Hoje Macau China / ÁsiaPeritos alertam para falta de preparação para enfrentar um tsunami no sudeste da Ásia Um grupo de especialistas em prevenção de desastres naturais alertou este domingo para a falta de preparação para lidar com catástrofes naturais em alguns países do sudeste asiático, quando se assinalam 17 anos do tsunami que afetou esta região. Num simpósio, o professor Pennueng Wanichchai, chefe do departamento de mitigação do Ministério da Ciência da Tailândia, afirmou que existe a possibilidade de outro tsunami acontecer na região devido à carga acumulada nas placas tectónicas do Mar de Andaman, na costa da Tailândia. Perante um cenário de um novo tsnunami, o especialista sublinhou ter dúvidas se toda a população que vive na zona costeira possa ser retirada a tempo devido à falta de planos de emergência e poucos exercícios de preparação para outro desastre natural. Há alguns anos, um alerta de tsunami na ilha tailandesa de Phuket, que foi posteriormente desativado, mostrou que muitas bóias de alerta pararam de funcionar tal como aconteceu no tsunami de 26 de dezembro de 2004, quando uma onda gigante varreu a costa leste da Tailândia e provocou mais de 8.000 mortos. A onda gigantesca de há 17 anos foi causada por um terremoto de magnitude 9,1 com epicentro ao norte da ilha indonésia de Sumatra. Este tsunami causou cerca de 230.000 mortes numa dúzia de países no Oceano Índico, sendo a maioria deles na parte norte da ilha indonésia de Sumatra, onde cerca de 170.000 pessoas morreram. Os habitantes da província de Aceh, a mais afetada pelo tsunami de 2004, realizaram hoje uma cerimónia religiosa em memória das vítimas. O especialista tailandês frisou também que 17 anos depois da tragédia, que praticamente apagou as populações da costa tailandesa, hotéis e cidades densamente habitadas recuperaram o seu espaço original. No entanto, o professor tailandês Pasakorn Panon, da Universidade de Kasetsart, destacou que a não deteção de um hipotético tsunami na Tailândia ou em outro país da região colocaria em risco toda a zona.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão Rai | Novo balanço traça 388 mortos e 60 desaparecidos nas Filipinas Pelo menos 388 pessoas morreram e 60 continuam desaparecidas nas Filipinas, na sequência da passagem do tufão Rai pelo arquipélago há 15 dias, de acordo com dados oficiais hoje atualizados. O conselho de gestão e redução de risco de desastres filipino, que verifica e confirma dados de diferentes agências no terreno, indicou que 1.146 pessoas ficaram feridas e cerca de 542 mil deslocadas. O Rai, que tocou terra no dia 16 com rajadas de vento até 240 quilómetros por hora, atravessou de leste a oeste cerca de nove ilhas no país e afetou mais de quatro de pessoas, de acordo com números oficiais. O tufão deixou um rasto de destruição na passagem pelas Filipinas e causou danos em habitações, infraestruturas e culturas agrícolas avaliados em 20,54 mil milhões de pesos filipinos. O Governo filipino declarou o estado de calamidade em seis regiões afetadas pelo tufão. O impacto do tufão, identificado como Odette no país e o 15.º a atingir as Filipinas este ano, chegou num momento delicado devido a receios sobre a nova variante ómicron do novo coronavírus. Uma média de 20 tufões atinge as Filipinas todos os anos e o mais destrutivo foi o supertufão Haiyan, que em novembro de 2013 atingiu as ilhas Samar e Leyte, deixando sete mil mortos 200 mil famílias desalojadas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Cuba concretizam aliança no âmbito da Nova Rota da Seda China e Cuba assinaram um plano de expansão da cooperação bilateral para o desenvolvimento da Nova Rota da Seda e pode também ajudar à recuperação económica da ilha, que atravessa a pior crise em quase três décadas. O acordo foi assinado pelo diretor da Comissão de Desenvolvimento e Reforma, principal órgão de planeamento económico chinês, He Lifeng, e pelo vice-primeiro-ministro cubano, Ricardo Cabrisas, de acordo com a imprensa oficial. Embora Cuba tenha aderido à iniciativa Nova Rota da Seda, em 2018, através de um memorando, trata-se agora de concretizar um calendário e um roteiro para projetos bilaterais, como iniciativas em infraestruturas, tecnologia, cultura, educação, turismo, energia, comunicações e biotecnologia. Um investigador na área dos estudos latino-americanos na Academia Chinesa de Ciências Sociais Zhou Zhiwei disse ao jornal estatal Global Times que a assinatura do plano ilustra o novo impulso nas relações entre os dois países comunistas. Para Zhou, o acordo vai ajudar a economia cubana a recuperar e a melhorar as condições de vida da população local, e, ao mesmo tempo, promover a cooperação entre a China e a América Latina nos domínios do turismo e da energia. O perito salientou o potencial desta aliança na área da energia, um dos problemas mais prementes do país das Caraíbas, que tem registado problemas de abastecimento nos últimos dois anos, agravados pelas sanções dos Estados Unidos e pela redução dos carregamentos de petróleo bruto subsidiado da Venezuela. A China e Cuba já têm projetos energéticos em curso na ilha, incluindo vários relacionados com a utilização de energias eólicas e fotovoltaicas renováveis, uma vez que Havana pretende que 24% do fornecimento de energia provenha destas fontes até 2030. O país asiático é atualmente um dos principais aliados políticos da ilha das Caraíbas e o seu segundo maior parceiro comercial.
Hoje Macau China / ÁsiaNúmero de mortos pelo tufão Rai nas Filipinas sobe para 375 A passagem do tufão Rai pelas Filipinas, o mais forte a atingir o país este ano, provocou pelo menos 375 mortos e 56 desaparecidos, segundo um novo balanço divulgado pela polícia nacional. Os ventos fortes e chuvas intensas provocaram ainda 500 feridos, de acordo com os números oficiais, citados pelas agências de notícias France-Presse (AFP) e Associated Press (AP). As autoridades admitiram que o balanço de vítimas pode aumentar, porque várias cidades e aldeias continuavam hoje isoladas devido a falhas de comunicações e cortes de energia, embora estivessem em curso esforços de limpeza e reparação. O tufão devastou áreas inteiras onde os sobreviventes precisam urgentemente de água limpa e alimentos, disseram as autoridades. Mais de 400.000 pessoas foram deslocadas para abrigos, depois de terem sido obrigadas a fugir das suas casas e áreas costeiras quando o Rai passou no arquipélago, entre quinta e sexta-feira. No seu ponto mais forte ao passar pelas Filipinas, o Rai apresentou ventos constantes de 195 quilómetros por hora (km/h), com rajadas de até 270 km/h, sendo considerado um “supertufão”. Muitas das vítimas foram mortas pela queda de árvores e desmoronamento de muros, inundações repentinas e deslizamentos de terras. Mais de 700.000 pessoas foram afetadas nas províncias das ilhas centrais, e milhares de residentes foram resgatados de cidades e aldeias inundadas, muitos dos quais se refugiram nos telhados para não serem arrastadas pelas águas. Os navios da guarda costeira transportaram 29 turistas norte-americanos, britânicos, canadianos, suíços, russos e chineses que ficaram retidos na ilha de Siargao, um destino de surf popular que foi devastado pelo tufão, disseram as autoridades. As equipas de emergência estavam a tentar retomar o fornecimento de eletricidade em 227 cidades e vilas, mas a energia só tinha sido restaurada hoje em apenas 21 áreas, informaram as autoridades. Os sistemas de comunicações via telemóveis em mais de 130 cidades e vilas foram cortados pelo tufão, mas pelo menos 106 tinham sido reativados até hoje. Dois aeroportos locais continuavam fechados hoje, exceto para voos de emergência, mas reabriram os outros que tinham sido afetados, disse a agência de aviação civil. Depois de passar nas Filipinas, o Rai entrou no Mar do Sul da China e perdeu força, passando de “supertufão” a um “ciclone tropical severo”, segundo os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau, que içaram hoje o sinal 1 de alerta de tempestade tropical. Esta é a primeira vez desde 1974 que é içado um sinal de tempestade tropical em Macau em dezembro. O Rai ocorreu particularmente tarde para a habitual época de tufões, em que a maioria das tempestades tropicais se formam no Oceano Pacífico entre julho e outubro. Os SMG de Macau admitiram a possibilidade de vir a ser içado o sinal 3 de alerta.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Candidatos pró-Pequim dominaram eleições legislativas A Chefe do Executivo, Carrie Lam, mostrou-se satisfeita com o processo eleitoral, afirmando que a cidade retomou o rumo correcto de ‘um país, dois sistemas'” Os candidatos pró-Pequim dominaram as eleições legislativas de Hong Kong, derrotando moderados e independentes na primeira eleição depois de Pequim ter aprovado uma resolução para alterar as leis eleitorais no território. Os candidatos leais a Pequim ganharam a maioria dos lugares nas eleições de domingo depois de as leis terem sido alteradas para garantir que apenas “patriotas” pudessem dirigir a cidade. A líder de Hong Kong, Carrie Lam, disse durante uma conferência de imprensa ontem que estava “satisfeita” com as eleições, apesar de uma participação de 30,2 por cento dos eleitores – a mais baixa desde que os britânicos entregaram Hong Kong à China em 1997. A responsável disse que o número de eleitores registados atingiu 92,5 por cento, um recorde em comparação com as eleições de 2012 e 2016, quando cerca de 70 por cento dos eleitores se tinham registado. “Para os eleitores recenseados, decidirem se querem exercer os seus direitos de voto numa determinada eleição é inteiramente uma questão para eles próprios”, disse. Trabalho “excitante” Ao abrigo das novas leis, o número de legisladores eleitos directamente foi reduzido de 35 para 20, mas a legislatura foi alargada de 70 para 90 assentos. A maioria dos legisladores foi nomeada por órgãos em grande parte pró-Pequim, assegurando que estes constituíssem a maioria da legislatura. Todos os candidatos foram também avaliados por uma comissão antes de poderem ser nomeados. O campo da oposição criticou as eleições, com o maior partido pró-democracia, o Partido Democrata, a não apresentar candidatos pela primeira vez desde a transferência de soberania de 1997. Lam disse que espera que o trabalho com os 90 legisladores continue a ser “muito excitante” porque eles têm opiniões diferentes sobre muitas questões sociais. Espera-se que Lam viaje para Pequim para fornecer um relato completo sobre a mais recente situação política e económica em Hong Kong. “Espero cobrir uma vasta gama de questões sobre esta visita de serviço particular, porque através de dois actos muito decisivos das autoridades centrais, Hong Kong está agora de volta ao caminho certo de ‘um país, dois sistemas'”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão que atingiu as Filipinas causou pelo menos 146 mortos O tufão mais forte que atingiu as Filipinas, este ano, causou pelo menos 146 mortos, e o governador de uma província insular especialmente atingida pelo Raí disse que o número de vítimas pode subir. O governador Arthur Yap, da província de Bohol, no centro das Filipinas, disse que 72 pessoas morreram na sua circunscrição, 10 outras estavam desaparecidas e 13 feridas. Segundo afirmou o responsável, o número as mortes ainda pode aumentar consideravelmente, porque apenas 33 dos 48 prefeitos foram capazes de dar uma resposta, já que as comunicações estão interrompidas. Em declarações colocadas na rede social Facebook, Yap ordenou que os prefeitos da sua província, de mais de 1,2 milhão de pessoas, evocassem os seus poderes de emergência para garantir porções de comida para um grande número de pessoas e água potável, que foram procurados com urgência em várias cidades duramente atingidas. Depois de sobrevoar cidades devastadas pelo tufão, Yap disse que “está muito claro que os danos sofridos por Bohol são grandes e abrangentes”. Yap disse que a inspeção inicial não cobriu quatro cidades onde o tufão atingiu as províncias das ilhas centrais na quinta e sexta-feira. O Governo disse que cerca de 780.000 pessoas foram afetadas, incluindo mais de 300.000 residentes que tiveram que evacuar as suas casas. Pelo menos 64 outras mortes, devido ao tufão, foram relatadas pela agência de resposta a desastres, a polícia nacional e autoridades locais. A maioria foi atingida pela queda de árvores e paredes desabadas, afogou-se em enchentes ou foi soterrada por deslizamentos de terra. As autoridades nas ilhas Dinagat, uma das províncias do sudeste primeiro atingidas pelo tufão, relataram separadamente 10 mortes apenas em algumas cidades, elevando o número total de mortes até agora para 146. O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, viajou para a região no sábado e prometeu 2 bilhões de pesos (40 milhões de dólares norte-americanos) em ajuda. Na sua fase mais forte, o tufão teve ventos sustentados de 195 quilómetros por hora e rajadas de até 270 quilómetros por hora, tornando-se um dos mais poderosos dos últimos anos a atingir o arquipélago sujeito a desastres, que fica entre o Oceano Pacífico e o Mar da China Meridional. As enchentes aumentaram rapidamente na cidade ribeirinha de Bohol, na ilha de Loboc, onde os residentes ficaram presos nos telhados e nas árvores, tendo sido resgatados pela guarda-costeira no dia seguinte. Nas ilhas Dinagat, um oficial disse que os telhados de quase todas as casas, incluindo abrigos de emergência, foram danificados ou totalmente destruídos. Pelo menos 227 cidades ficaram sem eletricidade, que foi restaurada em apenas 21 áreas, disseram as autoridades, acrescentando que três aeroportos regionais foram danificados, dois dos quais permanecem fechados. As mortes e os danos generalizados deixados pelo tufão antes do Natal naquela nação, maioritariamente católica, trouxeram de volta memórias da catástrofe infligida por outro tufão, o Haiyan, um dos mais poderosos já registados. Atingiu muitas das províncias centrais que foram afetadas na semana passada, vitimando mortalmente mais de 6.300 pessoas em novembro de 2013. O Papa Francisco expressou a sua solidariedade com o povo das Filipinas, referindo-se ao tufão “que destruiu muitas casas”. Cerca de 20 tempestades e tufões assolam as Filipinas todos os anos. O arquipélago também se encontra ao longo da região sismicamente ativa do “Anel de Fogo” do Pacífico, tornando-o um dos países mais suscetíveis a calamidades naturais.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Pelo menos 75 mortos à passagem do tufão Rai Pelo menos 75 pessoas morreram nas Filipinas devido à passagem do tufão Rai, o mais forte a atingir o país este ano, disseram hoje as autoridades. O governador da ilha turística de Bohol (centro), Arthur Yap, anunciou, na sua página da rede social Facebook, que 49 pessoas tinham morrido e dez estavam desaparecidas nesta província, o que eleva para 75 mortos o balanço provisório da catástrofe. “As comunicações continuam cortadas. Apenas 21 de 48 municípios entraram em contacto connosco”, adiantou. O tufão, com ventos sustentados de 195 quilómetros por hora (km/h), atravessou o centro e o sul das Filipinas, na quinta e na sexta-feira, obrigando cerca de 300 mil pessoas a fugir de casa. Fotos aéreas divulgadas pelas forças armadas filipinas mostram que o rasto de destruição deixado pela tempestade tropical, que arrancou árvores, telhados e postos elétricos, antes de avançar no sábado para o mar do Sul da China, em direção ao Vietname. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau alertaram já que o Rai vai entrar “na zona de alerta de 800 quilómetros de Macau na segunda-feira”, prevendo que a tempestade enfraqueça gradualmente, apesar de ainda existirem “grandes incertezas quando à sua intensidade”. O Rai ocorre particularmente tarde para a habitual época em que a maioria das tempestades tropicais se formam no oceano Pacífico, entre julho e outubro. A comunidade científica tem vindo a alertar para a crescente intensidade destes fenómenos, relacionada com o aumento do aquecimento global causado pela ação humana. As Filipinas, consideradas um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas, são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões, que causam vítimas e danos. Em 2013, o supertufão Hayan causou mais de 7.300 mortos ou desaparecidos.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 22 pessoas presas em mina de carvão ilegal no centro da China Pelo menos 22 pessoas ficaram presas numa mina ilegal de carvão, em Xiaoyi, no centro da China, noticiou hoje a cadeia estatal chinesa CCTV. O acidente ocorreu às 23:00 de quarta-feira numa mina em Xiaoyi, na província de Shaanxi, onde estão já a trabalhar equipas de socorro. Contudo, o trabalho de drenagem do local está a ser dificultado pela ausência de informações claras sobre o terreno da mina ilegal e pela descida das temperaturas, que vão cair hoje para menos 10º Celsius, de acordo com a CCTV. A exploração mineira irregular continua a ser um problema persistente no país, apesar dos esforços, nos últimos anos, do Governo chinês para o erradicar. Recentemente, a província de Shaanxi anunciou várias inspeções para pôr fim à mineração ilegal na região, um dos maiores produtores de carvão da China. As autoridades querem também garantir que as empresas mineiras não excedem as quotas de produção de carvão, cujo preço atingiu níveis recorde no país em outubro. As centrais elétricas a carvão são responsáveis por cerca de 60% da produção de energia na China. No ano passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, comprometeu-se a atingir a neutralidade de carbono até 2060.
Hoje Macau China / ÁsiaOlaf Scholz diz que Alemanha e Europa dão à China “competição económica justa” Olaf Scholz, o novo chanceler alemão que substitui Angela Merkel no cargo, fez ontem o seu primeiro discurso no parlamento e disse que a Alemanha e a Europa oferecem a Pequim uma “competição económica justa em benefício de ambas as partes” e “com as mesmas regras do jogo para todos”, bem como em desafios globais como a crise climática e a pandemia, sem que isso implique ignorar a situação dos direitos humanos na China. Sobre a ascensão da China como potência tecnológica e militar, Scholz destacou que a UE deve orientar a sua política com base nessa realidade. Por outro lado, Scholz expressou “grande preocupação” com o conflito na fronteira russo-ucraniana, garantindo que a Alemanha está pronta para um “diálogo construtivo” com Moscovo, algo que não deve ser mal interpretado como uma nova ‘Ostpolitik’ alemã”. “Uma ‘Ostpolitik’ numa Europa unida só pode ser uma ‘Ostpolitik’ europeia”, sustentou., Naquela que foi a sua primeira declaração no Bundestang, antes de se estrear nas reuniões do Conselho Europeu, que começam esta quinta-feira, Scholz garantiu que trabalhará pela União Europeia (UE), relações inter-atlânticas e progresso. O futuro e o bem-estar europeu “é uma questão nacional” e “a coesão e a soberania são as tarefas da Europa”, afirmou o chanceler antes da sessão plenária do Bundestag (Câmara Baixa). Scholz defende que, pela sua história e também como principal economia do centro do continente europeu, a Alemanha tem a responsabilidade de não ficar à margem do processo. Pelo contrário, prosseguiu, tem de “construir pontes” nos moldes dos seus antecessores. “Para se fazer ouvir e não se tornar um mero brinquedo para potências estrangeiras, a UE tem de estar unida”, sustentou. Mais acção precisa-se Scholz salientou a necessidade de a Europa aumentar a sua capacidade de acção, para o que deve ser regra a possibilidade de decidir no Conselho por maioria qualificada em todas as áreas, o que “não significa uma perda, mas sim uma maior soberania”. O novo chanceler alemão defendeu ainda uma “cultura política europeia de debate construtivo”, que vise encontrar “sempre o melhor caminho”, indo “além dos interesses nacionais, mas sem deixar de respeitar a história e a diversidade”, tendo ainda a “consciência” daquilo que une os europeus. Scholz considerou os Estados Unidos como o “parceiro mais importante” da UE, garantindo que, ao Presidente norte-americano Joe Biden, o une o convencimento de que as democracias liberais “têm de demonstrar novamente que podem oferecer melhores e as mais justas respostas” para os desafios do século XXI. “A amizade germano-norte-americana e a NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] são o alicerce inalienável da nossa segurança”, afirmou, acrescentando que o Governo alemão irá defender sempre as instituições que representam o multilateralismo. Para o chanceler, a segurança europeia e transatlântica “andam de mãos dadas”, razão pela qual garantiu que a Alemanha apoia uma nova Declaração Conjunta da UE e da NATO. Mudança é possível Scholz garantiu que a mudança e renovação prometidas pelo novo Governo serão possíveis, apesar da situação de pandemia, ao mesmo tempo que apelou à população para que reduza os contactos, se vacine e que faça exames para combater a atual quarta vaga de covid-19. Scholz negou que a sociedade esteja dividida e afirmou que a maioria dos cidadãos está a comportar-se na pandemia de forma “solidária, sensata e cautelosa”, embora reconheça que há uma minoria de negacionistas que se dedica a divulgar teorias da conspiração e a desinformar. “Não permitiremos que uma pequena minoria de extremistas em fuga tente impor a sua vontade a toda a sociedade”, advertiu, garantindo que o governo os enfrentará com todos os meios do Estado democrático e de direito. Por outro lado, Scholz garantiu que o seu Executivo será “um Governo do progresso”, tanto técnico quanto social e cultural, e que a década de 2020 será um período de mudança, renovação e transformação. “No século XXI, não precisamos de menos, mas de mais progresso, mas precisamos de um progresso melhor e mais inteligente”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaMilhares de filipinos procuram refúgio com aproximação de tufão Rai O tufão severo Rai, com ventos fortes e chuvas torrenciais, aproximava-se hoje do centro e sul das Filipinas, forçando dezenas de milhares de pessoas a fugir de casa, disseram as autoridades. Existe a possibilidade de este tufão também passar por Macau, mas o seu percurso e intensidade são ainda incertos, conforme avançaram, há dias, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos numa nota à imprensa. De acordo com a agência de meteorologia filipina, o Rai poderá registar ventos sustentados de 165 quilómetros por hora (km/h) e rajadas que atingir os 195 km/h quando tocar terra esta tarde na ilha turística de Siargao. “Ventos destrutivos podem causar danos moderados a graves nas estruturas e na vegetação”, alertou a agência, destacando também a possibilidade de ocorrerem fortes inundações ao longo da linha costeira. Mais de 45 mil pessoas deixaram as suas casas para procurar abrigo, incluindo muitos turistas que se encontram na região, conhecida pelas praias e locais de mergulho, de acordo com a Agência Nacional de Prevenção de Catástrofes das Filipinas. O Rai formou-se já fora da habitual época, entre julho e outubro, para a maioria dos ciclones tropicais no oceano Pacífico. Este tufão deverá atravessar as Filipinas de leste a oeste nos próximos dias, passando pelas ilhas de Mindanao e Palawan, antes de se deslocar sobre o mar do Sul da China em direção ao Vietname. Considerado um dos países mais vulneráveis ao aquecimento global e alterações climáticas, as Filipinas são atingidas por cerca de 20 tufões por ano, sofrendo danos em casas, culturas e infra-estruturas em áreas já empobrecidas.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente das Filipinas retira candidatura às eleições para o Senado O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, retirou a candidatura às eleições para o Senado em 2022, anunciou esta terça-feira a comissão governamental de supervisão eleitoral em Manila. “O Presidente retirou-se das eleições para o Senado”, disse James Jimenez, porta-voz da Comissão Eleitoral, através da rede social Twitter. A candidatura ao Senado do Presidente cessante era encarada como uma manobra de Duterte para permanecer na política enquanto os processos da “guerra contra as drogas” são objeto de investigação internacional e de críticas das organizações de defesa dos direitos humanos. A saída de Duterte da presidência não significa necessariamente que pretenda, aos 76 anos, afastar-se da política. Por outro lado, a filha, Sara Duterte-Carpio, pretende concorrer à vice-presidência do país, enquanto o filho, Sebastian, concorre à autarquia de Davao, reduto da família Duterte no sul das Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul com mais de 7.800 casos diários. Governo prepara restrições A Coreia do Sul registou hoje 7.850 novos casos de covid-19, tendo o Governo sul-coreano anunciado que vai reativar as restrições para aliviar a pressão sobre os hospitais. O número de casos diários tem vindo a aumentar, desde 01 de novembro, quando a Coreia do Sul levantou várias restrições, de quatro mil para quase oito mil. De acordo com a agência de controlo e prevenção de doenças sul-coreana, 75% dos novos casos foram detetados na região de Seul, onde mais de metade da população do país, de 51 milhões, reside. As autoridades sul-coreanas estão especialmente preocupadas com o número de casos graves e de mortes, uma vez que, desde novembro, os óbitos devidos à covid-19 representam já 35,1% do total desde o início da pandemia. Por outro lado e uma vez que 30% dos novos casos de covid-19 são diagnosticados em pessoas com mais de 60 anos, vacinados no início deste ano, o Governo está a tentar acelerar a administração de doses de reforço. Ao mesmo tempo, as autoridades estão também a tentar acelerar a vacinação do grupo que regista 20% dos novos casos, os menores de 20 anos. A variante Ómicron do novo coronavírus levou a Coreia do Sul a prolongar a quarentena obrigatória de dez dias, até 06 de janeiro, para todos aos viajantes oriundos do estrangeiro. O Governo sul-coreano deverá anunciar novas restrições na quinta-feira, estando a ser considerado uma redução do número máximo de pessoas em grupos, atualmente de seis na região da capital e de oito no resto do país, e a reintrodução do encerramento noturno obrigatório da indústria hoteleira para conter os contágios. A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim autoriza China Mobile a fazer maior oferta pública inicial de Xangai desde 2010 O regulador do mercado de valores da China deu “luz verde” ao maior operador telefónico estatal do país, a China Mobile, para realizar a maior oferta pública inicial (IPO) em mais de uma década. Esta operação acontece na sequência da saída do operador chinês de Wall Street. A empresa indicou, num comunicado enviado ontem à bolsa de Hong Kong, onde já está cotada, que em Xangai pretende vender 845,7 milhões de acções, 3,97 por cento do total, embora o número possa subir para 972,5 milhões (4,53 por cento da participação). Até agora, a China Mobile não oficializou o preço que estas acções terão, nem quando terá lugar a estreia em Xangai, embora o regulador tenha autorizado a realização durante os próximos 12 meses. Em Agosto, a companhia de telecomunicações, a maior do mundo por assinantes, tinha indicado pretender angariar cerca de 56 mil milhões de yuan no negócio. A maior parte das receitas irá para o desenvolvimento de redes de quinta geração (5G). Se atingir esse montante, a China Mobile ultrapassará o segundo maior operador estatal, a China Telecom, que também foi retirada da bolsa de Wall Street e se tornou pública em Xangai em Agosto, angariando cerca de 47,1 mil milhões de yuan. Esta operação poderá, por isso, ser a maior IPO em Xangai desde o do Banco Agrícola Estatal da China em 2010, que trouxe cerca de 68,8 mil milhões de yuan. Negra lista O operador China Mobile, juntamente com os outros dois principais operadores chineses, China Telecom e China Unicom, foi retirada da bolsa de Nova Iorque (NYSE) após a anterior administração dos EUA, liderada por Donald Trump, ter proibido o investimento em empresas consideradas como controladas ou associadas às forças armadas do país. As três empresas foram subsequentemente retiradas da lista dos principais índices internacionais de ações. No final de Janeiro, apenas um dia após a saída do Trump da presidência, os três operadores estatais solicitaram à bolsa de Nova Iorque que invertesse a exclusão da cotação para que os seus títulos, que são negociados em “certificados depositários”, ou seja, certificados negociáveis cotados numa bolsa local que representam acções de uma empresa estrangeira, pudessem voltar a ser negociados lá. No entanto, em Maio, as autoridades da NYSE rejeitaram aqueles pedidos e mantiveram a lista negra.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer mais parcerias e cooperação com Portugal O embaixador chinês em Portugal afirmou ontem que a China pretende desenvolver as “excelentes” relações de cooperação e as parcerias com Portugal, que têm registado uma “boa tendência de desenvolvimento”, com “grande intensidade e com resultados promissores”. Zhao Bentang falava ao abrir a 3.ª Conferência Internacional de Cooperação Portugal-China, que decorre até esta quarta-feira presencial e virtualmente a partir da sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), em Lisboa, e cujos temas dizem respeito à cooperação económica, social, científica e tecnológica. Na iniciativa promovida pela União das Associações de Cooperação e Amizade Portugal-China e pelo Observatório da China, que conta com a presença do ministro do Mar português, Ricardo Serrão Santos, e do secretário de Estado para a Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, o embaixador da China em Lisboa enfatizou o facto de Portugal ser “um parceiro endógeno” de Pequim. “Tendo como ponto importante o reforço da Rotas da Seda, quer terrestre quer marítima, Portugal é um parceiro endógeno dessa construção. Há centenas de anos, os corajosos portugueses navegaram ao longo da Rota da Seda marítima para o Oriente, abrindo a porta para o comércio marítimo. Nos últimos anos, Portugal tem estado a participar activamente na construção desta nova fase económica, dando continuidade a este capítulo maravilhoso da conversão das relações”, salientou Bentang. Sempre a crescer O diplomata chinês destacou que Portugal foi um dos 57 países fundadores do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII) e dos primeiros Estados europeus a assinar documentos de cooperação em construção de infraestruturas com a China, o que tem permitido trazer benefícios multilaterais e com países terceiros. “A China é o maior parceiro comercial de Portugal na Ásia, bem como o maior destino das exportações de carne de porco portuguesa. Nos primeiros nove meses deste ano, o volume comercial aumentou e atingiu os 6.387 milhões de dólares, um valor superior ao de todo o ano de 2019. O investimento directo da China em Portugal este ano aumentou 47,76 por cento”, exemplificou. “Nos últimos anos, as relações sino-portuguesas têm apresentado uma boa tendência de desenvolvimento e, através de um diálogo de alto nível, a cooperação tem sido muito intensa, com resultados promissores e uma cooperação estreita ao nível multilateral”, acrescentou, realçando a criação, em menos de seis meses, de uma nova parceria estratégica. Bentang destacou também que, a 27 de Agosto passado, o Presidente da China, Xi Jinping, manteve “mais uma conversa telefónica” com Marcelo Rebelo de Sousa, tendo ficado acordado um “reforço estável e sustentável da cooperação bilateral”. “Nos últimos oito anos, desde o lançamento da iniciativa da nova Rota [da Seda], o crescimento da cooperação em Portugal tem trazido muitos benefícios económicos e bilaterais, assim como resultados em mercados terceiros”, salientou. Nesse sentido, Bentang indicou que quer Marcelo Rebelo de Sousa quer o primeiro-ministro português, António Costa, expressaram em várias ocasiões a vontade de reforçar a cooperação com a China no âmbito da Rota da Seda e de “criar maiores sinergias e eficácia nas estratégias de desenvolvimento”.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin e Xi Jinping reúnem-se na quarta-feira para discutir questões bilaterais O Presidente chinês, Xi Jinping, e o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, vão reunir-se esta quarta-feira, por meios virtuais, para discutirem relações bilaterais e questões internacionais, incluindo as tensões entre Moscovo e o Ocidente. Nas últimas semanas agravou-se a situação política e diplomática entre Moscovo e o Ocidente devido à presença de milhares de tropas russas junto à fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, referiu-se à cimeira, mas não detalhou os tópicos da reunião marcada para quarta-feira. “Os dois chefes de Estado vão abordar as relações entre a China e a Rússia, este ano, e a cooperação em várias áreas”, disse Wang Wenbin numa conferência de imprensa em Pequim. Wang acrescentou que os dois líderes vão “determinar, ao mais alto nível, os desenvolvimentos para as relações bilaterais no próximo ano”. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou Vladimir Putin, numa reunião realizada na semana passada, que a Rússia pode vir a enfrentar pesadas sanções, com efeitos na economia, se Moscovo invadir a Ucrânia. De acordo com declarações de Yuri Ushakov, conselheiro do Kremlim, Putin respondeu que “as tropas russas estão no próprio território e que não ameaçam ninguém”. Nos últimos anos, a República Popular da China e a Rússia incrementaram medidas relativas à política externa para enfrentarem o domínio internacional (político e económico) dos Estados Unidos. Moscovo e Pequim enfrentam sanções devido à política interna. No caso da República Popular da China, as medidas sancionatórias estão relacionadas com os abusos cometidos contra as minorias étnicas e religiosas, sobretudo na província de Xinjiang (noroeste), e a repressão conduzida pelo regime comunista contra os ativistas pró-democracia na região administrativa especial de Hong Kong. Pequim e Washington mantêm divisões nas áreas das relações comerciais e tecnologia, bem como sobre Taiwan, ilha autónoma que os Estados Unidos não reconhecem como um país independente, mas que encaram como um modelo democrático face à China. Wang concluiu que o encontro bilateral entre Xi Jinping e Vladimir Putin prevê fortalecer os laços de confiança mútua entre os dois países.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Trip.com quer levar turistas de ‘alta gama’ para Portugal O gigante de viagens chinês espera que a pandemia esteja mais controlada em 2022, com cerca de 90 por cento da população chinesa vacinada, para atacar o mercado europeu e investir em Portugal A directora executiva da Trip.com Group, uma das maiores agências de viagens do mundo, afirmou à Lusa que assim que a pandemia estabilizar pretende enviar ‘clientes de alta gama’ para Portugal e que tenciona investir no país. “Estamos muito avançados na preparação da recuperação [da pandemia] para enviar clientes para a Europa e Portugal” disse Jane Jie Sun, em entrevista à Lusa à margem de um evento realizado em Macau. A responsável do grupo proprietário de empresas de viagens online como a Skyscanner, Trip.com, MakeMyTrip, Qunar, Ctrip.com, entre outras, explicou ainda que “a maioria dos países europeus quer muito atrair turistas chineses porque o poder de compra é muito forte”. Apesar de toda esta confiança, existe um entrave que está a atrasar a chegada de visitantes chineses à Europa: as quarentenas no regresso a ‘casa’. A China permanece praticamente isolada na política de casos zero covid-19 e impõe fortes restrições fronteiriças e elevadas quarentenas a quem queira regressar ao país. Ainda assim, Jane Jie Sun mostrou-se relativamente confiante de que esta situação poderá ser alterada em 2022, mas que “tudo depende do controlo do vírus”. “Se conseguirmos [China] chegar ou ultrapassar 85 por cento ou 90 por cento [de vacinados], se a terceira dose for eficaz e se a taxa de mortalidade estiver sob controlo, há possibilidades”, frisou. Até lá, garantiu, a empresa tem uma equipa de pesquisa a explorar locais e ‘resorts’ para a chegada de clientes da China. “A Europa tem muitas boutiques hotéis e resorts lindos e nós queremos garantir que todos estes hotéis e resorts estejam disponíveis aos nossos clientes na China”, sublinhou. Em campanha Em Portugal essa pesquisa também está a ser feita, e quando questionada pela Lusa sobre se o grupo estava a pensar investir em Portugal, a resposta foi pronta: ‘Claro’. A prova deste compromisso por parte do grupo com Portugal ficou patente com o lançamento, este mês, de uma campanha conjunta com Turismo de Portugal. Em resposta à Lusa, o Turismo de Portugal explicou que a campanha “vocacionada inteiramente para o segmento digital, em particular para os dispositivos móveis” tem como foco “essencialmente para ‘millennials’ e ‘genZ’ chineses e, geograficamente, privilegiando as principais cidades chinesas emissoras de turistas, nomeadamente Pequim, Xangai, Cantão, Chengdu, Chongqing, entre outras”. O objectivo, detalhou o Turismo de Portugal, passa por “manter Portugal como ‘top of mind’ dos consumidores chineses para quando as viagens forem possíveis novamente”. Segundo dados oficiais disponibilizados à Lusa, “em 2020, fruto do contexto pandémico, a China foi o 13.º maior mercado externo em hóspedes e o 17.º em dormidas para Portugal, com quotas de, respectivamente, 1,5 por cento e 0,8 por cento. “Em relação às receitas turísticas, a China ocupou o 18.º lugar com 57,8 milhões de euros, que representaram 0,7 por cento face ao total e um decréscimo, face a 2019, de 74,3 por cento”, acrescentaram. Enquanto se espera que a pandemia esteja controlada, a aposta da empresa tem sido o turismo doméstico na China continental e Macau. As reservas de hotéis domésticos e de bilhetes de avião na China continental registaram um crescimento de dois dígitos no segundo trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período em 2019, lê-se num comunicado da empresa. “No Trip.com, do Grupo Trip.com, as reservas globais de hotéis domésticos aumentaram mais de 160 por cento no terceiro trimestre de 2021 em comparação com o terceiro trimestre de 2019”, acrescentou o grupo.
Hoje Macau China / ÁsiaLaboratório sino-português junta-se à iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota O Ministério da Ciência e Tecnologia da China anunciou que um laboratório sino-português, dedicado ao desenvolvimento de tecnologia para vigiar a saúde dos oceanos, passou a fazer parte da iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota. De acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira, o Laboratório Conjunto Sino-Português de Tecnologia Espacial e Marítima (STARLab) recebeu a distinção, através de videoconferência. O STARLab é um projeto conjunto da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal e da Academia para a Inovação em Microssatélites da Academia Chinesa de Ciências (IAMCAS, na sigla em inglês). O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal referiu à Lusa que o laboratório partiu de um acordo de cooperação científica e tecnológica assinado durante a visita do líder chinês, Xi Jinping, a Lisboa, em 2018. Segundo o Xinmin Evening News, Zhang Yonghe, diretor da IAMCAS, disse que o laboratório está a estudar as mudanças climáticas, as correntes no oceano profundo e a saúde dos ecossistemas marinhos. O objetivo do STARLab é criar tecnologia que permita não apenas monitorizar e proteger os oceanos, mas também promover o desenvolvimento sustentável da economia marítima, acrescentou o académico. O laboratório tem servido de plataforma para a cooperação com universidades e instituições de investigação de Portugal, disse o vice-diretor principal da IAMCAS, Lin Baojun, citado pelo diário estatal chinês. Quase 40 representantes de universidades e instituições de investigação científica da China e Portugal participaram no seminário de terça-feira, disse o ministério da Ciência e Tecnologia chinês. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior português, Manuel Heitor, e o seu congénere chinês, Wang Zhigang, encontraram-se também na terça-feira, de forma virtual. Durante a reunião de trabalho, Manuel Heitor apelou a um maior intercâmbio de estudantes e investigadores científicos entre Portugal e a China. Já Wang Zhigang defendeu que, desde 2018, tem havido “progresso substancial” na cooperação bilateral em áreas como as mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e proteção do património cultural. Ambos os ministros apelaram a um reforço do papel de Macau na cooperação científica e tecnológica entre Portugal e China. O polo do STARLab em Portugal foi inaugurado nas Caldas da Rainha em julho de 2019, numa parceria público-privada que do lado português incluía a empresa aeroespacial Tekever e o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto. O projeto previa o lançamento para o espaço do microssatélite português “Infante”, para recolher dados marítimos e da superfície terrestre, até ao final de 2021. Em abril de 2021, fonte da Tekever disse à Lusa que o “Infante” deveria ficar pronto em outubro, mas que deixou de ter data para ser enviado para o espaço.
Hoje Macau China / ÁsiaMagnata dos media Jimmy Lai condenado por participar em vigília de Tiananmen O magnata dos ‘media’ de Hong Kong Jimmy Lai e mais duas ativistas pró-democracia foram hoje condenados pela participação numa vigília de homenagem às vítimas do massacre de Tiananmen, proibida pelas autoridades. Jimmy Lai, de 74 anos, proprietário do agora encerrado jornal pró-democracia Apple Daily, foi condenado pelo tribunal distrital por incitar e participar na manifestação, considerada ilegal, juntamente com a antiga jornalista Gwyneth Ho e a advogada de direitos humanos Chow Hang-tung, segundo a agência France-Presse (AFP). As autoridades de Hong Kong acusaram cerca de 20 políticos e ativistas pró-democracia, após uma vigília realizada no ano passado para homenagear as vítimas da mortífera repressão de Pequim, em 1989. Lai, Chow Hang-tung e Gwyneth Ho, que se tinham declarado inocentes, são os últimos a conhecer o veredicto. Os três já se encontram presos, após terem sido condenados por outras acusações, tal como dezenas de outros ativistas, enfrentando ainda processos ao abrigo da draconiana lei da segurança nacional, que Pequim impôs a Hong Kong no ano passado, na sequência dos protestos de 2019. Há mais de três décadas que dezenas de milhares de pessoas se reuniam no Victoria Park, em Hong Kong, a 04 de junho, para participar em vigílias para recordar o massacre na Praça Tiananmen, na China. Estes encontros, com palavras de ordem a favor da democracia na China, tornaram-se um símbolo das liberdades políticas de que deveria gozar o território semi-autónomo. Este ano, Pequim deixou claro que já não tolerará as comemorações de Tiananmen em Hong Kong e Macau, onde também se realizaram vigílias até recentemente. Há alguns meses, 16 políticos e ativistas, incluindo Joshua Wong, foram condenados a penas entre seis e dez meses de prisão pela participação na vigília em 2020.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China aprova tratamento com anticorpos produzido no país A China deu luz verde a um tratamento com anticorpos contra a covid-19 desenvolvido no país, dois anos após o aparecimento da doença, numa altura em se registam novos surtos. Num aviso publicado na quarta-feira, a Agência Nacional dos Medicamentos disse que concedeu “aprovação de emergência” para um tratamento chinês à base de anticorpos monoclonais. Os anticorpos monoclonais ligam-se à proteína ‘spike’ do coronavírus, reduzindo a sua capacidade de entrar em células humanas. O tratamento, administrado por injeção, foi desenvolvido conjuntamente pela prestigiada Universidade Tsinghua, em Pequim, o Hospital No.º 3, em Shenzhen (sul), e a empresa Brii Biosciences. Os ensaios clínicos mostram que o tratamento pode reduzir em 80% as admissões hospitalares e o risco de morte em pacientes frágeis, segundo a Universidade de Tsinghua. De acordo com relatos da imprensa local, o tratamento tem sido utilizado em doentes infetados em surtos recentes. A China reportou 83 novas infeções em todo o país nas últimas 24 horas. O país asiático, onde a epidemia foi descoberta, no final de 2019, praticamente erradicou o contágio, recorrendo a medidas radicais: encerramento das fronteiras, controlo rigoroso das viagens e confinamentos estritos. Apesar disso, o país tem vindo a sofrer surtos localizados nos últimos meses, embora com números muito inferiores aos de outros países. A China, que não autoriza quaisquer vacinas estrangeiras, afirma ter vacinado mais de 70% da população com vacinas produzidas localmente. O país tem várias vacinas nacionais com taxas de eficácia mais baixas do que as desenvolvidas no estrangeiro. Duas vacinas dos fabricantes Sinovac e Sinopharm são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Hoje Macau China / ÁsiaJornalista filipino morto a tiro enquanto via televisão numa loja Um jornalista filipino foi morto a tiro quando estava a ver televisão numa loja, em mais um ataque contra repórteres, num país considerado como um dos mais perigosos do mundo para jornalistas. Jesus Malabanan, de 58 anos, correspondente do jornal Manila Standard, morreu enquanto era transportado para o hospital, depois de ter sido baleado na cabeça por um motociclista, na quarta-feira à noite, na cidade de Calbayog, na província de Samar, disseram hoje as autoridades, citadas pela Associated Press (AP). Os suspeitos fugiram, estando em curso uma investigação policial. Dezenas de jornalistas foram mortos durante o Governo de Rodrigo Duterte e dos seus predecessores. Em novembro de 2009, membros de um poderoso clã político mataram a tiro 57 pessoas, incluindo 32 trabalhadores dos ‘media’, numa execução no sul da província de Maguindanao. Em 2019, um tribunal das Filipinas condenou à pena máxima de 40 anos de prisão os mentores do massacre político no sul do país. Após um julgamento de dez anos, Andal Ampatuan Junior, filho do governador da província de Maguindanao, e outros membros do seu clã familiar e político, foram condenados pelo homicídio das 57 pessoas, incluindo 32 jornalistas, durante a emboscada no sul do país. A nível mundial, 24 repórteres foram mortos este ano no exercício da profissão, tendo mais 18 morrido em circunstâncias “demasiado opacas para determinar se eram visados”, de acordo com o relatório anual do Comité para a Proteção de Jornalistas (CPJ), divulgado hoje. De acordo com o organismo, o total de jornalistas detidos no exercício da profissão atingiu este ano um novo recorde, com 293 jornalistas presos, com a China a registar o maior número (50) pelo terceiro ano consecutivo.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim condena países que boicotam Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 A República Popular da China disse hoje que os quatro países – Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Canadá – “vão pagar o preço” pelo anunciado boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022. Os quatro países que vão enviar atletas sem acompanhamento de responsáveis oficiais “vão pagar o preço” da decisão que tomaram, considerou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Wang Wenbin. Os Estados Unidos, a Austrália, o Reino Unido e o Canadá anunciaram, quarta-feira, o boicote diplomático à competição internacional posicionando-se desta forma contra os atentados aos direitos humanos na República Popular da China. “Os Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Canadá utilizaram o ‘palco olímpico’ com intenções de manipulação política. Isto é impopular e equivale ao isolamento. Eles vão inevitavelmente pagar o preço por esse mau movimento”, acrescentou Wang Wenbin. O porta-voz diplomático afirmou ainda que Pequim não vai enviar convites aos países “em questão”. “Os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim vão ser um sucesso”, afirmou. “O desporto nada tem que ver com a política. Os Jogos Olímpicos são uma grande reunião de atletas e de amantes do desporto e não um palco para os políticos darem espetáculo”, disse ainda o porta-voz. Os Jogos Olímpicos de Inverno 2022 vão decorrer em Pequim a partir do próximo dia 04 de fevereiro. Devido à situação pandémica e às restrições impostas por Pequim contra a propagação do covid-19 poucos chefes de Estado devem marcar presença na abertura das olimpíadas de inverno. Mesmo assim, o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, já confirmou a deslocação, após o convite do homólogo chinês. A França anunciou entretanto que não vai boicotar diplomaticamente os jogos.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Tropas queimam vivas 11 pessoas em aparente retaliação Militares de Myanmar (ex-Birmânia) invadiram uma pequena vila do noroeste do país e detiveram civis que, posteriormente, foram queimados vivos, numa aparente retaliação a um ataque a um comboio militar, disseram hoje testemunhas e outras fontes. De acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), um vídeo do ataque – realizado na terça-feira – mostra os corpos carbonizados de 11 vítimas, algumas delas provavelmente adolescentes, colocados em círculo junto ao que parecem ser os restos de uma cabana no vilarejo de Done Taw, na região de Sagaing. A indignação espalhou-se à medida que as imagens foram compartilhadas nas redes sociais, naquele que parece ser o mais recente ataque de militares birmaneses para tentar reprimir a resistência antigovernamental cada vez maior após o golpe militar realizado pelo exército a 01 fevereiro. A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) pediu hoje que a comunidade internacional assegure que os comandantes que deram a ordem sejam incluídos nas listas de sanções direcionadas e que, de forma mais ampla, os esforços sejam intensificados para cortar qualquer fonte de financiamento aos militares. “Os nossos contactos estão a dizer que eram apenas rapazes e jovens aldeões que foram apanhados no lugar errado na hora errada”, disse uma porta-voz da HRW, Manny Maung. Acrescentou que incidentes semelhantes têm ocorrido regularmente, mas que este foi filmado. As imagens não puderam ser verificadas de forma independente, mas um relato feito à AP por uma pessoa que alegadamente esteve presente quando as imagens foram gravadas corresponde às descrições do incidente veiculadas pelos meios de comunicação independentes de Myanmar. O Governo negou que houvesse tropas na área do incidente. O golpe militar que depôs o governo eleito de Aung San Suu Kyi foi inicialmente recebido com protestos de rua não violentos, mas depois de a polícia e os soldados responderem com força letal, a violência aumentou e opositores do regime militar pegaram em armas em autodefesa. As mortes em Done Taw foram condenadas pelo Governo de Unidade Nacional de Myanmar, na clandestinidade e que se estabeleceu como uma administração alternativa do país face ao Governo militar instalado. O porta-voz do governo alternativo, Dr. Sasa, disse que um comboio militar foi atingido por uma bomba e que as tropas retaliaram primeiro com um bombardeamento em Done Taw e, em seguida, atacaram a aldeia, detendo qualquer pessoa que pudessem. Sasa disse que as vítimas tinham idades entre os 14 e os 40 anos. Outras testemunhas citadas pelos meios de comunicação de Myanmar disseram que as vítimas eram membros de uma força de defesa, embora a testemunha que falou à AP as tenha descrito como membros de um grupo informal de proteção da aldeia. Nos últimos meses, os combates intensificaram-se em Sagaing e em outras áreas do noroeste do país, onde o exército tem atuado mais contra a resistência do que nos centros urbanos. Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, expressou profunda preocupação com os relatos da “morte horrível de 11 pessoas” e condenou veementemente tal violência, dizendo que “relatórios confiáveis indicam que cinco crianças estavam entre as pessoas mortas”. Dujarric lembrou às autoridades militares de Myanmar as suas obrigações de acordo com o direito internacional de garantir a segurança e proteção de civis e pediu que os responsáveis “por este ato hediondo” sejam responsabilizados. Desde o golpe de Estado que depôs Aung San Suu Kyi em fevereiro, a repressão do exército causou a morte de pelo menos 1.300 civis e levou à detenção de cerca de dez mil pessoas, segundo a ONG Associação de Assistência aos Presos Políticos.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping pronto para elevar para “novo nível” relações com Alemanha de Scholz O Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou hoje o novo chanceler alemão, Olaf Scholz, e indicou que a China está “pronta” para elevar para um “novo nível” as relações com a Alemanha. As relações sino-alemãs estiveram geralmente em bom plano nos últimos 16 anos, ao contrário das relações de Pequim com outros países europeus, que foram tensas como com a França, Reino Unido ou recentemente a Lituânia. “A China está pronta para consolidar e aprofundar a confiança política mútua e expandir o intercâmbio e a cooperação com a Alemanha em vários campos”, disse Xi, citado pela New China Agency. No poder entre 2005 e 2021, a ex-chanceler Angela Merkel trabalhou sempre por uma reaproximação com a China, por causa do papel diplomático e económico essencial do gigante asiático e da importância do mercado chinês para a indústria alemã. A rapidez de Xi Jinping em felicitar o novo chanceler alemão contrasta com o tratamento recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Num cenário de tensões com Washington, o Presidente chinês demorou mais de duas semanas para reagir à vitória de Biden nas presidenciais norte-americanas de 03 de novembro de 2020. Hoje de manhã, dois meses e meio após as eleições, Scholz foi eleito chanceler federal pelo Parlamento alemão (Bundestag), tendo, depois, seguido para a residência do Presidente Franz-Walter Steinmeier, onde recebeu o “ato de nomeação”, regressando, posteriormente, ao Bundestag para prestar juramento como novo chefe do Governo alemão. Scholz, que assumiu a nona chancelaria desde o final da II Guerra Mundial, sucede no cargo à conservadora Angela Merkel, que passa o poder após 16 anos no executivo germânico e de quem foi vice-chanceler e ministro das Finanças na sua última grande coligação. O novo chanceler eleito, 63 anos, recebeu 395 votos. A coligação de três partidos – sociais-democratas, verdes e liberais – detém 416 dos 734 assentos na câmara baixa do parlamento. O executivo de Scholz assume grandes esperanças em modernizar a Alemanha e no combate às alterações climáticas, mas enfrenta o desafio imediato de lidar com a fase mais difícil do país, associada à pandemia do coronavírus.
Hoje Macau China / ÁsiaFacebook vai banir empresas controladas pela Junta Militar em Myanmar A “casa-mãe” do Facebook, Meta, anunciou hoje que vai banir todas as páginas e contas pertencentes a empresas apoiadas pelo exército birmanês, medida que acentua as restrições à Junta Militar no poder em Myanmar (ex-Birmânia). O exército birmanês tem vastos interesses comerciais em indústrias tão diversas como cerveja, tabaco, transporte, têxteis, turismo e finanças. Segundo ativistas e grupos de direitos humanos, essas indústrias estão a financiar as ações de repressão e de abusos muito antes do golpe militar de 01 de fevereiro, quando a Junta Militar derrubou o regime civil de Aung San Suu Kyi. No final de fevereiro, o Facebook apagou todas as contas vinculadas aos militares, justificando a decisão pelos apelos da Junta Militar ao uso da força contra os opositores do golpe. A empresa também removeu a publicidade de empresas relacionadas com militares nas suas plataformas. Agora a Meta “também vai remover páginas, grupos e contas que representam empresas controladas por militares”, disse o grupo, num comunicado divulgado terça-feira. A decisão, prossegue o comunicado, é baseada “numa extensa documentação” da comunidade internacional sobre o “papel direto das empresas no financiamento da violência contínua e das violações dos direitos humanos” pelos militares em Myanmar. A Meta referiu-se sobretudo ao relatório de uma missão de investigação da ONU sobre os interesses económicos dos militares como “base” para tomar a decisão, acrescentou o grupo. As páginas das empresas Myawaddy Trading Ltd, Myawaddy Bank e Myanma Beer, citadas no relatório de 2019, estavam hoje inacessíveis, assim como a de uma produtora de filmes, apontada como pertencente à filha do líder da Junta, Min Aung Hlaing. Questionado pela agência noticiosa France-Presse (AFP) sobre o tempo necessário para bloquear todas as páginas das empresas incriminadas, a Meta remeteu comentários para mais tarde. O gigante norte-americano – a rede mais popular e influente em Myanmar, foi criticado pela falta de resposta aos apelos à violência, ligados aos massacres de rohingyas, uma minoria muçulmana perseguida, em Myanmar em 2017. Considerado um “genocídio” por investigadores da ONU, a violência provocou o êxodo de cerca de 740.000 rohingyas para o Bangladesh. Segunda-feira, um grupo organizado de refugiados rohingya apresentou uma queixa contra o Facebook, exigindo 150.000 milhões de dólares (132.630 milhões de euros) de indemnização, acusando a rede social de ter permitido que mensagens de ódio dirigidas a esta minoria étnica se propagassem na plataforma. A ação apresentada num tribunal na Califórnia (Estados Unidos), onde o Facebook tem a sede, o grupo refere que os algoritmos usados pelo gigante da tecnologia “fomentaram a desinformação e ideologias extremistas que resultaram em atos violentos no mundo real”. Sob pressão nos Estados Unidos e na Europa para lutar contra as informações falsas, especialmente sobre a epidemia de covid-19 e durante as eleições norte-americanas, o Facebook tem assinado parcerias com diversos meios de comunicação social com o objetivo de verificar publicações ‘online’ e remover as falsas.