Endurance | Veteranos de Macau conquistam pódio na China

[dropcap]A[/dropcap] equipa “246 Macau Spirit Racing” subiu ao pódio nas “6 Horas de Endurance do Circuito Internacional Guangdong” no passado dia 2 de Outubro. Porquê “246 Macau Spirit Racing”? Duzentos e quarenta e seis é o número bonito que representa o somatório de idades de quatro bem conhecidos pilotos do território que conduziram o Honda Integra Type-R nº20 nesta corrida de resistência do outro lado das Portas do Cerco: Rui Valente (58), Ricardo Lopes (58), Belmiro de Aguiar (64) e José Mariano da Rosa (66).

Deste quarteto com provas dadas e que dispensa apresentações, apenas Rui Valente continua intensamente activo no automobilismo local. Contudo, Ricardo Lopes, Belmiro de Aguiar e José Mariano Rosa ainda não perderam o “bichinho” pelo automobilismo e não recusaram o desafio do seu companheiro e ex-adversário nas pistas.

Lopes, vencedor do Troféu ACP de 1996 e que nos últimos dois anos tem acompanhado as corridas de Valente em Macau e China, já estava parado há seis anos. Aguiar, que competiu com sucesso em motas e carros em várias categorias desde os anos 1970s, já não competia há cinco anos. Mariano da Rosa, que é dos pilotos de Macau com mais participações no Grande Prémio desde dos anos 1980s, também estava afastado das pistas há mais de meia dúzia de anos. Porém, ao longo das 200 voltas, nenhum deles acusou os anos que estiveram fora do cockpit.

Num pelotão diversificado com vinte e oito viaturas, o Honda Integra Type-R da “246 Macau Spirit Racing” qualificou-se no quarto lugar da geral. Na primeira hora da corrida, o carro do quadra de veteranos rodou tranquilamente dentro dos três primeiros, mas depois vieram os primeiros dissabores, típicos de uma corrida de resistência.

“Ficámos sem a segunda velocidade depois da segunda hora”, explicou Rui Valente ao HM. “E a seguir fomos penalizados por excesso de velocidade no pit-lane. Caímos para o 18º lugar no final da terceira hora. Quando peguei no carro outra vez, já na última hora, estávamos em 12º lugar e consegui recuperar até ao 9º lugar, vencendo a nossa classe.”

Para repetir

Apesar do espírito competitivo não ter esmorecido nestes quatro pilotos que fazem parte da história dos pilotos locais Grande Prémio de Macau, esta participação focou-se acima de tudo no convívio e o recordar outros tempos

“Fico muito contente por ser possível fazer estas aventuras. Isto só é possível na China, porque há muitas provas de endurance deste tipo. É inimaginável a alegria e os rostos de felicidade após a corrida, mesmo cansados após seis horas de corrida”, realça Rui Valente que faz um balanço muito positivo da participação na prova organizada pelo circuito dos arredores da cidade chinesa de Zhaoqing.

“Acho que foi bom ter posto todos a andar outra vez, foi o recuperar de inúmeras recordações do passado”, afirma Rui Valente que já pensa na próxima. “Tenho em mente trazer para o ano outros tantos pilotos portugueses locais que também não correm há muitos anos, alguns deles há 10 e 15 anos…”

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