Balança comercial | Défice de 31,14 mil milhões no 3.º trimestre

O défice da balança comercial no terceiro trimestre deste ano foi de 31,14 mil milhões de patacas, indicam dados ontem divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Neste período, os valores de exportação e importação de mercadorias atingiram 3,15 mil milhões e 34,29 mil milhões de patacas, respectivamente, registando-se subidas de 6,4 e 20,3 por cento, respectivamente, face ao mesmo trimestre de 2022.

Olhando para os nove meses do ano, de Janeiro a Setembro, verifica-se que o défice da balança comercial foi de 96,28 mil milhões de patacas, mais 4,18 mil milhões de patacas em relação aos primeiros nove meses do ano passado.

De Janeiro a Setembro deste ano, o valor exportado foi de 9,51 mil milhões de patacas, uma quebra de 6,1 por cento face a idêntico período de 2022. Por sua vez, a reexportação foi de 8,35 mil milhões de patacas, enquanto a exportação doméstica teve o valor de 1,17 mil milhões de patacas. Ambas registaram quebras de 3,1 e 23,4 por cento, respectivamente. O valor importado de mercadorias foi de 105,80 mil milhões de patacas, ou seja, mais 3,5 por cento, em termos anuais.

Ao nível das exportações por destino, exportaram-se mercadorias para o interior da China no valor global de 688 milhões de patacas de Janeiro a Setembro, uma quebra de 28,7 por cento. Além disso, o valor exportado de mercadorias de Macau para os países de língua portuguesa foi de 662 mil patacas, uma quebra de 51,1 por cento. Pelo contrário, o valor exportado de mercadorias para os países pertencentes à iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” foi de 361 milhões de patacas, mais 20,8 por cento.

31 Out 2023

Comércio | Saldo com Macau favorável a Lisboa em quase 20,5 milhões

No ano passado, a balança comercial entre a RAEM e Portugal apresentou um saldo vantajoso para Lisboa, com as exportações para Macau a valerem 21 milhões de euros. Ainda assim, apesar da afinidade institucional entre os dois territórios, Macau é apenas o 85.º cliente da exportação de produtos portugueses

 

As exportações de Portugal para Macau representaram 21 milhões de euros no ano passado, com as compras a Macau a valerem 529 mil euros, tornando a balança comercial largamente favorável a Portugal.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), disponíveis no site da Agência para o Investimento, o saldo das trocas comerciais entre Portugal e Macau é favorável ao país europeu em quase 20,5 milhões de euros.

Macau foi o 85.º cliente das exportações portuguesas de bens em 2022, com uma quota de 0,03 por cento no total, ocupando a 140.ª posição ao nível das importações, que valeram apenas 0,001 por cento. Apesar do valor residual das vendas de Macau a Portugal, as exportações daquela região para Portugal têm aumentado de forma consistente, tendo mais do que duplicado nos últimos anos.

“Ao longo do período 2017-2021 verificou-se uma diminuição média anual das exportações de 5,4 por cento e um crescimento de 164,6 por cento nas importações”, lê-se no site da AICEP, no qual se acrescenta que “a balança comercial de bens apresentou um excedente de 19 milhões de euros em 2021”, tendo melhorado para quase 20,5 milhões no ano passado.

Cabaz luso

Entre os principais produtos exportados para este mercado asiático destacam-se os Produtos Alimentares (46,2 por cento), os Produtos Agrícolas (20,5 por cento), os Produtos Químicos (19,4 por cento), os Instrumentos de Ótica e Precisão (2,7 por cento) e as Máquinas e Aparelhos (2,4 por cento), ao passo que os principais grupos de produtos importados foram os Produtos Químicos (59,4 por cento), as Máquinas e Aparelhos (15,7 por cento), as Pastas Celulósicas e Papel (4,5 por cento), o Vestuário (4,3 por cento) e o Calçado (3,8 por cento), segundo a AICEP.

No que diz respeito às remessas dos emigrantes portugueses em Macau, o Banco de Portugal apresenta um valor zero para os últimos anos, registando apenas um envio de 20 mil euros dos portugueses a trabalhar em Macau em 2020.

14 Abr 2023

Défice da balança comercial do Japão mais que triplica em setembro

O Japão registou um défice comercial de 2,1 biliões de ienes (14,3 mil milhões de euros) em setembro, mais de três vezes superior ao registado em igual mês do ano passado, avançou hoje o Governo.

De acordo com dados oficiais divulgados pelo Ministério das Finanças japonês, o valor de setembro foi ainda assim 25,7% inferior ao de agosto, mês em que o país tinha registado um défice recorde, de 2,82 biliões de ienes. Setembro foi o quarto mês consecutivo em que a terceira maior economia mundial teve um défice na balança comercial.

Apesar do défice as exportações cresceram 28,9%, para 8,8 biliões de ienes. No entanto, as importações subiram ainda mais, 45,9%, para 10,9 biliões de ienes.

O défice japonês deveu-se sobretudo às trocas com a China, o maior parceiro comercial nipónico, nas quais Tóquio teve um défice de 575,8 mil milhões de ienes, quase o dobro do registado em setembro de 2021.

Pelo contrário, o Japão teve um resultado positivo de 606,9 mil milhões de ienes nas trocas comerciais com os Estados Unidos, a maior economia do mundo, mais 54,8% do que em igual mês do ano passado.

Com a União Europeia, o terceiro maior parceiro comercial japonês, o país asiático registou um défice de 183,5 mil milhões de ienes, uma descida homóloga de 16%. Já o défice do Japão com o Brasil subiu 38,6% em setembro para 88,7 mil milhões de ienes.

20 Out 2022

Economia chinesa | Balança comercial com excedente recorde em 2021

A recuperação económica continua a evidenciar sinais positivos após os condicionamentos provocados pela pandemia da covid-19

 

O excedente comercial da China subiu para 676,4 mil milhões de dólares em 2021, após as exportações terem aumentado 29,9 por cento, em relação ao ano anterior, apesar da escassez de semicondutores.

Em Dezembro, o excedente comercial do país com o resto do mundo aumentou 20,8 por cento em relação ao mesmo mês do ano anterior, para um valor recorde de 94,4 mil milhões de dólares, segundo os dados alfandegários divulgados sexta-feira.

As exportações subiram para 3,3 biliões de dólares, em 2021, apesar da escassez de ‘chips’, de processadores para telemóveis e outros bens, à medida que a procura global recuperou da pandemia.

Os fabricantes foram também prejudicados pelo racionamento de energia em algumas áreas para cumprir as metas de eficiência do governo.

O excedente com os Estados Unidos, que é politicamente sensível e motivou já uma prolongada guerra comercial, registou uma subida homóloga, em 2021, de 25,1 por cento, para 396,6 mil milhões de dólares.

Os representantes comerciais dos dois países dialogaram desde que o Presidente norte-americano, Joe Biden, assumiu o cargo em Janeiro, mas ainda não anunciaram uma data para retomar as negociações presenciais.

As exportações para os Estados Unidos aumentaram 27,5 por cento, em relação a 2020, para 576,1 mil milhões de dólares. As importações chinesas de produtos norte-americanos aumentaram 33,1 por cento, para 179,5 mil milhões de dólares.

Em Dezembro, o excedente comercial mensal da China com os Estados Unidos aumentou 31,1 por cento, em relação ao ano anterior, para 39,2 mil milhões de dólares, depois das exportações terem subido 21,1 por cento, para 56,4 mil milhões de dólares, enquanto as importações aumentaram 3,3 por cento, para 17,1 mil milhões de dólares.

Este mês, as exportações da China provavelmente vão abrandar, devido ao congestionamento nos portos, onde o país impõe medidas de prevenção contra o coronavírus, e às mudanças na procura global, à medida que os transportadores eliminam os atrasos, previu o analista Julian Evans-Pritchard, da consultora Capital Economics.

“Estimamos que os volumes de exportação sejam menores até ao final deste ano”, disse Evans-Pritchard, num relatório.

As importações chinesas em 2021 aumentaram 30,1 por cento, para 2,7 biliões de dólares, à medida que a segunda maior economia do mundo recuperou da pandemia.

O crescimento económico enfraqueceu no segundo semestre do ano, quando Pequim lançou uma campanha para reduzir o excesso de dívida no sector imobiliário, mas os gastos dos consumidores ficaram acima dos níveis pré–pandemia.

A actividade manufatureira subiu, em Dezembro, mas os novos pedidos de exportação contraíram, de acordo com uma análise do gabinete de estatísticas do governo e de um grupo do setor, a Federação Chinesa de Logística e Compras.

Os exportadores chineses beneficiaram com a permissão para retomar a actividade no início de 2020, enquanto os concorrentes estrangeiros enfrentaram restrições, devido à covid-19.

Esta vantagem foi mantida em 2021, à medida que outros governos renovaram as medidas de contenção em resposta à disseminação de novas variantes do vírus.

Altos valores

Mais recentemente, no entanto, a China respondeu a surtos dentro das suas próprias fronteiras impondo medidas de confinamento e restrições nas deslocações internas, o que está a prejudicar os serviços logísticos.

O excedente comercial global da China no ano passado está entre os mais altos alguma vez registados por qualquer economia, segundo economistas.

A única comparação em termos percentuais é a Arábia Saudita e outros exportadores de petróleo durante o ‘boom’ de preços, na década de 1970, mas as suas receitas totais foram menores.

O excedente comercial prejudicou a capacidade do banco central da China de gerir a taxa de câmbio da moeda chinesa, o yuan, que subiu para o valor máximo, em vários anos, em relação ao dólar norte-americano, à medida que o dinheiro fluiu para o país.

17 Jan 2022