Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauMacau Roadsport Challenge | Novos desafios para Junio Pereira e Sabino Osório Depois da estreia no ano passado no Circuito da Guia numa atípica corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, Junio Pereira vai tentar aplicar o que aprendeu no ano passado, mas agora numa corrida diferente fruto das circunstâncias. O piloto macaense, que vai guiar um Ford Fiesta diferente do utilizado em 2021, vai alinhar na categoria 1600cc Turbo na corrida Macau Roadsport Challenge, onde estarão outras caras conhecidas do automobilismo do território como são Rui Valente e Célio Alves Dias. “Vou dar o meu melhor e espero conseguir melhores resultados este ano em Macau”, afirmou o piloto da equipa SLM Racing Team ao HM. “Este Fiesta, que é um carro diferente daquele que usei no ano passado, também deverá ter um melhor desempenho.” Correr no meio de um pelotão com diferentes andamentos e estilos de condução, certamente irá representar um novo desafio para um piloto que ainda está a dar os primeiros passos no automobilismo. “Eu nunca corri numa das corridas com mistura de categorias”, reconhece Junio Pereira, que admite existir um factor de risco nestas corridas multi-classe, pois “os pontos de travagem são diferentes entre estes dois tipos de carros. Por outro lado, é um pouco injusto corrermos com eles, pois vamos perder exposição mediática. O andamento entre as duas categorias é muito diferente e o melhor dos 1600cc Turbo dificilmente entra no Top-5 da geral”. Sabino Osório sobe de categoria Segundo classificado na Taça de Carros de Turismo de Macau de 2021, ao volante de um carro da categoria 1600cc Turbo, Sabino Osório Lei vai este ano alinhar na Macau Roadsport Challenge, mas aos comandos de um Mitsubishi Evo9, preparado pela equipa SLM Racing Team, a categoria 1950cc e Acima. “Este ano vou tentar algo novo. A razão pela qual escolhi fazer algo diferente é porque ouvi que este ano possivelmente será o último desta categoria e queria fazer algo novo”, explicou ao HM. O Mitsubishi é um carro que foi conduzido no passado por Ng Kin Veng, que estava parado há dois anos e que foi equipado com um motor novo, de menos potência para resistir às agruras da semana do Grande Prémio. Sem colocar um objectivo para esta sua participação, Sabino sabe o que lhe espera: “Será a minha primeira corrida num carro destes. Tem mais potência e é mais desafiante, mas mais divertido de conduzir”.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau MancheteTreinos Livres | Alexandre Imperatori foi o mais rápido no primeiro dia de prova O senhor Macau está de regresso e em grande nível, mas Alexandre Imperatori foi o mais rápido no dia em que os principais concorrentes dos GTs estiveram a esconder o jogo. Na F4, Bei Siling proporcionou o acidente do dia Edoardo Mortara (Audi R8 LMS) regressou a Macau em grande ritmo, foi o mais rápido na primeira sessão de treinos livres e dominou grande parte da segunda sessão. No entanto, quando tudo apontava para que ficasse no topo da tabela dos tempos, acabou por ser suplantado pelo compatriota Alexandre Imperatori (Porsche 911 GT3 R), que corre com uma licença de Hong Kong. Em todas as categorias, o dia serviu principalmente para tirar as medidas ao traçado e tratar das afinações dos carros e motos, a pensar nas qualificações, agendadas para o dia de hoje. A Taça GT, que promete as corridas mais interessantes do fim-de-semana, não foi excepção e os pilotos até conseguiram rodar durante longos períodos, sem interrupções. No duelo entre os construtores germânicos, Mortara com um tempo de 2:19.841 foi o mais rápido na parte da manhã. À tarde o cenário aparentava repetir-se, mas Alexandre Imperatori (Mercedes AMG GT3) fez uma volta com o tempo de 2:18.760 e bateu Mortara por 31 centésimos. No entanto, o primeiro dia também mostrou que tanto Maro Engel (Mercedes AMG GT3) como Raffaele Marciello (Mercedes AMG GT3) estão a rodar perto do tempo dos pilotos da frente. Os resultados devem ser encarados com cautela, uma vez que os pilotos tendem a esconder o jogo, para evitar serem prejudicados pelo BoP (Balance of Performance), ou seja, as restrições aplicadas para a organização para nivelar os diferentes carros. Acidente do dia Sem a emoção das outras provas, a Fórmula 4 destacou-se pelo acidente do dia, ainda na parte da manhã. Numa primeira sessão de treinos livres marcada pelo facto de a maioria dos pilotos não terem conseguido realizar uma volta rápida, o protagonista foi Bei Siling. Logo na primeira volta rápida, o chinês perdeu o controlo do Mygale SARL M14-F4, na curva do Mandarim, e embateu forte no muro. O piloto saiu ileso do impacto, mas o carro ficou muito danificado, pelo que não é certo que seja possível repará-lo a tempo de participar no restante fim-de-semana. Na parte da tarde, o local Andy Chang foi o mais rápido, ao rodar em 2:30.188, com Charles Leong, que tenta chegar à terceira vitória nesta categoria, a quedar-se pelo terceiro lugar com um tempo de 2:30.338. Huff a melhorar Em relação à Taça de Carros de Turismo, a grande estrela presente é Rob Huff (MG5 XPower TCR) e o britânico fez um dia em crescendo. Depois de uma primeira sessão em que não conseguiu fazer uma volta lançada, na parte da tarde subiu para segundo, a 97 centésimos de Zhang Zhi Qiang (Lynk & Co 03 TCR), piloto que dominou o dia e fez o tempo de 2:35.822. Por sua vez, Rodolfo Ávila (MG5 XPower TCR) fez o sexto melhor tempo na parte da manhã e apesar de ter melhorado em quase dois segundos o registo na parte da tarde, não conseguiu melhor do que o 10.º posto, a quase três segundos da frente. Ontem, os pilotos da MG depararam-se com problemas na direcção assistida, que tem falhado. Kostamo foi o mais rápido nas motas Erno Kostamo (BMW S1000RR) foi ontem o piloto mais rápido na única sessão do dia do Grande Prémio de Motos, com um tempo de 2:31.069. Numa sessão em que os pilotos puderam realizar várias voltas, o finlandês ficou à frente de Robert Hodson (Kawasaki ZX10RR), com uma diferença de 3,529 segundos, e de David Datzer (BMW S1000RR), com uma vantagem de 5,504 segundos. Numa sessão que ficou marcada pelo facto de não haver acidentes, o português André Pires (Honda CBR 1000 RR SP) conseguiu o sexto melhor tempo, ainda assim a quase 7 segundos do mais rápido. Hoje, as motos são a primeira categoria a sair para a pista, com a primeira sessão de qualificação agendada para as 7h30. A segunda sessão está agendada para as 12h30. Testes todos os dias para equipas e pilotos Desde ontem, com o surgimento de mais casos em Zhuhai, que os pilotos e as equipas que participam o Grande Prémio estão obrigadas a fazer um teste diário de covid-19. A informação foi revelada às 9h ontem pelos organizadores às equipas, e implica uma redução da validade do resultado dos testes de 48 horas para 24 horas. No entanto, ao contrário de outras pessoas envolvidas no evento, os pilotos e as equipas têm um centro de testes que podem utilizar. O centro está localizado no segundo andar do Terminal Marítimo do Porto Exterior, funciona até sábado e abre às 5h da manhã. Na parte da manhã, o horário de funcionamento prolonga-se até às 10h. Depois da pausa de almoço, o centro funciona entre as 15h e as 20h. Os pilotos e as equipas não precisam de pagar os testes, ao contrário dos cidadãos normais fora dos grupos chave, que pagam até 45 patacas.
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauMacau Roadsport Challenge | De olho no pódio, Badaraco espera que esta não seja a última Num ano em que as duas categorias locais de carros de Turismo – 1950cc e Acima e 1600cc Turbo – se voltam a encontrar, mas agora na corrida Macau Roadsport Challenge, Jerónimo Badaraco quer regressar a um pódio que visitou pela primeira vez em 1999, quando triunfou na derradeira edição da Taça ACP. O piloto macaense vai conduzir novamente o imponente Mitsubishi Evo9 da Son Veng Racing Team, um carro mecanicamente levado ao extremo e que prima pela espectacularidade, mas cuja fiabilidade é o seu “calcanhar de Aquiles”. Tal como à maior parte dos pilotos do território, a pandemia trocou os planos a Jerónimo Badaraco e a preparação para a corrida mais importante do ano não foi aquela que o piloto e a sua equipa certamente pretendiam. “Este ano vai ser outra vez muito especial, porque por causa da pandemia não pudemos testar o carro como queríamos, mas eu e toda a equipa esperamos que o carro consiga corresponder às nossas expectativas e que corra tudo bem ao nível de mecânica e electrónica”, relatou ao HM o piloto que conta com mais de duas dezenas de participações no Grande Prémio de Macau. Se não acontecerem imprevistos técnicos, “Noni” não esconde a vontade que tem em “voltar a subir ao pódio, celebrar uma vitória e acima de tudo, voltar a sentir a emoção desta competição automóvel tão importante em Macau.” Rumores do paddock dizem que esta será a última edição em que iremos ver os muito acarinhados carros de Turismo das classes 1950cc e Acima e 1600cc Turbo em acção no Circuito da Guia. Tendo estes carros já atingido o seu pico de evolução e completado o seu ciclo de vida, a pandemia acabou por prolongar o seu “prazo útil de vida”, poupando os pilotos locais de elevados investimentos em carros e material novo. Porém, Jerónimo Badaraco acredita que será um erro terminar com esta popular corrida: “Há a possibilidade deste ano ser a última prova de Roadsport Challenge e por isso aproveito esta oportunidade no Hoje Macau para expressar o meu desejo de que esta prova se mantenha, pois é uma competição com vários pilotos com carros tão diferentes e que os espectadores gostam.”
Hoje Macau Desporto Grande Prémio de MacauTaça de Carros de Turismo de Macau | Ávila chega a Macau após duas vitórias no TCR Ásia O piloto da MG XPower Racing vai participar pela 15.ª vez no Grande Prémio de Macau e vai ser o único representante local na Taça de Carros de Turismo de Macau, que este ano é pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) Após um ano de ausência, Rodolfo Ávila está de regresso ao Circuito da Guia. Naquela que é a sua 15.ª participação no Grande Prémio de Macau. O piloto português vai alinhar pela primeira vez na corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, sendo o único concorrente da RAEM nesta corrida que este ano será pontuável para o campeonato TCR Ásia e para o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Numa temporada em que apenas foi possível realizar duas corridas, o campeão da última edição do TCR China sabe que não terá a vida fácil neste seu retorno ao palco onde se estreou no automobilismo há precisamente duas décadas, na altura, na corrida do asiático de Fórmula Renault. “Claro que vamos tentar andar o melhor possível”, afirmou Rodolfo Ávila ao HM. “Este ano acabamos por não ter tantas oportunidades para desenvolver o novo MG5 como gostaríamos, por isso este fim-de-semana vamos continuar a desenvolver o carro e espero que tenhamos andamento para andar na frente.” Apesar das duas vitórias conquistadas esta temporada – uma em Zhuzhou e outra em Zhejiang – o novo MG5 XPower TCR ainda continua numa fase muito primária de desenvolvimento, devido aos atrasos provocados pela pandemia, estando ainda longe do nível dos melhores carros da categoria TCR, tendo acusado por diversas vezes problemas de fiabilidade que levantam várias interrogações antes do debute do carro da marca sino-britânica num circuito citadino. “Fazer um bom resultado em Macau contra os Lynk & Co sei que não vai ser fácil. Mas claro que quero continuar a ser o melhor piloto da MG, no entanto, para isso é preciso pontuar nas duas corridas”, refere o piloto do território. “Tive problemas de travões nas duas provas que disputamos este ano e o Circuito da Guia não tem escapatórias. Aqui se ficarmos sem travões, as consequências são mais graves.” A equipa da Lynk & Co, que tem os seus três pilotos nas três primeiras posições no TCR Ásia, irá ser liderada por Jason Zhang Zhi Qiang, vencedor da Corrida da Guia nos dois últimos anos, escudado pelos experientes David Zhu e Sunny Wong. A MG XPower Racing reforçou-se para esta corrida com o ex-campeão do mundo Rob Huff. O inglês trará o seu vasto conhecimento e experiência ao volante de viaturas da classe TCR para a equipa de Xangai. “Vamos ver como ele se vai adaptar ao carro. Ele apenas teve um breve contacto com o MG5 na pista Tianma, mas é sempre muito forte aqui em Macau. De certeza que ele vai ajudar a puxar pela equipa para cima e a melhorar alguns processos”, explica Rodolfo Ávila que já foi por várias vezes companheiro de equipa do inglês que soma nove triunfos nas ruas da cidade. A Taça de Carros de Turismo de Macau terás duas corridas de nove voltas, sendo que ambas valem os mesmos pontos.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauDia inglório para Souza Filipe Souza tinha razões para estar desgostoso no final do dia. O piloto de Macau viu novamente fugir-lhe um lugar no pódio. Depois de ter obtido um brilhante segundo lugar na qualificação, na corrida de sábado, o piloto do Audi RS 3 LMS TCR caiu para sexto no arranque, recuperando duas posições até ao final da corrida de oito voltas para garantir a quarta posição na grelha de partida para a corrida decisiva de ontem. Porém, rapidamente todo o esforço se esfumou. “O sistema de luzes não é igual às provas internacionais, o ritmo aqui é diferente”, explicou Souza ao HM. “As luzes têm um ritmo diferente de acender e apagar. Por isso, falhei o arranque e recebi um ‘Drive Through. Foi azar.” Apesar de reconhecer o erro, Souza também aponta o dedo à direcção da corrida pelo que sucedeu a seguir. “Eu reparei que tinha o ‘Drive Through’, mas eles também falharam. Primeiro mostraram-me o aviso com o número nº26, o meu número, e depois mostram-me com o nº27. Fiquei na dúvida se seria o meu número ou não, e se não era um erro. Por isso, não entrei nas boxes imediatamente e ao dar mais uma volta recebi logo a bandeira preta. Não dava para entrar nas boxes”, esclareceu o piloto do território. “Eu disse à organização que tinha visto dois números diferentes, mas sabia que tinha feito uma falsa partida. Só que a ver uma bandeira com um número diferente, pensei que tinham errado. Esperei que me mostrassem o número correcto mais uma vez, só que em vez disso, mostraram-me a bandeira preta. Acho que falharam um bocado. Complicaram as coisas. Mas não sei… Foi um azar”, disse o conformado experiente piloto da RAEM. Num fim de semana em que voltou novamente a rodar na parte da frente da corrida, Souza acredita que teria sido possível terminar nos três primeiros classificados: “Eu estava com um ritmo bom e se não fosse o ‘Drive Through’ teria passado os dois carros que estavam à minha frente e tinha ido ao pódio. Tinha reparado que eles estavam com problemas de pneus e acabaram por rebentar. O carro estava bom, bem afinado. Estava com boas sensações e a lutar com pilotos de fábrica. Nunca poderia competir contra eles, porque eles têm apoios muito melhores. Para o ano ainda não sei o que vou fazer, vou parar e ver.”
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauPneus decidem vencedor da 50.ª Corrida da Guia Jason Zhang Zhi Qiang venceu a 50.ª edição da Corrida da Guia, obtendo o seu segundo triunfo consecutivo na prova e o terceiro da marca chinesa de automóveis Lynk & Co. A equipa oficial do construtor automóvel do grupo Geely Auto confirmou o seu favoritismo, mas o que parecia um triunfo fácil acabou por se tornar uma vitória à tangente. Quanto aos pilotos do território, continua a manter-se a tradição de meio século sem pilotos locais no pódio. Com o título do campeonato TCR Ásia também em jogo, Ma Qing Hua venceu a corrida de 8 voltas de sábado e colocou-se na pole-position para corrida de ontem, tendo ao seu lado Jason Zhang. Para este último, o segundo lugar atrás do seu companheiro de equipa era o suficiente para ir para casa com o título no bolso. Todavia, logo nos primeiros metros da prova ficou perceptível que esta não ia ser uma corrida aborrecida. Inesperadamente, Sunny Wong, no terceiro Lynk & Co 03 TCR oficial, intrometeu-se entre os dois pilotos que discutiam o título. Depois, Lo Sze Ho, que guiava aqui pela primeira vez um Hyundai i30 N TCR, juntou-se ao grupo, mostrando que era capaz de, também ele, ter uma palavra a dizer na luta por um lugar no pódio. Acrescentando uma pressão suplementar aos favoritos, Filipe Souza seguia imediatamente atrás, a aguardar um erro de algum dos seus adversários. Na primeira metade da prova, Ma, Zhang e Wong trocaram diversas vezes de posições, com Ma a subir a primeiro, seguido de Zhang e Wong. Entretanto, Filipe Souza desaparecia. O melhor dos pilotos de Macau recebeu uma penalização de “Drive Through” por alegada falsa partida, mas, como não a cumpriu ao fim de duas voltas, mostraram-lhe a bandeira preta e foi desclassificado. Para todos os gostos O construtor de pneus inglês Avon foi nomeado este ano como fornecedor exclusivo de pneus para a Corrida da Guia, sem nunca antes ter equipado a grelha de partida de uma corrida internacional com viaturas TCR. E acabaram por ser mesmo os pneus a ditar o vencedor da corrida. Na última volta, quando Ma seguia à frente e Zhang era um feliz segundo classificado, o ex-piloto de testes de F1 teve um furo. O seu companheiro de equipa apercebeu-se da situação, mas não quis ficar com a vitória, até porque o título já não lhe fugia, e ambos os carros continuaram em marcha lenta sem trocar de posições num espectáculo bizarro. Zhang aguentou a tentação até onde foi possível, mas como Lo Sze Ho rapidamente recuperou os seus trinta segundos de atraso, o piloto chinês partiu rumo à vitória na corrida, colocando a “cereja no topo do bolo”, vencendo pela segunda vez a mais prestigiada corrida de carros de Turismo da Ásia, conquistando assim o seu primeiro título internacional. Lo Sze Ho subiu ao segundo lugar do pódio, fruto de mais um fim de semana imaculado, enquanto a “coxear” Ma cortou com esforço a linha de meta no terceiro lugar. Pior sorte teve Wong, no terceiro carro da equipa, que desistiu também ele com um furo. E continuando a falar de furos, Kelvin Wong, em SEAT Leon TCR, foi o melhor dos pilotos de Macau, na 11.ª posição, também ele a terminar com um furo. Já no sábado, um furo arruinou as esperanças de um bom resultado final a um dos favoritos da corrida. Andy Yan (Honda Civic) foi obrigado a desistir quando seguia na terceira posição a pressionar os Lynk & Co. Oito horas depois da corrida, foi confirmada a desclassificação de Lo Sze Ho, por irregularidades no turbo do Hyundai, sendo promovido Ma a segundo e Yang Xiao Wei (SEAT Léon) a terceiro.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauPenalização relegou Junio Pereira para o 26.º lugar O macaense Junio Pereira realizou a estreia no Grande Prémio ao participar na corrida de Carros de Turismo de Macau. Apesar de um enorme susto, e de ter entrado em pião no principal acidente do fim-de-semana, Pereira conseguiu atravessar a confusão sem qualquer dano. No final, admitiu ter adorado a adrenalina da competição. “Era um sonho participar no Grande Prémio e depois desta corrida, se tiver a oportunidade, vou regressar”, disse Pereira, ao HM. “Depois dos problemas dos primeiros dias, hoje [ontem] ganhei muitos lugares. Acabou por ser um fim-de-semana muito mais intenso do que estava à espera”, confessou. Na altura das declarações, Pereira ainda não tinha sido penalizado com 30 segundos, por ultrapassar durante o período de Safety Car.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauRui Valente terminou em 5.º apesar de acidente Rui Valente esteve envolvido num acidente muito violento e, no final, não conseguiu esconder toda a emoção. Numa altura em que atravessa um momento complicado da vida pessoal, devido à morte do pai, o português não conseguiu evitar as lágrimas. “Tinha dito que se ganhasse era o último ano de Grande Prémio de Macau. Não ganhei, apesar de fazer uma grande corrida. Não sou vaidoso no que faço, mas acho que foi uma das minhas melhores prestações em Macau”, disse Rui Valente. “Estava muito empenhado. Muita coisa se passou nos últimos dois meses, com o falecimento do meu pai, e agora com este acidente. Estou muito emocionado, mas não ganhei. Vou voltar”, prometeu.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauSabino Osório Lei alcançou o segundo lugar da corrida de Carros de Turismo de Macau Para Sabino Osório a corrida acabou por ter um sabor misto. Feliz por ter terminado no pódio, o piloto não deixou de lamentar os violentos acidentes. “Estou feliz com o segundo lugar, porque é a terceira vez que estou a competir nesta pista, que é um lugar muito especial para mim. Adoro esta corrida”, começou por dizer Sabino. “Infelizmente aconteceu este acidente, e só desejo que todos fiquem bem. São acontecimentos que ninguém gosta de ver nas corridas”, acrescentou.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauCélio Alves Dias venceu a corrida de Carros de Turismo de Macau A corrida de ontem marcou a estreia de Célio Alves Dias a vencer em Macau, depois de várias tentativas e de um ritmo muito forte. “Estou contente com a vitória, mas foi uma corrida muito agridoce. Não estava à espera de ganhar e acabar com o carro todo destruído. Era novo e vai para a sucata. É uma sensação agridoce”, afirmou, no final, ao HM. Apesar da destruição, Célio não afasta a possibilidade de voltar a competir no próximo ano. “Claro que quero voltar para competir. Mesmo sem carro, vou pensar numa solução”, sublinhou.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauJerónimo Badaraco desistiu na Challenge Cup Badaraco foi o piloto mais rápido na corrida de ontem, ao fazer a melhor volta com uma distância de pelo menos um segundo para todos os outros. Todavia, tal como no sábado, faltou na fiabilidade o que tinha sobrado na velocidade. “Este fim-de-semana não estive acompanhado pela sorte e as coisas não correram muito bem. Na última corrida, e talvez tenha tido culpa no que aconteceu, puxei demasiado e fiquei sem travões, na curva da Melco. Se não fossem os travões acredito que tinha ficado no pódio”, considerou. “O carro estava com um ritmo mesmo muito elevado, mas depois de sair na Melco só parei quando cheguei à passadeira [à frente do Edifício da DSAT]. Os travões também se incendiaram, e como tinha perdido muitas posições, desliguei o carro e decidi parar por ali”, explicou.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauLuciano Lameiras foi 11.º na Challenge Cup Durante a prova, Luciano Lameiras rodou por várias voltas no terceiro lugar e até esteve na luta pelo segundo. Contudo, problemas com o aquecimento do carro condicionaram o resultado. “No início o carro estava muito bom, com muita velocidade. Só que a meio da prova comecei a ter problemas. No início não eram muito sérios, mas a temperatura do carro começou a aquecer e tive de reduzir o ritmo. Já não podia ir a 100 por cento, só a 90 por cento”, revelou o piloto do Mitsubishi Evo 9. Contudo, pressionado por Delfim Mendonça, de quem até sofreu um toque na traseira, acabou por ver os problemas agravarem-se. “Ao ritmo de ataque era difícil arrefecer o carro, porque estava a ser muito pressionado. Isso fez com que não pudesse gerir a temperatura. E depois os problemas agravaram-se. Fiquei desiludido por não ir ao pódio”, admitiu. “Mas as corridas são assim, tive duelos interessantes e diverti-me bastante”, contou.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauEurico de Jesus terminou a Challenge Cup no 7.º lugar Eurico de Jesus alcançou o sétimo lugar, numa corrida com muitas desistências. No entanto, a selecção dos pneus para a prova foi uma grande condicionante. “Não posso dizer que este ano o meu desempenho tenha sido tão bom. Não porque não tenha conduzido bem, até acho que não estive mal, mas os pneus eram novos, não tive tempo de pista suficiente e não acertei com as afinações”, explicou. “Tive uma prova muito solitária, porque não tinha andamento para quem estava à minha frente e, para os pilotos de trás, tinha uma vantagem superior a um minuto. Foi uma corrida em que estive focado em terminar e em desfrutar da pista”, acrescentou.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauDelfim Mendonça foi 2.º na Taça Challenge Delfim subiu pela primeira vez ao pódio no Circuito da Guia e cumpriu um sonho de infância: “Estar no pódio em Macau é um sonho. Vou celebrar muito com a minha família, a namorada e a minha equipa. É um resultado muito especial”, afirmou Delfim, ao HM. “Nunca parei de puxar durante toda a prova e tive muitas lutas intensas até alcançar este resultado”, confessou. Apesar disso, Mendonça acredita que poderia ter alcançado mais: “Este segundo lugar foi um bom resultado, mas gostava de ter alcançado o primeiro. Talvez se a prova tivesse mais voltas eu conseguisse fazer a diferença para o primeiro, ou, pelo menos, dar outra luta”, frisou.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauVitória de Wong Wan Long na Challenge Cup marcada por duelo macaense O primeiro vencedor do dia de ontem foi Wong Wan Lon, que se impôs a toda a concorrência e com muito à vontade, durante as 12 voltas da corrida Challenge Cup. O piloto já tinha mostrado no sábado que tinha o melhor ritmo, porém, um excelente arranque na prova de ontem permitiu-lhe fugir luta à entre os perseguidores. “Estou muito feliz com a vitória. Parti como líder do pelotão e estava à espera de ser muito atacado. Não foi isso que aconteceu e felizmente encontrei um bom ritmo que me permitiu chegar ao fim e ganhar”, disse Wong, no final da prova. Imune a pressões, o vencedor distanciou-se dos três Mitsubishi de Delfim Mendonça Choi, Luciano Lameiras e Chan Chi Ha, responsáveis por um dos duelos mais interessantes de todo o fim-de-semana. Delfim Mendonça a levou a melhor, com um segundo lugar. O piloto arrancou em terceiro, foi relegado para quarto, mas nunca desistiu. A luta pelo segundo lugar foi a mais intensa e Choi chegou mesmo a bater na traseira de Luciano Lameiras na parte mais lenta do circuito. Na altura do toque, Lameiras já enfrentava problemas de sobreaquecimento, que fizeram com que tivesse de abrandar e perder várias posições, o que jogou a favor de Chan, que assim foi terceiro. Ao longo das 12 voltas, Jerónimo Badaraco foi o piloto mais rápido em pista. No entanto, como já tinha acontecido na prova de sábado, em que desistiu com problemas mecânicos, o carro não aguentou até ao fim. Badaraco perdeu os travões quando já tinha recuperado várias posições e era o mais rápido em pista, e acabou por sair em frente no gancho da curva Melco. No final, assumiu as responsabilidades no incidente, por ter puxado demasiado o carro.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauCarros de Turismo Corrida marcada por acidentes violentos e pilotos no hospital Célio Alves Dias foi o grande vencedor da prova, mas faltou à cerimónia do pódio, por se encontrar no hospital. Para Rui Valente, a manhã começou com o pior acidente de sempre no Circuito da Guia Célio Alves Dias foi o vencedor da Corrida de Carros de Turismo de Macau, que terminou com dois acidentes que envolveram 19 viaturas. As colisões aconteceram após a saída do safety car, e levaram três pilotos para o hospital, entre os quais o vencedor e Lin Li. A confusão começou à terceira volta, quando Cheong Chi Hou (Peugeot RCZ) parou com uma avaria perto da recta da meta e a viatura teve de ser removida da pista. O procedimento levou à entrada do Safety Car. Com o recomeço da corrida, gerou-se a confusão. A existência de óleo no circuito terá levado a que Cheang Kin Sang (Mini) se despistasse, após a Curva R, e a uma colisão com 16 viaturas. O carro de Cheang ficou numa zona cega e de aceleração, e os outros concorrentes pouco conseguiram fazer para evitar as colisões. Ao HM, Célio Dias afirmou que a existência de óleo pode ter estado na origem do acidente. “Quando passei naquele local do acidente [na altura do recomeço], senti que havia ali óleo porque o carro escorregou bastante”, revelou. Junio Pereira (Ford Fiesta) também esteve envolvido no acidente, entrou em pião, mas evitou danos. “Vi que as bandeiras amarelas já não estavam a ser mostradas e comecei acelerar a fundo, para acompanhar o carro que estava à minha frente. De repente, e sem que esperasse, vi surgiram vários carros batidos, a bloquear a maior parte da pista”, contou Pereira, ao HM. “Só pensei em encontrar um buraco para me desviar da confusão, foi o que fiz, mas perdi a traseira. Felizmente não acertei no muro”, acrescentou. Menos sorte teve Lin Li (Honda Civic) ao embater no carro de Lam Ka Chun (Ford Fiesta) e capotar. A piloto teve de ser transportada de ambulância para o hospital, onde foi diagnosticada com uma fractura da vértebra T11. Lin está numa situação estável. Um mal nunca vem só Além da curva R, também a curva seguinte, a primeira do circuito causou problemas. Célio Dias que liderava, ao mesmo tempo que atrás acontecia a confusão, foi igualmente surpreendido por óleo na pista. O Mini perdeu o controlo e foi atingido por Lui Man Fai (Mini), que sofreu uma fractura lombar. O piloto está numa condição estável. “Eu não sei bem o que se passou. Acho que havia óleo na pista, porque fui cuidadoso na abordagem à curva. No entanto, o carro começou a escorregar na curva, por isso, acho que havia óleo”, relatou Célio Dias. No mesmo local, bateu também Rui Valente (Mini). O piloto travou forte para evitar Célio e Liu, mas acabou por perder o controlo e ter o “acidente mais violento da carreira” em Macau. “Quando entrei na curva, apercebi-me que houve um acidente e puxei o carro para a esquerda. Em vez de virar, entrei em pião, por isso, não sei se fui tocado por trás, ou se havia óleo”, relatou. “O carro ia muito depressa e já só me apercebi que ia bater no rail. Bati muito forte, e tenho o carro todo partido”, acrescentou. A corrida foi imediatamente dada por terminada. Célio Dias foi considerado vencedor, à frente de Sabino Osório Lei e Lui Man Fai. “É a primeira vez que fiquei em primeiro em Macau. Por isso, estou contente com a vitória, mas também fiquei com um carro novo destruído”, afirmou Célio sobre a vitória. O vencedor faltou à cerimónia do pódio, porque foi transportado para o hospital onde esteve três horas a ser observado. No seu lugar do pódio esteve a mulher, Kitty.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauTaça GT: O’Young vence e Ye queixa-se A segunda vitória na Taça GT Macau foi uma história recheada de peripécias para Darryl O’Young. Depois de cumprir 21 dias de quarentena e de ter sido vítima de um aparatoso acidente na corrida de qualificação, o piloto de Hong Kong tinha muitas razões para sorrir no final da corrida. “Estou sem palavras, para ser honesto”, disse O’Young, que arrancou da segunda posição e ultrapassou o Porsche 911 GT3-R de Leo Ye Hongli logo nos primeiros metros da corrida. “Conseguimos chegar à grelha quando faltavam dez segundos. Se abrissem o portão e eu não conseguisse sair, estava fora. Literalmente dez segundos antes conseguimos ter o carro pronto. Os rapazes trabalharam durante toda a noite. Esta vitória é para eles”. O experiente piloto de Hong Kong, com o seu Mercedes-AMG GT3 remediado, conseguiu subir ao primeiro lugar no arranque e aguentou a pressão do vencedor da corrida do ano passado no reinício da corrida para uma volta de “tudo ao nada” final. “O carro ainda está danificado, o chassis está dobrado. Estou seguro de que os rapazes que iam atrás podiam ver que estava em muitas dificuldades. Apenas tentei controlar a corrida. Na montanha não puxava muito para tentar poupar os pneus e cá em baixo tentei dar o máximo, onde me podiam atacar. Talvez o Safety-Car me tenha salvo um pouco, hoje”, explicou o vencedor da corrida. Amargo óleo Leo Ye, que tinha sido o mais rápido na qualificação e vencido a corrida de sábado, terminou no segundo lugar e visivelmente desagradado, queixando-se do óleo que saía do escape do Mercedes. O piloto chinês disse que o seu adversário deveria ter sido advertido por estar a espalhar óleo na pista, dificultando e de que maneira a sua condução. “Parabéns ao Darryl, realizou um bom trabalho”, disse Leo Ye. “O problema é que durante toda a corrida atirava óleo para o meu pára-brisas. No final já não conseguia ver nada. Também os meus pneus estavam cobertos de óleo. Mas gostei da luta com o Darryl. Ele defendeu-se bem”. No fim da prova, a equipa de Leo Ye, a Toro Racing, protestou o arranque de O’Young. Contudo, os comissários técnicos verificaram a informação do dispositivo de registo de dados consideraram que o vencedor não infringiu a velocidade máxima de 90 km/h no arranque. A surpresa da prova foi Luo Kai Luo, que fez a sua estreia este fim de semana no Circuito da Guia no Mercedes-AMG GT3 da Toro Racing. O piloto chinês foi uma ameaça consistente ao longo da corrida, passando toda a prova na traseira do seu colega de equipa Leo Ye para conquistar um inesperado terceiro lugar. Traído pela sinalização Darryl O’Young estava a fazer a corrida de qualificação de sábado e o suficiente para arrancar da primeira linha da grelha de partida para a corrida decisiva de ontem. Contudo, quando rodava confortavelmente na segunda posição, à quinta volta, o pior aconteceu: “Havia um carro parado à minha frente (ndr: o Lamborghini Huracán GT3 Evo de Tang Ruo Bin) com o motor partido e eu estava a aproximar-me bastante depressa porque não havia qualquer indicação de óleo na pista”, recordou. “Também não conseguia ouvir bem com o meu rádio… Eu sabia que havia um acidente à minha frente, mas não reparei que havia óleo na pista e não vi qualquer bandeira a assinalar que a pista estava escorregadia. Travei ligeiramente, mas não muito levemente e assim que toquei nos travões, o carro perdeu a traseira e ficou fora de controlo”, acrescentou sobre um dos grandes acidentes da prova. Apesar de combalido, o experiente piloto de Hong Kong, e primeiro vencedor da Taça GT Macau em 2008, realçou que “o carro sofreu um forte impacto”, mas que estava bem. “Apenas tive que ir ao Centro Médico para ser examinado”, contou. Mal o carro chegou à zona das boxes, os mecânicos da Craft Bamboo Racing começaram a desmontar o Mercedes-AMG GT3 de forma a perceber se este estaria em condições para correr. Além da limitação de pessoal, pois os membros estrangeiros da equipa de Hong Kong não puderam estar presentes no evento, e do limite de passes atribuídos às equipas, restringindo a presença de apenas três mecânicos, um engenheiro e um chefe de equipa por carro, havia a questão de existirem em Macau todas as peças sobressalentes e se o chassis do carro alemão estaria danificado. Depois de uma “directa” a trabalhar no duro, os elementos da equipa conseguiram terminar a reparação do Mercedes a dez minutos do fecho do pitlane. Como o próprio piloto confessou, o carro ficou com o chassis danificado, mas tal não colocou em causa a segurança. Desentendimento em pista causou brutal acidente O dia de sábado ficou marcado por dois aparatosos acidentes na Taça GT Macau. No início da tarde, no “Warm Up”, uma sessão que não tem qualquer influência nos resultados, mas que todos os pilotos foram obrigados a participar, Dennis Zhang Ya Qi bateu de frente nas barreiras de protecção do lado de fora da Curva do Mandarim. Numa zona em que os carros da categoria GT3 atingem velocidades superiores a 215 km/h e os pilotos não travam, o chinês não se apercebeu que estava a ser ultrapassado por dentro por Alex Imperatori, e ambos os carros acabaram por se tocar. O resultado para o piloto do Audi foram duas costelas partidas, um pneumotórax e uma contusão no pulmão direito. Imperatori também não vai esquecer o episódio, até porque lhe custou uma possível vitória no domingo. O Porsche 911 GT3 R da Meidong Racing chegou à grelha de partida da corrida da tarde de sábado fora de horas e com os pneus montados do “Warm Up”, não tendo oportunidade para os trocar. Uma jante danificada causou um furo lento quando o piloto suíço residente em Xangai seguia em terceiro, o que obrigou a uma ida às boxes e a queda até ao 14.º lugar.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauFórmula 4 Charles Leong conquistou o segundo triunfo no Circuito da Guia O piloto de Macau é o rei das edições do Grande Prémio em tempos de covid-19 ao somar a segunda vitória consecutiva na Fórmula 4. No final, Leong definiu o fim-de-semana como perfeito e mostrou-se satisfeito por ter tido a oportunidade de mostrar o seu “talento” Charles Leong venceu a prova rainha da edição de 2021 do Grande Prémio de Macau, ao dominar treinos livres, qualificação e as duas corridas. Ao longo do fim-de-semana apenas Andy Chang pareceu rodar perto de Leong, mas alguns azares e erros fizeram com que nunca tivesse em posição de verdadeiramente ameaçar o rival. No domingo, Leong arrancou da pole-position e fez uma corrida solitária. Ainda foi pressionado por Andy Chang logo no arranque, mas o segundo classificado saiu largo e perdeu o contacto com a frente. A partir daí, o vencedor apenas teve de gerir, apesar de recusar que a vitória tenha sido simples. “Pode parecer muito fácil visto de fora, mas é sempre necessário evitar que o carro atinja as barreiras. Por exemplo, quando se compete com uma distância grande para os adversários não quer dizer que não se corra riscos, é preciso estar sempre muito concentrado, porque não deixamos de travar tarde para as curvas e há riscos na pista”, explicou. No entanto, Charles adorou o fim-de-semana: “Foi uma corrida perfeita, desde a preparação feita em Zhuhai [onde ganhou quatro corridas de F4 em Outubro] até hoje [ontem]. É fantástico, não tive qualquer falha mecânica”, indicou. “É um sentimento incrível, é mesmo muito especial, porque sou de Macau, nasci aqui e cresci aqui. É simplesmente especial. Não sei como descrever este sentimento de ganhar pela segunda vez” confessou. A prova teve pouca história, mas o mesmo não se pode dizer da participação de Andy Chang. Após falhar o arranque na corrida de sábado, foi penalizado com drive through quando seguia em segundo, por falsa partida. Cumprida a penalização, voltou à pista em quarto. Porém, como Andy e Charles estavam tão acima da concorrência, não teve problemas em recuperar. “Foi uma corrida dura, e o meu início foi terrível, porque acho que estava a ser muito lento. Arrisquei na Curva do Hotel Lisboa ao tentar travar mais tarde, porque achei que era a única hipótese de ultrapassá-lo [ao Charles], mas não consegui”, resumiu. “Depois recebi uma penalização, mas ainda consegui regressar ao segundo lugar. Fiquei feliz com o resultado”, considerou. Apesar do início lento, Chang foi melhorando os tempos de forma progressiva e à nona das 12 voltas estabeleceu o tempo de 2m29s331, novo recorde para a F4 no traçado da Guia. Vence e admite abandonar a carreira de piloto Minutos depois de vencer pela segunda vez o Grande Prémio de Macau, Charles Leong admitiu sentir que nas condições actuais é incapaz de acrescentar muito mais à carreira. O piloto pretende assim focar-se na licenciatura universitária e numa carreira como agente e promotor dos pilotos locais. “Não tenho a certeza sobre o que vou fazer no próximo ano. Tenho de terminar os estudos universitários, porque estou no segundo ano da licenciatura. Também nestas condições é muito complicado competir. Antes das corridas de Zhuhai, no mês passado, quase não corri. Foram 10 meses sem entrar no carro”, desabafou. “Com tantas limitações e como não se pode competir em Macau, pelas condições naturais, fico com o sentimento já cumpri a minha parte [no automobilismo local]”, acrescentou. No entanto, o futuro não implica um afastamento da modalidade. Charles Leong diz estar focado na promoção de talentos locais. “Quero ajudar a desenvolver os pilotos locais e a cultura de automobilismo. Temos bons recursos em Macau, como o Grande Prémio, a pista e provas de karting, mas sinto que falta alguém que saiba acompanhar os jovens e agência-los”, admitiu. “Como eu e o Andy temos experiência das corridas na Europa e conhecemos o meio, talvez possamos fazer esse papel”, acrescentou. “Acho que posso dar um acompanhamento aos pilotos que não tive, quando aos 16 anos fui para o Reino Unido. Na altura, tive de organizar as coisas por mim, mas os outros tinham agentes. Isso ajuda”, sublinhou. Andy Chang entusiasmado com GT3 No próximo ano, Andy Chang espera competir em Macau, dando o salto para a categoria de GT3. O piloto cumpriu este ano a segunda prova com os Fórmula 4, após se ter batido em anos anteriores com os melhores do mundo na categoria de Fórmula 3. “Acho que os GT eram uma aposta interessante, porque são carros rápidos. Também como competi com os F3, acho que me conseguiria adaptar bem, ao contrário dos Carros de Turismo que têm tracção dianteira”, afirmou. Todavia, o piloto não deixou de reconhecer que o objectivo apresenta vários desafios, devido à falta de patrocínios. “É cada vez mais difícil conseguir os patrocínios, o que é muito limitativo”, sublinhou.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauCorrida da Guia: Souza quer vencer na sua 20.ª corrida no GP Em quarenta e nove edições da Corrida da Guia, nunca um piloto de Macau conseguiu subir ao pódio. Filipe Souza é o piloto da RAEM que melhor se classificou na corrida, um quarto lugar no ano passado. Este ano, naquela que é a sua 19.ª participação e 20.ª corrida no Grande Prémio de Macau, o piloto macaense, que vai conduzir novamente um Audi RS 3 LMS TCR, vai tentar “quebrar esse enguiço”, quiçá mesmo vencer a corrida de 12 voltas de domingo. Hoje Macau: Não escondes que queres terminar, pelo menos no pódio, achas que é possível vencer? Filipe Souza: Sinceramente não quero só terminar pódio, quero ganhar e acho que posso ganhar. Este ano, não participei em muitas corridas na China mas testei muito. Não só em carros de Turismo, mas também fiz testes de Fórmula Renault no Circuito de Zhuhai para ganhar mais velocidade. HM: Os Lynk & Co são os favoritos à vitória. Qual é a vantagem que eles têm sobre ti? FS: Os Lynk & Co são carros muito fortes. Não só no equilíbrio, mas também têm um motor muito potente. Isto, para além de também terem apoio dos engenheiros de fábrica, da equipa oficial da FIA WTCR. HM: Vai ser a primeira corrida internacional de TCR com pneus Avon. Achas que esta situação te pode ajudar? FS: Acho que em principio não terei tanta vantagem nos pneus. Testei com estes pneus e já os conheço, mas também já vi muitos carros que participam no campeonato TCR China a testaram no Circuito Internacional de Guangdong com estes pneus Avon. HM: Quais são os teus planos depois desta prova? FS: Ainda não sei o que vai acontecer no próximo ano e o que eu vou fazer. Tenho alguns planos e ofertas, mas agora só quero ter a máxima concentração para a Corrida da Guia deste ano. Por acaso, gostava de testar os novos carros eléctricos de corrida (ETCR), mas ainda não existem estes carros na Ásia ou na China para poder testar, por isso ainda tenho que esperar.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauTaça de Carros de Turismo: Junio Pereira em estreia A falta de renovação no automobilismo local é um dos problemas que o desporto enfrenta há décadas, à qual não é alheia a comunidade lusófona do território. Como tal, a estreia do piloto macaense Junio Pereira na edição deste ano da Taça de Carros de Turismo de Macau reveste-se de especial interesse. Com apenas quatro corridas disputadas, todas elas este ano no Circuito Internacional de Guangdong (GIC), ao volante de um Honda Fit 1.5, para cumprir os requisitos necessários para obter a licença desportiva da AAMC para participar no Grande Prémio, Junio Pereira parte para o fim de semana com moderação, tendo a perfeita noção daquilo que o espera. “No que respeita a resultados, não tenho expectativas, pois nunca conduzi este carro antes. Portanto, vou tentar sentir-me confortável com o carro durante os treinos livres e a qualificação, já que não temos muito tempo de condução [antes das corridas]”, explicou o piloto do Ford Fiesta ST nº46 da SLM Racing Team. Ao contrário da maior parte dos seus rivais, Junio Pereira não tem um passado nas corridas, tendo sobressaído em provas de simuladores. Os bons resultados no digital abriram-lhe as portas para o automobilismo real. “Participei em algumas ligas de ‘sim racing’ organizadas por pessoas de Hong Kong. No início da pandemia, todas as corridas na China foram canceladas e muitos pilotos saltaram para a nossa liga e a plataforma cresceu tremendamente. Pilotos de Macau, como o Billy Lo ou On Cheong, e alguns de Hong Kong juntaram-se a nós. E aí, suponho que a equipa se apercebeu do meu potencial e convidou-me a testar no GIC”. O piloto, de 33 anos, espera que a sua experiência de “sim racing” o ajude este fim de semana no processo de “aprendizagem da pista e das trajectórias” a adoptar num circuito em que é impossível testar previamente na vida real. O próprio também reconhece que o “maior desafio vai ser habituar-me aos travões e, obviamente, às forças G”. As corridas realizadas no circuito de Zhaoqing serviram o “sim driver” ter um primeiro contacto com a realidade e que acabou por ser bastante positivo. “Para ser honesto, senti-me bastante confortável”, diz Junio Pereira que obteve um quarto lugar na sua categoria no cômputo das quatro corridas. “O Honda Fit é um carro super fácil de conduzir. Não é muito rápido e senti-me confiante no carro desde a primeira sessão de treinos-livres. Eu tinha realizado algumas corridas ‘online’ no GIC, o que ajudou, pois assim não tive que aprender muito sobre a pista”. E como foram os treinos no Circuito da Guia? “Um milhão de vezes, é a minha pista favorita…”
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauTaça Challenge Macau: Badaraco espera que estrelas se alinhem Jerónimo Badaraco venceu a classe 1600cc Turbo da edição passada da Taça de Carros de Turismo de Macau. Este ano, o piloto da Son Veng Racing Team iria alinhar na classe 1950cc e acima, mas, com o cancelamento da Taça Porsche Challenge, a categoria tornou-se novamente independente, dando lugar à Taça Challenge Macau. Questionado se o objectivo era repetir o feito do ano transacto nesta nova corrida, “Noni”, como é conhecido no meio, não entra em falsas euforias na sua vigésima primeira participação no evento: “é uma pergunta complicada”. Apesar de a corrida ter apenas dezassete inscritos, a verdade é que o nível é bastante equilibrado e o lote de favoritos, todos eles da RAEM, está bem preenchido. Desta vez, o piloto macaense vai deixar de lado o seu Chevrolet Cruze para conduzir um Mitsubishi Evo 9. Contudo, um bom resultado este fim de semana está dependente de vários factores: “Temos de ver várias coisas. Se a parte mecânica do meu carro corre ou não bem, se me consigo adaptar rapidamente e se consigo entrar no ritmo. Convém relembrar que não andei muito com este carro. Se tudo correr bem, eu acredito que consigo lutar por um lugar no pódio!” Este não foi um ano com muitas oportunidades para os pilotos do território prepararem a corrida mais importante do ano. “Esta temporada não fizemos muitos testes”, reconhece o vencedor da última edição da Taça ACP, realizada em 1999. “Devido à pandemia, eu próprio só fiz um dia de testes na China com o meu carro”. Com menos carros do que o habitual, devido à ausência do contingente de Hong Kong, não se espera muitas interrupções. Todavia, a fiabilidade das viaturas é sempre um ponto muito sensível nesta categoria e pode decidir uma corrida, como ficou visto em 2020 quando Kelvin Leong abandonou devido a uma falha técnica no carro quando seguia isolado na frente em direcção à Curva dos Pescadores já ao cair do pano. “Os carros desta classe têm muitas modificações para atingir o máximo possível de potência para obterem um bom resultado. Mas claro, se tudo correr bem, vou lutar por um lugar no pódio”, afirma Jerónimo Badaraco, ou não dissesse o mais velho adágio do automobilismo: “para chegares em primeiro, primeiro tens que chegar ao fim…”
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauGP F4: Charles Leong vs Andy Chang O segundo Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 deverá ser uma repetição da edição do ano passado, com um duelo entre os dois jovens pilotos de Macau: Charles Leong Hon Chio e Andy Chang Wing Chung Depois do sucesso do ano passado, Charles Leong pode tornar-se no primeiro piloto do território a vencer por duas vezes a corrida principal do Grande Prémio de Macau. Na única prova que o Campeonato da China de Fórmula 4 realizou este ano, no mês passado, em Zhuhai, Charles Leong venceu as quatro corridas e é nele que recaí novamente o favoritismo para a corrida de 12 voltas de domingo. “A prova de Zhuhai pareceu-me quase como um aquecimento para mim”, afirmou ao HM o piloto de 20 anos. “Para ser honesto, sinto que ainda não estou a 100% de regresso ao ritmo. Espero que consiga voltar a esse ritmo durante os treinos livres desta sexta-feira. Mesmo assim, estou confiante para a corrida.” O ex-campeão da F4 chinesa e da Fórmula Renault asiática, que não esconde as dificuldades que teve para reunir o orçamento necessário à participação, justifica a falta de ritmo com o facto de “antes da semana da corrida de Zhuhai, a última vez que tinha conduzido um carro de competição foi no Grande Prémio do ano passado. Foi muito tempo parado”. A aguardar uma qualquer fraqueza do seu adversário, e com as mesmas limitações, Andy Chang está igualmente optimista. “Sinto-me mais confiante”, disse ao HM. “Fiz algumas boas voltas em Zhuhai e bons resultados. Tenho uma melhor comunicação com o carro e vou dar o meu melhor para lutar pelo lugar mais alto do pódio”. Na edição passada, os dois primeiros terminaram separados por oito décimas de segundo na corrida de qualificação e por apenas meio segundo na corrida final. Andy Chang, no entanto, acredita que este ano vai ser diferente e que a luta entre os dois pilotos da RAEM vai ser ainda mais animada. “Espero que eu e o Charles consigamos oferecer um melhor espectáculo que no ano passado, com mais ultrapassagens e manobras defensivas”. Tal como o seu oponente, Andy Chang também gostaria de ter testado mais antes do Grande Prémio, mas admite que o regresso no ano passado foi muito mais complicado. “Este ano sinto-me muito melhor que em 2020. No ano passado, não conduzia um carro há quatro anos. Sentia que não estava a usar o músculo da memória para conduzir. Necessitei de me treinar mentalmente e fisicamente, mas os carros de Fórmula 4 são muito mais fáceis de conduzir do que os Fórmula 3”, reconhece o piloto da equipa Chengdu Tianfu International Circuit Team. Pressão zero Todos os olhos de Macau vão estar neste duo no fim de semana. Afinal de contas, serão estes dois a discutir a maior coroa desportiva a atribuir em Macau este ano. Apesar das circunstâncias e cientes do desafio que têm pela frente, ambos os pilotos estão tranquilos. Pelo menos, da boca para fora. “Não sinto pressão nenhuma”, responde prontamente Andy Chang, ele que vai disputar o seu sexto Grande Prémio de Macau. “Estar relaxado é a chave para conduzir no Circuito da Guia”, acrescenta. Já Charles Leong, que vai conduzir um Mygale-Geely preparado pela Theodore Smart Life Racing, também se diz relaxado, apontando “a maior pressão para o esforço feito para arranjar apoios para participar na prova”.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauTaça GT: Pneus desconhecidos criam problema às equipas Para as equipas da Taça GT Macau a edição deste ano reveste-se de um grande desafio suplementar. Ao contrário do ano transacto, onde a escolha de pneus era livre, um pneu obrigatório, que é do total desconhecimento de todos os participantes, vai complicar a vida das equipas este fim de semana “Estamos este ano limitados a um único fornecedor de pneus, o qual não tem estado presente em campeonatos GT a nível internacional, nem regional, o que leva a obtenção de dados para podermos afinar os carros de maneira segura em pista muito difícil”, explicou ao HM, Duarte Alves, o engenheiro responsável pela UNO Racing Team, a equipa oficial da Aston Martin Racing Asia. Para dificultar a vida dos participantes, “o anúncio tardio também por parte da AAMC no que refere aos regulamentos e pneus não deu oportunidade às equipas para testarem os limites dos pneus. Portanto, para todos será um autêntico tiro no escuro, onde na minha perspectiva, até poderá ser um problema de segurança, pois não sabemos até onde podemos “puxar” e obviamente que todas as equipas e pilotos estão no Grande Prémio para lutar por bons resultados”, acrescenta o engenheiro do território. No início da semana, as equipas ainda estavam à espera de receber um boletim da marca com as especificações técnicas das borrachas disponíveis, assim como os limites que poderiam explorar numa pista com as especificações tão particulares do Circuito da Guia. À luz destes regulamentos e com decisões em cima da hora, o responsável macaense afirma que “faria mais sentido optar por um fornecedor que a maiorias das equipas já conhecesse e tivesse competido nos campeonatos GT da China continental, onde todas as equipas competiram este ano, e conseguir assim trabalhar dentro da margem de segurança e poder optimizar a performance dos carros”. Regresso britânico Esta será a primeira vez desde 2015 que a Aston Martin enfrenta a Taça GT Macau com ambições. Além de Marchy Lee, segundo classificado na pretérita edição, a equipa de Hong Kong inscreve também um carro para David Pun, o vencedor da Taça GT – Corrida da Grande Baía de 2020. Contudo, apesar das aparências, os carros que vieram a Macau são bastante diferentes daquele que Stefan Mücke levou ao quarto lugar na Taça do Mundo de há seis anos. “Este ano a UNO Racing Team inscreveu os mais novos Aston Martin Racing Vantage GT3, onde para além dos desafios que já mencionei, é um carro a que a nível mundial não existe informação sobre como afiná-lo para o Circuito da Guia. Partimos de antemão com esse ‘handicap‘ comparado às outras marcas, as quais já estiveram presentes em várias edições”, conclui Duarte Alves, que não se arrisca a prognósticos, visto que “o Marchy nunca correu com o Aston Martin e o David é um piloto amador. Porém, um carro no pódio e o outro no Top-10 seria um resultado muito positivo”. Drones | Proibição de voar em toda a Península Devido à realização do Grande Prémio de Macau fica proibida a utilização de drones na Península de Macau, entre 19 a 21 de Novembro, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial.” São proibidas, entre 19 a 21 de Novembro de 2021, todas as actividades de voo com aeronaves não tripuladas na península de Macau, excepto as actividades oficiais expressamente autorizadas pela Autoridade de Aviação Civil”, pode ler-se no despacho assinado por Chan Weng Hong, presidente da Autoridade de Aviação Civil. TDM | Cobertura com 26 câmaras na pista A Teledifusão de Macau assegura a transmissão televisiva do Grande Prémio de Macau e vai dedicar 26 das 31 câmaras disponíveis para o evento do Circuito da Guia. Além destas, existem ainda três câmaras instaladas ao nível do chão e duas para seguir as conferências de imprensa. “Temos 31 câmaras, das quais 3 câmaras são ao nível do chão – para ter ângulos mais espectaculares – e duas câmaras a servir o centro de imprensa. E temos 26 câmaras na pista”, afirmou Frederico do Rosário, membro da Comissão Executiva, citado pela própria emissora. Prémios | Quase 200 mil dólares de Hong Kong para distribuir Ao longo do fim-de-semana, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau vai distribuir aos pilotos quase 200 mil dólares de Hong Kong, mais precisamente 198 mil. A informação consta do regulamento das diferentes competições. Se, por um lado, a corrida de Fórmula 4 é a principal do programa, o que é atestado pela Dança do Leão e pela presença do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, antes da partida, por outro, na hora de recompensar os vencedores, não há diferenças para os organizadores. Com o fim-de-semana divido em duas corridas por categoria, apenas a última vai atribuir prémios monetários. Os pilotos que ficarem no pódio no sábado limitam-se a receber os troféus, a garrafa de champanhe e a coroa de flores. Já no domingo, os vencedores das seis corridas vão receber 16 mil dólares de Hong Kong, ou seja, mais 10 mil do que a maioria pagou só para se inscrever no Grande Prémio. À excepção do Fórmula 4, todos os outros pagam 6 mil patacas. Os pilotos que ficarem no segundo lugar são recompensados com um cheque de 11 mil dólares de Hong Kong. O terceiro classificado recebe 6 mil dólares de Hong Kong, ou seja o que é pouco mais que o prémio pago só pela inscrição. Feitas as contas, cada corrida atribui 33 mil dólares de Hong Kong em prémios, o que multiplicando pelas seis competições representa 198 mil. Para receberem os prémios, os pilotos precisam de comparecer na Cerimónia Oficial de Atribuição dos Prémios, ou seja, um jantar que normalmente acontece na noite de domingo.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauTaça de Turismo: Rui Valente prudente na sua 29.ª participação Na sua 29.ª participação no Grande Prémio de Macau, Rui Valente é um sério candidato, pelo menos, a um lugar no pódio na Taça de Carros de Turismo de Macau, uma corrida que conta com uma exuberante lista de trinta carros inscritos este ano. Na pretérita edição, em que os carros de cilindrada 1600cc correram em conjunto com os concorrentes da categoria Road Sport (1950cc e Acima), Rui Valente obteve um terceiro lugar nos 1600cc. Este ano, os dois primeiros classificados na categoria, Jerónimo Badaraco e Cheong Chi On, mudaram-se para outras corridas, o que coloca o veterano português novamente na lista de favoritos aos lugares de pódio para a edição deste ano. Contudo, Rui Valente prefere assumir uma posição cautelosa sobre o assunto. “Este ano é possível pensarmos assim [terminar nos lugares do pódio da geral], pois corremos todos numa só classe”, afirma o piloto do MINI Cooper S nº20, carro que o vem a acompanhar nos últimos anos. “Se tudo correr bem, porque não pensar assim?”. Este ano a Taça de Carros de Turismo de Macau terá à partida um número significante de participantes que vai fazer a sua estreia no desafiante circuito de 6,2 quilómetros. Isso não preocupa Rui Valente, ele que fez a sua estreia no Grande Prémio em 1988 na então Corrida de Iniciados, onde terminou no terceiro lugar. “Macau não é fácil para qualquer principiante”, relembra o piloto que irá fazer a sua 32.ª corrida no evento (ndr: em tempos idos era possível realizar mais do que uma corrida no GP). “Espero que vão com calma e que se adaptem ao ritmo de corrida, evitando eventuais surpresas.” Este foi um ano sem grande actividade para os pilotos da RAEM. Contudo, Rui Valente foi uma presença, sempre que possível, nas corridas do “GIC Challenge” no Circuito Internacional de Guangdong, em Zhaoqing, ganhando com isso ritmo de corrida que poderá ser valioso no fim de semana mais importante do automobilismo no sul da China. “Como qualquer outra modalidade desportiva, quanto mais vezes a praticares durante o ano, a tua performance melhora”, explica o piloto. “Neste caso, manténs o teu ritmo de corrida e Macau sendo a última prova do ano queres sempre fazer o melhor aqui”. Tecnicamente, o pequeno MINI também sofreu algumas alterações com vista a melhorar a sua performance. “Vou utilizar pneus diferentes, da Michelin, e optei por um óleo de motor diferente, para rodar mais solto que o habitual. De resto, é tudo praticamente igual, apenas mudamos algumas peças por novas, para aumentar a fiabilidade, como esticadores da correia, a própria correia, para além de calços de travões ou rotores novos”, esclarece.