Construção | Salários com quebra de 2,7% em 2024 João Santos Filipe - 4 Fev 2025 No ano passado, os trabalhadores da construção civil viram os salários sofrerem uma redução para uma média diária de 763 patacas. Também os preços dos materiais de construção ficaram mais baratos No ano passado, o salário diário médio dos trabalhadores da construção civil registou uma quebra de 2,7 por cento para 763 patacas por dia, de acordo com os números publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Todavia, a DSEC reconhece que quando é eliminado “o efeito da inflação”, a quebra do salário médio por dia ao longo de 2024 foi mais acentuada, atingido 3 por cento, em relação a 2023. Quando a análise é feita tendo em conta apenas o quarto trimestre do ano passado, os dados mostram que houve um crescimento de 1,3 por cento face ao trimestre anterior 2024, com o salário médio por dia a atingir 777 patacas. Este é um valor acima das 775 patacas recebidas por dia em 2023. No entanto, o salário médio diário está abaixo dos valores de 2021 e 2022, quando os números eram de 799 patacas e 798 patacas por dia, respectivamente. Entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado, os salários médios diários dos carpinteiros de cofragem foram os que registaram uma quebra maior, de 3,8 por cento, para 783 patacas por dia, seguindo-se os salários dos montadores de equipamento de combate a incêndio, com uma redução de 2,8 por cento, para as 837 patacas por dia. No pólo oposto, os operadores de máquinas tiveram um aumento de 6,8 por cento, para 884 patacas por dia, enquanto os canalizadores e montadores de tubagens de gás tiveram crescimentos salariais de 2,5 por cento, para as 890 patacas por dia. Materiais mais baratos Em relação ao índice médio de preços dos materiais de construção dos edifícios de habitação, a DSEC indicou que houve uma redução de 1,2 por cento, o que significa que os materiais ficaram mais baratos. Na análise trimestral, a redução foi mais ligeira, e apenas 0,7 por cento. O preço médio do varão de aço com estrias de secção redonda teve uma redução de 1 por cento, para 5.298 patacas por tonelada. O preço do betão pronto ficou praticamente estável, com uma diferença de 0,1 por cento para 1.083 patacas por metro cúbico. Em relação ao índice de preços dos materiais de construção, os preços dos equipamentos, madeira e betão pronto apresentaram reduções de 4 por cento, 1,1 por cento e 0,1 por cento.
AMCM | Mais depósitos e menos empréstimos em Dezembro Hoje Macau - 4 Fev 2025 Dados da Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) relativos à massa monetária em circulação em Dezembro denotam que esta voltou a crescer no último mês do ano passado, sendo que “os depósitos de residentes aumentaram relativamente ao mês anterior, mas os empréstimos de residentes decresceram”. O crescimento dos depósitos à ordem foi de 6,6 por cento, com os depósitos dos residentes a crescerem apenas 0,7 por cento, de não residentes a baixar quatro por cento e os depósitos do sector público a registarem um aumento de 5,6 por cento. Como resultado, o total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 0,3 por cento quando comparado com o mês anterior, tendo atingido 1.272,9 mil milhões de patacas. Destaque para a quebra de 0,4 por cento nos empréstimos atribuídos ao sector privado face a Novembro de 2024, no valor de 516,3 mil milhões de patacas.
DSPA | Pedidas melhorias na reutilização de roupas antigas Hoje Macau - 4 Fev 2025 O deputado Si Ka Lon espera que o Governo melhore o actual mecanismo de reutilização de roupas antigas, para evitar que pessoas sem necessidades se apropriem do vestuário doado. O assunto foi abordado através de uma interpelação escrita, em que o deputado ligado à comunidade de Fujian defende que o Governo deve fazer um estudo, para perceber como é que os residentes compram roupas, as utilizam e se desfazem delas, assim como a taxa de reutilização. Além disso, Si defende que a DSPA deve distribuir prémios a quem der mais roupas para reutilização. Si Ka Lon também apontou que o Governo deve estimular as lojas de venda de roupa a participarem na reutilização de roupas antigas.
Casinos-satélite | Ron Lam pede soluções urgentes Nunu Wu e João Luz - 4 Fev 2025 Com a aproximação do fim do período transitório para os casinos-satélite ficarem na esfera de exploração das concessionárias, Ron Lam pede soluções urgentes e regulação para o sector. O deputado pede esclarecimentos e resoluções que garantam a sobrevivência dos casinos-satélite No fim deste ano, termina o período transitório para que os casinos-satélite passem a ser explorados pelas concessionárias de jogo, sem possibilidade de distribuir dividendos e comissões, podendo apenas cobrar taxas de gestão. A incerteza tem motivado preocupações no sector e pedidos de esclarecimento de deputados, as mais recentes partilhadas por Ron Lam. O deputado lançou um apelo urgente ao Governo para elaborar regras e normas para a operação de casinos-satélites, nomeadamente no que diz respeito às condições que garantam a sobrevivência financeira das empresas, depois de 31 de Dezembro deste ano, e dos empregos dos trabalhadores. Em declarações ao Jornal do Cidadão, Ron Lam lembrou que findo o prazo de transição, as operadoras de casinos-satélites só podem cobrar taxas de gestão, sem comissões ou partilha de receitas com as concessionárias. Tanto o Executivo liderado por Ho Iat Seng, como o novo Governo de Sam Hou Fai não indicaram como serão definidas, e com que critérios serão aplicadas as taxas de gestão, aponta o deputado. Além disso, o legislador indica que as concessionárias não discutem com as empresas que gerem os casinos-satélite os contornos e detalhes destas taxas, criando confusão e incerteza em relação às operações destes espaços. Sobrevivência das espécies Ron Lam sublinha que o valor fixado para a taxa de gestão será determinante para a sobrevivência dos casinos-satélite e dos empregos dos seus trabalhadores. Se as empresas que operam os casinos-satélite considerarem que o quadro legal não permite chegar aos lucros, podem desistir das operações, prejudicando a economia do território, sobretudo as pequenas e médias empresas nas proximidades destes espaços, argumenta Ron Lam. Apesar das garantias dadas aquando da aprovação da nova lei do jogo, de que as concessionárias de jogo iriam absorver a mão-de-obra dos casinos-satélite, Ron Lam afirma que os trabalhadores estão com medo do futuro. Os funcionários contratados directamente pelos casinos-satélite, sem vínculo à concessionária, temem ser despedidos, enquanto os trabalhadores contratados pelas concessionárias terão de se adaptar a um novo ambiente de trabalho. Partindo do princípio que a maioria dos casinos-satélite está no ZAPE, o deputado realça também a capacidade que estes têm para desviar visitantes dos pontos turísticos com maior afluência de pessoas.
Lixo | Recolha nocturna procura minimizar impacto de ruído Hoje Macau - 4 Fev 2025 Os períodos de recolha de lixo vão ser optimizados, passando para a noite, revelou a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), em resposta a uma interpelação escrita por Ron Lam. A alteração consta do novo contrato de concessão de serviços de limpeza urbana, recolha e transporte de resíduos celebrado entre a RAEM e a CSR Macau – Companhia de Sistemas de Resíduos, Limitada, cujo acto público está marcado para 13 de Fevereiro. A título experimental, será realizada em algumas zonas da Taipa a recolha de resíduos durantes a noite, indicam as autoridades. A nova concessão, com duração de 10 anos, prevê também que “na aquisição de novos veículos, [a empresa] deve considerar prioritariamente veículos amigos do ambiente e de baixo ruído”. A DSPA refere também que “alguns dos veículos de recolha de resíduos existentes já foram substituídos por novos modelos híbridos com tecnologia de baixo ruído”. A renovação da frota de camiões de lixo, bem como a implementação da recolha nocturna, pretende responder a queixas da população para o barulho, mau cheiro e inconveniências de trânsito. Além disso, a DSPA salienta o aumento de contentores compactadores de lixo, que são actualmente 132 e em detrimento dos contentores de lixo de grande dimensão nas vias públicas, que passaram de 1.600 para 92.
Serviços Comunitários | Sam Hou Fai altera conselhos consultivos João Santos Filipe - 4 Fev 2025 Foram publicadas ontem no Boletim Oficial as novas constituições dos órgãos consultivos dos serviços comunitários, que ficam marcadas por várias entradas e algumas promoções Sam Hou Fai promoveu várias alterações na constituição dos Conselhos Consultivos dos Serviços Comunitários, que foram divulgadas em despacho publicado ontem no Boletim Oficial. Entre as alterações destaca-se a saída do macaense António de Jesus Monteiro, depois de ter cumprido dois mandatos no Conselho Consultivo da Zona Central. No Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Norte, a associação Aliança de Povo de Instituição de Macau, ligada à comunidade de Fujian, vê a influência reforçada com dois membros entres os três coordenador-adjuntos que auxiliam o presidente do Instituto dos Assuntos Municipais, Chao Wai Ieng, na organização das reuniões. O membro da associação Chan U Long vai cumprir o segundo mandato como coordenador-adjunto, ao qual se vai juntar Chan Ian Ian, da mesma associação, que era já era membro do conselho consultivo, mas é assim promovida a coordenadora-adjunta. Wong Chio U, ligado à Associação de Voluntários de Macau e Federação de Juventude de Macau, é igualmente promovido a coordenador-adjunto. A nível do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Norte, Sam Hou Fai optou por manter como membros Leong Lou Ian, Fu U On, Si Iat, Cheang Wai Sam, Loi Si Weng, Cheang Hoi Fai, Cheang Kai Lok, Lei Choi Hong, Chan Ka In, Kun Lai Ian, Zeng Zengwei, Kou Ka Lei, Luo Xiaoqing, Ho Wai San, Wang Guanxun e Ip Weng Hong. A nível de entradas, passam a integrar o conselho Lei Choi Fan, Lao Kei Fun, Lao Ka Kei, António Law Kit Son, Lam Hoi Leng, Lou Si Man, Wong Kuai Hou e Sio Hin Wa. Dever cumprido A nível do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, as alterações não se ficaram pela saída de António Jesus Monteiro. Para as posições de coordenadores-adjuntos, o Chefe do Executivo escolheu Chang Ka Wa, ligado aos Moradores de Macau, e Pui Seng In, que integra a Associação de Voluntários de Macau, sendo que ambos já integravam este órgão. Os dois promovidos juntam-se a Wu Hang Sang, ligada aos Operários de Macau, que se mantém como coordenadora-adjunta. Com as mudanças, deixa de haver macaenses neste conselho consultivo. Sam optou por manter Lam Wai Hou, Mok Chio Kuan, Lam Cheok Kai, Choi Tong, Kuan Im Kun, Carlos Kun Kim Hong, Leong Chon Kit, Ieong Chon, Tam Chan Lam, Lei Kit Ian e Yp Weng Keong. Como novos membros escolheu Chan Meng Kei, Lai Chon Tou, Chan Hio Teng, Leong Kim Kio, Wong Sok Kuan, Tam Chi Hou, Wong Chi Choi, Tam Nga Lei, Lao Sio Cheok, Si Tong Leong, Pun Sio Nam e Chan Tong Sut. Mudanças profundas Finalmente, no que diz respeito ao Conselho Consultivo de Serviços Comunitários das Ilhas, as mudanças ao nível dos coordenadores-adjuntos foram mais profundas, com as promoções dos membros Leong Chon Kit, chefia da Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau, Li Yongjian, associado dos Moradores de Macau, e Un Su Kei, dirigente da Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau. Além disso foram mantidos Si Lai Kuan, Lam Tsz Kwan, Fong Chi Kin, Flávio Sam, Chung Wai Hung, Lei Man Chong, Wong Chon Kit, Lau Nga Lok, Ha Chong Ieng e Vong Vai Tin. A nível das entradas, Sam Hou Fai escolheu como novos membros: Hoi Kit Leng, Leong Sai Kun, Chan Si Ian, Sou Man I, Cheong Meng Wai, Wong Wai Yip, Leong Meng Ian, Lam Cheng Teng, Vong Keng Hei, Chang Lei, Ieong Weng Kuong e Leung Sio Kei.
Macau Investimento e Desenvolvimento | Wu Jianfeng sai do Conselho de Administração Hoje Macau - 4 Fev 2025 Wu Jianfeng foi exonerado do cargo de presidente do Conselho de Administração da Macau Investimento e Desenvolvimento, de acordo com a informação publicada ontem no Boletim Oficial. O despacho do Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, começou a produzir efeitos a 20 de Janeiro, mas, de acordo com o portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP), ainda não foi nomeado qualquer substituto. Estava previsto que o mandato de Wu se prolongasse até Janeiro do próximo ano. A Macau Investimento e Desenvolvimento tem como objecto principal a concepção, gestão e exploração de espaços para empresas e entidades não empresariais, como acontece com o Parque de Medicina Tradicional Chinesa na Ilha da Montanha ou a Incubadora de Indústrias de Macau em Zhongshan. Apesar de ter sido exonerado da Macau Investimento e Desenvolvimento, onde tinha uma remuneração anual de 138 mil patacas, o mesmo despacho indica que Wu Jianfeng foi nomeado como administrador do Conselho de Administração da Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau, até 2 de Maio deste ano. Neste Conselho de Administração, Wu vai substituir Vong Sin Man, que foi exonerado a seu pedido, de acordo com o mesmo despacho do Chefe do Executivo.
DICJ | Lei Seak Chio nomeado subdirector Hoje Macau - 4 Fev 2025 Lei Seak Chio foi nomeado como subdirector da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), uma decisão que entra em vigor na próxima segunda-feira e vai vigorar pelo período de um ano. De acordo com o despacho publicado no Boletim Oficial, o secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip justificou a escolha por considerar que Lei tem “competência profissional e aptidão para o exercício do cargo de subdirector”. Lei Seak Chio é uma escolha exterior à DICJ, dado que desde 2005 desempenhava funções na Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), onde assumiu cargos como de adjunto-técnico, técnico superior, chefe funcional Grupo de Inspecção de Segurança e Saúde Ocupacional e de Investigação de Acidentes de Trabalho Graves da Divisão de Fiscalização de Riscos, chefe da Divisão de Fiscalização de Riscos e chefe do Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional, que actualmente mantém. A nível do currículo académico, Lei é licenciado em Gestão de Engenharia pela Universidade de Huaqiao e tem um mestrado em Administração Pública pelo Instituto Nacional de Administração da China. A DICJ tem actualmente como director Lio Chi Chong e como subdirector Chui Hou Ian.
Trabalho | Desemprego jovem e TNR preocupam Nick Lei João Luz - 4 Fev 2025 O desemprego jovem, a falta de segurança laboral e o aumento de trabalhadores não-residentes nos últimos anos são tarefas a resolver pelo novo Governo, de acordo com Nick Lei. O deputado pede mais oportunidades de emprego para jovens residentes nas indústrias-chave Apesar de o ano passado ter fechado com uma taxa de desemprego de 1,8 por cento, confortavelmente dentro das margens da definição de “Pleno Emprego”, Nick Lei encontra sinais de alerta nos dados oficiais, em especial no que diz respeito aos residentes mais novos. Numa interpelação escrita, o deputado da bancada parlamentar ligada à comunidade de Fujian começa por elogiar os esforços das autoridades, nomeadamente da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), com a implementação de feiras de emprego, programas de formação e estágios. Porém, Nick Lei recorda que no final do terceiro trimestre de 2024, apesar do Pleno Emprego, dois terços dos desempregados tinham idades compreendidas entre 16 e 44 anos. O conceito de Pleno Emprego designa situações quando todos os que estão legalmente autorizados a trabalhar conseguem encontrar emprego em pouco tempo e sem grande esforço. O deputado sublinha que os planos de vida e de carreira profissional dos jovens não são apenas importantes na esfera pessoal, mas também têm um impacto profundo no desenvolvimento sustentável da sociedade. Como tal, este é um tema que deve constar entre as prioridades do novo Governo. Nick Lei começa por sugerir o aumento de formações e estágios e mais oportunidades nas indústrias apontadas como prioritárias para a diversificação económica. A vida dos outros Outro dado estatístico onde Nick Lei gostaria de ver menos jovens é o subemprego. No terceiro trimestre de 2024, apesar de o número de pessoas subempregadas em Macau ter diminuído face ao trimestre anterior, ainda existiam 4.200 pessoas subempregadas, especialmente jovens com idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos, que representavam 32,3 por cento do total. O deputado cita ainda queixas de jovens que indicam que, apesar de estarem abertos a experimentar diferentes cargos e a ganhar experiência, não encontram estabilidade no mercado de trabalho, acabando por ficarem “agarrados” a trabalhos ocasionais ou em substituição. Nick Lei refere que esta situação despe os trabalhadores de direitos, pagos à hora, sem horários de trabalho, folgas semanais ou férias, e que estes casos acontecem inclusive em empresas que fornecem serviços à administração pública. Face a esta realidade, o deputado pede ao Governo para estabelecer padrões e condições em concursos de concessões ou em contratos com empresas privadas que defendam a estabilidade de emprego dos residentes. Nick Lei pergunta também ao Governo que planos tem para corrigir assimetrias no mercado de trabalho e se irá encorajar as grandes operadoras de jogo e lançar mais programas e estágios com oportunidades de emprego para jovens. Como não poderia deixar de ser, o deputado apontou baterias aos trabalhadores não-residentes (TNR), particularmente ao aumento desde 2022, numa altura em que a economia do território estava paralisada devido pandemia, levando à saída de Macau de muitos não-residentes, que inclusive não podiam entrar na RAEM depois de saírem do território. Após repetir que os TNR só devem ser contratados de forma complementar, quando não houver empregados locais para as vagas, Nick Lei pediu ao Governo para renovar a atenção para as práticas de contratação de TNR nas grandes empresas, em especial nos resorts integrados.
Estudo | Maior satisfação de vida associada a relações e dinheiro Andreia Sofia Silva - 4 Fev 2025 Um estudo que avalia a satisfação de vida em 65 países e regiões, incluindo China, Taiwan e Hong Kong, conclui que em todos os países a segurança financeira e ter uma relação amorosa são factores chave para a felicidade. Porém, durante a pandemia houve uma “grande variabilidade na satisfação global” O que é necessário para ter uma vida plena e com felicidade? A questão, que pode ter várias conotações e tendências espiritais, procurou ser respondida e quantificada pelos autores do estudo “Life satisfaction around the world: Measurement invariance of the Satisfaction With Life Scale (SWLS) across 65 nations, 40 languages, gender identities, and age groups” [Satisfação com a vida em todo o mundo: Invariância de medição da Escala de Satisfação com a Vida (SWLS) em 65 países, 40 línguas, identidades de género e grupos etários]. O estudo, editado recentemente pela revista académica “PLOS One”, partiu de análises feitas por dezenas de académicos e contribuidores em 65 países e regiões, incluindo a China, Taiwan e Hong Kong, o que perfaz 57 mil pessoas analisadas. Em termos gerais, os autores concluem que “em todos os países uma maior satisfação com a vida foi significativamente associada à segurança financeira e à existência de uma relação de compromisso ou casamento”. Desta forma, os resultados apontam que “uma maior satisfação com a vida está significativamente associada a uma maior segurança financeira e a qualificações educacionais mais elevadas (o que pode ser um indicador do estatuto socioeconómico, embora a dimensão do efeito desta relação específica fosse insignificante)”. Em termos gerais, “estes resultados são consistentes com as provas que indicam que a satisfação das necessidades humanas básicas e o bem-estar material é um forte – possivelmente o mais forte – preditor do bem-estar psicológico em geral e da satisfação com a vida especificamente”. É certo que os autores chamam a atenção para o facto de a ideia de bem-estar poder variar de país para país consoante a cultura das populações, mas os resultados “sugerem que, quando considerada ao nível do indivíduo, a associação entre a satisfação com a vida e os indicadores de bem-estar material parece ser relativamente robusta entre nações”. No tocante aos relacionamentos, as respostas penderam mais para a importância de não se estar só. “Verificámos que o estado civil estava significativamente associado à satisfação com a vida. Mais especificamente, verificámos que os inquiridos em relações de compromisso tinham maior probabilidade de relatar mais satisfação com a vida do que os não casados. Este resultado é consistente com a literatura mais alargada que mostra que o estado civil é um correlato robusto do bem-estar psicológico.” Porém, uma vida satisfatória não está directamente ligada exclusivamente a relações amorosas, podendo também ocorrer quando a pessoa tem uma vida social activa. “Tem sido sugerido que a formação e manutenção de relações sociais é fundamental para a promoção da satisfação com a vida, particularmente em culturas ou comunidades que enfatizam os valores familiares, porque satisfazem uma necessidade humana básica de pertença e são uma fonte de afirmação positiva”. Além disso, “reforçam comportamentos saudáveis e protegem contra o impacto de acontecimentos negativos”. Assim, o estudo considera ser “provável que as pessoas que vivem em relações de compromisso possam reportar um maior apoio emocional e integração social, o que, por sua vez, contribui de forma independente para a satisfação com a vida”. Os tempos covid-19 Se a socialização é tida como muito importante para uma vida satisfatória, como terá sido em tempos de covid-19, que obrigou a longos períodos de confinamento e isolamento? O estudo recorreu a critérios específicos e estatísticas para avaliar a questão, concluindo que houve “uma grande variabilidade na satisfação global com a vida no contexto da pandemia de covid-19. Os inquiridos no Canadá (francófono) e de Israel apresentaram as médias SWLS mais elevadas e os inquiridos no Japão e na Ucrânia a apresentarem as médias mais baixas”. Tendo em conta a grande dimensão da amostra, os resultados permitem concluir “que a satisfação com a vida variou substancialmente entre os grupos nacionais na altura da pandemia da covid-19″, embora, destacam os autores, “seja necessário ter cuidado ao interpretar as médias latentes” referidas no trabalho para não se avançarem com conclusões definitivas. Ainda assim, os académicos entendem que estes dados podem ser importantes para quando “profissionais e os decisores políticos tentarem compreender as diferenças na satisfação com a vida entre as nações”, além de ser uma “forma de apoiar melhor o bem-estar subjectivo na era pós-pandémica”. Destaque ainda para a menor satisfação de vida por parte dos grupos populacionais minoritários. “Verificámos que a identificação como parte de uma minoria racializada estava associada à menor satisfação com a vida. Embora este facto seja consistente com alguns trabalhos anteriores e reflicta provavelmente o efeito deletério das experiências de racismo na satisfação com a vida, é de notar que a dimensão do efeito desta relação foi insignificante.” Além disso, os autores destacam que “a urbanidade estava associada à satisfação com a vida de forma pouco significativa”, tendo sido avaliada se viver numa cidade ou outro contexto urbano mudava o nível de satisfação com a vida. Meios e fins Para se atingirem os dados da escala SWLS acima descritos, foi feito o “Inquérito sobre a Imagem Corporal na Natureza” (BINS, na sigla inglesa) por parte de 253 cientistas ou académicos dos 65 países envolvidos, que recolheram dados entre Novembro de 2020 e Fevereiro de 2022. No total, foram entrevistadas 56.968 pessoas, 58,9 por cento eram mulheres, 40,5 por cento homens e 0,6 por cento eram de outra identidade de género. Em termos de raça e etnia, a maioria, 74,2 por cento, “identificou-se como fazendo parte de uma maioria racializada”, enquanto 11,3 por cento “se identificou como fazendo parte de um grupo racializado ou étnico minoritário”. Em relação ao sítio onde vivem os participantes, 27 por cento disse viver numa capital, 13,7 por cento no subúrbio de uma capital, 25,1 por cento numa cidade de província, ou seja, com mais de 100 mil habitantes; enquanto 18,7 por cento disse residir numa cidade de província com mais de 10 mil habitantes. Apenas 15,5 por cento dos inquiridos vivia numa zona rural. Quanto às habilitações literárias, 33,5 por cento terminou o ensino superior, sendo que 42 por cento estavam solteiros e 19,5 por cento estavam numa “relação de compromisso, mas não eram casados”. Por sua vez, 33,5 por cento eram casados. Relativamente à segurança financeira, 24,9 por cento dos participantes referiram sentir-se menos seguros do que outros da sua idade no seu país de residência, enquanto 49,6 por cento disseram sentir-se “igualmente seguros” e 25,5 por cento consideraram estar “mais seguros”. Os dados do inquérito permitiram aos autores do estudo “examinar as associações entre a satisfação com a vida e as principais variáveis sociodemográficas ao nível do indivíduo”. Foram avaliados factores como “satisfação com a vida”, “segurança financeira” e “urbanidade”, em que os participantes preencheram a SWLS utilizando uma escala de resposta de 7 pontos, em que 1 ponto representava a opinião “discordo totalmente” e 7 pontos “concordo totalmente”. Foram também avaliados dados demográficos como a idade, educação, estado civil ou a raça. No que respeita à China, o país é dividido entre “China – Cantonês”, “China – Inglês” e “China – Mandarim”. No caso da “China – Cantonês”, respeitante a Hong Kong, responderam 409 pessoas, com 58 por cento de mulheres e apenas dois por cento dos inquiridos pertencentes a uma minoria racial. A totalidade dos participantes vive em contexto urbano, enquanto 96 por cento terminou o ensino secundário ou superior. Dos inquiridos, apenas dois por cento diz estar num relacionamento, seja ou não casamento. No caso da “China – Mandarim” participaram 1,231 pessoas, 69 por cento das quais mulheres, em que 95 por cento reside em zonas urbanas. 86 por cento dos inquiridos tem um compromisso ou relacionamento.
EUA | Canadá impõe taxa de 25% aos produtos norte-americanos Hoje Macau - 3 Fev 2025 O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou que o Canadá vai retaliar às taxas aduaneiras de 25 por cento impostas pelos Estados Unidos e aplicar a mesma tarifa aos produtos norte-americanos. Trudeau disse no sábado que taxas sobre 30 mil milhões de dólares de frutas e bebidas alcoólicas norte-americanas entrarão em vigor amanhã, no mesmo dia em que as tarifas dos EUA entram em vigor. O Canadá irá gradualmente “impor taxas alfandegárias de 25 por cento sobre os produtos americanos, totalizando 155 mil milhões de dólares canadianos” [102 mil milhões de euros], anunciou. Num discurso aos canadianos, o chefe do Governo do Canadá dirigiu-se também à população dos Estados Unidos. “Isto terá consequências reais para vocês, o povo norte-americano”, disse Trudeau, acrescentando que isso resultaria em preços mais elevados, nomeadamente no caso de bens essenciais. O primeiro-ministro disse que muitos canadianos se estavam a sentir traídos pelo país vizinho e aliado de longa data, lembrando aos norte-americanos que as tropas canadianas lutaram ao seu lado no Afeganistão. “As acções tomadas hoje [sábado] pela Casa Branca separaram-nos em vez de nos unirem”, disse Trudeau, alertando em francês que isso poderia trazer “tempos sombrios” para muitas pessoas. A mensagem surgiu pouco depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva para a aplicação de taxas aduaneiras aos produtos provenientes do Canadá, do México e da China, a partir de 4 de Fevereiro. A decisão foi vista pelo Canadá como uma declaração de guerra comercial. Os analistas salientaram que, se as tarifas se mantiverem em vigor, o Canadá poderá entrar em recessão dentro de seis meses. Plano em acção O decreto presidencial de Trump determina a imposição de tarifas de 10 por cento à China, de 25 por cento ao México e de 25 por cento ao Canadá, excepto no petróleo canadiano, que terá tarifa de 10 por cento. De acordo com a Casa Branca, a ordem também inclui um mecanismo para aumentar as taxas aduaneiras em caso de retaliação destes países – os três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e que no total representam mais de 40 por cento das importações do país. Trudeau disse também que já falou com a Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e que o Canadá e o México estão a trabalhar em conjunto para responder à decisão de Trump. O chefe do Governo do Canadá tinha anteriormente prometido uma resposta determinada e enérgica, mas razoável à imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos.
Foi só o primeiro André Namora - 3 Fev 2025 Quem decide ser político tem de se compenetrar que tem de ser sério, competente, incorruptível e servir o povo com honestidade. Não cumprindo este desiderato passa a ser apenas mais uma pessoa que não cumpre o que jurou em cerimónia de posse. Passa a ser um cidadão desconsiderado e fragilizado perante os portugueses para continuar a exercer a sua função de ministro, secretário de Estado, deputado ou autarca. Na semana passada, depois de vários “casos e casinhos”, idênticos ao que o PSD acusava o Governo de António Costa, tais como o que aconteceu no INEM e em certos casos de autarcas da AD que pediram a demissão, agora, este Governo de Luís Montenegro foi confrontado com a primeira demissão de um dos seus membros em apenas um ano em funções. O secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, apresentou o pedido de demissão. Por alegadamente ser suspeito de fraudes antigas e recentes. Aconteceu que este senhor já há muito estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia por alegadas irregularidades cometidas durante o seu mandato como presidente da Câmara Municipal de Bragança, incluindo suspeitas de recebimento de contrapartidas indevidas. Não atendendo à gravidade da situação aceitou ser governante com o pelouro que recentemente definiu a nova Lei dos Solos. Hernâni Dias, chico-esperto, apressou-se a criar duas empresas de imobiliário e de construção de imóveis. Então, o governante passando a ter conhecimento de quais os terrenos rústicos pelo interior do país foi fundar duas empresas que poderiam concorrer à obtenção de terrenos que viessem a ser transformados em construção de imóveis? Grande visão de “estadista”… Hernâni Dias pediu a demissão e o primeiro-ministro aceitou de imediato. Diz o povo que não há fumo sem fogo e na verdade a polémica instalada tem razão de ser porque a incompatibilidade em causa é descarada. Hernâni Dias tem negado qualquer ilegalidade, garantindo que sempre actuou “com total transparência” e que está disposto a colaborar com as investigações em curso. “Na vida política há que ter a hombridade de assumir decisões”, declarou, sublinhando que a sua continuidade no cargo poderia prejudicar o trabalho do Governo. Estas declarações só nos dão vontade de rir. Transparência? Muitíssima, se atendermos à investigação da Procuradoria Europeia e à criação de duas empresas enquanto governante relacionadas com imóveis possíveis de virem a ser construídos em locais que o próprio Hernâni Dias passou a ter conhecimento no âmbito da nova Lei dos Solos. A ironia ainda é maior quando afirma que é preciso ter “hombridade de assumir decisões”. Decisões? Que saibamos as suas decisões foram ter recebido contrapartidas como autarca e criar empresas de imobiliário depois de saber o conteúdo da nova Lei de Solos. A sua decisão de se demitir apenas surge na sequência de notícias que indicam para um possível conflito de interesses devido à alegada criação de empresas que poderiam beneficiar das alterações legislativas promovidas pelo seu Ministério. Clarinho, como água. O secretário de Estado demitiu-se porque sabe que está sob suspeita e a ser investigado. O resto são tretas. O país não pode ser governado por gananciosos. Por indivíduos que colocam os seus interesses acima dos interesses do povo e que apenas se servem dos cargos estatais para cambalachos que os enriquecem ilegalmente. Há décadas que assistimos a casos destes e nem assim terminam as opções pela irregular função de servidor do Estado. A triste risota torna-se mais substancial quando Hernâni Dias justificou à agência Lusa que a sua saída foi um “acto de responsabilidade” para garantir a estabilidade do Governo e preservar a imagem do primeiro-ministro… Acto de responsabilidade? Nós chamaremos ao acto, uma obrigatoriedade de sair pela porta dos fundos cheio de vergonha. Como agravante, o ex-secretário de Estado ainda teve o desplante de se atirar contra os órgãos de comunicação social alegando que tem estado em curso uma campanha de “desinformação”… Desinformação? Então, o que se passa na Procuradoria Europeia é desinformação? As empresas de imobiliário criadas por si, na qualidade de governante, são desinformação? Realmente, os jornalistas são uns malandros que divulgam cada verdade… E estamos certos que esta demissão foi apenas a primeira num Governo onde as ministras da Saúde e da Administração Interna há muito já deviam ter pedido a demissão dos cargos, por indecente e má figura. Num Governo onde um advogado ligado ao negócio imobiliário é que foi contratado como consultor jurídico na elaboração da nova Lei dos Solos… Acrescente-se, que fontes credíveis adiantaram-nos que por ter sido a RTP a divulgar o caso das empresas criadas pelo governante, que a RTP será alvo de privatização mais depressa do que estava planeado. Se assim acontecer, estamos perante mais um caso de vingança servida friamente, porque com uma RTP privatizada não podemos pensar que a liberdade de informação irá continuar… A mesma RTP também avançou que uma das sociedades de imobiliário foi constituída em conjunto com a mulher e filhos do governante em causa, enquanto a segunda empresa tem como sócio uma menor de idade… Tudo “transparente”, como referiu o ex-governante. E é assim, que este nosso Portugal continua a ser governado, sempre com a capa de possíveis suspeitas, acusações, julgamentos e recursos atrás de recursos judiciais. Ai, Portugal, Portugal…
Cinema | “Hanami” de Denise Fernandes vence prémio em festival de Gotemburgo Hoje Macau - 3 Fev 2025 O filme “Hanami”, da realizadora portuguesa Denise Fernandes, foi distinguido sábado com o prémio Ingmar Bergman no Festival de Cinema de Gotemburgo, na Suécia. De acordo com a organização, “Hanami” venceu aquele prémio internacional, destinado a primeiras obras, integrando uma selecção de oito candidatos da qual fazia ainda parte “On Falling”, de Laura Carreira. “Hanami” é uma primeira longa-metragem de Denise Fernandes, foi rodada na ilha do Fogo, em Cabo Verde, e o elenco integra maioritariamente não-actores, na sua primeira experiência em cinema, explica a produtora portuguesa O Som e a Fúria. Denise Fernandes, que nasceu em Lisboa, filha de pais cabo-verdianos, e cresceu na Suíça, aborda em “Hunami” as etapas e dores do crescimento de uma menina, desde que está na barriga da mãe até à adolescência. “Quando eu era criança, reparei que Cabo Verde, por ser muito pequeno, era muitas vezes omitido dos mapas e dos globos. Crescendo na Europa, tinha a sensação de vir de um país que não existia fora das paredes da minha casa. Para o tornar visível, fiz de Cabo Verde e dos seus habitantes o tema central da minha primeira longa-metragem”, explicou Denise Fernandes em nota de intenções. O elenco integra Sanaya Andrade, Daílma Mendes, Alice da Luz, Nha Nha Rodrigues, João Mendes e Yuta Nakano. “Hanami” conquistou em 2024 o prémio revelação no festival de cinema de Locarno (Suíça). Desde então, o filme já foi seleccionado para vários festivais e tem conquistado outros prémios, nomeadamente em Chicago (Estados Unidos) e São Paulo (Brasil). Anteriormente, Denise Fernandes fez as curtas-metragens “Nha Mila” (2020), “Idyllium” (2013), “Pan sin mermelada” (2012) e “Una notte” (2011). De acordo com a produtora O Som e a Fúria, “Hanami” vai estrear-se nas salas de cinema da Suíça – país coprodutor – a 19 de Março e chega aos cinemas portugueses a 15 de Maio. A 48ª. edição do Festival de Cinema de Gotemburgo terminou ontem.
“Glow Shenzhen”| Projecto “Icy Fire” distinguido em festival Hoje Macau - 3 Fev 2025 Chama-se “Icy Fire” e é uma instalação de videoarte generativa da autoria de Lampo Leong, académico da Universidade de Macau, e de Yanxiu Zhao, que acaba de ganhar a medalha de ouro no Festival “Glow Shenzhen”. Dedicado à arte feita de luzes, este festival da vizinha cidade chinesa contou com 209 projectos Lampo Leong, docente da Universidade de Macau (UM), e há muito dedicado ao campo das artes, acaba de ganhar o “Prémio Medalha de Ouro” com o projecto “Icy Fire” feito em parceria com o aluno de doutoramento Yanxiu Zhao. “Icy Fire”, uma instalação de videoarte generativa, com recurso a tinta digital, fez parte do Festival de Arte Luminosa “Glow Shenzhen”, que contou com um total de 209 projectos de arte pública espalhados por toda a cidade, criados por artistas e diversos estúdios de arte a nível internacional. Desta forma, o projecto de Lampo Leong e Yanxiu Zhao destacou-se, a começar pelo seu tamanho: “Icy Fire” trata-se de uma instalação de videoarte geradora de tinta digital com 7,5 metros por 4 metros por 4,8 metros. Trata-se ainda de uma obra constituída por um grande painel LED de alta definição e várias paredes, tecto e chão espelhados. Segundo um comunicado da UM, esta obra revela-se “única na sua criatividade e conceito”, tendo sido “realizada com tinta contemporânea sobre papel, software gerador de tinta digital e tecnologia de IA [inteligência artificial]”. Essencialmente, é um projecto que retrata “o processo de derretimento dos glaciares através de salpicos de tinta”, com uma “linguagem artística da abstração geométrica e um gradiente de cores que muda do frio para o quente”. A instalação combina ainda elementos como som, vídeo digital e “ambientes de exposição imersivos”, a fim de permitir ao público “experimentar e apreciar a inovação e o desenvolvimento da arte clássica da tinta chinesa na era digital e da IA”, com ligação também ao tempo da “urgência da protecção ambiental”. Reconhecimento global Lampo Leong, o principal criativo por detrás deste projecto vencedor, está ligado ao Centro de Artes e Design da UM, tendo sido professor visitante da Academia de Belas Artes de Guangzhou. O docente já conta com diversas obras seleccionadas para mais de 450 exposições de arte nacionais ou internacionais com curadoria ou júri e mais de 115 prémios, incluindo o “Red Dot Award: Best of the Best”, “Prémio de Ouro” no American Good Design, “Prémio de Ouro” no Concurso Internacional de Arte “Creative Quarterly” em Nova Iorque e o Fundo Nacional de Artes da China. As suas obras estão alojadas em mais de dez colecções de museus, incluindo o Cantor Arts Center da Universidade de Stanford, o Minneapolis Institute of Arts e o Museu de Arte de Macau, e foram apresentadas nas capas de publicações como “New Art International” em Nova Iorque, “Creative Genius: 100 Contemporary Artists” em Londres e “Art Frontier” nos Estados Unidos. Relativamente à edição deste ano do “Glow Shenzhen”, o tema foi “Iluminação Infinita”, tendo decorrido numa localização principal e em mais 29 espaços escolhidos para a apresentação das obras. O projecto de Macau ficou instalado na zona principal da exposição, bem perto do hotel Mandarin Oriental de Shenzhen. O público pode ver esta obra até ao dia 16 de Fevereiro deste ano, sendo que, até à data, esta instalação imersiva “atraiu muitos visitantes e foi elogiada pelo seu impressionante efeito artístico”, revela-se no mesmo comunicado.
Washington | Pequim apresenta condolências após acidente aéreo que matou 67 pessoas Hoje Macau - 3 Fev 2025 A China apresentou sexta-feira condolências aos Estados Unidos pelo desastre aéreo que matou 67 pessoas, incluindo dois cidadãos chineses, em Washington, quando um avião civil colidiu com um helicóptero militar norte-americano. De acordo com as “verificações iniciais”, dois cidadãos chineses ” infelizmente morreram no acidente”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. “A China solicitou às autoridades norte-americanas que informem atempadamente o progresso das operações de busca e salvamento e determinem prontamente as causas do acidente”, acrescentou o porta-voz, citado pela televisão estatal CCTV. O acidente ocorreu quando um helicóptero militar, com três pessoas a bordo, e um avião comercial Bombardier CRJ700 da American Eagle (subsidiária regional da American Airlines), com 60 passageiros e quatro tripulantes, colidiram na quarta-feira por volta das 20:48 de quarta-feira, quando este último se aproximava do Aeroporto Ronald Reagan, em Washington. As autoridades afastaram a possibilidade de haver sobreviventes do acidente aéreo, o mais mortífero nos Estados Unidos desde 2001. Entre os passageiros estavam vários patinadores artísticos e treinadores americanos, bem como os russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, campeões mundiais de patinagem em dupla de 1994. As duas caixas negras do avião, o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo, foram recuperadas pelos investigadores, revelaram na quinta-feira fontes anónimas à CBS News e à ABC News. Os investigadores do acidente aéreo referiram na quinta-feira que esperam ter conclusões preliminares dentro de 30 dias sobre as causas do acidente. A directora do NTSB, Jennifer Homendy, sublinhou a necessidade de não especular sobre as causas do acidente. Esta posição contrasta com a postura do Presidente norte-americano Donald Trump, que numa conferência de imprensa na Casa Branca disse não saber os motivos, mas deu a entender que o piloto do helicóptero era o culpado.
Pequim constrói centro de comando militar 10 vezes maior que o Pentágono Hoje Macau - 3 Fev 2025 O jornal britânico Financial Times (FT) avançou na passada sexta-feira que a China está a construir, a oeste da capital, um complexo militar 10 vezes maior do que o Pentágono, o Departamento da Defesa dos Estados Unidos. De acordo com imagens de satélite e análises de inteligência divulgadas pelo jornal, as obras começaram em 2024, a cerca de 30 quilómetros a sudoeste de Pequim e estendem-se por uma área de mais de seis quilómetros quadrados, o que o tornaria o maior centro de comando militar do mundo. As fotos apontam ainda para a existência de fossos profundos na zona, que, de acordo com especialistas, demonstram a construção de grandes bunkers reforçados que poderão albergar os líderes chineses em caso de conflito, incluindo uma hipotética guerra nuclear. “A análise das imagens sugere a construção de várias possíveis instalações subterrâneas ligadas por passagens, embora sejam necessários mais dados e informações para avaliar completamente esta construção”, explicou o analista Renny Babiarz, da empresa AllSource Analysis. O FT referiu que junto ao local há placas a proibir tirar fotografias ou a operação de drones, embora não haja uma presença militar visível nem qualquer menção ao projecto na Internet. Um antigo oficial dos serviços de informação dos EUA, não identificado, disse ao FT que a actual sede do exército chinês, situada no centro de Pequim, é relativamente moderna, mas não foi concebida para actuar como centro de comando seguro. “O principal centro de comando seguro (…) foi construído há décadas, no auge da Guerra Fria. A dimensão, a escala e as características parcialmente subterrâneas da nova instalação sugerem que irá substituir a [actual sede] como principal centro de comando em tempo de guerra”, disse a mesma fonte. Preparados para tudo Dennis Wilder, antigo analista da principal agência de inteligência norte-americana, a CIA, para a China, disse que “a confirmar-se, este novo bunker de comando subterrâneo avançado para líderes militares (…) sinaliza a intenção de Pequim de construir não só forças [armadas] convencionais de classe mundial, mas também a capacidade avançada de travar uma guerra nuclear”. O FT recordou que, de acordo com os serviços de informação dos EUA, o exército chinês está a desenvolver novas armas e projectos tendo como meta o seu centenário, em 2027.
Fundador da DeepSeek recebido como herói na sua cidade natal Hoje Macau - 3 Fev 2025 O fundador da DeepSeek foi recebido como um herói na sua cidade natal, na província de Guangzhou, no sul da China, durante as férias do Ano Novo Lunar, revelaram no sábado a imprensa e as redes sociais do gigante asiático. Liang Wenfeng, um empresário com 40 anos, descrito como a “nova cara” da Inteligência Artificial (IA) na China, regressou nos últimos dias a Mililing, na cidade portuária de Zhanjiang, onde foi erguida uma faixa vermelha na qual se afirma que o empresário é um “orgulho” para a região. A cidade natal de Liang tornou-se também uma atracção turística durante as férias do Ano Novo Lunar, em que os chineses aproveitam a principal época festiva para visitar as suas cidades natais ou fazer turismo, segundo a rede social chinesa Weibo. Outros meios de comunicação social, como o Yangcheng Evening News, de Cantão, referem que Liang era “um homem talentoso” e que “aprendeu matemática no liceu quando ainda estava no terceiro ano”. Dizem também que a cidade está “honrada” com o sucesso da Deepseek, que nos últimos dias causou um terramoto no sector tecnológico com o sucesso do seu último modelo de IA. Ascenção súbita Liang, nascido em 1985, deixou Cantão para estudar na província oriental de Zhejiang, onde se dedicou ao campo da visão por computador, um segmento da IA. Em 2015, cofundou a High-Flyer Quant e, em 2023, a DeepSeek, que nas últimas semanas causou uma grande agitação após o lançamento do seu modelo V3, que terá levado apenas dois meses a desenvolver e custou menos de seis milhões de dólares. A 20 de Janeiro lançou o R1, que nos últimos dias teve um elevado número de descargas em todo o mundo. Na semana passada, um grupo de especialistas de vários sectores, como a tecnologia, a educação, a ciência, a cultura, a saúde e o desporto, reuniu-se em Pequim com o primeiro-ministro, Li Qiang, para dar opiniões e sugestões, sendo que Liang foi o único emissário dedicado à IA, demonstrando que as autoridades chinesas estão atentas ao fenómeno. Perante a rivalidade tecnológica com os EUA, Pequim identificou a IA como uma prioridade, um mercado que poderá atingir uma avaliação de cerca de 5,6 mil milhões de yuans no gigante asiático até 2030.
Comércio | Pequim promete responder a novas tarifas dos EUA Hoje Macau - 3 Fev 2025 Trump cumpre promessas eleitorais e dispara em várias direcções. Peqim promete resposta pronta à imposição de tarifas de 10 por cento e, além de apresentar queixa na OMC, alerta que as guerras comerciais não beneficiam ninguém A China prometeu ontem retaliar contra as novas tarifas dos Estados Unidos sobre os produtos chineses, impostas pelo novo Presidente norte-americano Donald Trump, e reafirmou que as guerras comerciais “não têm vencedores”. Horas antes, Trump assinou uma ordem executiva para a aplicação de taxas aduaneiras aos produtos provenientes do Canadá, do México e da China, a partir de 4 de Fevereiro. O comércio entre os Estados Unidos e a China representou cerca de 500 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2024, mas o balanço é amplamente desfavorável aos Estados Unidos, com um défice de cerca de 260 mil milhões de euros, segundo dados de Washington. “A China está fortemente insatisfeita e firmemente contra” as tarifas, disse o Ministério do Comércio chinês, em comunicado, anunciando “medidas correspondentes para proteger resolutamente os direitos e interesses” chineses. “Não há vencedores numa guerra comercial ou tarifária”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, noutro comunicado. Pequim anunciou que vai apresentar uma queixa contra Washington junto da Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo que chamou de “imposição unilateral de taxas alfandegárias em grave violação das regras da OMC”. Estes impostos “não só são inúteis para resolver os problemas dos Estados Unidos, como também prejudicam a cooperação económica e comercial normal”, denunciou o Ministério do Comércio. O decreto presidencial de Trump determina a imposição de tarifas de 10 por cento à China, de 25 por cento ao México e de 25 por cento ao Canadá, excepto no petróleo canadiano, que terá tarifa de 10 por cento. Realidade distorcida Trump tinha vindo a ameaçar a imposição de tarifas para garantir uma maior cooperação dos países para impedir a imigração ilegal e o contrabando de produtos químicos usados para fazer fentanil, um poderoso opiáceo que está a causar estragos nos Estados Unidos. O documento não só acusa a China de passividade no tráfico de droga para os Estados Unidos, mas vai mais longe e disse que o país asiático “apoia e expande activamente o negócio da droga “para envenenar” os norte-americanos. “A China espera que os Estados Unidos analisem e lidem com problemas como o fentanil de forma objectiva e racional, em vez de ameaçar constantemente outros países com tarifas”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Pouco antes, também a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciaram, em retaliação, a imposição de taxas aduaneiras aos produtos vindos dos Estados Unidos. De acordo com a Casa Branca, a ordem também inclui um mecanismo para aumentar as taxas aduaneiras em caso de retaliação do México, Canadá ou China – os três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e que no total representam mais de 40 por cento das importações do país.
2025 YiSi (乙巳) Ano da Serpente Verde José Simões Morais - 3 Fev 2025 A China, com existência há setenta e oito ciclos, cada um de 60 anos, em 2025 apresenta o número 42 a corresponder a Yisi (乙巳), Serpente Verde. O ano lunar começa a 29 de Janeiro e terminará a 16 de Fevereiro de 2026 e para o Feng Shui inicia-se às 22h10m13s do dia 3 de Fevereiro, quando se celebra o Princípio da Primavera (Lichun). Ao contrário do ano anterior, sem nenhum Lichun, neste comemoram-se dois, sendo o segundo devido ao duplo sexto mês lunar, contando o ano com 384 dias. No Caule Celeste (Tian Gan, 天干) o Elemento Yi (乙), Madeira yin, e no Ramo Terrestre (Di Zhi, 地支) Si (巳, serpente) Elemento Fogo yin, direcção Sul. Encontrando-se em cima Yi (乙) Madeira yin tem o Elemento Fogo (Si, 巳) por baixo e como Madeira faz crescer o Fogo, o Fogo vai ser alimentado e ficar muito forte, e ainda mais nutrido ao juntar-se o gua Li (离, Fogo) do período 9 [de vinte anos iniciado em 2024 e a terminar em 2043]. Com início no Lichun de 2025 entra-se num período de três anos cujo Elemento dominante é o Fogo. Em 2026, ano Bingwu (丙午), tanto no Caule Celeste como no Ramo Terrestre tem o Elemento Fogo yang e por isso chamado Ano do Cavalo Vermelho. Já em 2027, Dingwei (丁未) é Fogo yin e daí denominado por Carneiro Vermelho. Fogo representa guerra, vulcões, terramotos, tempestades e ligações ao Elemento Metal, [derretido pelo Fogo], acidentes de aviação e de viação. Para a saúde, o Fogo provoca ataques de coração (pois este é Elemento Fogo) e problemas de pulmões (Elemento Metal), sendo estes os principais órgãos afectados este ano. Como Fogo derrete o Metal, a Europa (situada na direcção Oeste, Elemento Metal) irá sofrer mais, mas Portugal envolto por Água consegue equilibrar e controlar a intensidade do Fogo. Já quanto ao Ramo Terrestre (Di Zhi, 地支) Si (巳), Elemento Fogo yin e direcção Sul, reconhecido pelo ano da Serpente, simbólico animal cujo nome comum é shé (tsz, 蛇), representa para este ano, o desviar-se do caminho normal. Não segue as regras. É também muito flexível e tem a sensibilidade para esperar para agir no momento correcto. O ano Yisi (乙巳), Madeira yin, Fogo yin, será financeiramente bom pois as ondas provocadas levam a grandes negócios, sobretudo os relacionados com produtos de madeira, farmacêuticos, culturais e de agricultura. As pessoas gostam de fazer investimentos como num jogo e rapidamente ganham ou perdem tudo. ROTAÇÃO DOS CINCO PLANETAS Para 2025, o gua Fogo Li (离) do período 9, iniciado no ano passado por vinte anos, significa separação e com uma forte ligação ao planeta Mu Xing (木星, Júpiter) vai continuar a actuar na Terra, activando sismos, erupções vulcânicas e tempestades. Será um ano anormal devido à mudança de sentido na rotação de sete planetas, que num certo período giram em sentido oposto ao normal, num movimento retrógrado aparente, pois do “ponto de vista da Terra parecem parar brevemente e reverter o sentido do movimento em determinados momentos, embora na realidade eles orbitem no mesmo sentido em torno do Sol”, segundo informação na Wikipédia explicado no artigo . Assim Huo Xing (火星, Marte, a estrela do Fogo, direcção Sul) já começou a rodar no sentido oposto (num movimento retrógrado aparente) no dia 7 de Janeiro de 2025 e assim continuará até 18 de Abril. Será um período de enormes problemas com incêndios e outras calamidades naturais, ligadas ao Elemento Fogo. Essa rotação invertida ocorre também a Jin Xing (金星, Vénus, a estrela do Metal, direcção Oeste) entre 28 de Março a 30 de Abril. O planeta Vénus está ligado às Finanças e quando no período entre 28 de Março a 18 de Abril, Huo Xing e Jin Xing, se sobrepõe ambos com a rotação invertida, ocorrerão grandes ondas na Economia mundial e os mercados financeiros [Bolsa de Valores e o câmbio de moedas] sofrerão com grande turbulência, num prenúncio de Crise Financeira. Todos os restantes cinco planetas que se seguem mudam o sentido do rodar no segundo semestre do ano: Tu Xing (土星, Saturno a estrela da Terra, direcção Centro), ligado com a geologia e agricultura, no período de 1 de Setembro de 2025 até meados de Fevereiro de 2026 irá afectar os terrenos e criar novas morfologias, provocadas por tsunamis. Muita terra ficará inundada e em outras partes sofrerá severas secas. Na meteorologia, quando é necessário frio, está calor, quando é preciso chuva, o Sol intenso brilha, a afectar a agricultura, a levar à falta de comida. Já os restantes planetas que de um movimento progressivo passam a circular no outro sentido, num movimento retrógrado aparente, oposto ao até então, são Shui Xing (水星, Mercúrio, estrela da Água, direcção Norte); Tian Wang Xing (天王星 Urano); Hai Wang Xing (海王星, Nepturno); Ming Wang Xing (冥王, Plutão). Estas mudanças colocam as pessoas a tomar decisões com a cabeça quente, sem pensarem nos problemas que podem criar. Outubro será um mês negro devido ao que poderá ocorrer, esperemos não ser o início de uma nova guerra. ALERTA PARA O DEVIR Para este ano se pode ser espectador, não seja actor. O Elemento Madeira representa cultura, sendo o único tema para relaxar o coração. Com as mudanças climáticas a elevarem os poderes dos Elementos, tudo chega com grande intensidade levando a grandes desastres. Após o clima, a guerra mundial espera apenas um estalar de dedos para aparecer, tornar-se realidade e explodir. As pandemias espreitam e estão prontas a atacar. Tudo está sobre grande pressão e em extremos, a economia ajudará alguns e muitos ficarão de fora, devido ao preço inflacionado ou desvalorizado do trabalho. Só agora se chega à consciência de já estarmos no terceiro milénio. O ano de 2025 colocará medo nas pessoas e com essa tensão as loucuras da alma do Fogo surgirão, elemento que será perpetuado nos dois anos seguintes. Na visão geral para 2025 este será um ano difícil, mas é apenas um aviso do que virá em 2026. No Yi Jing corresponde ao hexagrama 49, Ge (hua) antigamente a pele dos animais já sem pêlos e o actual significa e aparece a edificar um novo sistema possivelmente através de uma Revolução (a significar remoção daquilo que se tornou antiquado). Água e Fogo extinguem-se mutuamente. Tai Sui O Deus do Ano (Tai Sui) de 2025 é o General Wu Sui. Nascido na província de Anhui foi magistrado da dinastia Song e ficou conhecido pela sua inteligência, compaixão e capacidade de resolver com a agudeza das suas análises casos muito complexos. Tal levou a ser promovido em 1240 a Governador do concelho de Xiuning em Anhui. Devido a uma seca extrema na região, passou três dias e noites no templo Seng Vong (Cheng Huang) a orar por chuva, sendo os seus pedidos atendidos. A chuva apareceu, mas apenas na sua região pois à volta a seca era devastadora havendo muita fome e enormes incêndios, levando o caos a essas zonas e apenas o território onde governava tinha paz e estabilidade. Era uma ilha e tendo o general organizado tudo, a região não caiu no caos havendo harmonia na população ao contrário dos outros lugares onde dominavam as pilhagens e só da área do Huaihe para ali fugiram 400 mil pessoas. Com o General Wu Sui como Tai Sui de 2025, este ano traz mudanças relacionadas com as fontes de conflito potencializados por desastres naturais e por violentas discussões, hostilidades e tensões intensificadas pela estrela voadora 3 Jade (San Bi) a poderem terminar em tribunal.
Aeroporto | Zona de controlo de segurança será alargada Hoje Macau - 3 Fev 2025 A área de controlo de segurança do Aeroporto Internacional de Macau será expandida e as obras devem estar concluídas no terceiro trimestre deste ano, segundo informações reveladas pelo representante do departamento de operações do aeroporto, Chan Chan Keong. Em declarações prestadas ao canal chinês da Rádio Macau, o responsável indicou que, hoje em dia, o controlo de segurança no aeroporto tem capacidade para tratar por hora cerca de 1.400 passageiros que saem de Macau, durante o período de maior movimento. Após a conclusão das obras de alargamento, Chan Chan Keong estima que possam ser processados mais 200 passageiros por hora. A expansão irá arrancar após os feriados no Ano Novo Lunar, que terminam amanhã, e irá acrescentar um novo posto de controlo de segurança, equipamentos de rastreio de segurança inteligente e dois canais de controlo de segurança (aos actuais seis). Durante os feriados do Ano Novo Lunar, a aeroporto de Macau tem tratado entre 1.200 e 1.400 passageiros por hora.
Metro Ligeiro | Janeiro bate recorde de passageiros Hoje Macau - 3 Fev 2025 O Metro Ligeiro de Macau registou, em média, cerca de 25.300 passageiros por dia em Janeiro, o número mais elevado desde que o meio de transporte começou a cobrar tarifas, disse ontem a operadora. De acordo com dados da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, a média de passageiros aumentou 9,5 por cento, em comparação com Dezembro, e subiu 80,7 por cento em relação ao registo de Janeiro de 2024. O Metro Ligeiro foi inaugurado a 10 de Dezembro de 2019 e esse mês continua a deter o recorde, com uma média diária de 33 mil passageiros, sendo que nessa altura as viagens eram gratuitas. Em Fevereiro de 2020, com o início da cobrança de tarifas e a detecção dos primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus em Macau, a média diária de passageiros caiu para 1.100. O Metro Ligeiro voltaria a registar este valor mínimo em Julho de 2022, mês em que a cidade esteve em confinamento durante duas semanas devido a um surto de covid-19. O novo recorde foi atingido num mês que coincidiu com parte da chamada ‘semana dourada’, um período de dez dias de feriados no Interior da China a propósito do Ano Novo Lunar, que este ano calhou a 29 de Janeiro.
Demografia | Governo prevê menor número de nascimentos em duas décadas Hoje Macau - 3 Fev 2025 O subdirector dos Serviços de Saúde previu que este ano nasçam em Macau menos de 3.500 bebés, o mais baixo registo desde 2004. Kuok Cheong U afirmou ainda esperar que a taxa de natalidade “continue a cair” De acordo com o canal em chinês da Rádio Macau, o subdiretor dos Serviços de Saúde Kuok Cheong U deu conta do registo de 284 recém-nascidos nos dois hospitais do território até segunda-feira, menos 17 do que no mesmo período de 2024. Após visitar os primeiros bebés nascidos no Ano Lunar da Serpente, que começou na quarta-feira, o dirigente disse esperar que a taxa de natalidade “continue a cair” e acrescentou que “já será bom” se o número de nascimentos atingir 3.500. Caso a previsão de Kuok seja certeira, este será o ano menos fértil desde 2004, quando a cidade registou 3.308 nascimentos. De acordo com dados oficiais, em 2023 registaram-se 3.712 nascimentos em Macau, menos 43,5 por cento do que há 10 anos (6.571) e longe do máximo de 7.913 fixado em 1988, que foi um Ano Lunar do Dragão. Considerado um símbolo da realeza, fortuna e poder e única figura mítica entre os 12 signos do milenar zodíaco chinês, o signo do Dragão reúne um conjunto de características que tradicionalmente leva os casais a planear ter filhos durante esse período. Aliás, o pai do primeiro recém-nascido no Hospital Kiang Wu, de apelido Yip, disse à imprensa local que o filho nasceu mais tarde do que o previsto e que o casal estava a contar que ainda fosse “um bebé dragão”. Preocupações económicas Apesar de 2024 ter sido considerado um ano auspicioso, Tao Xuemei e Wong Chio Fan, um jovem casal, disseram à Lusa que as finanças pessoais e a dos cofres chineses não permitem dar esse passo. “Preocupa-nos ter filhos por causa da dívida nacional, devido à recessão económica. A opção pela maternidade depende realmente da capacidade económica do país e da capacidade de pagamento da dívida”, resume Tao, de 28 anos, a trabalhar como orientadora escolar. “Não queremos ter filhos só para lhes passar as [nossas] dívidas”, completa Wong, empreiteiro de 35 anos. O crescimento económico da China atingiu em 2024 a meta de 5 por cento fixada por Pequim, mas alguns economistas afirmam que a economia está a expandir-se a um ritmo mais lento do que o indicado nas estimativas oficiais. Nicholas Chen, analista da CreditSights, disse à Lusa que a empresa do grupo da agência de notação financeira Fitch espera uma desaceleração para 4,7 por cento este ano, em parte devido ao fraco consumo privado. Durante a campanha eleitoral, o novo Chefe do Executivo da RAEM admitiu que um dos maiores desafios a longo prazo é a baixa natalidade, que em 2023 atingiu um mínimo histórico de 0,59 nascimentos por mulher. Sam Hou Fai apontou a necessidade de “criar condições em termos de educação e emprego” para subir a natalidade e prometeu estudar a extensão da licença de maternidade, actualmente fixada em 70 dias, e a criação de um fundo de providência central obrigatório.
Lucro da operadora de jogo Sands sobe 50,9 por cento em 2024 Hoje Macau - 3 Fev 2025 A operadora de casinos em Macau Sands China registou lucros de 1,05 mil milhões de dólares em 2024, um aumento de 50,9 por cento, anunciou a companhia–mãe. A Sands China tinha terminado 2023 com lucros de 696 milhões de dólares, pondo fim a três anos de prejuízos sem precedentes. Ainda assim, o resultado líquido no quarto e último trimestre do ano passado – 237 milhões de dólares– representa uma queda de 17,7 por cento em comparação com o mesmo período de 2023, indicou a norte-americana Las Vegas Sands (LVS), em comunicado. As receitas dos cinco casinos da operadora em Macau aumentaram 8,4 por cento em 2024, para 7,08 mil milhões de dólares. A indústria do jogo em Macau registou receitas de 226,8 mil milhões de patacas no ano passado, uma subida de 4,6 por cento. Com as receitas a aumentar, a Sands China registou lucros operacionais de 2,33 mil milhões de dólares em 2024, uma descida de 7,3 por cento em termos anuais. Recuperação em curso O presidente da empresa-mãe, Robert Goldstein, sublinhou num comunicado emitido pela Sands que em Macau “a recuperação em curso continuou durante o trimestre, embora a despesa por visitante no mercado se mantenha abaixo dos níveis atingidos antes da pandemia”. No entanto, de acordo com dados oficiais, a despesa per capita dos turistas que visitaram o território entre Janeiro e Setembro foi de 2.168 patacas, mais 36,9 por cento do que o mesmo período de 2019. Goldstein recordou que a Sands China assumiu um “compromisso de uma década de fazer investimentos que aumentem o apelo do turismo de negócios e lazer de Macau e apoiar o seu desenvolvimento como centro mundial de turismo de negócios e lazer”. A empresa é uma das seis concessionárias de casinos que operam no território e cujo contrato de concessão para os próximos 10 anos entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2023. Na altura, as seis operadoras comprometeram-se a investir “mais de 100 mil milhões de patacas” em elementos não ligados ao jogo. A Sands anunciou “um jardim de Inverno icónico” com 50 mil metros quadrados.
Jogo | Receitas de Janeiro apresentam queda de 5,6 por cento João Santos Filipe - 3 Fev 2025 Apesar das celebrações do Ano Novo Lunar, durante o passado mês de Janeiro as receitas brutas dos casinos caíram em termos anuais. Este foi o segundo mês consecutivo com variações negativas de receitas da principal indústria do território Em Janeiro os casinos registaram 18,25 mil milhões de patacas em receitas brutas do jogo, o que representou uma quebra de 5,6 por cento face ao início de 2024, quando as receitas tinham atingido os 19,34 mil milhões de patacas. Este é o segundo mês consecutivo em que as receitas do jogo apresentam uma variação anual negativa, depois da queda de 2 por cento em Dezembro, mês marcado pela visita de Xi Jinping ao território. Os números oficiais foram divulgados no sábado, pela Direcção e Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), e incluem os primeiros dias do Ano Novo Lunar, que tradicionalmente é uma das épocas mais altas para o turismo local. As celebrações do Ano Novo Chinês começaram a 28 de Janeiro e vão prolongar-se até amanhã. Em comparação com Janeiro de 2019, o último antes da pandemia, existe uma diferença nas receitas de cerca de 6,69 mil milhões de patacas, o que representa uma quebra de cerca de 22,5 por cento, de acordo com os cálculos do analista Carlo Santarelli, do Deutsche Bank, que utilizam o valor diário das receitas para efeitos de comparação. “As receitas brutas do jogo em Janeiro caíram 22,5 por cento em relação às receitas brutas registadas em Janeiro e 2019”, destacou. O analista sublinhou ainda que a queda em Janeiro foi inferior à que tinha sido inicialmente prevista: “A nossa comparação antes da apresentação dos resultados mensais era de uma redução de 29,2 por cento, e as nossas verificações no terreno mais recentes apontavam para uma redução entre 23 por cento e 26 por cento, face a Janeiro de 2019”, foi vincado. Visões diferentes No entanto, os analistas da Morgan Stanley disseram que esperavam um aumento homólogo de 1 por cento nas receitas dos casinos do território em Janeiro, de acordo com uma nota divulgada a 21 de Janeiro. No dia anterior, também os analistas da empresa JP Morgan Securities previram que as receitas do jogo em Macau subam até 2 por cento em termos anuais nos dois primeiros meses de 2025. Em relação às previsões para este mês, os analistas do Deutsche Bank esperam que as receitas brutas atinjam os 19,86 mil milhões de patacas, uma redução de 22,1 por cento em comparação com Fevereiro de 2019. No entanto, é indicado que o valor previsto para Fevereiro significaria que as receitas diárias cresceriam cerca de 9,2 por cento face ao que aconteceu no mês passado. Em relação às receitas para este ano, o banco de investimento estima que atinjam 234,5 mil milhões de patacas, o que representaria um aumento de 4,2 por cento, em comparação com o ano passado. Quando a comparação é feita com 2019, o último ano antes da pandemia, as receitas estimadas representam uma redução de 20,2 por cento. Com Lusa