AMAGAO | Obras de 32 artistas para ver até Março no Artyzen Grand Lapa

A exposição da galeria AMAGAO, no Artyzen Grand Lapa, traz uma panóplia de artistas locais e estrangeiros, com ligações à lusofonia, muitos deles que já expuseram em Macau. “Good Time” [Bom Momento] faz-se já sem José Isaac Duarte à frente do projecto da AMAGAO, que conta agora com Vítor Hugo Marreiros

 

Chama-se “Good Time” [Bom Momento] e é com ela que a galeria AMAGAO dá as boas vindas ao ano de 2025. A nova exposição patente no Artyzen Grand Lapa até 17 de Março traz uma variedade de artistas e de trabalhos artísticos, num total de 32, oriundos de 12 países e regiões diferentes, não só da China, Macau e Hong Kong como de países como Brasil, França, Guiné-Bissau, Indonésia, Itália, Portugal, São Tomé e Príncipe, Tailândia e Estados Unidos da América.

A exposição foi inaugurada na última sexta-feira e apresenta trabalhos de artistas já bem conhecidos do público local, nomeadamente o arquitecto Alexandre Marreiros ou Alice Kok, ligada à curadoria de diversos projectos artísticos e co-fundadora da AFA – Art For All Society. Destaque ainda para o trabalho de joalharia de Cristina Vinhas ou dos desenhos de Eric Fok, conhecido pelos seus mapas artísticos cheios de detalhes, ou ainda Giulio Acconci e Fortes Pakeong Sequeira, só para enumerar alguns residentes que voltam a expor os seus trabalhos.

De resto, a AMAGAO resolveu trazer de novo alguns artistas que já expuseram em Macau em mostras anteriormente promovidas por esta galeria, como é o caso de Suzy Bila, artista que trouxe, em 2023, “Paisagens Interiores”, integrada na Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau.

Nascida em Moçambique e a residir em Portugal, Suzy Bila confessou ao HM, por altura da exposição, que “a pintura não tem territórios”, e que não faz arte para todos, sujeitando-se a múltiplas análises e olhares.

Outro nome que estará representado em “Bom Momento”, é Abílio Febra, natural de Leiria e que trabalha essencialmente com escultura.

Além de inaugurar um novo ano com esta exposição, a galeria AMAGAO apresenta uma nova reestruturação interna, uma vez que José Isaac Duarte, co-fundador, deixou o projecto, apurou o HM, estando neste momento o artista e designer macaense Vítor Hugo Marreiros na equipa, ao lado de Lina Ramadas.

Inspirações dinásticas

“Bom Momento” vai buscar parte da sua essência a um poema do período da dinastia Song, reflectindo, segundo uma nota da organização, “um sentimento de serenidade e gratidão pelas estações da vida”.

“Na Primavera há todo o tipo de flores, no Outono há lua, no Verão há brisas frescas e no Inverno há neve. Quando não há nada com que nos preocuparmos, essa é uma boa estação da vida humana”, é descrito. Desta forma, a exposição “convida os visitantes a abrandar o ritmo, a apreciar a arte e a encontrar tranquilidade no seu ‘jardim’ diversificado de expressões criativas”.

Esta mostra é, ao mesmo tempo, “um presente de Ano Novo que a galeria AMAGAO oferece à comunidade, enfatizando a capacidade da arte de promover a paz e a harmonia”.

Joey Ho, curadora convidada, disse que o objectivo é fazer com que o público possa “abrandar o ritmo e apreciar as obras”, sendo, assim, possível “desfrutar do bom momento partilhado pelos artistas”.

Rutger Verschuren, director-geral do Artyzen Grand Lapa, destacou que a colaboração desta unidade hoteleria com a galeria AMAGAO “continua a proporcionar oportunidades inigualáveis de intercâmbio artístico”, sendo que esta mostra “é um reflexo impressionante de como a arte pode unir-nos e enriquecer as nossas experiências, marcando um início de ano significativo”.

China | População diminui pelo terceiro ano consecutivo

A população da China diminuiu em 2024 pelo terceiro ano consecutivo, segundo dados divulgados na sexta-feira, que apontam para novos desafios demográficos na segunda nação mais populosa do mundo.

A população da China fixou-se em 1,408 mil milhões de pessoas, no final de 2024, o que representa uma diminuição de 1,39 milhões, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os números anunciados pelo Governo seguem as tendências mundiais, mas especialmente no Leste da Ásia, onde o Japão, a Coreia do Sul, Hong Kong e outros países e regiões viram as taxas de natalidade cair a pique. Há três anos, a China juntou-se ao Japão e à maior parte da Europa de Leste entre os países cuja população está a diminuir.

As razões são, em muitos casos, semelhantes: O aumento do custo de vida está a levar os jovens a adiar ou a excluir o casamento e o nascimento de filhos, enquanto prosseguem estudos superiores e carreiras. Embora as pessoas estejam a viver mais tempo, isso não é suficiente para acompanhar a taxa de novos nascimentos.

Os dados ontem divulgados revelaram que o desequilíbrio entre os sexos é de 104,34 homens para cada 100 mulheres, embora grupos independentes considerem que a diferença é consideravelmente maior.

Mais preocupante para o Governo foi a queda drástica da taxa de natalidade, com a população total da China a diminuir pela primeira vez em décadas em 2023 e a China a ser ultrapassada pela Índia como a nação mais populosa do mundo no mesmo ano.

Pequim ultrapassa Washington no número de cientistas de topo

A China ultrapassou nos últimos anos pela primeira vez os Estados Unidos em número de peritos de alto nível na área da ciência e tecnologia, de acordo com um estudo de uma instituição chinesa.

A análise, elaborada pela unidade de investigação Dongbi, incluiu dados relativos ao período entre 2020 e 2024 e revelou que o número de cientistas de topo na China aumentou, enquanto o número nos Estados Unidos diminuiu.

A equipa responsável pelo relatório recolheu uma amostra de mais de 40.000 artigos científicos altamente citados, publicados entre 2020 e 2024 em 129 revistas académicas internacionais de topo numa série de disciplinas, extraindo depois informações sobre os autores.

Wu Dengsheng, fundador da Dongbi Data e professor na faculdade de administração da Universidade de Shenzhen, disse que a análise mostrou o quanto o sector está a mudar em todo o mundo. “Nos últimos cinco anos, o panorama global do talento científico e tecnológico de alto nível sofreu profundas alterações”, afirmou Wu.

“A China e os EUA estão a dominar de forma consistente, mas com tendências diametralmente opostas”, apontou. A Academia Chinesa de Ciências, a maior organização científica do mundo, com mais de 100 institutos em toda a China, encabeçou a lista com 3.615 cientistas de topo. Este número é muito superior ao da Universidade de Harvard, com 1.683, e ao da Universidade de Stanford, com 1.208.

Mudanças visíveis

As conclusões do relatório, juntamente com os resultados de outras análises semelhantes, apontam para uma mudança na força científica entre os EUA e a China nos últimos anos.

De acordo com um relatório publicado em 2023 pelo Instituto de Informação Científica e Técnica da China, sob a tutela do Ministério da Ciência e Tecnologia, a China contribuiu com quase um terço dos artigos académicos publicados nas revistas internacionais mais influentes em 2022.

Foi a primeira vez que a China ultrapassou os EUA para assegurar a primeira posição a nível mundial. Na última edição da Nature – uma das mais antigas e prestigiadas revistas científicas – publicada a 8 de Janeiro, quase metade dos estudos incluía trabalhos de investigadores de etnia chinesa.

Diplomacia | Trump e Xi falaram ao telefone

Antes da tomada de posse agendada para hoje, os líderes das maiores economias mundiais trocaram impressões por telefone

 

O Presidente eleito dos EUA e o líder chinês, Xi Jinping, falaram na sexta-feira ao telefone, divulgou Pequim, com Donald Trump a garantir trabalho dos dois países para “tornar o mundo mais pacífico e seguro”.

A agência noticiosa AP cita um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, enquanto a agência noticiosa Xinhua escreveu que “o Presidente chinês, Xi Jinping, manteve na sexta-feira uma conversa telefónica com o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump”.

A conversa ocorreu três dias antes da tomada de posse de Trump, que confirmou na rede social ‘Truth Social’ ter falado com o líder chinês, referindo que “a chamada foi muito boa tanto para a China como para os EUA”.

Trump revelou que entre os assuntos abordados estiveram o comércio, o opiáceo fentanil e a rede social TikTok, entre outros assuntos. “O Presidente Xi e eu faremos tudo o que for possível para tornar o mundo mais pacífico e seguro”, garantiu.

Sorrisos frágeis

A relação entre Estados Unidos e a China deverá ser um dos principais focos do regresso do republicano à Casa Branca, com tensões entre as duas superpotências em áreas como o comércio, tecnologia e a ilha de Taiwan.

Trump já ameaçou impor tarifas de 60 por cento sobre todas as importações chinesas para os Estados Unidos, mas também elogiou no passado a sua relação com Xi, sugerindo ainda como Pequim poderia ajudar a mediar crises internacionais, como a guerra na Ucrânia.

Em Dezembro, Trump afirmou ao programa “Meet the Press” que tem comunicado com Xi desde que ganhou as eleições. Nessa entrevista, Trump disse ter “uma relação muito boa” com o líder chinês, garantindo que Taiwan ficou fora dessas conversas. Na segunda-feira, a China será representada na tomada de posse não por Xi, mas pelo vice-presidente Han Zheng.

Han Zheng na tomada de posse

A China anunciou sexta-feira que o líder chinês, Xi Jinping, decidiu enviar o vice-presidente, Han Zheng, para assistir à tomada de posse de Donald Trump. O presidente eleito dos Estados Unidos, que vai cumprir um segundo mandato, vai tomar posse hoje em Washington. A equipa de transição de Donald Trump anunciou em Dezembro que o republicano quebrou a tradição ao convidar o Presidente do país asiático e outros líderes mundiais para a cerimónia.

Han participa na investidura como “representante especial” de Xi Jinping, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “A China adopta os princípios do respeito mútuo, da coexistência pacífica e da cooperação vantajosa para todos ao rever e desenvolver as suas relações com os Estados Unidos”, afirmou, em comunicado, a diplomacia chinesa. “Estamos prontos a trabalhar com a nova administração norte-americana para melhorar o diálogo e a comunicação”, acrescentou.

Pequim, lê-se ainda na nota, quer “prosseguir conjuntamente relações estáveis, saudáveis e sustentáveis entre a China e os Estados Unidos e encontrar o caminho certo para que os dois países se entendam”.

A proximidade afectiva de Pan Simu com o ímpar Mi Fu

Mi Fu (1051-1107), o singular calígrafo, poeta e pintor da dinastia Song que cultivou a estranheza na sua vida pessoal para se abster da contaminação dos assuntos mundanos, de pinturas antigas ou modernas que observava, escreveu que essas «coisas não me tocam nem me agitam quando me sento de pernas cruzadas como um monge, esquecendo todos os problemas e colocando-me em harmonia com o vazio vasto e azul» (Huashi), seria no futuro objecto de uma imensa admiração.

Em Dantu, um dos três distritos de Zhenjiang (Jiangsu) onde ele viveu mais de quatro décadas, a sua memória é celebrada num parque único no país onde se podem observar mil e trezentas cópias de gravações de caligrafias em pedra. Aludindo à sua fonte de inspiração, foi adequadamente concebido diante da Colina dos dez li, com aspectos próprios da pintura de paisagens.

A admirável novidade da sua arte fora elogiada pelo imperador Huizong (r.1100-1125), que o conheceu e que no seu rolo vertical Pavilhão do despertar das nuvens (tinta sobre seda, 150 x 78,8 cm, no Smithonian) transcreveu a frase de Confúcio que sublinha o que se notará em pinturas ditas shanshui, «rios e as montanhas» em contínua mutação: «Antes do céu enviar as chuvas da estação, montanhas e rios apresentaram as nuvens.»

Nas pinturas de Mi Fu nota-se esse olhar para as mutantes formas fluidas onde se podia revelar o espírito, ao contrário do desenho de animais ou pessoas que possuem formas estabilizadas (youdingxing).

O seu legado foi também e sobretudo cultivado por pintores ao longo do tempo. Pan Simu (1756-1839) já na última dinastia setecentos anos depois foi um dos que utilizou os pontos horizontais aplicados com precisão pelo pincel sobre papel, figurando sucessivas montanhas retrocedendo que caracterizava o método de Mi Fu.

Pan Simu como Zhang Yin ou Pan Gongshou, pintores da cidade de Zhenjiang, procurou estabelecer uma «escola» (pai) de pintura baseada na tradição da cidade. Nessa inquirição à memória, Pan Simu apercebeu-se da sua afinidade com Mi Fu. Fê-lo, por exemplo, em dois rolos verticais: A floresta do Grou (Helin) enevoada à chuva (tinta sobre papel, 128,9 x 31,4 cm, no Instituto de Arte de Minneapolis); e em Chuva e neblina em Helin (tinta sobre papel, 109,9 x 31,8 cm, no Metmuseum).

Neste último refere uma visita ao templo onde estava o túmulo de Mi Fu na Montanha do Grou Amarelo (Huanghe shan) escrevendo um poema em que a expressão «velho tolo», laodian, é uma característica manifestação da familiaridade afectuosa um pouco agreste com que se tratavam os adeptos do Dao; «A grande fama da floresta do grou estende-se por anos e anos,/ Lá pernoitei uma vez na Primavera e lá fiz esta pintura lembrando o velho tolo./ Se o velho tolo regressasse agora, daria uma gargalhada dizendo;/ Quem se atreveu a vir roubar a minha meditação no Chan?»

Edifício do Lago | Apontada responsabilidade de proprietários na manutenção

O Instituto de Habitação (IH) e a Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) defendem que os proprietários do Edifício do Lago precisam de assumir as responsabilidades de manutenção e reparação do edifício. A posição foi tomada em comunicação, depois do Governo ter arquivado uma investigação à queda de azulejos em espaços comuns no Edifício do Lago.

As autoridades recordaram também que em Junho de 2022 o empreiteiro propôs um projecto de reparação para uma parede, com parte dos azulejos a ser reparada, e parte da parede a ser substituída por tinta. No entanto, o projecto foi vetado pelos moradores, nas reuniões da assembleia geral do condomínio entre Dezembro de 2022 e Março de 2023.

No comunicado, o IH garante que vai continuar a ajudar os proprietários a realizar uma reunião para discutir a manutenção do prédio e pedirem apoio financeiro e de crédito sem juros para reparação as partes afectadas.

Na mesma mensagem, as autoridades recordaram que o condomínio do Edifício Ip Heng, que teve também problemas com a queda de azulejos em espaços comuns, aproveitou o plano da reparação proposto por empreiteiro, o que fez com que em Novembro do ano passado a obra tenha sido realizada.

Bacará | Receitas ultrapassam valores pré-pandemia

Após o progressivo regresso à normalidade pós-pandemia iniciado em 2023, as receitas do jogo mais popular dos casinos de Macau ultrapassaram finalmente os recordes pré-pandémicos. No entanto, o sector VIP continua muito longe dos tempos dourados da indústria

 

O jogo mais popular nos casinos de Macau, o bacará, ultrapassou em 2024 os níveis registados antes da pandemia, mas as receitas totais continuam longe dos picos históricos devido às apostas VIP, segundo os dados divulgados na sexta-feira.

O bacará no chamado mercado de massas atingiu receitas de 137,9 mil milhões de patacas no ano passado, revelou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Este valor representa um aumento de 24,8 por cento em comparação com 2023 e também uma subida de 14,2 por cento em relação ao anterior recorde, fixado em 2019, antes do início da pandemia de covid–19.

Em 2024, o bacará de massas representou 60,8 por cento do total das receitas dos casinos no território, sendo de longe o jogo de fortuna e azar mais procurado pelos apostadores chineses. Ainda assim, no ano passado as receitas totais dos casinos da cidade – 226,8 mil milhões de patacas – representaram apenas 77,5 por cento do registado em 2019.

Isto porque as grandes apostas em Macau estiveram somente a 40,5 por cento dos níveis fixados antes da pandemia, apesar de terem subido 21,2 por cento em 2024, para 54,8 mil milhões de patacas.

Novos tempos

Em 2019, o chamado jogo bacará VIP representava 46,2 por cento das receitas totais dos casinos de Macau. Mas, em 2024, este segmento ficou–se por uma fatia de 24,1 por cento. As grandes apostas foram afectadas pela detenção do líder da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, em Novembro de 2021.

O antigo director executivo da Suncity, Alvin Chau Cheok Wa, foi condenado em Janeiro de 2023 a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo e sociedade secreta, num caso que fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo emitidas em Macau.

Em Abril de 2023, o líder de uma outra angariadora de apostas VIP em Macau, o Tak Chun Group, Levo Chan Weng Lin, foi condenado a 14 anos de prisão por crimes que vão desde o jogo ilegal ao branqueamento de capitais.

Em 2024, o território ainda registou 9 milhões de patacas em receitas das apostas em corridas de cavalos, que terminaram em 30 de Março. Após mais de 40 anos, o Governo anunciou em 15 de Janeiro de 2024 a rescisão do contrato devido às “dificuldades de operação” da concessionária do hipódromo, que tinha vindo a acumular prejuízos desde 2002.

Trânsito | Multada condutora que parou à frente da EPM

As autoridades multaram duas pessoas na sequência de um vídeo viral nas redes sociais, em que é possível assistir a uma condutora a passar um sinal vermelho, fazer marcha atrás, parar em frente da EPM e fazer um gesto obsceno.

O caso tornou-se viral nas redes sociais, gerou uma campanha de cyberbullying contra a condutora com nacionalidade portuguesa, com pedidos de despedimento junto da entidade patronal e ataques anónimos de cariz racista, com a recurso à expressão “mulher-vaca”, um termo pejorativo na língua cantonesa para referir os portugueses.

De acordo com o comunicado emitido, na sexta-feira, à noite pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), depois de uma investigação ao caso, as autoridades verificaram que a condutora tinha cometido “múltiplas infracções” no local, e que o condutor do veículo onde foi captado o vídeo também tinha cometido uma infracção. Face ao apurado, o CPSP afirmou ter multado os condutores, de acordo com a lei.

No comunicado, as autoridades pediram ainda aos condutores que manterem uma “circulação civilizada”.

“O Corpo de Polícia de Segurança Pública apela a todos os condutores para que cumpram conscientemente as regras de trânsito e as leis relevantes e não se envolvam em qualquer comportamento que obstruam o trânsito. Além disso, devemos manter uma circulação civilizada e cortês e construir em conjunto um ambiente rodoviário harmonioso e inclusivo”, foi escrito.

Turismo | Portugal pode ajudar Macau a atrair visitantes europeus

A directora dos Serviços de Turismo de Macau considera que Portugal pode ajudar Macau a atrair no futuro mais visitantes vindos do resto da Europa. Helena de Senna Fernandes falou à margem da apresentação das festividades do Ano Novo Lunar, que terá este ano um orçamento 34,8 milhões de patacas

 

“Portugal não serve só para atingir Portugal. Portugal serve também para nos ajudar a atingir o mercado europeu”, disse Senna Fernandes, na sexta-feira, à margem da apresentação do cartaz de festividades para celebrar o Ano Novo Lunar.

A dirigente deu como exemplo a reunião semianual da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA, na sigla em inglês), que se irá realizar em Macau, em Junho. “Isto é também um resultado de boa colaboração entre nós e a APAVT [Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo], porque foi através da APAVT que nós fomos apresentados à ECTAA”, sublinhou a directora dos Serviços de Turismo de Macau (DST) Senna Fernandes.

Em Abril de 2024, a vice-presidente da ECTAA, Heli Mäki-Fränti, disse à Lusa, durante a 12.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau (MITE), que a reunião no território acontece “por iniciativa” da APAVT.

Será a segunda vez que a ECTAA se reúne fora da Europa, após Kuala Lumpur, na Malásia.

A confederação escolheu também Macau como destino preferido para 2025. “Eu acho que é um bom começo”, disse Senna Fernandes. “Embora vá ter menos do que 100 pessoas, eles representam, no todo, 80 mil agências de viagens de toda a Europa”, sublinhou.

A directora da DST demonstrou esperança de que o evento possa no futuro ajudar Macau a atrair mais visitantes europeus. “Para já é importante que as agências de viagens da Europa conheçam Macau. Se calhar, muitos deles não conhecem Macau ou há muitos anos que não visitam Macau”, referiu Senna Fernandes. A dirigente disse acreditar que, após a reunião, haverá uma maior presença europeia na MITE, assim como mais oportunidades para promoção turística de Macau na Europa.

Celebração a caminho

A DST vai estar presente na Feira Internacional de Turismo de Madrid, de 24 a 26 de Janeiro, e na ITB Berlim, a maior feira de viagens do mundo, entre 4 e 6 de Março, além de realizar seminários nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita.

O objectivo é atrair mais visitantes internacionais, mas Senna Fernandes admitiu que no período do Ano Novo Lunar, de 28 de Janeiro a 4 de Fevereiro, Macau vai continuar a depender dos turistas chineses.

A directora da DST espera uma média diária de 185 mil visitantes durante os feriados do Ano Novo Lunar, dos quais apenas oito mil deverão ser internacionais. A principal atracção durante este período em Macau será a Parada do Ano Novo Lunar, realizada em 31 de Janeiro e repetida depois em 8 de Fevereiro. As celebrações deste ano vão custar mais 3,2 por cento face ao orçamento do ano passado, para um total de 34,8 milhões de patacas.

O evento vai incluir espectáculos de 35 grupos vindos do Japão, Coreia do Sul, França, Roménia, Colômbia, Espanha e Índia, assim como grupos locais, incluindo actuações de grupos da Associação de Danças e Cantares Portuguesa ‘Macau no Coração’ e a Casa de Portugal em Macau.

Função pública | CE quer concretizar o espírito de Xi

No primeiro mês de mandato, o Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, realizou sete palestras a apelar aos funcionários público que ponham em prática o espírito dos discursos do presidente Xi Jinping, aquando a passagem por Macau, e que concretizem “os pedidos e esperanças” definidos pelo líder da China.

As palestras foram realizadas entre 8 e 17 de Janeiro e presididas pelo Chefe do Executivo. Durante a apresentação dos discursos, Sam Hou Fai destacou que o Presidente Xi pediu aos novos secretários para terem um perspectiva global sobre a governação, e assumirem uma maior responsabilidade, reforçarem a solidariedade e manterem a integridade.

Sam Hou Fai apontou ainda que os serviços têm de promover uma melhor comunicação interdepartamental para aumentar a eficácia administrativa.

Jiangmen | Associação pede cumprimento das ideias de Xi

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Tam Vai Man visitou no sábado a Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau (ou Jiangmen) para recolher opiniões para as linhas de acção governativa da área dos transportes e obras públicas.

Segundo o gabinete do secretário, o presidente da associação Chan Sio Cheng apresentou aquilo que considera ser as “exigências da população, em resposta aos discursos importantes que o Presidente Xi Jinping proferiu durante a sua visita a Macau”.

O presidente da associação, que tem como vices os deputados Zheng Anting e Lo Choi In, espera que o Executivo, as associações sociais e a população de Macau se unam na implementação pragmática do “princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, para responder às expectativas do Presidente para Macau”.

Por sua vez, Lo Choi In salientou o apoio financeiro atribuído a edifícios antigos, que embeleza os bairros antigos, promovendo a renovação urbana.

Imobiliário | Song Pek Kei pede mais apoios para o sector

A deputada Song Pek Kei defende a implementação de mais políticas de incentivo à recuperação do mercado imobiliário, como o aumento da flexibilidade em termos do pagamento da entrada na compra de casas ou mesmo o subsídio para a entrada.

Numa interpelação escrita, a deputada ligada à comunidade de Fujian apontou que apesar de o Governo ter levantado as medidas de controlo da procura imobiliária, os residentes ainda estão a enfrentar uma grande pressão financeira. Na perspectiva da legisladora, parte desta pressão deve-se ao facto de a entrada na compra de habitação tem de representar pelo menos 30 por cento do valor da habitação privada, o que limita o endividamento a um máximo de 70 por cento do valor. Song, recorda que no passado havia autorização para os residentes atingirem maiores níveis de endividamento, o que fazia com que a pressão sobre os residentes fosse inferior.

Song Pek Kei indica igualmente que a taxa de desocupação de escritórios e lojas é alta, perguntando ao Governo que medidas vão ser tomadas para incentivar uma maior taxa de ocupação.

A deputada sugeriu ainda que o Governo pode relançar o programa de imigração por investimentos em edifícios comerciais e industriais, para que importe investimentos para Macau, incentive a economia e crie mais oportunidades de emprego.

Por último, como o Governo afirmou ter 19 mil metros quadrados de reserva de terrenos para construir no futuro, Song Pek Kei quer agora saber se o Executivo vai realizar a venda de terrenos e se os leilões podem ser feitos de forma regular.

Conselho de Estado | Pedida acção para desenvolver Hengqin

O director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, recebeu em Pequim uma comitiva da RAEM liderada por André Cheong. Xia Baolong pediu ao novo Executivo que ponha em prática o espírito dos “discursos importantes e instruções do Presidente Xi Jinping” e crie uma nova conjuntura de desenvolvimento

 

O secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, chefiou uma delegação da RAEM numa viagem de trabalho a Pequim na passada sexta-feira que reuniu com várias entidades do Governo Central, incluindo o director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China e do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong.

Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de André Cheong, o objectivo da visita foi “obter o apoio dos ministérios e comissões relevantes do Governo Central e auscultar os seus pareceres orientadores, concentrando-se na implementação do espírito consagrado nos discursos importantes proferidos pelo Presidente Xi Jinping durante a sua visita a Macau”. Um dos principais temas em cima da mesa foi a aceleração do desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. André Cheong liderou a comitiva da RAEM também na qualidade, por incumbência do Chefe do Executivo, de subchefe permanente da Comissão de Gestão da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.

Durante a reunião com Xia Baolong, o director afirmou esperar que o novo Governo da RAEM “apreenda, de uma forma aprofundada, e ponha em prática, de uma forma efectiva, o espírito consagrado nos discursos importantes e nas instruções do Presidente Xi Jinping, de modo a criar uma nova conjuntura de desenvolvimento para Macau”.

Estar à altura

Xia Baolong afirmou também que o Executivo de Sam Hou Fai deverá reforçar “a coordenação interna, estudar e lançar activamente políticas e medidas jurídicas para fomentar o desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada, investir mais recursos e trabalhar em estreita cooperação com a Província de Guangdong”. O responsável apontou que estas são as premissas para atingir “o desenvolvimento de alta qualidade da Zona de Cooperação Aprofundada, de forma a estar à altura das altas expectativas do Presidente Xi Jinping e do Governo Central”.

Por seu lado, André Cheong deu conta do ponto de situação sobre o estudo e implementação, pelo Executivo e diversos sectores da comunidade, do espírito consagrado nos discursos importantes proferidos pelo Presidente Xi Jinping durante a sua visita a Macau. O secretário apresentou ainda o caminho que o Governo irá seguir na próxima fase da reforma da administração pública e da coordenação legislativa, assim como para o desenvolvimento de Hengqin.

LAG | Associação pede alterações à lei de habitação económica

A Associação Geral dos Conterrâneos de Fukien em Macau entende que a lei de habitação económica deve ser alterada para modificar o tipo de fracção consoante a evolução do tamanho dos agregados familiares. A ideia foi defendida num encontro com o secretário para os Transportes e Obras Públicas a propósito das novas linhas de acção governativa

 

No decorrer dos encontros do Governo com associações locais a propósito das Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano, foi defendida a alteração da lei de habitação económica para que os moradores possam mudar de tipologia de apartamento conforme as mudanças no tamanho dos agregados familiares.

A ideia foi deixada pelo deputado Nick Lei, vice-presidente da Associação Geral dos Conterrâneos de Fukien, num encontro de sexta-feira com o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam. Segundo uma nota oficial, Nick Lei sugeriu “a optimização da lei de habitação económica”, sendo que, nesse contexto, “o Governo deve considerar melhorar a lei da habitação pública com base na realidade, permitindo aos residentes mudarem das fracções em que habitam devido a alteração da estrutura familiar, com o intuito de elevar a sua qualidade de vida”.

O deputado defendeu ainda o “aproveitamento sensato e de acordo com a lei das reservas de terrenos”.

Por outro lado, Chan Meng Kam, presidente da associação e antigo deputado, defendeu melhorias “na tutela dos Transportes e Obras Públicas” ao nível dos procedimentos administrativos, assim como a elevação “do processo de autorização e acelerar o planeamento de construção” em prol do “aperfeiçoamento do desenvolvimento urbano”.

As sugestões dos conterrâneos da província de Fujian, para a área das obras públicas, vão ainda no sentido de rever “a gestão de activos da concessão de telecomunicações, o aperfeiçoamento dos serviços de táxi, a gestão de fluxo de passageiros no aeroporto e a reconstrução de prédios antigos na zona norte”, entre outras. Raymond Tam prometeu focar-se “nas construções e instalações complementares nas zonas antigas, procurando conseguir um desenvolvimento equilibrado”.

Recorde-se que entre as empresas escolhidas pelo Governo para explorar as novas licenças de táxis surgem os nomes de vários dirigentes de associações ligadas à comunidade de Fujian e à Fundação de Chan Meng Kam.

Transportes preocupam

Raymond Tam reuniu também, a propósito das LAG, com a Associação Comercial de Macau, na sexta-feira. Ma Chi Ngai, presidente da direcção, lembrou a importância das áreas dos transportes e obras públicas por estarem “intrinsecamente ligadas à vida da população”, tendo sido apresentadas cinco sugestões. Uma delas prende-se com a necessidade de garantir que “a linha este do Metro Ligeiro e outras infra-estruturas essenciais sejam promovidas com sucesso e finalizadas conforme o calendário previsto, melhorando assim a eficiência do trânsito da cidade, proporcionando à população local e aos turistas uma deslocação mais facilitada e confortável”.

Foi também pedido um “plano destinado à rede de trânsito nos arredores da zona este da cidade”, tendo sido sugerida “uma concepção e aperfeiçoamento mais sistemático, com vista a aliviar a pressão do trânsito”.

Neste encontro, o secretário garantiu que irá tentar resolver estes problemas e que “a que a população está mais atenta, como as deslocações, habitação, planeamento urbano, coordenação entre estradas rodoviárias e obras públicas e o combate às inundações no Porto Interior”, sem esquecer “a protecção ambiental”.

No sábado o secretário reuniu com dirigentes da Associação Geral das Mulheres de Macau (AGMM) que sugeriram a elaboração “de um programa especial de trânsito e transportes em articulação com o desenvolvimento dos transportes transfronteiriços”. O organismo representado na Assembleia Legislativa pediu também “a operação estável do Metro Ligeiro e o aperfeiçoamento de instalações complementares”. Foi também solicitada a “optimização do número de táxis e elevar a qualidade dos serviços prestados pelos seus condutores”.

Raymond Tam disse que dará “primazia aos transportes públicos”, “crucial para melhorar a situação de tráfego em Macau”, ficando a promessa de resolver “alguns problemas existentes no Metro Ligeiro”, como “a suspensão de serviços por falhas técnicas, a morosidade na retoma dos serviços após condições meteorológicas extremas e a insuficiência relativa ao pagamento electrónico”.

Pedido desenvolvimento do sector financeiro

Dirigentes da União Geral das Associações de Moradores de Macau defenderam na sexta-feira, num encontro com o secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, a importância do “desenvolvimento do sector financeiro moderno e sector segurador” na elaboração de medidas para o novo relatório das Linhas de Acção Governativa. Segundo uma nota oficial, os dirigentes dos Moradores salientaram também a necessidade de promover a “economia comunitária, o programa de introdução de quadros qualificados e a exploração das actividades por pequenas e médias empresas”. Por seu lado, Tai Kin Ip disse que pretende “analisar de forma séria as opiniões e sugestões apresentadas”.

FAOM pede mais recursos para saúde mental

Dirigentes da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pediram mais recursos para tratamento de doenças do foro mental, num encontro no sábado com a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam. Segundo uma nota oficial, foi defendida a necessidade de “aumentar os recursos de apoio à saúde mental, reforçando a ligações entre instituições públicas e privadas”. Para o novo relatório das Linhas de Acção Governativa para 2025, foi também discutida a necessidade de “formar mais quadros qualificados médicos locais” e “implementar medidas amigáveis às famílias, melhorando o ambiente e serviços das creches”, bem como “promover serviços profissionais de voluntários”. O Lam prometeu “a contínua revisão integral dos actuais serviços médicos”, além de se analisar o aumento das pensões e “aperfeiçoar o regime de segurança social”. A secretária reuniu também, no sábado, com a Associação Comercial de Macau, cujos dirigentes apontaram a necessidade de “aperfeiçoar o regime de registo do medicamento tradicional chinês”.

Aviação | HK Express considerada a companhia low-cost mais segura

A nova edição do ranking de companhias áreas mais seguras, da Airline Ratings, destaca a low-cost Hong Kong Express como líder do top 10. Na lista surgem outras companhias com voos para Macau, nomeadamente a AirAsia, em sexto lugar, e a JetStar, de Singapura, em segundo lugar

 

Foi divulgado na semana passada a nova edição do ranking de companhias áreas mais seguras do mundo pela Airline Ratings. E o destaque, no ramo das empresas de baixo custo, vai para a Hong Kong Express, com os organizadores da lista a explicarem que “em comparação com a lista do ano passado não houve mudanças significativas”. A HK Express “não teve nenhum incidente sério e mantém um registo de segurança relativamente impecável “, é ainda referido.

Citando a OAG, uma plataforma global que fornece dados de viagens, a Airline Ratings destaca, numa outra nota de 7 de Janeiro, que a HK Express, uma subsidiária da Cathay Pacific, “expandiu as suas operações de forma significativa no ano passado”, aumentando o número de voos em 46 por cento, “passando de 23.940 voos em 2023 para 35.015 em 2024”, graças “a uma rede alargada e à capacidade adicional da frota”.

O crescimento da HK Express parece estar em consonância, também segundo a OAG, com a “recuperação abrangente do Cathay Pacific Group, que restaurou totalmente as suas operações para níveis anteriores à pandemia”, tendo actualmente voos para 30 destinos em toda a Ásia, incluindo China, Taiwan, Japão, Coreia do Sul, Malásia, Vietname, Tailândia e Filipinas.

Ainda no top 10 das mais seguras do mundo, e a preços mais baixos, estão a JetStar, de Singapura, e a AirAsia em sexto lugar, esta última com uma grande oferta de voos de e para o Aeroporto Internacional de Macau, nomeadamente para as cidades e regiões de Kuala Lumpur, Penang e Kota Kinabalu, na Malásia; Banguecoque e Chiang Mai, na Tailândia; Manila, capital das Filipinas, e ainda Jacarta e Bali, na Indonésia. Em oitavo lugar encontramos a VietJet Air, e a Cebu Pacific em 22º lugar, só para dar alguns exemplos.

No caso das companhias aéreas europeias, a Ryanair encontra-se em terceiro lugar em matéria de segurança, seguindo-se a EasyJet em quarto lugar. Os organizadores destacam ainda novas entradas para o ranking das companhias aéreas de baixo custo mais seguras do mundo, tal como a Zipair, Jet2 e a Air Baltic. Pelo contrário, verifica-se “uma notável omissão, este ano, com a Spirit Airlines”, que abriu falência, em Novembro de 2024, “para restruturação das suas finanças e redução da dívida”.

Air New Zealand em 1º

No que diz respeito às companhias áreas que operam no mercado regular, a mais segura é a Air New Zealand, seguindo-se a Qantas. Hong Kong volta a marcar pontos por ocupar a terceira posição com a Cathay Pacific, lugar partilhado com a Emirates, do Dubai; e a Qatar Airways. Da Ásia constam ainda companhias como a EVA Air, de Taiwan, em quarto lugar; e a Korean Air, em quinto. A portuguesa TAP Portugal surge em oitavo lugar.

Sharon Peterson, CEO da Arline Ratings, frisou que “a Air New Zealand e a Qantas voltaram a disputar o primeiro lugar com apenas 1,50 pontos de diferença”. “Embora ambas as companhias aéreas mantenham os mais elevados padrões de segurança e formação de pilotos, a Air New Zealand continua a ter uma frota mais jovem do que a Qantas, o que separa as duas”, acrescentou.

A edição deste ano do rating destaca a posição solidificada da Vietnam Airlines, que foi considerada a 22ª mais segura para viajar do mundo e que se destacou em prémios recentes da Airline Ratings. “A Vietnam Airlines não teve nenhum acidente fatal em 27 anos, nem nenhum incidente grave. A companhia aérea opera uma frota de 100 aeronaves modernas, com uma idade média inferior a 10 anos, e a empresa tem passado sem falhas a sua certificação IOSA desde 2006. Além disso, o Vietname também fez grandes progressos na segurança da aviação com melhores aeroportos, actualizações do sistema de navegação e protocolos muito mais rigorosos. Tudo isto, em conjunto, garante-lhes um lugar no nosso top 25”, disse Sharon Peterson.

A United Airlines surge em 23º lugar da lista das companhias áreas regulares mais seguras, quase nos últimos lugares. No caso do segmento low-cost, a Air Baltic ocupa a última posição, sendo uma estreia da empresa no ranking.

Singapore Airlines de saída

Ainda sobre os lugares cimeiros, Sharon Peterson destacou que “o empate a três para o terceiro lugar deveu-se ao facto de simplesmente não conseguirmos separar estas companhias aéreas”, isto porque “desde a idade da frota até às competências dos pilotos, práticas de segurança, dimensão da frota e número de incidentes, as pontuações foram idênticas”, referiu.

A CEO estabeleceu ainda uma comparação com a lista de 2024, sendo que “algumas das alterações mais significativas incluem a inclusão da Iberia e da Vietnam Airlines (que fizeram a sua estreia na lista), bem como a subida da Korean Air para o top 10”.

No tocante a ausências, refere-se a saída da Singapore Airlines e KLM. “Embora estas companhias aéreas continuem a ser excepcionalmente seguras e mantenham a sua classificação de segurança de sete estrelas, perderam por pouco um lugar este ano devido a incidentes ocorridos”, referiu na mesma nota.

Os critérios utilizados pela Airline Ratings prendem-se com a ocorrência de “incidentes sérios nos últimos dois anos”, a idade e tamanho da frota, o rácio de acidentes, o número de mortos, a formação e competências dos pilotos e demais certificações internacionais possuídas pela empresa. Um dos factores a ter em conta na hora de avaliar as empresas é também a forma como os acidentes são geridos.

Um estudo recente sobre segurança na área da aviação destaca que entre 2018 e 2022 o risco de mortes por voo foi de um por 13.7 milhões, sendo que, em comparação, “a Organização Mundial de Saúde estimou 1.19 milhões de mortes por acidentes nas estradas em 2023, o que representa mais de duas mortes por minuto”.

Trauma recente

Um dos acidentes aéreos mais recentes ocorreu na Coreia do Sul, praticamente no final do último ano. Um voo da Jeju Air teve um grave acidente de aterragem no aeroporto de Muan, levando à morte de 179 das 181 pessoas que seguiam a bordo. Os dois sobreviventes eram tripulantes do voo.

O Airline Ratings foi criado em 2012, analisando mais de 230 companhias áreas de todo o mundo que abrangem 99 por cento do mercado mundial de passageiros. De fora do top 25 estão companhias aéreas chinesas, incluindo a Air Macau.

BAFTA | “Conclave” é o filme com mais nomeações

O filme “Conclave”, de Edward Berger, é o mais nomeado para os prémios britânicos BAFTA, numa edição em que “On Falling”, de Laura Carreira, não chegou às nomeações e “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, figura entre os candidatos.

Os BAFTA são atribuídos pela Academia Britânica das Artes de Cinema e Televisão e a lista de nomeados, divulgada esta quarta-feira, dá conta que “Conclave”, filme de conspiração de Edward Berger, ambientado no Vaticano e protagonizado pelo actor Ralph Fiennes, lidera com 12 nomeações.

“Conclave” está nomeado, por exemplo, nas categorias de Realização, Filme, Elenco, Direcção de Fotografia, Banda Sonora Original e também Melhor Actor, para Ralph Fiennes, e Melhor Actriz Secundária, para Isabella Rossellini.

“Emilia Pérez”, do francês Jacques Audiard, tem 11 nomeações, incluindo o de Melhor Actriz Principal para a espanhola Karla Sofía Gascón, e o de Melhor Filme em Língua Não Inglesa.

Nesta mesma categoria está a produção brasileira “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, protagonizada por Fernanda Torres, no papel de uma activista, advogada e viúva de Rubens Paiva, o político brasileiro detido e torturado pela ditadura militar brasileira (1964-1985), no início dos anos 1970.

O filme “On Falling”, da realizadora portuguesa Laura Carreira, tinha sido colocado entre os candidatos a uma nomeação para o prémio de Primeiras Obras, mas não chegou às nomeações finais.

Produzido pela portuguesa Bro Cinema e pela britânica Sixteen Films, “On Falling” é a primeira longa-metragem de Laura Carreira, uma realizadora portuguesa que vive e trabalha há mais de uma década na Escócia e que é autora ainda das curtas-metragens “Red Hill” (2018) e “The Shift” (2020). A cerimónia dos BAFTA está marcada para 16 de Fevereiro em Londres.

IC | Ano Novo Chinês celebrado com música, exposições e workshops

Já são conhecidas as iniciativas culturais destinadas a celebrar o Ano da Serpente que e começa a 29 de Janeiro. O público poderá desfrutar de espectáculos, concertos, workshops e exposições, nomeadamente com grupos artísticos oriundos das províncias de Hebei e Guizhou

 

O Instituto Cultural (IC) preparou um programa recheado de eventos culturais que visam celebrar o Ano Novo Lunar da Serpente, que arranca no dia 29 deste mês. O público poderá, assim, desfrutar do programa “Feliz Ano Novo Chinês – Festividades do Ano Novo Chinês 2025” que decorre entre o primeiro dia do novo ano, 29 de Janeiro e o terceiro dia, 31 de Janeiro.

O cartaz inclui a vinda de grupos artísticos das províncias de Hebei e Guizhou que apresentam espectáculos nos diversos bairros de Macau e ilhas, incluindo no espaço Anim’Arte Nam Van. São eles o Grupo de Teatro de Música e Dança de Hebei, a Trupe de Arte Étnica de Congjiang de Guizhou, o Grupo de Teatro de Música e Dança de Guizhou e a Trupe de Acrobacia de Guizhou. Segundo uma nota do IC, trata-se de actuações de “arte folclórica que proporcionarão um ambiente festivo na cidade”, além de estarem disponíveis para o público diversas bancas com materiais e produtos alusivos ao património cultural intangível destas duas regiões chinesas.

Música a rodos

O cartaz inclui também o “Concerto de Primavera 2025” promovido pela Escola de Música do Conservatório de Macau, que decorre no dia 25 de Janeiro no auditório do Conservatório, sendo que os bilhetes estarão disponíveis a partir do dia 29.

Além disso, no dia 8 de Fevereiro, a Orquestra Chinesa de Macau irá apresentar o espectáculo “Rapsódia de Estepe”, concerto de Ano Novo Chinês, no grande auditório do Centro Cultural de Macau. Destaque ainda para o espectáculo, já noticiado, da Orquestra de Macau com músicos coreanos, “Amor em Seul”, para ver e ouvir no Venetian Theatre.

Por sua vez, do dia 11, até ao dia 16 de Fevereiro, serão realizados vários workshops e actividades dedicadas ao Ano Novo Lunar em locais classificados como património e demais espaços culturais. Um deles é o “Workshop de Pintura Chinesa para o novo Calendário” ou ainda o “Workshop de Arte Floral em Celebração do Ano Novo Chinês”, num total de mais de dez actividades criativas, todas elas sujeitas a inscrições na plataforma da Conta Única de Macau.

Uma vez que os museus e demais espaços culturais estão abertos nos dias do Ano Novo, o público terá a oportunidade para ver mostras como “Novas Perspectivas: Obras Modernas e Contemporâneas do Museu de Arte de Macau” e “Palácio do Duplo Brilho: Exposição Especial do Museu do Palácio”, patentes no Museu de Arte de Macau.

No Museu de Macau apresenta-se ainda “Edificação das Massas: Exposição de Relíquias Culturais das Dinastias Zhou, Qin, Han e Tang”, sem esquecer “Brilho da Arte – Exposição de Artesanato em Ouro e Prata das Províncias de Hebei e Guizhou”, disponível a partir do dia 25 de Janeiro na Galeria do Tap Seac.

Burla | Idosa perde 350 mil patacas

Uma residente local perdeu 350 mil patacas, depois de ser enganada com uma burla “quem sou eu?”, em que os burlões se fizeram passar pelo cunhado.

O caso foi divulgado ontem pela Polícia Judiciária, de acordo com a informação do Jornal Ou Mun. Segundo a informação disponível, a mulher foi contactada na segunda-feira de manhã, por alguém que se apresentou como seu cunhado, através de mensagem.

A vítima assumiu que estava a comunicar com o cunhado e acreditou na história de que este estava a ser investigado pelas autoridades e precisava de fazer um pagamento de 350 mil patacas, como caução da investigação.

Apesar da história ser típica das burlas em que os criminosos se fazem passar pelas autoridades do Interior para enganar as vítimas, a mulher concordou em fazer o pagamento, e entregou o dinheiro a um homem com o qual se encontrou no centro da cidade. Feito o pagamento, e mulher decidiu telefonar ao cunhado e apercebeu-se de que tinha sido roubada. Fez queixa na polícia.

Gastroenterite | Mega caso colectivo atinge 46 pessoas

O Jardim de Infância Anexo à Escola Tong Sin Tong registou um caso colectivo de gastroenterite com 46 pessoas infectadas, de acordo com a informação divulgada pelos Serviços de Saúde (SS). A ocorrência foi comunicada ontem em língua portuguesa, apesar de ter sido identificada pelos SS a 11 de Janeiro.

O Jardim de Infância Anexo à Escola Tong Sin Tong, fica na Rua Cidade de Santarém. A ocorrência afectou 46 alunos e trabalhadores, 25 do sexo masculino e 21 do sexo feminino.

“Desde o dia 7 de Janeiro, os doentes começaram a apresentaram, sucessivamente, sintomas como febre, vómitos e diarreia, tendo alguns deles sido submetidos a tratamento em instituições de saúde. Não houve registo de casos graves ou de outras complicações graves”, comunicaram as autoridades de saúde. “Foi excluída a possibilidade de gastroenterite alimentar em conformidade com as horas de refeições de pacientes. De acordo com as horas de ocorrência da doença, os sintomas, e o período de incubação, é provável que o agente patogénico esteja relacionado com uma infecção viral”, foi acrescentado.

Tendo em conta o número de pessoas infectadas, os SS apontaram estar a “realizar uma investigação detalhada” sobre a situação. A autoridade de saúde indicou ainda que orientou o jardim-de-infância “quanto às medidas de controlo e infecção a adoptar, em especial a forma correcta de tratamento de vómitos e excrementos”, assim como a manutenção de “uma boa ventilação de ar no interior das instalações”.

Turismo | Número de visitantes de Zhuhai cresce 26,1%

A medida do Interior para facilitar a entrada de turistas de Zhuhai em Macau está a levar a um crescimento das entradas no território, que já se traduz numa subida de 26,1 por cento face ao ano passado

 

Desde o início do ano, o número de turistas que entraram em Macau vindos de Zhuhai reflecte um crescimento de 26,1 por cento, de acordo com os dados revelados pela Administração Nacional de Imigração da China, na terça-feira. Os números oficiais indicam um total de 257 mil entradas em Macau de residentes de Zhuhai.

A subida do número acontece no seguimento da entrada em vigor das novas medidas no Interior que desde o início do ano permitem aos residentes de Zhuhai obter um visto que os autoriza a entrar em Macau uma vez por semana, desde que não excedam um total de sete dias.

Além do visto indicado, existe uma outra modalidade para os residentes de Hengqin, que faz parte de Zhuhai, mas que permite entradas múltiplas em Macau, desde que se considere que os candidatos aos vistos tenham um regime económico especial.

De acordo com o portal GGR Asia, a Administração Nacional de Imigração da China classificou o crescimento como “notável”. No entanto, os dados não permitem saber quantas deslocações foram realizadas com os novos vistos de entradas e quantas foram feitas ao abrigo dos anteriores vistos de turismo, que continuam em vigor.

Os números foram divulgados no âmbito da análise da Administração Nacional de Imigração da China aos dados sobre as viagens domésticas e ao trabalho de controlo das fronteiras realizado no ano passado.

Mais entradas

As estatísticas da Administração Nacional de Imigração da China estão em linha com as declarações prestadas na semana passada por Maria Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo.

Em declarações aos órgãos de comunicação social, na sexta-feira, Maria Helena de Senna Fernandes afirmou que com a facilitação das entradas em Macau por parte das autoridades do Interior o número de visitantes estava a crescer. A responsável apontou que entre os dias 3 e 5 de Janeiro, sexta-feira a domingo, a cidade recebeu sempre mais de 100 mil turistas por dia.

Em Janeiro do ano passado, Macau recebeu 2,86 milhões de visitantes, uma média diária de 92.321 visitantes. Entre estes, 71,9 por cento eram provenientes do Interior.

Junket com ligações a Macau nega operar centro de burlas no Myanmar

O empresário Ji Xiaobo, proprietário do grupo Heng Sheng, que no passado explorava uma sala de jogo VIP em Macau, recusou qualquer ligação aos centros de burlas e tráfico humano no Myanmar. O desmentido foi feito através de uma mensagem de Pace Wu, namorada do empresário, actriz e cantora de Taiwan, que ameaçou ainda processar quem divulgasse os “boatos”.

No mês passado, o portal de Hong Kong HK01 tinha divulgados vários artigos sobre os centros de burlas no Myanmar e o tráfico de pessoas. Pelo menos 28 pessoas de Hong Kong foram traficadas para o Myanmar, através da Tailândia, depois de serem enganadas com propostas fictícias de emprego.

O HK01 tinha ligado Ji Xiaobo a um dos centros de burlas no Myanmar, dado que este centro utilizava o mesmo nome e logótipo do grupo Heng Sheng. Este grupo de junkets foi condenado em Novembro de 2023, por um Tribunal de Pequim, pelo crime de jogo ilegal no Interior, com Ji Xiaobo a ser considerado o líder de uma associação criminosa. Desde essa altura, Ji está fugido às autoridades, existindo rumores de que estará no Japão.

Sem ligações

“O senhor Ji Xiaobo não tem qualquer ligação directa ou indirecta com o Parque Heng Sheng, a reportagem sobre o senhor Ji Xiaobo foi incorrecta e constitui uma difamação”, pode ler-se no comunicado nas redes sociais. “O portal precisa de assumir a responsabilidade legal e precisa de remover imediatamente todo o conteúdo que envolve Ji Xiaobo na reportagem, ou o escritório do advogado vai lançar um processo ao portal para pedir compensações devido aos danos causados a Ji Xiaobo”, foi acrescentado.

No início de Dezembro, uma revista de Taiwan escreveu que Ji Xiaobo está na lista de procurados do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, devido a suspeitas de crimes de branqueamento de capitais, como extorsão, conspiração para corrupção ou emprego de imigrantes ilegais. As ilegalidades terão sido cometidas através de um resort na Ilha de Saipã, que faz parte das Ilhas Marianas do Norte.

Transacções | Casos suspeitos nos casinos com novo recorde

O número de transacções suspeitas declarado pelas seis concessionárias representa um crescimento de 11,8 por cento em termos anuais

 

Com as receitas de jogo em retoma após a pandemia, as transacções suspeitas registadas nos casinos de Macau atingiram um novo recorde em 2024, subindo 11,8 por cento em termos anuais.

O Gabinete de Informação Financeira (GIF) revelou que as seis operadoras de casinos submeteram, no total, 3.837 participações de transacções suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo. Num comunicado divulgado na quarta-feira, o GIF sublinhou que tinha recebido 3.431 participações em 2023, o anterior recorde anual.

O gabinete aponta “o aumento no número de participações de transacções suspeitas reportadas pelo sector financeiro” como a principal razão para uma subida de 13,7 por cento no número total de transacções suspeitas.

Em 2024, o GIF recebeu 5.245 participações, sendo que 73,2 por cento vieram das concessionárias de casinos, enquanto 20,9 por cento chegaram de bancos e seguradoras e 5,9 por cento de outras instituições e entidades.

Os sectores referenciados, incluindo lojas de penhores, joalharias, imobiliárias e casas de leilões, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transacção igual ou superior a 500 mil patacas. Do total de 5.245 participações, o GIF remeteu no ano passado 142 transacções suspeitas ao Ministério Público para investigação, mais 26 do que em 2023.

Receitas crescem

Em 2024, o sector do jogo arrecadou um total de 226,8 mil milhões de patacas em receitas, mais 23,9 por cento do que no ano anterior. Estes valores permanecem longe do registado antes da pandemia, em parte devido à quebra do chamado jogo VIP, após a detenção, em Novembro de 2021, do líder do maior angariador de apostas VIP do mundo.

O antigo director executivo da Suncity, Alvin Chau Cheok Wa, foi condenado em Janeiro de 2023 a 18 anos de prisão por branqueamento de capitais, num caso que fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo, conhecidos como ‘junkets’, emitidas no território.

Segundo o relatório anual do GIF, de 2022, Macau era o único membro do Grupo Ásia-Pacífico Contra o Branqueamento de Capitais que cumpria “todos os 40 padrões internacionais” sobre a prevenção da lavagem de dinheiro, do financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa.

O GIF de Macau assinou acordos para a troca de informação com 33 países e territórios, incluindo a Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária de Portugal, em 2008, a Unidade de Informação Financeira do Banco Central de Timor-Leste, em 2018, e, em 2019, o Conselho de Controlo de Actividades Financeiras do Brasil e a Unidade de Informação Financeira de Cabo Verde.

Festa da Primavera | CE fala de “ano cheio de esperança”

O Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, declarou que este vai ser um “ano cheio de esperança”, por ocasião da Festa da Primavera oferecida pelo Gabinete de Ligação de Pequim em Macau.

O dirigente destacou que 2025 é também “o ano inaugural do sexto Governo da RAEM” e que, nesse sentido, vai “intensificar esforços na promoção da diversificação adequada da economia, reforçar a coordenação e concertação, reformar e inovar com coragem”.

Sam Hou Fai pretende também “alcançar novos progressos na construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”, bem como “promover reformas aprofundadas da Administração Pública”.

O Chefe do Executivo não esqueceu o bom exemplo da implementação do princípio de “um país, dois sistemas”, defendendo a importância de ter Macau “alicerçada no Estado de Direito, dinâmica, cultural e feliz”.

Mulheres | Defendida maior aposta no patriotismo dos jovens

Dirigentes da Associação Geral das Mulheres entendem que, aquando da elaboração do relatório para as Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano, a tutela dos Assuntos Sociais e Cultura deve “reforçar continuamente os trabalhos relacionados com a educação patriótica dos jovens”, bem como “fortalecer a sensibilização para as comemorações importantes” e ainda “reforçar a cooperação regional sobre a educação patriótica”. Estas ideias foram deixadas por Un Sio Leng, presidente da direcção, num encontro com a secretária O Lam.

A reunião, que decorreu na quarta-feira, serviu para a recolha de opiniões sobre as LAG, integrando-se na ronda de encontros com associações tradicionais que o Governo tem levado a cabo. As restantes membros da direcção, como Cheung Pui Peng, Chong Leng Leng e Chau Wai I sugeriram “a criação da reserva de quadros qualificados diversificados, a implementação da transversalização de género e o apoio na participação das mulheres na política”. Foi também sugerido “o aumento dos valores dos subsídios para aliviar o custo de vida”.

O Lam, por sua vez, assegurou que vai ter em atenção, na elaboração das LAG para a tutela, “aos assuntos relacionados com o envelhecimento da sociedade, o crescimento dos jovens e a protecção das mulheres e das crianças”.

Cheques | Pedidos limites para residentes que estão fora

A deputada Lo Choi In defende que o novo Executivo deve rever o sistema de comparticipação pecuniária, a fim de limitar a atribuição de cheques pecuniários aos residentes que estão fora de Macau. Para a responsável, deveria ser criado um mecanismo permanente de atribuição e definir que, para os receber, os residentes teriam de ficar em Macau 183 dias por ano

 

Numa altura em que o Governo já começou a ronda de auscultações a propósito do novo relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano, a deputada Lo Choi In apresenta a sua sugestão: limitar a atribuição dos cheques pecuniários apenas aos residentes que vivem, de facto, em Macau, para uma melhor utilização dos fundos públicos.

Segundo o Jornal do Cidadão, a deputada afirmou que são necessárias alterações ao sistema de comparticipação pecuniária, que existe desde 2008 e que, actualmente, atribui aos residentes não permanentes seis mil patacas, e aos permanentes dez mil patacas, por ano.

A deputada ligada à comunidade de Jiangmen recordou que apoios como a pensão para idosos, o subsídio de sete mil patacas nas contas de previdência e o regime de segurança social obrigam os beneficiários a estar em Macau 183 dias por ano para os poderem receber, a fim de assegurar que estes mantêm uma relação estreita com o território. Assim, Lo Choi In afirmou que o mesmo argumento deveria ser aplicado no caso dos cheques pecuniários, a fim de melhor se aproveitar o erário público.

Para os residentes que já não vivem em Macau, a deputada defende limites na atribuição dos cheques, para que esse montante seja poupado e aplicado nos apoios ao desenvolvimento dos bairros comunitários e a incentivos à economia local.

Mudar a lei

Actualmente, o sistema de comparticipação pecuniária, nomeadamente quanto ao calendário de distribuição e valores, é decidido anualmente por regulamento administrativo, mas a deputada pede alterações na legislação para que a atribuição dos cheques passe a ter um funcionamento permanente. Lo Choi In lembrou que, nos últimos tempos, têm surgido opiniões sobre a necessidade de se melhor aproveitar os saldos orçamentais extraordinários e utilizá-los apenas com residentes que mantém uma ligação estreita a Macau.

Em 2022, o deputado Leong Sun Iok defendeu que o Executivo deveria deixar de atribuir cheques às pessoas com estatuto de residente que “já não têm contacto” com a região e que vivem “permanentemente” fora da China.

Nesse ano, a medida custou aos cofres públicos 7,23 mil milhões de patacas, sendo que mais de mil milhões de patacas foram distribuídos às “mais de 100.000” pessoas com estatuto de residente permanente, mas que “residem permanentemente no estrangeiro”, disse Leong Sun Iok numa sessão plenária.