Roadsport | Badaraco subiu ao pódio em dia de aniversário, mas acabou penalizado

Em dia de aniversário, Badaraco recuperou de um 17.º até chegar ao segundo lugar do pódio. Horas depois da festa, chegou a má notícia, com uma penalização a relegá-lo para 15.º. Já Rui Valente foi colocado fora de pista, depois de recuperar várias posições

Em dia de aniversário, Jerónimo Badaraco subiu ao segundo lugar do pódio da prova do Roadsport Challenge, depois de ter arrancado de 17.º. No entanto, o pior chegou depois, quando os três primeiros, todos pilotos locais, foram penalizados e relegados na classificação geral, por ultrapassarem antes da linha de partida, após a saída do safety car, outros carros que se despistaram.

O macaense teve assim um revés ao ser relegado para 15.º, depois de uma corrida quase perfeita: “Foi muito injusto e acho que os stewards não sabem o que estão a fazer”, afirmou Jerónimo. “Acho que a decisão não foi transparente. Após a saída do safety car, vários pilotos bateram nas barreiras… claro que nós pensámos que eles não iam continuar em prova, após aquelas batidas e tivemos de ultrapassá-los”, explicou. “E mesmo que nós tivéssemos parado ou abrandado face aos despistes desses pilotos, íamos criar uma situação muito mais perigosa para todos, porque os carros atrás de nós seriam surpreendidos com a nossa travagem, pelo que haveria mais acidentes”, justificou.

Ainda assim, o macaense garantiu ao HM que a penalização não lhe ia estragar o dia: “Eu vou continuar a aproveitar o dia, subi ao pódio, bebi o champanhe, tirei as fotografias… Mais taça, menos taça, vou é continuar a celebrar”, garantiu entre risos.

Horas antes, Badaraco já havia explicado que subir ao pódio na Guia “é um sentimento diferente” que justifica “em 80 por cento” a sua opção de pilotar há 26 anos.

O piloto mostrou-se ainda satisfeito com a prova, por considerar que ninguém lhe pode tirar o mérito do que alcançou na pista, ao subir de 17.º para 2.º: “Antes da corrida pensei muito em como ia abordar a partida, para recuperar posições, e estava confiante num bom resultado. O mais importante foi não ter desistido, depois da qualificação, e não ter deixado de acreditar que era possível chegar ao pódio”, explicou o macaense. “Sei que o Circuito da Guia tem sempre muitas mudanças ao longo da corrida, há muitos safety cars e bandeiras amarelas, e sabia que tinha a experiência, e também a calma, para conseguir aproveitar as oportunidades”, realçou.

“Estragaram-me a corrida”

Por sua vez, Rui Valente desistiu e mostrou-se desiludido, devido ao que considerou um excesso do piloto que o tentou ultrapassar por dentro, na curva de acesso à estrada de São Francisco. “Não sei o que passou na cabeça do piloto que me tentou ultrapassar. Não consigo perceber como é que ele viu um espaço que simplesmente não existia!”, desabafou Valente. “Fui colocado fora de prova. Quando tentei fazer a curva, ele tocou-me e pronto, fiquei com a traseira danificada e tive de voltar à box para abandonar”, relatou.

Quando aconteceu o toque que colocou o final à corrida, Valente estava a circular entre os 10 primeiros, mesmo depois de um arranque menos conseguido, após a saída do primeiro Safety Car. Apesar deste aspecto, o macaense chegou a acreditar que era possível alcançar um resultado entre os cinco primeiros: “Eu estava com bom ritmo, estava confiante e acho que ia conseguir um resultado entre os cinco primeiros…. São as corridas…”, lamentou.

O macaense fez ainda um balanço de um fim-de-semana “complicado” em que também esteve envolvido num outro acidente na sessão de treinos livres. “Para ser sincero não foi um dos fins-de-semana em que mais me diverti em Macau. Tive esse primeiro toque, que me condicionou a qualificação. Na corrida até estive bem, a ganhar posições, mas colocaram-me fora de pista…”, realçou.

Com 64 anos, Rui Valente admite agora que pode ficar de fora da próxima edição do Grande Prémio: “Com um modelo de qualificação para Macau tão difícil e depois com corridas com tantos acidentes, vou ponderar o que fazer no futuro”, confessou. “Não quero ficar parado, quero continuar activo e envolvido em diferentes actividades, por isso, se encontrar uma actividade que me ocupe e me faça sentir bem, talvez fique de fora das corridas no próximo ano”, contou.

Resultados

1.º Leung Tsz Wa Toyota GR86 40m09s237

2.º Adrian Chung Toyota GR86  a 0.148

3.º  Tsang Pak Yin Toyota GR86 a 0.407

(…)

15.º Jerónimo Badaraco Toyota GR86 a 29.061

Alto e Baixo

Alto

A prestação de Jerónimo Badaraco com a recuperação de várias posições mostra a importância que a experiência tem no circuito

Baixo

O safety car ficou em pista demasiadas voltas, o que reduziu em muito o tempo de corrida

17 Nov 2025

Curtas do Grande Prémio

Espectadores | Mais de 110 mil passaram pelas bancadas

Ao longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau mais de 110 mil pessoas passaram pelas bancadas do Circuito da Guia, um aumento em relação ao ano passado, que ficou marcado pela passagem de um tufão. Segundo os números oficiais, o bom tempo ajudou e na quinta-feira houve mais de 15 mil espectadores, na sexta cerca de 28 mil e no sábado 35 mil. Ontem, no dia das principais corridas, o número de espectadores ficou acima dos 32 mil.

Tabaco | Harmony Racing multada

A equipa Harmony Racing, do piloto Ye Yifei, foi multada em 500 euros, depois de um dos membros ter sido apanhado a fumar na garagem. De acordo com a sanção dos stewards, o membro da equipa estava a fumar, quando foi abordado pelos responsáveis. Ao ser apanhado, apagou imediatamente o cigarro, dentro de um copo, onde estavam outras cinco beatas.

Grande Baía | Lu Wenlong superiorizou-se

Lu Wenlong (Lotus Emira) foi o vencedor da Taça GT- Corrida da Grande Baía, terminando à frente de Han Lichao (Toyota GR Supra GT4 Evo2) e de Liu Kai Shun (Lotus Emira). O experiente Leong Ian Veng (BMW M4 GT4) foi o melhor piloto de Macau ao terminar no quarto lugar, muito perto do pódio. Naquela que admitiu ser a despedida da Guia, Darryl O’Young (Mercedes AMG GT4 EVO), que durante vários anos competiu na Taça GT, não foi além de uma desistência. O piloto de Hong Kong bateu com o Mercedes ao sair de frente na entrada para a subida de São Franciso.

Organização | Evento satisfatório

A coordenadora da Comissão Organizadora considerou que o evento decorreu de forma satisfatória e que contribuiu, em conjunto com os Jogos Nacionais, para criar um ambiente festivo em Macau. Lei Si Leng destacou a valia para o Grande Prémio das sete corridas do programa que disse ser maravilhoso.

Quando questionada sobre um eventual regresso da Fórmula 3, a responsável afirmou que a organização vai continuar a cooperar com a FIA para escolher as corridas que mais se adequem a Macau. Ao mesmo tempo, deixou a garantia de que o plano passa por continuar a receber pilotos em idade de formação e que se espera que se afirmem como o futuro do automobilismo.

17 Nov 2025

Taça GT Macau | Fuoco vinga desastre de 2024 e vence sem espinhas

O piloto italiano conseguiu finalmente levar o Ferrari ao lugar mais alto do pódio, e superou Raffaele Marciello, piloto com quem colidiu no ano passado na Curva do Lisboa, quando liderava, e que lhe valeu a desistência

Antonio Fuoco (Ferrari 296 GT3) foi o vencedor da Taça GT Macau, uma prova que dominou desde o início até ao final. O italiano vingou assim a desistência do ano passado, depois de ter sido obrigado a abandonar, quando liderava, após um toque com Raffaele Marciello (BMW M4 GT3), na Curva do Lisboa.

“Acho que é muito especial ganhar em Macau, principalmente depois do que aconteceu no ano passado. Mas isto faz parte das corridas, e o principal foi voltar neste ano, e conseguir fazer tudo bem”, afirmou Fuoco. “A equipa fez tudo para voltarmos e ganharmos (…) tentei fazer um arranque forte, e forçar muito na última curva para abrir uma vantagem para os restantes. Puxei muito e a certa altura ia perdendo o controlo do carro na Curva do Mandarim, mas correu tudo bem”, contou.

Fuoco elogiou ainda o novo formato da qualificação, com uma segunda sessão apenas para os melhores qualificados: “foi muito divertido, acho que foi uma boa mudança”, considerou.

Em segundo lugar, terminou Raffaele Marciello, que tinha vencido no ano passado, mas que nesta edição nunca mostrou andamento para ameaçar o domínio da Ferrari. No entanto, o suíço voltou a estar envolvido em toques, desta feita com Alessio Picariello (Porsche 911 GT3 R), que acabou nas barreiras.

“Tentei recuperar no início e quase que consegui (…) mas os Ferraris tiveram um bom começo e foi uma corrida difícil”, disse o piloto. “O carro estava muito complicado de conduzir, por isso a certa altura tive de mentalizar-me que o importante era chegar ao fim”, acrescentou.

Porsche com sortes distintas

A Porsche também assegurou uma presença no pódio, através do alemão Laurin Heinrich (Porsche 911 GT3 R). “Sabia que ao arrancar do oitavo lugar da grelha ia ser muito difícil recuperar, mas acho que fui beneficiado quando perdi uma posição na corrida de qualificação, porque assim fiquei no lado mais favorável na grelha de partida”, relatou.

Heinrich reconheceu também não ter andamento para conseguir mais do que o lugar mais baixo do pódio. “Eu tentei pressionar o Raffaele Marciello, mas senti que não tinha andamento para ele, por isso, sabia que só poderia fazer melhor se ele cometesse um grande erro, o que não aconteceu. A corrida passou assim também por garantir que não era pressionar atrás”, apontou.

Heinrich lamentou também o toque no colega de equipa Ayhancan Guven, que fez com que o turco ficasse fora de prova: “Por um lado estou contente com o pódio, mas também triste com o que aconteceu. Acho que o meu colega tinha um bom ritmo e merecia mais”, lamentou.

Alto e Baixo

Alto

Numa pista em que nem sempre é fácil fazer voltas lançadas, o novo modelo de qualificação traz mais emoção à prova

Baixo

Edoardo Mortara conhece o circuito da Guia como poucos, no entanto, a prova do italiano ficou marcada pela falta de ritmo do Lamborghini, erros do piloto e azares

Classificação

1.º Antonio Fuoco  Ferrari 296 GT3 27m29s598

2.º Raffaele Marciello BMW M4 GT3 a 3.960

3.º Laurin Heinrich  Porsche 911 GT3 R a 4.609

Ye Yifei fenómeno de popularidade

Ye Yifei (Ferrari 296 GT3) regressou a Macau, no ano em que se tornou o primeiro piloto chinês a vencer as 24 horas de Le Mans, o maior feito até agora do automobilismo do Império do Meio. Apesar de correr em Macau com licença italiana, o chinês foi recebido como herói nacional e foi um dos pilotos mais requisitados do paddock para tirar fotografias e dar autógrafos. O piloto ainda chegou a sonhar com a vitória, depois de arrancar do segundo lugar da grelha de partida, mas um arranque menos conseguido fez com que não fosse além do quinto lugar final. Nada que afectasse a sua popularidade, dado que após a corrida continuou a ser o mais requisitado entre os fãs.

17 Nov 2025

Motas | Todd coroado o Rei da Guia depois de recital de condução

Após um ano em que foi declarado vencedor sem corrida, Davey Todd mostrou que actualmente é o piloto mais rápido no Circuito da Guia, dominando ao longo de todo o fim-de-semana. No final, lamentou não ter estabelecido um novo recorde do circuito

Davey Todd (BMW M1000RR) foi o vencedor da 57.ª edição do Grande Prémio de Macau em Motos, num fim-de-semana em que não deu quaisquer hipóteses à concorrência. Após ter sido declarado o vencedor da edição do ano passado, sem que tivesse havido corrida por causa da chuva, o inglês regressou e tirou todas as dúvidas sobre o facto de ser actualmente o piloto mais rápido na categoria.

“Foi um resultado fantástico”, afirmou Todd, momentos após a vitória. “Sabia que tinha um bom ritmo, que estava forte, mas que o Peter também ia estar rápido na corrida. Felizmente, consegui forçar desde o início, ganhar uma vantagem significativa nas primeiras voltas, para no final apenas ter de gerir”, explicou.

Como aconteceu no ano passado, a chuva voltou a intrometer-se nos planos da organização e a qualificação, que originalmente estava agendada para a sexta-Feira de manhã, foi mudada para sábado, mesmo antes da prova principal.

Todd garantiu a pole-position e durante a prova nunca mais largou esse lugar, construindo volta-a-volta uma vantagem considerável, suficiente para cortar a meta em cavalinho.

No entanto, o vencedor lamentou não ter aproveitado o ritmo elevado de sábado para estabelecer um novo recorde do circuito. “Acho que fico desiludido com o facto de ter estado perto de bater o recorde do circuito, mas, durante a corrida, não sabia em que tempos estava a rodar. Estive muito perto, pelo que poderia ter batido esse recorde”, lamentou. “Mas estamos aqui para ganhar a corrida, não é para bater recordes, por isso o mais importante foi alcançado”, frisou.

Em recuperação

No segundo lugar, ficou o tetra vencedor em Macau Peter Hickman (BMW M1000RR), que na primeira volta teve de lidar com problemas com as mudanças. A recuperar de um grande acidente, o inglês arrancou de terceiro e aproveitou o erro de Erno Kostamo (BMW M1000RR), que saiu em frente na Curva do Lisboa, conseguindo o lugar intermédio do pódio.

No final, Hickman reconheceu ter um bom ritmo, mas estar longe da forma ideal: “Eu preciso de trabalhar mais no meu corpo, para ganhar a resistência. Nesta altura, tenho a força necessária, mas canso-me depressa. Vou ter de trabalhar no Inverno”, reconheceu Hickman.

O piloto admitiu ainda ter ficado assustado nas primeiras voltas com a condução de Erno Kostamo. “Para ser honesto fiquei um bocado assustado com a forma como Erno estava a correr, porque ele começou com um ritmo muito forte, mas também estava a cometer grandes erros”, revelou Hickman. “Felizmente ele não caiu, porque se ele caísse eu ia cair com ele. Isso também fez com que o deixasse ganhar alguma vantagem no início”, reconheceu. “Depois, quando ele saiu em frente na Curva do Lisboa, eu consegui ter pista livre, e consegui fazer a minha corrida”, indicou.

Corrida feliz

Erros à parte, o finlandês foi um dos grandes animadores da corrida. Partiu do segundo lugar, perdeu a posição no início e até à curva do Hotel Lisboa, ainda na primeira volta, conseguiu recuperá-la.

Depois, devido ao erro, caiu para o quinto lugar e em pouco mais de uma volta subiu para terceiro. Por isso, apesar dos incidentes, Kostamo afirmou estar feliz com o resultado: “Em três voltas forcei muito o andamento. É verdade que fiz um grande erro na Curva do Lisboa, ao falhar o ponto de travagem, o que foi uma loucura”, relatou. “Mas, estou feliz com o resultado e por ter estabelecido a volta mais rápida da corrida”, contou.

Classificação

1.º  Davey Todd BMW M1000RR 29m07s289

2.º Peter Hickman BMW M1000RR a 10.021

3.º Erno Kostamo BMW M1000RR a 24.706

Alto e Baixo

Alto

A prestação de Peter Hickman mostra que o piloto está em recuperação após o grave acidente sofrido

Baixo
O cancelamento da sessão de qualificação na sexta-feira de manhã voltou a reduzir o tempo de pista do Grande Prémio de Motas

17 Nov 2025

Roussel triunfa na F4, Cheong Man Hei foi 9.º e Tiago Rodrigues 11.º

Jules Roussel foi o vencedor da Fórmula 4, depois de uma das provas mais emocionantes do fim-de-semana, com o francês a ter de lidar durante várias voltas com o compatriota Rayna Caretti. Apesar de muito disciplinados durante a maioria do duelo, os dois acabaram por se envolver num toque que deixou Caretti fora de prova

“É fantástico ser o vencedor, ganhar em Macau era um dos meus sonhos. No passado vi a corrida na televisão várias vezes, e sei que é sempre muito traiçoeira, por isso estou muito feliz”, afirmou Roussel.

O piloto reconheceu também que durante o duelo com o compatriota sentiu momentos de frustração, apesar de admitir que para o público o duelo terá sido um bom espectáculo: “a corrida foi boa, mas eu estava um bocado frustrado com o duelo, porque sentia que tinha um ritmo elevado, e durante algum tempo não consegui ultrapassá-lo [Caretti]. Ele estava a defender-se muito bem”, explicou. “Felizmente, depois de passá-lo consegui aumentar o ritmo e manter a posição”, acrescentou.

No segundo lugar, depois de arrancar da pole, Emanuele Olivieri mostrou-se conformado, mas algo desiludido: “O resultado não é aquilo que eu pretendia, mas fiz o meu melhor”, desabafou. “Tive muitas dificuldades com o carro ao longo da última corrida e considero que tenho de estar feliz com o que consegui alcançar”, vincou.

Imune a frustrações, mesmo depois de uma penalização que o fez arrancar de 11.º, Rintaro Sato terminou no pódio. E no final o japonês admitiu toda a felicidade: “Comecei em 11.º num circuito em que é muito difícil ultrapassar, por isso estou feliz”, indicou. “Consegui ficar na pista, que é o mais difícil neste traçado e fico satisfeito com o resultado final”, concluiu.

Cheong Man Hei foi o melhor piloto de Macau, mesmo se não teve melhor ritmo que Tiago Rodrigues. Cheong terminou no nono lugar, enquanto Rodrigues ficou em 11.º.

Alto e Baixo

Alto

A ultrapassagem de Caretti a Roussel na Curva do Lisboa foi o melhor momento da corrida. Caretti apanhou o compatriota distraído, atrasou a travagem e passou por dentro

Baixo

Tiago Rodrigues esteve sempre rápido, mas estragou o fim-de-semana com um acidente na corrida de qualificação

Classificação

1.º Jules Roussel 31m16s409

2.º Emanuele Olivieri  a 1.258

3.º Rintaro Sato a 1.438

(…)

9.º Cheong Man Hei a 5.282

(…)

11.º Tiago Rodrigues a 5.782

17 Nov 2025

Macau consagrou Yann Ehrlacher como o campeão do TCR World Tour

Yann Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) sagrou-se campeão do TCR World Tour no sábado, ao terminar a primeira das duas corridas do fim-de-semana em terceiro lugar. O piloto francês chegou ao Circuito na Guia em vantagem pontual, tinha como único adversário o colega de equipa Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR), e uma prova sem problemas foi suficiente para carimbar o título.

“Foi uma época muito boa para nós. No final houve muita pressão, mas o objectivo foi conseguido”, disse o recém-campeão, após a corrida de sábado. “Estava à espera que a corrida fosse um bocado mais emocionante, mas felizmente confirmei o título sem grandes sobressaltos”, admitiu.

Este não é o primeiro título de Ehrlacher nas categorias de Carros de Turismo, dado que em 2020 e 2021 tinha vencido a Taça Mundial de Carros de Turismo.

Corrida segura

Em relação à primeira corrida, Néstor Girolami (Hyundai Elantra N TCR) mostrou-se imbatível, dominando desde o arranque e sem ter sido verdadeiramente pressionado pelos adversários. Ehrlacher chegou a circular em segundo, mas deixou que Azcona (Hyundai Elantra N TCR) o ultrapassasse sem grande esforço, numa altura em que estava unicamente concentrado em garantir os pontos suficientes para assegurar o campeonato.

No final, o piloto argentino mostrou-se muito satisfeito com a primeira vitória do fim-de-semana: “Em Macau é fundamental conseguir ser rápido nos sectores número um e cinco. O meu carro estava bem, e eu sabia que se fosse rápido nessas zonas ia conseguir um bom resultado”, contou Girolami. “Fiquei muito feliz, porque a partir do meio da corrida comecei a sentir vibrações, o que me fez pensar que não ia conseguir ganhar. […] Mas também tínhamos ordens de equipa para correr de forma inteligente e evitar perder pontos”, admitiu.

Bis da Hyundai

A superioridade dos Hyundai no Circuito da Guia ficou provada na segunda corrida, com Josh Buchan (Hyundai Elantra N TCR) a garantir mais uma vitória para o construtor sul-coreano. Quando foi necessário, o australiano soube defender-se dos ataques do uruguaio Santiago Urrutia (Lynk & Co 03 FL TCR) e nunca pareceu verdadeiramente ameaçado. Seria o uruguaio a errar, o que fez com que os colegas de equipa Ma Qin Hua (Lynk & Co 03 FL TCR) e Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR) completassem o pódio na corrida de domingo.

“Estive lento no primeiro sector ao longo de todo o fim-de-semana. No resto do circuito estava bem, mas sentia-me lento no primeiro sector, enquanto os outros pilotos eram muito rápidos e claro muito talentosos”, explicou Buchan, no final. “Mas, depois, quando cheguei à liderança, estava determinado a fazer tudo para defender a posição e bloquear as trajectórias. Felizmente, tento sempre correr limpo e os outros pilotos também me trataram com muito respeito. Foi uma excelente corrida para todos”, acrescentou.

Quanto ao campeão, Yann Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) teve uma segunda corrida para esquecer, inclusive saindo em frente na curva do Hotel Lisboa, o que não o impediu de terminar a prova. No entanto, o campeonato já estava garantido.

Alto e Baixo

Alto

Os participantes deram um bom espectáculo, com poucos acidentes e interrupções. Ao contrário do que muitas vezes acontece houve corrida

Baixo

Com o título em aberto havia a esperança de que o campeonato de pilotos fosse disputado até à última corrida, mas Ehrlacher, com todo o mérito, antecipou as celebrações

Classificação

Primeira Corrida

1.º Néstor Girolami (Hyundai Elantra N TCR) 25m21s264

2.º Mikel Azcona (Hyundai Elantra N TCR) a 0.562

3.º  Yan Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) a 0.698

Segunda Corrida

1.º  Joshua Buchan (Hyundai Elantra N TCR) 25m32.673

2.º Ma Qin Hua (Lynk & Co 03 FL TCR) a 0.414

3.º Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR) a 1.991

17 Nov 2025

Fórmula Regional | Théophile Nael aproveita lotaria do Safety Car e vence Grande Prémio de Macau

Apesar de ter rodado a maior parte do tempo na luta pela liderança, Théophile Nael ultrapassou dois pilotos na última abordagem à Curva do Lisboa e selou a vitória na “montanha russa” da Guia

O francês Théophile Nael (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) sagrou-se o vencedor da 72.ª edição do Grande Prémio de Macau, numa corrida em que esteve quase sempre a lutar pelo terceiro lugar e apenas assumiu a liderança momentos antes da entrada do último Safety Car.

Ao longo do fim-de-semana, Freddie Slater (SJM Theodore Prema Racing) e Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) foram os mais rápidos do pelotão, mas o britânico bateu na barreira durante a corrida, e o espanhol não conseguiu defender-se naqueles que foram os derradeiros metros competitivos, antes da última entrada do Safety Car, que só voltou a sair da pista para os pilotos cortarem a meta.

“Sinto-me mesmo muito bem, mesmo muito bem! Quando as coisas não me correram como queria ao longo do fim-de-semana mantive-me calmo, porque estamos em Macau e tudo pode acontecer”, relatou Nael no final da corrida.

O francês recordou também a última volta competitiva, quando passou de terceiro para primeiro, ultrapassando Boya e Enzo Deligny. “Meti a sexta mudança, pé a fundo, e só olhei para a frente”, recordou. “Depois quando concretizei a ultrapassagem, tentei meter-me o mais possível para o interior da pista para fechar a porta aos adversários”, acrescentou.

As constantes mudanças de posição, e de liderança, levaram ainda o francês a considerar que a prova foi uma verdadeira “montanha russa”.

Resultado possível

Por sua vez, Mari Boya, segundo classificado, lamentou a posição, depois de liderar durante algumas voltas, e de um duelo intenso com Freddie Slater: “Eu queria ganhar, porque sei que as pessoas só se lembram do primeiro. Infelizmente quando a corrida recomeçou, após o último safety car, o slipstream estava demasiado forte e não havia nada que pudesse fazer para me defender”, admitiu. “Hoje não estou feliz, mas sei que amanhã, quando olhar para este fim-de-semana, não me vou sentir mal com a prestação”, reconheceu.

No terceiro lugar, ficou Enzo Deligny R-ACE, depois de uma corrida intensa, em que rodou sempre perto de Théophile Nael. No entanto, depois de ter partido de sexto, o franco-chinês mostrou-se satisfeito com o resultado: “Comecei em sexto e consegui aproveitar as entradas do safety car para subir até ao pódio. Como não tinha carro para ser muito mais rápido fico muito feliz com este resultado”, afirmou.

Alto

A ultrapassagem de Nael a Boya e Deligny foi um dos momentos mais emocionantes do fim-de-semana e uma prova de determinação

Baixo

Fredy Slater foi muito regular e rápido, mas na corrida final começou por posicionar o carro mal na grelha de partida e depois cometeu o erro que o obrigou a desistir

Classificação

1.º Théophile Nael  KCMG Enya Pinnacle Motorsport 43m01s466

2.º Mari Boya  KCMG Enya Pinnacle Motorsport a 0.250

3.º Enzo Deligny R-ACE a 1.130

17 Nov 2025

GP | O programa das corridas deste fim-de-semana

Hoje

06:00 Fecho do Circuito

06:30-07:00 Inspecção do Circuito

07:45-08:45 57.º Grande Prémio de Motos de Macau – Qualificação

09:15-09:55 Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA – Treinos Livres 2

10:15-10:55 Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA – Treinos Livres 2

11:10-11:40 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) – Qualificação

12:10-12:40 Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau – Qualificação 1

12:55-13:10 Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau – Qualificação 2

13:30-14:10 Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA – Qualificação

14:30-15:10 Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA – Qualificação 2

15:40-16:10 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Qualificação 1

16:30-16:55 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Qualificação 2

18:00 Abertura do Circuito

Amanhã

06:00 Fecho do Circuito

06:30-07:00 Inspecção do Circuito

07:10- 07:30 57.º Grande Prémio de Motos de Macau – Aquecimento

09:10-10:00 57.º Grande Prémio de Motos de Macau – Corrida (12 voltas)

10:25-11:05 Macau Roadsport Challenge – Corrida (9 voltas)

11:40-12:45 Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA – Corrida Classificativa (8 voltas)

13:20-14:00 Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau – Corrida 1 (10 voltas)

14:35-15:40 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Corrida Classificativa (12 voltas)

16:15-17:20 Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA – Corrida Classificativa (10 voltas)

18:00 Abertura do Circuito

Domingo

06:00 Fecho do Circuito

06:30-07:00 Inspecção do Circuito

08:00-08:40 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) – Corrida (9 voltas)

09:15-10:20 Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA – Corrida (10 voltas)

11:00-11:40 Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau – Corrida 2 (10 voltas)

12:35-13:50 Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Corrida (16 voltas)

14:00-14:25 Evento Especial

15:15-15:20 Dança do Leão

15:30-16:35 Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA – Corrida (15 voltas)

18:00

** Abertura do Circuito

14 Nov 2025

Fórmula Regional | Freddie Slater foi o mais rápido na qualificação e tem pole provisória

Freddie Slater (SJM Theodore Prema Racing) está na pole-position provisória para a Corrida de Qualificação do Grande Prémio de Macau, depois de ter sido o piloto mais rápido na primeira sessão de qualificação.

Numa sessão com duas bandeiras vermelhas, mas em que os pilotos tiveram oportunidade de rodar durante longos períodos, o britânico fez a volta mais rápida em 2m15s708. No final, Slater fez um balanço positivo do resultado, sem esquecer que ainda está tudo em aberto: “Não foram as voltas mais fáceis, mas o objectivo era fazer muitas voltas e ir ajustando o carro. Consegui um bom resultado, mas ainda temos mais voltas de qualificação amanhã”, realçou.

Slater admitiu também que no regresso a Macau o objectivo é ganhar, o que acredita ser possível, dado que, ao contrário do ano passado, a chuva ainda não apareceu. “No ano passado foi tudo mais caótico por causa da chuva. Mas começamos bem este ano, porque conseguimos fazer voltas consistentes e ir melhorando volta-a-volta. Acho que este ano estou a disfrutar mais”, acrescentou.

Sobre o regresso a Macau, Slater destacou também que com mais experiência pode alcançar a consistência que lhe faltou no ano passado.

No segundo lugar, Enzo Deligny (R-ACE GP) destacou a possibilidade de fazer várias voltas ao longo do dia de ontem e considerou estar na corrida pela pole-position. “Foi uma boa sessão de qualificação, não houve muitas bandeiras vermelhas e conseguimos ir melhorando”, contou. “Amanhã [hoje] ainda vamos todos melhorar”, frisou.

Por sua vez, Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) também se mostrou satisfeito com a sessão, embora lamentasse que as bandeiras vermelhas tivessem surgido numa altura em que estava a rodar com bom ritmo: “Foi uma boa sessão. Pena que as bandeiras vermelhas fossem mostradas quando estava com bom ritmo, mas acho que temos uma boa equipa e estamos bem”, afirmou. “Temos tudo para ser competitivos”, concluiu.

Em termos das cores de Macau, Charles Leong Hon Chio (SJM Theodore Prema Racing) não foi além do 20.º tempo, com um registo de 2m18s000, longe dos concorrentes da frente.

Qualificação 1

1.º Freddie Slater (Theodore Prema Racing) 2m15s708

2.º Enzo Deligny (R-ACE GP) 2m16s016

3.º Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) 2m16s029

(…)

20.º Charles Leong (SJM Theodore Prema Racing) 2m18s000

Rui Marques numa posição diferente

Depois de ter sido o Director de Corrida da primeira edição da Taça do Mundo de FR da FIA, Rui Marques está a cem por cento focado no Mundial de Fórmula 1, onde exerce essas funções desde o Grande Prémio de Macau do ano passado. Contudo, o experiente português regressou a Macau este ano para exercer as funções de conselheiro para a prova.

Recorde-se que Rui Marques tem uma vasta experiência no Circuito da Guia, dos carros de Turismo até aos fórmulas. No lugar de Director de Corrida da Taça do Mundo de FR da FIA, está este ano o britânico Simon Gnana-Pragasam, que desempenha esta função nos Campeonatos de Fórmula 2 e de Fórmula 3 da FIA.

14 Nov 2025

Alguns destaques do Grande Prémio de Macau

F4 | Brasileiro KO

Ethan Nobels vai estar ausente da primeira edição da Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA. O único piloto brasileiro inscrito no 72.º Grande Prémio de Macau sofreu um violento acidente na prova do Campeonato do Brasil de Fórmula 4, disputada no circuito de Interlagos, durante o Grande Prémio do Brasil de Fórmula 1. O jovem piloto de 16 anos sofreu uma concussão e uma contusão pulmonar e estará afastado das pistas durante dois a três meses.

Taça GT | Vanthoor com acidente do dia

O belga Vanthoor proporcionou o acidente do dia de ontem, depois de perder o controlo do Porsche 911 GT3 R na Curva do Hotel Mandarim. O piloto saiu largo da curva, e entrou em pião, ainda durante a primeira sessão de treinos livres. Como consequência do acidente, o experiente piloto ficou afastado da segunda sessão de treinos livres, mas deverá continuar em prova.

F4 | Tiago Rodrigues terminou sessão em 14.º

Tiago Rodrigues terminou a sessão de ontem de treinos livres de Fórmula 4 no 14.º lugar, com um tempo de 2m31s697. O piloto de Macau ficou a cerca de sete décimas do mais rápido, o japonês Kean Nakamura-Berta, que percorreu o Circuito da Guia em 2m27s776. O piloto local conseguiu completar oito voltas na sessão da manhã de ontem, conseguindo o melhor registo durante a quarta volta. O segundo mais rápido foi o italiano Emanuele Olivieri (2m28s601) e no terceiro lugar ficou o argentino Gino Trappa (2m28s883).

Merchandising | Corrida começou às 5h

À semelhança dos anos mais recentes, os fãs do merchandising do Grande Prémio responderam à “chamada” e a fila para comprar as miniaturas ou roupas começou a ser feita pelas 5h, largas horas antes dos carros e motas irem para a pista. Como se tornou uma tradição dos anos mais recentes, as decorações do carro de Adderly Fong com as personagens da marca japonesa Sanrio são as mais populares. Este ano, o piloto de Hong Kong decorou o Audi R8 LMS com a personagem Cinnamonroll, mas o sucesso manteve-se. Largas fila, produtos esgotados e vendas por pessoas limitadas a um certo número de produtos, para evitar a especulação.

Motas | Davey Todd o mais rápido dos treinos livres

Davey Todd (BMW M1000RR) estabeleceu o tempo mais rápido de ontem na primeira sessão de treinos livres. A marca de 2m26s210 permitiu a Todd superiorizar-se ao colega de equipa Peter Hickman (BMW M1000RR), cujo melhor tempo foi de 2m28s451.

No terceiro lugar ficou Rob Hodson (Honda CBR1000RR) com um tempo de 2m28s824, tendo sido o primeiro piloto não BMW. Os pilotos das motas foram os primeiros a ir para a pista no dia de ontem e conseguiram rodar durante longos períodos. Don Gilbert (Suzuki GSXR 1000) foi o piloto que acumulou mais tempo na pista, com 17 voltas completas. No entanto, o também britânico ficou longe dos melhores classificados, não ido além do 16.º lugar, com um registo de 2m40s355.

14 Nov 2025

Roadsport | Badaraco e Valente partem com expectativas de um bom resultado

Apesar da qualificação difícil e com um andamento longe da frente, os macaenses voltaram a conseguir a presença no Circuito da Guia e ambicionam andar entre os pilotos mais rápidos na corrida de amanhã

Um fim-de-semana especial em que Jerónimo Badaraco (Toyota GR86) e Rui Valente (Subaru BRZ) arrancam com expectativas de conseguirem um bom resultado e a sonharem com o pódio. Os macaenses são dois dos nove pilotos de Macau que conseguiram o apuramento para participar na corrida do Roadsport Challenge. Ao HM, Rui Valente mostrou-se feliz e entusiasmado por regressar ao Circuito da Guia, mantendo a meta principal de sempre: “acabar a corrida”.

No entanto, admitiu que pode conseguir algo mais: “Claro que o objectivo é sempre acabar, e quanto mais à frente melhor”, explicou. “Mas, como sempre, gostava de ir ao pódio e acho que estou com carro para isso. O carro evoluiu bastante, e está muito melhor em comparação com o ano passado, não só a nível da afinação, mas em todas as áreas”, acrescentou.

No ano passado Rui Valente terminou a corrida com um sétimo lugar. Porém, acredita que este ano todo o plantel vai estar mais rápido: “Acho que com as evoluções que os carros tiveram que vamos ter uma corrida mais rápida do que no ano passado”, deixou como antevisão.

Por sua vez, Jerónimo Badaraco começou por indicar que o primeiro objectivo passa por garantir que tudo “corre bem”. Conseguindo esse objectivo, vai pensar em subir ao pódio. No entanto, mesmo que os resultados fiquem aquém do esperado, o macaense não se deixa abalar: “Se não conseguir também não faz mal. O mais importante acaba por ser disfrutar de competir no Circuito de Guia”, vincou.

Badaraco chega a Macau depois de competir na Hyundai Cup, em Xangai, e de participar nas qualificações para a corrida da Guia. “Fiz uma sessão de treinos e fiz quatro corridas. São só quatro corridas, mas como no ano passado também conduzi o carro acho que estou habituado”, afirmou.

Apesar do optimismo inicial, os dois pilotos locais tiveram um arranque difícil. Na sessão de qualificação que definiu a ordem de partida para a corrida de amanhã, tanto Badaraco (17.º) como Valente ficaram na segunda metade da grelha de partida (25.º). Na pole-position ficou Damon Chan (Toyota GR86), piloto de Hong Kong.

Modelo difícil

Os 32 pilotos que vão disputar a corrida do Roadsport Challenge foram escolhidos depois de participarem numa ronda de qualificação no Interior, que contou com mais de 60 pilotos. No final, apenas nove pilotos de Macau conseguiram a qualificação para correr na Guia. Rui Valente considerou que é necessário mudar o modelo de qualificação para o Grande Prémio, também a pensar nos pilotos mais jovens.

“Este modelo actual é ingrato porque muitos pilotos nem sequer conseguem pontuar. E os mais novos acabam por ser mais prejudicados. Como são muitos carros em pista ao mesmo tempo, há muita gente desesperada para conseguir pontuar e acabam por surgir muitos acidentes. O apuramento acaba assim por ser mais uma lotaria, do que verdadeiramente com base no mérito”, explicou. “Mesmo para os pilotos mais experientes é muito difícil a qualificação. Por isso, se pensarmos nos mais jovens, eles são os mais prejudicados com este modelo”, concluiu.

Badaraco também lamentou o menor contingente local, e destacou a importância para os pilotos de Macau de estarem presentes no circuito da Guia: “O Grande Prémio de Macau é muito especial para nós. Temos sempre muitos amigos e a família presentes, temos o apoio das pessoas e depois as corridas são transmitidas na televisão. Por isso, é um circuito muito especial. É um palco muito importante para nós!”, contou.

Todavia, a competição é cada vez mais desigual: “Acho que os pilotos de fora conseguem estar em melhores condições, porque quando sabem qual é o circuito onde vamos fazer as qualificações, eles conseguem fazer testes nesse circuito mais cedo”, apontou. “Para os locais, principalmente os mais velhos, está cada vez mais difícil. E o resultado está à vista. Temos menos pilotos locais a competir”, lamentou.

Pela igualdade de apoios

Rui Valente e Jerónimo Badaraco são dos pilotos locais com mais experiência no Circuito da Guia. No entanto, na hora de serem atribuídos apoios públicos, esse facto acaba por ser prejudicial. Actualmente, os pilotos locais com menos de 35 anos que conseguem a qualificação para correr em Macau podem receber cerca de 300 mil patacas em apoios públicos. Se os pilotos com menos de 35 anos falharem a qualificação, o montante fica abaixo desse valor, mas perto das 200 mil patacas.

No entanto, os pilotos com mais de 35 anos só recebem cerca de 80 mil patacas, contou Rui Valente ao HM. Na perspectiva dos dois macaenses não faz sentido esta diferenciação apenas com base na idade. Valente e Badaraco consideram assim que este modelo deve ser alterado.

14 Nov 2025

Antes da mudança para a F1, Rui Marques foi o director da corrida de Fórmula Regional

Após vários anos como director de corridas em Macau, Rui Marques está a caminho da Fórmula 1, para assumir uma das posições mais desafiantes do automobilismo mundial. Neste percurso, valorizou o Grande Prémio de Macau, que admite tê-lo dotado de uma experiência que dificilmente teria em outro local

 

Macau é tido como um evento de promoção, em que os melhores pilotos acabam por subir à Fórmula 1. Nos últimos anos, também os directores de corridas são convidados para subir à F1, como aconteceu com Eduardo Freitas e agora consigo. Qual a importância do Grande Prémio de Macau neste salto?

Acredito que todos evoluímos nas categorias em que passamos pela história e experiência que vamos tendo. Macau é mais uma dessas experiências. Levamos a experiência de Macau para as provas citadinas, para esse tipo de circuitos, e Macau faz parte desse bolo todo.

Quantas corridas vai fazer na F1?

Neste momento vou fazer as corridas até ao final do ano. Depois logo veremos o futuro.

Ficou surpreendido com o convite para f1?

Não se trata de ser uma questão de ficar surpreendido. As coisas têm a sua evolução e a experiência que vamos tendo vai-nos trazendo essas possibilidades.

O cargo que vai ocupar tem tido várias mudanças nos últimos tempos. Sente que é uma posição amaldiçoada?

Não, é mais uma categoria da qual vou ser director da corrida.

Tem desafios que não tem em Macau, sobretudo em termos mediáticos…

Sim, é um facto.

Como conhecido sportinguista, acha que tem um desafio maior que o de Ruben Amorim?

Espero ser campeão (risos)… Ele vai ter os seus desafios e eu vou ter os meus, são histórias diferentes.

Na Fórmula 1 discute-se a utilização de palavrões e têm sido aplicadas sanções aos pilotos. Como encara a questão?

Não vou entrar nessa questão. Sou meramente um director de corrida (risos).

Há a possibilidade de voltar a Macau no futuro?

Há. Se olharmos para o calendário, o fim-de-semana da prova está disponível. E gosto sempre de voltar.

Qual o contributo do Grande Prémio para a sua experiência profissional?

Este é um dos circuitos citadinos mais difíceis, talvez só seja comparável ao do Mónaco. Por isso, temos uma pista muito específica que exige uma série de procedimentos que fazemos em Macau e que não fazemos em mais lado nenhum. Isso traz-nos uma experiência que dificilmente mais algum circuito nos dará.

Como classifica o desenvolvimento da prova nos últimos anos?

Uma das coisas que apreciamos em Macau é o facto de todos os anos vermos melhoramentos. Alguns não são visíveis para o exterior, como acontece este ano que temos um novo sistema de câmaras no controlo da corrida. Mas todos os anos conseguimos encontrar melhoramentos e diria que 90 por cento das nossas recomendações são seguidas, com melhoramentos no ano seguinte.

Considera que há espaço para haver mais corridas no programa?

Não iria por esse caminho, porque o horário tem as restrições que sabemos. Cada vez que há um acidente em Macau, as probabilidades de termos de reparar um rail ou substituir alguma peça são grandes. Quando metemos mais corridas, começamos a ter outros problemas em termos de horário. Eu não aconselharia esse caminho, mas a escolha é da Comissão Organizadora.

Uma das críticas ao Grande Prémio é o número de bandeiras vermelhas e interrupções. É possível reduzir as interrupções?

Estamos num circuito citadino, e cada vez que se tem um acidente a tendência é para ter uma neutralização, seja com safety car ou com a bandeira vermelha. Para nós, a segurança está sempre em primeiro lugar, e é mais importante do que o espectáculo. O espectáculo é também importante, faz parte, mas a segurança estará sempre em primeiro, por isso, paramos quando realmente temos de parar. Quando estamos em categorias de promoção, de aprendizagem, notam-se mais as bandeiras vermelhas. Com pilotos mais experientes nota-se menos.

Na sexta-feira houve sete bandeiras vermelhas na qualificação da Fórmula Regional. Continua a considerar esta categoria uma boa aposta para Macau?

Continuamos muitíssimo bem por ter a Fórmula Regional em Macau. Tivemos um conjunto de situações que levaram ao que vimos. Foi a primeira vez que os pilotos andaram com a pista seca e todos sabemos a grande probabilidade de haver uma bandeira vermelha em Macau. Todos os pilotos tentaram fazer uma volta rápida o mais cedo possível, e como estamos a falar de pilotos em categorias de aprendizagem é normal haver erros. Não é o que queríamos, mas entendemos as razões.

Após a qualificação houve uma reunião com os pilotos. O que foi abordado?

Estivemos reunidos com os pilotos e equipas para chamá-los à atenção para o que é Macau e o respeito que a pista merece.

Perfil

Sucesso aos 51 anos num percurso constante

Aos 51 anos, Rui Marques vai ser o director de corridas da Fórmula 1 até ao final do ano, quando faltam disputar três provas. Era desde Março de 2022 o director das corridas de Fórmula 3 e Fórmula 2 e desde 2014 que tem desempenhado as funções de director de corridas no Grande Prémio de Macau nas diferentes categorias FIA. Além disso, está ligado à Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting e foi adjunto do director de corridas na Taça do Mundo de Carros de Turismo. A estreia no Circuito de Macau aconteceu em Novembro de 1999, como comissário de pista, na Curva da Maternidade.

18 Nov 2024

71º GPM: Roadsport Challenge | Jerónimo Badaraco queria mais mas ficou feliz com segundo lugar

Lei Kit Meng (Subaru BRZ) venceu uma corrida acidentada em que se fizeram poucas voltas. No final, os pilotos macaenses tiveram sortes distintas, mas todos lamentaram o pouco tempo de pista

 

Jerónimo Badaraco (Toyota GR86) alcançou o segundo lugar na Macau Roadpsort Challenge e foi o melhor piloto macaense, numa corrida ganha por Lei Kit Meng. Apesar de destacar a felicidade com o resultado, Badaraco ficou com a sensação de que poderia ter vencido, dado que no arranque chegou a liderar.

“Na partida fiz um bom trabalho, mas talvez o Lei Kit Meng tenha feito melhor ao longo da corrida. Mesmo assim, estou satisfeito com o segundo lugar, porque ele tinha mais experiência, já tinha conduzido este carro na Guia, enquanto eu estava a fazer a estreia”, afirmou o piloto.

A corrida de sábado acabou por ser bastante acidentada, com a entrada de Safety Car e duas interrupções por acidentes que levaram a bandeiras vermelhas. Por isso, os pilotos tiveram poucas oportunidades para fazer voltas em ritmo de competição. E para Badaraco o pouco tempo de corrida fez a diferença.

“Se não fosse o safety car, a corrida seria mais interessante, porque eu sabia que estava mais rápido do que o Lei Kit Meng na zona de subida do circuito. Ele estava mais rápido na zona rápida, mas acho que poderia ter ficado à frente se houvesse mais voltas”, indicou.

Faltou tempo

Também Rui Valente (Subaru BRZ) se queixou da falta de tempo na pista para melhorar o resultado. O piloto terminou em sexto lugar, depois de perder algumas posições no arranque, ao cair para 10.º. No entanto, no último recomeço fez uma “volta canhão” e ganhou três lugares. Na volta seguinte voltou a subir de posição.

“Faltou tempo para chegar ao pódio, acredito que tinha andamento para isso, mas faltaram voltas”, lamentou Rui Valente, ao HM. “Quando me disseram pelo rádio, depois da confusão, que faltavam oito minutos para acabar a corrida, houve alguma coisa que me mordeu e alterei-me. Tanto que o safety car saiu da pista, e ultrapassei logo três carros”, relatou. “E, depois, na volta seguinte, passei mais carros, mas houve um acidente, e vieram as bandeiras vermelhas. Se não fosse esse acidente, tinha acabado em terceiro, de certeza”, acrescentou.

“Infelizmente não consegui chegar ao pódio, mas estava muito motivado e estive muito perto. Senti que tinha o carro mais rápido na recta, estava a fazer 220 km/h, acho que os outros estavam a fazer 210 ou 215 km/h”, contou. “Mas fiquei feliz porque conseguimos afinações muito boas. O carro estava a responder muito bem e eu estava muito confiante”, acrescentou.

Apanhado no azar

Por sua vez, Célio Dias (Toyota GR86) foi forçado a desistir depois de ter sofrido um toque e batido violentamente contra o muro. O macaense ficou arredado da corrida na primeira volta, no incidente que levou à entrada do safety car.

“Um carro atrás de mim levou um toque e bateu-me. Como todos os carros estavam muito juntos, não consegui evitar bater no carro da frente. Foi uma batida forte e o carro até levantou um pouco da pista com o toque”, explicou Célio Dias, sobre o acidente. “Não era o fim-de-semana que queria, e fiquei um pouco triste, não tanto pela batida, isso acontece porque é automobilismo, mas pela falta de voltas em ritmo competitivo”, desabafou. “Nos últimos dias esteve a chover, e hoje (sábado), com o piso seco, a corrida, para mim, terminou muito cedo, pelo que acabei por não andar a fazer tempos rápidos e a divertir-me”, lamentou.

Apesar do contratempo, Célio prometeu tentar regressar à Guia no próximo ano, por admitir ter gostado de conduzir o Toyota.

Alto

Apesar dos treinos e qualificação com condições muito traiçoeiras, os pilotos do Roadsport Challenge foram dos que menos bateram. Mostraram inteligência emocional para evitar os problemas que outros pilotos mais reputados não tiveram

Baixos

Quem corre por gosto não cansa. Mas o tempo do programa dedicado à categoria com mais pilotos locais é demasiado curto. Com uma bandeira vermelha no domingo, o tempo de prova foi demasiado reduzido. Os pilotos mereciam mais

Resultados

Posição Piloto Carro  Tempo
1 Lei Kit Meng Subaru BRZ 32m055s338
2 Jerónimo Badaraco Toyota GR86 a 0s769
3 Mou Chi Fai Toyota GR86 a 1s788

(…)

7 Rui Valente Subaru BRZ a 6s405
23 Célio Alves Dias Toyota GR86 não terminou

18 Nov 2024

71º Grande Prémio | Chuva força cancelamento da corrida e Davey Todd foi declarado o vencedor nas motos

Entre as cinco sessões previstas, os corredores apenas foram para a pista duas vezes, no sábado de manhã. Após a chuva intensa de domingo de manhã, a organização declarou o britânico vencedor, com base nos resultados da sessão de qualificação

 

O britânico Davey Todd (BMW M1000RR) foi declarado o vencedor do 56.º Grande Prémio de Motos de Macau, apesar da corrida nunca ter sido realizada. Num fim-de-semana em que o território foi afectado pelos Toraji e Man-yi, os troféus foram atribuídos com base na única sessão de qualificação, em que Todd superou Erno Kostamo (BMW M1000RR) e Peter Hickman (BMW M1000RR).

“Estou absolutamente devastado por não ter sido possível correr. Depois de termos ido para a pista no sábado, todos pensámos que o mau tempo tinha passado, e que íamos ter uma boa corrida esta manhã (ontem). Mas não foi isso que aconteceu e foi uma desilusão para todos”, afirmou Davey Todd, depois de receber o troféu.

Na conferência de imprensa do pódio, todos os pilotos concordaram com a decisão de não realizar a corrida por falta de condições e ilibaram a organização de qualquer culpa. “Acho que os organizadores fizeram absolutamente tudo o que estava ao seu alcance. Mas, infelizmente, parece que foi o terceiro tufão na última semana e não foi possível correr”, vincou o vencedor. “Nós queremos sempre correr, mas estou inteiramente satisfeito com a decisão, porque honestamente acho que hoje (ontem) tivemos as piores condições de toda a semana. (…) As pessoas vêem os carros e talvez pensem que nós podíamos ter corrido. Mas, Macau é um circuito muito perigoso, e com chuva as condições ficam muito diferentes, mais perigosas, por isso, respeito totalmente a decisão dos organizadores”, explicou.

Mesmo sem correr, Todd mostrou-se feliz com a vitória, dado que foi a estreia com a equipa FHO Racing BMW Motorrad, propriedade de Faye Ho, neta do falecido Stanley Ho. E a presença em Macau até nem estava prevista: “Não podia ter sido uma estreia melhor, e acho que os rapazes não poderiam ter feito um trabalho melhor, dado que só nas últimas semanas conseguimos chegar a um acordo para estar em Macau. Inicialmente, o nosso acordo só previa que começasse a correr para o ano”, revelou. “Foi um trabalho fantástico da equipa para montar uma mota que se adequasse ao meu estilo, e estou super agradecido”, destacou.

Tudo contra nós

Em segundo lugar terminou Erno Kostamo, da equipa 38 Motorsport by Penz13 Racing, que se limitou a dizer que foi “um fim-de-semana de loucos”, e aproveitou a estadia no hotel. O finlandês tinha sido o vencedor da edição de 2022 da corrida.

Por sua vez, Peter Hickman, colega de equipa de Todd destacou ter feito o “bingo” no pódio em Macau. “Foi uma daquelas edições em que tudo estava contra nós”, afirmou o britânico. “No que me diz respeito, fiz o bingo do pódio, agora tenho o troféu de todos os lugares, de primeiro, segundo e terceiro”, frisou. Até esta edição, Hickman tinha vencido em 2015, 2016, 2018 e 2023 e tinha alcançado o segundo lugar em 2017 e 2019.

O piloto deixou ainda o desejo de regressar no próximo ano, e que tudo corra pelo melhor: “Pessoalmente, não sou um piloto de qualificações, e por isso quero sempre correr, como todos os pilotos”, apontou. “Mas não era isso que tínhamos reservado, e vamos ter de regressar no próximo ano, a fazer figas para que tudo corra bem”, concluiu.

Alto

A organização tentou mexer no programa para garantir que os pilotos tivessem tempo de pista suficiente antes de participarem na corrida. Esta edição foi uma desilusão, mas a opção de não correr foi consensual entre os pilotos

Baixo

O mau tempo. Há coisas que não se controlam, e pouco mais haveria a fazer tendo em conta os horários apertados do fim-de-semana e a insistência da chuva ao longo do dia de ontem

Resultados

Posição Piloto Equipa  Tempo

1 Davey Todd FHO Racing 2m25s563

2 Erno Kostamo 38 Motorsport 2m25s820

3 Peter Hickman FHO Racing 2m26s155

Matt Steven caiu, mas evitou operação

O momento de maior apreensão do Grande Prémio de Macau em motas foi vivido no sábado, durante a sessão de qualificação. O britânico Matt Stevenson caiu e ficou momentaneamente inconsciente no traçado, o que levou à interrupção da prova durante vários minutos. O piloto acabou levado para o Hospital Conde São Januário, onde foi diagnosticado com uma fractura na vértebra T12, uma concussão cerebral e ferimentos nos membros.

Apesar do diagnóstico, num primeiro momento, foi considerado que a recuperação não exige qualquer cirurgia. Ontem de manhã, o piloto fez uma publicação nas redes sociais em que revelava que não sentia dores na vértebra T12, mas que o mesmo não se passava com os braços e pernas. “Sinto que me conseguia levantar e começar a andar… Só não estou autorizado”, brincou. Stevenson agradeceu ainda às várias mensagens de apoio.

18 Nov 2024

Taça GT | Marciello atira Fuoco para fora de pista e Engel vence pela quarta vez

No momento alto do fim-de-semana, Maro Engel esteve longe de ter a corrida perfeita, e até eliminou Dries Vanthoor de prova, o que lhe valeu uma penalização de cinco segundos. Porém, o toque entre Marciello e Fuoco, os mais rápidos, levou a que fizesse a festa no fim

 

Maro Engel (Mercedes-AMG GT3) venceu a Taça do Mundo de GT, depois de ter sido penalizado em cinco segundos, devido a uma batida em Dries Vanthoor (BMW M4 GT3), e ter aproveitado o toque entre os dois primeiros Raffaele Marciello (BMW M4 GT3) e Antonio Fuoco (Ferrari 296 GT3).

“É um sentimento incrível vencer pela segunda vez com a Mercedes. Foi uma corrida com muito a acontecer e foi fantástico”, afirmou o alemão. “Não estávamos nada à espera, porque quando fizemos os treinos com o piso seco não tínhamos andamento para os mais rápidos. Até o pódio nos parecia difícil. Mas quando o António e o Marciello seguiram em frente, percebi que podíamos ganhar”, acrescentou.

Sobre aquele que foi o momento chave da corrida, Engel admitiu que sem o toque entre os pilotos que seguiam em primeiro e segundo nunca teria conseguido vencer: “Não tinha hipóteses de vencer, porque eles ganhavam muita distância na zona rápida. Quando vi que tinham batido, percebi que era uma oportunidade dourada”, reconheceu.

Este foi o quarto triunfo do alemão em Macau, repetindo os feitos de 2015, quando também se disputou a Taça do Mundo GT, e das provas de 2014 e 2022, quando apenas foram contada como Taça GT de Macau, no mais mais recente devido à pandemia.

No momento da vitória, o piloto de 39 anos pediu ainda desculpa a Dries Vanthoor, pelo toque que deixou o belga de fora da prova. “Quero pedir desculpa ao Dries, foi uma pena termos aquele toque. Não houve qualquer intenção, eu tentei ultrapassá-lo, ele tentou fechar o espaço para a manobra, batemos e ele acabou por ir contra o muro”, contou Engel, sobre um momento que não foi totalmente captado pelas câmaras. O alemão foi penalizado em cinco segundos, mas não foi suficiente para perder a primeira posição.

“Não podemos fazer nada”

Arrancando de terceiro, Antonio Fuoco foi um dos grandes animadores na corrida. Num primeiro momento, ultrapassou Dries Vanthoor na Curva R e repetiu a manobra, na mesma curva, face a Marciello, assumindo a liderança. No entanto, o suíço tentou responder na Curva do Hotel Lisboa, e acabou por bater na traseira do italiano, com os dois a seguirem em frente para a escapatória.

Ao HM, Fuoco admitiu a desilusão com o toque que o impediu de vencer a corrida, naquela que foi a primeira vez que conduziu um carro GT no Circuito da Guia. “Quando uma pessoa não consegue aceitar que não vai ganhar, vai agir desta forma. Acho que conduzi bem, que fiz duas ultrapassagens muito limpas na última curva do circuito, e quando o ultrapassei, ele não aceitou e atirou-me para fora de pista”, apontou o italiano. “Acho que a manobra foi clara, ele sabia que não ia ser capaz de travar a tempo”, considerou.

Apesar da desilusão, Fuoco deixou o desejo de regressar num futuro próximo para tentar ganhar a corrida GT, embora tenha admitido que a escolha não depende dele.

Por sua vez, Marciello responsabilizou Fuoco pelo toque, num comentário publicado nas redes sociais. “Infelizmente não tinha para onde ir, porque o carro da frente mudou de trajectória durante a travagem”, escreveu. “Estou muito desiludido, mas tentei o meu melhor”, vincou.

Pódio em português

O pódio da corrida mais interessante do fim-de-semana ficou completo com o brasileiro Augusto Farfus (BMW GT3) e Sheldon Van der Linde (BMW GT3).

E com uma experiência de anos na Guia, devido à chuva praticamente constante, o piloto brasileiro considerou este o fim-de-semana mais complicado em Macau. “Este foi o fim-de-semana mais difícil em Macau, com todo o tipo de tempo, e com as condições sempre a mudarem”, afirmou no final. “Competi com uma equipa de Macau, que teve o apoio da BMW, é uma equipa pequena, mas estou aqui no pódio, o que me deixa muito feliz e mostra o excelente trabalho da BMW na assistência”, acrescentou. “Durante a corrida, senti que alguma coisa poderia acontecer entre os pilotos da frente, aconteceu e consegui chegar ao pódio”, frisou.

Por sua vez, Linde mostrou-se satisfeito com o pódio que lhe tinha fugido no ano passado. “É o meu primeiro pódio em Macau, e depois de ter perdido o pódio nas últimas cinco voltas do ano passado, estou satisfeito, recordou o piloto sul-africano. “Comecei em sexto, e fico surpreendido por estar aqui, porque havia muita pressão dos outros pilotos. Felizmente fui melhorando ao longo da corrida”, finalizou.

Alto

A ultrapassagem de Fuoco a Marciello na última curva do circuito com o piso molhado foi um recital de condução. Uma manobra corajosa de um piloto que merecia mais do que ser colocado fora de pista e terminar em nono

Baixo

Marciello sabia que era o mais rápido no primeiro sector do circuito, que vai da partida até à Curva do Hotel Lisboa. Porém, nada justificou a tentativa desesperada de recuperar a primeira posição que estragou a sua corrida e a de Fuoco.

Posição Piloto Carro Tempo

1 Maro Engel Mercedes-AMG GT3 Evo 45m44s519
2 Augusto Farfus BMW M4 GT3 a 6s641
3 Sheldon Van der Linde BMW M4 GT3 a 10s299

18 Nov 2024

71º Grande Prémio | Triunfo para Han Lichao na Corrida da Grande Baía

Han Lichao (Toyota GR Supra GT4) foi o vencedor na Corrida da Grande Baía.

A prova ficou marcada pelo duelo entre Lo Ka Chun (BMW M4 GT4) e Liang Jia Tong (BMW M4 GT4), que terminaram em primeiro e segundo, separados por 8 milésimas.

Porém, horas depois os dois foram desclassificados não terem respeitado os procedimentos na partida. O melhor piloto de Macau foi Leong Ian Veng (BMW M4 GT4) no sexto lugar.

Damon Chan conquistou Taça do Estabelecimento RAEM

Damon Chan (Toyota GR86) foi o vencedor da prova Macau Roadsport – Taça do Estabelecimento da RAEM, numa corrida que foi praticamente toda disputada atrás do safety car, antes de ser interrompida. O piloto de Hong Kong superiorizou-se ao piloto local Cheang Kin San (Subaru BRZ) e Ivan Szeto Wing Shun (Toyota GR86), outro piloto de Hong Kong.

A corrida ficou marcada pela chuva e começou atrás do safety car, que se manteve em pista durante cerca de cinco voltas. Quando o safety car entrou nas boxes, foi disputada cerca de meia volta, até haver um acidente, que levou a direcção de corrida a decidir mostrar a bandeira vermelha e dar por terminada a prova.

Chuva afastou público

A chuva foi o factor marcante desta edição do Grande Prémio e até o presidente da Comissão Organizadora, e do Instituto do Desporto, Luís Gomes, reconheceu que a chuva contribuiu para afastar muita gente do circuito, principalmente na manhã de ontem.

O responsável também explicou que a proximidade do tufão Toraji levou, como precaução, a remover os toldos da bancada central, que depois acabaram por não voltar a ser colocados. A colocação levaria cerca de 15 horas, tempo que não havia entre os diferentes dias de prova.

18 Nov 2024

71º Grande Prémio | Ugo Ugochukwu foi o primeiro vencedor da Fórmula Regional

O norte-americano foi o primeiro piloto a ganhar o Grande Prémio de Macau na categoria da Fórmula Regional, numa prova que controlou desde o início. Para trás, fica um fim-de-semana em que a chuva foi o principal adversário dos concorrentes

 

Ugo Ugochukwu (R-ace GP) entrou ontem para a História do Grande Prémio de Macau ao tornar-se o primeiro vencedor da prova disputada com carros da Fórmula Regional. O norte-americano arrancou da pole-position, depois de ter conquistado a corrida de qualificação, no sábado, e nunca mais largou a liderança.

“Não consigo descrever o sentimento da vitória, estou super feliz. Foi uma corrida muito traiçoeira, tivemos que forçar o andamento desde o início. Mas desde a segunda sessão de qualificação que sentia que estava muito rápido, por isso, senti que tinha de ganhar a corrida”, afirmou Ugo, no final da prova.

O norte-americano comentou também as várias entradas do safety car em pista, que faziam com que Oliver Goethe (MP Motorpsort), segundo classificado, se fosse aproximando. “Em todos os recomeços após o safety car tentei ser perfeito. Na primeira zona de travagem tive de ser muito defensivo, mas depois conseguia sempre a voltar a ganhar distância”, contou.

No segundo lugar ficou Oliver Goethe, alemão que tinha sido o mais rápido na sessão de qualificação, fazendo sempre tempos muito competitivos.

No final, o segundo classificado lamentou não ganho, considerando ter andamento para mais. “Foi difícil, o Ugo fez um bom trabalho nos recomeços. No final senti que estava perto de ter uma oportunidade para atacar, mas depois os pneus começaram a sofrer. Tentei sempre aquecê-los durante os períodos de safety car, mas não consegui aquecê-los o suficiente para atacar”, lamentou Goethe. “Quando fizemos um período de quatro ou cinco voltas sem paragens senti que os pneus estavam a ficar numa boa temperatura para atacar, mas agora só me resta pensar o que seria”, acrescentou. “Deixo Macau com um sentimento misto, porque queria muito ganhar e acho que tinha capacidade”, concluiu.

Ataque “maluco”

O pódio ficou completo com Noel León (KCM IXO by Pinnacle Motorsport), que terminou no lugar mais baixo do pódio. Na última volta, o mexicano ainda apanhou um susto, com um ataque desesperado de Freddie Slater (SJM Theodore Prema Racing) na Curva do Hotel Lisboa. Como resultado o britânico terminou nas barreiras.

“Todos querem atacar quando estão perto do terceiro lugar para chegarem ao pódio. Foi muito difícil, mas estou super feliz por conseguir nesta posição”, afirmou o piloto. “Eu sabia que ele (Slater) estava disposto a fazer algo maluco, porque era a última volta e ele considerou que valia a pena arriscar. Ele tentou meter o carro na linha interior, mas numa zona mais húmida, pelo que foi uma manobra traiçoeira e stressante. Mas consegui aguentar a posição”, acrescentou.

Quanto a Tiago Rodrigues, o piloto local foi apanhado no primeiro acidente da Curva do Hotel Lisboa e foi obrigado a desistir. O piloto de Macau foi mostrando ritmo ao longo do fim-de-semana, mas sem ter tido tempo para se aproximar do 10.º lugar, que acredita ter capacidade para fazer.

Alto

Oliver Goethe foi batido por Ugochukwu, mas os dois andaram sempre muito perto e a bom ritmo. O americano ganhou, mas o alemão mostrou-se a muito bom nível, foi rápido, mas cauteloso, evitando problemas desnecessários

Baixo

A sessão de qualificação de sexta-feira teve sete situações de bandeira vermelha, antes de ser dada como terminada. A falta de cabeça fria levou mesmo os pilotos a uma reunião extra, onde foram recordados da importância de respeitar o circuito da guia

Posição Piloto Carro Tempo

1 Ugo Ugochukwu R-ace GP 1h06m58s505

2 Oliver Goethe MP Motorsport a 0s412

3 Noel Leon Pinnacle Motorsport a 2s013

Champanhe sem álcool

Depois da confusão do ano passado em que semanas após a entrada em vigor da nova lei contra o álcool foram servidas bebida alcoólicas a menores na cerimónia do pódio, este ano a organização deixou um aviso através da transmissão a destacar que o champanhe do pódio não tinha álcool.

18 Nov 2024

TCR World Tour | Michelisz foi bicampeão em dia dominado pela Honda

Cinco pilotos partiam com hipóteses de vencer o TCR World Tour no início do fim-de-semana, mas foi o húngaro a conseguir o feito. No final, recordou a primeira vitória alcançada em Macau, em 2010

 

A Corrida da Guia consagrou Norbert Michelisz (Hyundai Elantra N TCR) como bicampeão do TCR FIA World Tour. Ao contrário do que aconteceu na temporada anterior, o húngaro não venceu qualquer corrida, somando os pontos suficientes com um pódio no sábado e um quinto lugar ontem.

“Que dia tão bonito, estar nesta posição é muito especial, por isso tenho de agradecer à minha equipa e aos meus colegas. Foi uma época em que nunca colocámos um pé em falso, e com a experiência acumulada sei que uma equipa eficiente permite estar na luta pelo título”, afirmou Michelisz.

O piloto do Hyundai recordou ainda a primeira vitória em campeonatos e taças mundiais de carros de turismo, que aconteceu em Macau, em 2010, ao volante de um Seat Leon. “É um dia muito feliz, especial, lembro-me de há 14 anos ter a minha primeira vitória no campeonato de carros de turismo em Macau”, confessou. “Repetir agora este sentimento, realmente sinto-me uma pessoa muito sortuda, e agradeço a todos os que me apoiaram ao longo desta viagem”, confessou.

Michelisz mostrou-se imune ao facto de a corrida ter sido adiada durante várias horas, devido à chuva, e após uma primeira tentativa de começo que nunca chegou a arrancar. Foi preciso esperar pela corrida de GT, que secou parte do traçado, para que os carros de turismo fossem finalmente para a pista.

Feitas as contas, Michelisz terminou o campeonato com 323 pontos, mais 11 pontos do que o sueco Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR), vencedor da primeira corrida do TCR World Tour. Mikel Azcona (Hyundai Elantra N TCR) foi terceiro no campeonato, com 295 pontos.

Vitórias para Bjork e Borkovic

Em relação à corrida de sábado, quando o campeonato ainda estava em aberto para cinco pilotos, Thed Bjork foi o mais rápido e colocou-se a cinco pontos de Michelisz, o que deixava tudo em aberto para a prova de ontem.

Face ao primeiro triunfo, o piloto sueco valorizou a postura dos adversários, principalmente ao nível dos toques, que foram muito poucos. Contudo, no domingo, Bjork arrancou do 10.º lugar, enquanto Michelisz saiu de 7.º. Apesar de todos os esforços, Bjork não conseguiu ir além de um 8.º lugar, o que selou o título.

Mais à frente, ao arrancar de quarto, Dusan Borkovic fez uma corrida imaculada e acabou por vencer. “É uma sensação estranha (…) quando se corre na Europa e na Sérvia sinto que tenho muita pressão porque está sempre toda a gente a olhar para mim, a acompanhar os meus resultados. Até o presidente da Sérvia me manda mensagens”, declarou Borkovic no final. “Aqui correu tudo bem, não senti a pressão”, acrescentou.

Alto

Não é fácil estar mais de 20 minutos na grelha de partida à espera para arrancar para uma corrida que até acaba por ser suspensa, como aconteceu no domingo. No entanto, quando regressaram à pista, os pilotos mostraram cabeça fria e tudo correu sem incidentes de maior

Baixo

Esteban Guerrieri estava na luta pelo título, mas o que pareceu um erro deixou-o de fora na primeira corrida, logo na primeira volta. No final disse que não se arrependeu de nada, mas esperava-se mais

Corrida 1

Posição Piloto Carro Tempo

1 Thed Bjork Lynk & Co 1h04m29s809

2 Norbert Michelisz Hyundai a 1s874

3 Mikel Azcona Hyundai a 2s629

Corrida 2

Posição Piloto Carro Tempo

1 Dusan Borkovic Honda 39m14s582

2 Esteban Guerrieri Honda a 3s568

3 Marco Butti Honda a 4s108

18 Nov 2024

71º Grande Prémio | O programa do fim-de-semana

Hoje

06:00 Fecho do Circuito

06:30-07:00 Inspecção do Circuito

07:45-08:30 Grande Prémio de Motos – Treinos Livres

09:20-10:00 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Treinos Livres 2

10:15-10:45 Macau Roadsport Challenge – Qualificação

11:00-11:30 Corrida da Grande Baía (GT4) – Qualificação

12:10-12:40 Macau Roadsport – Qualificação

12:55-13:25 Corrida da Guia Macau – Qualificação 1

13:35-13:50 Corrida da Guia Macau – Qualificação 2

14:05-14:35 Taça GT Macau – Qualificação

14:5-15:35 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Qualificação 2

16:15-17:00 Grande Prémio de Motos – Qualificação

18:00 Abertura do Circuito

Amanhã

06:00 Fecho do Circuito

06:30-07:00 Inspecção do Circuito

07:20-07:40 Grande Prémio de Motos – Aquecimento

09:30-10:15 Grande Prémio de Motos – Corrida (12 voltas)

10:55-11:40 Macau Roadsport Challenge – Corrida (12 voltas)

12:35-13:15 Corrida da Guia Macau – Corrida 1 (10 voltas)

13:50-14:50 Taça GT Macau – Corrida Classificativa (12 voltas)

15:30-16:30 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Corrida Classificativa (10 voltas)

18:00 Abertura do Circuito

Domingo

06:00 Fecho do Circuito

06:30-07:00 Inspecção do Circuito

08:15-09:00 Corrida da Guia Macau – Corrida (12 voltas)

09:35-10:20 Macau Roadsport – Corrida (12 voltas)

10:55-11:35 Corrida da Guia Macau – Corrida 2 (10 voltas)

12:25-13:35 Taça GT Macau – Corrida (16 voltas)

13:45-14:25 Evento Especial

15:15-15:20 Dança do Leão

15:30-16:30 Taça do Mundo de Fórmula Regional da FIA – Corrida (15 voltas)

18:00 Abertura do Circuito

15 Nov 2024

71º Grande Prémio | 5ª feira: dia para aprender a pista e poupar o carro

Um dia para testar o carro, mas também para rodar com cuidado e evitar problemas de maior. Foi desta forma que o piloto local Miguel Lei (Audi R8 LMS GT4) abordou os treinos livres de ontem, que decorreram debaixo de chuva, naquela que é a sua segunda participação no Grande Prémio de Macau. “Temos de nos focar em rodar e tentar ter um bom carro para amanhã (hoje). É importante perceber como está a pista em relação ao ano passado, porque as condições mudam muito de um ano para o outro”, afirmou Lei, ao HM. O piloto local reconheceu também que é difícil fazer previsões sobre os objectivos para a prova, pelo que vai tentar disfrutar ao máximo. “É a minha segunda participação e há pilotos com muita qualidade e experiência nesta prova. Por isso, vou tentar divertir-me ao máximo. Claro que quero sempre ficar o melhor classificado possível, mas isso vai ser um bónus”, acrescentou.

Combustível 100% sustentável

A grelha da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA vai ser impulsionada por combustível 100% sustentável pela primeira vez na sua história. Em linha com o roteiro de combustíveis desenvolvido pela Comissão de GT da FIA e através de parcerias com a ETS Racing Fuels, os concorrentes utilizaram 50% de combustível sustentável na edição de 2023 do evento. Este ano, durante a sétima edição da mais prestigiada corrida de “sprint” para máquinas GT3, a FIA anunciou que alcançou outro marco ambiental significativo, com todos os 23 carros dos seis diferentes construtores, a utilizarem um combustível feito a partir de bio-componentes de segunda geração provenientes de resíduos biológicos. Esta solução requer apenas ajustes menores no mapeamento do motor e foi amplamente testado pelos construtores da categoria GT3 antes da prova.

Leona: uma leoa entre homens

A piloto Leona Chin Lyweoi (Porsche 718 Cayman) assegura a representação feminina na edição deste ano do Grande Prémio de Macau, ao competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía. Em declarações ao HM, a malaia reconheceu que tem aspirações limitadas.

“Só quero chegar ao fim da corrida sem ter problemas, porque é a minha primeira vez em Macau. Estou a pensar em ganhar experiência, para no próximo ano voltar a Macau e, com um orçamento maior, poder ter objectivos mais ambiciosos”, afirmou. Antes da vinda para o território, Leona afirmou ter passado muitas horas à frente do simulador a estudar a pista, porém, realçou que, de acordo com o relato de outros pilotos, a diferença com as condições reais do circuito é muito acentuada.

15 Nov 2024

71º Grande Prémio | Taça GT Macau | Picariello foi o mais rápido em dia de treinos livres à chuva

Alessio Picariello (Porsche 911 GTR 3) liderou a segunda sessão de treinos livres, a mais rápida na Taça GT Macau. O dia de ontem, principalmente na parte manhã, ficou marcado por uma pista muito molhada, depois de se ter chegada a temer, durante a noite e madrugada anteriores, que os carros nem fossem para a pista, devido à possibilidade de ser içado o sinal n.º 8 de Tufão.

O segundo mais rápido foi Laurens Vanthoor (Porsche 911 GTR 3), o que mostrou a boa adaptação dos Porsches ao piso molhado.

O Ferrari de Daniel Serra (Ferrari 269 GT3) fechou os lugares do pódio dos treinos livres, e o brasileiro foi o primeiro GT não Porsche. Os BMW de Raffaele Marciello e Augusto Farfus completaram os primeiros cinco lugares cimeiros dos treinos livres.

Mortara em boa forma

A conduzir pela primeira vez um Lamborghini em Macau, Edoardo Mortara mostrou um bom ritmo na segunda sessão de treinos livres, a melhorar os tempos por volta de forma regular. No entanto, não foi além do 10.º, tendo sido afectado por algum tráfego em algumas das voltas.

Os Mercedes melhor classificados foram de Maro Engel (Mercedes-AMG GT3 Evo), em sétimo, e Daniel Juncadella (Mercedes-AMG GT3 Evo), em oitavo.

Com o mau tempo trazido pelo Ciclone Tropica Toraji a afectar Macau, o principal objectivo das equipas passou por evitar problemas, dado que a informação recolhida para as afinações dos carros pode ter uma utilidade muito limitada, caso as corridas de sábado e domingo sejam disputadas com piso seco.

15 Nov 2024

Rui Valente mantém o entusiasmo

O que seria um Grande Prémio de Macau sem termos o “nosso” Rui Valente à partida? O piloto português com mais participações no Circuito da Guia vai para o seu trigésimo primeiro Grande Prémio, e sempre com a mesma dedicação e vontade de andar depressa.

O trabalho de casa foi feito e o piloto da Premium Racing Team está confiante para enfrentar o desafio das decisivas 12 voltas no final da manhã de sábado. Na corrida Macau Roadsport, Rui Valente vai novamente conduzir o Subaru BRZ, com o dorsal n.º 16 nas portas. Exteriormente, o carro é o mesmo do ano passado, mas, “por dentro”, o carro japonês chega com outra genica, fruto de uma preparação cuidada que foi feita após a participação nas provas de apuramento no circuito de Zhuzhou durante o Verão.

“Antes do carro vir para Macau, estive a testar no GIC (Circuito Internacional de Guangdong) e o mesmo carro foi quase dois segundos mais rápido que no ano passado”, explicou o piloto luso ao HM que sabe que todos os seus adversários evoluíram de um ano para o outro. O motor nipónico também foi revisto e agora “é outra coisa. Antes da revisão estava cansado”, explica, acrescentando de seguida que se nota “bastante pelo menos no tempo em que ele leva a recuperar. Quando desaceleras e quando voltas à carga”, clarifica.

Três décadas depois, a vontade e o entusiasmo de lutar pelas primeiras posições continuam intactos. Vamos ver o Rui Valente nas posições cimeiras? “Sim, se as afinações forem as acertadas, é isso que vai acontecer”, garante.

15 Nov 2024

Jerónimo Badaraco corre com homenagem a Ayrton Senna

No ano em que se assinalaram 30 anos da morte do piloto Ayrton Senna, Jerónimo Badaraco vai competir com um capacete com as cores que eram utilizadas pelo génio brasileiro. E no regresso à Guia, um circuito onde já triunfou e sempre mostrou um ritmo elevado, Badaraco espera conseguir um lugar nos cinco primeiros.

“É a primeira vez que conduzo o GR86 que tem mudanças manuais neste circuito. Há mais de 10 anos que não ando na Guia com carros com mudanças manuais, mas mesmo assim vou ver se me adapto rapidamente ao carro e espero ficar nos cinco primeiros lugares”, afirmou o macaense ao HM. “Quero ver se me adapto rapidamente, porque se conseguir acho que vou alcançar um bom tempo”, sublinhou.

A sessão de treinos livres de ontem decorreu com o piso molhado, e o macaense foi o segundo mais rápido. No entanto, há a possibilidade de a corrida de sábado acontecer com o piso seco, uma eventualidade para a qual o piloto também está preparado.

“Estou preparado para se a corrida acontecer com o piso molhado ou com seco. Nesta altura, ainda é difícil prever como vão estar as condições”, indicou. “Para mim, não faz assim tanta diferença. Se a pista estiver seca podemos acelerar mais e desfrutar mais do carro, se estiver molhada temos de ter mais cuidado, porque na Guia sabemos que não há margem para errar”, frisou.

O piloto foi 2.º na sessão de treinos livres de ontem e entra em acção às 10h15 de hoje, com a sessão de qualificação, e tem a principal corrida agendada para as 10h55 de sábado.

15 Nov 2024

Célio Dias: a tentar melhorar ao longo do fim-de-semana

Célio Dias vai correr pela primeira vez com um dos vários Toyota GR86 no Circuito da Guia e o objectivo passa por ir melhorando ao longo de todo o fim de semana. Um resultado nos seis primeiros é um bónus, mas ontem o piloto local admitia que seria um resultado difícil.

“O nosso objectivo é chegar ao fim de todas as sessões, porque tenho de ganhar experiência com este carro. Claro que gostava de ficar em sexto ou melhor classificado, mas tenho algumas limitações, porque ainda preciso de procurar as melhores afinações do carro”, afirmou o piloto ao HM. “Vai ser a primeira vez que vou conduzir este carro em Macau, porque é o primeiro ano de competição com este GR86, e ainda estou a tentar encontrar as afinações ideais para o meu estilo de condução, e não tem sido fácil”, admitiu.

Célia Dias também explicou que as provas de classificação para o Grande Prémio de Macau, disputadas no Interior, tiveram resultados aquém das expectativas, mas espera inverter o cenário.

“Fiz duas provas no Interior, antes do Grande Prémio, mas não consegui bons resultados, porque não tinha as afinações que pretendidas”, indicou. “Chego a Macau e sinto que as afinações estão ligeiramente melhores, mas espera melhorar sempre ao longo de todo o fim-de-semana de provas”, acrescentou.

O piloto foi 10.º na sessão de treinos livros de ontem e entra em acção às 10h15 de hoje, com a sessão de qualificação, e tem a principal corrida agendada para as 10h55 de sábado.

15 Nov 2024