Mourato é um dos pilotos do território mais conceituados nas corridas locais de carros de turismo. Contudo, este ano o piloto macaense não acredita que será fácil levar o seu Peugeot RCZ à posições de primazia no Grande Prémio de Macau.  Antes de enviar o carro de construção francesa para Macau, Mourato esteve a testar, como a maioria dos pilotos do território que participarão na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, no circuito vizinho de Zhuhai. Estes foram os últimos preparativos antes da grande corrida do mês de Novembro. “Tive alguns problemas electrónicos e problemas sobreaquecimento no carro durante o campeonato de Macau de Carros de Turismo, o MTCS, e tive que fazer umas alterações antes do Grande Prémio”, clarificou ao HM o piloto do território.

A Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, mais conhecida apenas por “Taça CTM”, não é uma das corridas “cabeça de cartaz” do programa de provas do Grande Prémio, mas mais de duas décadas de história tornam-na numa das corridas mais simbólicas de carros de turismo do sudeste asiático.

Este ano, a “Taça CTM” volta a reunir um bom leque de condutores asiáticos da especialidade e vários participantes da RAEM. Para a edição de 2016, Mourato espera “ser classificado entre os melhores 70% dos concorrentes de Macau”. Este objectivo é aparentemente modesto para quem é um ex-vencedor da saudosa Taça Hotel Fortuna, mas permite-lhe assim manter o indispensável subsidio para as provas fora do território da Fundação Macau no próximo ano. O espírito combativo de Mourato é reconhecido no paddock e certamente todos gostariam de o ver a lutar pelos lugares cimeiros numa corrida em que os pilotos de Hong Kong, mais abonados, gozam actualmente de uma certa hegemonia. “Não posso dizer que é 100% impossível (lutar pelos lugares cimeiros), pois tudo pode acontecer durante uma corrida, mas posso dizer que será quase impossível ir ao pódio”, afirma o piloto do Peugeot nº20 inscrito pelo Team Endless.

A regulamentação técnica em vigor nesta corrida é apenas utilizada nos campeonatos de Hong Kong e Macau. Isto quer dizer que os pilotos têm que adquirir um automóvel equipado com um motor 1.6 litros turbo na sua versão de estrada e depois adaptá-lo à regulamentação e evolui-lo, o que acarreta custos altíssimos. “Esta categoria de 1.6T é cada vez mais para as equipas profissionais e não para nós; equipas de amigos e não profissionais”, explica Mourato. “Para conseguires chegar ao nível da Teamwork Motorsport, que coloca quatro carros para pilotos como o Paul Poon ou Samson Fung, é quase impossível! Eles têm uma equipa profissional por traz a trabalhar a tempo-inteiro e a preparar os carros deles! Eles pagam para o campeão do mundo dos carros de turismo, o Rob Huff, testar-lhes os carros!”

Mourato recorda com alguma saudade a categoria N2000, que servia de espinha dorsal à Taça Hotel Fortuna e cujos custos de participação eram bem mais simpáticos para aqueles que participam nas corridas com orçamentos limitados.  Tal como muitos outros pilotos do território, Álvaro não nega que gostaria de ver um dia novamente no evento do Circuito da Guia “uma corrida de carros de turismo em que RPMs máxima dos motores fosse controlada, o tamanho do turbo também e uma só marca dos pneus…”

Sem Malásia

Nos últimos anos Mourato vinha sendo uma presença assídua no campeonato “Malaysian Super Series “, na categoria de carros de turismo, no entanto, este ano o piloto da RAEM foi forçado a ficar de fora. Devido às obras realizadas no Circuito de Sepang, para a recepção à Fórmula 1, o calendário de provas do campeonato organizado pelo circuito malaio foi anunciado mais tarde no ano, o que inviabilizou o projecto do piloto da terra.  “A data limite de entrega do pedido de subsidio de 2016 forçou-me a desistir. Tínhamos que entregar o pedido antes de 29 de Fevereiro e era impossível confirmar tudo tão cedo! Para não ter problemas, decidi não fazer este campeonato”, reconhece Mourato, que no entanto, admite que competir no “Malasyan Super Series” lhe permitia “ganhar mais ritmo de corrida e o ajudava, como piloto, a preparar melhor a participação no Grande Prémio“.

28 Out 2016

Félix da Costa está de regresso ao Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Carlin anunciou ontem que o português António Félix da Costa irá regressar à corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O vencedor da edição de 2012 junta-se assim ao sueco Felix Rosenqvist e ao espanhol Dani Juncadella como ex-vencedores da prova que este ano regressarão a uma corrida que ganhou este ano o estatuto de Taça do Mundo FIA.

O piloto português recebeu um convite inesperado de Trevor Carlin e depois do aval da BMW Motorsport, com quem tem contrato, Félix da Costa aceitou o desafio de voltar a conduzir Dallara-VW da equipa inglesa num dos seus circuitos favoritos. “Macau é um lugar especial, é apenas condução pura. A adrenalina que sentes a conduzir entre paredes é algo que não sentes noutro lado qualquer”, disse o piloto luso.

O piloto de Cascais representou a equipa oficial da BMW no campeonato alemão de turismos DTM este ano e tem participado no campeonato de carros eléctricos Fórmula E. A última corrida de Félix da Costa de Fórmula 3 foi precisamente em Macau há três anos quando terminou a corrida no segundo posto, apenas atrás de Rosenqvist. Portanto, sem ter o ritmo na disciplina dos seus adversários, Félix da Costa confessa que “a verdade é que não tenho nada a ganhar em voltar a Macau, mas quando recebi este convite da organização e o telefonema do Trevor Carlin não consegui dizer que não, vou voltar sobretudo pela paixão que tenho por esta corrida. Além disso vou encontrar alguns pilotos que conheço bem e que também já ganharam o Grande Prémio de Macau, além de novos talentos da Fórmula 3 que se querem mostrar.”

Entretanto António encontra-se na Áustria numa sessão de dois dias de testes de Fórmula 3 em Red Bull Ring, isto de forma a ambientar-se novamente a um carro que já não se senta há mais de dois anos.

Félix da Costa foi o segundo piloto português a vencer a corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, repetindo o feito de André Couto em 2000.

Brasileiro na equipa

A boxe da Carlin falará mais português nesta edição do Grande Prémio do que é habitual. A equipa inglesa também anunciou que irá contar com o serviços do brasileiro Sérgio Sette Câmara. O piloto “canarinho” da Red Bull Junior Team irá ocupar o lugar do chinês Peter Li Zhi Cong que sofreu um violentíssimo acidente na prova de Red Bull Ring e ainda não recuperou totalmente das lesões sofridas, tendo desistido de participar na prova da RAEM. Apesar de não ser um nome sonante do automobilismo brasileiro, nem este ano ter impressionado no Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, Câmara é o piloto que tem a melhor volta ao Circuito da Guia de Fórmula 3, obtida o ano transacto, na sua estreia na RAEM.

“Macau é definitivamente a corrida de Fórmula 3 mais esperada da época. A atmosfera é espectacular e o prestígio que ganhas ao vencer a corrida faz com que todos façam dêem o seu melhor”, disse o brasileiro que parte confiante para o desafio que tem pela frente. Os “rookies” britânicos Jake Hughes e Lando Norris completam a equipa.

25 Out 2016

Corrida da Guia ainda faz parte do imaginário dos pilotos portugueses

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de em 2015 ter estado representado pelo jovem Francisco Mora e pelo piloto local Rodolfo Ávila, a edição deste ano da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau voltará a ter representação portuguesa, neste caso através do experiente Tiago Monteiro. O ex-piloto de Fórmula 1 e actual piloto oficial da Honda no mundial de turismos (WTCC) vai conduzir um Civic TCR na prova da RAEM e é um candidato nato aos lugares cimeiros de uma corrida que conhece bem e na qual até já subiu ao pódio. O piloto portuense nunca escondeu a sua paixão pelo Circuito da Guia e fê-lo saber uma vez mais num tweet quando a sua participação deste ano foi anunciada: “eu adoro este circuito…há circuitos citadinos e depois há Macau…”

A presença de Monteiro nesta corrida dá continuidade a uma tradição lusitana ou não fizesse a Corrida da Guia parte do imaginário dos pilotos portugueses de velocidade. Ainda no tempo da administração portuguesa do território, nomes sonantes do automobilismo nacional como Ni Amorim, Jorge Petiz, Manuel Fernandes, Carlos Rodrigues ou Miguel Ramos viajaram até Macau para correr naquela que é ainda é hoje considerada a mais emblemática prova da especialidade no Sudeste Asiático. Com eles trouxeram histórias e avultaram o nome de uma corrida que era seguida fora de horas  atentamente por muitos em Portugal através da RTP. A Corrida da Guia ainda desperta interesse nos pilotos portugueses de carros de turismo e hoje, em que os regulamentos da prova são similares aos dos campeonatos nacionais europeus, incluindo o de Portugal, são vários aqueles que ponderam correr no território nos anos vindouros.

Um dos prováveis pilotos a embarcar numa aventura a Oriente é Fábio Mota, que tem já um sólido currículo internacional em provas de GT e Turismo. “Neste momento, estou centrado na Taça Europeia FIA de Carros de Turismo – ETCC, que usa carros semelhantes aos do TCR International Series, mas um dia espero ir até Macau e conhecer o Circuito da Guia”, disse o piloto de Vila Nova de Gaia ao HM.

“Desde pequeno que gosto muito do Grande Prémio de Macau. Cresci a ver as corridas na televisão nas madrugadas de Portugal a torcer pelo André Couto que tem sido uma presença constante e, quando comecei a minha carreira no karting, sempre foi um desejo meu um dia ir ao Circuito da Guia e participar na prova. É um dos traçados mais selectivos do mundo e, depois de ter corrido no Nordschleife e em Spa-Francorchamps, a vontade de correr lá tornou-se ainda mais intensa”, explica o piloto do SEAT Léon TCR amarelo do ETCC.

Outro piloto que pondera um dia correr no Grande Prémio de Macau é Gustavo Moura. “Correr em Macau é um objectivo para mim”, disse ao HM o piloto portuense que este ano defende as cores da equipa Ventilações Moura Laser no Campeonato Nacional de Velocidade – Turismos. “Penso que para já é um pouco cedo na minha carreira para pensar nisso, mas no futuro era uma prova que gostaria de realizar. Gosto muito de circuitos citadinos e pelo que ouço dizer, o Circuito de Guia é o mais exigente do mundo deste tipo de traçados. É sem dúvida uma prova que está no meu horizonte, seria a concretização de um desejo”, explicou Moura que até já recebeu este ano uma proposta de uma equipa estrangeira para participar no evento do território.

19 Out 2016

GP Motos | Só André Pires se classifica entre os portugueses para 50ª corrida

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Grande Prémio de Motos de Macau assinala este ano a 50ª edição mas, em ano de festa, a representação portuguesa na corrida de duas rodas mais emblemática do sudeste asiático é a mais pequena dos últimos anos. André Pires será o único motociclista luso à partida na edição deste ano, isto depois de Portugal ter estado representado por dois ou até três motociclistas em edições anteriores.
A presença da representação lusitana está todos os anos pendente do número de convites que as entidades de Macau endereçam à Federação Motociclismo Portugal (FMP). Em Março, o Coronel Armando Vieira Marques, Director-Geral e Membro da Comissão de Velocidade da FMP, tinha afirmado ao HM que gostaria de manter a quota das edições passadas, de dois pilotos, algo que foi impossível.
“Este ano a representação lusa fica apenas a cargo do André Pires pois é único piloto nacional que cumpre com os requisitos impostos pela organização do Grande Prémio de Macau”, esclareceu ao HM o Coronel Armando Vieira Marques.
Pires e Nuno Caetano foram nos dois últimos anos os únicos motociclistas lusos na corrida. Porém, Caetano, que o ano passado se viu privado de participar na corrida do Circuito da Guia devido a uma lesão na clavícula, após se ter qualificado na 30ª posição, anunciou em Fevereiro o abandono das pistas. No regulamento do Grande Prémio de Motos de Macau existe um critério de selecção onde é considerada a experiência em corridas do mesmo estatuto do Grande Prémio em duas provas, nos dois anos anteriores, 2014 e 2015, “principalmente na North West 200 (NW200), na Isle of Man Tourism Trophy (IOM TT) e no Grande Prémio do Ulster (UGP)”.
Sendo assim, após o abandono de Caetano, Pires é actualmente o único motociclista luso com currículo para alinhar na prova do território. “Será uma honra estar novamente no meio de grandes pilotos e numa prova de grande valor histórico como o 50º Grande Prémio de Macau”, escreveu o piloto apoiado pelo município de Vila Pouca de Aguiar na rede social Facebook. “Este ano tenho a oportunidade de ir com a fantástica Bimota BB3 pela Bimota UK”, salientou também Pires, que confirmou ter já “testado em Inglaterra”, considerando que esta é “sem dúvida uma grande mota com acabamentos de classe”.

Robert Huff fora da Guia

A Corrida da Guia 2.0T vai ser mais pobre este ano. Os regulamentos deixaram de fora o piloto recordista de vitórias na prova, Rob Huff, vencedor desta corrida por oito ocasiões, uma delas o ano passado. Huff viu a sua inscrição na prova recusada pela organização.
O ex-campeão do mundo de carros e piloto oficial da Honda no Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) não cumpriu o critério que obriga a que todos os pilotos inscritos na Corrida da Guia 2.0T tenham obtido uma classificação em pelo menos uma prova de carros de turismo com motorizações 2 litros turbo. As viaturas do WTCC usam motores 1.6 litros turbo.
Huff, que nos fins-de-semana do WTCC conduz um Honda Civic TCR para convidados, ficou indignado com a decisão, até porque já tinha contrato com a equipa para correr novamente com um Honda, bilhetes de avião pagos e reservas de hotel. “É muito frustrante e uma situação tonta que eu nunca tinha ouvido antes”, disse Huff ao site anglo-sueco TouringCarTimes.

12 Out 2016

Rosenqvist é cabeça de cartaz do Grande Prémio de F3

Felix Rosenqvist é o cabeça de cartaz da edição deste ano do Grande Prémio de Macau, que decorre entre 17 e 20 de Novembro. O piloto sueco volta para tentar bater um recorde e ser o primeiro tricampeão na Fórmula 3. Apesar da ausência do campeão europeu, a organização diz esta será uma das melhores corridas de sempre, indica a rádio Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] edição deste ano do Grande Prémio Fórmula 3 de Macau soma já duas notícias de última hora. Além da passagem de testemunho para a Federação Internacional do Automóvel (FIA), esta semana soube-se que o campeão europeu de Fórmula 3, Lance Stroll, não vem a Macau por ter “outros compromissos”.
A emissora frisa ainda que Frédéric Bretrand, director da FIA, garante que a corrida deste ano será tão boa ou até melhor do que as anteriores porque há mais carros do que nunca e os melhores entre os melhores marcam presença.
“Em relação a Lance [Stroll], lamentamos que não esteja aqui. Mas julgo que tem outras questões para resolver e desejamos-lhe o melhor futuro. A lista de participantes é fantástica. Quando se vê o número de pilotos que estão a voltar depois de já terem ganho a corrida uma vez…Só querem estar aqui mais uma vez por causa deste título de Taça Internacional. Em cima disto, temos ainda os números 2,3, 4 e 5 do campeonato da Europa”, sublinha Frédéric Bretrand, citado pela rádio.
Pela primeira vez, a prova rainha do Grande Prémio recebe a chancela da FIA, o que faz com que, também pela primeira vez, Macau receba, ao mesmo tempo, duas Taças do Mundo. Se vai ou não continuar a ser assim, é uma questão de esperar para ver: “Vamos dar um passo de cada vez. Fazemos este ano e vamos ver o que acontece no próximo. Mas é certo que, se for um sucesso, há uma forte hipótese de continuarmos para sempre”, indica a emissora.
Na edição deste ano, Macau mantém a Taça do Mundo de GT. Além do actual campeão, Maro Engel, voltam a marcar presença Edoardo Mortara, que soma várias vitórias no circuito da Guia, e o piloto de Macau André Couto, que este ano compete com um Lamborghini.
Nesta edição, assinalam-se também os 50 anos do Grande Prémio de Motos. Vão competir Peter Hickman, actual campeão, e os veteranos Michal Rutter, Stuart Easton, McGuinness e Ian Hutchinson. O piloto de Macau Rodolfo Ávila não participa nesta edição. De Portugal, regressa Tiago Monteiro.

Três pilotos portugueses no Grande Prémio Macau

Três pilotos portugueses vão participar na 63.ª edição do Grande Prémio de Macau, em Novembro, quando a Fórmula 3 passa, pela primeira vez, a contar para a Taça do Mundo da Federação Internacional Automóvel (FIA).
Tiago Monteiro volta a Macau a uma nova versão da corrida Guia, a “Corrida da Guia Macau 2.0T”, depois de o Campeonato Mundial de carros de turismo, WTCC, ter deixado de se disputar na cidade.
Na segunda Taça GT Mundial da FIA participa André Couto, que corre tradicionalmente com as cores de Macau, e o Grande Prémio de Motos conta novamente com a presença de André Pires (Bimota), foi ontem anunciado.
Na Fórmula 3 não competem portugueses, mas a corrida conta com o sueco Felix Rosenqvist, que vai tentar vencer pela terceira vez consecutiva em Macau.
Destaque ainda para pilotos de topo da lista do Campeonato Europeu de F3 da FIA, como o alemão Maximilian Günther, o neozelandês Nick Cassidy e os britânicos George Russel e Callum Ilott.
Já o canadiano Lance Stroll, que se sagrou campeão do circuito europeu no passado fim de semana, cancelou a ida a Macau por motivos de agenda.

Lista agrada

“A lista de entrada é óptima. Quando vemos o número de pilotos que voltam depois de já terem vencido a corrida, é porque querem estar novamente cá devido a este título mundial. Além disso, temos o número três, quatro e cinco do campeonato europeu, a corrida vai ser difícil”, disse Fréderic Bertrand, director da Federação Internacional do Automóvel (FIA), em conferência de imprensa.
Com a Taça do Mundo de F3, Macau passa a ser o único lugar do mundo que recebe simultaneamente duas Taças do Mundo, em termos de desporto motorizado, destaca a organização. A decisão de manter a competição mundial será um processo a determinar “passo a passo”.
“Realizamos [a Taça] este ano e vemos o que se vai passar no próximo. Mas certamente que, se for bem-sucedido este ano, há uma boa oportunidade de continuar para sempre. Esperamos que seja pelo menos tão bom como antes e talvez um pouco melhor. Quando olhamos para o nível dos pilotos podemos esperar uma corrida muito dura”, afirmou Bertrand.

Pirelli e o concurso

O envolvimento da FIA fez mudar o fornecedor de pneus, passando da Yokohama para a Pirelli. “Essa é outra das diferenças de estar ligado à FIA, temos um processo muito justo de concurso para escolher o fornecedor. A Pirelli venceu. A Yokohama também concorreu mas não conseguiu”, explicou Bertrand.
O Grande Prémio de Motos assinala este ano a 50.ª edição e, por esse motivo, os três primeiros classificados vão receber um prémio adicional. Marcam presença dos britânicos Peter Hickman (campeão do ano passado), Martin Jessopp (segundo classificado em 2015), Michael Rutter (campeão oito vezes e terceiro classificado no ano passado), Stuart Easton (três vezes campeão), John McGuiness e Ian Hutchinson. O Grande Prémio de Macau realiza-se entre 17 e 20 de Novembro.

7 Out 2016

Yokohama perde exclusivo de pneus do GP ao fim de 33 anos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA) comunicou na madrugada de quarta-feira que a Pirelli será o fornecedor exclusivo de pneus da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3. O construtor italiano de pneus irá ocupar o lugar até aqui da Yokohama que desde a primeira edição, em 1983, assumia esse papel. A Pirelli, que fornece em exclusivo os pneus para a Fórmula 1, não tem na sua gama de pneus um exemplar para a Fórmula 3, apesar de fornecer as “borrachas” que equipam os monolugares dos campeonatos GP2 e GP3 Series. A Pirelli terá levado a melhor nesta adjudicação sobre a Yokohama e sobre a sul-coreana Kumho, dois construtores com maior experiência na Fórmula 3. Dado que as equipas e pilotos de Fórmula 3 não tiveram qualquer contacto com estes pneus até hoje, o comportamento destes poderá ser um factor decisivo em termos de resultados na tarde do dia 19 de Novembro. Para além da Fórmula 3, a Pirelli também manteve a exclusividade da Taça do Mundo FIA de GT, mas no caso dos carros de Grande Turismos a empresa milanesa tem um vasto historial. A empresa transalpina é fornecedora oficial de pneus das Blancpain GT Series, a maior competição da especialidade na Europa e que é gerida pela empresa SRO Motorsports Group, que este ano assume uma vez mais o papel de relações com os concorrentes na prova de GT da RAEM. Em Março de 2015, a Pirelli foi vendida à China National Chemical Corp (ChemChina) por 7,7 mil milhões de euros. Desde ai o quinto maior fabricante de pneus do mundo tem reforçado a sua presença em termos desportivos no continente asiático, particularmente na República Popular da China.

30 Set 2016

F3 | Piloto de Macau Andy Chang vai para a terceira participação na prova

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndy Chang Wing Chung vai sair do retiro temporário. O piloto de 19 anos da RAEM, que o ano passado fez meia temporada do Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3, vai disputar as duas últimas provas do europeu – Imola e Hockenheim – como preparação para a refeita Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau. O piloto de Macau assinou um contrato para estes três eventos com a equipa inglesa T-Sport e irá tripular um Dallara-NBE.

“Temos vindo a falar com o Andy há já alguns anos e estamos muito satisfeitos por colocarmos de pé este programa juntos”, afirmou Russell Eacott, o patrão da equipa T-Sport, que acredita que a experiência do jovem do território será uma mais valia na edição deste ano da prova.

Concentrado nos estudos em Inglaterra, e sem apoios que lhe permitam competir na Fórmula 3 ao mais alto nível a tempo inteiro, Chang ainda não fez uma única corrida de monolugares esta temporada, tendo apenas participado numa prova de karts no início do ano para manter a forma. Depois de se ter estreado no Circuito da Guia na edição número sessenta na corrida da Formula Masters China Series com um 7º lugar, Chang irá para a sua terceira participação na prova de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau.

Em 2014, Chang classificou-se no 19º lugar e o ano passado terminou na 14ª posição. Ukyo Sasahara será o companheiro de equipa do jovem nesta aventura, no entanto o japonês irá utilizar um motor Tomei construído pela ThreeBond no Japão, ao passo que Chang terá à disposição um motor arquitectado no Reino Unido pela Neil Brown Engineering.

Apesar de não ser uma das equipas de topo da Fórmula 3 internacional, a T-Sport conseguiu um surpreendente pódio na corrida do território em 2014 com o neo-zelandês Nick Cassidy. Contudo, sem o ritmo dos seus adversários, Chang não poderá almejar muito mais que um resultado dentro do 15 primeiros. Com a demissão de Barry Bland da co-organização da prova e a confusão que lhe seguiu, as inscrições para esta corrida apenas terminam no dia 30 de Setembro, sendo que a lista de inscritos só será conhecida no final de Outubro, aquando da tradicional conferência de imprensa de apresentação do evento.

22 Set 2016

GP | Corrida de F3 é Taça do Mundo de F3 da FIA

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Comissão do Grande Prémio de Macau anunciou ontem ao final da noite que a corrida do Grande Prémio de Fórmula 3 passa, nesta edição, a ter o estatuto de Taça do Mundo de F3 da Federação Internacional de Automóveis.

A FIA autorizou Macau a organizar a Taça do Mundo de F3 em seu nome, passando assim o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 “oficialmente” a Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA. É a Federação quem vai agora liderar e coordenar todos os trabalhos técnicos da corrida desde os regulamentos das corridas, aos contactos e inscrição de pilotos.

A notícia chega depois da polémica em torno da saída de Barry Bland da empresa organizadora do campeonato desde 1983, a Motor Racers Consultants. A Comissão do Grande Prémio de Macau dá a entender que a decisão de Bland está ligada à alteração do estatuto da corrida, apesar de ter sido dada a conhecer primeiramente a demissão do responsável.

“Com o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 a passar de Taça Intercontinental a Taça do Mundo de F3, as especificações do evento diferem das edições dos anos anteriores e os trabalhos passam ser liderados pela FIA. A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau respeita a decisão pessoal de Barry Bland perante a alteração do evento, reconhecendo os esforços e contributos feitos no passado”, escreve o Governo num comunicado. “O Grande Prémio de Macau tem sido bem acolhido por pilotos locais e estrangeiros e ainda por fãs e visitantes de todo o mundo, tendo alcançado também o reconhecimento ao mais alto nível da FIA.”

A Comissão diz que os preparativos decorrem dentro da “normalidade e de forma gradual”. O programa provisório da edição deste ano contempla não menos de quatro corridas internacionais: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Suncity Grupo – Taça do Mundo de F3 da FIA (Federação Internacional do Automóvel ), pelo segundo ano consecutivo a Taça GT Macau- Taça do Mundo de GT da FIA, a 50 ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau – Suncity Grupo, a Corrida da Guia de Macau 2.0T – Suncity Grupo. O programa de corridas de apoio incluirá a Taça de Carros de Turismo de Macau, o Macau Road Sport Challenge e a Taça da Corrida Chinesa – Suncity.

As inscrições para a prova nobre do território terminam a 30 de Setembro. A informação sobre o programa e a lista de participantes serão divulgadas no início do mês de Outubro.

15 Set 2016

Grande Prémio | FIA tranquiliza equipas e garante prova de Fórmula 3

Os responsáveis da Federação Internacional Automóvel (FIA) reuniram com os chefes de equipa para os tranquilizar e garantem que serão feitos todos os possíveis para que a prova da RAEM decorra dentro da normalidade e asseguram que o transporte está também em andamento.
Segundo o que o HM apurou, a Federação Internacional, que terá mais peso na organização da prova a partir de agora, informou as equipas que tudo será organizado segundo os parâmetros habituais e que irá disponibilizar mais pormenores nos próximos dias às equipas.
As reacções surgem depois da demissão de Barry Bland do cargo de coordenador da Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 do Grande Prémio de Macau, que foi obviamente assunto no paddock do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3 que se disputou no passado fim-de-semana no Circuito de Nurburgring, na Alemanha. Depois da inesperada notícia da semana transacta, a incerteza e preocupação reinavam no paddock da competição que mais carros fornece à prova da RAEM. Muitas das equipas aguardam impacientemente instruções para poderem preparar a prova e vários pilotos, que tinham já verbalmente acertado a sua presença na prova, vão ter agora que esperar por uma resposta final sobre a sua participação.
“As equipas foram todas apanhadas desprevenidas. Até aqui, quando o assunto era o Grande Prémio de Macau, as equipas falavam com Barry Bland. Com a demissão ficamos todos à nora, pois não sabemos com quem falar, nem sequer como vai ser a prova”, explicou um Team Manager que preferiu ficar no anonimato. No entanto, apesar do oceano de dubiedades, em muito ajudado pela a incapacidade da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau em prestar um esclarecimento público rápido e assertivo, há um tom de esperança nos discursos.
O transporte, que alegadamente estava atrasado em dois meses, estará a ser arranjado e não será fonte de preocupação. Recorde-se que a federação internacional tem vindo a estudar a possibilidade de mudar o estatuto da prova de Fórmula 3 de Macau, promovendo-a a Taça do Mundo à imagem da actual corrida de GT.

Quem era o Sr Bland?

Barry Bland foi quem em 1982 convenceu Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado de Macau, a introduzir a Fórmula 3 no Circuito da Guia, quando a organização da prova considerava trazer a Fórmula 2 para substituir a decadente Fórmula Atlantic. Esta aposta foi a mais acertada, saltando o Grande Prémio para a ribalta internacional. Durante estes últimos trinta anos, o inglês, que sempre primou pela discrição, foi o elo de ligação entre as equipas de F3 que vêm a Macau. Era a Motor Race Consultants, a empresa de Barry Bland, que preparava toda a logística, tanto de carros, como das equipas. Bland, o “Ecclestone da F3”, como lhe chamou a imprensa inglesa a semana passada, foi também peça instrumental em acordos celebrados entre equipas e pilotos, pouco prováveis de acontecer sem a sua influência. Era também ele que fazia de elo de ligação entre a FIA e os delegados técnicos e as equipas. O capital de confiança que gozava o inglês junto do paddock permitiu que a prova mantivesse sempre o seu elevado estatuto de “grande evento de final de ano”, mesmo em períodos em que a F3 passou por maiores dificuldades.

13 Set 2016

Grande Prémio | ID garante normalidade apesar da saída de organizador

Barry Bland, da empresa que coordena as corridas de F3 do território, bateu com a porta. Queixa-se de atrasos na organização e diz que não há ainda quem transporte as infra-estruturas para a corrida principal do Grande Prémio. O ID diz que está tudo a andar

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stá tudo a decorrer normalmente. É que o garante o Instituto do Desporto (ID) ao HM, face à recente notícia da demissão de Barry Bland, responsável pela Motor Race Consultants, empresa que tem coordenado as corridas de F3 do Grande Prémio de Macau desde o seu início em 1983. O ID reage, dizendo que os preparativos continuam e que os padrões internacionais vão continuar a ser respeitados.

A decisão de Bland foi dada a conhecer no final da semana passada. De acordo com a revista AutoSport, o responsável bateu com a porta devido a atrasos na organização da corrida, este ano pela primeira vez a cargo do ID.

Até hoje, os regulamentos da prova não foram ainda entregues, sendo que a data limite para as inscrições das equipas era dia 9 de Setembro. De acordo com a Autosport, as normas costumavam ser divulgadas em Abril. Para Barry Bland, a forma como o processo está a decorrer “não é muito satisfatória” e “há muitas perguntas sem resposta”. Mas o ID diz que está tudo bem.

“Continuam os preparativos para a edição do 63º Grande Prémio de Macau – Suncity Grupo deste ano e o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 será a atracção principal do programa, que integra sete corridas, e decorre de 17 a 20 de Novembro. A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) reitera e garante, às equipas, pilotos, patrocinadores e público, que a corrida será organizada tendo por base os mesmos altos padrões internacionais, como nos anos anteriores”, começa por indicar o ID ao HM. Sobre datas, contudo, não há grandes avanços.

“No momento, está-se a ultimar o programa provisório de corridas, que será divulgado oportunamente. Entretanto, como já é habitual, as listas provisórias de entrada serão publicadas no início de Outubro.”

Mais problemas

De acordo com a AutoSport existem ainda problemas com o transporte dos elementos necessários à prova da Guia. Segundo a publicação, não foi escolhida uma empresa para garantir o serviço, o que faz com que os atrasos rondem os “dois meses”.

“Não quero colocar a nossa reputação em causa”, frisou Barry Bland.

A Comissão deixa ainda uma nota sobre o responsável da Motor Race Consultants, que congratula pelo trabalho e “sucesso” que providenciou ao GP. “A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau tem a mais elevada consideração por [Barry] Bland e respeita a sua decisão de se demitir, depois de 33 anos. A Comissão deseja expressar os seus sinceros agradecimentos e apreço pelo seus muitos anos de serviço leal e valioso.

A AutoSport citava ainda, na edição do final da semana passada, Rene Rosin, da Prema Powerteam. O responsável diz que recebeu um email de Barry Bland com a notícia e que a reacção foi de “choque”.

“Ele tem sido a peça fundamental em organizar tudo em Macau. Já tínhamos notado que algo se passava, porque é muito tarde para receber a informação. Estou a tentar ter mais informação para perceber o que se passa.”

12 Set 2016

GP | Stuart Easton e Michael Rutter juntos em Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] BMW tem a particularidade de ser o único construtor que se pode gabar de ter vencido no Circuito da Guia tanto em carros como em motos. Depois de décadas em que a BMW coleccionou triunfos na Corrida de Guia e escreveu um pouco da história no automobilismo do Sudeste Asiático, o construtor alemão que tem as suas origens na indústria aeronáutica venceu pela primeira vez o Grande Prémio de Motos de Macau o ano passado, graças a uma performance imaculada do até aqui quase desconhecido inglês Peter Hickman. E este ano, altura em que a prova comemora o seu quinquagésimo aniversário, a BMW arrisca-se a repetir o feito. Isto porque, além da supremacia das suas máquinas, a BMW terá uma dupla de peso a representá-la que soma entre si, nada mais, nada menos, que doze triunfos na prova.

Stuart Easton, quatro vezes vencedor da prova, assinou com a Bathams SMT BMW e fará com Michael Rutter uma das duplas mais fortes da 50ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau. Antes, Easton fará três provas do campeonato inglês Pirelli National Superstock, onde Rutter tem participado, como preparação para a duríssima prova de Macau. Aliás, antes mesmo da separação da ePayMe Yamaha, a sua antiga equipa, Easton já tinha acordado com a equipa de Robin Croft para correr na RAEM em Novembro.

“Tendo um acordo para competir de Superbike desde o Grande Prémio de Macau do ano passado, eu mantive o contacto regular com o  Robin e a equipa”, assegura o escocês, que reconhece que “precisa de milhas antes de Macau” e precisa de se habituar à BMW porque nunca conduziu  uma antes. “Portanto competir nestas três provas em três dos meus circuitos favoritos é uma oportunidade para mim. Eu tenho visto o que o Michael tem andado a fazer na classe Superstock, portanto quando o Robin me colocou à frente esta oportunidade, eu pensei que seria algo de muito bom para mim e ajudará a voltar a colocar-me um sorriso na face”, frisa.

Ironicamente, as BMW de Easton e “The Blade” vão ter pela frente, entre outras, a oposição da Kawasaki de Hickman. As inscrições para o Grande Prémio de Motos de Macau terminam esta sexta-feira, mas a lista oficial de inscritos só deverá ser dada a conhecer em Outubro.

Nada de especial

A BMW S 1000 RR é uma moto de sucesso em quatro continentes e não é por acaso que há 250 equipas em todo o mundo a utilizar as motas germânicas, tanto em provas de pista, como em provas de estrada. Sobre a presença em Macau em Novembro, fonte oficial da BMW Motorrad Motorsport afirmou ao HM que estar “muito orgulhosos do resultado do ano passado e, claro, ansiosos pela edição deste ano”.

Contudo, o construtor da Baviera não tem planos para organizar qualquer evento especial durante o evento da RAEM, pois “não existe nenhum envolvimento da BMW Motorrad e, como tal, não há qualquer evento especial marcado para a prova”. Porém, o departamento de competição vai “apoiar, via os nossos engenheiros e técnicos do departamento BMW Motorrad Motorsport, as equipas privadas que competirem em Macau”. Pois para a casa alemã “isto faz parte da estratégia a longo prazo da competição-cliente”.

Também nos GT

Depois de uma aparição discreta em 2013, numa parceria com uma equipa privada de Taiwan que não correu tão bem como certamente gostaria, o ano passado a BMW não arriscou participar na Taça do Mundo FIA de GT. Porém, este ano a marca bávara irá regressar à RAEM. A equipa alemã ROWE Racing irá participar com dois BMW M6 GT3, graças ao patrocínio da empresa chinesa de sistemas de armazenamento de energia CATL.  “Para nós (BMW), é particularmente especial aparecermos com um parceiro asiático tão forte na final de GT em Macau”, disse Jens Marquardt, director desportivo do braço automóvel da BMW. O construtor alemão não revelou ao público quem serão os seus dois pilotos, mas o construtor bávaro conta nas suas fileiras com dois especialistas lusófonos do Circuito da Guia, como são o português António Félix da Costa ou o brasileiro Augusto Farfus.

9 Set 2016

Super GT | Organizadores anunciaram corrida para 2017

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]campeonato nipónico Super GT, onde corre o piloto de Macau André Couto, está a tentar colocar de pé uma corrida na China. Numa conferência de imprensa no passado fim-de-semana, em Okayama, quando questionado sobre quais os planos futuros para a internacionalização da competição japonesa, o presidente da empresa promotora do campeonato, Masaaki Bandoh, disse que há planos para a realização de uma corrida extra campeonato entre participantes da classe GT300 e concorrentes do Blancpain GT series.
O dirigente máximo da GT Association afirmou aos jornalistas que a corrida será realizada na China, mais precisamente na cidade de Cantão, tendo apontado como data 1 de Fevereiro de 2017. Apesar da capital da província de Guangdong possuir um circuito permanente, situado na cidade de Zhaoqing, Bandoh disse que a prova será realizada num circuito montado numa base aérea.
A corrida será co-organizada pela GT-Association e pela Stéphane Ratel Organisation (SRO), contando para isso com dez viaturas convidadas do Super GT, todas elas da classe GT300, e outras dez do campeonato Blancpain GT series. A organização de Stéphane Ratel, que coloca de pé as séries Blancpain na Europa, goza de uma relação privilegiada com os japoneses, pois as viaturas GT3 da classe GT300 correm com o “Balanço de Performance” dos campeonatos da SRO.
A organização francesa, que tem escritórios em Londres, está hoje em dia também presente na Ásia, organizando as 12 horas de Sepang, na Malásia, onde os GT300 de construção japonesa são aceites, para além de ser instrumental na organização da Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau. A SRO ainda não fez qualquer comentário público sobre este anúncio.

Experiências falhadas

O campeonato Super GT tem tentado por diversas vezes organizar uma corrida na República Popular China, mercado vital para os construtores automóveis nipónicos e fornecedores da indústria automóvel do país do Sol Nascente. Porém, todas as tentativas passadas para a realização de uma prova na China Continental não tiveram sucesso.
Em 2004, a GT-Association planeou uma All-Star Race” para o circuito permanente da cidade Zhuhai que acabou por não se realizar. Em 2012, houve uma nova tentativa, com um resultado final idêntico. Dois anos depois, o campeonato Super GT, desta vez em parceria com o campeonato alemão DTM, anunciou novamente que pretendia organizar um evento conjunto na China Continental em 2015. Também este projecto não saiu do papel.

Couto soma os primeiros pontos

André Couto iniciou a sua participação na edição do campeonato nipónico Super GT no fim-de-semana passado com um oitavo lugar na ronda de abertura, realizada no circuito de Okayama. O campeão em título da classe GT300 fez uma corrida de recuperação, após ter largado da 17ª posição da grelha de partida. Depois das indicações dadas nos testes oficiais de pré-temporada, as dificuldades que o piloto português residente em Macau encontrou nesta corrida eram expectáveis, com o Nissan GT-R Nismo do Team Gainer, calçado pela Dunlop, a demonstrar dificuldades em voltas de qualificação. Contudo, Couto e Ryuichiro Tomita conseguiram com este oitavo lugar arrecadar valiosos pontos na categoria nesta primeira corrida. O campeonato continua com os 500km de Fuji, prova que tem a singularidade de ser disputada a uma quarta-feira, 4 de Maio, durante o período de férias da “Semana Dourada”.

12 Abr 2016

GP | Comissão Organizadora é novamente criada. Desta vez sem remunerações

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Comissão Organizadora do Grande Prémio, anteriormente cancelada, está de volta, mas com diferenças: desta vez não há remunerações para os membros que dela fazem parte. Segundo publicação em Boletim Oficial, a Comissão voltará a ter a responsabilidade de coordenar a actividade dos vários serviços da Administração Pública e de várias entidades da sociedade no âmbito da organização do Grande Prémio de Macau, sem que no entanto, os principais membros recebam qualquer vencimento, seja em salário ou pagamento extra, como anteriormente acontecia.

A nova Comissão volta a ser presidida pelo Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, tendo ainda um coordenador, dois coordenadores-adjuntos e um secretário-geral, além de três representantes do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, cinco representantes da Direcção dos Serviços de Turismo e um membro de diversos organismos públicos, como os Serviços de Saúde, Bombeiros, Serviços de Alfândega e da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes. Na Comissão estará também um representante da Associação Geral de Automóvel de Macau-China e seis individualidades de “reconhecido mérito na área do turismo e do desporto de Macau”.

Ainda não há nomes sobre quem vai tomar o lugar nestes cargos, ainda que ontem tenha já havido a primeira reunião oficial da Comissão. Alexis Tam vai designar os futuros membros em despacho no Boletim Oficial. Esta Comissão poderá ainda, tal como a anterior, constituir subcomissões. Os encargos com o seu funcionamento serão suportados pelo orçamento privativo do Fundo do Desporto.

15 Mar 2016

Costa Antunes despede-se satisfeito e pede “boas ideias” para o futuro

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]oi “um grande sucesso” e as bases para o futuro estão lançadas. Foi assim que João Costa Antunes se despediu da coordenação do Grande Prémio de Macau, que deixa após mais de uma década. No primeiro ano em que Macau recebe a Taça do Mundo de GT, o engenheiro assegurou que há muito potencial para se continuar com um programa de excelência.
“Acho que foi um grande sucesso. Iniciámos este ano um novo programa, que teve realmente um nível desportivo bastante elevado. Todas as entidades envolvidas, em particular a FIA que esteve todo o tempo presente na preparação e na implementação, vieram ter connosco no final para dizer que foi realmente um bom começo”, disse, enquanto assinalava que, agora, é só andar para a frente.
“Estão criadas condições para que seja analisado o trabalho feito até aqui, a grande parte das pessoas que fizeram parte deste sucesso vão continuar nele e portanto diria que é preciso boas ideias, ser criativo e continuar com as coisas boas.”
Após 42 anos de trabalho na Administração, Costa Antunes admite que a sua função no Grande Prémio deixa algumas marcas.
“O Grande Prémio vai deixar saudades na medida em que é um projecto de grande dimensão a que dedicamos muito empenho e paixão. Mas na minha vida profissional, eu diria que há sempre um momento em que e difícil começar e depois é com alegria que vemos os nossos esforços e o trabalho de conjunto de uma equipa a dar frutos. É sempre uma transição.”
O ex-coordenador da Comissão que organiza o maior evento desportivo do território foi açambarcado pelos funcionários e membros da equipa antes de falar com os jornalistas, para estes coleccionaram fotografias com o homem que, disseram ao HM, “deu muito a Macau”. O engenheiro foi aplaudido com entusiasmo nos corredores do edifício do GP, logo após a última corrida do dia – de F3 – que o responsável faz questão de realçar, pela importância que traz à RAEM.
“A corrida de F3 é sempre muito especial e vai assegurar com certeza os futuros campeões do mundo de F1. Convém lembrar que, este ano, entre os 20 corredores no campeonato [de F1], 13 estiveram em Macau. É muito provável que, dentro dos 28 deste ano, alguns se singrem no futuro campeões do mundo.”

Acidentes | Quatro pilotos hospitalizados mas estáveis

hospital_GCSO coordenador da Comissão organizadora do Grande Prémio, João Costa Antunes, disse ontem que quatro pilotos tiveram de ser hospitalizados devido a acidentes, mas o estado clínico é considerado estável. Francisco Mora, o português de 19 anos que corria na Corrida da Guia, ficou ferido, depois de um piloto de Hong Kong, que partiu duas costelas, e de dois pilotos das motas, que tiveram aparatosos acidentes. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, visitou no Hospital Conde de São Januário os pilotos e disse à equipa médica “para não poupar esforços” na ajuda prestada. Tam quis ainda conhecer o ponto de situação do tratamento, tendo dado indicações aos dirigentes do Hospital para “estudar cuidadosamente as formas de tratamento” , já que eles poderão ter de ficar hospitalizados depois do final do Grande Prémio.

23 Nov 2015

André Couto e Álvaro Parente “frustrados”, mas com boas recuperações

Álvaro Parente (Foto de Kelsey Wilhelm)
Álvaro Parente (Foto de Kelsey Wilhelm)
[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]em Álvaro Parente, nem André Couto tiveram hipóteses de dar mais nas vistas durante o fim-de-semana. Os McLaren 650S GT3 acusaram o “Balanço de Performance” muito desfavorável e, apesar da sua aerodinâmica aprumada, nunca foram capazes de rivalizar com os outros carros presentes em termos de velocidade de ponta. Mas os dois portugueses conseguiram boas recuperações, dentro das dificuldades técnicas.

Parente de volta

Parente, que se estreava na Taça do Mundo de GT, ainda mostrou ser o mais rápido no segundo sector do circuito, aquele que engloba a zona mais sinuosa do Circuito da Guia. O portuense – que começou em 9º na grelha de partida e que ainda conseguiu subir até ao sexto lugar – perdeu o sexto posto para Darryl O’Young no início da segunda metade da prova, caindo para sétimo. Mas, Parente estava resignado com o seu resultado. Até porque quando o assunto é técnico, não há muito a fazer.

“Não temos velocidade de ponta suficiente. O balanço do fim-de-semana em geral é muita frustração. Em todas as rectas não estamos a lutar de igual para igual. Na zona das curvas e contra-curvas tivemos muito fortes, tivemos bem. Mas, pronto, chegámos à recta e deixamos lá tudo. Não temos hipótese.”

O balanço “geral” pode ser de frustração, mas o piloto do Porto também se mostrou contente “por ter terminado a corrida” e “ter feito o melhor” que conseguiu.

“Terminámos no sexto lugar, não foi horrível. Dentro do que temos em termos de carro, diria que foi bom. Gostei muito de vir aqui, esta pista é um desafio. Estou satisfeito com a corrida”, disse, frisando que a pista de Macau é difícil, mas voltar 11 anos depois é “uma mistura de sentimentos”.

Uma coisa é certa, Parente assegura poder voltar: tudo depende da McLaren. “Se eles me chamarem outra vez, eu venho com todo o gosto e muito contente.”

Couto em “casa”

André Couto (Foto de Kelsey Wilhelm)
André Couto (Foto de Kelsey Wilhelm)
Depois do violento acidente de sexta-feira, Couto foi obrigado a abandonar devido a um problema do acelerador na Corrida de Qualificação de sábado. Largando do fim da linha da grelha de partida para o “prato principal” do fim-de-semana, o único piloto de Macau nesta corrida fez o que lhe competia: recuperar o máximo de posições possíveis.

Sem nunca ter encontrado um bom compromisso com o McLaren, Couto subiu nove lugares e foi o 11º classificado no final, num fim-de-semana que foi “difícil”.

“Consegui chegar ao fim em 11º, não é o melhor. [Os problemas com o carro] fizeram com que tivesse só de procurar um resultado, ainda que nada de especial. Positivo sim, para quem saiu em 20º e ficou em 11º. Em termos de performance não. O carro até estava em boas condições, mas Macau é assim, sempre difícil. Para o ano há mais e o piloto não desiste. “Acho que volto. Macau é a nossa casa.”

23 Nov 2015

Corrida da Guia reduzida a sete pilotos entre 30. Ávila incólume

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Corrida da Guia teve 30 participantes este fim-de-semana, mas só sete, incluindo o piloto de Macau Rodolfo Ávila, viram a bandeira de xadrez na segunda corrida. Dois carros foram eliminados por problemas técnicos logo nos treinos, três concorrentes não foram autorizados a participar, por não obterem o mínimo tempo para se qualificarem, e quinze carros estiveram envolvidos em acidentes nas duas corridas de dez voltas de ontem, ambas pontuáveis para os campeonatos TCR International e Asia Series.
O inglês Rob Huff foi o mais rápido ao longo do fim-de-semana, cumprindo o objectivo de ganhar pela oitava vez no Circuito da Guia. Saindo do primeiro lugar para a primeira corrida, após ter obtido a pole-position nos treinos de qualificação de sábado, Huff apenas viu a sua liderança ameaçada nos primeiros metros da primeira corrida por Stefano Comini e Pepe Oriola que ensanduicharam o inglês.
O suíço e o espanhol que estavam na luta pelo título do TCR internacional acabaram superados por Jordi Gene que foi o segundo classificado no final, à frente do suíço de origens italianas. O quarto lugar deixou Pepe Oriola sob pressão para a segunda corrida.

Stefano Comini
Stefano Comini

Ávila foi o 12º classificado, ele que perdeu algumas posições ao travar bruscamente para evitar o carro desamparado do compatriota Francisco Mora à saída da Curva do Mandarim após a largada.
A partida para a segunda corrida do fim-de-semana, que segundo o regulamento da prova é aquela que conta como a “Corrida da Guia”, será um sucesso nas redes sociais nos próximos tempos. Os experientes Huff e Gené foram os responsáveis pelo aparatoso acidente da segunda corrida que deixou de fora mais de metade do pelotão. Para além de ambos terem desistido, Gené ainda partiu duas costelas e foi multado em mil dólares americanos por alegadamente ter causado o acidente.
Apesar de só nove carros terem voltado à pista, os espectadores tiveram muito com que vibrar. Comini e Pepe Oriola discutiram taco-a-taco a luta pela vitória, tendo ambos os carros se tocado por diversas vezes. E a três voltas do término, Comini, sob pressão do Oriola, travou cedo e o espanhol não hesitou em empurrar o suíço. No entanto, os vários toques que o espanhol deu no seu adversário danificaram o radiador do SEAT vermelho que viria a abandonar, abrindo as portas para o título de Comini.
Ávila (Foto de Kelsey Wilhelm)
Ávila (Foto de Kelsey Wilhelm)

A desaceleração de Pepe Oriola, quando viu o seu motor a fumegar, surpreendeu também o seu irmão, Jordi Oriola, que seguia de muito de perto a luta quente entre líderes no terceiro posto. Jordi não evitou um choque na traseira do carro de Pepe e também desistiu.
Apesar de duas corridas anónimas, Andrea Belicchi e Mikhail Grachev completaram o pódio.
Quem passou quase incólume ao massacre desta corrida foi Ávila, cujo SEAT apenas ficou com o pára-choques dianteiro danificado, o que não afectou a performance do carro espanhol. O piloto luso da RAEM optou por uma estratégia cautelosa que se revelou acertada e que lhe valeu dois triunfos na TCR Asia Series, ajudando a equipa local Asia Racing Team a vencer o título de equipas. Ávila foi o 5º à geral na sua estreia na Corrida da Guia.

O que disse… Ávila

“Não é por ficar nos primeiros, não acabou quase ninguém. Mas também diverti-me na [corrida] de qualificação e depois levei tudo mais devagarinho. O objectivo era acabar e foi o que fizemos. Aquilo foi complicado, já se estava à espera [dos acidentes], até levantei o pé do acelerador para não ficar lá, mas tive sorte também. Isto é Macau, sabemos que é assim, mas para nós que corremos uma vez por ano aqui, não nos interessa estar no meio deles. O que interessa para nós é acabar. Temos de trabalhar, para pelo menos assegurar-mos alguma ajuda para o ano. Logo vemos se voltamos a Macau ou não, não sei se vale a pena voltar. Não gosto de correr assim.”

Mora e Ho azarados

O jovem português Francisco Mora foi uma boa surpresa este fim-de-semana, rodando sempre próximo dos dez primeiros. Contudo, a participação do piloto luso no domingo foi bastante curta, visto que foi o SEAT Léon da Target Competition com a bandeira de Portugal que causou o primeiro grande acidente da corrida. Mora entrou demasiado depressa na Curva do Mandarim, batendo forte nos muros de protecção, acabando a sua viatura imobilizada do outro lado da pista, para segundos mais tarde ser colhida pelo Honda de Kenneth Lau. Henry Ho, o outro piloto de Macau em prova, teve problemas de motor no seu Honda cor-de-rosa na primeira corrida, sendo depois uma das vítimas da carambola inicial da segunda corrida ao ser atingido por Samson Chan.

23 Nov 2015