MotoGP estuda provas em circuitos citadinos

[dropcap]O[/dropcap] pequeno mundo do MotoGP, a categoria rainha do motociclismo mundial, recebeu com surpresa a possibilidade do campeonato ter provas em circuitos citadinos num futuro próximo. Todavia, a possibilidade que certamente deixaria muitos fãs locais em estado de êxtase, de Valentino Rossi, Marc Márquez ou Jorge Lorenzo visitarem o Circuito da Guia, é, no mínimo, muito pequena.

Numa entrevista ao diário espanhol Expansión, o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, revelou que existem planos para uma primeira prova “numa cidade quente”, sendo este, segundo o promotor do campeonato, “um projecto sólido”.

No sábado passado, à margem da conferência de imprensa de apresentação da equipa oficial da Yamaha, o promotor do MotoGP revelou ao site oficial do campeonato mais informações sobre o projecto. “É uma ideia que começámos a falar. Estamos a trabalhar com um governo asiático para tentar fazer um circuito semi-permanente com todas as medidas de segurança de um traçado permanente mas com características interessantes. Não penso que o projecto esteja pronto, no mínimo, até dentro de dois anos.”

Ezpeleta explicou que este traçado citadino “tem como característica principal, além de ser um circuito com toda a segurança dentro de uma cidade, um paddock que ficará totalmente coberto, integrado num centro de exposições. Assim, durante o Grande Prémio utiliza-se para apoio à corrida, e durante o resto do ano pode ser usado para muitas outras coisas. Isso permitiria ter um paddock climatizado numa zona de muito calor.”

Apesar das provas de estrada de motociclismo utilizarem estradas públicas, a única prova de motociclismo a nível mundial num circuito citadino continua a ser o Grande Prémio de Motos de Macau que este ano vai para a sua 52ª edição.

Probabilidades baixas

Apesar das insistências do HM, a Dorna Sport não respondeu às questões colocadas pelo HM sobre e eventualidade do Circuito da Guia acolher um evento do MotoGP no futuro. Contudo, várias fontes ligadas ao campeonato consultadas pelo HM acham pouco possível, a começar “pela dimensão reduzida do paddock, passando pelo facto do fim-de-semana Grande Prémio acolher actualmente três competições da Federação Internacional do Automóvel”.

O circuito citadino da RAEM tem as suas particularidades, por ser “talvez o único evento nos tempos que correm que conjuga automóveis e motociclos no mesmo programa, sendo este basicamente um circuito montado para automóveis”, explicou ao HM, no passado mês de Novembro, Carlos Barreto, o Director de Corrida do Grande Prémio de Motos.

Embora o circuito respeite todas as medidas de segurança impostas pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM), nos últimos anos as alterações feitas ao circuito a pensar na segurança dos concorrentes têm sido na sua maioria pensadas para os automóveis. Há também uma série de medidas suplementares que anualmente são implementadas pela Comissão Organizadora para manter uma articulação saudável com a rotina diária da cidade. Tornar isto tudo possível não é tarefa fácil, visto que a prova de motos de Macau, ao contrário das principais corridas de “Road Racing”, como a Ilha de Man TT ou a NW200, obriga a um entendimento com as entidades responsáveis pelas corridas de automóveis.

“É necessário muito diálogo interno para se procurar conciliar as propostas da FIA e, por vezes, esse compromisso pode demorar um nadinha mais”, acentuou na altura Carlos Barreto, que deu como exemplo “a passadeira para peões no início da Estrada de São Francisco que foi recolocada uns metros adiante e essa alteração, efectuada a título permanente em 2016, contribuiu para melhorar em termos de segurança esta zona do circuito para os pilotos de motociclos.”

Mesmo cumprindo todas as rigorosas normas de segurança, fatalidades, como aquela que manchou a edição de 2017, são impossíveis de evitar e estão intrinsecamente apegadas à natureza da competição.

Outras paragens

Na mesma entrevista Ezpeleta admitiu que muitos países têm mostrado interesse em receber provas do MotoGP, admitindo que mais de 20 provas por ano é neste momento difícil, apesar de 22 eventos ser o número ideal do ponto de vista do empresário espanhol.

No que respeita ao continente asiático, este ano a popular competição das duas rodas passará pela Tailândia, que se estreia no calendário, pela Malásia, que abdicou do Grande Prémio de Fórmula 1, mas não da sua prova de motociclismo, e pelo Japão, um país que é paragem obrigatória dada a fortíssima presença dos construtores nipónicos.

Por muito incrível que pareça, a China continua fora do calendário. O MotoGP visitou o circuito de Xangai de 2005 e 2008, mas para além do evento nunca ter sido financeiramente viável para o promotor local, vários problemas com as alfandegas chinesas saturaram a Dorna.

Indonésia deverá ser a próxima paragem asiática do MotoGP já em 2019, caso o novo circuito de Palembang, no sul da ilha de Sumatra, esteja pronto atempadamente. A acontecer, este será um regresso do campeonato à Indonésia que até 1997 organizava o seu Grande Prémio de Motociclismo no Circuito de Sentul.

2 Fev 2018

Piloto de Macau foi ao pódio no Dubai

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]o alinhar nas 24 Horas do Dubai, como vem sido um hábito nos últimos anos, Kevin Tse Wing Kin tornou-se o primeiro piloto de Macau a realizar uma corrida de automobilismo na temporada de 2018.

O piloto que corre com a bandeira da RAEM subiu ao pódio na categoria GT4 aos comandos de um Mercedes-AMG GT da equipa alemã Black Flacon, fazendo equipa com os pilotos de Hong Kong Frank Yu, Jonathan Hui e Antares Au. Este quarteto esteve na luta pelo triunfo na categoria GT4 com os dois Audi R8 LMS da Phoenix Racing, mas um problema de travões na 22ª hora não permitiu que sonhassem mais que uma posição no pódio à classe e o 31º lugar à geral.

“Esta foi a minha terceira participação nas 24 Horas do Dubai. Eu adoro a atmosfera do Dubai, com uma grelha de partida de 90 carros a competir durante vinte e quatro horas. O ano passado tivemos o Robert Kubica, o Brendon Hartlety e o Jean Eric Vergne a correr na mesma corrida, portanto, este é um verdadeiro evento internacional de alto nível”, explicou Tse ao HM.

Para um piloto mais habituado às corridas de Turismo de curta duração, a prova árabe de resistência é um desafio completamente diferente.

“As corridas de endurance não são apenas de velocidade pura, mas mais de conservação de pneus e resistência e jogadas de estratégia. É perfeito para uma equipa de quatro pilotos amadores, pois nós ainda tivemos a hipótese de lutar por um bom resultado, apesar de o nosso andamento, numa volta só, não ser o ideal”, realça.

O Mercedes AMG GT3, também da Black Falcon, pilotado por Abdulaziz Al Faisal, Hubert Haupt, Yelmer Buurman e Gabriele Piana foi o vencedor da prova de Dubai à geral, ao passo que o português Rui Águas terminou muito atrasado depois de um contacto com um outro concorrente o ter obrigado a uma paragem de três horas e meia nas boxes para reparações.

Aposta certa

A exemplo da categoria de carros de Turismo TCR, a categoria GT4 também está em voga por todo o mundo. Rodolfo Ávila testou a semana passada o Audi R8 LMS na Malásia e teceu rasgados elogios à máquina construída em Ingolstadt. Tse também concorda que estes pequenos grandes carros de Grande Turismo são interessantíssimos de pilotar.

“O AMG é um grande carro de corridas. Basicamente é um mini GT3, pois o GT4 carrega partes do GT3 da AMG”, salienta Tse, que na edição passada da prova alinhou ao volante de um Porsche Cayman da mesma categoria.

Ainda sobre o bólide germânico, que na sua versão de competição custa cerca de dois milhões de patacas, o piloto-empresário explicou que se trata de “um carro fácil de conduzir e mecanicamente foi perfeito durante 24 horas. Parece que o Audi R8 GT4 também é um pacote muito competitivo, já que os tempos por volta são muito parecidos entre os dois carros. Com o orçamento dos GT3 cada vez mais caro, acho que a classe GT4 ficará mais popular nos próximos anos, especialmente para os pilotos amadores.”

GP é a prioridade

O piloto de Macau, que reside em Hong Kong, não esconde que o seu objectivo principal para a temporada de 2018 passa novamente por repetir a presença no Grande Prémio de Macau no mês de Novembro.

“O Grande Prémio é definitivamente o momento alto do ano e nada supera, em termos de corridas, o Circuito da Guia”, afirma Tse que em 2017, Tse tripulou um Volkswagen Golf TCR na Taça CTM de Carros de Turismo de Macau, mas acabou por abandonar devido a um acidente.

Contudo, o experiente piloto que compete com a licença desportiva do território ainda não traçou um plano exacto para a temporada que aí vem. Confirmada está a sua presença no Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa).

“Ainda não sei ao certo em que corrida irei tomar parte nos fins-de-semana de provas da AAMC em Zhuhai, mas espero tomar uma decisão em breve”, concluiu o piloto que tem no seu currículo passagens pelos campeonatos TCR Asia Series, Asian Le Mans Series e Taça Porsche Carrera Ásia.

19 Jan 2018

Corridas de carros de Turismo vão continuar por Zhuhai

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS na sigla inglesa) vai manter o mesmo formato na próxima temporada, tanto no que respeita ao calendário de provas, como ao regulamento técnico que rege as competições de automóveis do território.

Apesar da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) não ter ainda divulgado publicamente o calendário de provas para 2018, o Circuito Internacional de Zhuhai já publicou o seu calendário de eventos para o próximo ano, onde constam dois fins-de-semana de corridas para o MTCS, tal como aconteceu nas épocas anteriores.

O primeiro evento no circuito permanente da cidade chinesa adjacente a Macau será realizado de 25 a 27 de Maio, ao passo que a segunda prova está agendada para o fim-de-semana de 30 de Junho e 1 de Julho.

Como é habitual, a AAMC deverá divulgar os critérios de selecção e apuramento para o 65º Grande Prémio de Macau mais tarde.

Pela primeira vez este ano, a participação nas provas do MTCS foi obrigatória a todos os pilotos, não são apenas aos portadores de licença desportiva do território, que quiseram qualificar-se para a Taça CTM de Carros de Turismo de Macau do Grande Prémio, colocando frente-a-frente nas decisivas corridas de apuramento os pilotos de Macau, Hong Kong, Taipé Chinês e outras nacionalidades. Ao todo estiveram envolvidos no MTCS de 2017 setenta e sete pilotos.

 

Regulamentos são para manter

 

Quanto à regulamentação técnica do campeonato, os pilotos da RAEM foram informados durante o briefing de pilotos que antecedeu a edição deste ano do Grande Prémio de Macau que não haverá alterações de vulto, tanto em 2018, como em 2019. Uma nova regulamentação será apenas introduzida em 2020, o que irá permitir aos pilotos manter os carros que utilizaram este ano por mais duas temporadas, o que permitirá a vários pilotos rentabilizar os altos investimentos feitos este ano e em anos precedentes.

Continuarão a existir duas classes, uma para viaturas com motores 1.600cc Turbo e outra para viaturas de motorização 1.950cc ou Superior.

Em 2017, Paul Poon, piloto de Hong Kong, em Peugeot RCZ, venceu a categoria para viaturas com motores 1.600cc Turbo, seguido dos pilotos de Macau Leong Chi Kin e Célio Alves Dias. Entre os concorrentes da categoria para viaturas de motorização 1.950cc ou Superior triunfou Billy Lo, da RAEM, em Mitsubishi, que superou Yam Chi Yuen e Leong Ian Veng.

19 Dez 2017

Ávila sagra-se Vice-Campeão do CTCC

[dropcap]R[/dropcap]odolfo Ávila sagrou-se ontem Vice-Campeão do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) de 2017, ao terminar na segunda posição na última corrida da temporada, tendo os seus resultados ao longo da época, e especialmente este fim-de-semana no Circuito Internacional de Xangai, sido preponderantes na conquista do título de Construtores por parte da SAIC Volkswagen.

Na sua temporada de estreia no campeonato de automobilismo com maior expressão na República Popular da China, Ávila foi uma presença regular nos lugares pontuáveis, abdicando por vezes de arriscar resultados mais exuberantes em prol do resultado colectivo da equipa.

“O objectivo primordial para esta temporada era ajudar a equipa a vencer o título de Construtores e esse foi cumprido”, explicou o piloto português de Macau da equipa SVW333 Racing. “Obviamente que estou igualmente muito satisfeito em ter ficado em segundo lugar no campeonato. Foi um início de temporada difícil, onde tivemos problemas de vária ordem, mas com o decorrer da temporada fomos melhorando. Foi pena o azar na  segunda corrida em Wuhan, onde motor partiu quando eu seguia no terceiro lugar, mas isso também faz parte das corridas.”

“Esta época foi uma experiência muito interessante para mim, enquanto piloto, pois descobri várias circuitos que desconhecia e tomei contacto com um campeonato extremamente competitivo, em que dentro da pista não há contemplações. Quero também agradecer à SVW333 Racing por me ter dado esta oportunidade e acreditado desde a primeira hora que eu poderia ser uma mais valia para a equipa”, acrescentou Ávila.

O piloto da RAEM estava ciente que esta última prova do ano iria ser particularmente complicada, porque os VW Lamando GTS tinham um handicap de peso demasiado elevado, em relação à concorrência directa, devido aos bons resultados nas provas anteriores. Todavia, Ávila não baixou os braços e, depois de ter conquistado um quinto lugar na primeira corrida, hoje, na última e decisiva corrida do ano, terminou num espectacular segundo lugar.

“Foi um fim-de-semana muito difícil em termos de performance porque os nossos carros estavam muito pesados. Fui o melhor da minha equipa na qualificação e apenas o décimo da geral. Na primeira corrida, porque era importante terminar e somar o maior número de pontos possíveis, optei por uma toada cautelosa, sem exageros, e consegui terminar no quinto lugar. Hoje, partindo do oitavo lugar, fiz outra corrida limpa e consegui subir posições de oitavo até ao segundo lugar. Dadas as circunstâncias foi a melhor forma de dar uma época dura como concluída”, explicou o piloto do VW Lamando GTS nº9.

Rodolfo Ávila subiu ao pódio por três ocasiões esta temporada, terminando o campeonato com 124 pontos, apenas menos sete que o piloto campeão.

27 Nov 2017

Grande Prémio de Macau de Fórmula 3:  Favorito assumiu-se

[dropcap]L[/dropcap]ando Norris fez jus ao seu estatuto de favorito e foi o mais rápido por uma larga margem na primeira sessão de qualificação do “Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 Suncity Grupo – Taça do Mundo de F3 da FIA”. Contudo, como nem todos os candidatos à vitória utilizaram o mesmo número de pneus novos, só hoje se ficará a perceber melhor a diferença entre os pilotos da frente.

Depois de uma sessão de treinos livres relativamente morna pela manhã, onde Sérgio Sette Câmara foi o mais lesto, o espectáculo foi outro da parte da tarde.

Depois dos acidentes do veterano japonês Ryuji “Dragon” Kumita e do espanhol Alex Palou a abrir a sessão, esta estabilizou, com os tempos a caírem progressivamente, numa batalha acesa pelo melhor registo, até que, a onze minutos do término, o Dallara-VW de Sette Câmara embateu com estrondo nas barreiras de protecção da Curva “R”, felizmente sem consequências para o piloto brasileiro. Contudo, a sessão teve que ser interrompida por mais de trinta minutos para restabelecer a segurança na pista.

De volta ao normal

No regresso à normalidade, Norris rodou em 2:11.570 com o Dallara-VW da equipa Carlin, deixando a concorrência sem argumentos. Contudo, o piloto protegido da McLaren F1 é prudente quanto ao registo obtido. “Nós colocámos dois pneus novos, o que nos deu vantagem sobre os nossos adversários. Amanhã todos irão meter pneus novos e irão melhorar. Estou satisfeito como correu esta sessão, mas ainda temos que melhorar as afinações do carro”, explicou o piloto de 18 anos.

Lando Norris foi o mais rápido na primeira sessão de qualificação para a corrida de Fórmula 3, a prova rainha do Grande Prémio de Macau. FOTO © J. Price / GPM

Pedro Piquet foi quem ficou mais perto ficou do britânico, tendo o brasileiro do Dallara-Mercedes, terminado a nove décimas do campeão europeu da especialidade, mas também ele colocou dois pneus novos nos últimos momentos da sessão.

Maximilien Gunther, o melhor dos pilotos da SJM Theodore Racing e que liderou boa parte da sessão, e Daniel Ticktum, o jovem do Red Bull Junior Team que este fim-de-semana regressa à Fórmula 3, seguiram-se na tabela de tempos, à frente de Joel Eriksson e Yuhi Sekiguchi, sendo que este dois últimos se queixaram de não ter tempo para realizar uma volta limpa.

Arredado prematuramente, Sette Câmara ficou com o nono tempo do dia, mas o recordista da melhor volta de Fórmula 3 ao Circuito da Guia mostrou que tem qualidade para ir mais além hoje.

A sessão terminou mais cedo que o previsto porque o indiano Jehan Daruvala bateu na subida de São Francisco, causando a quarta e última bandeira vermelha.

Os Fórmula 3 regressam à pista hoje, para mais uma sessão de treinos-livres pela manhã, e para enfrentarem a segunda qualificação à tarde, qualificação essa que será decisiva na formação da grelha de partida para a Corrida de Qualificação de sábado. Como é tradição, será na tarde de domingo que será disputada a corrida que decidirá o vencedor do 64º Grande Prémio de Macau.

17 Nov 2017

Taça da Corrida Chinesa: Assunção deixa boas indicações

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] “outra” corrida de suporte do programa este ano é a Taça da Corrida Chinesa e foi a primeira entre as provas dos automóveis a sair para a pista.

O que um dia foi uma corrida confinada ao troféu monomarca que dá nome à corrida em Macau, em que as quatro associações automóveis da “Grande China” se confrontavam saudavelmente no asfalto, apresenta-se este fim-de-semana sem essa originalidade, com uma grelha de partida que mistura os carros do troféu monomarca – os novos BAIC D50 – e alguns participantes do campeonato TCR China, uma competição cujas viaturas são de todo idênticas àquelas que vimos na Corrida da Guia em 2016.

O treino-livre de ontem teve os primeiros acidentes do dia, e não foram tão poucos quanto isso, obrigando os comissários de pista a transpirar logo pela manhã. Nesta sessão, os cinco mais velozes ficaram separados por apenas seis décimas de segundo, com o experiente chinês Zhang Zhi Qiang (BAIC) a efectuar a melhor volta. Os dois pilotos da RAEM não desiludiram, terminando ambos dentro dos cinco primeiros. Hélder Assunção fez o terceiro melhor tempo com o BAIC da equipa Tianjin Leo Racing. Aproveitando o seu superior conhecimento do traçado, na sua estreia ao volante do carro de construção chinesa, o piloto macaense ficou a escassos 0.496 segundos do melhor tempo da sessão, num claro sinal prometedor para o fim-de-semana.

Numa sessão de treinos em que houve lugar à mostragem de uma bandeira vermelha e foi realmente difícil efectuar voltas limpas, Liu Lic Ka, em SEAT Leon TCR, obteve o quinto melhor tempo. A qualificação desta corrida decorre amanhã, com a corrida a ser disputada no sábado.

Favoritos nem sequer a Macau chegaram

Os mais atentos com certeza se aperceberam que nem todos os carros da lista de inscritos desta corrida participaram no treino-livre. Isto aconteceu porque os contentores das equipas participantes no campeonato TCR China, provenientes de Ningbo, “não chegaram ao destino” e com isto os principais favoritos ficaram prematuramente de fora, reduzindo em oito concorrentes a grelha de partida.

16 Nov 2017

Taça CTM de Carros de Turismo de Macau: Um pouco de tudo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Taça CTM de Carros de Turismo de Macau, aquela que é a corrida que mais pilotos de Macau reúne, trinta e cinco no total, apresenta-se com um formato diferente este ano, aglomerando numa só corrida os concorrentes da “antiga” Taça CTM e aqueles que participavam na extinta Corrida Macau Road Sport Challenge.

A corrida que já foi um marco das corridas de carros de Turismo no continente asiático será dividida em duas classes, uma para viaturas 1600cc Turbo e outra para viaturas 1950cc ou Acima, uma decisão que não foi do agrado da maioria dos pilotos.

Vinte e cinco pilotos de cada uma das classes foram apurados para esta prova nas corridas de qualificação realizadas no Verão no Circuito de Zhuhai, mas destes, apenas dezoito melhores de cada classe irão participar na corrida da manhã de domingo. Cada categoria terá as suas sessões de treinos-livres e qualificação exclusivas, reunindo-se todo o pelotão de 36 viaturas na corrida de 12 voltas.

Na classe 1600cc Turbo, onde participam cinco conhecidos nomes portugueses, Paul Poon (Peugeot RCZ), seis vezes vencedor desta corrida, confirmou o favoritismo, efectuando a melhor marca. Numa sessão que acabou com bandeiras vermelhas, devido ao aparatoso acidente de Ryan Wong (Chevrolet Cruze) na Curva “R”, Liu Man Kit (Mini Cooper S) e Célio Alves Dias (Mini Cooper S), ambos de Macau, foram os segundo e terceiro mais rápido, respectivamente. Filipe Clemente Souza (Chevrolet Cruze) foi apenas o quinto na tabela de tempos, mas antes da sessão ser interrompida vinha claramente a melhorar o seu melhor “crono”. Eurico de Jesus (Ford Fiesta) fez o 11º tempo, ao passo que Rui Valente (Mini Cooper S), com problemas técnicos, e Jerónimo Badaraco  (Chevrolet Cruze) que deu um ligeiro toque no gancho da Melco, tiveram um dia menos feliz.

Disputada sob um sol radioso, a sessão dos concorrentes da classe 1950cc ou Acima, os carros mais rápidos das duas classes, foi bastante tranquila, sem incidentes de maior, com o grande favorito à vitória no domingo e piloto local Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9) a realizar o melhor tempo, superando por oito décimas de segundo o colombiano residente em Zhuhai, Julio Acosta (Lotus Evora). Mesmo com o carro a verter óleo, Wong Wan Long (Mitsubishi Evo9), outro piloto do contingente da casa, foi o terceiro.

Apesar de ter perdido algum tempo da sessão parado nas boxes, Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo9) fez o nono tempo, ao passo que o estreante Delfim Mendonça Choi (Mitsubishi Evo9) foi o 17º na sessão.

16 Nov 2017

Filipe de Souza: “Só penso em ganhar”

Levar o Chevrolet Cruz à vitória na classe 1600cc. É este o objectivo de Filipe de Souza que só pensa em “vingar” o segundo lugar do ano passado na Taça de Carros de Turismo de Macau.
Filipe Souza

[dropcap]Q[/dropcap]uais são os seus objectivos para a corrida?
Só penso em ganhar e vamos correr para isso. O ano passado fiquei no pódio, mas para ser sincero não fiquei contente. Queria o primeiro lugar, portanto é só nisso que penso este ano.

Teve uma preparação diferente face ao ano passado?
A nível do carro quase podemos dizer que não há regulamento porque eles só nos limitam a cilindrada do motor. Por isso, fiz muitas actualizações para o carro ficar mais potente.

E a nível do calendário?
Chego a Macau com um bom ritmo competitivo porque participei em corridas quase todos os meses. Por isso, chego motivado e com um bom ritmo. Se o carro estiver competitivo, vamos ganhar.

Quais serão os outros pilotos que vão andar na frente na classe até 1600cc turbo?
Os Peugeot são sempre candidatos fortes à vitória e também os meus colegas de equipas [Jerónimo Badaraco e Sou Ieng Hong]. Estes pilotos vão estar a lutar pela vitória.

Os pilotos da Peugeot foram seus colegas de equipa em algumas provas. Como se sente em correr aqui contra eles?
É normal. Nós quando tiramos o capacete somos todos amigos, depois quando estamos no carro somos adversários. Como este ano é o meu 15.º ano a correr em Macau estou acostumado a este tipo de situações.

16 Nov 2017

Rudolfo Ávila participa em mais uma ronda do CTCC na cidade de Wuhan

[dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila vai competir este fim-de-semana no circuito citadino de Wuhan, na província de Hubei, em mais uma ronda do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Na pista montada de propósito para o evento, o piloto de Macau vai ter como objectivo acumular o maior número de pontos ao volante do VW Lamando GTS e ajudar a equipa a conquistar o título de construtores.

“Prevejo que seja um fim-de-semana muito duro, mas os objectivos e desafios são iguais aos das provas anteriores. A prioridade é ajudar a equipa na conquista do Campeonato de Construtores e para isso é preciso somar o maior número de pontos possível, mesmo que isso signifique abdicar de arriscar um resultado melhor”, afirmou Rodolfo Ávila, em comunicado.

Actualmente a Shanghai VW 333 Racing Team, em que Ávila compete, soma 260,5 pontos, mais 21,5 pontos do que a scuderia que surge no segundo lugar, a Baicmotor Racing Team. Também na luta pelo título está a Changan Ford Racing Team com 228,5 pontos, mas mais atrás. Ao nível do campeonato de pilotos, Carlos Zhu é o líder com 102 pontos, mais 22 do que Rodolfo Ávila, que está em quarto lugar, com 80 pontos. Neste momento, e contando com a jornada de Wuhan, faltam dois fins-de-semana de competição para o final do campeonato.

Fim-de-semana de estreias

Na cidade chinesa a grande novidade é o facto do traçado ser citadino. Também o facto dos pilotos não terem experiência anterior nesta pista torna a tarefa mais complicada.

“Qualquer erro num circuito citadino paga-se muito caro”, começou por dizer Ávila. “Obviamente que a minha experiência neste tipo de traçados, como a do ‘nosso’ Circuito da Guia ajudará, mas esta é uma pista com características bastante diferentes. Será muito importante saber gerir o desgaste dos pneus, até porque a curva nove irá colocar um esforço suplementar nos pneus do lado direito”, considerou.

O evento terá um formato diferente do habitual, arrancando hoje com duas sessões de treinos livros, havendo também tempo para uma sessão de testes de 20 minutos. A qualificação e a primeira corrida, de 19 voltas, são amanhã e a segunda corrida, no domingo.

10 Nov 2017

GP Macau | Apenas um piloto de Portugal ao volante

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi confirmado na noite de quinta-feira que Tiago Monteiro não irá participar na prova do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) na 64ª edição do Grande Prémio de Macau. A ausência do piloto portuense significa que o contingente da “metrópole” será o mais pequeno das últimas três décadas.

O piloto português de 41 anos continua ainda em recuperação após o violento acidente sofrido numa sessão de testes privada em Barcelona, no início de Setembro, que lhe afectou a visão e outras funções cognitivas. Monteiro liderava o mundial até à altura do acidente que lhe custou também a participação nas provas de Motegi (Japão) e Ningbo (China).

Depois de ter triunfado na Corrida da Guia o ano passado, tendo sido o primeiro piloto português a conseguir tal feito, Monteiro não poderá defender o título e muito provavelmente ficará arredado da luta pelo ceptro do campeonato. No entanto, nesta fase, o mais importante para o piloto oficial da Honda é mesmo recuperar todas as suas capacidades físicas.

“Não escondo a desilusão de não poder continuar a lutar pelo título no WTCC em Macau. O Circuito da Guia é um dos mais desafiantes e das pistas que mais gosto. Sinto-me preparado para voltar e encontro-me fisicamente capaz, no entanto, o risco de um segundo impacto poderia ser desastroso para o meu corpo, pelo que é necessário esperar um pouco mais”, explicou o piloto português, em comunicado de imprensa.

Tal como na prova da China, o argentino Esteban Guerrieri irá novamente substituir Monteiro no terceiro Honda Civic TC1 de fábrica.

Desde os anos 80

Com a confirmação da ausência de Monteiro, a lista de pilotos portugueses presentes na edição deste ano do evento desportivo de referência da RAEM cai para apenas um representante, André Pires, no Grande Prémio de Motos. Já há mais de trinta anos que a presença de pilotos portugueses não residentes em Macau era tão pequena. Apesar do Grande Prémio de Macau ter gozado sempre uma projecção aceitável em Portugal, até porque o evento tinha a colaboração da Secção de Macau do Automóvel Club de Portugal, só em meados de 1980 é que começaram a aparecer pilotos profissionais do país, tanto nas motas, como nos automóveis, uma comparência que tem sido contínua até aos dias de hoje.

O primeiro piloto profissional de Portugal a competir no Circuito da Guia foi o lisboeta Joaquim Filipe Nogueira que participou na corrida principal do Grande Prémio em 1966, tendo liderado e desistido à segunda volta com um Lotus 22 emprestado por Teddy Yip, visto que o seu Brabham F3-4 ficou preso na alfândega de São Francisco (Califórnia) quando fazia escala para Hong Kong.

10 Nov 2017

Grande Prémio | Estradas fecham às três da manhã

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]urante os quatro dias do Grande Prémio de Macau as estradas utilizadas como parte do circuito da Guia vão começar a encerrar às três da manhã. A informação foi avançada ontem pela Comissão Organizadora do Grande Prémio, em conferência de imprensa, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau. Os organizadores alertaram para um impacto “severo” no trânsito local e pedem às pessoas que optem por se deslocar caminhando com antecedência. Para as deslocações mais  longas, os organizadores pedem aos residentes que utilizem os transportes públicos. Por outro lado, a comissão comprometeu-se a reabrir as estradas tão depressa quanto possível, no final do dia.


Benfica | Central do Olympiakos debaixo de olho

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ape Abou Cissè, central de 22 anos, do Olympiakos, está referenciado pelo Benfica, clube que procura soluções para o centro da defesa, a pensar na reabertura do mercado de transferências, em Janeiro do próximo ano. O internacional sub-20 senegalês foi observado pelo departamento de prospeção dos encarnados, sempre muito atento ao campeonato grego. Afinal, foi ali que o Benfica descobriu (e depois contratou) Odisseas Vlachodimos, guarda-redes do Panathinaikos, rival do Olympiakos. Alto (tem 1,97 metros), rápido e com golo, Cissé é visto na Luz como um jogador promissor.

9 Nov 2017

Charles Leong sagrou-se o mais jovem campeão do asiático Fórmula Renault 2.0

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de Macau, Leong Hon Chio, mais conhecido no meio automobilístico por Charles Leong, de apenas 15 anos, sagrou-se este ano o mais jovem campeão da história do asiático de Fórmula Renault 2.0 e como prémio teve a oportunidade de viajar até à Europa para um primeiro contacto com o automobilismo do velho continente, aquele que é mundialmente reconhecido como o mais exigente.

O campeão asiático participou no teste colectivo organizado pela Renault Sport a semana passada no circuito de Barcelona. Em Espanha, Leong foi colocado num dos monolugares da equipa inglesa Mark Burdett Motorsport e fez o 31º tempo entre os trinta e seis participantes convidado pela marca francesa. O actualmente único representante de Macau em provas de fórmulas de formação admitiu que esta experiência não foi fácil dado o desconhecimento que tinha da pista catalã e da presença em pista de vários monolugares.

“O Fórmula Renault é um verdadeiro carro de corridas, onde se conseguem atingir velocidades de ponta elevadas. É um excelente carro, mas esta pista foi difícil de aprender por causa do tráfego”, disse o jovem piloto da RAEM.

Sobre os planos da próxima época, Charles mantém o discurso contido, até porque tudo dependerá dos apoios que consiga reunir. “Vamos ver como corre este Inverno, mas espero conseguir competir na Eurocup (Fórmula Renault 2.0) no próximo ano”.

Leong aproveitou a estadia na Europa para visitar as fábricas de Fórmula 1 da Renault e Force India e estabelecer contactos a pensar no futuro.

Campeão chinês de F4

Antes do périplo europeu, o aluno da Escola Internacional de Macau festejou mais outro sucesso. Para além do Campeonato Asiático de Fórmula Renault 2.0, Leong também alcançou o título de campeão da China de Fórmula 4 naquela que foi a sua participação a tempo inteiro na categoria. O piloto do território dominou a competição apoiada pelo construtor automóvel chinês Geely de fio a pavio. Com esta conquista somou pontos para a Super-Licença da FIA, ganhou o almejado prémio monetário de 150,000 yuan e um convite para estar presente na tradicional cerimónia de entrega de prémios da Federação Internacional do Automóvel no final do ano.

7 Nov 2017

Mak Ka Lok irá representar a RAEM na corrida do WTCC

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]em André Couto, nem Rodolfo Ávila, nem Andy Chang. Nas quatro corridas “cabeça de cartaz” do 64º Grande Prémio de Macau, a RAEM tem um só representante: Mak Ka Lok. O veterano piloto de Macau vai conduzir o mesmo Lada Vesta TC1 que Filipe Clemente Souza conduziu nas provas do mundial em Ningbo (China) e Motegi (Japão) na Corrida da Guia que este ano volta albergar uma ronda do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC).

O facto de apenas ter agendado o primeiro contacto com o carro e a equipa RC Motorsport no fim-de-semana do Grande Prémio limitam as ambições de Mak Ka Lok que participou na Corrida da Guia, quando esta pontuava para o WTCC, de 2011 a 2013 com o seu BMW 320si.

“É um grande desafio para mim correr nestas corridas. Como sabem, eu nunca conduzi, nem irei testar um carro TC1 antes do Grande Prémio”, admite Mak Ka Lok, em conversa com o HM. “Claro que isto fará com que seja lento na sessão inicial, mas acredito que vou melhorar sessão após sessão. O meu objectivo é terminar todas as sessões sem cometer erros e qualificar-me dentro dos 107% do tempo da pole-position.”

Se cumprir o objectivo de obter a marca mínima obrigatória para alinhar nas duas corridas do fim-de-semana, o que já por si não será fácil, Mak Ka Lok espera “ver a bandeira de xadrez nas duas corridas”, sendo que o resultado final ficará forçosamente para segundo plano, pois “não seria realista dizer que ambiciono ganhar ou colocar as expectativas muito altas.”

Como preparação para a corrida “vou fazer alguns treinos para apurar a minha condução, com o apoio de sessões de simulador em Macau. Acredito que possa ajudar, pois é isso que fazem as equipas de Fórmula 1 com o limite de treinos antes das corridas”.

Quase por acaso

Apesar de ser um piloto regular das corridas de carros de Turismo do território, Mak Ka Lok não procura uma carreira internacional, nem tem ambições de ombrear com os melhores pilotos da especialidade. Contudo, brotada a oportunidade, o piloto do território não disse que não ao desafio de voltar a correr com os melhores do mundo da especialidade.

“Foi uma situação bastante acidental”, explicou ao HM. “Um amigo perguntou-me em Maio se eu queria correr no WTCC em Macau, porque alguém tinha reservado o lugar e por alguma razão não poderia correr. Mas na altura ninguém estava certo se o WTCC iria regressar a Macau ou não. Então, prometi que se o WTCC regressasse, iria aproveitar a oportunidade. E assim foi!”

Caso Mak Ka Lok não tivesse chocado com esta oportunidade, então, pela primeira vez na história, a RAEM não teria qualquer representante numa das corridas “cabeça de cartaz” do seu maior evento desportivo de carácter anual.

3 Nov 2017

BMW tinha outros planos para Félix da Costa

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] lista de inscritos da 10ª edição da Taça GT Macau e 3ª edição da Taça do Mundo FIA de GT é uma das mais fortes, talvez mesmo a mais forte, do programa da 64ª edição do Grande Prémio de Macau. Contudo, há uma ausência que se destaca entre tantos nomes sonantes, o de António Félix da Costa.

Com dois triunfos no Grande Prémio de Fórmula 3, o piloto português era uma opção evidente para a BMW para a prova de Grande Turismo do território, mas o construtor de Munique acabou por apostar no brasileiro Augusto Farfus Jr, no alemão Marco Wittmann e no australiano Chaz Mostert para conduzirem os BMW M6 GT3 oficiais, ou semi-oficiais, nas ruas do território.

Félix da Costa ficou obviamente desapontado com a escolha da BMW Motorsport, mas está consciente que o construtor germânico tem outras prioridades delineadas para si. “Infelizmente este ano não vou correr em Macau, pois é um evento muito especial ao qual adoraria regressar nos GTs”, revelou o piloto da linha de Cascais ao HM, explicando que “temos compromissos de Fórmula E nessa altura e o campeonato começa logo no fim-de-semana seguinte, pelo que a BMW optou por outros pilotos, de forma a que eu me possa concentrar na Fórmula E!”

Félix da Costa renovou com a MS&AD Andretti, a equipa oficial da BMW Motorsport na competição de carros eléctricos cuja quarta temporada arranca no fim-de-semana de 2 e 3 de Dezembro aqui ao lado nas ruas de Hong Kong.

Em Macau para ensinar

Apesar de não ter responsabilidades ao volante de 16 a 19 de Novembro, o piloto luso deverá estar presente no evento, numa função bastante diferente, mas igualmente importante. “É quase certo que esteja em Macau, mas do lado de fora, com outras funções”, disse ainda Félix da Costa ao HM.  Dada a sua rapidez e experiência neste circuito singular aos comandos dos Dallara de Fórmula 3, o piloto luso tem sido requisitado por vários pilotos e equipas para exercer a posição de “driver coach”.

Além do envolvimento no Campeonato FIA de Fórmula E, Félix da Costa também exerce um papel preponderante no novo programa desportivo da BMW Motorsport no Campeonato do Mundo FIA de Endurance, sendo um dos pilotos de testes do novo BMW M8 GTE.

27 Out 2017

Mick Schumacher vai competir no Grande Prémio de Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]os 18 anos, Mick Schumacher vai estrear-se no circuito da Guia ao volante de um Fórmula 3, com as cores da Theodore Racing. Mick vai ter a oportunidade de imitar o pai, que em 1990 venceu a prova de Fórmula 3

A estreia de Mick Schumacher no Grande Prémio de Macau foi a principal novidade apresentada ontem, pela Comissão Organizadora, na apresentação da lista provisória dos participantes. O piloto alemão de 18 anos vai correr com as cores da Theodore Racing, depois de ter terminado no 12.º lugar o Campeonato Europeu de Fórmula 3, onde também se estreou.

Porém, a tarefa de Mick não se avizinha fácil. Mesmo o pai, Michael, que foi campeão mundial de Fórmula 1 em sete ocasiões, apenas venceu em Macau à segunda tentativa, em 1990, depois de ter desistido em 1989. Por isso, o facto de realizar a estreia num circuito tão exigente como a Guia deve limitar as aspirações do piloto.

Por outro lado, a concorrência é de peso. Entre os candidatos ao triunfo vão estar também o britânico Lando Norris, campeão europeu de Fórmula 3, e o brasileiro Sérgio Sette Câmara, terceiro classificado no ano passado.

Ontem foi igualmente confirmado o plantel de luxo que vai correr na Taça GT, classe onde além dos habituais pilotos Maro Engel (Mercedes), Van der Zande (Honda), Edoardo Mortara (Mercedes) ou Nico Muller (Audi) se juntam Lucas Di Grassi, ex-piloto de Fórmula 1, e Felix Rosenqvist, vencedor por duas vezes na categoria de Fórmula 3. Também o brasileiro Augusto Farfus, especialista em corridas com carros de turismos, vai estar na Guia, neste caso ao volante de um BMW.

Em relação ao Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC) está inscrito o português Tiago Monteiro (Honda), que falhou as últimas duas rondas da competição, depois de um acidente. No entanto, Monteiro pode chegar a Macau em condições de lutar pelo título, dependendo dos resultados este fim-de-semana no Japão. No ano passado Tiago Monteiro foi o vencedor da prova para carros de turismo em Macau.

Obras a bom ritmo

À margem da conferência, o presidente do Instituto do Desporto e Coordenador da Comissão organizadora abordou a situação dos trabalhos de preparação para as corridas.

Face aos danos causados pelo tufão Hato, Pun Weng Kun explicou que o Parque de Estacionamento do Terminal Marítimo, onde normalmente são colocados os carros dos concorrentes, já está praticamente recuperado.

“As obras de reparação estão a ser efectuadas e actualmente cerca de 98 por cento dos trabalhos estão concluídos. Os danos causados não vão criar problemas nem ter um impacto negativo para o Grande Prémio”, disse Pun Weng Kun.

O responsável destacou igualmente o esforço que a organização tem feito ao longo dos anos para evitar os transtornos resultantes do encerramento de várias ruas. Este ano vão ser colocadas mais cinco barreiras amovíveis, que mal terminem as corridas, vão ser abertas para que seja feita a circulação do trânsito.

“Temos tido cuidado ao nível dos equipamentos provisórios, como as barreiras e portas móveis, e os residentes podem ver ano após ano que há um esforço para minimizar os problemas nas deslocações. É cada vez mais evidentes que mal acabam as corridas, as ruas do circuito são abertas ao trânsito”, defendeu.

Mesmo assim, Pun Weng Kun pediu compreensão a residentes e turistas para os transtornos eventualmente causados pelas corridas. O coordenador da comissão revelou ainda que este ano a organização espera receber cerca de 12 milhões de patacas com a venda de bilhetes, e que o número de espectadores deve rondar os 81 mil, à imagem do que sucedeu no ano passado.

25 Out 2017

Filipe de Souza com jornada decepcionante em Zhejiang

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] macaense Filipe de Souza (Volkswagen) somou um oitavo lugar e uma desistência, no Circuito Internacional de Zhejiang. Num fim-de-semana que juntou os pilotos dos campeonatos TCR China e TCR Asia, Souza admitiu que o resultado foi “uma desilusão”, face ao andamento do carro preparado pela equipa Teanwork Motorsport.

Devido ao formato do campeonato, o macaense só entrou em acção na segunda corrida das três disputada no fim-de-semana. Na primeira prova, o Volkswagen foi tripulado por Samuel Hsieh, colega de equipa de Souza. Porém, o piloto de Hong Kong acabou por desistir, numa prova ganha pelo francês Jean-Karl Vernay.

Na tarde de sábado, Filipe de Souza entrou finalmente em acção e alcançou o oitavo lugar à geral, e quarto melhor classificado entre os inscritos no campeonato TCR China. Após as 19 voltas ao circuito de Zhejiang, o macaense ficou a 30,8 segundos do vencedor, Tin Sritrai (Honda Civic), apesar de uma penalização de cinco lugares na grelha de partida, por ter trocado de motor após a ronda anterior do campeonato.

“O carro estava muito bem afinado e os tempos que fizemos mostram que poderíamos ter lutado pela vitória. Mas o circuito é estreito e tem poucos lugares para ultrapassar pelo que não conseguimos recuperar mais lugares. Foi uma desilusão”, afirmou Filipe de Souza, ao HM.

Na corrida de resistência, em que os dois pilotos conduzem o carro, Souza conseguiu colocar o Volkswagen no terceiro lugar à geral. Porém, depois de ter assumido o volante, Hsieh embateu em Andy Yan (Audi), acabando por desistir.

As atenções do macaense focam-se agora na próxima ronda do campeonato, realizada em Ningbo, entre 28 e 29 de Outubro. Uma prova que o piloto admitiu servir também para preparar o Grande Prémio de Macau, onde vai competir na Taça de Carros de Turismo de Macau.

“É uma ronda que me vai ajudar a manter o ritmo para preparar Macau. Mas claro que há diferenças porque em Ningbo vou competir com o Volkswagen na Guia vou correr com o Chevrolet”, frisou Filipe de Souza.

Anteriormente chegou a estar em cima da mesa a possibilidade do piloto competir em Macau integrado no Campeonato Mundial de Turismos, mas a possibilidade de lutar pela vitória na Taça CTM, fez com que optasse por esta última categoria.

9 Out 2017

Taça GT Macau não cativa gigantes japoneses

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grande Prémio de Macau é o único evento de automobilismo no sudeste asiático que é levado realmente a sério no Japão, no entanto, com alguma surpresa, nenhum dos grandes construtores automóveis do país do sol nascente tem mostrado interesse na Taça GT Macau – Taça do Mundo FIA de GT e este ano não será excepção.

A Honda, a Nissan e a Toyota/Lexus têm uma enorme tradição no Circuito da Guia e nas corridas de Grande Turismo (GT). Hoje, todas elas têm carros para participar na prova, mas nenhuma das marcas nipónicas ainda se deixou seduzir pelos encantos da corrida implantada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) nas ruas de Macau pela primeira vez em 2015.

Ao contrário dos construtores automóveis germânicos, que usam esta corrida como plataforma para promover os seus carros de competição neste ponto do globo e aproveitar o clima de festa da cidade para organizar eventos para os seus convidados, os fabricantes japoneses ainda não encontraram razão para tal.

“Os nossos programas são definidos no início do ano e Macau não faz parte do nosso calendário”, explicou ao HM, Paul Ryan, o responsável pela comunicação global da Nissan Nismo. “Nós estamos constantemente a avaliar campeonatos e eventos em todo o mundo que pensamos que nos irá proporcionar um maior benefício – do ponto de vista técnico, desportivo e de marketing.”

Desde que a Taça GT Macau ganhou o estatuto da Taça do Mundo FIA, a Nissan, que terá carro novo em 2018, nunca mostrou interesse em participar oficialmente na prova, nem nunca se fez representar na prova através de equipas privadas. O ano passado, a Spirit Z Racing, a equipa por quem André Couto conduziu nas duas primeiras provas da temporada no Campeonato da China de GT, chegou a inscrever um Nissan GT-R Nismo GT3, mas acabou por não alinhar. A equipa chinesa planeava este ano efectivar as suas intenções na prova, mas depois do violento acidente de Couto no Circuito de Zhuhai, em Julho, os planos terão mudado radicalmente.

Após vários anos de desenvolvimento e alguns atrasos a Toyota, marca que sempre pôs à prova o seus jovens pilotos na corrida de Fórmula 3 e por várias vezes trouxe equipas oficiais à Corrida da Guia, finalmente este ano conseguiu colocar nas pistas a correr o imponente Lexus RC F GT3. O carro tem corrido na Europa, em provas seleccionadas, e no Japão, no popular campeonato Super GT. Questionada pelo HM se tinha planos para alinhar na prova do território com o carro que obteve a sua primeira vitória em Portugal no início do ano, a Toyota Motorsport Gmbh, que é responsável pelo braço desportivo europeu da marca, clarificou que  “as actuais equipas GT3 (europeias e japonesas) não têm planos para participar em Macau. Claro, que o processo de venda de carros aos clientes começou agora, portanto, em teoria, uma nova equipa pode encomendar o carro e inscrever-se, mas penso que é muito cedo para isso. Não esperamos ver nenhum Lexus GT3 este ano em Macau”.

E vão três

A Honda foi o último dos “três grandes japoneses” a entrar na categoria FIA GT3, aquela que dá corpo à Taça GT Macau presentemente. A Honda tem vindo a desenvolver este ano o NSX GT3 em corridas nos Estados Unidos da América, tendo, para isso, se apoiado na JAS Motorsport, a equipa oficial da marca no WTCC e que teve a seu cargo o chassis, e na Honda Japão, que afinou o V6 biturbo nipónico para a competição. A partir do próximo ano, a Honda finalmente terá um programa global que foi apresentado no Verão na Bélgica, durante o fim-de-semana das 24 horas de Spa-Francorchamps.  Este ano, uma presença no Grande Prémio seria muito prematuro.

A Honda Motor Europe esclareceu ao HM que “este é um programa para clientes e a Honda irá apoiar os seus clientes em qualquer evento que escolham participar”. A equipa norte-americana Michael Shank Racing é a única de momento a possuir o NSX GT3 e como corre com o apoio único da filial norte-americana Acura, pouco sentido faria trazer os seus bólides até à RAEM. Em 2017 a Honda concentrará as suas actividades no Grande Prémio em redor da actuação da equipa oficial do WTCC que competirá na Corrida Guia, este ano novamente pontuável para o mundial de carros de Turismo.

A lista de inscritos da edição de 2017 da Taça GT Macau – Taça do Mundo FIA de GT só deverá ser dada a conhecer em Outubro, mas, no que respeita às equipas oficiais, deverá consistir novamente na forte presença dos construtores automóveis germânicos: Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche.


Escola de Futebol Juvenil com treinos de captação

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Escola de Futebol Juvenil vai realizar treinos de captação no domingo, entre as 12h00 e as 13h00, no Campo Miniatura do Centro Desportivo Olímpico de Macau, na Taipa. Os treinos estão abertos a residentes nascidos entre 2004 e 2005, e os interessados vão ser avaliados através de diferentes testes técnicos, que incluem corrida com bola, passe, avaliação de reflexos e situação de jogo. Os jogadores devem comparecer no campo de treinos com fato de treino e calçado adequado para os testes. Após os treinos de captação, o nome dos jovens escolhidos para frequentarem a Escola de Futebol Juvenil vai ser conhecido na próxima quarta-feira, através do portal do Instituto do Desporto, e os treinos começam no dia seguinte. A Escola de Futebol Juvenil de Macau é uma iniciativa do Instituto do Desporto e da Associação de Futebol de Macau.

22 Set 2017

Após ter estado deitado na mesma posição sete semanas, André Couto voltou a andar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto regressou a casa, na sexta-feira, depois de passar várias semanas em Hong Kong, onde esteve a recuperar de um acidente sofrido no início de Julho. Nesta fase o piloto já consegue andar sem qualquer auxílio, mas ainda tem pela frente uma longa recuperação, antes de poder voltar a sentar-se num carro de competição.

“Voltei a casa na sexta-feira, mas ainda estou limitado. Só que já me posso mexer e consigo deslocar-me sem qualquer ajuda ou apoio, o que faz com que me sinta muito melhor.”, disse André Couto, ontem, ao HM.

“Sinto sinais muito encorajadores na recuperação. Mas mesmo assim, vejo que estou muito longe de poder voltar a competir. Por exemplo, agora faço a maior parte das coisas do dia-a-dia, mas tenho de evitar encontrões na rua ou estar numa situação em que preciso de fazer movimentos mais brusco para me equilibrar, quando estou a andar”, explicou. “Também não me posso dobrar para a frente ou para trás, ou fazer movimentos laterais”, frisou.

Para durar

Ontem, quando falou com o HM, André Couto tinha acabado de realizar uma sessão de fisioterapia, ritual que se vai mandar durante mais alguns meses.

“Só estou a andar porque tive a treinar em sessões de fisioterapia. Depois de sete semanas deitado sempre na mesma posição, quando uma pessoa se volta a levantar, fica tonta e sente-se esquisita. Também os músculos ficam atrofiados”, recordou.

No próximo mês, André Couto vai regressar a Hong Kong para uma nova avaliação da fase da recuperação. Apesar disso, em Novembro, o piloto não vai perder a oportunidade de assistir ao Grande Prémio de Macau: “Claro que não vou faltar. Mesmo no hospital assistia a corridas de Fórmula 1, Moto GP, DTM. É sempre tempo bem passado”, apontou.

André Couto, de 40 anos, sofreu um acidente no Autódromo Internacional de Zhuhai, após ter uma forte saída de frente, durante uma corrida do Campeonato Chinês de GT. Na sequência do embate, fracturou a vértebra L1.

20 Set 2017

Fórmula 4 Alemã | Prema Theodore vence campeonato de equipas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Prema Theodore Racing, financiada por Teddy Yip Jr – filho do antigo parceiro de negócios de Stanley Ho, Teddy Yip – garantiu o título de equipas do Campeonato Alemão de Fórmula 4 pelo segundo ano consecutivo, no passado fim-de-semana.  À partida para a sexta ronda da competição, no circuito de Saschsenring, uma vantagem de mais de 100 pontos permitia a equipa correr sem grande pressão. Os pilotos da formação, Marcus Armstrong e Juri Vips, não vacilaram e a questão ficou arrumada com três pódios, em outras tantas corridas.

“Vencer o Campeonato Alemão de Fórmula 4 é uma verdadeira prova de velocidade e consistência dos nossos pilotos. Fico muito feliz por ver o trabalho do director de equipa René Rosin e dos nossos rapazes recompensado, após o esforço que fizeram semana após semana”, afirmou Teddy Yip Jr, em comunicado.

Em relação aos resultados das corridas, na prova inaugural do fim-de-semana, o australiano Marcus Armstrong conseguiu um terceiro lugar, com o estónio Juri Vips a ser quinto. O vencedor da prova foi o alemão Julian Hanses, da formação US Racing.

Na segunda corrida, Armstrong subiu ao segundo lugar do pódio, naquele que seria o melhor resultado do fim-de-semana da formação. No pólo oposto, Vips teve a pior prestação das três corridas, não indo além do sétimo posto. Este foi um resultado que penalizou o estónio, que assim perdeu a liderança do campeonato de pilotos para o colega de equipa. Nesta prova, o vencedor foi o suíço Fabio Scherer, também da US Racing.

Finalmente na última prova de domingo, Vips ficou em quarto, à frente de Armstrong, que foi sexto, mas já não conseguiu recuperar a liderança do campeonato. Apesar da vitória do brasileiro Felipe Drugovich, da Van Amersfoort Racing, foi a Prema Theodore Racing que abriu o champanhe, com a conquista do campeonato por equipas.

“A equipa está de parabéns pela vitória conquistada, principalmente por ser a segunda vez em dois anos que este feito é alcançado”, disse Marcus Armstrong no final.

Luta intensa pelo título de pilotos

No próximo fim-de-semana o campeonato desloca-se ao mítico circuito Hockenheim, onde vai ser conhecido o vencedor do título por pilotos. Na luta estão Marcus Armstrong, com 212 pontos, Juri Vips, com 210,5, e o brasileiro Drugovich, mais atrás com 190,5 pontos.

“Não foi um fim-de-semana tolamente positivo, porque não tive um desempenho ao nível do que sou capaz de fazer. Esse facto custou-me a liderança do campeonato, mas não estamos muito longe da liderança. Vai ser uma luta muito intensa em Hockenheim”, previu Vips.

“Vai ser um fim-de-semana muito muito interessante, principalmente agora que estamos na liderança”, disse por sua vez, Armstrong.

 

Pela pátria, correr, correr

O Instituto do Desporto e a Associação de Atletismo de Macau vão organizar uma corrida para celebrar o dia da Implementação da República Popular da China, a 1 de Outubro, que vai ter o nome “Correndo em Comemoração do Dia Nacional”. A iniciativa serve igualmente para assinalar o Dia Mundial da Marcha, que é promovido pela Associação Internacional de Desporto para Todos, conhecida como TAFISA, na sigla inglesa. O evento tem uma prova de corrida e outra de maratona, sendo que vão ser distribuídos prémios para os dez melhores classificados, nas categorias masculina e feminina. Na marcha, as cinco equipas com o maior número de atletas a concluírem a prova vão ter direito a uma taça. As inscrições começaram ontem, têm um custo de cinco patacas, e prolongam-se até 24 de Setembro, com o boletim da inscrição a ter de ser entregue no Pavilhão Polidesportivo Tap Seac, na Recepção do Centro Desportivo Tamagnini Barbosa e na Recepção do Quintal Desportivo do Centro Desportivo Olímpico.

19 Set 2017

“China GT” | Ávila vai conduzir um Aston Martin

[dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila vai fazer a sua estreia este fim-de-semana no Campeonato da China de GT. O piloto português de Macau recebeu um convite de última hora por parte da equipa chinesa ZIA FEA Racing, para conduzir um Aston Martin Vantage GT4 na quarta prova do campeonato, que se disputa este fim-de-semana no Circuito Internacional de Xangai.
Esta não será a primeira vez que Ávila irá alinhar numa corrida destinada a viaturas da categoria GT4. Em Agosto, durante o fim-de-semana da prova do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) em Xangai, o piloto da RAEM teve a oportunidade de partilhar a condução de um KTM X-Bow GT4 com o piloto local He Yang nas duas corridas pontuáveis para o campeonato GT Masters – competição rival do Campeonato da China de GT – conquistando um pódio na segunda corrida. Contudo, esta será a primeira vez que Ávila irá guiar em situação de corrida um Aston Martin e representar aquela que é a primeira equipa de automobilismo profissional da cidade de Zhengzhou, a capital da província chinesa de Henan.
“Não conheço a equipa e a primeira vez que vou conduzir um Aston Martin vai ser amanhã nas sessões de treinos-livres. O meu companheiro de equipa é um Gentleman Driver que está a dar os primeiros passos neste desporto, portanto as minhas ambições em termos de resultados para este fim-de-semana são limitadas”, referiu Ávila ao HM. O piloto oficial da SAIC Volkswagen no CTCC vai participar nesta prova, acima de tudo, “para me divertir e pela experiência”, esperando que o seu companheiro de equipa, Yang Zhyhi, “possa beneficiar da possibilidade de ter um piloto mais rápido como referência, ajudando-o a evoluir como piloto”.

Dois vezes dois

Para além do Aston Martin Vantage, que dá nas vistas pelo ruidoso motor V8 de 4.7 litros, na categoria GT4, que engloba os carros de Grande Turismo de competição mais próximos das versão de estrada, estão viaturas tão diversas como o Lotus Evora, KTM X-Bow ou o McLaren 570S.
O fim-de-semana é composto por duas sessões de qualificação e por duas corridas, uma no sábado, outra no domingo, de uma hora cada, e com troca obrigatória de piloto.
Recorde-se que André Couto vinha a participar esta temporada neste mesmo campeonato, mas inserido na categoria GT3 com um Nissan GT-R, até ao grave acidente no Circuito Internacional Zhuhai no passado mês de Julho. Ao contrário do que acontece em vários outros campeonatos, os carros da categoria GT3 e GT4 correm em corridas separadas no campeonato chinês da especialidade.

Râguebi | Portugal na final do World Rugby U20 Trophy

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal qualificou-se pela primeira vez para a final do Troféu Mundial de Râguebi de sub-20, a decorrer no Uruguai, ao derrotar as Ilhas Fiji na quarta-feira, por 16-13. Depois de ter vencido o Uruguai, por 20-18, e Hong Kong, por 31-24, Portugal assegurou o primeiro lugar do Grupo B com o triunfo sobre as Ilhas Fiji e apurou-se para a final, na qual vai defrontar o Japão, no domingo. A selecção portuguesa, representante da Europa no World Rugby U20 Trophy – torneio mundial de segundo escalão -, mostrou-se à altura do desafio, com um ensaio de Francisco Vassalo e respectiva conversão de Jorge Abecassis, que bateu com êxito três pontapés de penalidade.
Caso a equipa lusa vença os nipónicos, que também ganharam os três jogos do Grupo A, alcançará um feito inédito assegurando pela primeira vez a presença no World Rugby U20 Championship, que será disputado na Escócia, em 2018. A World Rugby U20 Championship é a divisão de elite no escalão sub-20, em que apenas competem as 12 melhores selecções do mundo.

US Open | Del Potro ‘despacha’ Federer e marca encontro com Nadal

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] argentino Juan Martin Del Potro, 28.º jogador mundial, afastou quarta-feira Roger Federer, terceiro, do Open dos Estados Unidos e da liderança do ‘ranking’, ao bater o suíço nos quartos de final do último ‘Grand Slam’ do ano. Perante o jogador frente ao qual conquistou a edição 2009 da prova, Del Potro superiorizar-se pela sexta vez, em 22 embates, desta feita por 7-5, 3-6, 7-6 (10-8) e 6-4, em 2:51 horas e após salvar quarto ‘set points’ no ‘tie break’ do terceiro parcial. “Fiz o meu melhor jogo do torneio e penso que mereci esta vitória”, disse Juan Martin Del Potro, que na eliminatória anterior salvou dois ‘match points’ face ao austríaco Dominic Thiem, para vencer o embate em cinco ‘sets’. Nas meias-finais, Del Potro vai encontrar o espanhol Rafael Nadal, líder do ‘ranking’ mundial, que superou nos ‘quartos’ o russo Andrey Rublev, 53.º da hierarquia, e procura o terceiro título no US Open, após as vitórias em 2010 e 2013.

8 Set 2017

Jovem de Macau vence Asiático de Fórmula Renault 2.0

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de Macau, Leong Hon Chio, também conhecido por Charles Leong, de apenas 15 anos, sagrou-se o mais jovem campeão da história do asiático de Fórmula Renault 2.0, o mais antigo campeonato de monolugares da região e que conta com o adminículo da Renault Sport. O mais novo campeão da história do campeonato era até aqui o português residente no território, Rodolfo Ávila, que em 2003 conquistou este título aos 16 anos, numa época em que a competição ainda tinha uma corrida no programa do Grande Prémio de Macau.

Leong alcançou o título no passado domingo em Xangai, tendo bastado para isso ter terminado uma corrida no segundo lugar e outra no terceiro posto, selando as contas do campeonato quando ainda faltam realizar as duas corridas finais no Circuito Internacional de Zhuhai. Na sua caminhada para a conquista do ceptro de campeão da temporada de 2017, o piloto da RAEM já subiu ao pódio por nove vezes, em dez possíveis,  vencendo por quatro ocasiões.

O jovem piloto do território iniciou-se nos campeonatos de karting de Macau e do sul da China, subindo às categorias de monolugares apenas a meio do ano passado, após ter atingido a idade mínima de 15 anos permitida pelos regulamentos.

Na conferência de imprensa, após as corridas de Xangai, Leong agradeceu o apoio da família e da sua equipa, realçando novamente que gostaria de “dar o salto” para a mais exigente realidade europeia no próximo ano, algo que será muito difícil de concretizar se não contar com os vitais apoios locais.

Bis à vista

Aquele que é unanimemente apontado como a mais jovem esperança do automobilismo da RAEM pode ainda ir mais longe esta temporada, pois encontra-se actualmente a liderar isolado o Campeonato da China de Fórmula 4 quando faltam apenas dois eventos por disputar. Se conseguir o feito,  que está perfeitamente ao seu alcance, dada a hegemonia demonstrada na competição patrocinada pelo construtor automóvel chinês Geely, o estudante do secundário será o primeiro piloto do território a vencer dois campeonatos de monolugares numa mesma temporada.

29 Ago 2017

Macau vai continuar na Taça da Corrida Chinesa em 2017

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o passado fim-de-semana, no Circuito Internacional de Xangai, enquanto se disputava a quinta ronda do Campeonato da China de Carros de Turismo e a jornada de abertura do TCR China, a BAIC Motor e a Shanghai Lisheng Racing Co. Ltd apresentaram o novo formato da “Taça da Corrida Chinesa”, assim como o novo carro que dará forma a este mini-campeonato de automobilismo de quatro provas, o BAIC Senova D50 TCR.

A competição que nasceu há três anos com o intuito de fomentar as relações das quatro associações automóveis da Grande China, vai mudar de formato este ano. Apesar de manter o apoio das associações, como é possível notar pelo logótipo da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ostentado pelo carro presente na cerimónia de apresentação, a competição deixa de confrontar em pista as associações, passando este saudável combate a ficar a cargo de cidades e equipas. Sendo assim, em vez de termos AAMC contra o HKAA ou a CTMSA, vamos ter Macau, como cidade, a enfrentar Hong Kong, Taipei, Pequim, Shenzhen, Nanjing, Hangzhou, Guangzhou, Zhuhai, Tianjin, Xangai e Chongqing.

Ao contrário das edições passadas, em que havia uma mesma equipa que prestava serviços técnicos a todos os participantes, agora cada cidade é representada por duas viaturas preparadas por uma equipa local. A Champ Motorsport, do ex-piloto de F3 do território e da “Taça da Corrida Chinesa”, Michael Ho, será responsável pelos dois Shen Bao da cidade de Macau. A equipa ainda não decidiu quem serão os pilotos designados para esta aventura.

O atraso no desenvolvimento, construção e entrega das viaturas irá retardar o arranque campeonato. A prova de abertura está agendada para o novo circuito de Zhejiang, no fim-de-semana de 7 e 8 de Outubro, prosseguindo a competição monomarca na semana seguinte noutro novo autódromo chinês, desta vez na cidade de Ningbo, palco que se repete no calendário e acolhe também a terceira ronda. A última prova da temporada será, como é tradição, no mês de Novembro no Circuito da Guia.

Um quase TCR

Apesar de se designar BAIC Senova D50 TCR, o carro chinês, desenhado em parceria com uma empresa italiana, não é um TCR, no sentido lato da regulamentação deste conceito de sucesso das corridas de carros de Turismo. O D50 TCR ainda não passou pelo processo rigoroso de homologação, algo que será feito mais tarde, segundo os organizadores do campeonato.

De acordo com os dados apresentados em Xangai, o D50 TCR pesa 1280kg e vem equipado com um motor 2.0-litros turbo da BAIC Motor, capaz de debitar 320cv às 6000rpm, com um binário máximo de 450Nm/4000rpm. Com uma caixa sequencial de seis velocidades da francesa Sadev, o substituto do Senova D70 irá correr com pneus slicks da marca chinesa Landsail. Os tempos por volta que este carro será capaz de fazer são por agora uma incógnita, pois a viatura ainda não iniciou a crucial fase de testes.

No fim-de-semana do 64º Grande Prémio de Macau, a “Taça da Corrida Chinesa Suncity Grupo” irá juntar no Circuito da Guia os dezoito destes BAIC Senova D50 TCR, mais dezoito concorrentes dos campeonatos TCR China e TCR Asia Series.

Futebol | Dirigente da federação critica má gestão

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] futebol chinês está a ser mal gerido e “sem nenhuma visão de futuro”, admitiu ontem um responsável da Associação de Futebol Chinesa (AFC), considerando que o organismo que integra é o principal culpado pela situação.

“O atraso no futebol chinês deve-se sobretudo à gestão da federação, que se está a deixar ficar para trás”, afirmou Li Yuyi, vice-presidente da CFA, em declarações ao canal televisivo CCTV, criticando a “falta de visão e de poder de antecipação”.

Nos últimos tempos, a liga chinesa tem sido notícia por fazer contratações milionárias de futebolistas estrangeiros, mas a selecção chinesa ocupa apenas o 77.º lugar na classificação da FIFA, e já falhou a qualificação para o Mundial2018.

A CFA tem sido alvo de críticas de adeptos, treinadores e jogadores, devido a recentes decisões sobre novas políticas de contratações.

Em Maio, numa tentativa de reduzir os gastos dos clubes, a federação impôs o pagamento de uma taxa de 100% sobre as transferências de jogadores estrangeiros a clubes que apresentem prejuízos, verba que seria gasta no desenvolvimento do futebol chinês.

Na prática, os novos regulamentos dobram os custos com a contratação de jogadores estrangeiros, visto que todos os dezasseis clubes que competem na liga chinesa de futebol apresentam resultados financeiros negativos.

No fim de semana, o treinador português André Villas-Boas, que orienta o Shangai SIPG, admitiu que as transferências ‘milionárias’ para clubes chineses “vão parar”, devido às recentes restrições impostas pela AFC.

10 Ago 2017

Supertaça | Benfica entra a ‘matar’ e conquista sétimo troféu

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Benfica conquistou este sábado a sua sétima Supertaça Cândido Oliveira de futebol, ao vencer o Vitória de Guimarães por 3-1, num jogo em que entrou de forma avassaladora perante um adversário que despertou muito tarde.

Em menos de 15 minutos jogados, os encarnados já venciam os vimaranenses por 2-0 graças a golos de Jonas (6 minutos), Seferevic (11). O Vitória de Guimarães ainda reduziu e reentrou na discussão da partida pouco antes do intervalo com um golo de Raphinha aos 43 minutos, mas Jiménez selou o resultado aos 83, carimbando para o Benfica a conquista de duas Supertaças consecutivas, algo inédito na história do clube da Luz.

Sem poder contar com Júlio César, Carrillo, André Horta, Mitroglou (lesionados) e Samaris (castigado), e já sem Ederson, Nelson Semedo e Lindelöf, referências da época passada que foram transferidos, Rui Vitória apostou num ‘onze’ com estreias que apesar das debilidades se soube impor imediatamente no jogo.

Já o Vitória de Guimarães, ainda sem soluções para as saídas de Bruno Gaspar na defesa, e de Marega e Hernâni no ataque, e com Henrique, Konan e Francisco Ramos, condicionados, protagonizou um arranque de partida muito mau e a demonstrar muita falta de entrosamento.

Sem tempo a perder

O Benfica, apostado em conquistar o primeiro troféu da nova temporada e apresentando-se com uma máquina que sofreu muitos golos (15) na fase de pré-época, quis naturalmente mostrar rápido que está preparado para repetir as conquistas das últimas temporadas.

E mostrou. Logo aos seis minutos Jonas apareceu no sítio certo e, após cruzamento da direita e de um mau alívio do guardião minhoto, fez o primeiro da partida.

Os ‘encarnados’ entravam com tudo, a jogar bem sobretudo pela direita, e a aproveitar muito bem o péssimo arranque do Vitória de Guimarães que deu espaços, ofereceu golos e demorou a ganhar capacidade de resposta.

Marcos Valente e Josué, os centrais escolhidos por Pedro Martins, pareciam apáticos, somando-se a má ligação no ‘miolo’ vitoriano, e o Benfica, que não estava para desperdiçar oportunidades, aos 11 minutos dilatou a vantagem com um golo de Seferovic.

O avançado suíço contratado ao Eintracht Frankfurt, único ‘reforço’ do ‘onze’ lisboeta à excepção de Varela, completou um passe de Pizzi, que aproveitou como bem quis uma perda de bola de Zungu.

A ganhar por 2-0 quando ainda nem um quatro de hora estava decorrido, a equipa de Rui Vitória – que tinha apostado num esquema tático de 4-1-3-2 – recuou no terreno, obrigando os vimaranenses a mostrarem trabalho.

Raphinha, com um livre que passou por cima da baliza de Bruno Varela – guardião que fez a sua estreia absoluta pela equipa principal do Benfica – aos 20 minutos ainda tentou, mas só quem de facto mostrou credenciais na formação de Guimarães foi Miguel Silva.

O jovem guarda-redes dos minhotos negou o terceiro golo ao Benfica por duas vezes em apenas dois minutos seguidos. Primeiro a Salvio que aproveitou um ressalto (28 minutos) e depois a André Almeida que rematou sozinho já em zona muito perigosa (29).

O Benfica ainda esteve mais uma vez perto de levar para o balneário uma vantagem de 3-0, mas Salvio foi egoísta e, quando tinha Seferovic e Jonas sozinhos no meio a pedir a bola, optou por um ‘chapéu’ que Miguel Silva conseguiu suster (40 minutos).

E acabaria por ser o Vitória de Guimarães a conseguiu o golo e logo a hipótese de voltar à discussão da partida. Raphinha marcou o 2-1 a três minutos do intervalo, completando uma jogada que começou na direita.

Em aberto

Na segunda parte, os vitorianos – que jogavam em 4-2-3-1 – entraram mais confiantes e ao contrário do arranque do primeiro tempo assistiu-se a um jogo aberto e com lances repartidos.

Hurtado, sozinho diante de Varela e com tudo para fazer golo, rematou mal e atrapalhou-se consigo próprio, não conseguindo por pouco e só por ‘aselhice’ o empate aos 59 minutos.

O Benfica respondeu por intermédio de Jonas que rematou ao lado (61). E Hélder Ferreira, inconformado com a desvantagem, também tentava mas se a primeira tentativa encontrou Bruno Varela pela frente (63), a segunda ‘esbarrou’ em Luisão (64).

O Vitória de Guimarães queria pelo menos o prolongamento. Mas o despertar tardio paga-se caro. O tetracampeão nacional, já com Felipe Augusto em campo que foi substituir Salvio aos 65 minutos dando segurança ao meio-campo lisboeta, não deixou escapar o título e ainda marcou um terceiro golo para ‘matar’ de vez o jogo.

Raul Jiménez fez o 3-1 aos 83 minutos depois de Pizzi, que esteve nos três golos ‘encarnados’ acabando por ser a grande figura do jogo, ter recuperado a bola após erro de Raphinha.


Automobilismo | Rodolfo Ávila com resultado que soube a pouco

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] segunda metade da temporada de 2017 do Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC) teve o seu início este fim-de-semana no Circuito Internacional de Xangai. Na primeira corrida Rodolfo Ávila terminou em sexto lugar e na segunda acabou em 12º devido a um acidente.

A jornada parecia prometedora depois do piloto português de Macau ter ficado no quinto lugar na sessão de qualificação, apesar de ter corrido com um carro “que nas rectas perdia em velocidade de ponta em relação aos outros carros da equipa”.

Na segunda corrida o piloto da SVW 333 Racing sofreu problemas de motor, mas foi defendendo a sua posição, o sexto lugar, até à última volta. Porém, antes da corrida terminar o carro de Rodolfo Ávila viria a ser atingido por uma viatura de um adversário, caindo na classificação para o 12º lugar.

“Foram duas corridas muito intensas e o balanço final do fim-de-semana acaba por saber a pouco, visto que em termos de resultados poderia ter sido melhor. Na primeira corrida tive um duelo interessante com os KIA, que nesta pista foram muito rápidos, porque andaram com menos 80 kg do que o habitual. A segunda corrida também não foi fácil, porque logo no início um dos Haima danificou-me a direcção. Depois o motor começou a falhar e deixei passar o Rob Huff, que este fim-de-semana conduziu pela nossa equipa, até que na última volta o Martin Cao, num dos Ford, falhou a travagem e acabou por bater forte no meu carro. Fiz um pião e perdi seis posições”, explicou Ávila.

O CTCC faz agora uma pausa de sete semanas, regressando no fim-de-semana de 1 e 2 de Outubro. O sexto evento da temporada será a cidade de Wuhan, a capital da região administrativa de Hubei.

7 Ago 2017

André Couto | Reunidos donativos para conta de hospital

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a sequência do violento despiste do passado fim-de-semana, André Couto foi internado num hospital de Hong Kong. Na passada terça-feira, a equipa pela qual corre, a Spirit Z – Laptime Factory, lançou um comunicado destinado à angariação de fundos para pagar as contas médicas. O valor pedido era de 550 mil dólares de Hong Kong, quantia que foi conseguida em pouco tempo.

A necessidade surgiu na sequência da “atenção médica urgente” que não podia esperar pela confirmação de cobertura por parte da companhia de seguros, segundo informação deixada no Facebook da equipa de André Couto. O montante de donativos ultrapassou o esperado. O valor remanescente será usado para posteriores tratamentos e reabilitação, explica a equipa do piloto.

Na sequência do despiste o piloto fracturou a coluna, ficando com a vértebra L1 partida. Num vídeo publicado no Facebook, que reproduzimos aqui, André Couto revelou que a equipa médica considera a fractura instável, exigindo, pelo menos, um mês de cama numa posição estática e acompanhamento constante.

“É uma sorte estar aqui a falar, estou a mover os braços e as pernas, o que são boas notícias”, declarou o piloto num vídeo publicado pela equipa. Na mesma publicação, o piloto aproveitou para agradecer a onda de solidariedade que respondeu, prontamente, à solicitação da sua equipa. “É difícil expressar as minhas emoções, sinto que muitas pessoas me querem ajudar, só posso agradecer do fundo do coração”, diz o piloto.

André Couto promete lutar contra a adversidade de forma a regressar às pistas o mais rapidamente possível.

14 Jul 2017