O mundo parou

[dropcap]O[/dropcap] universo resolveu conspirar para que todos nós parássemos quase por completo as nossas vidas. No entanto, a chegada da pandemia da covid-19 deu-se na era do digital e da internet, o que, de certa forma, facilita o nosso quotidiano. Estamos permanentemente ligados e conseguimos manter trabalhos, aulas e afectos à distância.

A covid-19 parece estar a ensinar-nos muitas coisas, a dar lições a muitos países e governantes, a obrigar-nos a olhar para o que antes não percebíamos. De repente vimo-nos confinados a estar sozinhos ou em família, a partilhar tempos e espaços como há muito não o fazíamos. Num mundo caótico, ficámos, subitamente, com muito tempo livre.

Depois de o mundo parar, não se sabe muito bem por quanto tempo, seremos seres humanos melhores ou mais loucos? Iremos a correr que nem doidos para os bares, para as ruas, ou ficaremos meio atordoados sem saber como viver? Quais as lições da covid-19 que ainda estão por vir?

25 Mar 2020

Covid-19 | Entidades unem-se para apoiar Portugal

Para permitir a aquisição de material necessário em Portugal no combate ao novo tipo de coronavírus, 17 entidades e associações uniram-se numa Comissão Solidária de Macau e estão a organizar uma angariação de fundos

 

[dropcap]E[/dropcap]stá aberta uma angariação de fundos para permitir a aquisição de equipamento a enviar para Portugal, com o objectivo de apoiar o combate à covid-19. O movimento de solidariedade arranca com uma Comissão Solidária de Macau que reúne 17 entidades. O que se pretendeu foi agregar um “querer colectivo de tentar fazer alguma coisa para ajudar a situação que se vive em Portugal”, descreveu Amélia António, presidente da Casa de Portugal. Espera-se assim conseguir adquirir material constante de uma lista do Ministério da Saúde que aponta o que faz falta.

Em primeira instância, o apoio será dirigido à obtenção de material de protecção para todos os que estão na primeira linha de combate à doença. De acordo com Amélia António, as informações recebidas pela Comissão é de que existe falta de batas, viseiras, óculos, máscaras e outro material destinado a estes profissionais. Numa segunda linha, mas “não menos importante”, procura-se enviar kits e o conjunto de coisas necessárias para que sejam realizados testes, uma vez que a Organização Mundial de Saúde “parece concluir que onde se fazem mais testes tem-se conseguido dominar melhor a questão”, explicou Amélia António ontem em conferência de imprensa.

Para este efeito foi aberta uma conta no BNU, gerida exclusivamente pelo banco, cujo nome é “COVID19 – Portugal Conta Solidariedade” com o número “MOP 9016556516”. A conta deverá permanecer aberta até ao dia 5 de Abril, uma vez que “isto é importante e é urgente”, frisou a representante da Casa de Portugal. Por sua vez, Miguel de Senna Fernandes notou que as previsões apontam que o pico em Portugal será em meados de Abril para explicar que há tempo para agir, acrescentando posteriormente que “é importantíssimo que o façamos já”.

Solidariedade “prática”

Como Portugal tem adquirido material na China, e está também a receber ofertas de instituições e particulares deste país, “tudo isso estará a ser congregado de maneira a poder voar para Portugal da forma mais eficiente e mais rápida”, disse Amélia António. Além do BNU, prestam apoio a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e as representações diplomáticas de Portugal em Macau e na China. Note-se que a distribuição do material em Portugal será feita pelo Ministério da Saúde.

Apesar de se pretender que a ajuda seja principalmente financeira, não se exclui a possibilidade de as pessoas contribuírem com material físico, ainda que isso obrigue a uma “logística maior”.

Amélia António frisou que se está a trabalhar para que a solidariedade “tenha uma expressão real, prática, que seja possível as pessoas sentirem que ela existe e se manifesta”. E lançou um alerta, indicando que a comunidade de língua portuguesa “tem tempo de criticar o que tiver de criticar”, mas que “nenhum país estava preparado para isto”. No seu entender, a energia deve estar concentrada na luta contra o inimigo: “e o inimigo neste momento é o vírus”.

A responsável avançou ainda que representantes da iniciativa foram ontem recebidos pelo Chefe do Executivo, tendo sido acolhidos com grande “simpatia” e “expressão de apoio”.

25 Mar 2020

Terminal da Taipa | Coutinho pede isenção de renda para lojistas

[dropcap]S[/dropcap]e o negócio das lojas do Terminal Marítimo do Pac On nunca foi famoso, a pandemia da covid-19 ainda agravou mais a situação. Este foi o foco da interpelação escrita por Pereira Coutinho, e divulgada ontem, que pede ao Governo que dispense “as lojas do pagamento de rendas e tarifas de electricidade e água, de Abril a Dezembro”.

Para o efeito, o deputado sugere que o Executivo tenha como referência a isenção da renda das bancas dos mercados, medida anunciada no Relatório das Linhas de Acção Governativa para 2019.

Por outro lado, Pereira Coutinho realça o baixo fluxo de passageiros que usam o Terminal do Pac On, uma infra-estrutura que muitas vezes categorizou como “um dos elefantes brancos” de Macau, e interroga o Executivo quanto a medidas que incentivem o movimento no terminal.

Segundo o deputado, o Terminal Marítimo do Pac On tem outro calcanhar de Aquiles: negligência e confusão na gestão do espaço. Neste aspecto, Coutinho aponta o dedo às diversas empresas que ganharam a adjudicação para prestar serviços de gestão, limpeza e segurança no espaço, o que, além do descontentamento quanto ao serviço prestado, representa mais encargos para os lojistas. Assim sendo, Pereira Coutinho sugere que seja o próprio Governo a responsabilizar-se pela gestão do terminal.

25 Mar 2020

Covid-19 | Três pessoas violaram quarentena obrigatória

Dois residentes e um trabalhador não residente violaram o regime de quarentena obrigatória, segundo informação do Corpo de Polícia de Segurança Pública. Um deles saiu do quarto de hotel onde cumpria quarentena, enquanto que os restantes saíram de suas casas. Será entregue um relatório ao Ministério Público para acompanhamento

 

[dropcap]O[/dropcap] regime de quarentena obrigatória durante 14 dias foi violado por três pessoas, dois residentes permanentes e um trabalhador não residente oriundo da Indonésia. O caso foi ontem anunciado por Ma Chio Hong, representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Um dos casos diz respeito a uma pessoa que está a cumprir quarentena num hotel designado para esse fim e que saiu do seu quarto.

“Dois casos foram verificados durante a nossa inspecção geral, pois todos os dias realizamos uma inspecção nos locais onde as pessoas estão em isolamento para verificar se estão ou não a cumprir as regras. O outro caso foi encaminhado pelo centro de coordenação, e quando nos deslocámos ao hotel verificámos que essa pessoa tinha saído do seu quarto, se calhar para ir buscar comida ou bens essenciais”, adiantou Ma Chio Hong.

Para já o CPSP está a elaborar um relatório sobre as ocorrências para entregar ao Ministério Público. Estes actos violam as regras do isolamento obrigatório previstas na lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis, em vigor desde 2004.

“Estas pessoas foram informadas de que tinham de ficar sujeitas a 14 dias de observação médica e que não podiam sair das suas casas, mas violaram as regras. O CPSP apela a todas as pessoas em observação domiciliária para colaborarem com os nossos trabalhos e cumprirem a lei.”

Vários impasses

Depois de Hong Kong ter proibido a entrada a não residentes como medida de combate à pandemia da covid-19, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, declarou que passou a ser proibida, desde as 00h de hoje, a entrada em Macau de residentes do interior da China, Hong Kong e Taiwan que tenham estado em países estrangeiros nos 14 dias anteriores à viagem.

Questionado sobre a possibilidade de prolongar o prazo dos vistos a turistas que não consigam apanhar o voo no aeroporto de Hong Kong e que, por isso, tenham de ficar mais tempo em Macau, Ma Chio Hong referiu que a medida será avaliada caso a caso.

Quanto à ideia de criar um canal especial para residentes de Macau que necessitem de apanhar um voo em Hong Kong, o Executivo esclareceu que é algo que ainda não está previsto. “Depois do dia 25 [hoje] vai ser proibida a entrada [em Hong Kong] de residentes de Macau. Estes não podem entrar em Hong Kong e apanhar voos. Não temos um veículo especial para transportar os residentes para o aeroporto, porque estão envolvidas muitas formalidades e também envolve a parte de Hong Kong. Neste momento, não temos esse tipo de consenso”, adiantou Inês Chan, representante da Direcção dos Serviços de Turismo (DST).

Quanto ao apoio aos residentes que estão a regressar a Macau são para manter, ao mesmo tempo que se prolonga o diálogo entre as duas regiões administrativas especiais. “Temos a responsabilidade de apoiar os residentes e vamos ajudar todos os que pretendem regressar a Macau. As medidas não são aplicadas apenas por Macau e temos ainda de negociar com Hong Kong. Eles também utilizaram muitos recursos e ultrapassaram muitos obstáculos para nos ajudar”, frisou Inês Chan. A representante da DST destacou ainda o facto de as companhias aéreas “terem um papel fundamental” neste processo.

 

Reunião com hotéis

O Governo admitiu a dificuldade para encontrar novos hotéis para o cumprimento de quarentena, embora tenha anunciado ontem a 9ª unidade hoteleira disposta a receber pessoas. Inês Chan, directora dos Serviços de Turismo, afastou a possibilidade de serem escolhidas áreas maiores dentro dos casinos, por terem alguns bares e restaurantes a funcionar, e defendeu a necessidade de se marcar uma reunião com responsáveis do sector hoteleiro. “Temos actualmente 1751 pessoas em quarentena e 1900 pessoas que se registaram [para regressar a Macau]. Os hotéis devem manifestar a sua vontade de cooperação. Passo a passo poderemos resolver as dificuldades. Este é o primeiro passo, se os responsáveis dos hotéis quiserem sentar-se connosco para discutir.”

25 Mar 2020

Chefe do Executivo afasta discriminação na proibição de entrada de trabalhadores não residentes

[dropcap]O[/dropcap] líder do Governo recusou a ideia de que a proibição de entrada de trabalhadores não-residentes (TNR) que não sejam chineses possa ser vista como discriminação. “Não digam que é discriminação. São tempos especiais e temos de usar todas as medidas para proteger os residentes”, justificou. Ho foi mais longe e apontou que outros países tomam medidas semelhantes: “Eu não me sinto discriminado pelos outros. Os órgãos de comunicação devem trabalhar de forma positiva”, vincou.

Ho Iat Seng apelou também à compreensão entre as diferentes comunidades de Macau, após vários comentários inflamados nas últimas semanas, causados pela decisão do Governo ir buscar os residentes a Wuhan, e, mais recentemente, face à política de proibir a entrada de estrangeiros. “Cada comunidade pode ter um ponto de vista diferente, um interesse diferente e há medidas para o bem-estar de todos, que podem ser vistas como controversas”, reconheceu Ho. “Mas, esperamos que não surja discriminação, apesar de não irmos proibir comentários, discussões e os diferentes entendimentos”, indicou.

Por outro lado, o Chefe do Governo deixou ainda a esperança que a situação se altere brevemente e que os trabalhadores não-residentes possam começar a entrar e sair de Macau para o Interior da China, apesar de admitir que o Executivo está sob muita pressão devido aos casos importados.

“Na província de Cantão e em Zhuhai não se registam casos na comunidade de novas infecções. O que tem acontecido são casos importados, que têm sido detectados nas fronteiras”, começou por apontar. “Nos próximos 14 dias estamos num período de alto risco e vamos ver se há risco de infecção. Se não houver mais casos locais vamos equacionar se os TNR podem regressar a Macau, talvez no final deste mês ou no princípio do próximo”, apontou.

25 Mar 2020

Oitava fase de distribuição de máscaras assegurada

[dropcap]O[/dropcap] Governo garantiu ontem que vai haver uma próxima fase da distribuição de máscaras, a oitava. A confirmação foi feita por Ho Iat Seng: “A sétima ronda começou há poucos dias e temos garantida uma 8.ª ronda. Não estamos preocupados”, afirmou.

“Até agora já foram adquiridas mais de 40 milhões de máscaras, mas temos de escolher as que cumprem os padrões de qualidade”, frisou.

25 Mar 2020

Número de mortes em Portugal por covid-19 aumenta para 33

[dropcap]P[/dropcap]ortugal tem 33 mortes associadas ao vírus que provoca a covid-19, revelou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGSD), que corrigiu os dados anteriormente divulgados.

Numa nota divulgada pelas 16:30 e que acompanha o novo boletim epidemiológico, a DGS explica que até ao final do dia 23 se registaram 33 mortes associadas à doença Covid-19, e não 30 como anteriormente tinha informado.

Diz ainda que o óbito registado na Região Autónoma dos Açores no boletim divulgado ao início da tarde era um caso suspeito para covid-19 e que apenas depois do fecho do boletim a DGS teve conhecimento que o resultado das análises se revelou negativo.

Assim, os outros óbitos reportados agora, em acréscimo ao anteriormente divulgado, “explicam-se com a existência de resultados que foram conhecidos após publicação do boletim”, explica a DGS.

Segundo o novo boletim epidemiológico, estão confirmadas 14 mortes na região Norte, seis na região Centro, 12 na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve.

O boletim regista 2.362 pessoas infectadas pelo novo coronavírus (mais 302), a grande maioria (2.159) está a recuperar em casa e 203 estão internadas (mais dois), 48 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos (mais uma).

Desde 01 de janeiro foram registados 15.474 casos suspeitos, dos quais 1.783 aguardam resultado laboratorial. Houve ainda 11.329 casos em que os testes não confirmaram a infeção e 22 doentes que já recuperaram.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 1.130, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (852), da região Centro (293), do Algarve (46) e do Alentejo (seis casos).

Há 12 casos na Madeira e 12 nos Açores. O boletim dá ainda conta de 11 casos de estrangeiros.

24 Mar 2020

Covid-19 | Macau anuncia 26º caso de infecção

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram hoje mais um caso de contágio da Covid-19, elevando o número de infectados para 26 desde o início do surto do novo coronavírus. Trata-se de uma jovem de 17 anos, residente de Macau, estudante no Reino Unido, que a 20 de Março viajou a partir de Londres para a Hong Kong, informou em comunicado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Quando chegou a Macau, no dia 22 de Março, domingo, apresentava sintomas como corrimento nasal e dor de cabeça, tendo sido levada de ambulância para o hospital publico para exames. O primeiro teste que realizou foi negativo, contudo um segundo teste realizado 48 depois, hoje, confirmou positivo para o novo tipo de coronavírus, acrescentaram as autoridades.

Este é o 16.º caso detectado pelas autoridades em pouco mais de oito dias, depois de Macau ter estado 40 dias sem identificar qualquer infeção.

Macau registou uma primeira vaga de dez casos de infeção pela covid-19 em fevereiro, que já tiveram alta hospitalar. Após a deteção de novos casos, as autoridades reforçaram medidas de controlo e restrições fronteiriças e a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias imposta a praticamente toda a gente que entra em Macau.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

24 Mar 2020

Covid-19 | Tailândia vai decretar estado de emergência quinta-feira

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro da Tailândia disse hoje que o governo concordou em declarar o estado de emergência implementando medidas de contenção à propagação da pandemia do novo coronavírus. O primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, anunciou que após a reunião semanal o governo decidiu declarar o estado de emergência durante um mês a partir da próxima quinta-feira, conferindo ao executivo poderes especiais.

A partir de quinta-feira, o executivo pode implementar o recolher obrigatório, exercer censura junto dos órgãos de comunicação social, dispersar reuniões e projetar no terreno forças militares para fazer face à covid-19.

Prayuth, numa breve mensagem transmitida através da televisão, pediu à população para se manter calma e avisou sobre o “uso incorreto” das redes sociais sublinhando que as medidas prevêem sanções contra os que não respeitarem as ordens.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

24 Mar 2020

OMS diz que pandemia da Covid-19 está a acelerar mas pode ser combatida

[dropcap]O[/dropcap] director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou ontem que há mais de 350.000 casos de covid-19 e que a pandemia está a acelerar, mas frisou que pode ser combatida. “Não podemos ser prisioneiros das estatísticas. Podemos mudar a trajectória da pandemia”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus numa conferência de imprensa online, a partir de Genebra.

Para mudar essa trajetória são precisas táticas agressivas, disse o responsável, usando uma terminologia ligada ao futebol, numa conferência de imprensa em que, com a presença do presidente da FIFA, Gianni Ifantino, foi apresentada uma campanha para “expulsar o coronavírus” responsável pela covid-19.

Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que passaram 67 dias desde foi relatado o primeiro caso do novo coronavírus e se atingirem 100.000 infecções, sendo preciso apenas 11 dias para se chegar a mais 100.000 e só quatro dias para outros 100.000. “Podemos ver como o vírus acelerou”, alertou, acrescentando que o vírus está agora em quase todo o mundo.

É por isso que, salientou o diretor-geral da organização, como no futebol não se vence um jogo apenas defendendo, são precisas táticas de ataque agressivas e direcionadas, não apenas ficando isolado em casa mas testando casos suspeitos, isolando os infectados, tratando os que precisam e monitorizando as redes de contactos dessas pessoas.

Saudando países que enviaram equipas médicas para ajudar outros países, lamentando os “alarmantes relatos” de profissionais de saúde infectados, Tedros Adhanom Ghebreyesus disse também que vai falar com os líderes do G20 (as maiores economias do mundo) para lhes pedir que aumentem a produção e ajudem na distribuição de meios de proteção para fazer face à pandemia. “O que lhes peço é solidariedade”, disse.

Na conferência de imprensa o director-geral criticou também que se esteja a tratar doentes de Covid-19 com medicamentos cuja eficácia não foi ainda testada pela comunidade científica e que além de criarem “falsas esperanças” podem fazer mais mal do que bem.

E na véspera do Dia Mundial da Tuberculose Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou também a doença que mata 1,5 milhões de pessoas por ano e disse que se o mundo respondeu rapidamente à emergência da Covid-19 deve unir-se também na luta contra a tuberculose. E voltou a salientar que a solidariedade é o fator mais importante para enfrentar o vírus.

A campanha hoje apresentada em Genebra pela OMS e pela FIFA junta jogadores de futebol de todo o mundo que, a partir de casa, fazem apelos e deixam conselhos para fazer face à doença.

Nomes como Leonel Messi, Radamel Falcão ou Xavi Hernández fazem parte do vídeo que vai ser divulgado em breve.

“O futebol significa muito para milhares de milhões de pessoas em todo o mundo e é óbvio que temos que mostrar liderança e solidariedade nestes dias difíceis”, disse o presidente da FIFA, salientando que a saúde é o mais importante e que a humanidade tem de ser forte, seguir as orientações dos profissionais de saúde e das autoridades, e depois começar a reconstrução.

O coronavírus mostrou como a humanidade é vulnerável, e também globalizada, disse o responsável.

Alisson Becker, jogador brasileiro do clube inglês Liverpool, entrou em direto para dizer que os jogadores de futebol estão habituados a trabalhar em equipa e que não é fácil agora ficar em casa, ainda que entenda que é necessário. Agora, disse, é o momento de dar prioridade à solidariedade e de pensar nos outros

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infectou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

O continente europeu é onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infectados já estão curados.

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direcção-Geral de Saúde.

24 Mar 2020

Covid-19 | Governo chinês doa material de apoio a Portugal para combater pandemia

[dropcap]O[/dropcap] governo chinês vai doar materiais de apoio e facilitar a aquisição de equipamentos a Portugal para enfrentar a pandemia da covid-19, anunciou ontem o embaixador da China em Portugal, Cai Run.

Numa nota enviada à Lusa, a embaixada chinesa mostrou-se grata às autoridades portuguesas pela “solidariedade” demonstrada durante a crise provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 na China e lembrou que “no aperto do perigo, conhece-se o amigo”, assegurando que os meios “vão chegar em breve” ao país.

“Desde há muito tempo, a Embaixada da China em Portugal tem mantido comunicação e coordenação estreitas com o governo português e as suas autoridades competentes, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério da Saúde e Direcção-Geral da Saúde [DGS] de Portugal, e ao mesmo tempo tem articulado com as autoridades competentes chinesas, assim como autoridades locais e empresas”, referiu o diplomata no comunicado.

A representação chinesa em Portugal notou ainda ter promovido e coordenado esforços para que cidades como Pequim, Xangai, Shenzhen, Zhuhai e Shenyang, entre outras, tenham doado “prontamente às cidades geminadas portuguesas materiais de proteção, como máscaras médicas, fatos, etc.”

Cai Run indicou também que o grupo China Three Gorges, o maior accionista da EDP, se juntou à companhia elétrica portuguesa para a aquisição de materiais e equipamentos médicos – “ventiladores, monitores, máscaras médicas, fatos e óculos de proteção” –, com vista à sua doação a Portugal, à semelhança de outros membros da comunidade chinesa no país.

“Um cidadão chinês em Portugal já doou num primeiro momento fatos de protecção à DGS, enquanto os ventiladores também adquiridos pela comunidade chinesa estão prestes a chegar a Portugal e serão doados à parte portuguesa”, sublinhou o embaixador chinês.

 

24 Mar 2020

China regista 78 novos casos de contágio com a Covid-19, apenas quatro locais

[dropcap]A[/dropcap] China registou 78 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, sendo quatro de contágio local e os restantes importados, anunciou hoje a Comissão de Saúde do país. Na cidade de Wuhan, centro da epidemia, voltou a registar um caso de contágio local, indicou.

A Comissão de Saúde da China informou que, até ao início do dia de hoje, ocorreram sete mortes devido à covid-19, o que eleva para 3.277 o número de vítimas mortais da doença no país.

Ao longo de mais de uma semana, a maioria dos casos relatados pelas autoridades chinesas são de pessoas chegadas do exterior, enquanto a transmissão comunitária quase desapareceu.

Quando a doença começou a atingir o resto do mundo, muitos chineses regressaram ao país. De acordo com dados oficiais, a China registou, no total, 400 casos de infeção oriundos do exterior.

O número de infectados diagnosticados na China desde o início da pandemia é de 81.171, entre os quais 90% já recuperaram, acrescentou.

Para impedir uma segunda vaga de contágios no país, o Governo chinês impôs uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar na China.

Ainda segundo dados oficiais, 691.185 pessoas que tiveram contacto próximo com infectados foram monitorizadas clinicamente desde o início do surto, incluindo 12.077 ainda sob observação.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

24 Mar 2020

Imposta quarentena para quem vem de Hong Kong. Problemas em encontrar hotéis

Ho Iat Seng anunciou novas restrições de entrada e reconheceu dificuldades do Executivo em encontrar hotéis para implementar quarentena. Por isso, apelou à responsabilidade social das concessionárias de jogo e deixou um aviso: “As pessoas de Macau vêem com olhos, mas lembram-se com o coração”

 

[dropcap]A[/dropcap] partir de hoje todos aqueles, com excepção dos residentes de Macau, que tenham estado no estrangeiro nos últimos 14 dias estão proibidos de entrar no território. Os residentes de Macau, ficam obrigados a cumprir o período de quarentena ao chegar à RAEM, caso tenham estado em Hong Kong, Taiwan ou no estrangeiro nas duas semanas anteriores à chegada .

A medida foi anunciada ontem por Ho Iat Seng, numa conferência de imprensa em que o Chefe do Executivo aproveitou também para apontar o dedo às concessionárias por não estarem a assumir as responsabilidades sociais.

Segundo Ho Iat Seng, as políticas foram decididas para o Executivo se articular com o Governo de Hong Kong, que vai continuar a permitir que os estudantes de Macau utilizem o aeroporto da RAEHK para regressarem ao território. Na segunda-feira, Hong Kong anunciou a proibição da entrada de qualquer pessoa vinda de jurisdições fora da Grande China.

“Recebemos uma notificação de Hong Kong antes do anúncio das medidas por parte deles. Depois começamos a analisar a situação e decidimos implementar o mesmo tipo de medidas, a partir da meia-noite de 25 de Março”, declarou Ho Iat Seng. “A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, tinha prometido flexibilidade para que o Governo da RAEM pudesse enviar equipas ao aeroporto de Hong Kong para ir buscar os estudantes de Macau no estrangeiro que estão a regressar. Isso vai ser feito”, garantiu.

Neste momento existem cerca de 600 alunos que se registaram junto do Governo que poderão ser trazidos para Macau, através do corredor especial. Além disso, cerca de 1.000 já regressaram com êxito, estão de quarentena, e Ho admitiu que o Governo prevê que entre 10 a 30, ou seja 1 por cento a 3 por cento, possam estar infectados.

Sem rancor

O Chefe do Executivo foi confrontado com o facto de a resposta da RAEM poder ser encarada como uma retaliação face a Hong Kong. Porém, Ho afastou o cenário: “Não é uma vingança, não quero que se use esse termo até porque não precisamos de nos vingar. Temos uma relação de amizade com Hong Kong”, indicou.

“Só que quando eles tomam medidas, nós também temos de analisar a situação e tentar cooperar com eles. Só assim é possível o desenvolvimento sustentável”, acrescentou.

Por outro lado, Ho Iat Seng admitiu que anteriormente, quando Hong Kong decidiu unilateralmente encerrar as ligações marítimas, que a situação “atrapalhou” as autoridades em Macau.

No entanto, recusou olhar para o passado e desculpou a congénere de Hong Kong: “Espero que não se olhe para o passado. Não vale a pena. Na posição de Chefe do Executivo, como acontece com Carrie Lam e comigo, estamos muito focados no combate à epidemia. Por isso, muitas vezes não conseguimos considerar todos os aspectos de uma decisão e os lapsos podem acontecer”, sublinhou.

Aviso à “navegação”

Ontem, Ho Iat Seng reconheceu que o Governo está a encontrar dificuldades em arranjar hotéis para as quarentenas e apelou às concessionárias do jogo que cumpram com a “responsabilidade social” e disponibilizem espaços.

“Estamos um pouco desiludidos com a missão de encontrar hotéis para a quarentena. A nossa prioridade é evitar hotéis nos grandes empreendimentos para não afectarmos os negócios de restaurantes e outros espaços. Mas se não conseguirmos encontrar mais hotéis onde é que as pessoas vão ficar?”, questionou.

“Este também é um grande desafio para as concessionárias. Que responsabilidades sociais devem assumir? Não é só fazer publicidade nos jornais e oferecer presentes”, atirou. Embora tivesse recusado uma ligação directa entre a prestação das concessionárias do jogo durante a epidemia e a atribuição das novas licenças do jogo, Ho admitiu que os futuros contratos podem estipular melhor as responsabilidades sociais e vincou que as pessoas não se vão esquecer desta fase: “As pessoas de Macau vêem com olhos, mas lembram-se com o coração”, afirmou.

Por outro lado, Ho reconheceu que a lei de prevenção e controlo de doenças transmissíveis permite que o Governo se aproprie de hotéis, mas que o Executivo não deseja enveredar por este caminho, a não ser como último recurso.

Mais rebuçados?

Como parte das políticas de apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME), o Executivo criou um cartão de consumo para distribuir pelos residentes, com o valor de 3 mil patacas, para estimular o consumo. Além disso, vão ser disponibilizadas linhas de crédito bonificadas, empréstimos sem juros e as contas da electricidade e água vão ser subsidiadas.

No entanto, as medidas foram vistas como insuficientes por algumas PME que preferiam que houvesse redução das rendas. Só que o cenário foi afastado por Ho, que apontou que qualquer negócio envolve sempre riscos e potenciais perdas, para as quais as empresas também precisam de estar preparadas.

“Não posso obrigar os proprietários dos imóveis a reduzir as rendas, não podemos impor esta medida. Eles também compraram os imóveis para terem rendimentos […] O que o Governo pode fazer está a ser feito. Mas não posso estar a distribuir rebuçados de forma incessante”, atirou.

“Também sou empresário e quando investimos sabemos que há riscos e que pode haver prejuízos. Se não for assim não é um negócio. Espero que a população compreenda esse aspecto”, pediu.

Por outro lado, Ho negou, por enquanto, a existência de uma segunda fase do cartão de consumo. O Chefe do Executivo explicou que a política serve para estimular o consumo em diferentes espaços, mas que se, por exemplo, o dinheiro for todo utilizado nos supermercados os efeitos não serão os mais desejados.

O líder do Governo justificou também que as 3 mil patacas não foram distribuídas com o cheque pecuniário, porque havia sempre a hipótese de os residentes preferirem guardar o dinheiro no banco, o que também não estimularia a economia local.

Restrições à entrada

Residentes: A entrada está sempre garantida. Ficam obrigados a quarentena se estiverem estado no estrangeiro, Hong Kong ou Taiwan nos 14 dias anteriores à entrada.

Estrangeiros: A entrada está totalmente proibida, e inclui trabalhadores-não-residentes com nacionalidade portuguesa.

Turistas e Trabalhadores Não-Residentes do Interior, Hong Kong e Taiwan:

Entrada proibida: Em caso de visita ao estrangeiro nos 14 dias anteriores à entrada.
Entrada com quarentena: Se tiverem visitado Hong Kong ou Taiwan nos 14 dias antes da entrada.
Entrada com exame médico de oito horas: No caso de terem estado numa região no Interior que se considere de alta incidência.
Certificado médico: Obrigação para os turistas que tenham estado na província de Hubei e para todos os trabalhadores não-residentes que tenham estado no Interior.

24 Mar 2020

Faça chuva ou faça sol

[dropcap]C[/dropcap]onsegui acordar ainda de manhã. Parece que as horas estão a encontrar o seu tempo. Como de costume, o telefone já se enchia de mensagens dos de cá e dos de outros fusos. “Olá, estás boa?”,

“Como está a correr isso por aí?”, “Precisas de alguma coisa?”. Cada um destes contactos tem um valor acrescentado pelas circunstâncias. Mais do que as mensagens que divulgam convites para solidariedades várias, estas demonstram que há uma solidariedade real, dirigida a um outro que existe. Não que a solidariedade colectiva deixe de ser imperiosa. Mas para que seja verdadeira é, primeiro, necessário que exista a real percepção do outro. Uma existência com morada no coração. Sem enganos nem ilusões.

O termómetro das dez da manhã acusou 36 de temperatura. Na mesma altura abria-se a porta da frente. “Olá vizinha” dissemos uma à outra. A D. Maria também estava bem. Ainda fiquei a dar dois dedos de conversa à distância. Tinha dormido melhor, estava a ajustar tempos e mandou-me um beijo.

Mais tarde, ao telefone, o Faustino falou-me do filme que estava a ver. Estamos limitados a um quarto, a viver do mesmo. A conversa continuou de raspão sobre o mau estado do mundo. Acabou com “mas o tempo até está a passar depressa e tranquilamente”. Foi bom ouvir. E está.

Apesar do nevoeiro matinal o sol acabou por dar de si. O Carlos ligou. “Precisas de alguma coisa?”, perguntou acrescentando que estava um calor dos diabos lá fora. Olhei pela janela.

Olha as árvores

Aqui o clima é sempre o mesmo. A temperatura sempre agradável. Apercebi-me que podia estar o mais agreste Inverno do outro lado do vidro, que nem daria conta. Mas parece que o calor chegou, e podia já ser daquele que asfixia, que agora também não tem forma de se fazer sentir do lado de cá desta fortaleza de luxo. Aqui, a estação é sempre a mesma.

Lá para a hora do almoço disse à Cristina que não precisava de fruta. O mil-folhas que veio na mala para ela, já era. Quando sair vou-lhe fazer três mil-folhas para que os coma seguidinhos em forma de agradecimento. Para a Vera o mesmo, ou outra coisa que mais lhe apeteça. Para os tantos amigos que me apercebo que tenho, alguma coisa se vai arranjar embrulhada em amor.

O Mário interrompeu-me o Yoga. Mas não faz mal. Ele está uns andares acima e gostamos de dizer uns disparates por dia. Comentámos que as árvores derrubadas pelo Hato estão mais verdes que as outras, ali na montanha que nos dá vista. Se calhar, se não fosse este isolamento, nem nos teríamos apercebido.

São 15h. Está sol. Faltam quase 10 dias.

Até amanhã

Macau, 23 de Março de 2020

24 Mar 2020

Covid-19 | Jorge Sales Marques aconselha máscaras e isolamento a portugueses

Numa altura em que o número de casos de infectados com o covid-19 não pára de subir, Jorge Sales Marques aconselha os portugueses a cumprirem instruções e ajudarem o pessoal médico numa guerra onde não se querem “heróis”

 

[dropcap]O[/dropcap] médico dos Serviços de Saúde Jorge Sales Marques considera que a ‘receita’ para vencer a guerra contra a covid-19 passa por máscaras, lavagem de mãos, isolamento e rastreios. Os conselhos foram deixados para Portugal, numa entrevista à Lusa.

O pediatra, que integra a equipa médica de Macau envolvida na linha da frente do combate ao surto, mostrou-se “preocupado”, enquanto médico e português, com o aumento de casos no país europeu e com “algumas imagens” que ilustram situações de incumprimento de regras básicas.

“Vejo às vezes, com preocupação, como português, (…) imagens na rua e em locais” que mostram pessoas “que não estão a seguir regras”, que é preciso “cumprir numa situação de pandemia”, afirmou o especialista, à Lusa, salientando que, “a curto prazo (…) será diferente: quando surgirem mais casos e mais mortes o impacto será maior”.

Jorge Sales Marques assegurou que boa parte da ‘receita’ para vencer “a ‘guerra’ que está a ser travada” passa pela utilização de máscaras e pela lavagem de mãos, medições exaustivas de temperatura e pelos inevitáveis controlos fronteiriços. O médico vincou ainda a necessidade de se evitar a aglomeração de pessoas, de se impor uma auto-disciplina de isolamento em casa e seguir as orientações associadas ao distanciamento social.

“Temos de combater o ponto mais fraco do vírus”, através do “auto-isolamento”, já que este “só se propaga se tiver pessoas, caso contrário vai morrendo, vai perdendo forças, vai diminuindo o número de mutações, e vai acabar por desaparecer”, sustentou.

Turnos de 14 dias

Jorge Sales Marques faz parte de uma equipa composta por 23 médicos e 60 enfermeiros que combatem em Macau o vírus, em turnos de 14 dias. Segundo o médico, os profissionais estão “completamente equipados com material de protecção individual, que inclui óculos, luvas e máscaras”, seguindo, depois de revezados, para uma quarentena de outros tantos dias, que é cumprida numa residência anexa ao local onde prestam serviço equipada com uma centena de camas, em quartos individuais.

“Ficam em isolamento voluntário (…) para impedirem o contágio a familiares ou [a pessoas com] o sistema imunológico comprometido”, frisou.

O especialista sublinhou ainda que “os profissionais de saúde que estão na linha da frente, quer em Portugal, quer em Macau, em todos os lados, não querem ganhar essa guerra sozinhos”. “Não queremos ser os heróis desta guerra, temos de partilhar isto”, disse, defendendo duas convicções profundas.

A primeira é que “tem de haver sobretudo uma comunhão entre quem manda e quem orienta e quem deve cumprir, que é a população”.

A segunda, diz respeito ao momento e às ações definidas. “Só com medidas corajosas é que podemos ganhar terreno. Se tivermos medo de actuar vamos perder o ‘timing’ ideal”, sustentou.
Meses de combate à epidemia em Macau e o olhar sobre o que está a ser feito em outros territórios e países em todo o mundo, permitem-lhe fazer uma outra previsão: “Certamente virão novas pandemias e vamos estar mais preparados para as combater logo de início com medidas corajosas”, rematou.

24 Mar 2020

Turismo | Residentes pressionam agência a cancelar tour em Macau

Continuam a ser vendidos tours de Macau, pelo menos a turistas de Hong Kong. Uma agência em particular, viu-se forçada a cancelar os pacotes que tinham Macau como destino devido à reacção de residentes nas redes sociais. Entretanto, as restrições de entrada em Hong Kong podem encarregar-se por si de impedir as tours

 

[dropcap]A[/dropcap]pesar das circunstâncias pandémicas, Macau continua a ser apelativo para turistas. Exemplo disso é a forma como agências de turismo continuam a vender pacotes que têm a RAEM como destino, apesar do aumento dos casos de infecções pelo novo coronavírus.

A EGL Tours, uma agência de turismo de Hong Kong com uma loja em Macau, acabou por cancelar as excursões programadas depois de ser severamente criticada online e ameaçada de boicote. “Depois de ontem termos ouvido tantos amigos, e após cuidadosa ponderação, decidimos cancelar imediatamente todas as tours em Macau. Pedimos desculpas a todos os cidadãos de Macau e Hong Kong.” Começa assim a mensagem da agência de Hong Kong, escrita na caixa de comentários na publicação em que publicitava as tours em Macau.

A EGL Tours acrescenta que na altura de conceber o produto turístico ainda não se tinha dado a segunda vaga de infecções e que a gravidade da pandemia foi subestimada. A agência refere também que tem como prioridade a segurança do pessoal da linha da frente e que espera que a indústria consiga ultrapassar este período complicado.

A Direcção dos Serviços de Turismo (DST), em resposta ao HM, revelou ontem que tem seguido de perto a situação, e que contactou no domingo várias agências de turismo para compreender melhor a situação. Inês Chan, que lidera o Departamento de Licenciamento e Inspecção da DST, revelou que a delegação dos serviços de turismo de Macau em Hong Kong chamou a atenção às agências no sentido de reforçar a ideia de parceria no combate à pandemia.

Aliás, a situação foi resolvida, inadvertidamente, por Carrie Lam. “Às 15h [de ontem], as autoridades de Hong Kong anunciaram novas medidas. Todos os residentes que regressam de Macau ficam em quarentena obrigatória de 14 dias. Por isso, é impossível a realização de excursões”, referiu Inês Chan na habitual conferência de imprensa sobre a situação do combate ao novo coronavírus.

Reino de fantasia

Pouco antes do anúncio do Executivo de Hong Kong, o HM falou com a representante da agência Best Funny Holiday, que vende viagens de Hong Kong e marcações de hotéis, sem tour. A agência sublinhou que não cancelou produtos turísticos que têm Macau como destino e que tinha muitas reservas, todas marcadas por residentes de Hong Kong, considerando não ser oportuno revelar os números exactos de reservas.

Regressando à EGL Tours e ao produto turístico que foi massacrado nas redes sociais por residentes de Macau, é de salientar que as viagens foram promovidas com a salvaguarda de que “não passavam por locais afectados pelo surto epidémico”.

Além disso, a EGL garantia a desinfecção do autocarro que iria transportar os turistas, a medição da temperatura antes da entrada na viatura, refeições tomadas em mesas separadas, e o fornecimento de máscaras e desinfectante de mãos. Além disso, nas tours estavam também previstas viagens no Metro Ligeiro.

24 Mar 2020

FMUP | Director diz que Marcelo Rebelo de Sousa deve pedir ajuda a Macau 

[dropcap]A[/dropcap]ltamiro da Costa Pereira, director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), defendeu, numa carta aberta publicada no semanário Expresso, que o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, deveria pedir ajuda a Macau no combate à pandemia da covid-19.

“Apelo-lhe, como português e cidadão europeu, para que exerça a sua enorme influência simbólica e diplomática, junto de países ou regiões que têm partilhado com Portugal relações históricas, comerciais e de entre ajuda, há já mais de 500 anos, para que nos auxiliem agora, neste momento de enorme necessidade.”

O responsável máximo pela FMUP refere-se “ao Japão e República Popular da China, com especial destaque para a Região Administrativa Especial de Macau”. “Na verdade, fruto de terem tido que lidar com a epidemia de SARS no início deste milénio e agora com a de covid-19, a China e suas Regiões Administrativas Especiais estão preparadas como nenhum outro país – com as possíveis excepções do Japão e da Coreia do Sul – para nos ajudar neste combate que, tendo chegado agora de forma avassaladora até nós, não irá tão cedo deixar-nos dormir descansados”, acrescentou.

Altamiro da Costa Pereira defende que esta ajuda “não deverá ser apenas de natureza material, com os seus equipamentos de protecção, de diagnóstico e de tratamento (por exemplo, máscaras, medicamentos e ventiladores) de que já temos e teremos cada vez mais falta no nosso SNS [Serviço Nacional de Saúde], à medida que a situação vá piorando, mas também e, talvez sobretudo, deverá ser através da partilha de conhecimento epidemiológico e de saúde pública”.

24 Mar 2020

PME | Quase três mil candidaturas ao plano de apoio financeiro

[dropcap]U[/dropcap]m total de 2994 pequenas e médias empresas (PME) candidataram-se ao Plano de Apoio a PME concedido pela Direcção dos Serviços de Economia (DSE) no âmbito das respostas à crise causada pela pandemia da covid-19.

Estes números dizem respeito ao período compreendido entre o dia 1 de Fevereiro e 20 de Março, sendo que 20 por cento das candidaturas foram apresentadas via online. Um total de 1 556 candidaturas já têm o processo de apreciação concluído.

Em comunicado, a DSE explica que “desde que sejam entregues todos os elementos necessários, é muito provável que os trabalhos de apreciação e aprovação sejam concluídos dentro de 10 dias”. Para se candidatarem, as PME devem cumprir quatro passos para ter acesso a um empréstimo sem juros até 600 mil patacas, com um prazo de reembolso de oito anos. No que diz respeito ao plano de bonificação de juros, até ao dia 20 de Março a DSE recebeu um total de 622 pedidos, com o prazo de candidaturas a terminar a 17 de Setembro.

24 Mar 2020

Covid-19 | Serviços de saúde passam a realizar testes nos hotéis onde se efectuam quarentenas

[dropcap]A[/dropcap]lvis Lo, médico dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), anunciou ontem que as autoridades vão adoptar novas medidas de despistagem de infecção com a covid-19 para todos os que estão sujeitos a quarentena obrigatória à chegada ao território.

Neste sentido, são os próprios profissionais de saúde que irão aos hotéis onde se encontram estas pessoas a fim de realizarem testes de ácido nucleico. Este método já foi usado no hotel Golden Crown China Hotel.

“Antes apenas retirávamos amostras de saliva, mas verificámos que demorava mais tempo a fazer o teste em laboratório. Verificámos que é mais fácil enviar pessoas para os hotéis para realizarem testes de ácido nucleico, por isso mudámos a forma de fazer os testes. No futuro vamos usar este método para aplicar em outros hotéis”, frisou o médico.

Alvis Lo adiantou também que esta medida foi adoptada oficialmente este domingo, depois de terem sido testadas duas pessoas a cumprir quarentena obrigatória no hotel Golden Crown China Hotel.

24 Mar 2020

Covid-19 | Lei Chin Ion diz que novos casos de infecção estão dentro das previsões do Governo

[dropcap]O[/dropcap]s novos casos de infecção de covid-19 registados nos últimos dias estão dentro das previsões do Executivo, declarou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM).

“Temos muitos estudantes que vão regressar de zonas de alto risco para Macau, por isso os cinco novos casos estão dentro das nossas previsões. São apenas oito estudantes e, por isso, a proporção é inferior a 1 por cento [é 0,9 por cento].”

Lei Chin Ion assegurou ainda que não há risco de infecção comunitária através destas pessoas que regressam do exterior, uma vez que foram detectadas e observadas a tempo as pessoas com contacto próximo.

“Nos últimos dias houve muitos residentes a regressar a Macau, mas acredito que esses números vão diminuir. Nos últimos dois dias foi o pico do regresso dos estudantes, hoje [segunda-feira] e amanhã [hoje] há menos estudantes a regressar. Com menos pessoas a regressar o número de casos também vai diminuir. Conseguimos encontrar casos nos hotéis e fronteiras e isso não traz qualquer risco à comunidade”, rematou o director dos SSM.

24 Mar 2020

Covid-19 | Macau regista 25º caso de infecção. Doente é trabalhador não residente da Indonésia

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram esta segunda-feira mais um caso de contágio da covid-19, elevando o número de infectados para 25 desde o início do surto do novo coronavírus. Trata-se de um indonésio, de 41 anos, “marido do 14.º caso e pai do 17.º caso confirmado em Macau”, informou em comunicado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

O trabalhador não residente do território, no dia 17 de Março, “apanhou o voo CX718 (com o assento n.º 47D) da companhia aérea Cathay Pacific, com a sua mulher e seu filho, com partida de Jacarta, Indonésia e destino Hong Kong”. Apesar de ter logo registado febre, os primeiros dois testes deram negativos, mas hoje foi submetido a um terceiro teste e o “resultado revelou positivo para o novo tipo de coronavírus”, acrescentaram as autoridades.

Este é o 15.º caso detectado pelas autoridades em pouco mais de uma semana, depois de Macau ter estado 40 dias sem identificar qualquer infecção.

Ontem foi anunciado o 24º caso de contágio com a covid-19, e que diz respeito a um estudante no Reino Unido, residente de Macau, de 21 anos de idade que viajou de Londres para Hong Kong. Na fronteira, declarou ter sentido febre nos 14 dias anteriores à entrada no território. Os testes realizados posteriormente confirmaram a infecção.

No domingo foi também detectado o 21º caso positivo numa mulher de 19 anos, regressada do Reino Unido via Tailândia, e que chegou a Macau dia 18, estando actualmente em tratamento. No sábado, foi detectado o 22º caso de infecção, respeitante a um homem de 44 anos, residente de Macau, que viajou de Dublin, Irlanda, para Macau via Frankfurt. Quando chegou à fronteira, para cumprir quarentena, declarou ter corrimento nasal, tendo feito testes no Centro Hospitalar Conde de São Januário.

O doente “apresentou sintomas de pneumonia”. Por sua vez, o 23º caso diz respeito a um estudante, residente de Macau, que chegou de Hong Kong na sexta-feira, dia 20. O teste de ácido nucleico deu positivo, mas o raio-x não comprovou a evolução para pneumonia.

24 Mar 2020

Fronteira | Ho Iat Seng anuncia novas restrições em resposta a Hong Kong

À semelhança de Hong Kong, Macau anuncia hoje novas medidas, que prometem ainda mais rigor nas fronteiras. Para já, a partir de amanhã, todos os residentes de Macau que cheguem a Hong Kong vão ser obrigados a ficar de quarentena. Contudo, o corredor especial de transporte para quem chega ao aeroporto do território vizinho mantém-se

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau vai avançar com novas medidas nas fronteiras para combater o novo tipo de coronavírus. O anúncio é feito hoje pelo Chefe do Executivo Ho Iat Seng, como confirmou o Director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion.

“Não excluímos a possibilidade de tomar medidas restritivas mais rigorosas. Amanhã [hoje] o Chefe do Executivo vai realizar uma conferência de imprensa para anunciar essas medidas e os seus detalhes. Acho que todos os cidadãos podem ficar relaxados e confiar no Governo”, partilhou ontem Lei Chin Ion por ocasião da conferência de imprensa diária da covid-19.

As medidas do Governo de Macau surgem no seguimento das diligências anunciadas ontem pelo Governo de Hong Kong que proíbem, a partir de amanhã, a entrada no território a todos os não residentes, que passam assim a ficar obrigados a cumprir uma quarentena de duas semanas. Em sentido contrário a regra também se aplica, ou seja, os residentes de Hong Kong que regressem ao território vindos de Macau também terão de fazer uma quarentena de 14 dias.

Além das trancas à porta para todos os turistas e pessoas em trânsito, o Executivo de Carrie Lam ditou ainda que cerca de 8.600 restaurantes e bares licenciados podem permanecer abertos, embora não possam servir bebidas alcoólicas.

Sobre as medidas decretadas por Hong Kong, Lei Chin Ion admitiu ainda que os Serviços de Saúde não receberam qualquer comunicação sobre uma eventual coordenação entre gabinetes.

Acesso proibido

Os residentes de Macau que têm voos marcados nos próximos dias com partida de Hong Kong, passam assim a estar também impedidos de chegar ao aeroporto do território vizinho, como confirmou ontem Inês Chan, dos Serviços de Turismo. “De acordo com o nosso entendimento se não podem entrar em Hong Kong, isso significa que não se pode ir ao aeroporto de Hong Kong”, referiu Inês Chan.

Apesar de não descartar a possibilidade de ser criada uma via especial de acesso ao aeroporto a partir de Macau, Inês Chan vincou que as entradas e saídas das fronteiras são “um assunto sério”. “Temos de avaliar a situação e negociar com Hong Kong. Como a medida foi anunciada só esta tarde [de ontem], ainda não tomámos nenhuma iniciativa”, esclareceu a responsável.

No entanto, Inês Chan confirmou que o corredor especial de transporte dos residentes de Macau que cheguem ao aeroporto de Hong Kong irá manter-se. Contudo, a responsável alertou os que estão a vir de fora para eventuais mudanças nos voos, após o anúncio das novas medidas.

Desde que foi criado o corredor especial, 1674 residentes de Macau já se inscreveram, para voltar ao território a partir do aeroporto de Hong Kong, tendo regressado 866. Até ao final do mês, o Governo estima que irão regressar a Macau 784 estudantes através deste transporte especial.

O transporte do aeroporto de Hong Kong para Macau está garantido até 31 de Março, sendo que o Governo não afasta a possibilidade de continuar a assegurar o regresso dos residentes depois desta data.

24 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com 23 mortes confirmadas e 2.060 pessoas infectadas

[dropcap]P[/dropcap]ortugal tem 23 mortes associadas ao vírus da Covid-19 confirmadas, mais nove do que no domingo, e 2.060 pessoas infectadas, segundo o boletim de hoje da Direcção-Geral da Saúde (DGS). Estão confirmadas nove mortes na região Norte, cinco na região Centro, oito na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, revela o boletim epidemiológico divulgado hoje, com dados referentes até às 24:00 de domingo.

Das 2.060 pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (1.859) está a recuperar em casa, 201 estão internadas, 47 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos. De acordo com os dados da DGS, há mais 460 casos (22,3%) confirmados de infecção com o novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, do que no domingo.

Desde 1 de Janeiro existem 13.674 casos suspeitos, dos quais 1.402 aguardam resultado laboratorial. Houve ainda 10.212 casos em que os testes não confirmaram a infecção e 14 doentes que já recuperaram.

De acordo com o relatório da situação epidemiológica em Portugal, existem 11.842 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde (menos 720).

A região Norte continua a registar o maior número de infecções, totalizando 1.007, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (737), da região Centro (238), do Algarve (42) e do Alentejo (cinco casos). Há nove casos na Madeira e 11 nos Açores. O boletim dá ainda conta de 11 casos de estrangeiros.

Os dados da DGS indicam que há 44 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 26 de França, 20 de Itália, 11 da Suíça, 11 do Reino Unido, seis dos Países Baixos, cinco do Brasil, quatro da Áustria, três dos Emirados Árabes Unidos, três da Índia, dois da Alemanha, dois de Andorra, um da Bélgica, um da Alemanha e Áustria, um do Irão, um do Egito e outro da Dinamarca.

Segundo a DGS, só existe informação sobre sintomas em 46% dos casos confirmados. Nesses casos, 72% têm tosse, 60% dos doentes apresentam febre, 42% dores musculares, 34% cefaleias, 28% fraqueza generalizada e 23% dificuldade respiratória. Portugal está em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, até às 23:59 de 2 de Abril. O novo coronavírus já infectou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

23 Mar 2020

Covid-19 | Hong Kong proíbe entrada de não residentes durante 14 dias

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong vai proibir todos os não residentes de entrarem na região semi-autónoma chinesa a partir de quarta-feira, disse hoje a chefe do Executivo local, como parte das medidas para tentar conter a propagação do novo coronavírus.

Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, ordenou ainda que todos os restaurantes e bares parem de servir álcool. O número de pessoas infectadas em Hong Kong duplicou, nas últimas duas semanas, e atingiu os 318 casos, sobretudo após o retorno de pessoas da Europa e da América do Norte, onde o surto assumiu maior proporção nas últimas semanas.

Até à data, e apesar da proximidade com a China continental, o “centro” financeiro internacional tinha conseguido evitar o surto do novo coronavírus, em particular graças às precauções tomadas pela população local, como o uso de máscara, lavar as mãos e manter a distância social.

“A partir da meia-noite de 25 de março, todos os não residentes de Hong Kong que chegarem de avião do exterior não poderão entrar na cidade”, disse Carrie Lam. A medida vigorará durante duas semanas, podendo ser prolongada no final desse período. O trânsito de passageiros pelo aeroporto da cidade – a oitava mais movimentada do mundo – também será interdita, acrescentou.

O Governo de Macau anunciou, na semana passada, uma medida idêntica, com exceção para trabalhadores não residentes que residam na China continental, Hong Kong e Taiwan, o que afecta parte da comunidade portuguesa.

Em Hong Kong o Executivo ditou ainda que cerca de 8.600 restaurantes e bares licenciados permanecerão abertos, mas não poderão mais servir bebidas alcoólicas. As autoridades de saúde estavam preocupadas com o agrupamento de pessoas em alguns dos bairros movimentados da cidade. Na semana passada, uma série de contaminações foi registada entre as pessoas que se encontravam no distrito de Lan Kwai Fong, conhecido pela vida nocturna.

23 Mar 2020