PJ | Detido casal que cultivou planta de canábis em casa

A Polícia Judiciária (PJ) deteve ontem uma residente de Macau, de 29 anos, e um de Taiwan, de 35, por cultivo em casa de uma planta de canábis, com altura de um metro.

O casal tinha em casa uma estufa pequena com a planta de canábis, que a polícia apreendeu, bem como óleos de canábis, utensílios para fumar e uma balança electrónica, disse um responsável da PJ, em conferência de imprensa. Durante o interrogatório, o suspeito, que trabalhava como relações públicas de um casino, confessou ter comprado, há cerca de dois meses, dez sementes de canábis a um desconhecido por 1.500 patacas numa discoteca do território, tendo depois adquirido ‘online’ equipamento de cultivo.

Os dois foram presentes ao Ministério Público acusados de produção, de tráfico e de consumo ilícitos de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, bem como de detenção indevida de utensílio ou equipamento.

16 Jun 2021

Homicida detido em Zhongshan depois de abandonar corpo na Taipa

As autoridades chinesas detiveram no domingo o suspeito de um dos mais grotescos crimes dos últimos tempos em Macau, por alegadamente ter assassinado e desmembrado uma mulher. Os restos mortais foram encontrados perto do armazém da CEM, num terreno à entrada da colina da Taipa Grande

 

No sábado, um funcionário que varria folhas numa escadaria da encosta da Taipa Grande encontrou um corpo de mulher desmembrado em 10 pedaços, descoberta bizarra que iria dar início a uma caça ao homem que se estendeu além-fronteiras e que culminou com a detenção, no dia seguinte, do suspeito homicida em Zhongshan. Para trás ficaram vestígios de um dos crimes mais macabros e sangrentos da recente história de Macau.

Foi também encontrada junto aos restos mortais uma mochila com documentos de identificação da vítima, roupas ensanguentadas, quatro facas e uma tesoura.

Segundo informação veiculada pelos órgãos de comunicação chineses, o suspeito, de 28 anos, confessou ter assassinado uma mulher, de 37 anos, num quarto de hotel no Cotai, depois de lhe ter roubado dinheiro. Tanto a vítima, como o alegado homicida, são oriundos do Interior da China.

Depois da descoberta na colina da Taipa Grande, as autoridades chegaram à identificação do suspeito que terá entrado no quarto da vítima num hotel no Cotai, o Ritz Carlton segundo o HM apurou. As imagens de videovigilância apenas apanharam o suspeito a sair do quarto, meia-hora depois de ter entrado. Segundo as autoridades, citadas pelo jornal All About Macau, o homem terá saído para comprar facas e uma mala de viagem, tendo em seguida voltado ao quarto. A tese da PJ é que nesta altura já o homicídio teria ocorrido, seguindo-se o desmembramento da vítima na casa de banho do quarto de hotel.

Viagem alucinante

Carregando a custo uma mala, o suspeito foi visto a apanhar um táxi no Cotai, que o levou até à zona onde foram encontrados os restos mortais da mulher. De regresso ao hotel, as imagens captadas pelo sistema de videovigilância mostram o suspeito a carregar a mala com facilidade, aparentando estar vazia.

Depois de mudar de roupa, o suspeito terá saído de Macau por volta das 16h de sábado, deixando para trás um cenário de horror.

As autoridades avançaram que os testes laboratoriais demonstraram que o sangue encontrado na mala e facas corresponde ao ADN da vítima.

O porta-voz da PJ, citado pelo All About Macau, revelou que durante a viagem de táxi o suspeito terá alterado o destino pretendido várias vezes.

Outro detalhe grotesco divulgado pela polícia, prende-se com a análise forense ao quarto de hotel. O suspeito terá limpo o quarto, que parecia imaculado a olho nu. Porém, a análise através da tecnologia de luz ultravioleta e azul revelou um cenário diferente, com a casa de banho repleta de manchas de sangue.

Quanto aos motivos para o crime, as autoridades indicaram que ainda decorrem investigações para apurar a ligação entre suspeito e vítima, e se haveria indícios de outros crimes como troca ilegal de dinheiro.

15 Jun 2021

PJ | Detida por suspeitas de passar dinheiro falso no Cotai

A Polícia Judiciária (PJ) deteve uma mulher associada a um caso de notas falsas detectado em Janeiro do ano passado. A mulher entrou em Macau novamente no passado dia 30 de Maio, e foi interceptada pelas autoridades num hotel a 3 de Junho.

O caso remonta a 18 de Janeiro de 2020, quando as autoridades receberam uma queixa de um casino no Cotai sobre a descoberta de seis notas alegadamente falsas detidas por um cidadão da China, que tentou trocar dez notas de 100 renminbi por dólares de Hong Kong. Mais tarde a PJ descobriu que o mesmo indivíduo tinha consigo mais 84 notas falsas de renminbi. O suspeito alegou ter recebido as notas de uma mulher num local ilegal de câmbio de dinheiro.

A PJ identificou a mulher, que deixou o território depois de dar as notas falsas ao homem. As autoridades associaram também o caso a um outro, ocorrido a 16 de Janeiro, quando os gerentes do mesmo casino, no Cotai, encontraram um molho de notas falsas de renminbi numa casa de banho para mulheres. A suspeita é acusada da prática do crime de burla e passagem de moeda falsa. O caso seguiu para investigação no Ministério Público.

7 Jun 2021

Detidas 59 pessoas por envolvimento em rede de prostituição

A Polícia Judiciária (PJ) deteve ontem de manhã, no bairro do Iao Hon, um total de 59 pessoas por suspeitas de envolvimento numa rede de prostituição. Entre os detidos estão 25 homens e 34 mulheres, dos quais, quatro são residentes de Macau, 45 têm nacionalidade vietnamita, nove são oriundos Interior da China e um é residente de Hong Kong.

De acordo com uma nota enviada pela PJ, o caso começou a ser investigado em Janeiro deste ano, no seguimento de denúncias feitas pelos moradores do bairro localizado na zona norte da cidade, a reportar que, sobretudo junto a algumas habitações mais antigas, passou a ser notória a presença de várias mulheres que assediavam, habitualmente, os transeuntes.

Com todos os indícios recolhidos, a PJ decidiu montar uma operação pelas 7h00 de ontem num desses edifícios antigos, acabando por deter as 59 pessoas no interior de 28 unidades habitacionais.

No decorrer da investigação, a PJ conseguiu descortinar tratar-se de uma rede criminosa de “considerável dimensão” e que os membros da organização tinham uma “clara divisão de tarefas”. Além disso, entre os detidos havia 22 pessoas com visto de trabalhador não residente (blue card). Após as detenções, quatro pessoas acabaram por confessar que estavam a trabalhar como prostitutas.

Com estrutura

Quanto ao modus operandi da rede, a PJ relatou que os cabecilhas do grupo alugavam as fracções em edifícios antigos para as entregar às mulheres, juntamente com alguns materiais e a promessa de protecção, em troca do pagamento diário de um valor situado entre as 300 e as 500 patacas. Enquanto as fracções eram alegadamente utilizadas para prostituição, outros membros do grupo ficavam nas ruas circundantes de vigia. Ainda de acordo com as autoridades, por cada serviço as mulheres recebiam entre 150 e 200 patacas.

À luz da lei, quem como “modo de vida ou com intenção lucrativa, fomentar, favorecer ou facilitar o exercício por outra pessoa de prostituição ou a prática de actos sexuais de relevo, explorando a sua situação de abandono ou de necessidade” pode ser punido com pena de prisão de 1 a 5 anos.

2 Jun 2021

Chefe de divisão da PJ encontrado morto junto aos Lagos Nam Van

O chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas da Polícia Judiciária, Cheang Pou Seong, foi encontrado ontem sem vida dentro da viatura. O corpo de Cheang foi detectado, junto do Lago de Nam Van, depois de a família ter dado o alerta para o desaparecimento do homem de 47 anos de idade

 

“Esta manhã, a Polícia Judiciária foi informada pela família de um investigador desta força sobre a impossibilidade de contactá-lo. Na sequência da denúncia, os agentes encontraram o carro do agente num parque de estacionamento junto do Lago de Nam Van”, afirmou a PJ numa mensagem escrita, em que o morto era identificado como agente Cheang. “O agente foi encontrado dentro do carro, onde também estavam alguns objectos de carvão que tinham sido queimados”, foi acrescentado.

Ainda de acordo com a informação oficial, o corpo do agente da PJ não apresentava sinais de lesões. Porém, a PJ diz que a causa da morte só vai ser identificada depois de ser feita a autópsia.

Ao HM, um porta-voz da PJ recusou prestar mais esclarecimentos sobre o caso, devido a motivos familiares, e indicou que a informação já tinha sido disponibilizada.

Contudo, a principal tese aponta para que Cheang Pou Seong tenha cometido suicídio, uma vez que com o corpo, além do carvão queimado, terá sido alegadamente encontrada uma carta.

Carreira de louvores

Cheang Pou Seong era licenciado em Direito e estava na Polícia Judiciária desde 1999. Ao longo da carreira assumiu os cargos de investigador criminal estagiário, investigador criminal e sub-inspector. Foi em Abril de 2013 que passou a assumir as funções que manteve até ontem. Até 2013, de acordo com uma nota do Gabinete de Comunicação Social, aquando a tomada de posse, tinha acumulado uma Menção de Mérito Excepcional, 4 louvores individuais e 8 louvores colectivos.

Em 2014, Cheang recebeu outra menção de Mérito Excepcional, atribuída pelo secretário para a Segurança, Cheong Kuoc Vá. “Revelou sempre dedicação, empenho e um espírito inovador, activo e responsável no trabalho. Para alargar os laços de cooperação entre a polícia e a população envidou grande esforço, procurando sempre manter uma boa cooperação com as associações, estabelecimentos de ensino e média”, destacou na altura o então secretário.

“Manteve uma boa interacção com os média, reforçando em diversos âmbitos, os laços de cooperação entre a polícia e a população, dando assim um contributo relevante para o desenvolvimento do trabalho de policiamento de proximidade”, foi igualmente destacado.

O Instituto de Acção Social (IAS) apela às pessoas com pensamentos suicidas e que necessitem de auxílio que contactem o Serviço de Auxílio da Cáritas, através do número 2852 5222, em chinês, ou do número 2852 5777, em inglês.

1 Jun 2021

Polícia do Interior deteve suspeito de homicídio no Cotai

O homem de 40 anos sufocou uma mulher no início do mês com um cinto de roupão, durante uma troca ilegal de dinheiro. O suspeito foi detido pela polícia do Interior na Província de Hebei

 

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem no Interior suspeito de ter assassinado uma mulher, no início de Maio, num quarto de hotel no Cotai. A informação foi divulgada ontem, em conferência de imprensa.

Segundo as explicações da polícia, depois de identificar o suspeito, a PJ recorreu ao mecanismo de cooperação regional e pediu assistência às autoridades do Interior. Na sequência da troca de informações, o homem foi detido a 10 de Maio, na Província de Hebei, onde foi encaminhado para o Ministério Público local.

Ouvido no outro lado da fronteira, o suspeito, de apelido Huo e com 40 anos de idade, confessou a autoria do crime. Ontem, a PJ anunciou que vai continuar em conversações com as autoridades do Interior para levar o suspeito à justiça.

Ainda em relação ao caso, a PJ anunciou que a investigação revelou que o indivíduo estaria em excesso de permanência, uma vez que tinha entrado em Macau a 9 de Abril e devia ter saído a 16 de Abril.

Troca de dinheiro

Quando apresentou o caso, no dia 7 de Maio, a PJ já havia anunciado que o corpo da mulher de 50 anos foi encontrado num quarto de hotel, por empregados de limpeza, com feridas à volta do pescoço, e que foi excluída a hipótese de suicídio.

A investigação no local concluiu que a mulher tinha sido sufocada com um cinto de roupão branco, que ainda se encontrava enrolado à volta do pescoço da vítima.

Os agentes apuraram que o homem tinha levado a vítima para o seu quarto, no dia 3 de Maio, com o pretexto de trocar de dinheiro ilegal. A entrada no quarto deu-se por volta das 22h30, e o homicídio terá ocorrido cerca de 15 minutos depois, com o suspeito a abandonar o local levando o dinheiro e o telemóvel da vítima. A PJ não sabe o valor do montante subtraído, mas um familiar da vítima disse acreditar que ela tinha cerca de 250 mil dólares de Hong Kong, à altura do crime. Posteriormente, o homem deixou Macau, através das Portas do Cerco, mas primeiro usou o dinheiro para jogar no casino.

20 Mai 2021

Burla | Desfalcados em 3,6 milhões em esquema de vinho e roupa

Ao todo, sete pessoas foram seduzidas a investir numa plataforma online dedicada à venda de vinho tinto e roupa. A principal suspeita pelo esquema que terá lesado as vítimas em 3,6 milhões de renminbis desde 2019 é uma residente de Hong Kong de 38 anos, que acabou detida pela Polícia Judiciária na zona do NAPE

 

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada terça-feira, na zona do NAPE, uma residente de Hong Kong de 38 anos suspeita da prática do crime de burla de valor consideravelmente elevado. Em causa, está o facto de a suspeita ter alegadamente sido a principal responsável por aliciar sete pessoas, seis das quais residentes de Macau, a investir cerca de 3,6 milhões de renminbis numa plataforma online dedicada à venda de vinho tinto e roupa. O valor nunca foi recuperado.

De acordo com informações reveladas ontem em conferência de imprensa pela PJ, o alerta foi dado pelas próprias vítimas na passada terça-feira, quando estas revelaram ter conhecido uma mulher através da qual lhes foram prometidos lucros, mediante investimento financeiro na referida plataforma. Mais especificamente, segundo as vítimas, a mulher terá prometido lucros de 20 por cento dos montantes investidos ao fim de 30 dias.

Numa fase inicial, após terem colhido alguns lucros do primeiro investimento que fizeram na plataforma, as vítimas sentiram confiança na intermediária e em todo o processo, voltando a transferir novos montantes.

Ao todo, partilhou ontem um porta-voz da PJ, entre Setembro de 2019 e 2021, as sete vítimas investiram cerca de 3,6 milhões de renminbis, valor que procuraram recuperar junto da residente de Hong Kong. No entanto, e após a apresentação de várias desculpas para adiar a devolução dos montantes, a suspeita acabou mesmo por não os restituir, facto que levou à apresentação da queixa por parte das vítimas.

Palavra contra palavra

Iniciada a investigação, a PJ detectou que a suspeita entrou em Macau na passada terça-feira através das Portas do Cerco, acabando mais tarde no mesmo dia, por localizá-la e detê-la num restaurante na zona do NAPE. Nos depoimentos prestados à PJ, a suspeita alegou ter recebido 2,8 milhões de renminbis das vítimas, argumentando não ter devolvido os montantes “porque a plataforma não produziu lucros”.

Além disso, segundo a PJ, a suspeita não conseguiu apresentar qualquer comprovativo de utilização ou comunicação com a alegada plataforma dedicada à venda de vinho tinto e vestuário.

O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde a suspeita irá responder pela prática do crime de burla de valor consideravelmente elevado. A confirmar-se, poderá vir a ser punida pena com pena prisão entre 2 a 10 anos.

13 Mai 2021

Covid-19 | Serviços de Saúde dizem que ataques informáticos vieram do exterior

O Governo equaciona introduzir medidas menos restritivas para quem tomou as duas doses da vacina, que podem passar pela participação em concentrações sem necessidade de fazer teste de ácido nucleico. Quanto aos ataques informáticos, o caso foi encaminhado para a Polícia Judiciária

 

Os Serviços de Saúde afirmaram que os ataques informáticos que visaram as plataformas online na sexta-feira e no sábado partiram do exterior. Na conferência de imprensa sobre a pandemia, Tai Wa Hou, o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, indicou que não houve fuga de dados.

“Sabemos que os ataques vieram de uma rede informática mal-intencionada e que tem origem no exterior. O caso foi reencaminhado para a Polícia Judiciária”, afirmou Tai. “Quanto ao sistema não houve fugas de dados, apesar dos ataques terem sido sucessivos. Foram tomadas medidas para evitar casos no futuro”, acrescentou.

A origem do ataque não foi revelada, mas durante os ataques os serviços de preenchimento da declaração de saúde e marcação de vacinas foram afectados durante alguns momentos. Porém, Tai Wa Hou garantiu que o caso foi seguido com toda a atenção, pelas autoridades e pela empresa fornecedora do serviço, e que foram feitos ajustes para reduzir o impacto junto dos cidadãos.

Caso de reacção adversa

Na habitual conferência de imprensa sobre a luta à covid-19 foi também abordado o caso de um homem com 62 anos que apresentou uma reacção adversa após ter sido inoculado com duas doses da vacina da Sinopharm. O homem apresenta agora sintomas de púrpura trombocitopénica idiopática, uma doença sanguínea que se manifesta principalmente através de manchas na pele, devido à redução do nível das plaquetas em circulação.

O homem foi vacinado a 23 de Fevereiro e 25 de Março. No entanto, a 21 de Abril, depois de apresentar uma “hemorragia da mucosa oral e pontos de sangramento sistémico” deslocou-se ao Interior para receber tratamento. A situação não terá ficado resolvida, e o indivíduo acabou por regressar a Macau e ser atendido no Conde São Januário. “Após exames, verificou-se existir uma redução de trombócito tendo sido diagnosticado preliminarmente com púrpura trombocitopénica idiopática”, revelaram os SSM.

O homem continua internado e, de acordo com Tai Wa Hou, está em condição estável. O responsável disse ainda que o Grupo de Trabalho de Avaliação de Eventos Adversos após a Inoculação da Vacinas contra a COVID-19 não encontrou, até ao momento, relação entre o desenvolvimento da doença e a vacina.

Benefícios para vacinas

Por outro lado, o Governo está a ponderar adoptar medidas menos restritivas para quem recebeu as duas doses da vacina contra a covid-19.

Segundo Tai Wa Hou, os SSM estão a equacionar que em eventos só com pessoas inoculadas deixem de ter de apresentar resultados de teste de ácido nucleico quando houver concentrações num limite de até 400 pessoas. As medidas abrangem primeiramente actividades de associações e depois deverão passar para eventos de grande dimensão na restauração.

11 Mai 2021

Polícia Judiciária deteve homem por falsificação de documentos

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem que alegadamente ajudou à contratação de 17 indivíduos, fazendo-os passar por residentes, ficando com cerca de metade dos salários. O suspeito foi encaminhado ao Ministério Público na quarta-feira, por falsificação de documentos de especial valor.

O residente, de 51 anos, recrutava trabalhadores para a construção civil e funcionava como intermediário no pagamento dos salários. De acordo com a investigação da PJ, no início de Maio, o homem conheceu um responsável por uma empresa de construção civil através das redes sociais, que lhe pediu para encontrar 30 residentes para trabalharem no sector. O suspeito terá enviado o Bilhete de Identidade de Residente e cartão de segurança ocupacional da construção civil de 30 pessoas para a empresa.

No entanto, as autoridades indicam que 17 dos trabalhadores não eram residentes. Além disso, a empresa pagava aos funcionários um montante diário de 1.200 a 1.400 patacas, através do intermediário que os recrutou, mas alegadamente este apenas lhes dava metade do vencimento. Ou seja, os trabalhadores auferiam apenas entre 600 e 700 patacas. Segundo os dados da PJ, o suspeito ganhou assim 48.700 patacas. Na sua casa foram encontrados a contagem e vencimento distribuído aos trabalhadores, bem como um cartão falso da construção civil.

O crime de falsificação de documentos de especial valor, que se aplica, por exemplo, quando estão em causa documentos de identificação, pode ser punido com pena de prisão de um a cinco anos.

Início em 2019

Um indivíduo que trabalhou num espaço de construção civil na Taipa, foi interceptado nas Portas do Cerco ao entrar em Macau, e detido em ligação a este caso. O homem terá confessado que comprou um BIR falso e cartão de construção civil no Interior da China, por 350 renminbis. Foi também encaminhado ao Ministério Público pelo uso de documentos falsificados.

A origem do caso data de 2019, quando uma empresa de construção civil descobriu que tinha um funcionário com cartão ocupacional falso, porque havia duas pessoas com os mesmos dados de identificação. A empresa, que pagava os salários aos trabalhadores através de um intermediário, passou a fazê-lo de forma directa e apresentou queixa à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, que por sua vez informou a PJ do caso.

No dia 22 de Abril deste ano, foi ainda interceptado um dos funcionários, suspeito de usar um cartão falso para trabalhar, ao entrar pelas Portas do Cerco tendo o caso seguido para o Ministério Público. Através dos dados recolhidos, a investigação das autoridades chegou até ao responsável por recrutar mão de obra.

7 Mai 2021

Cartões de crédito | Autoridades detiveram 16 pessoas em conjunto com Hong Kong

A Polícia Judiciária (PJ) realizou uma operação conjunta com a polícia de Hong Kong para combater o roubo de detalhes de cartões de crédito. Ao HM, a PJ indicou que foram detidas 16 pessoas suspeitas de pertencer a duas associações criminosas, entre Abril e o início de Maio.

Foram detidos cinco homens e uma mulher por alegadamente roubarem informações de cartões de crédito que usaram para comprarem pontos de jogos online. Os homens em causa admitiram que trabalhavam para a mesma associação criminosa e que eram recompensados com 30 renminbis por transação. De acordo com as autoridades, foram roubados cinco cartões de crédito locais, envolvendo um montante de 53 mil patacas. Os indivíduos envolvidos foram encaminhados para o Ministério Público por suspeitas de burla informática.

Já no final do mês passado, as autoridades de Hong Kong detiveram nove pessoas por suspeitas de possuírem cartões de crédito roubados que utilizaram para fazer compras no valor de 95 mil dólares de Hong Kong.

Note-se que entre Fevereiro e Março, a PJ recebeu queixas sobre o roubo de cartões, com 25 deles a envolverem no total uma perda de 150 mil patacas. As autoridades indicam que já identificaram os responsáveis pelo grupo que alegadamente cometia as burlas online.

Em Maio, a PJ convocou um homem que será membro do grupo, que foi posteriormente encaminhado para o Ministério Público por suspeitas de burla informática e roubo. Segundo as autoridades, o indivíduo usou cartões de crédito para comprar mais de 400 itens de luxo online, enviando-os para um apartamento arrendado. Os bens seriam posteriormente vendidos na China. Em causa estava um montante de seis milhões de patacas, e estima-se que tenha lucrado em cerca de 450 mil patacas.

5 Mai 2021

PJ | Residente detido por comprar ansiolíticos

Um homem de 35 anos foi detido por tráfico e consumo de estupefacientes, após ter sido detido na posse de 100 comprimidos de triazolam, uma substância da família das benzodiazepinas usada para combater ansiedade e insónias. O suspeito garante que os ansiolíticos foram adquiridos para consumo próprio

 

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada segunda-feira um residente de Macau de 35 anos, por suspeitas de praticar os crimes de tráfico e consumo ilícito de estupefacientes e substâncias psicotrópicas. Na base do caso está a aquisição de comprimidos ansiolíticos de triazolam, uma substância da família das benzodiazepinas cujo uso é proibido em Macau, habitualmente utilizada para combater a ansiedade e insónias. A compra de 100 comprimidos foi efectuada online e chegou a Macau por correio.

Segundo revelou ontem o porta-voz da PJ em conferência de imprensa, o mote para o início da investigação que acabaria na detenção do residente de Macau, foi dado pelo Departamento de Segurança Pública do Interior da China, uma vez que havia conhecimento da existência de criminosos que enviavam substâncias psicotrópicas por correio com destino a Macau, a partir do Continente.

Em colaboração com os Serviços de Alfândega, a PJ identificou os dados do local de levantamento e do destinatário, de uma encomenda considerada suspeita, montando uma operação na manhã de segunda-feira nas proximidades de um posto de levantamento situado no centro de Macau. Por volta das 12h00, após levantar a encomenda, o suspeito viria a ser interceptado pelos agentes destacados no local. Dentro da encomenda foram encontrados 100 comprimidos de triazolam.

Na sequência da detenção, o suspeito terá revelado que os 100 comprimidos foram adquiridos por 6.000 renminbi, garantindo, contudo, não ser viciado em droga e que as substâncias eram para consumo próprio. Confessando ter conhecimento de que o triazolam é uma substância proibida em Macau, o suspeito justificou a compra por sofrer de insónias.

Segundo a PJ, esta terá sido a segunda vez que o suspeito encomenda comprimidos de triazolam do Interior da China, através da internet. A primeira compra da substância interdita aconteceu em Abril, altura em que adquiriu 20 comprimidos por 2.100 renminbis.

Tudo para mim

Nas buscas feitas no interior da residência do suspeito, foram encontrados dois comprimidos da mesma substância, tendo o homem assegurado tratar-se das sobras da primeira encomenda efectuada e da qual afirma ter consumido 18 comprimidos. As análises para confirmar a presença de estupefacientes no organismo do supeito já foram feitas, aguardando-se ainda pelos resultados.

De acordo com o porta-voz da PJ, cada comprimido de triazolam pode ser vendido no mercado negro por 100 patacas.

O triazolam faz parte da tabela IV da lei relativa à proibição da produção, do tráfico e do consumo ilícitos de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas. A tabela em questão agrega os “barbitúricos de acção lenta que possuam comprovados efeitos antipiréticos e as substâncias de tipo ansiolítico, que, pela sua composição quantitativa e qualitativa e modalidade do respectivo uso, apresentem risco de abuso”.

O caso foi entregue ontem ao Ministério Público (MP), onde o suspeito irá responder pelos crimes tráfico e consumo ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas. A confirmar-se, o residente de Macau pode ser punido com pena de prisão de 6 a 16 anos, pelo tráfico, e com pena de prisão de 3 meses a 1 ano ou pena de multa de 60 a 240 dias, pelo consumo.

5 Mai 2021

Residente furta joalharia no valor de 101 mil patacas à namorada

A Polícia Judiciária deteve um homem de 52 anos suspeito de furtar um relógio de luxo, dinheiro e jóias de ouro à namorada para saldar dívidas de jogo. A vítima ter-se-á apercebido do furto apenas quando reparou que na fechadura do lado de fora da porta da habitação, estava uma chave. O prejuízo total foi de 101.600 patacas

 

Por vezes, há esquecimentos que vêm por bem. A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada quarta-feira um residente de Macau de 52 anos por suspeitas dos crimes de furto qualificado e burla de valor elevado. Em causa está o facto de o homem ter roubado, dentro da sua própria residência, localizada na zona da Areia Preta, artigos de joalharia avaliados em 101.600 patacas, pertencentes à namorada, com quem vivia desde Março de 2021, juntamente com a filha.

Segundo revelou ontem a PJ em conferência de imprensa, tudo terá começado após a vítima ter ligado para o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) na madrugada de quarta-feira, por volta das três horas, altura em que, ao regressar a casa, se deparou com o facto de, no lado de fora da porta de entrada, estar uma chave engrenada na fechadura.

Após entrar em casa, a vítima não observou sinais aparentes que denunciassem que a residência tivesse sido assaltada. Prosseguindo com uma busca mais aprofundada viria, contudo, a dar pela falta de dinheiro, um relógio de luxo e outras jóias que estavam guardadas dentro de gavetas e de um cofre que se encontrava aberto.

Contas feitas, a vítima foi lesada em 101.600 patacas, pelo desfalque de um relógio de luxo avaliado em 53 mil dólares de Hong Kong, duas pulseiras de ouro, um anel e um colar avaliados conjuntamente em 23 mil patacas e ainda 22.600 patacas em dinheiro.

Iniciada a investigação, a PJ concluiu ainda que a probabilidade de se tratar de um assalto perpetrado por elementos não pertencentes ao agregado familiar era “muito reduzida”. Entrando em contacto com várias casas de penhores, a PJ concluiu que o suspeito tinha o hábito de frequentar este tipo de estabelecimentos. Isto porque entre 25 de Março e 26 de Abril, a polícia descobriu, através de registos escritos, que o homem foi a três casas de penhores, para empenhar os objectos furtados.

De acordo com a porta-voz da PJ, por volta das 16h da passada terça-feira, tanto a vítima como o suspeito terão saído de casa. No mesmo dia, a filha da namorada, ainda menor, chegou a casa por volta das 21h, tendo sido a responsável por deixar de forma involuntária a chave do lado de fora da habitação, que acabaria, mais tarde, por levar a vítima a suspeitar que a residência tinha sido assaltada. Também no mesmo dia, o suspeito foi interceptado por conduzir sob influência de álcool.

Jogo, a quanto obrigas

Durante o interrogatório, o suspeito confessou os crimes, justificando-os com a necessidade de saldar dívidas de jogo, por diversas ocasiões. Os objectos roubados já foram, entretanto, recuperados pela PJ.

O caso seguiu para o Ministério Público (MP), onde o suspeito irá responder pelos crimes de furto qualificado e burla de valor elevado. A confirmar-se a acusação, o residente pode ser punido, por cada um dos crimes, com pena de prisão até cinco anos ou com pena de multa até 600 dias.

30 Abr 2021

PJ | Investigado roubo de identidade para promover produtos financeiros

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o uso de cartões de visita falsos em nome da Autoridade Monetária de Macau (AMCM) para promover produtos financeiros na Internet. Segundo um comunicado, foi a própria AMCM que reportou a situação às autoridades depois de receber “uma participação sobre a usurpação de identidade de um funcionário da AMCM através da utilização de cartões de visita falsos nas redes sociais e softwares de comunicação”.

A identidade terá sido usada para a “persuasão de investimento em produtos financeiros”, actividade que a AMCM nunca desenvolveu. “A AMCM salienta que, sendo uma instituição de supervisão, nunca promoveu nem irá promover no futuro qualquer produto financeiro, apelando assim à consciência do público”.

No cartão de visita falso detectado “constata-se a presença do logotipo oficial, número de telefone, indicação da página electrónica e do endereço da AMCM”. No entanto, “o modelo é completamente diferente do cartão de visita oficial da AMCM e, invoca uma suposta unidade de estrutura que não existe”, adianta a entidade em comunicado.

23 Abr 2021

Homem falsificou documentos para seduzir quatro mulheres

Um motorista fez-se passar por funcionário público bem pago para seduzir amantes e terá, alegadamente, falsificado certificados de emprego para justificar à esposa deslocações a Hong Kong

 

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem que se fazia passar funcionário público de Macau em Hong Kong, e que utilizou o esquema para manter relações com pelo menos quatro mulheres. A notícia foi avançada ontem, em conferência de imprensa, pela PJ e o residente de 25 anos, motorista de profissão, está indiciado pela prática de cinco crimes.

De acordo com a versão da PJ, apresentada na manhã de ontem, o homem falsificou vários documentos, como o certificado de licenciatura em Direito chinês, e um cartão de trabalhador da administração pública. Apesar de ser casado com uma residente de 23 anos, os documentos eram utilizados para manter contacto com mulheres em Hong Kong. Segundo a informação avançada pela PJ, o homem apresentou-se a 30 mulheres desta forma e manteve relações com pelo menos quatro.

A PJ revelou também que o suspeito falsificava certificados de emprego de companhias áreas de Hong Kong, para justificar à mulher as deslocações à região vizinha e esconder o propósito das “escapadas” românticas.

A polícia ainda está a investigar se o homem terá utilizado esta forma para cometer burlas. A investigação partiu da denúncia de uma dessas mulheres, que entrou ao contacto com o Comissariado contra a Corrupção sobre a possibilidade de lhe ter sido apresentado um cartão de funcionário público falsificado. Porém, a queixosa não denunciou qualquer outro crime.

Face à queixa, a PJ investigou o homem e descobriu que tinha vindo para Macau de Hong Kong no dia 4 de Abril, pelo que só foi contactado a 18 de Abril, após terminar a respectiva quarentena.

Acto de contrição

No final da quarentena, o homem foi interrogado e confessou a autoria dos crimes. À PJ, o residente reconheceu igualmente ter cometido outras ilegalidades, ao fazer-se passar por mulher nas redes sociais. Através da criação de um perfil falso, o alegado criminoso manteve uma relação com dois homens locais a quem terá burlado no valor de 500 mil patacas. Num dos casos, o motorista, fazendo-se passar por mulher, pediu 300 mil patacas emprestadas com a justificação que eram para pagar tratamentos de saúde a um familiar. O dinheiro nunca foi devolvido.

Face a este historial, a PJ diz que o homem está indiciado pela prática dos crimes de falsificação de documento (pena até 3 anos de prisão), falsificação de documento de especial valor (até 5 anos de prisão), usurpação de funções (até 2 anos de prisão), contrafacção de selos, cunhos, marcas ou chancelas (até 5 anos de prisão). Além disso, está também acusado do crime de burla informática, que acarreta uma pena que pode chegar aos 5 anos de prisão.

A operação resultou igualmente na detenção da mulher do principal suspeito, indiciada pela prática de um crime de falsificação de documento (pena até 3 anos de prisão). A mulher de 23 anos, residente e desempregada, falsificou um documento de identificação para circular entre Macau e o Interior, com o objectivo de importar bens de forma ilegal para a RAEM.

21 Abr 2021

Notas falsas | Desmantelada rede suspeita de lesar vítimas em 10 milhões

Numa operação conjunta com as autoridades de Guangdong, a PJ deteve uma rede criminosa suspeita de lesar várias vítimas em 10 milhões de patacas. No total, foram detidos três suspeitos em Macau e 21 no Interior da China. Foram ainda interceptadas 125 pessoas em vários casinos do Cotai. Em causa está a utilização de notas de treino de 1.000 dólares de Hong Kong para concretizar câmbios, com prejuízo total para os clientes

 

Através de uma acção concertada entre as polícias de Macau e Guangdong foi desmantelada uma rede transfronteiriça dedicada à prática de um esquema de burla, que utilizava notas de treino para lesar clientes interessados em trocar renminbis por dólares de Hong Kong. No total, as vítimas foram lesadas em 10 milhões de patacas, tendo sido detidos três suspeitos em Macau e 21 no Interior da China.

De acordo com as informações reveladas ontem em conferência de imprensa pela Polícia Judiciária (PJ), após “averiguação profunda” e accionados os mecanismos de cooperação entre as autoridades dos dois territórios, foi iniciada uma acção conjunta entre os dias 25 de Março e 2 de Abril, da qual resultaram as 24 detenções em Macau e no Interior da China.

As três pessoas detidas em Macau têm idades compreendidas entre os 30 e os 37 anos, são oriundas do Interior da China e suspeitas de estar envolvidas na prática de crimes de burla com uso de notas para treino, no valor de 80,100 e 200 mil renminbi.

Durante o mesmo período, a PJ interceptou ainda outras 125 pessoas em Macau, mais precisamente 103 homens e 22 mulheres, em vários casinos do Cotai, tendo sido reencaminhadas à esquadra para investigação, por alegado envolvimento em trocas ilegais de dinheiro.

Já no Interior da China, foram detidas 21pessoas, todos homens, com idades compreendidas entre os 19 e os 35 anos, incluindo os quatro cabecilhas da rede criminosa, um deles proveniente de Jiangxi e os outros três de Jiangsu.

Segundo as autoridades do Interior, os cabecilhas “estavam encarregados de coordenar e comandar as operações” que se materializavam sobretudo nos casinos de Macau.

A investigação levada a cabo após a operação, levou as autoridades a concluir que a rede esteve envolvida em 73 casos relacionados com transacções ilegais de dinheiro e que o valor total dos crimes ronda as 10 milhões de patacas. O porta voz da PJ revelou ainda que a rede criminosa começou a funcionar em 2020 e que tem, pelo menos, 100 membros, incluindo os cabecilhas.

“Este desmantelamento salienta a eficácia da cooperação entre as polícias da China e de Macau e mostrou a capacidade e determinação das duas partes no combate aos crimes transfronteiriços”, rematou o porta-voz da PJ.

Os três suspeitos detidos em Macau serão presentes ao Ministério Público (MP), onde vão responder pela prática do crime de burla.

Em crescendo

Durante a conferência de imprensa, o Chefe do Departamento de Investigação de Crimes relacionados com o Jogo e Económicos, Sou Sio Keong, traçou o cenário deste tipo de casos, sublinhando que desde Outubro de 2020 “o número de casos de burla com recurso a notas para treino com valor o de 1.000 dólares de Hong Kong tem vindo a crescer”.

“Entre Outubro de 2020 e Março de 2021, a polícia de Macau já recebeu 101 denúncias ou informações relacionadas com estes casos”, acrescentou.

Sobre o modo de actuar das redes criminosas, o responsável apontou que, normalmente, o negócio da troca de dinheiro costuma acontecer dentro dos casinos ou na respectiva área adjacente. Para concretizar a burla, antes do negócio, são recrutados, através de redes sociais e plataformas de comunicação, intermediários responsáveis por entregar as notas de treino aos clientes.

Para enganar as vítimas e ter a certeza de que estas não estão por perto quando se aperceberem tratar-se de notas de treino, o negócio “só é feito depois de efectuada a transferência bancária do valor para bancos do Interior da China” e os burlões arranjam “artimanhas para não mostrar directamente as notas” durante a entrega, tais como “tapar as notas com sacos de plástico” ou “colocar algumas notas verdadeiras por cima das notas de treino”.

9 Abr 2021

PJ | Suspeito detido por furto de miniaturas de carros no valor de 92 mil MOP

Um homem foi detido por suspeitas de furtar peças e miniaturas de automóveis no valor de 92 mil patacas de uma loja no bairro San Kio. O indivíduo foi ontem presente ao Ministério Público. Um outro homem foi detido por furtar uma corrente de ouro

 

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na segunda-feira um homem suspeito de furto qualificado. O indivíduo terá peças e miniaturas de automóveis, avaliadas em cerca de 92 mil patacas. Em conferência de imprensa, as autoridades explicaram que a investigação começou com uma queixa apresentada pelo dono de uma loja de miniaturas de carros.

Apesar de o estabelecimento situado no bairro San Kio ter fechado há três anos, continua a ter miniaturas e componentes de automóveis em exposição, porque ainda há quem visite a loja para apreciar os pequenos objectos.

O comerciante, de 36 anos, deu conta do desaparecimento de mercadorias e apresentou denuncia, a 9 de Março. A investigação da polícia, que recorreu a imagens da CCTV, revelou que o último furto praticado pelo suspeito se deu dois dias depois da queixa.

A PJ verificou que o alegado responsável pelo furto saiu da RAEM no dia 28 de Março, às nove da manhã, comunicando com os agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública para o interceptarem no regresso ao território. Bastou um dia para isso acontecer: na segunda-feira foi detido ao entrar em Macau pelas Portas do Cerco.

As autoridades recuperaram os objectos furtados no apartamento do suspeito, na zona norte da península. O homem, residente de Hong Kong, foi ontem presente ao Ministério Público.

De acordo com a PJ, o suspeito confessou o crime, explicando que como ia à loja regularmente conheceu outros aficionados das miniaturas, tendo conseguido que um lhe desse uma chave para entrar. No seu depoimento terá explicado que entrou várias vezes na loja para furtar objectos desde Dezembro do ano passado. O suspeito usou uma parte das peças para modificar os seus carros, tendo vendido as restantes partes na internet por 3.000 patacas, usando esse dinheiro para despesas da vida quotidiana.

Ouro sobre azul

As autoridades revelaram mais uma detenção associada a um caso de furto. Um homem da China continental foi detido por furtar uma corrente de ouro de um conterrâneo, noticiou o canal chinês da Rádio Macau. O suspeito e a alegada vítima vieram juntos para Macau, para jogar, e ficaram no mesmo quarto de hotel.

Quando a alegada vítima acordou, a corrente de ouro e o presumível culpado tinham desaparecido. Suspeitando tratar-se de furto, participou o caso às autoridades. A PJ encontrou o suspeito no domingo, que confirmou ter trocado a corrente de ouro numa casa de penhor, por 45 mil patacas, e que perdeu todo o dinheiro no jogo. Entretanto, as autoridades encontraram a corrente de ouro.

31 Mar 2021

Droga | Casal detido por posse e tráfico de ice no valor de 31 mil patacas

Um casal de namorados foi detido após um dos elementos ter sido apanhado pela PJ a vender doses de ice à porta de casa, na zona do Porto Interior. No total, foram apreendidos 8,77 gramas do estupefaciente. Um comprador foi também detido

 

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada quarta-feira três pessoas, um casal de namorados e um comprador, todos de nacionalidade filipina, por suspeita da prática dos crimes de tráfico e consumo ilícito de estupefacientes, mais precisamente de ice. Feitas as contas, foram apreendidos mais de 9,0 gramas do produto, no valor de 31 mil patacas.

De acordo com informações reveladas ontem em conferência de imprensa pela PJ, após seguir algumas pistas que indiciavam suspeitas sobre um caso de venda de droga na zona do Porto Interior, foi iniciada uma operação junto a um edifício situado na Rua do Almirante Sérgio.

Assim, por volta das 21h30, os agentes destacados para o local suspeitaram das movimentações de um homem que, após entrar no edifício, dele acabou por sair passados apenas dois minutos. Após seguir o homem durante algum tempo, a polícia viria a interceptá-lo, acabando este por confessar, justamente, que tinha comprado ice no interior do prédio de onde saira momentos antes. Na sua posse, estava um pacote de ice com 0,29 gramas, que tinha sido adquirido por 300 patacas.

No encalce da detenção do comprador, a PJ dirigiu-se ao edifício da Almirante Sérgio e logo encontrou uma mulher à porta da sua residência, segurando num pacote de ice com a mesma quantidade de produto.

Ao entrar na residência do casal, a PJ deteve de imediato o homem e iniciou as buscas ao local, tendo encontrado 22 pacotes de ice, com o peso total de 8,77 gramas e um valor de mercado situado nas 31 mil patacas.

Adicionalmente, foram descobertos dois pacotes de “outro estupefaciente não identificado” na forma de pó branco, com o peso total de 8,47 gramas. Segundo o porta-voz da PJ, estão ainda a decorrer investigações para apurar de que estupefaciante se trata. Foram ainda apreendidos utensílios para embalar droga, balanças, equipamento para consumo e também 1.200 dólares de Hong Kong e 2.100 patacas.

Consumo interno

Interrogado pelas autoridades, o casal confessou a prática do crime, acrescentando que a venda de estupefacientes era exclusivamente destinada a pessoas de nacionalidade filipina. Quanto à origem da droga, os dois terão recusado revelar qualquer tipo de informação.

Realizados os exames para detectar a presença de substâncias ilícitas no organismo, tanto o comprador como o namorado testaram positivo, ao passo que a mulher testou negativo. Os três foram presentes ontem ao Ministério Público (MP).

O comprador, de 28 anos, irá responder pela prática do crime de consumo ilícito de estupefacientes, pelo qual poderá vir a ser punido com pena de prisão de três meses a um ano ou com pena de multa de 60 a 240 dias. Já a namorada, de 34 anos, irá responder pela prática do crime de tráfico ilícito de estupefacientes, podendo vir a ser punida com pena de prisão entre cinco a 15 anos. Por fim, o namorado irá responder pela prática dos dois crimes, ou seja, tráfico e consumo ilícito de estupefacientes.

26 Mar 2021

Fronteira | Homem que atou mulher e roubou 300 mil HKD detido

A Polícia Judiciária (PJ) divulgou ontem a detenção de um homem de 24 anos, oriundo do Interior da China, suspeito de manietar uma mulher, que supostamente trocava dinheiro, e de lhe roubar 300 mil dólares de Hong Kong.

O indivíduo, detido ontem de manhã quando tentava sair de Macau pela fronteira com Hengqin, terá acordado com a alegada vítima, também na casa dos 20 anos e do Interior da China, trocar dinheiro num quarto de hotel do Cotai.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o suspeito terá atado a mulher com cintos de roupões e subtraído 300 mil HKD à alegada vítima. De seguida, a PJ afirma que o homem terá transferido parte da verba apurada para uma conta bancária chinesa, através de uma casa de penhores no NAPE. Entretanto, a mulher conseguiu libertar-se e pediu ajuda aos seguranças do hotel. A PJ afirma que o homem terá confessado o crime, que justificou com dívidas de jogo, e que parte do dinheiro foi recuperado.

25 Mar 2021

Falsificação | Residente detido em caso de contratação ilegal de trabalhadores

A Polícia Judiciária deteve um homem de 40 anos suspeito de falsificar vários tipos de documentação, com o objectivo de contratar ilegalmente trabalhadores não residentes para o sector da construção civil. Entre os documentos apreendidos, estão Bilhetes de Identidade de Residente, bluecards, salvos-condutos e comprovativos da DSI. Uma vítima foi ainda desfalcada em 200 mil patacas

 

Um residente de Macau, comerciante de 40 anos, foi ontem detido pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeição da prática de crimes de falsificação de documentos de especial valor e de contratação ilegal de mão-de-obra.

De acordo com as informações avançadas ontem pela PJ, em conferência de imprensa, o alerta para o caso foi dado após uma vítima ter apresentado queixa às autoridades, levando consigo, um total de 12 documentos falsos, que terão sido utilizados para permitir a contratação ilegal de trabalhadores não residentes oriundos do Interior da China para a construção civil.

Contas feitas, além de vários Bilhetes de Identidade de Residente falsos, foram ainda entregues dois bluecards, três salvos-condutos, comprovativos de identidade emitidos pela Direcção dos Serviços de Identificação (DSI) e duas unidades do chamado ”Cartão de Formação em Segurança Ocupacional para a Construção Civil”.

Segundo a vítima, um investidor dedicado a angariar pessoas para trabalhar em Macau, tudo começou em Junho de 2019 quando, através de um amigo, conheceu o suspeito. Na altura, este terá dito que as obras que tinha a cargo em Macau careciam de investimento e de mão-de-obra. Perante o pedido, a vítima acedeu, tendo investido 300 mil renminbis e iniciado os contactos para trazer trabalhadores do Interior da China, dispostos a vir para Macau.

Um mês após a chegada dos trabalhadores a Macau, o porteiro do estaleiro de obras onde se encontravam trabalhar, apercebeu-se de que os documentos apresentados pelos mesmos eram falsos. No seguimento da descoberta, os trabalhadores foram impedidos de continuar a laborar e a vítima pediu ao comerciante para devolver o dinheiro investido. Apesar de ter concordado, o suspeito acabaria, no entanto, apenas por devolver 100 mil renminbis do total do montante injectado.

A ponta do icebergue

Iniciada a investigação no local, a PJ conseguiu apurar que existem, pelo menos, 17 trabalhadores envolvidos no mesmo caso. Além disso, o porta-voz da PJ avançou ainda que vários destes trabalhadores terão entrado em Macau apenas na posse do passaporte e sem qualquer outro documento legal para trabalhar no território.

Nas buscas realizadas na residência do suspeito, foram ainda apreendidos três computadores, sendo que num deles, estavam alojadas 90 imagens relacionadas com o caso, incluindo de documentos de identidade e salvos-condutos.

Após a detenção, o suspeito recusou-se a colaborar com a polícia, e não respondeu a qualquer questão.
Quanto aos 17 trabalhadores envolvidos no caso, apenas alguns se encontram ainda em Macau, tendo afirmado perante as autoridades, desconhecer que os documentos facultados para que pudessem trabalhar em Macau, seriam falsos. Segundo a PJ, os mesmos trabalhadores revelaram ainda que tiveram de pagar 2.000 patacas para tratar dos documentos e que recebiam 60 patacas por dia.

O caso seguiu para o Ministério Público (MP), onde o suspeito irá responder pelo crime de falsificação de documentos de especial valor e crimes relacionados com emprego. De acordo com a legislação em vigor, a confirmar-se o primeiro crime, o suspeito poderá ser punido com pena de prisão de 1 a 5 anos. Já por ter estabelecido relações laborais com indivíduos que não são titulares dos documentos exigidos por lei para serem admitidos como trabalhadores, pode ser punido com uma pena de prisão até dois anos e, em caso de reincidência, entre 2 a 8 anos.

23 Mar 2021

Mulher defraudada em romances online perde 570 mil patacas

Entre Junho de 2020 e Janeiro deste ano, uma mulher de Macau foi defraudada em 570 mil patacas na sequência de burlas online. De acordo com a Polícia Judiciária, a vítima é uma residente desempregada, na casa dos trinta anos.

Em Junho do ano passado, conheceu um alegado burlão numa rede social que disse ser empreiteiro a trabalhar na Malásia. Após três meses de conversa, o sujeito terá pedido um empréstimo à vítima para comprar ferramentas. Entre Outubro e Janeiro, os pedidos continuaram e ascenderam a 14.800 dólares norte-americanos.

Em Novembro do ano passado, a vítima terá conhecido online outro homem, que se apresentou como um engenheiro britânico. Ao longo das conversas, a mulher disse que o apartamento que arrendava iria regressar ao dono e que estava à procura de casa. O indivíduo terá, então, afirmado que iria meter dinheiro para comprar uma propriedade na RAEM.

Mais tarde, a vítima recebeu mensagens de alguém que se identificou como funcionário de um banco que lhe pediu dinheiro para cobrir o seguro, e outras despesas, para a remessa de dinheiro ser enviada. No total, a vítima desembolsou 449.640 dólares de Hong Kong neste segundo caso.

17 Mar 2021

Homem burlado em 16 milhões com promessa de empreitada

A Polícia Judiciária deteve um empresário de 48 anos por suspeitas de falsificar contratos de construção de uma suposta obra prevista para o Canal dos Patos. Um homem que foi convencido a investir em troca de uma percentagem dos lucros foi lesado em 16 milhões de dólares de Hong Kong

 

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um empresário local por suspeitas da prática dos crimes de burla, emissão de cheque sem provisão e falsificação de documentos. Em causa, está a realização de uma suposta obra prevista para o Canal dos Patos, que terá servido de base para convencer um outro homem a investir no projecto, acabando por perder 16 milhões de dólares de Hong Kong.

Segundo revelou ontem a PJ em conferência de imprensa, tudo começou em Junho de 2017, quando os dois homens se conheceram por motivos de trabalho. Na altura, o empresário terá avançado que a companhia que gere iria ficar responsável por uma obra de grande envergadura junto do Canal dos Patos, prometendo à vítima lucros de 16 por cento sobre o valor total da obra que, alegadamente, seria de 100 milhões de renminbis.

No desenrolar das conversações, o suspeito terá ainda dito à vítima que seriam necessários 50 milhões de renminbis para que a obra pudesse avançar, pedindo-lhe para procurar investidores. Adicionalmente, caso angariasse os ditos investidores, ganharia uma comissão de 2 por cento sobre o lucro total da obra.

Para provar a veracidade do negócio, durante os encontros que mantiveram, o empresário terá apresentado documentos comprovativos do contrato da empreitada e da participação de outros investidores no projecto. Convencida, a vítima decidiu avançar e, entre Janeiro e Novembro de 2018, entregou em numerário e por via de transferência bancária, o montante total de 20 milhões de dólares de Hong Kong, fruto do trabalho de angariação que fez junto de investidores.

O bico ao prego

De acordo com a PJ, a partir do momento em que o montante ficou do lado do empresário, este terá usado diversos pretextos para atrasar a obra, nomeadamente que faltaria a autorização do Governo para o projecto avançar.

Apesar de a situação estar num impasse, a vítima apercebeu-se de que as obras no local já teriam começado e que a companhia que estava a cargo da empreitada não era a detida pelo empresário. Perante os factos, a vítima pediu ao suspeito que lhe restituísse os 20 milhões de dólares de Hong Kong. O empresário acedeu, tendo devolvido 4 milhões de patacas no imediato e emitido um cheque com os outros 16 milhões. Contudo, quando a vítima tentou depositar o cheque, o mesmo não tinha cobertura, levando o homem a apresentar queixa na PJ.

No decorrer da investigação, a polícia conseguiu apurar que o empresário não era o empreiteiro do projecto em questão, e que os documentos eram todos falsos. Além disso, o suspeito fugira, entretanto, para o Interior da China na tarde do dia 25 de Março de 2020.

Na passada terça-feira, as autoridades de segurança pública da China anunciaram a detenção do suspeito, que viria a ser entregue à PJ. Durante o interrogatório, o homem admitiu o crime e que nunca concorreu ao concurso de adjudicação da obra em questão.

O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde o suspeito irá responder pela prática dos crimes de burla, emissão de cheque sem provisão e falsificação de documentos. Caso se venha a confirmar a acusação, o suspeito pode ser punido, respectivamente, com penas de 2 a 10 anos, até 5 anos e até 3 anos, por cada uma das infracções.

12 Mar 2021

Extorsões online | Desmanteladas redes de conversa nua e enjo kosai

Numa operação conjunta com as autoridades de Hong Kong e do Interior da China denominada “Biombo do Céu”, a PJ desmantelou três redes criminosas com ligações a casos de extorsão através de conversa nua online e de enjo kosai. A maioria das vítimas é de Macau e Hong Kong. Os casos de enjo kosai envolveram 2,8 milhões de dólares de Hong Kong. Foram detidas 11 pessoas

 

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem o desmantelamento de três redes criminosas, dedicadas à extorsão online através de conversa nua e à prática de enjo kosai, uma prática oriunda do Japão, comumente associada à prestação de serviços de “companhia com benefícios” em troca de dinheiro, por parte de estudantes do ensino secundário. No total, a operação resultou na detenção de 11 pessoas, nenhuma delas em Macau.

Sublinhando que, desde o início da pandemia, o número de vítimas relacionadas com estes casos tem vindo a registar uma subida exponencial em Macau e Hong Kong, o porta-voz da PJ revelou que, na origem da descoberta, esteve a criação de uma equipa de investigação dedicada, que conta com a ajuda das autoridades do território vizinho.

Após uma investigação mais aprofundada, o grupo de trabalho concluiu que a origem, tanto dos meios usados para comunicar, como das contas bancárias para as quais eram enviados os montantes das extorsões eram provenientes da China e de Hong Kong. A partir daí, foi solicitada a cooperação das autoridades do Interior e, sob a orientação do Ministério de Segurança de Estado da China e iniciada a chamada operação “Biombo do Céu”.

O primeiro caso foi descoberto em Novembro de 2020 na província de Henan, onde um homem de 35 anos foi detido por suspeita de ter extorquido 17 pessoas através de conversa nua online. Segundo a PJ, as vítimas são oriundas de Macau, Hong Kong e do Interior da China, tendo sido registados prejuízos de entre os 1.000 e os 100.000 renminbis.

A segunda rede foi desmantelada em Jiangxi no mês seguinte. Desta feita foram detidas cinco pessoas de nacionalidade chinesa, também elas suspeitas de extorsão, com recurso a conversa nua online. Entre as vítimas, revelou a polícia, estará pelo menos um residente de Macau lesado em mais de 6.000 renminbis. Até Julho, a rede obteve lucros de 100.000 renminbis.

Por fim, a terceira rede criminosa foi desmontada em Hong Kong e envolveu 11 casos relacionados com a prática de enjo kosai. Segundo a PJ, foram detidas cinco pessoas suspeitas de terem ligações com a prática deste tipo de crimes de “companhia com benefícios” perpretados por menores. No total, os 11 casos de enjo kosai registados no território vizinho envolveram movimentações de 2,8 milhões de dólares de Hong Kong.

Tendência crescente

O modo de operar não é não novo. Durante a conferência de imprensa, o porta-voz da PJ recordou que, na maioria das vezes, as vítimas destes casos são homens seduzidos por filmes eróticos gratuitos, levados a descarregar aplicações como o WhatsApp ou o WeChat para interagir com alguém do outro lado. No caso da conversa nua a vítima acaba normalmente por ser chantageada com a divulgação de vídeos ou dados pessoais pelos seus contactos. Já para o enjo kosai, é feito um convite para participar, explicou a PJ.

Recorde-se que no relatório sobre a criminalidade referente a 2020 divulgado pelo gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, os casos de extorsão a pretexto de conversa nua mostraram um tendência crescente. Desta feita, dos 94 casos de extorsão registados em 2020, mais 25 do que em 2019, 68 tiveram na “conversa nua” a base para a prática do crime. Em 2019 houve apenas seis casos desta natureza.

11 Mar 2021

PJ apreende cocaína em acessórios informáticos

Quatro residentes foram detidos pelas autoridades por suspeitas de tráfico e consumo de droga. A Polícia Judiciária afirma ter recebido informações de que um cartel de tráfico de droga de Hong Kong iria enviar para Macau material informático onde viria escondida droga. Após investigação, as autoridades obtiveram informação do destino e dos destinatários das encomendas.

De acordo com informação da Polícia Judiciária (PJ), na segunda-feira foi interceptada uma residente, destinatária das encomendas enviadas para uma loja de uma empresa de compras online no norte da península. A mulher foi detida em conjunto com um residente que a foi buscar de automóvel.

Dentro do embrulho apanhado pelas autoridades estava um teclado de computador onde estavam escondidas 10,66 gramas de cocaína, com valor de 35 mil patacas. A PJ deteve outros três residentes na Areia Preta e na Avenida Almirante Lacerda.

As autoridades apuraram que os primeiros dois detidos tinham como destino um centro comercial na Areia Preta para entregar as encomendas a outro indivíduo, que por sua vez passaria a droga a um consumidor e ao seu motorista. Os cinco residentes foram transferidos para o Ministério Público, suspeitos dos crimes de tráfico e consumo de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas.

10 Mar 2021

PJ | Pó branco encontrado nas ruas não é venenoso

A Polícia Judiciária afirmou que o pó branco que se suspeita que estivesse a ser utilizado para envenenar gatos não é venenoso. A informação foi avançada ontem pelo jornal Exmoo. A substância terá sido deixada em vários pontos da cidade por um cidadão estrangeiro que estava a participar numa actividade semelhante a uma caça ao tesouro.

Segundo as declarações da pessoa em questão, que a PJ não identificou, após ser interceptado pela polícia o homem admitiu ter sido ele a deixar o pó nas ruas de forma a marcar os pontos da cidade por onde tinha passado, no âmbito de uma actividade de caça ao tesouro, no passado domingo.

No entanto, o caso causou preocupação entre algumas associações de defesa dos direitos dos animais, porque se temia que o pó fosse veneno para matar gatos. Para estes receios contribuiu o facto de no mesmo domingo ter sido encontrado um gato morto num edifício industrial na Avenida de Venceslau de Morais, um dos locais onde tinha sido encontrado o pó. No dia seguinte, foi encontrado outro gato morto, perto da Rua da Bacia Sul. Contudo, face ao primeiro caso, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) diz não haver suspeitas de crime e na segunda ocorrência, a PJ justificou que a morte deverá ter acontecido devido a uma queda em altura.

Em relação ao pó deixado pelo estrangeiro, encontrado no edifício industrial, as autoridades dizem que se trata de pó comestível, pelo que o homem deverá ser multado no âmbito do Regulamento Geral dos Espaços Públicos. Já o pó encontrado na Avenida do Ouvidor Arriaga foi classificado como material de construção.

3 Mar 2021