Sérgio Fonseca DesportoWTCR em Macau pelo terceiro ano consecutivo [dropcap]D[/dropcap]a reunião do Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), realizada na passada quarta-feira em Paris, saiu o calendário para a temporada de 2020 da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), competição onde o Circuito da Guia irá continuar a ser parte integrante pelo terceiro ano consecutivo. A principal competição de carros de Turismo sob a alçada da FIA voltará a ter dez eventos no próximo ano, incluindo provas em Portugal (Vila Real) e na China Interior (Ningbo). No calendário do próximo ano entraram Espanha (Aragão) e Coreia do Sul (Inje) para o lugar da Holanda (Zandvoort) e do Japão (Suzuka). Macau será novamente, a exemplo deste ano, a penúltima prova do ano, ficando o Circuito Internacional de Sepang, na Malásia, com a “honra” de encerrar a temporada. Entretanto, a FIA e o Eurosport Events prolongaram o contrato por mais três anos que dá à empresa de promoção de eventos do canal pan-europeu de televisão os direitos de ficar à frente da organização da WTCR. Ao mesmo tempo, será introduzido em 2020 um troféu para iniciados que visa a motivar a participação de mais jovens pilotos no campeonato. De acordo com a informação que chegou de Paris, a 67ª edição do Grande Prémio de Macau será realizada de 19 a 22 de Novembro de 2020. No mês passado, as três corridas da WTCR no Circuito da Guia foram ganhas pelos carros da marca chinesa Lynk & Co, com os triunfos a serem divididos por Yvan Muller (dois) e Andy Priaulx (um). Nenhuma palavra saiu deste Conselho Mundial sobre as Taças do Mundo de Fórmula 3 e de GT, sendo provável que estas sejam novamente atribuídas à RAEM. O próximo Conselho Mundial está marcado para o dia 6 de Março em Genebra.
Sérgio Fonseca DesportoCelebrações dos 20 anos da RAEM travam circuito citadino em Shenzhen A cidade de Shenzhen preparava-se para organizar pela primeira vez uma prova de automobilismo e motociclismo de velocidade no mês de Dezembro, mas o evento, à imagem do Grande Prémio de Macau, foi cancelado devido às comemorações dos vinte anos da RAEM. [dropcap]O[/dropcap] “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen”, assim se traduz em português o nome do evento, estava agendado para os dias 20, 21 e 22 de Dezembro, e tinha o aval do governo local. O traçado, localizado no distrito de Nanshan, era constituído por seis curvas e seis rectas. O menu de provas inclua seis corridas: duas para motos, uma para concorrentes locais e outra internacional, uma para carros de GT, uma para Fórmula Renault e duas para diferentes classes de carros de Turismo. Várias equipas do sul da China foram convidadas a participar no evento do circuito citadino de Nanshan Shenzhen, apesar de nenhuma corrida contar para qualquer campeonato nacional ou regional. Mesmo sendo os custos de transporte das viaturas e equipamento apresentados relativamente mais elevados para os valores habituais, a prova, que está a ser trabalhada nos bastidores desde o passado mês de Agosto, estava a gerar algum interesse junto da comunidade automobilística, principalmente devido à proximidade a Hong Kong a que se alia o factor novidade. Contudo, visto que a cidade de Shenzhen faz parte da Grande Baía e a vizinha RAEM estará em festa nesse fim-de-semana, os organizadores anunciaram, em comunicado no início de Novembro, o adiamento da prova. Na comunicação escrita do comité organizador do evento, onde se destaca o “forte apoio da indústria automóvel e difusão”, é permitido ler ainda “que uma nova data será confirmada num futuro próximo e comunicada a todas as partes o mais cedo possível”. Esta não foi a primeira alteração da data deste evento desportivo da primeira zona económica especial criada pela República Popular da China, visto que o “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen” chegou a estar previsto para o mês de Novembro, num outro ponto da cidade, para no mês de Setembro, devido a obras em curso na localização inicial, ser reagendado para o mês de Dezembro. A ideia não está morta Apesar da “falsa partida”, os organizadores do “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen”, esperam levar avante o evento no próximo ano. Estes terão mesmo encetado contactos para convidar os concorrentes do Campeonato do Mundo FIM de Sidecar, uma competição que está sob a égide da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e que recentemente visitou Portugal, para uma corrida de exibição. Por outro lado, existe a vontade que a corrida de motociclismo faça parte do campeonato asiático de estrada – FIM Asia Road Racing Championship, na designação inglesa -, uma competição com mais de vinte anos de história, mas para que tal aconteça os exigentes padrões internacionais de segurança terão que ser respeitados na integra. Para além das corridas, o programa de festividades inclui exibições de drift, acrobacias de motos e concentrações automóveis de clubes.
Hoje Macau DesportoResistência | António Félix da Costa vence terceira prova do Mundial [dropcap]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa (Oreca) venceu ontem a categoria LMP2 da terceira prova do Campeonato do Mundo de Resistência de automobilismo, disputada em Xangai, na China, na qual Filipe Albuquerque foi terceiro. Félix da Costa, que fez equipa com o britânico Anthony Davidson e com o mexicano Roberto Gonzalez, partiu da quinta posição da grelha, mas terminou as quatro horas de corrida com 121 voltas completadas e 17,090 segundos de avanço sobre o segundo classificado da classe, o Oreca da Jackie Chan DC Racing, tripulado pelo francês Gabriel Aubry, pelo chinês Ho-Pin Tung e pelo britânico Will Stevens. Para o piloto de Cascais foi “um grande dia”, pois esta é a primeira vitória no Mundial de Resistência: “Não foi uma corrida nada fácil, devido à gestão de pneus que tivemos de fazer, principalmente com o elevado nível de degradação deste circuito. Esta vitória foi obtida pelo excelente trabalho de equipa que todos fizemos, sem qualquer erro em pista e com ‘pit stops’ [paragens nas boxes] muito eficientes e sempre nos momentos certos, toda a equipa JOTA esteve muito bem e merecemos esta vitória.” “[Foi um] grande trabalho dos meus colegas de equipa. Juntos, hoje, mostrámos que fomos os mais fortes e só temos de estar orgulhosos deste dia. Para mim, principalmente, pois foi a minha primeira vitória aqui no Mundial de Resistência. Um grande dia”, resumiu Félix da Costa, sexto classificado da geral. De trás para a frente Em terceiro lugar ficou Filipe Albuquerque, no Oreca da United Autosports, depois de ter partido de idêntica posição da grelha. Albuquerque, que fez equipa com os britânicos Phil Hanson e Paul di Resta, terminou a 21,727 segundos de Félix da Costa, depois de ter caído para a última posição devido a um pedaço de plástico que se alojou na entrada de ar do motor. “Foi sempre a ganhar posições, com um excelente andamento. Fizemos tudo o que podíamos para chegar mais além, mas o tempo perdido e os andamentos semelhantes não permitiram ir mais longe. É sempre um pouco frustrante, porque ainda não tivemos uma corrida limpa, há sempre alguma coisa que nos acontece e nos obriga a ceder posições”, lamentou o piloto de Coimbra, oitavo da geral. O Rebellion pilotado pelos brasileiros Gustavo Menezes e Bruno Senna e pelo francês Norman Nato bateu os Toyota oficiais pela primeira vez em pista (a outra derrota da Toyota foi na secretaria) e venceu a prova chinesa. Com estes resultados, Félix da Costa está em sexto lugar da LMP2, com 35 pontos, mais cinco do que Filipe Albuquerque, que é sétimo. Os comandantes são os holandeses Giedo Van der Garde e Frits Van Eerd, com 51. A próxima prova disputa-se em 14 de Dezembro, com as 8 Horas do Bahrain.
Hoje Macau DesportoResistência | António Félix da Costa vence terceira prova do Mundial [dropcap]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa (Oreca) venceu ontem a categoria LMP2 da terceira prova do Campeonato do Mundo de Resistência de automobilismo, disputada em Xangai, na China, na qual Filipe Albuquerque foi terceiro. Félix da Costa, que fez equipa com o britânico Anthony Davidson e com o mexicano Roberto Gonzalez, partiu da quinta posição da grelha, mas terminou as quatro horas de corrida com 121 voltas completadas e 17,090 segundos de avanço sobre o segundo classificado da classe, o Oreca da Jackie Chan DC Racing, tripulado pelo francês Gabriel Aubry, pelo chinês Ho-Pin Tung e pelo britânico Will Stevens. Para o piloto de Cascais foi “um grande dia”, pois esta é a primeira vitória no Mundial de Resistência: “Não foi uma corrida nada fácil, devido à gestão de pneus que tivemos de fazer, principalmente com o elevado nível de degradação deste circuito. Esta vitória foi obtida pelo excelente trabalho de equipa que todos fizemos, sem qualquer erro em pista e com ‘pit stops’ [paragens nas boxes] muito eficientes e sempre nos momentos certos, toda a equipa JOTA esteve muito bem e merecemos esta vitória.” “[Foi um] grande trabalho dos meus colegas de equipa. Juntos, hoje, mostrámos que fomos os mais fortes e só temos de estar orgulhosos deste dia. Para mim, principalmente, pois foi a minha primeira vitória aqui no Mundial de Resistência. Um grande dia”, resumiu Félix da Costa, sexto classificado da geral. De trás para a frente Em terceiro lugar ficou Filipe Albuquerque, no Oreca da United Autosports, depois de ter partido de idêntica posição da grelha. Albuquerque, que fez equipa com os britânicos Phil Hanson e Paul di Resta, terminou a 21,727 segundos de Félix da Costa, depois de ter caído para a última posição devido a um pedaço de plástico que se alojou na entrada de ar do motor. “Foi sempre a ganhar posições, com um excelente andamento. Fizemos tudo o que podíamos para chegar mais além, mas o tempo perdido e os andamentos semelhantes não permitiram ir mais longe. É sempre um pouco frustrante, porque ainda não tivemos uma corrida limpa, há sempre alguma coisa que nos acontece e nos obriga a ceder posições”, lamentou o piloto de Coimbra, oitavo da geral. O Rebellion pilotado pelos brasileiros Gustavo Menezes e Bruno Senna e pelo francês Norman Nato bateu os Toyota oficiais pela primeira vez em pista (a outra derrota da Toyota foi na secretaria) e venceu a prova chinesa. Com estes resultados, Félix da Costa está em sexto lugar da LMP2, com 35 pontos, mais cinco do que Filipe Albuquerque, que é sétimo. Os comandantes são os holandeses Giedo Van der Garde e Frits Van Eerd, com 51. A próxima prova disputa-se em 14 de Dezembro, com as 8 Horas do Bahrain.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Participação de Macau na “TCR Spa 500” aquém das expectativas [dropcap]A[/dropcap] passagem da equipa “Macau PS Racing” pela primeira edição da “TCR Spa 500” – uma prova de resistência de 500 voltas ao circuito belga de Spa-Francorchamps – não terminou como o quinteto de pilotos do território certamente desejaria. Filipe Souza, Ryan Wong, Kelvin Wong, Ng Kin Veng e Kam San Lam foram obrigados a abandonar devido a um acidente quando tinham cumprido apenas 85 voltas ao mítico traçado plantado na Floresta das Ardenas. O Audi RS3 LMS DSG com as cores da RAEM até teve um princípio de corrida muito bom, com Souza a realizar o primeiro turno de condução, conseguindo “subir várias posições”. Numa corrida que contou com dezassete concorrentes, um número que ficou aquém das expectativas do organizador, o Audi nº853 já rodava na décima primeira posição ao início da noite fria, em que a chuva já se fazia sentir, quando se deu o pior. Na zona de Blanchimont, a segunda curva à esquerda rapidíssima do circuito belga de Fórmula 1, Kelvin Wong perdeu o controlo do carro germânico e bateu nas barreiras de protecção do circuito. O veterano piloto de Macau não se magoou, mas o carro, alugado a uma equipa local, ficou demasiado danificado para continuar apesar dos esforços dos mecânicos para o recuperarem. Apesar da natural desilusão com o final prematuro, Souza admitiu ao HM que “gostou muito da experiência”, numa pista que é das mais exigentes do mundo, realçando que “aprendemos muito durante estes dias”, não fechando a porta a um possível regresso. Também presente na prova belga esteve Kevin Tse, também ele um piloto que defende as cores de Macau, que fazendo equipa com três pilotos de Hong Kong, teve a mesma sorte do quinteto da “Macau PS Racing”. O Audi RS3 LMS DSG de Tse abandonou a três horas do fim devido a um acidente protagonizado por um companheiro de equipa, curiosamente também na zona de Blanchimont. A prova foi ganha pelo Cupra TCR onde estavam Tom Coronel e Pepe Oriola.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Participação de Macau na “TCR Spa 500” aquém das expectativas [dropcap]A[/dropcap] passagem da equipa “Macau PS Racing” pela primeira edição da “TCR Spa 500” – uma prova de resistência de 500 voltas ao circuito belga de Spa-Francorchamps – não terminou como o quinteto de pilotos do território certamente desejaria. Filipe Souza, Ryan Wong, Kelvin Wong, Ng Kin Veng e Kam San Lam foram obrigados a abandonar devido a um acidente quando tinham cumprido apenas 85 voltas ao mítico traçado plantado na Floresta das Ardenas. O Audi RS3 LMS DSG com as cores da RAEM até teve um princípio de corrida muito bom, com Souza a realizar o primeiro turno de condução, conseguindo “subir várias posições”. Numa corrida que contou com dezassete concorrentes, um número que ficou aquém das expectativas do organizador, o Audi nº853 já rodava na décima primeira posição ao início da noite fria, em que a chuva já se fazia sentir, quando se deu o pior. Na zona de Blanchimont, a segunda curva à esquerda rapidíssima do circuito belga de Fórmula 1, Kelvin Wong perdeu o controlo do carro germânico e bateu nas barreiras de protecção do circuito. O veterano piloto de Macau não se magoou, mas o carro, alugado a uma equipa local, ficou demasiado danificado para continuar apesar dos esforços dos mecânicos para o recuperarem. Apesar da natural desilusão com o final prematuro, Souza admitiu ao HM que “gostou muito da experiência”, numa pista que é das mais exigentes do mundo, realçando que “aprendemos muito durante estes dias”, não fechando a porta a um possível regresso. Também presente na prova belga esteve Kevin Tse, também ele um piloto que defende as cores de Macau, que fazendo equipa com três pilotos de Hong Kong, teve a mesma sorte do quinteto da “Macau PS Racing”. O Audi RS3 LMS DSG de Tse abandonou a três horas do fim devido a um acidente protagonizado por um companheiro de equipa, curiosamente também na zona de Blanchimont. A prova foi ganha pelo Cupra TCR onde estavam Tom Coronel e Pepe Oriola.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Hong Kong deixa cair prova de Fórmula E [dropcap]A[/dropcap] situação estava a ser monitorizada há mais de dois meses, mas depois de consultadas todas as partes envolvidas, os organizadores do “Hong Kong ePrix”, a única prova de automobilismo da região vizinha, decidiram cancelar o evento programado para o dia 3 de Março do próximo ano. A decisão foi confirmada na passada sexta-feira pelo Conselho Mundial da FIA, apesar do órgão máximo do desporto motorizado não justificar as razões da saída de Hong Kong do calendário do Campeonato FIA de Fórmula E de 2019/2020. Contudo, ao South China Morning Post, um dos pilares da organização da prova justificou esta decisão pelo receio da incapacidade de colocar o evento de pé devido aos contínuos protestos pró-democracia que têm abalado Hong Kong. “Montar o circuito ia custar muito dinheiro. Se alguma coisa acontecesse no dia do evento por causa da agitação social, se não pudesse começar, seria uma enorme perda”, disse Lawrence Yu, o presidente da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) e principal mentor deste projecto desde o seu início. Esta seria a quarta edição do evento e a organização já tinha ultrapassado grandes obstáculos, como o financiamento de um evento que deu prejuízos nas três edições realizadas e o alargamento do circuito desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes. Yu afirmou também ao diário da ex-colónia britânica que organização da Fórmula E e o governo local esperam que a prova, que curiosamente é a preferida do piloto luso António Félix da Costa, regresse em 2021, dado o contributo positivo do evento para o campeonato de carros eléctricos. Rugby Sevens mantém-se firme O cancelamento da etapa da Fórmula E vem no seguimento da anulação de outros grandes eventos desportivos em Hong Kong. A última etapa do PGA Tour Series-China deveria ser disputada entre os dias 17 e 20 de Outubro na antiga colónia britânica, em vez disso será disputado de 10 a 13 de Outubro em Macau. O torneio do circuito feminino de ténis em Hong Kong, programado para este mês também foi adiado indefinidamente, enquanto que os jogos da liga de futebol deste fim-de-semana foram suspensos. Por enquanto, o mais famoso evento desportivo do território, o Hong Kong Rugby Sevens, mantém-se firme e os organizadores deixaram já claro que não têm planos para que este não se realize no fim-de-semana de 4 e 5 de Abril do próximo ano.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Hong Kong deixa cair prova de Fórmula E [dropcap]A[/dropcap] situação estava a ser monitorizada há mais de dois meses, mas depois de consultadas todas as partes envolvidas, os organizadores do “Hong Kong ePrix”, a única prova de automobilismo da região vizinha, decidiram cancelar o evento programado para o dia 3 de Março do próximo ano. A decisão foi confirmada na passada sexta-feira pelo Conselho Mundial da FIA, apesar do órgão máximo do desporto motorizado não justificar as razões da saída de Hong Kong do calendário do Campeonato FIA de Fórmula E de 2019/2020. Contudo, ao South China Morning Post, um dos pilares da organização da prova justificou esta decisão pelo receio da incapacidade de colocar o evento de pé devido aos contínuos protestos pró-democracia que têm abalado Hong Kong. “Montar o circuito ia custar muito dinheiro. Se alguma coisa acontecesse no dia do evento por causa da agitação social, se não pudesse começar, seria uma enorme perda”, disse Lawrence Yu, o presidente da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) e principal mentor deste projecto desde o seu início. Esta seria a quarta edição do evento e a organização já tinha ultrapassado grandes obstáculos, como o financiamento de um evento que deu prejuízos nas três edições realizadas e o alargamento do circuito desenhado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes. Yu afirmou também ao diário da ex-colónia britânica que organização da Fórmula E e o governo local esperam que a prova, que curiosamente é a preferida do piloto luso António Félix da Costa, regresse em 2021, dado o contributo positivo do evento para o campeonato de carros eléctricos. Rugby Sevens mantém-se firme O cancelamento da etapa da Fórmula E vem no seguimento da anulação de outros grandes eventos desportivos em Hong Kong. A última etapa do PGA Tour Series-China deveria ser disputada entre os dias 17 e 20 de Outubro na antiga colónia britânica, em vez disso será disputado de 10 a 13 de Outubro em Macau. O torneio do circuito feminino de ténis em Hong Kong, programado para este mês também foi adiado indefinidamente, enquanto que os jogos da liga de futebol deste fim-de-semana foram suspensos. Por enquanto, o mais famoso evento desportivo do território, o Hong Kong Rugby Sevens, mantém-se firme e os organizadores deixaram já claro que não têm planos para que este não se realize no fim-de-semana de 4 e 5 de Abril do próximo ano.
Sérgio Fonseca DesportoEndurance | Veteranos de Macau conquistam pódio na China [dropcap]A[/dropcap] equipa “246 Macau Spirit Racing” subiu ao pódio nas “6 Horas de Endurance do Circuito Internacional Guangdong” no passado dia 2 de Outubro. Porquê “246 Macau Spirit Racing”? Duzentos e quarenta e seis é o número bonito que representa o somatório de idades de quatro bem conhecidos pilotos do território que conduziram o Honda Integra Type-R nº20 nesta corrida de resistência do outro lado das Portas do Cerco: Rui Valente (58), Ricardo Lopes (58), Belmiro de Aguiar (64) e José Mariano da Rosa (66). Deste quarteto com provas dadas e que dispensa apresentações, apenas Rui Valente continua intensamente activo no automobilismo local. Contudo, Ricardo Lopes, Belmiro de Aguiar e José Mariano Rosa ainda não perderam o “bichinho” pelo automobilismo e não recusaram o desafio do seu companheiro e ex-adversário nas pistas. Lopes, vencedor do Troféu ACP de 1996 e que nos últimos dois anos tem acompanhado as corridas de Valente em Macau e China, já estava parado há seis anos. Aguiar, que competiu com sucesso em motas e carros em várias categorias desde os anos 1970s, já não competia há cinco anos. Mariano da Rosa, que é dos pilotos de Macau com mais participações no Grande Prémio desde dos anos 1980s, também estava afastado das pistas há mais de meia dúzia de anos. Porém, ao longo das 200 voltas, nenhum deles acusou os anos que estiveram fora do cockpit. Num pelotão diversificado com vinte e oito viaturas, o Honda Integra Type-R da “246 Macau Spirit Racing” qualificou-se no quarto lugar da geral. Na primeira hora da corrida, o carro do quadra de veteranos rodou tranquilamente dentro dos três primeiros, mas depois vieram os primeiros dissabores, típicos de uma corrida de resistência. “Ficámos sem a segunda velocidade depois da segunda hora”, explicou Rui Valente ao HM. “E a seguir fomos penalizados por excesso de velocidade no pit-lane. Caímos para o 18º lugar no final da terceira hora. Quando peguei no carro outra vez, já na última hora, estávamos em 12º lugar e consegui recuperar até ao 9º lugar, vencendo a nossa classe.” Para repetir Apesar do espírito competitivo não ter esmorecido nestes quatro pilotos que fazem parte da história dos pilotos locais Grande Prémio de Macau, esta participação focou-se acima de tudo no convívio e o recordar outros tempos “Fico muito contente por ser possível fazer estas aventuras. Isto só é possível na China, porque há muitas provas de endurance deste tipo. É inimaginável a alegria e os rostos de felicidade após a corrida, mesmo cansados após seis horas de corrida”, realça Rui Valente que faz um balanço muito positivo da participação na prova organizada pelo circuito dos arredores da cidade chinesa de Zhaoqing. “Acho que foi bom ter posto todos a andar outra vez, foi o recuperar de inúmeras recordações do passado”, afirma Rui Valente que já pensa na próxima. “Tenho em mente trazer para o ano outros tantos pilotos portugueses locais que também não correm há muitos anos, alguns deles há 10 e 15 anos…”
Sérgio Fonseca DesportoEndurance | Veteranos de Macau conquistam pódio na China [dropcap]A[/dropcap] equipa “246 Macau Spirit Racing” subiu ao pódio nas “6 Horas de Endurance do Circuito Internacional Guangdong” no passado dia 2 de Outubro. Porquê “246 Macau Spirit Racing”? Duzentos e quarenta e seis é o número bonito que representa o somatório de idades de quatro bem conhecidos pilotos do território que conduziram o Honda Integra Type-R nº20 nesta corrida de resistência do outro lado das Portas do Cerco: Rui Valente (58), Ricardo Lopes (58), Belmiro de Aguiar (64) e José Mariano da Rosa (66). Deste quarteto com provas dadas e que dispensa apresentações, apenas Rui Valente continua intensamente activo no automobilismo local. Contudo, Ricardo Lopes, Belmiro de Aguiar e José Mariano Rosa ainda não perderam o “bichinho” pelo automobilismo e não recusaram o desafio do seu companheiro e ex-adversário nas pistas. Lopes, vencedor do Troféu ACP de 1996 e que nos últimos dois anos tem acompanhado as corridas de Valente em Macau e China, já estava parado há seis anos. Aguiar, que competiu com sucesso em motas e carros em várias categorias desde os anos 1970s, já não competia há cinco anos. Mariano da Rosa, que é dos pilotos de Macau com mais participações no Grande Prémio desde dos anos 1980s, também estava afastado das pistas há mais de meia dúzia de anos. Porém, ao longo das 200 voltas, nenhum deles acusou os anos que estiveram fora do cockpit. Num pelotão diversificado com vinte e oito viaturas, o Honda Integra Type-R da “246 Macau Spirit Racing” qualificou-se no quarto lugar da geral. Na primeira hora da corrida, o carro do quadra de veteranos rodou tranquilamente dentro dos três primeiros, mas depois vieram os primeiros dissabores, típicos de uma corrida de resistência. “Ficámos sem a segunda velocidade depois da segunda hora”, explicou Rui Valente ao HM. “E a seguir fomos penalizados por excesso de velocidade no pit-lane. Caímos para o 18º lugar no final da terceira hora. Quando peguei no carro outra vez, já na última hora, estávamos em 12º lugar e consegui recuperar até ao 9º lugar, vencendo a nossa classe.” Para repetir Apesar do espírito competitivo não ter esmorecido nestes quatro pilotos que fazem parte da história dos pilotos locais Grande Prémio de Macau, esta participação focou-se acima de tudo no convívio e o recordar outros tempos “Fico muito contente por ser possível fazer estas aventuras. Isto só é possível na China, porque há muitas provas de endurance deste tipo. É inimaginável a alegria e os rostos de felicidade após a corrida, mesmo cansados após seis horas de corrida”, realça Rui Valente que faz um balanço muito positivo da participação na prova organizada pelo circuito dos arredores da cidade chinesa de Zhaoqing. “Acho que foi bom ter posto todos a andar outra vez, foi o recuperar de inúmeras recordações do passado”, afirma Rui Valente que já pensa na próxima. “Tenho em mente trazer para o ano outros tantos pilotos portugueses locais que também não correm há muitos anos, alguns deles há 10 e 15 anos…”
Sérgio Fonseca DesportoPiloto de Macau envereda pelas corridas de monolugares [dropcap]A[/dropcap] presença de pilotos de Macau no automobilismo local ou internacional praticamente resume-se às categorias de velocidade de carros de Turismo e GT. Contudo, há sempre excepções à regra, e Nicholas Lai Chi Hou é disso o melhor exemplo. O piloto da RAEM enveredou pelo caminho diferente, em vez das corridas de Turismo, seguiu o caminho dos monolugares. Depois de uma passagem pelo Campeonato da China de Fórmula 4, no próximo fim-de-semana, no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia, Nicholas Lai estrear-se-á no Campeonato Asiático de Fórmula Renault com a equipa Asia Racing Team (ART), também ela com as suas fundações no território. O prazer de condução único proporcionado por um monolugar cativou o piloto de 32 anos à primeira, que admite que é essa a razão para ter optado por este caminho tão diferente do habitual. “O primeiro treino de condução desportiva que me foi dado, em 2014 na escola de condução da ART no Circuito Internacional de Zhuhai, foi um num Fórmula e aí fiquei apaixonado”, explicou Lai ao HM. Apesar de já ter experimentado carros de Turismo, tripular e competir com monolugares continua a ser o que o motiva a competir. “Realmente encontro diversão a correr com fórmulas. Não encontras a mesma sensação em nenhum outro carro de corrida. Andar nos limites, por entre lutas roda com roda, nas corridas de monolugares é o que me entusiasma.” Próximo passo A participação na prova do Campeonato Asiático de Fórmula Renault este fim-de-semana no Circuito Internacional de Sepang é mais um passo na direcção da concretização de um sonho, aquele amplamente partilhado por todos os pilotos do território. “Estou entusiasmado por começar a minha campanha asiática com a ART na pista de Fórmula 1 de Sepang. É uma das mais icónicas equipas do desporto motorizado asiático e espero aprender muito com eles”, admite Lai que assim segue as pisadas de outros pilotos com a licença desportiva de Macau que por lá deram com sucesso os seus primeiros passos no automobilismo, como Rodolfo Ávila, Luís Sá Silva ou Charles Leong Hon Chio. “Depois de ser levado a sério nas corridas de monolugares fez de mim o que sou e o que quero ser. Tendo participado no campeonato de Fórmula 4, penso que tenho o que é que preciso para subir os degraus na carreira do automobilismo nos monolugares”, conclui Lai que este fim-de-semana fará equipa com o brasileiro Bruno Carneiro, que ainda assim não esconde “Espero correr um dia de Fórmula 3 no Grande Prémio de Macau…”
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | André Couto, Rodolfo Ávila e Tiago Monteiro correram em Ningbo [dropcap]O[/dropcap] saldo final da presença portuguesa pelo Ningbo Speedpark International foi algumas mazelas e resultados que poderiam ser bem melhores, mas por diversas razões não o foram. André Couto, chamado à última da hora para ajudar a Dongfeng Honda Team na prova do TCR China Series, apenas cumpriu metade do objectivo que lhe tinha sido incumbido. Rodolfo Ávila teve duas corridas estragadas no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), mas foi para casa ocupando a mesma posição no campeonato do que quando chegou à cidade que um dia os portugueses chamaram de Liampó. O piloto da RAEM voltou novamente a participar nas provas do TCR China e até poderia ter dado o primeiro pódio à geral da MG no campeonato, se a equipa não tivesse decidido o contrário. Por fim, Tiago Monteiro teve uma jornada chinesa da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) para esquecer, não somando qualquer ponto e deixando o seu Honda em muito mau estado. TCR China: soube a pouco Couto arrancou do quarto lugar da grelha de partida e por ali andou nas 13 voltas da corrida, servindo de tampão ao Audi líder do campeonato de Huang Chu Han, enquanto Daniel Lloyd e Martin Xie, nos outros dois Honda Civic Type-R da Dongfeng Honda Team, terminavam em 2º e 3º respectivamente, mas muito longe do vencedor Luca Engstler (Hyundai). Como o recém-campeão do TCR Asia não está na luta pelo campeonato, o segundo lugar de Lloyd foi uma boa operação para a equipa da província chinesa de Guangdong, até porque Couto acabou por roubar pontos ao líder do campeonato. Porém, o bom astral na Dongfeng Honda Team, que na prática é a equipa do território MacPro Racing Team, evaporou-se na segunda corrida no domingo. Couto assumiu rapidamente a liderança da corrida, mas à segunda volta, o piloto luso perdeu momentaneamente o controlo do Honda Civic Type-R e atrás de si, a discutir o segundo posto com Luca Engstler, vinha Daniel Lloyd que não conseguiu evitar a colisão com o seu companheiro de equipa. Os estragos foram demasiados para continuar para desespero dos homens da MacPro Racing Team. Huang Chu Han foi segundo e ainda saiu mais líder do campeonato quando falta apenas realizar uma prova. No novo MG 6 TCR, Ávila foi o décimo classificado na primeira corrida, isto depois de ter cortado a linha de meta com o carro a arrastar-se em três rodas, após a suspensão ter cedido na última volta ao passar por cima de um corrector. No domingo, o novo recruta da MG Power Racing levou o carro de matriz britânica ao quarto lugar. O piloto português rodou a maior parte da corrida no quarto lugar, à frente do seu companheiro de equipa, mas acabou por deixar Zhang Zhen Dong passar a três voltas para o fim, respeitando as ordens da equipa, quando se confirmou que ambos seriam promovidos uma posição, um deles ao pódio, com a penalização de um adversário. Depois dos problemas de motor na quinta-feira e de caixa-de-velocidades ontem, Rodolfo Ávila levou o novo MG 6 TCR da MG Power Racing ao final da corrida no 10º lugar, a prioridade da equipa para o fim-de-semana. Isto, apesar do piloto português residente em Macau ter cortado a linha de meta muito devagar depois da suspensão do carro de matriz inglesa ter cedido na última volta. CTCC: do mal, o menos As duas corridas de Ávila no CTCC não foram muito diferentes as anteriores. O piloto da SVW333 Racing luta por posições no topo do pelotão e acaba invariavelmente abalroado, sem que haja qualquer punição para os seus adversários. Na primeira corrida, Ávila levou um toque logo nos primeiros metros da prova, o que o obrigou a recuperar do 16º lugar até ao 8º posto final. No segundo confronto, partindo do 3º lugar conquistado na qualificação, Ávila foi novamente empurrado para fora por um oponente e terminou no 13º lugar com a suspensão danificada no VW Lamando. “É muito difícil quando se corre com mais 100kg que os Ford e mais 90kg que os KIA”, explicou Ávila, que representa a SAIC Volkswagen, em comunicado. “Fui sempre o mais rápido da minha equipa ao longo do fim-de-semana, mas no confronto com os adversários das outras equipas foi muito complicado. Ao fim de quatro voltas ficámos sem pneus e somos alvos fáceis. Houve novamente pilotos que se excederam e voltei a ser prejudicado nas duas corridas devido a toques.” Apesar das duas corridas não terem corrido de feição, Ávila manteve o quinto posto na classificação de pilotos, no entanto, a SVW333 Racing perdeu a liderança dos construtores para a rival Kia. WTCR: Monteiro quer esquecer Como cabeça de cartaz na pista da província de Zhejiang esteve a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Os líderes do campeonato Yvan Muller (Lynk & Co), com duas vitórias, e Norbert Michelisz (Hyundai), com uma, dividiram os triunfos naquela que terá sido as provas mais caóticas da temporada, com vários acidentes e colisões a deixarem mais de metade do pelotão muito mal tratado. Apesar de ter chegado a Ningbo motivado pelo triunfo nas ruas de Vila Real há dois meses, Tiago Monteiro teve um fim-de-semana para esquecer. O piloto português do Honda Civic Type-R da equipa KCMG, de Hong Kong, foi 21º na primeira corrida e desistiu, fruto de acidentes, nas outras duas. “As corridas são cada vez mais disputadas, ninguém cede um milímetro. Na segunda corrida, bati violentamente no muro a cerca de 130 km/h, mas fisicamente estou bem. A equipa terá agora muito trabalho pela frente até à próxima prova, pois vão ter de trocar o chassis e é um processo demorado. Será uma corrida contra o tempo”, disse o piloto portuense depois de ter sido enviado contra um muro pelo marroquino Mehdi Bennani na terceira corrida. Antes da visita a Macau, em Novembro, a caravana do WTCR tem uma corrida em Suzuka, no Japão, no fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | André Couto, Rodolfo Ávila e Tiago Monteiro correram em Ningbo [dropcap]O[/dropcap] saldo final da presença portuguesa pelo Ningbo Speedpark International foi algumas mazelas e resultados que poderiam ser bem melhores, mas por diversas razões não o foram. André Couto, chamado à última da hora para ajudar a Dongfeng Honda Team na prova do TCR China Series, apenas cumpriu metade do objectivo que lhe tinha sido incumbido. Rodolfo Ávila teve duas corridas estragadas no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), mas foi para casa ocupando a mesma posição no campeonato do que quando chegou à cidade que um dia os portugueses chamaram de Liampó. O piloto da RAEM voltou novamente a participar nas provas do TCR China e até poderia ter dado o primeiro pódio à geral da MG no campeonato, se a equipa não tivesse decidido o contrário. Por fim, Tiago Monteiro teve uma jornada chinesa da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) para esquecer, não somando qualquer ponto e deixando o seu Honda em muito mau estado. TCR China: soube a pouco Couto arrancou do quarto lugar da grelha de partida e por ali andou nas 13 voltas da corrida, servindo de tampão ao Audi líder do campeonato de Huang Chu Han, enquanto Daniel Lloyd e Martin Xie, nos outros dois Honda Civic Type-R da Dongfeng Honda Team, terminavam em 2º e 3º respectivamente, mas muito longe do vencedor Luca Engstler (Hyundai). Como o recém-campeão do TCR Asia não está na luta pelo campeonato, o segundo lugar de Lloyd foi uma boa operação para a equipa da província chinesa de Guangdong, até porque Couto acabou por roubar pontos ao líder do campeonato. Porém, o bom astral na Dongfeng Honda Team, que na prática é a equipa do território MacPro Racing Team, evaporou-se na segunda corrida no domingo. Couto assumiu rapidamente a liderança da corrida, mas à segunda volta, o piloto luso perdeu momentaneamente o controlo do Honda Civic Type-R e atrás de si, a discutir o segundo posto com Luca Engstler, vinha Daniel Lloyd que não conseguiu evitar a colisão com o seu companheiro de equipa. Os estragos foram demasiados para continuar para desespero dos homens da MacPro Racing Team. Huang Chu Han foi segundo e ainda saiu mais líder do campeonato quando falta apenas realizar uma prova. No novo MG 6 TCR, Ávila foi o décimo classificado na primeira corrida, isto depois de ter cortado a linha de meta com o carro a arrastar-se em três rodas, após a suspensão ter cedido na última volta ao passar por cima de um corrector. No domingo, o novo recruta da MG Power Racing levou o carro de matriz britânica ao quarto lugar. O piloto português rodou a maior parte da corrida no quarto lugar, à frente do seu companheiro de equipa, mas acabou por deixar Zhang Zhen Dong passar a três voltas para o fim, respeitando as ordens da equipa, quando se confirmou que ambos seriam promovidos uma posição, um deles ao pódio, com a penalização de um adversário. Depois dos problemas de motor na quinta-feira e de caixa-de-velocidades ontem, Rodolfo Ávila levou o novo MG 6 TCR da MG Power Racing ao final da corrida no 10º lugar, a prioridade da equipa para o fim-de-semana. Isto, apesar do piloto português residente em Macau ter cortado a linha de meta muito devagar depois da suspensão do carro de matriz inglesa ter cedido na última volta. CTCC: do mal, o menos As duas corridas de Ávila no CTCC não foram muito diferentes as anteriores. O piloto da SVW333 Racing luta por posições no topo do pelotão e acaba invariavelmente abalroado, sem que haja qualquer punição para os seus adversários. Na primeira corrida, Ávila levou um toque logo nos primeiros metros da prova, o que o obrigou a recuperar do 16º lugar até ao 8º posto final. No segundo confronto, partindo do 3º lugar conquistado na qualificação, Ávila foi novamente empurrado para fora por um oponente e terminou no 13º lugar com a suspensão danificada no VW Lamando. “É muito difícil quando se corre com mais 100kg que os Ford e mais 90kg que os KIA”, explicou Ávila, que representa a SAIC Volkswagen, em comunicado. “Fui sempre o mais rápido da minha equipa ao longo do fim-de-semana, mas no confronto com os adversários das outras equipas foi muito complicado. Ao fim de quatro voltas ficámos sem pneus e somos alvos fáceis. Houve novamente pilotos que se excederam e voltei a ser prejudicado nas duas corridas devido a toques.” Apesar das duas corridas não terem corrido de feição, Ávila manteve o quinto posto na classificação de pilotos, no entanto, a SVW333 Racing perdeu a liderança dos construtores para a rival Kia. WTCR: Monteiro quer esquecer Como cabeça de cartaz na pista da província de Zhejiang esteve a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Os líderes do campeonato Yvan Muller (Lynk & Co), com duas vitórias, e Norbert Michelisz (Hyundai), com uma, dividiram os triunfos naquela que terá sido as provas mais caóticas da temporada, com vários acidentes e colisões a deixarem mais de metade do pelotão muito mal tratado. Apesar de ter chegado a Ningbo motivado pelo triunfo nas ruas de Vila Real há dois meses, Tiago Monteiro teve um fim-de-semana para esquecer. O piloto português do Honda Civic Type-R da equipa KCMG, de Hong Kong, foi 21º na primeira corrida e desistiu, fruto de acidentes, nas outras duas. “As corridas são cada vez mais disputadas, ninguém cede um milímetro. Na segunda corrida, bati violentamente no muro a cerca de 130 km/h, mas fisicamente estou bem. A equipa terá agora muito trabalho pela frente até à próxima prova, pois vão ter de trocar o chassis e é um processo demorado. Será uma corrida contra o tempo”, disse o piloto portuense depois de ter sido enviado contra um muro pelo marroquino Mehdi Bennani na terceira corrida. Antes da visita a Macau, em Novembro, a caravana do WTCR tem uma corrida em Suzuka, no Japão, no fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro.
Sérgio Fonseca DesportoHong Kong | Instabilidade não inquieta actores internacionais do Grande Prémio [dropcap]O[/dropcap] clima de desassossego social por que está a passar Hong Kong não preocupa os actores internacionais do Grande Prémio de Macau. Entre nós os preparativos para o evento do mês de Novembro decorrem dentro da normalidade e, entre os agentes estrangeiros, ninguém acredita que a agitação na região vizinha vá ter um reflexo negativo no bom desenrolar do maior acontecimento desportivo de carácter anual da RAEM. “Não há qualquer tipo de inquietude nesta altura”, esclareceu François Ribeiro, o CEO da Eurosport Events, a empresa que tem os direitos de promoção da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), à revista semanal francesa Auto Hebdo. Este ano a prova do Circuito da Guia não é a última da temporada do WTCR, que terminará na Malásia em Dezembro. Antes de Macau a caravana do mundial de carros de turismo compete em Suzuka, no Japão, no último fim-de-semana de Outubro. Os carros e o material deverão ser encaminhados por via marítima para a RAEM e por agora não existe qualquer plano de contingência. Com o período de inscrições a terminar a 31 de Agosto, do lado dos participantes da Taça do Mundo FIA de GT, também não há qualquer tipo de desassossego quanto à regular organização do evento do território. Ainda na pretérita semana as equipas receberam informações quanto ao regulamento desportivo da prova e outras instruções, como por exemplo reservarem os pneus Pirelli para o fim-de-semana. “É um grande evento que gostámos muito”, afirmou recentemente Stéphane Ratel, o CEO da SRO Motorsport Organization, a empresa que co-coordena a Taça do Mundo FIA de GT com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC). O empresário francês está optimista para o evento deste ano, mesmo admitindo que “este não é dos (eventos) mais fáceis e tivemos alguns anos turbulentos. O ano passado correu bem. Os anos turbulentos resultaram em apenas 15 carros em 2018. O ano passado foi mais calmo e estamos a ter mais interesse para este ano. Esperamos 16 ou 17 carros e talvez chegar 20 ou 21 carros em Novembro.” Segundo pode apurar o HM junto de vários outros protagonistas, de igual serena forma também prosseguem paulatinamente os preparativos da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3, que este ano terá uma grelha de partida com 30 monolugares da última geração, mais dois que o ano passado. Os monolugares deverão chegar a Macau por via aérea este ano. Por seu lado, os concorrentes do Grande Prémio de Motos de Macau aguardam ansiosamente pelos convites para participarem na “Clássica do Extremo Oriente”. A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Ávila satisfeito com a ligação à MG [dropcap]R[/dropcap]odolfo Ávila teve o privilégio de estrear em competição o novo MG6 XPower TCR na prova conjunta dos campeonatos TCR China Series/TCR Asia Series que se disputou no Circuito Internacional de Zhejiang o mês passado. O piloto do território gostou do desafio e acredita no potencial do carro inglês fabricado na República Popular da China mas a pensar num mercado global. O convite que surgiu por parte da equipa MG XPower para que Ávila fizesse parte deste projecto chegou em Junho e foi inesperado. “Não fazia parte dos meus planos para este ano, mas fiquei muito satisfeito com esta oportunidade”, disse ao HM o piloto português, que realça que “aceitou de imediato” mesmo sabendo das limitações em termos desportivos, pois “estamos a falar de um carro totalmente novo, com poucos quilómetros de testes e o primeiro projecto desta natureza realizado na China.” No regresso oficial da prestigiada marca britânica ao automobilismo, Ávila conseguiu entrar no lote dos doze pilotos mais rápidos na qualificação e passar Q2, terminando as duas corridas no sétimo e sexto lugar entre os concorrentes do TCR China. “O nosso objectivo para esta prova que era terminar as duas corridas com os dois carros foi conseguido. A equipa tem a noção que ainda há muito trabalho pela frente para tornar o carro competitivo, mas este foi um bom primeiro passo”, explicou o piloto da RAEM. Os dois MG6 XPower TCR estão agora em Xangai a serem preparados para as próximas corridas e Ávila deverá regressar ao volante nos dias 14 e 15 de Setembro em Ningbo. Macau ainda não O MG6 XPower TCR foi apresentado no Salão Automóvel de Xangai no início do ano, tendo sido construído e desenvolvido pelos técnicos da marca na China continental. Porém, o carro ainda não possui uma homologação final TCR e para ser autorizado a correr teve que carregar 60 kg de lastro suplementar. Para um dia ser aceite na grelha de partida na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) e no formato actual da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau, o MG6 XPower TCR precisa mesmo de ser homologado. “Não sei quais são os planos futuros da marca, se avançam com a homologação ou não”, clarifica Ávila que reconhece que “isso é uma decisão que não me compete”, sendo a sua posição na equipa “ajudar ao desenvolvimento do carro.” Fundada em Inglaterra em 1924, a MG passou para mãos chinesas em 2006, mas conservou a sua áurea e a ligação com os desportos motorizados – quase todos os modelos que a marca produziu foram utilizados em alguma forma de competição motorizada. O entusiasmo em redor do lançamento deste novo carro de competição não foi excepção e ultrapassou fronteiras, como revela Ávila: “Minutos depois das primeiras notícias apareceram online sobre a primeira corrida do MG6 fui contactado por jornalistas de Inglaterra a quererem saber mais do projecto. Isto mostra o encanto que ainda tem esta marca.” Prioridade CTCC Apesar desta presença nas provas de TCR, Ávila reconhece que a prioridade até ao fim da temporada ainda é o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Ocupando o quinto lugar na classificação de pilotos, o piloto lusófono da 333SVW Racing, que até já venceu uma corrida esta época, é bastante claro: “O objectivo número um, traçado no início do ano, é vencer o campeonato de construtores e neste momento estamos na frente. Tive alguns azares em algumas provas, mas temos estado fortes este ano. Falta ainda cumprir a segunda metade do campeonato, mas estamos no caminho certo”. Com quatro eventos ainda por realizar este ano, o CTCC ainda irá visitar os circuitos chineses de Ningbo, Zhuhou, Xangai e o circuito citadino de Wuhan.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Rui Valente prepara regresso ao Circuito da Guia Depois de um ano em que não conseguiu cumprir os mínimos para correr na Taça de Carros de Turismo de Macau, Rui Valente regressou em grande ao garantir o apuramento para o mais importante evento desportivo do território [dropcap]H[/dropcap]á doze meses Rui Valente até tinha razões para celebrar, pois cumpria o feito notável de alcançar trinta anos de carreira no automobilismo. No entanto, desportivamente, a vida não lhe sorria. Devido a diversos problemas com o seu Mini, o mais antigo piloto português em actividade em Macau não conseguiu o apuramento para a Taça de Carros de Turismo de Macau e, na altura, nem tinha a certeza que iria regressar ao Circuito da Guia. Doze meses passaram e a conjuntura inverteu-se. Este ano o apuramento correu de feição e ficou resolvido logo no primeiro Festival de Corridas de Macau, realizado no Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade continental chinesa de Zhaoqing. O segundo Festival de Corridas de Macau não foi tão profícuo em termos de resultados, mas as performances obtidas em pista foram entusiasmantes. “O carro nunca esteve tão forte como no fim-de-semana de Junho”, explicou Rui Valente ao HM. Graças a um “motor novo, com mais potência que o anterior”, o Mini Cooper S passou a andar “tanto como os carros da frente”, ao ponto de, na segunda corrida do segundo confronto, “estar em terceiro lugar”. Infelizmente, o destino quis outra coisa e “quando a seis voltas do fim o fusível da bomba de gasolina desligou-se automaticamente, devido ao excesso de aquecimento, e o carro parou”. O problema já tinha ocorrido na corrida anterior. A bomba foi nova para a segunda corrida, mas o problema manteve-se. Sem mais nenhuma corrida prevista para o Mini até Novembro, apenas umas corridas de resistência com o Honda DC5 para manter a forma, Rui Valente vai focar-se na preparação para a corrida mais importante do ano realizando vários testes. Já a pensar no GP Ainda faltam quatro meses para o Grande Prémio, mas não há tempo a perder, porque o Mini ainda vai receber algumas actualizações técnicas antes do ansiado evento final de temporada. Na prova, dentro da Corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, para os carros da categoria “1600cc turbo”, é consabido que os Mini Cooper S e os Ford Focus têm dificuldade em acompanhar em velocidade de ponta os Peugeot RCZ, principalmente aqueles preparados pela Suncity Racing Team, e os Chevrolet Cruze da Son Veng Racing Team. Por isso mesmo, não é por acaso que “vou melhorar a aerodinâmica do carro para ter mais velocidade na recta em Macau”, explica Rui Valente. “A ver se assim aproximamos mais dos Peugeot RCZ da Suncity Racing Team”, refere Rui Valente que tem os vencedores do MTCS como bitola. “O carro está espectacular”, afirma convicto o veterano piloto do território, mas na teoria “não tenho carro para ganhar aos RCZ, mas em corrida nunca se sabe…”. Com uma preparação de acordo com o orçamento muito superior ao da concorrência, os carros da equipa de Hong Kong são naturalmente os favoritos ao triunfo, todavia, ainda está na memória de todos, quando em 2017 o São Pedro alagou o Circuito da Guia e, contra as previsões, foi Jerónimo Badaraco quem saiu vitorioso.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Equipas japonesas ficam de fora do GP Macau F3 A adopção dos mais modernos monolugares do Campeonato FIA de Fórmula 3 por parte da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 66º Grande Prémio de Macau deixou os japoneses desconsolados. A prova revestia-se de capital importância para as equipas de Fórmula 3 do “país do sol nascente” e agora deixou forçosamente de o ser [dropcap]K[/dropcap]eisuke Kunimoto, o último piloto japonês a vencer a prova de Fórmula 3 do Circuito da Guia, em 2008, logo após a corrida durante a qual superou Edoardo Mortara no sprint final rumo à vitória, exprimia ao HM a sua felicidade pelo êxito obtido, pois “tem um especial significado de vencer aqui”, isto porque “esta corrida tem um impacto muito grande no Japão. É a única oportunidade de enfrentar os melhores pilotos e equipas da Europa em terreno neutro e numa pista espectacular.” Pelo número de jornalistas que se desloca à RAEM naquele fim-de-semana de Novembro, não é difícil perceber que o Grande Prémio de Macau é o evento de automobilismo do continente asiático que goza de maior protagonismo no Japão, excluindo os Grande Prémios de Fórmula 1. Hoje, é com imensa tristeza que as equipas de Fórmula 3 nipónicas se vêm privadas da tradicional romaria de fim de ano a Macau. “Acreditamos que a maior parte das nossas equipas partilham do mesmo sentimento que nós – estamos extremamente desapontados com o anúncio recente [de Macau],” diz Susumu Koumi, responsável da equipa TOM’S, cuja equipa venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 mais vezes que qualquer outro adversário. “O nosso chefe engenheiro, Jun Yamada, disse-me: ‘Que pena – um evento histórico e uma corrida tão importante para nós’.” Caso perdido A federação japonesa terá desde a primeira hora se oposto em Paris a este novo conceito da FIA para a F3, em que os carros têm um chassis e um motor de uma única marca, o que limita a área de intervenção das equipas e respectivos engenheiros, restringindo também a diversidade técnica e tecnológica. A disciplina nasceu nos anos 1950 com um espírito completamente antagónico ao caminho que a federação internacional decidiu agora traçar, que deixa de fora de uma assentada pequenos construtores de monolugares, empresas de engenharia, fornecedores de componentes técnicos e até construtores automóveis. Como o organizador do Campeonato FIA de Fórmula 3 tem o exclusivo dos direitos comerciais sobre os carros, ninguém os pode adquirir, aparte das dez equipas que têm a licença para competir no campeonato a tempo inteiro. Como este caminho traçado pela federação internacional está trancado com contratos plurianuais, não haverá forma de as equipas japonesas regressarem a curto trecho àquele que era a sua favorita arena de final de temporada.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Riscos de velocidades máximas da F3 dividem opiniões A confirmação do uso da última geração de monolugares na Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 66º Grande Prémio de Macau, a que se seguiu o anúncio que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) se prepara para mexer em alguns pontos estratégicos do Circuito da Guia a nível da segurança, atiçou novamente a conversa sobre as velocidades que estes pequenos carros de corrida irão atingir [dropcap]O[/dropcap]s novos carros têm um sistema DRS, a sigla inglesa para o sistema de redução de arrasto. Este sistema é visto na Fórmula 1 desde 2011 e existe com o propósito de facilitar ultrapassagens, através da redução do arrasto aerodinâmico durante um curto espaço de tempo e numa zona particular da pista. Pela primeira vez este ano, o regulamento do Grande Prémio de Macau de F3 abre a porta para o uso deste equipamento que tornará os carros ainda mais rápidos, em velocidade de ponta, apesar da FIA não ter ainda comunicado como e se este sistema será mesmo utilizado. O vencedor do ano passado, Dan Ticktum, sem beneficiar do cone de aspiração, foi cronometrado a 267km/h antes da travagem para a Curva do Lisboa. Os F3 actuais atingem velocidades de cerca de 280km/h nos circuitos convencionais, tendo superado a barreira dos 300km/h em Monza. O anterior monolugar pesava cerca de 580kg, menos cento e dez quilogramas que o actual, o que, para quem entender as leis da física, dá um momento linear superior em 33,7 por cento. O brutal acidente de Sophia Flörsch o ano passado continua bem presente em todos intervenientes. Frits van Amersfoort, o chefe da equipa por quem Flörsch conduziu em 2018, lembrou, em entrevista à revista inglesa Autosport, que “Barry Bland [ex-co-coordenador do Grande Prémio de Macau de F3] introduziu os carros de F3 em Macau em 1983. Na altura, era uma excelente ideia, mas não nos podemos esquecer que esses primeiros carros de F3 tinham restritores de ar de 24 milímetros e 190 cavalos de potência. Agora vão correr com mais de 300 cavalos. Será sensato fazê-lo?” Trevor Carlin, co-proprietário da equipa Carlin, a equipa por quem o português António Félix da Costa venceu o Grande Prémio, partilha o mesmo desassossego, como revelou à publicação britânica. “Estou ligeiramente preocupado com as velocidades, porque a velocidade máxima irá ser imensa”, afirmou o inglês, que acrescentou que “pelo que ouvi, eles (a FIA) fizeram simulações e dizem que está tudo bem. Mas claro, eles obviamente nunca estiveram ao pé do Mandarim ou do Lisboa.” Pilotos tranquilos Curiosamente, ao contrário da chefe de equipa, os pilotos estão mais tranquilos. Questionado sobre a perigosidade do Circuito da Guia numa sessão de perguntas e respostas com os fãs que antecedeu a ronda britânica do Campeonato FIA de Fórmula 3, no passado fim-de-semana, Jack Hughes, piloto que terminou em quarto lugar na pretérita edição da corrida, garantiu que “pessoalmente não acho que seja mais perigoso. Macau é perigoso, ponto final. É e sempre há-de ser. Eu não penso que a FIA vá tirar esse factor.” Para o piloto inglês, conhecedor como poucos das diferenças entre as duas gerações de carros, “as velocidades não serão assim tão mais elevadas com o novo chassis Dallara. Com o carro anterior já eram de 270km/h. Não será uma diferença enorme, apenas na primeira curva. Na montanha as velocidades atingidas não serão muito diferentes.” O jovem piloto de Macau Leong Hon Chio, que continua a trabalhar para fazer parte do lote restrito de 30 pilotos que correrão na edição deste ano da prova e que se estreou na categoria o ano transacto, em declarações ao HM, diz que “não acredita” que haja uma escalada dos riscos e reconhece que, em princípio, “estará tudo bem”. Para o piloto da RAEM, se os “Fórmula 1 correm no Mónaco, os novos F3 devem ser bons em Macau.”
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Pilotos lusófonos dão boa conta de si [dropcap]O[/dropcap] período festivo da “Semana Dourada” do 1º de Maio foi bastante agitado para os pilotos lusófonos de automobilismo de Macau, com André Couto, Filipe Souza e Rui Valente a competirem em diferentes palcos. Couto regressou ao Japão para a segunda prova da temporada de 2019 do campeonato nipónico Super GT para disputar os “500 km de Fuji”. Depois do início de época em Abril, numa corrida encurtada no circuito de Okayama, em que ficou no 16º lugar, Couto e todo o pelotão do campeonato viram-se novamente a braços com condições climatéricas desfavoráveis na pista localizada nos arredores do icónico Monte Fuji. A forte chuva obrigou mesmo a que a corrida realizada na tarde de sábado fosse momentaneamente interrompida. O Lamborghini Huracan GT3 do piloto português arrancou do 19º lugar da grelha de partida, entre os concorrentes da categoria GT300, e foi dos últimos carros da classe a realizar a primeira paragem nas boxes. Esta estratégia arrojada de manter Couto ao volante do carro italiano nº87 da equipa JLOC o maior tempo possível, resultou na medida que o Huracan GT3 vermelho rodou dentro dos lugares pontuáveis na classe nos turnos dos pilotos nipónicos Tsubasa Takahashi e Kiyoto Fujinami. Contudo, já nas voltas finais da corrida, este acabaria por cair para o 11º lugar, a primeira posição fora dos pontos. Couto voltará ao Japão para a terceira jornada da temporada no último fim-de-semana de Maio, mas já esta semana viaja até à Tailândia para participar na segunda prova do campeonato Blancpain GT World Challenge Asia no traçado de Buriram. Souza faz pódio em Zhuhai Filipe Clemente Souza aproveitou o regresso este fim-de-semana do campeonato TCR Asia Series ao Circuito Internacional de Zhuhai para conduzir novamente o Audi RS3 LMS TCR que tripulou no passado mês de Novembro no Circuito da Guia. Numa jornada que era também pontuável para o campeonato TCR China, Souza esteve em destaque ao conquistar o quarto lugar à geral na corrida disputada na tarde da pretérita sexta-feira, o que lhe valeu um lugar no pódio entre os participantes do campeonato chinês. Na corrida de sábado, o experiente piloto macaense foi um dos vários desafortunados traídos pelas condições escorregadias da pista, tendo abandonado numa das escapatórias do circuito permanente da cidade chinesa adjacente a Macau. Souza não foi o único piloto da RAEM em pista, tendo Alex Liu Lic Ka, em Cupra TCR, completado a segunda corrida no nono posto. E Valente faz o mesmo em Zhaoqing Ainda no Sul da China, nas redondezas da cidade de Zhaoqing, para ganhar ritmo de competição para a mini-temporada que aí vem do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS), Rui Valente participou na corrida de resistência de uma hora no Circuito Internacional de Guangdong. Correndo a solo e com o seu inseparável Honda Integra DC5 (N2000), o veterano piloto português terminou na segunda posição da geral, a uma volta do carro vencedor, um mais potente e moderno Volkswagen Golf TCR, conduzido pelos pilotos chineses do território Ng Kin Veng e Ip Tak Meng.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Piloto brasileiro à conquista da Ásia [dropcap]O[/dropcap] Brasil goza de uma enorme tradição no desporto motorizado. Apelidos como Senna, Piquet ou Fittipaldi vão muito para além da esfera do próprio desporto. Não é estranho ver a bandeira brasileira nos autódromos por este mundo fora, mas curiosamente, essa presença neste ponto do globo é praticamente escassa e só não é nula porque um jovem, que um dia ficou conhecido na sua terra Natal por vender porta a porta cupões do seu patrocinador para ajudar a financiar a sua temporada desportiva, decidiu regressar aonde já foi feliz. Bruno Carneiro, de 19 anos, decidiu apostar no continente asiático para prosseguir a sua carreira no automobilismo. Residente em Utah, nos EUA, Bruno Carneiro até nem é um novato nestas paragens. Em 2016 tornou-se o primeiro e único piloto brasileiro a vencer um campeonato de automobilismo na China. A aventura asiática começou em 2015. “Os novos donos da pista Utah viram o meu sucesso, ao ter sido o campeão regional de monolugares em Utah, e convidaram-me para fazer a última etapa do Campeonato FIA da China de Fórmula 4 em Zhuhai. Depois de um pódio no meu primeiro fim-de-semana, viram que tinha potencial para vencer o campeonato e voltei para a temporada de 2016. Acabamos vencendo o campeonato”, explica o jovem natural de São Paulo. Depois de ter passado pelo Campeonato Japonês de Fórmula 3, onde terminou em 11º lugar em 2017, Bruno Carneiro fez apenas o primeiro evento de 2018 do mesmo campeonato, não tendo conseguido reunir os apoios necessários para continuar a competir no país do sol nascente. Contudo, as relações que soube fomentar no sudeste asiático abriram-lhe novamente as portas para o continente. “Graças às amizades e conexões que fui criando surgiu a oportunidade de trabalhar junto com a equipa Asia Racing Team (ART) no Campeonato de Asiático de Fórmula Renault e aqui estou novamente”, afirma o piloto que na prova de abertura de temporada, realizada no passado fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, subiu ao pódio, após ter sido segundo classificado na primeira corrida. Nova oportunidade Sem grandes alternativas para prosseguir a sua carreira nos EUA ou de regressar ao Japão por agora, o jovem brasileiro encontrou na equipa fundada em Macau em 2003 uma nova oportunidade para relançar a sua carreira. “Acho que correr no asiático de Fórmula Renault pode trazer-me muitas e novas oportunidades, ainda para mais junto com uma equipa que nem a ART, que tem muito sucesso relacionado”, realça Carneiro que pode ser o terceiro piloto lusófono a ter motivos para celebrar com a equipa por onde passaram os ex-pilotos de F1 Kamui Kobayashi ou Rio Haryanto. O piloto português Rodolfo Ávila, agora ‘Team Manager’ da ART, foi vice-campeão asiático de Fórmula Renault em 2004 e o angolano, também ele residente em Macau, Luís Sá Silva, foi vice-campeão em 2009 defendendo as mesmas cores. Por outro lado, “com um carro tão bom que nem o Fórmula Renault 2.0/13 é fácil mostrar o nosso valor e isso pode abrir portas no futuro, além de fortes resultados serem bons para colocar no currículo”. Sonhar com Macau Como qualquer piloto da sua idade, Bruno Carneiro também sonha um dia correr no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3. “Que sonho que é…”, reconhece. “Eu fui visitar a prova em 2016 e assistir à corrida de F3! É incrível e um sonho, sem dúvida.” O objectivo este ano é mesmo tentar vencer o ceptro do asiático de Fórmula Renault, o que lhe poderá servir de rampa de lançamento para voos mais altos, mas, por agora, “vamos ver o que o futuro traz e se realmente aparece a oportunidade de poder correr num lugar tão histórico e incrível como o Circuito da Guia.” E como diria o poeta, o “sonho comanda a vida”…
Sérgio Fonseca DesportoAudi | André Couto com programa asiático [dropcap]E[/dropcap]nquanto aguarda pelo resultado dos testes que fará por estes dias em Okayama e que lhe podem abrir novamente as portas do campeonato nipónico Super GT, André Couto viu terça-feira o seu primeiro programa desportivo para a época 2019 confirmado. O piloto português da RAEM vai conduzir um Audi R8 LMS GT3 Evo na temporada completa do Blancpain GT World Challenge Asia. O anúncio foi feito esta semana pela Audi Sport customer racing Asia, através de um comunicado de imprensa, confirmando o apoio ao Audi inscrito pela equipa chinesa Tianshi Racing Team (TSRT). Nesta nova aventura, Couto irá fazer equipa com David Chen, de 23 anos, na classe Silver-Silver (Prata-Prata). O piloto chinês tem no seu currículo triunfos à classe na Taça Audi R8 LMS e no Asian Le Mans Series, sempre com a equipa TSRT. Para Martin Kuehl, o director da Audi Sport customer racing Asia, “Couto é um profissional com provas dadas e com muita experiência no Audi R8 LMS GT3”. O responsável alemão admite que “é bom ver uma inscrição tão capaz” no campeonato em que a marca de Ingolstadt contará com mais dois R8 LMS GT3 inscritos pela Absolute Racing. Esta não será a estreia de André Couto no Blancpain GT World Challenge Asia, campeonato que o ano passado se designava como Blancpain GT Series Asia. O piloto do território conduziu um dos Bentley Continental GT3 da Phoenix Racing Asia na ronda final de Ningbo do ano passado. Neste programa com a TSRT, Couto irá encontrar o engenheiro português radicado em Zhuhai, Rúben Silva, que o ano transacto o acompanhou no campeonato japonês Super Taikyu Series. Esta dupla tem se encontrado em diversas ocasiões desde que trabalharam juntos pela primeira vez em 2014, quando o piloto de Macau se sagrou vice-campeão da Taça Audi R8 LMS. A competição organizada pela SRO Motorsport Organisation, a entidade co-organizadora da Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau, é composta por doze corridas em seis eventos, e arranca no primeiro fim-de-semana de Abril, em Sepang, passando depois pela Tailândia, Japão, Coreia do Sul e República Popular da China. O calendário do Blancpain GT World Challenge Asia só coincide com o do Super GT no fim-de-semana de 3 e 4 de Agosto, com a prova da Coreia do Sul a ser realizada no mesmo fim-de-semana das 500 milhas de Fuji.
João Santos Filipe DesportoGP Macau enviou carta de condolências à FIA pela morte de Charlie Whiting [dropcap]C[/dropcap]harlie Whiting, Director de Corrida do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 e Delegado de Segurança da Federação Internacional Automóvel (FIA), morreu ontem devido a uma embolia pulmonar, na Austrália, onde se encontrava para mais um início de temporada da classe rainha do automobilismo. Whiting, de 66 anos, era uma figura muito ligada ao Grande Prémio de Macau, onde desempenhou várias funções, entre elas a de Director de Corrida. Era também uma presença constante nas inspecções ao circuito. A morte apanhou de surpresa o mundo do automobilismo e Macau não passou ao lado das notícias. Fonte da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau informou o HM que o presidente, Pun Weng Kun, enviou ainda ontem uma carta de condolências à FIA. Em relação à edição deste ano do Grande Prémio de Macau, que se realiza em Novembro, vai ainda ser equacionada uma homenagem. Contudo, uma vez que “ainda faltam vários meses para o evento” não há nenhuma decisão tomada. Além destes actos, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau colocou o portal da prova a preto-e-branco e emitiu um comunicado a valorizar o papel de Charlie Whiting para a prova: “Ao longo dos anos os contributos para o Grande Prémio de Macau do Charlie foram imensos. A sua orientação e experiência ajudaram a que o Circuito da Guia e o Grande Prémio de Macau continuassem a cumprir e a exceder os mais elevados padrões desportivos e organizativos. Macau ficará eternamente grata ao Charlie pela sua dedicação, profissionalismo e amizade”, podia ler-se na mensagem. Condolências gerais Além da comissão do Grande Prémio, foram várias as figuras do automobilismo que deixaram mensagens de condolências à família de Charlie Whiting, como o presidente da FIA, Jean Todt, ou os campeões mundiais de Fórmula 1 Lewis Hamilton ou Sebastian Vettel. “Uma figura central e inimitável, que personificava a ética e o espírito da Fórmula 1”, considerou Jean Todt. Por sua vez, Hamilton recordou que Charlie era uma “figura icónica”. Já Vettel considerou que o britânico era a excelente ponte de ligação entre os técnicos e pilotos e que “tinha sempre a porta aberta para receber os pilotos”. Charlie Whiting começou a carreira na Fórmula 1 como mecânico, em 1977. Porém, em 1988 mudou-se para a FIA e assumiu as funções de Delegado Técnico da Fórmula 1, onde continuou a carreira.
Sérgio Fonseca DesportoTaça do Mundo de Fórmula 3 continua em Macau O Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que teve lugar na pretérita semana em Genebra, confirmou que o 66º Grande Prémio de Macau, a realizar de 14 a 17 de Novembro, vai ser novamente o palco da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3. [dropcap]A[/dropcap]comunicação da FIA foi curta e não detalhou em que moldes será disputada este ano a prova que habitualmente encerra o programa de corridas do evento automobilístico da RAEM. Contudo, visto que a FIA só autoriza o uso da designação “Fórmula 3” a campeonatos que cumpram com a última regulamentação do órgão máximo que rege o automobilismo mundial, é expectável que sejam os mais recentes monolugares da disciplina, apenas usados no novo Campeonato FIA de Fórmula 3, a darem corpo à grelha de partida da corrida. A utilização dos novos monolugares de Fórmula 3, construídos pela Dallara e com um motor único fornecido pela Mecachrome, poderá requerer alterações ao Circuito da Guia, principalmente a nível de segurança, alterações essas que poderão ter sido já discutidas superficialmente com a Comissão do Grande Prémio e com a Associação Geral Automóvel Macau-China. Nenhuma das duas entidades ainda se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Com uma potência de 380 cv, os novos carros da Fórmula 3 fizeram o primeiro “shakedown” no dia 1 de Março no circuito de Magny-Cours, em França, e segundo apurou o HM, rodaram com o peso mínimo de 692 kg. Para atender aos requisitos actuais do Circuito da Guia (FIA Grau 3), estes monolugares, com a actual potência, teriam que correr com 760 kg, algo que poderá não ser viável, sendo que a subida do Grau do circuito a solução provável para ultrapassar este obstáculo. Com a confirmação da continuidade da Taça do Mundo de Fórmula 3 em Macau, a 66ª edição do Grande Prémio vai voltar a contar com três Taças do Mundo da FIA, pois tanto a Taça do Mundo de GT e uma das provas da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) já tinham sido anteriormente confirmadas. Sophia em análise A FIA também aproveitou também o primeiro Conselho Mundial da 2019 para dar conta dos últimos desenvolvimentos do impressionante acidente de Sophia Floersch no Circuito da Guia. É possível ler no comunicado de imprensa enviado na passada quinta-feira que: “Um relatório na investigação sobre o acidente durante a Taça do Mundo FIA de F3 em Macau, a 18 de Novembro, foi apresentado ao Conselho. As Comissões relevantes vão agora avaliar as conclusões do relatório.” Entretanto, na passada semana, Sophia Floersch voltou ao volante de um Fórmula 3 igual ao que tripulou em Macau num teste particular. Sem sequelas do acidente, a jovem de 18 anos cumpriu mais de 200 voltas ao circuito italiano de Monza e foi a mais rápida em pista.
admin DesportoFórmula E | Sam Bird vence na pista, Mortara na secretaria Final electrizante em Hong Kong, com o piloto inglês da Virgin, Sam Bird, a ser penalizado em cinco segundos após um toque em Andre Lotterer, que comandou grande parte da corrida, deixando-o fora de prova com um furo no seu DS Teecheetah. A vitória acabaria por sorrir a Edoardo Mortara. António Félix da Costa não foi além do 10.º lugar O circuito temporário de Hong Kong ocupa os novos aterros em Central. [dropcap]H[/dropcap]ong Kong recebeu pela terceira vez o campeonato de automobilismo do futuro, com monolugares totalmente eléctricos, organizando a quinta prova da época 2018/2019. Dada a estratégia envolvida, há quem diga que a Fórmula E está mais próxima de uma consola de jogos do que de uma corrida de automóveis tradicional. Mas nesta época, em que foram introduzidos os carros da segunda geração, mais rápidos e com maior autonomia, a emoção e a imprevisibilidade têm durado até à última curva. Foi o que aconteceu este ano no território vizinho. Stoffel Vandoorne (ex-piloto McLaren F1) saiu da pole mas foi surpreendido pelos seus adversários, com Oliver Rowland (Nissan) a assumir o comando, com Bird logo atrás. Mas um acidente envolvendo Filipe Nasr (Dragon Racing) e os dois homens da Mahindra, Jerome d’Ambrosio e Pascal Wehrlein, a equipa com melhor performance até aqui, accionou uma bandeira vermelha e interrompeu a corrida durante 15 minutos. Sam Bird não conseguiu repetir o triunfo de 2018, sofrendo uma penalização de cinco segundos que o relegou para a sexta posição. No reinício, Bird ultrapassa Rowland, que cai para décimo, e Lotterer não perde tempo e repete a operação ao britânico, quando este alarga demasiado a trajectória, ocupando assim o topo da classificação. Num circuito exíguo, construído no porto marítimo junto ao centro financeiro da RAEHK, não há lugar para erros, e Sebastien Buemi, o outro piloto da Nissan e eterno candidato ao título, conseguiu percebê-lo a meio da prova ao destruir uma roda numa das chicanes do percurso, trazendo o safety car de volta para a pista. Vandoorne também parava, continuando a sua série de maus resultados. Até ao fim A prova realiza-se apenas durante um dia, com treinos e qualificação durante a manhã e a corrida durante a tarde. Com 11 minutos de prova por cumprir, a luta continuou nas garras de Bird e do alemão da Teecheetah, que comandava pela primeira vez na sua carreira uma corrida de Fórmula E. Mas nunca se desiste e cada milímetro da pista conta. Forçando a ultrapassagem, o piloto inglês recupera a primeira posição, deixando um rasto de fumo no carro de Lotterer, com um dos pneus traseiros furado, não conseguindo completar a última volta. Já fora de horas, a manobra seria penalizada pelos comissários de pista, elevando Eduardo Mortara (Venturi), o segundo a passar a linha de meta, ao topo do pódio, seguido de Di Grassi (Audi) e Frinjs (Virgin). Bird foi relegado para o sexto posto, o que equilibrou bastante as contas do campeonato. Quanto a António Félix da Costa, vencedor do Grande Prémio de Macau, pela primeira vez esta época não conseguiu dar nas vistas. Partindo de 20.º lugar, cedo se queixou de falta de velocidade e aderência no seu BMW iFE.18, não conseguindo recuperar para além da décima posição, apesar de ter efectuado um excelente arranque. O piloto português ocupa agora o quinto lugar no campeonato, com 47 pontos. A competição é comandada por Sam Bird (54), seguido por d’Ambrosio (53) e Di Grassi e Mortara (ambos com 52), o que deixa tudo em aberto quando ainda faltam oito corridas até ao final. A próxima prova realiza-se na estância turística de Sanya na ilha chinesa de Hainão, no dia 23 de Março. O QUE MUDOU NA ÉPOCA 2018/2019 • São introduzidos os veículos Gen2, agora com 250kW de potência, atingindo 280km/h; • Novas baterias desenvolvidas pela McLaren; • Corridas apenas com um carro por piloto, com a duração de 45min + 1 volta; • Attack Mode: Área designada da pista que activa mais 25kw durante oito minutos; • Introdução do “halo” nos cockpits como medida de segurança; • A BMW torna-se construtor oficial em parceria com a Andretti; • A HWA entra no campeonato preparando terreno para a Mercedes; • A Renault passa o testemunho à sua irmã Nissan; • Felipe Massa e Stoffel Vandoorne juntam-se aos pilotos que transitaram da F1 para esta disciplina. Resumo da Prova https://www.youtube.com/watch?v=oEVcCWnufCI • SITE OFICIAL