Vírus | Estudo indica que gestão do fornecimento de máscaras é a medida mais popular

[dropcap]O[/dropcap]s impactos das medidas de prevenção contra o coronavírus já começam a ser sentidos de forma mais ou menos positiva pela população. Quase 90 por cento dos cidadãos de Macau consideraram a medida de apoio à compra de máscaras cirúrgicas lançada pelo Governo de Macau, como a mais satisfatória das acções de prevenção contra o novo tipo de coronavírus decretadas pelo Executivo.
A conclusão é da Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, após um estudo realizado entre 30 de Janeiro e 1 de Fevereiro que analisou 194 questionários enviados a empresas de 16 indústrias.
Entre as medidas de prevenção que recolheram mais aplausos estão assim, depois da medida de apoio à compra de máscaras cirúrgicas (88,5 por cento), as políticas de imigração que visam os visitantes de Hubei (82 por cento), o cancelamento das celebrações do Ano Novo Lunar (81,14 por cento), medidas de isolamento aplicadas a viajantes de Hubei que ficam em Macau (78,1 por cento) e, por último, o adiamento do regresso às aulas (76,5 por cento).
Já quanto às principais preocupações apontadas pelos diferentes sectores de actividade, o destaque vai para a impossibilidade de operar devido à suspensão temporária, contrariedade referida por 68 por cento dos inquiridos do sector da educação, 60 por cento no sector do turismo e 42 por cento na indústria dos transportes, armazenamento e comunicações. A assinalar preocupações relativas a problemas de liquidez apontaram metade dos inquiridos da indústria hoteleira, transportes, armazenamento e comunicações e do turismo. Por fim, indicando dificuldades no pagamento de salários apontaram a indústria do catering (50 por cento) e a hoteleira (50 por cento). Já metade dos inquiridos da indústria do retalho e por atacado referiram sentir pressão para obter novas encomendas e no pagamento de empréstimos.

Lista de desejos

De acordo com o estudo da Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, as medidas que os sectores industriais mais desejam ver implementados na sequência da prevenção da situação epidémica que tem levado ao agravamento da situação económica, está, no topo, a redução ou isenção dos impostos para as empresas, seguida de medidas fiscais como a concessão de empréstimos, a redução da factura da prestação de serviços públicos, a implementação de mais medidas de segurança social e de estímulo social e o apoio na área da formação.
Elogiando as medidas decretadas pelo Executivo liderado por Ho Iat Seng no combate ao coronavírus e que “fortaleceram a confiança da comunidade internacional de que Macau é uma cidade segura”, a Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, sugere ainda quais os pontos nos quais o Governo se deve concentrar.
Entre os quais a associação presidida por Wong Ka Lon sugere mais medidas de restrição à circulação e reunião, medidas de estabilização da economia através da manutenção da “competitividade como pilar” e do suporte às pequenas e médias empresas, manutenção de uma baixa taxa de desemprego, apoio psicológico para estudantes e alunos no momento em que as aulas forem retomadas, a melhoria de medidas de segurança social e a alteração das leis destinadas aos trabalhadores estrangeiros.

11 Fev 2020

Renovação Urbana | Garantido estatuto para construir em Hengqin

A empresa financiada com capitais públicos vai ser a responsável pelo projecto de construção de 3.600 fracções no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. O projecto ainda não foi apresentado à população

 

[dropcap]A[/dropcap] empresa de capitais públicos Macau Renovação Urbana vai ser mesmo a responsável pela construção do “Novo Bairro de Macau”, um empreendimento da Ilha da Montanha, fora da jurisdição da RAEM. A confirmação foi avançada ontem pelo Governo em comunicado, devido à necessidade de se alterar os estatutos da empresa.

No próprio comunicado, emitido pelo Conselho Executivo, é reconhecido que esta ambição vai além do intuito para que a empresa foi criada, o que levou a uma alteração das competências.

“Com vista a promover a cooperação entre Zhuhai e Macau, o Governo Municipal de Zhuhai disponibilizará terreno na Ilha de Henqin para desenvolver o projecto ‘Novo Bairro de Macau’ e o Governo da RAEM propõe que a Macau Renovação Urbana, S.A. se responsabilize pela respectiva construção”, é explicado. “Tendo em conta que a implementação do referido projecto excede o âmbito do objecto social da Macau Renovação Urbana, S.A., o Governo da RAEM elaborou o projecto de regulamento administrativo intitulado […] para proceder à alteração do seu objecto social”, é acrescentado.

Com esta alteração, o objectivo da empresa passa a permitir “desenvolver projectos fora da RAEM”, o que antes estava excluído. Os projectos fora de Macau têm de ter como objectivo “melhorar a qualidade e o ambiente habitacional dos residentes” e necessitam de ser aprovados em Assembleia Geral da empresa.

A alteração surge depois das críticas do deputado Sulu Sou, que tinha alertado para o facto de a empresa estar estatutariamente limitada a exercer a actividade na RAEM. “É fantástico. A empresa é financiada a 100 por cento pelo Governo de Macau e a sua área de actividade só pode ser o desenvolvimento urbano local.

Até agora, a renovação dos bairros antigos não registou qualquer melhoria, mas a empresa já está a envolver-se em negócios em Hengqin”, criticou, nos finais de Dezembro, o democrata.

Dentro da legalidade

Segundo o artigo 104.º da Lei Básica (LB), as receitas financeiras “não são entregues” ao Governo Central. No entanto, tal não impede que seja feitos investimentos no Interior, é o que defende o jurista António Katchi:

“Embora isto seja certamente discutível, creio que esta norma [artigo 104.º] não impede a RAEM de realizar despesas no Interior da China, seja directamente, por conta do seu erário público, seja indirectamente, por intermédio de outras entidades, de direito público ou privado, dela dependentes ou por ela financiadas (fundações públicas, sociedades comerciais de capitais públicos, etc.)”, considerou. “O importante, do ponto de vista daquela disposição da LB, é que a RAEM não se prive nem seja privada do poder de dispor das suas receitas, ou seja, ela tem de manter a sua autonomia para, ano a ano, decidir sobre a aplicação das suas receitas. Penso que a mera localização geográfica dessa aplicação não é determinante”, sustentou.

Já no ponto de vista político, e uma vez que este investimento até vai ter como destinatário os residentes de Macau, António Katchi considera que a RAEM devia integrar Hengqin. “Considero que o Governo de Macau deveria solicitar insistentemente junto do Governo Central a integração plena da ilha da Montanha na RAEM, mesmo que isso pressupusesse uma ligeira alteração da Lei Básica”, defendeu.

Prioridades locais

Já o deputado José Pereira Coutinho, ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, aponta que a prioridade da Macau Renovação Urbana deveria passar pela RAEM: “Eu acho que a prioridade deve ser em Macau, porque são os bairros estão cada vez mais sujos e velhos. Se a empresa tiver como objectivo principal a actividade em Macau, posso aceitar que haja algum investimento na Ilha da Montanha.

Mas só quando houver uma melhoria nas ruas de Macau”, afirmou Coutinho, ao HM. “Se começam a focar-se em outras zonas ainda antes de melhorar as ruas de Macau acho que é um aspecto negativo”, completou.

O Novo Bairro de Macau vai ficar na Ilha da Montanha num terrenos com 180.000 metros quadrados, que deverá receber cerca de 3.800 fracções habitacionais.

Os pormenores do projecto não são conhecidos, uma vez que ainda não foram apresentados à população, mas a compra e a venda de casas só deverá poder ser feita entre residentes. No terreno em questão, vigora o primeiro sistema, com as respectivas liberdades e restrições, pelo que alguns residentes podem ser discriminados no acesso físico às fracções.

11 Fev 2020

Renovação Urbana | Garantido estatuto para construir em Hengqin

A empresa financiada com capitais públicos vai ser a responsável pelo projecto de construção de 3.600 fracções no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. O projecto ainda não foi apresentado à população

 
[dropcap]A[/dropcap] empresa de capitais públicos Macau Renovação Urbana vai ser mesmo a responsável pela construção do “Novo Bairro de Macau”, um empreendimento da Ilha da Montanha, fora da jurisdição da RAEM. A confirmação foi avançada ontem pelo Governo em comunicado, devido à necessidade de se alterar os estatutos da empresa.
No próprio comunicado, emitido pelo Conselho Executivo, é reconhecido que esta ambição vai além do intuito para que a empresa foi criada, o que levou a uma alteração das competências.
“Com vista a promover a cooperação entre Zhuhai e Macau, o Governo Municipal de Zhuhai disponibilizará terreno na Ilha de Henqin para desenvolver o projecto ‘Novo Bairro de Macau’ e o Governo da RAEM propõe que a Macau Renovação Urbana, S.A. se responsabilize pela respectiva construção”, é explicado. “Tendo em conta que a implementação do referido projecto excede o âmbito do objecto social da Macau Renovação Urbana, S.A., o Governo da RAEM elaborou o projecto de regulamento administrativo intitulado […] para proceder à alteração do seu objecto social”, é acrescentado.
Com esta alteração, o objectivo da empresa passa a permitir “desenvolver projectos fora da RAEM”, o que antes estava excluído. Os projectos fora de Macau têm de ter como objectivo “melhorar a qualidade e o ambiente habitacional dos residentes” e necessitam de ser aprovados em Assembleia Geral da empresa.
A alteração surge depois das críticas do deputado Sulu Sou, que tinha alertado para o facto de a empresa estar estatutariamente limitada a exercer a actividade na RAEM. “É fantástico. A empresa é financiada a 100 por cento pelo Governo de Macau e a sua área de actividade só pode ser o desenvolvimento urbano local.
Até agora, a renovação dos bairros antigos não registou qualquer melhoria, mas a empresa já está a envolver-se em negócios em Hengqin”, criticou, nos finais de Dezembro, o democrata.

Dentro da legalidade

Segundo o artigo 104.º da Lei Básica (LB), as receitas financeiras “não são entregues” ao Governo Central. No entanto, tal não impede que seja feitos investimentos no Interior, é o que defende o jurista António Katchi:
“Embora isto seja certamente discutível, creio que esta norma [artigo 104.º] não impede a RAEM de realizar despesas no Interior da China, seja directamente, por conta do seu erário público, seja indirectamente, por intermédio de outras entidades, de direito público ou privado, dela dependentes ou por ela financiadas (fundações públicas, sociedades comerciais de capitais públicos, etc.)”, considerou. “O importante, do ponto de vista daquela disposição da LB, é que a RAEM não se prive nem seja privada do poder de dispor das suas receitas, ou seja, ela tem de manter a sua autonomia para, ano a ano, decidir sobre a aplicação das suas receitas. Penso que a mera localização geográfica dessa aplicação não é determinante”, sustentou.
Já no ponto de vista político, e uma vez que este investimento até vai ter como destinatário os residentes de Macau, António Katchi considera que a RAEM devia integrar Hengqin. “Considero que o Governo de Macau deveria solicitar insistentemente junto do Governo Central a integração plena da ilha da Montanha na RAEM, mesmo que isso pressupusesse uma ligeira alteração da Lei Básica”, defendeu.

Prioridades locais

Já o deputado José Pereira Coutinho, ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, aponta que a prioridade da Macau Renovação Urbana deveria passar pela RAEM: “Eu acho que a prioridade deve ser em Macau, porque são os bairros estão cada vez mais sujos e velhos. Se a empresa tiver como objectivo principal a actividade em Macau, posso aceitar que haja algum investimento na Ilha da Montanha.
Mas só quando houver uma melhoria nas ruas de Macau”, afirmou Coutinho, ao HM. “Se começam a focar-se em outras zonas ainda antes de melhorar as ruas de Macau acho que é um aspecto negativo”, completou.
O Novo Bairro de Macau vai ficar na Ilha da Montanha num terrenos com 180.000 metros quadrados, que deverá receber cerca de 3.800 fracções habitacionais.
Os pormenores do projecto não são conhecidos, uma vez que ainda não foram apresentados à população, mas a compra e a venda de casas só deverá poder ser feita entre residentes. No terreno em questão, vigora o primeiro sistema, com as respectivas liberdades e restrições, pelo que alguns residentes podem ser discriminados no acesso físico às fracções.

11 Fev 2020

Sector do jogo angaria mais de 180 milhões para combater o surto

[dropcap]A[/dropcap]o todo, seis concessionárias do jogo em Macau, juntamente com outros grupos, doaram um total de 180 milhões de patacas para apoiar os esforços de controlo e de propagação do novo tipo de coronavírus no Interior da China.

Segundo a lista do Gabinete de Ligação do Governo Central chinês em Macau, citada pelo Inside Asia Gaming, no topo das doações está o Suncity Group, com uma oferta no valor de 41,5 milhões de patacas. De referir que neste valor estão incluídos 11,5 milhões de patacas oferecidos a título pessoal pelo director Executivo do Suncity Group, Alvin Chau, à sua terra natal, Zhaoqing, na província de Guangdong.

As seis concessionárias de jogos fizeram doações semelhantes, com o Galaxy Entertainment Group, MGM China, SJM e Wynn Macau a doar 20 milhões de patacas cada, ao passo que o Sands China doou, além dos 20 milhões destinados ao continente chinês, outros cinco milhões dedicados a apoiar a comunidade de Macau. Já a Melco Resorts fez uma doação no valor de 20,5 milhões de patacas às Cruz Vermelha da província de Hubei.

O Grupo Tak Chun anunciou também ter feito uma doação no valor de 20,5 milhões de patacas para a compra de 100 mil máscaras cirúrgicas para a província de Hubei e outras 100 mil para Macau.

Já o Meg-Star Group fez uma doação no valor de 10 milhões de patacas para a criação de um fundo especial de apoio dedicado ao novo tipo de coronavírus que tem como objectivo acelerar a implementação de medidas anti-epidémicas na região.

O contributo foi articulado com o Gabinete de Ligação do Governo central chinês na RAEM, para “ajudar a província de Hubei a combater a epidemia”, de acordo com o comunicado.

Impacto imediato

Após o anúncio do encerramento dos casinos decretados pelo Governo, a consultora Fitch Solutions não tardou em rever em baixa, na passada semana, a previsão para a evolução da economia de Macau, agravando a previsão de recessão de 3,2 por cento, em 2019, para 3,8 por cento este ano, devido ao novo coronavírus.

No mesmo dia, a agência de notação financeira Fitch Rating apontou que os casinos de Macau, capital mundial do jogo, podem perder três mil milhões de euros nos próximos seis meses.

11 Fev 2020

Comércio | Alexandre Ma quer cooperação entre patrões e empregados

O Presidente da Associação Comercial de Macau afirma estar a fazer de tudo para colaborar com o Governo na implementação de medidas de revitalização derivadas do surto do novo tipo de coronavírus. Sobre relações laborais, Alexandre Ma diz ser necessária união entre as partes

 

[dropcap]A[/dropcap] Associação Comercial de Macau não vai poupar esforços na cooperação com o Governo para aplicar medidas de prevenção contra o novo tipo de coronavírus e na aplicação de planos de dinamização económica. Quem o diz é o seu presidente, Alexandre Ma que, em plena “tempestade” social e económica derivada do encerramento de praticamente toda a actividade comercial na região, apela ainda, citado pelo jornal Macau Daily, ao entendimento de empregadores e funcionários para trabalhar em prol de objectivos comuns.

Perante a situação de crescimento negativo de Macau, derivado do surto epidémico e a preocupação levantada por vários grupos da sociedade relativamente ao facto de muitos funcionários poderem vir a ser despedidos ou dispensados nesta fase, Alexandre Ma respondeu que a Associação Comercial de Macau “sempre enfatizou que empregadores e funcionários têm o mesmo destino comum e não interesses opostos”.

Citado pelo Macau Daily, Ma apelou assim para que os empregadores façam tudo o que estiver ao seu alcance para promover um desenvolvimento equilibrado entre as partes, assente na evolução mútua.

“No caso de haver um problema, empregadores e funcionários devem adoptar formas de comunicar eficazes e racionais, de forma a encontrar a melhor solução ou abordagem”, referiu Alexandre Ma. “Perante um caso epidémico severo, todos os sectores da sociedade devem unir-se, lutar de forma empenhada e trabalhar em conjunto para restaurar a normalidade social o quanto antes”, acrescentou.

Recorde-se que na passada semana, depois de ter decretado o encerramento dos casinos de Macau durante quinze dias, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, determinou também o encerramento dos serviços públicos básicos e a diminuição da frequência de transportes públicos, tendo sido aconselhado que a população ficasse em casa. Estabelecimentos comerciais, de entretenimento ou mesmo jardins públicos foram também fechados como medida de prevenção.

Ajudar com o possível

De forma a responder activamente às necessidades impostas pela crise epidémica, a Associação Comercial de Macau apontou alguns pontos de trabalho mútuo do foro económico que têm recebido respostas positivas por parte do Governo, como medidas de revitalização económica e de apoio às pequenas e médias empresas (PME). Estas prendem-se sobretudo com o alívio de impostos do sector empresarial, tais como impostos sobre rendimentos, imóveis, impostos turísticos e imposto sobre a renda.

Recorde-se também que, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, o Governo decidiu também isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centres, quiosques para venda de produtos, etc”.

11 Fev 2020

Comércio | Alexandre Ma quer cooperação entre patrões e empregados

O Presidente da Associação Comercial de Macau afirma estar a fazer de tudo para colaborar com o Governo na implementação de medidas de revitalização derivadas do surto do novo tipo de coronavírus. Sobre relações laborais, Alexandre Ma diz ser necessária união entre as partes

 
[dropcap]A[/dropcap] Associação Comercial de Macau não vai poupar esforços na cooperação com o Governo para aplicar medidas de prevenção contra o novo tipo de coronavírus e na aplicação de planos de dinamização económica. Quem o diz é o seu presidente, Alexandre Ma que, em plena “tempestade” social e económica derivada do encerramento de praticamente toda a actividade comercial na região, apela ainda, citado pelo jornal Macau Daily, ao entendimento de empregadores e funcionários para trabalhar em prol de objectivos comuns.
Perante a situação de crescimento negativo de Macau, derivado do surto epidémico e a preocupação levantada por vários grupos da sociedade relativamente ao facto de muitos funcionários poderem vir a ser despedidos ou dispensados nesta fase, Alexandre Ma respondeu que a Associação Comercial de Macau “sempre enfatizou que empregadores e funcionários têm o mesmo destino comum e não interesses opostos”.
Citado pelo Macau Daily, Ma apelou assim para que os empregadores façam tudo o que estiver ao seu alcance para promover um desenvolvimento equilibrado entre as partes, assente na evolução mútua.
“No caso de haver um problema, empregadores e funcionários devem adoptar formas de comunicar eficazes e racionais, de forma a encontrar a melhor solução ou abordagem”, referiu Alexandre Ma. “Perante um caso epidémico severo, todos os sectores da sociedade devem unir-se, lutar de forma empenhada e trabalhar em conjunto para restaurar a normalidade social o quanto antes”, acrescentou.
Recorde-se que na passada semana, depois de ter decretado o encerramento dos casinos de Macau durante quinze dias, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, determinou também o encerramento dos serviços públicos básicos e a diminuição da frequência de transportes públicos, tendo sido aconselhado que a população ficasse em casa. Estabelecimentos comerciais, de entretenimento ou mesmo jardins públicos foram também fechados como medida de prevenção.

Ajudar com o possível

De forma a responder activamente às necessidades impostas pela crise epidémica, a Associação Comercial de Macau apontou alguns pontos de trabalho mútuo do foro económico que têm recebido respostas positivas por parte do Governo, como medidas de revitalização económica e de apoio às pequenas e médias empresas (PME). Estas prendem-se sobretudo com o alívio de impostos do sector empresarial, tais como impostos sobre rendimentos, imóveis, impostos turísticos e imposto sobre a renda.
Recorde-se também que, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, o Governo decidiu também isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centres, quiosques para venda de produtos, etc”.

11 Fev 2020

Malaca Casteleiro, o visionário do português em Macau e na China, morreu com 83 anos

[dropcap]O[/dropcap] linguista português e um dos principais promotores do polémico Acordo Ortográfico, o professor João Malaca Casteleiro faleceu na última sexta-feira com 83 anos no Hospital da Cruz Vermelha onde estava internado, noticiou a agência Lusa.

Ao HM, Carlos André, ex-director do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do Instituto Politécnico de Macau (IPM) destacou o lado visionário de quem cedo percebeu as potencialidades da língua portuguesa em Macau e na China.

“O professor Malaca Casteleiro foi o primeiro grande universitário português com muito prestígio a acreditar nas enormes potencialidades do português em Macau e no Interior da China. Começou a visitar a China na década de 80 e desde então manteve-se com uma profunda ligação ao que se fazia na China em relação ao português.”

No IPM, Malaca Casteleiro ajudou a produzir o manual “Português Global”, que já conta com quatro volumes e que é editado na China. “Ele foi a alma desse livro, além de ter sido orientador de muita gente em mestrados e doutoramentos. Sempre teve um carinho muito grande em relação ao Oriente. Além disso, foi um grande linguista e nas últimas duas décadas de vida dedicou-se sobretudo à lexicologia”, destacou Carlos André.

Um choque

Fernanda Gil Costa, ex-directora do departamento de português da Universidade de Macau (UM), disse estar ainda “chocada” com o falecimento de Malaca Casteleiro, tendo destacado “a sua importância para os estudos de Linguística Portuguesa e para a crescente importância do ensino e aprendizagem do português como língua estrangeira”.

Malaca Casteleiro “teve sempre intensas ligações a Macau, foi orientador dos doutoramentos dos principais dirigentes do IPM (recentemente aposentados, creio), instituição que sempre acompanhou de perto e a quem prestou continuado apoio científico no ensino e divulgação da língua portuguesa em Macau e na China”. A UM atribuiu, em 2004, o doutoramento honoris causa a Malaca Casteleiro, entregue pelas mãos do então Chefe do Executivo, Edmund Ho.

11 Fev 2020

IAM | José Tavares manda retirar mensagem de teor xenófobo contra domésticas 

“Ensinar as empregadas domésticas a não mexer no lixo contribui para combater a epidemia” é a mensagem mais recente divulgada pelo Instituto para os Assuntos Municipais para combater mais casos de coronavírus. Representantes de associações de trabalhadores migrantes dizem tratar-se de racismo e discriminação. José Tavares, presidente do IAM, suspendeu a mensagem de imediato

 
[dropcap]N[/dropcap]edie Taberdo, presidente da União Verde dos Trabalhadores Migrantes das Filipinas em Macau, defendeu ao HM que a mais recente mensagem divulgada pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), no âmbito do coronavírus, incita ao racismo contra as empregadas domésticas.
A mensagem, inserida numa infografia produzida pelo IAM, e divulgada na plataforma do Gabinete de Comunicação Social (GCS), diz que “Ensinar as empregadas domésticas a não mexer no lixo contribui para combater a epidemia”, e ainda que “mexer no lixo propaga o vírus e é proibido, o infractor será penalizado”.
“Não são apenas as empregadas domésticas que mexem no lixo”, disse ao HM. “Muitos chineses apanham coisas do lixo e vendem-nas perto do Cinema Alegria. Vendem roupas usadas, sapatos e muitas outras coisas. Nós, filipinos, chamamos o lugar de ‘lapsapan’, que significa lugar do lixo”, acrescentou.
Para Nedie Taberdo, o Governo de Macau “não está a ser sensível a divulgar este tipo de mensagem, e também não está a ser sensível face às condições de vida das trabalhadoras domésticas”, adiantou.
Também Eric Lestari, natural da Indonésia e empregada doméstica em Macau, representante da ONG Overseas Worker Entities, defendeu ao HM que está em causa uma mensagem de teor racista. “Claro que é racismo e discriminação em relação aos trabalhadores migrantes de Macau”, disse ao HM.
A infografia foi, entretanto, retirada de circulação por ordem expressa de José Tavares, presidente do IAM, que disse, num primeiro contacto com o HM, não ter conhecimento de que a mensagem estava a ser divulgada.
Num segundo contacto, o responsável disse não concordar com o conteúdo. “Eu não mandei publicar, não passou por mim. Essa advertência está correcta, mas deve dirigir-se a todas as pessoas e não apenas a um grupo de pessoas. Esse slogan revela uma posição em relação às empregadas domésticas que não é correcta, de forma que mandei retirar a mensagem”, disse ao HM. Minutos depois, a infografia já não estava disponível na plataforma do GCS utilizada pelos jornalistas.

Pagar para trabalhar

Entretanto, várias associações de trabalhadoras domésticas em Macau denunciaram à Lusa casos de exploração laboral, desde cortes nos salários à obrigação de ficarem em casa dos patrões, desde que foram adoptadas medidas excepcionais devido ao novo coronavírus.
Para além da redução nos vencimentos acordados e da obrigatoriedade de permanecer em casa dos patrões em condições pouco dignas, as empregadas domésticas dão conta de um número crescente de outros casos que configuram exploração laboral, depois de o Governo ter encerrado praticamente todos os espaços comerciais, culturais e desportivos e de ter enviado milhares de trabalhadores e alunos para casa.
A presidente da União Verde dos Trabalhadores Migrantes das Filipinas em Macau adiantou que a organização avançou já com inquéritos junto das trabalhadoras (sobretudo filipinas) para detalhar a natureza das queixas. A intenção, esclareceu Nedie Taberdo, é de posteriormente, exercer pressão junto das autoridades de Macau, especialmente junto da Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), para protegerem os direitos laborais das trabalhadoras.
Já a presidente da União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau, Jassy Santos, acrescentou outros ‘atropelos’ aos direitos das empregadas domésticas: despedimentos, horas extraordinárias sem o respectivo pagamento e o facto de não serem disponibilizadas máscaras ou produtos desinfectantes às trabalhadoras, forçadas a ficar em casa dos patrões sem direito a quarto ou mesmo uma cama.

11 Fev 2020

IAM | José Tavares manda retirar mensagem de teor xenófobo contra domésticas 

“Ensinar as empregadas domésticas a não mexer no lixo contribui para combater a epidemia” é a mensagem mais recente divulgada pelo Instituto para os Assuntos Municipais para combater mais casos de coronavírus. Representantes de associações de trabalhadores migrantes dizem tratar-se de racismo e discriminação. José Tavares, presidente do IAM, suspendeu a mensagem de imediato

 

[dropcap]N[/dropcap]edie Taberdo, presidente da União Verde dos Trabalhadores Migrantes das Filipinas em Macau, defendeu ao HM que a mais recente mensagem divulgada pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), no âmbito do coronavírus, incita ao racismo contra as empregadas domésticas.

A mensagem, inserida numa infografia produzida pelo IAM, e divulgada na plataforma do Gabinete de Comunicação Social (GCS), diz que “Ensinar as empregadas domésticas a não mexer no lixo contribui para combater a epidemia”, e ainda que “mexer no lixo propaga o vírus e é proibido, o infractor será penalizado”.

“Não são apenas as empregadas domésticas que mexem no lixo”, disse ao HM. “Muitos chineses apanham coisas do lixo e vendem-nas perto do Cinema Alegria. Vendem roupas usadas, sapatos e muitas outras coisas. Nós, filipinos, chamamos o lugar de ‘lapsapan’, que significa lugar do lixo”, acrescentou.

Para Nedie Taberdo, o Governo de Macau “não está a ser sensível a divulgar este tipo de mensagem, e também não está a ser sensível face às condições de vida das trabalhadoras domésticas”, adiantou.
Também Eric Lestari, natural da Indonésia e empregada doméstica em Macau, representante da ONG Overseas Worker Entities, defendeu ao HM que está em causa uma mensagem de teor racista. “Claro que é racismo e discriminação em relação aos trabalhadores migrantes de Macau”, disse ao HM.

A infografia foi, entretanto, retirada de circulação por ordem expressa de José Tavares, presidente do IAM, que disse, num primeiro contacto com o HM, não ter conhecimento de que a mensagem estava a ser divulgada.

Num segundo contacto, o responsável disse não concordar com o conteúdo. “Eu não mandei publicar, não passou por mim. Essa advertência está correcta, mas deve dirigir-se a todas as pessoas e não apenas a um grupo de pessoas. Esse slogan revela uma posição em relação às empregadas domésticas que não é correcta, de forma que mandei retirar a mensagem”, disse ao HM. Minutos depois, a infografia já não estava disponível na plataforma do GCS utilizada pelos jornalistas.

Pagar para trabalhar

Entretanto, várias associações de trabalhadoras domésticas em Macau denunciaram à Lusa casos de exploração laboral, desde cortes nos salários à obrigação de ficarem em casa dos patrões, desde que foram adoptadas medidas excepcionais devido ao novo coronavírus.

Para além da redução nos vencimentos acordados e da obrigatoriedade de permanecer em casa dos patrões em condições pouco dignas, as empregadas domésticas dão conta de um número crescente de outros casos que configuram exploração laboral, depois de o Governo ter encerrado praticamente todos os espaços comerciais, culturais e desportivos e de ter enviado milhares de trabalhadores e alunos para casa.

A presidente da União Verde dos Trabalhadores Migrantes das Filipinas em Macau adiantou que a organização avançou já com inquéritos junto das trabalhadoras (sobretudo filipinas) para detalhar a natureza das queixas. A intenção, esclareceu Nedie Taberdo, é de posteriormente, exercer pressão junto das autoridades de Macau, especialmente junto da Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), para protegerem os direitos laborais das trabalhadoras.

Já a presidente da União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau, Jassy Santos, acrescentou outros ‘atropelos’ aos direitos das empregadas domésticas: despedimentos, horas extraordinárias sem o respectivo pagamento e o facto de não serem disponibilizadas máscaras ou produtos desinfectantes às trabalhadoras, forçadas a ficar em casa dos patrões sem direito a quarto ou mesmo uma cama.

11 Fev 2020

Epidemia | Governo alerta população para “casos escondidos”

O número de casos de infecção em pessoas que passaram por Macau no período de incubação subiu para 29 e as autoridades apelam às pessoas que fiquem em casa, para evitar um possível contágio

 

[dropcap]A[/dropcap]pesar de nos últimos seis dias não ter havido qualquer registo na RAEM de novas ocorrências do coronavírus de Wuhan, o Governo alerta para o risco dos “casos escondidos”, ou seja, de pessoas que estão contaminadas sem saberem.

“Há muitos casos de pessoas que entraram em Macau, que apanharam os transportes públicos, estiveram nos lugares turísticos e saíram sem serem identificadas. E estes casos nem tinham estado em Wuhan ou Hubei”, reconheceu Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde. “Isto quer dizer que em Macau há casos escondidos, que ainda não detectámos. Por isso, apelamos às pessoas que evitem concentrar-se e que fiquem em casa. Se saírem, utilizem máscara e lavem as mãos muitas vezes”, apelou.

Ontem foi conhecido mais um caso de uma pessoa com ligações à RAEM que desenvolveu sintomas do coronavírus, já depois de ter deixado o território. Trata-se de um homem de 31 anos, confirmado como o sexto caso na Malásia, de onde é natural. O indivíduo trabalha na RAEM, mas, segundo o portal da estação televisiva Channel News Agency, terá passado pelo Interior da China, antes de regressar ao país de origem.

Em relação à empresa em que trabalha, os dados ainda são desconhecidos. “Estamos em contacto com as autoridades de saúde da Malásia e a pedir informações sobre o local de trabalho do indivíduo, assim como o seu itinerário em Macau”, relatou Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença. “Até este momento não recebemos a informação pedida”, admitiu.

O homem chegou à Malásia no dia 1 de Fevereiro e começou a desenvolver sintomas a 3 de Fevereiro. Depois das idas ao médico, acabou internado a 7 de Fevereiro, ou seja na passada sexta-feira.

Outras ocorrências

Além do homem da Malásia, as autoridades foram igualmente avisadas para dois casos na Coreia do Sul que estiveram em Macau e apanharam o voo NX826, código que normalmente é utilizado pela Air Macau.

As autoridades estão agora a aguardar informação das companhias aéreas envolvidas para entrarem em contacto com os passageiros sentados nas duas filas da frente e de trás junto dos infectados.

No total, até ontem havia 29 pessoas infectadas que passaram por Macau, mas cujo vírus só foi descoberto já depois de terem deixado o território. Entre este número, 22 ocorrências foram identificadas em Zhuhai, três em Hong Kong, uma em Taiwan, outra na Malásia e ainda duas na Coreia do Sul.

Na conferência de imprensa de ontem, Lei Chin Ion evitou fazer previsões sobre o número de casos escondidos em Macau, e que podem ter sido infectados pelas pessoas que só foram diagnosticadas depois de deixarem a RAEM. “Não temos dados para fazer uma previsão com uma base científica. Se estivéssemos a avançar um número nesta fase era apenas especulação”, reconheceu.

Hotel Altira suspende operações

O Hotel Altira, na Taipa, suspendeu ontem as operações, segundo Inês Chan, chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da Direcção de Serviços de Turismo. Com este encerramento, sobe para 23 o número de hotéis que suspenderam as operações devido à epidemia do coronavírus de Wuhan, entre os quais oito são de grande dimensão e 15 de três ou menos estrelas. No total, as suspensões retiram do mercado cerca de 3.000 quartos.

Portal para alunos de Macau em Taiwan

Com as novas medidas de quarentena para os alunos de Macau em Taiwan, muitos ficaram impossibilitados de regressarem à Formosa para prosseguirem os estudos. Como forma de auxiliar estes estudantes, a Direcção dos Serviços de Ensino Superior criou um portal para os alunos se registarem e exporem os problemas encontrados. O Executivo prometeu contactar com as congéneres de Taiwan de forma a encontrar soluções. O número de estudantes de Macau em Taiwan neste ano lectivo não é conhecido, mas no ano 2018/2019 eram cerca de 4.500 alunos.

11 Fev 2020

Epidemia | Governo alerta população para “casos escondidos”

O número de casos de infecção em pessoas que passaram por Macau no período de incubação subiu para 29 e as autoridades apelam às pessoas que fiquem em casa, para evitar um possível contágio

 
[dropcap]A[/dropcap]pesar de nos últimos seis dias não ter havido qualquer registo na RAEM de novas ocorrências do coronavírus de Wuhan, o Governo alerta para o risco dos “casos escondidos”, ou seja, de pessoas que estão contaminadas sem saberem.
“Há muitos casos de pessoas que entraram em Macau, que apanharam os transportes públicos, estiveram nos lugares turísticos e saíram sem serem identificadas. E estes casos nem tinham estado em Wuhan ou Hubei”, reconheceu Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde. “Isto quer dizer que em Macau há casos escondidos, que ainda não detectámos. Por isso, apelamos às pessoas que evitem concentrar-se e que fiquem em casa. Se saírem, utilizem máscara e lavem as mãos muitas vezes”, apelou.
Ontem foi conhecido mais um caso de uma pessoa com ligações à RAEM que desenvolveu sintomas do coronavírus, já depois de ter deixado o território. Trata-se de um homem de 31 anos, confirmado como o sexto caso na Malásia, de onde é natural. O indivíduo trabalha na RAEM, mas, segundo o portal da estação televisiva Channel News Agency, terá passado pelo Interior da China, antes de regressar ao país de origem.
Em relação à empresa em que trabalha, os dados ainda são desconhecidos. “Estamos em contacto com as autoridades de saúde da Malásia e a pedir informações sobre o local de trabalho do indivíduo, assim como o seu itinerário em Macau”, relatou Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença. “Até este momento não recebemos a informação pedida”, admitiu.
O homem chegou à Malásia no dia 1 de Fevereiro e começou a desenvolver sintomas a 3 de Fevereiro. Depois das idas ao médico, acabou internado a 7 de Fevereiro, ou seja na passada sexta-feira.

Outras ocorrências

Além do homem da Malásia, as autoridades foram igualmente avisadas para dois casos na Coreia do Sul que estiveram em Macau e apanharam o voo NX826, código que normalmente é utilizado pela Air Macau.
As autoridades estão agora a aguardar informação das companhias aéreas envolvidas para entrarem em contacto com os passageiros sentados nas duas filas da frente e de trás junto dos infectados.
No total, até ontem havia 29 pessoas infectadas que passaram por Macau, mas cujo vírus só foi descoberto já depois de terem deixado o território. Entre este número, 22 ocorrências foram identificadas em Zhuhai, três em Hong Kong, uma em Taiwan, outra na Malásia e ainda duas na Coreia do Sul.
Na conferência de imprensa de ontem, Lei Chin Ion evitou fazer previsões sobre o número de casos escondidos em Macau, e que podem ter sido infectados pelas pessoas que só foram diagnosticadas depois de deixarem a RAEM. “Não temos dados para fazer uma previsão com uma base científica. Se estivéssemos a avançar um número nesta fase era apenas especulação”, reconheceu.

Hotel Altira suspende operações

O Hotel Altira, na Taipa, suspendeu ontem as operações, segundo Inês Chan, chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da Direcção de Serviços de Turismo. Com este encerramento, sobe para 23 o número de hotéis que suspenderam as operações devido à epidemia do coronavírus de Wuhan, entre os quais oito são de grande dimensão e 15 de três ou menos estrelas. No total, as suspensões retiram do mercado cerca de 3.000 quartos.

Portal para alunos de Macau em Taiwan

Com as novas medidas de quarentena para os alunos de Macau em Taiwan, muitos ficaram impossibilitados de regressarem à Formosa para prosseguirem os estudos. Como forma de auxiliar estes estudantes, a Direcção dos Serviços de Ensino Superior criou um portal para os alunos se registarem e exporem os problemas encontrados. O Executivo prometeu contactar com as congéneres de Taiwan de forma a encontrar soluções. O número de estudantes de Macau em Taiwan neste ano lectivo não é conhecido, mas no ano 2018/2019 eram cerca de 4.500 alunos.

11 Fev 2020

Óbito | UM lamenta morte de reitor-fundador histórico

[dropcap]M[/dropcap]orreu o Professor Hsueh Shou Sheng, fundador e reitor da Universidade da Ásia Oriental, estabelecimento de ensino que antecedeu à Universidade de Macau (UM). Na nota de pesar divulgada pela UM, é dado destaque ao “ao distinto estudioso e educador que alcançou feitos notáveis” e que chegou a Macau 1980, dando início a um novo capítulo na cidade ao nível do Ensino Superior.

Além de ter desempenhado o cargo de reitor da Universidade da Ásia Oriental de 1981 a 1986 e de 1987 a 1991, Hsueh Shou Sheng foi ainda Vice-Presidente do Comité de Redacção da Lei Básica de Macau e deu contributos importantes para a fundação da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

10 Fev 2020

Óbito | UM lamenta morte de reitor-fundador histórico

[dropcap]M[/dropcap]orreu o Professor Hsueh Shou Sheng, fundador e reitor da Universidade da Ásia Oriental, estabelecimento de ensino que antecedeu à Universidade de Macau (UM). Na nota de pesar divulgada pela UM, é dado destaque ao “ao distinto estudioso e educador que alcançou feitos notáveis” e que chegou a Macau 1980, dando início a um novo capítulo na cidade ao nível do Ensino Superior.
Além de ter desempenhado o cargo de reitor da Universidade da Ásia Oriental de 1981 a 1986 e de 1987 a 1991, Hsueh Shou Sheng foi ainda Vice-Presidente do Comité de Redacção da Lei Básica de Macau e deu contributos importantes para a fundação da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

10 Fev 2020

Vírus | Apresentada queixa sobre funcionamento do OTT

[dropcap]O[/dropcap] Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus recebeu uma queixa, no sábado, de um residente devido ao facto do restaurante e bar Old Taipa Tavern (OTT) estar em funcionamento. Segundo as medidas especiais adoptadas pelo Chefe do Executivo, espaços como cinemas, teatros, salas de máquinas de jogos, cibercafés, karaokes, “bares, night-clubs, discotecas, salas de dança e cabaret”, entre outros, foram obrigados a encerrar as portas.

No entanto, o OTT tem estado a funcionar, como aconteceu na noite de sexta-feira e de sábado, o que terá motivado a queixa por parte de um residente. Ao HM, a Direcção de Serviços de Turismo (DST) garantiu que o OTT está a respeitar as ordens do Chefe do Executivo, uma vez que o espaço se encontra registado como restaurante, o que faz com que não esteja abrangido pela determinação.

“O espaço Old Taipa Tavern tem uma licença de restaurante, por isso está autorizado a continuar a operar”, foi esclarecido. “Todavia, a DST apela a todos os restaurantes que cumpram a sua responsabilidade social e que tentem evitar concentrações de pessoas. É feito ainda o apelo para que o público que queira fazer queixas contacte a Linha 24 Horas do Turismo (2833 3000) e a Linha 24 Horas do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus (28700800)”, foi acrescentado.

No entanto, a DST esclareceu ainda que a queixa foi reencaminhada para o Corpo de Polícia de Segurança Pública devido ao “ruído”.

“Cumprimos tudo”

Ao HM, Dan Riley, um dos proprietários do espaço garantiu que o OTT segue as recomendações do Governo no combate à epidemia: “Estamos a seguir todas as recomendações do Chefe do Executivo, que pediu para restringir as horas do funcionamento e também todos os nossos empregados estão a utilizar máscaras”, defendeu. “Acho que o facto dos nossos trabalhadores estarem no restaurante nem devia ser motivo de queixa, desde que estejam a utilizar máscara o que eles fazem. Estamos a seguir todas as recomendações”, frisou.

Segundo o responsável, com o novo horário de funcionamento o espaço tem fechado à 01h00, quando normalmente fechava às 02h00.

Ainda ao contrário de queixas ouvidas pelo HM, junto de residentes na zona, Riley negou que haja uma grande concentração de pessoas sem máscara junto ao OTT. “A verdade é que não há muita gente a frequentar o espaço. Ontem, no total talvez tenham estado 40 pessoas aqui? E muitas até deviam estar lá fora a fumar… Não temos tido muita gente aqui e acho que a queixa se deve mais a sermos um espaço bem estabelecido”, considerou.

10 Fev 2020

Vírus | Apresentada queixa sobre funcionamento do OTT

[dropcap]O[/dropcap] Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus recebeu uma queixa, no sábado, de um residente devido ao facto do restaurante e bar Old Taipa Tavern (OTT) estar em funcionamento. Segundo as medidas especiais adoptadas pelo Chefe do Executivo, espaços como cinemas, teatros, salas de máquinas de jogos, cibercafés, karaokes, “bares, night-clubs, discotecas, salas de dança e cabaret”, entre outros, foram obrigados a encerrar as portas.
No entanto, o OTT tem estado a funcionar, como aconteceu na noite de sexta-feira e de sábado, o que terá motivado a queixa por parte de um residente. Ao HM, a Direcção de Serviços de Turismo (DST) garantiu que o OTT está a respeitar as ordens do Chefe do Executivo, uma vez que o espaço se encontra registado como restaurante, o que faz com que não esteja abrangido pela determinação.
“O espaço Old Taipa Tavern tem uma licença de restaurante, por isso está autorizado a continuar a operar”, foi esclarecido. “Todavia, a DST apela a todos os restaurantes que cumpram a sua responsabilidade social e que tentem evitar concentrações de pessoas. É feito ainda o apelo para que o público que queira fazer queixas contacte a Linha 24 Horas do Turismo (2833 3000) e a Linha 24 Horas do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus (28700800)”, foi acrescentado.
No entanto, a DST esclareceu ainda que a queixa foi reencaminhada para o Corpo de Polícia de Segurança Pública devido ao “ruído”.

“Cumprimos tudo”

Ao HM, Dan Riley, um dos proprietários do espaço garantiu que o OTT segue as recomendações do Governo no combate à epidemia: “Estamos a seguir todas as recomendações do Chefe do Executivo, que pediu para restringir as horas do funcionamento e também todos os nossos empregados estão a utilizar máscaras”, defendeu. “Acho que o facto dos nossos trabalhadores estarem no restaurante nem devia ser motivo de queixa, desde que estejam a utilizar máscara o que eles fazem. Estamos a seguir todas as recomendações”, frisou.
Segundo o responsável, com o novo horário de funcionamento o espaço tem fechado à 01h00, quando normalmente fechava às 02h00.
Ainda ao contrário de queixas ouvidas pelo HM, junto de residentes na zona, Riley negou que haja uma grande concentração de pessoas sem máscara junto ao OTT. “A verdade é que não há muita gente a frequentar o espaço. Ontem, no total talvez tenham estado 40 pessoas aqui? E muitas até deviam estar lá fora a fumar… Não temos tido muita gente aqui e acho que a queixa se deve mais a sermos um espaço bem estabelecido”, considerou.

10 Fev 2020

Hotel Fortuna | DSAL diz estar a acompanhar situação dos trabalhadores 

A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais diz ter promovido o diálogo entre a direcção do Hotel Fortuna e os seus empregados, para que haja uma reorganização do trabalho sem despedimentos. Governo diz ainda estar a acompanhar o alegado despedimento ilegal de 20 funcionários

 

[dropcap]C[/dropcap]oncertar para não despedir. É esta a posição da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) no caso do alegado despedimento ilegal de 20 funcionários do Hotel Fortuna. Sobre este ponto, a DSAL diz ter “entrado em contacto com as partes dos empregadores e dos trabalhadores e dado o acompanhamento”, sendo que “o caso enquadra-se principalmente com a questão de organização dos trabalhos devido à suspensão temporária do funcionamento dos estabelecimentos comerciais”.

Em relação aos funcionários que não estarão sujeitos ao despedimento, a DSAL assegura ter promovido um diálogo entre patronato e trabalhadores. “Após a concertação, empregadores e trabalhadores ficaram esclarecidos que, se não existe despedimento, os empregadores vão assegurar, nos termos da lei, os direitos e interesses laborais destes trabalhadores não residentes (TNR) e entrar em diálogo com os trabalhadores sobre a organização dos trabalhos durante o período em que os estabelecimentos comerciais estão fechados”, lê-se.

O jornal Macau Daily Times noticiou na semana passada que a direcção do Hotel Fortuna pediu a 20 TNR para assinarem uma declaração em chinês onde tomavam conhecimento do seu despedimento, fazendo-os acreditar que seriam dispensados de trabalhar apenas durante dois meses. Alguns funcionários já trabalhavam na empresa há 12 anos.

Este caso surgiu depois de o Governo ter decretado o encerramento temporário de todos os espaços hoteleiros e nocturnos no território, a fim de travar o surto do coronavírus. Até à data, não há registo de novos casos de infecção.

Documentos perigosos

Os funcionários despedidos, são oriundos do Vietname, Filipinas e Indonésia, e trabalhavam nos espaços Fortuna Night Club e Supreme Sauna, localizados no interior do Hotel Fortuna, no ZAPE.

De acordo com a mesma fonte, o Hotel Fortuna terá alegadamente dito aos trabalhadores que estariam dispensados de trabalhar durante dois meses devido ao encerramento anunciado pelo Governo de duas semanas e que para o efeito teriam de assinar uma declaração onde constava essa indicação.

Segundo um representante dos trabalhadores da instituição, que pediu para não ser identificado, nove dos funcionários já assinaram a declaração, enquanto outros 20 foram instruídos para fazer o mesmo. Os trabalhadores tentaram de imediato obter ajuda junto da DSAL. No entanto, o atendimento ao público levado a cabo pela DSAL continua encerrado até ao dia 16 devido ao surto do coronavírus.

10 Fev 2020

Hotel Fortuna | DSAL diz estar a acompanhar situação dos trabalhadores 

A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais diz ter promovido o diálogo entre a direcção do Hotel Fortuna e os seus empregados, para que haja uma reorganização do trabalho sem despedimentos. Governo diz ainda estar a acompanhar o alegado despedimento ilegal de 20 funcionários

 
[dropcap]C[/dropcap]oncertar para não despedir. É esta a posição da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) no caso do alegado despedimento ilegal de 20 funcionários do Hotel Fortuna. Sobre este ponto, a DSAL diz ter “entrado em contacto com as partes dos empregadores e dos trabalhadores e dado o acompanhamento”, sendo que “o caso enquadra-se principalmente com a questão de organização dos trabalhos devido à suspensão temporária do funcionamento dos estabelecimentos comerciais”.
Em relação aos funcionários que não estarão sujeitos ao despedimento, a DSAL assegura ter promovido um diálogo entre patronato e trabalhadores. “Após a concertação, empregadores e trabalhadores ficaram esclarecidos que, se não existe despedimento, os empregadores vão assegurar, nos termos da lei, os direitos e interesses laborais destes trabalhadores não residentes (TNR) e entrar em diálogo com os trabalhadores sobre a organização dos trabalhos durante o período em que os estabelecimentos comerciais estão fechados”, lê-se.
O jornal Macau Daily Times noticiou na semana passada que a direcção do Hotel Fortuna pediu a 20 TNR para assinarem uma declaração em chinês onde tomavam conhecimento do seu despedimento, fazendo-os acreditar que seriam dispensados de trabalhar apenas durante dois meses. Alguns funcionários já trabalhavam na empresa há 12 anos.
Este caso surgiu depois de o Governo ter decretado o encerramento temporário de todos os espaços hoteleiros e nocturnos no território, a fim de travar o surto do coronavírus. Até à data, não há registo de novos casos de infecção.

Documentos perigosos

Os funcionários despedidos, são oriundos do Vietname, Filipinas e Indonésia, e trabalhavam nos espaços Fortuna Night Club e Supreme Sauna, localizados no interior do Hotel Fortuna, no ZAPE.
De acordo com a mesma fonte, o Hotel Fortuna terá alegadamente dito aos trabalhadores que estariam dispensados de trabalhar durante dois meses devido ao encerramento anunciado pelo Governo de duas semanas e que para o efeito teriam de assinar uma declaração onde constava essa indicação.
Segundo um representante dos trabalhadores da instituição, que pediu para não ser identificado, nove dos funcionários já assinaram a declaração, enquanto outros 20 foram instruídos para fazer o mesmo. Os trabalhadores tentaram de imediato obter ajuda junto da DSAL. No entanto, o atendimento ao público levado a cabo pela DSAL continua encerrado até ao dia 16 devido ao surto do coronavírus.

10 Fev 2020

Taiwan | Garantido apoio a estudantes de Macau em quarentena

[dropcap]A[/dropcap] Universidade de Chengchi, em Taiwan, comunicou que pretende prestar medidas de apoio aos estudantes de Macau, no seguimento do período de quarentena a que terão que ficar obrigatoriamente sujeitos após a implementação no território, desde sexta-feira, de uma medida que obriga todos visitantes oriundos do continente chinês, Hong Kong e Macau a fazer quarentena durante 14 dias.

De acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES), após o anúncio da medida, foram várias as solicitações dirigidas por estudantes de Macau da Universidade Chengchi ao organismo, referindo que a Universidade teria pedido aos estudantes de Macau que se alojam na Universidade que encontrassem por si próprios, outro alojamento fora da Universidade, para efectuar o isolamento de 14 dias.

Tomando conhecimento da situação, a Chefe da Delegação Económica e Cultural de Macau, em Taiwan, Ho Weng Wai comunicou com o reitor da respectiva Universidade, que respondeu que “pretende prestar as medidas de apoio viáveis aos estudantes de Macau, incluindo o apoio para se alojarem nos locais de alojamento das escolas vizinhas”. As medidas específicas serão divulgadas posteriormente pela Universidade.

10 Fev 2020

Taiwan | Garantido apoio a estudantes de Macau em quarentena

[dropcap]A[/dropcap] Universidade de Chengchi, em Taiwan, comunicou que pretende prestar medidas de apoio aos estudantes de Macau, no seguimento do período de quarentena a que terão que ficar obrigatoriamente sujeitos após a implementação no território, desde sexta-feira, de uma medida que obriga todos visitantes oriundos do continente chinês, Hong Kong e Macau a fazer quarentena durante 14 dias.
De acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES), após o anúncio da medida, foram várias as solicitações dirigidas por estudantes de Macau da Universidade Chengchi ao organismo, referindo que a Universidade teria pedido aos estudantes de Macau que se alojam na Universidade que encontrassem por si próprios, outro alojamento fora da Universidade, para efectuar o isolamento de 14 dias.
Tomando conhecimento da situação, a Chefe da Delegação Económica e Cultural de Macau, em Taiwan, Ho Weng Wai comunicou com o reitor da respectiva Universidade, que respondeu que “pretende prestar as medidas de apoio viáveis aos estudantes de Macau, incluindo o apoio para se alojarem nos locais de alojamento das escolas vizinhas”. As medidas específicas serão divulgadas posteriormente pela Universidade.

10 Fev 2020

Governo | Assegurada eficácia de máscaras cirúrgicas

[dropcap]O[/dropcap] Centro Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus emitiu ontem um comunicado onde garante que as máscaras cirúrgicas são eficazes no combate ao contágio com o novo coronavírus, afastando aquilo que considera ser falsas informações.

“Foi divulgado através de uma plataforma electrónica que as máscaras cirúrgicas são inúteis contra a propagação do novo coronavírus, e que só as máscaras com padrões N95 é que são seguras. O novo tipo de coronavírus é transmitido principalmente através de gotículas de saliva e por contacto. Na prática ordinária de cuidados de enfermagem a nível clínico, ou sob condições normais de trabalho e de vida, o uso correcto de máscaras cirúrgicas gerais é uma medida de protecção eficaz contra a propagação de gotículas de saliva e ao mesmo tempo, garantia do ar fresco suficiente. As máscaras cirúrgicas gerais também podem proteger o público em geral contra a infecção.”

Neste sentido, o Centro “apela a todas as pessoas para que não divulguem informações falsas que possam levar o público a entrar em pânico”. “Os residentes devem estar atentos às informações oficiais e não devem acreditar nem replicar ou re-transmitir rumores. Todos devemos combater a epidemia de Macau e rejeitar falsas informações”, aponta a mesma nota.

10 Fev 2020

Governo | Assegurada eficácia de máscaras cirúrgicas

[dropcap]O[/dropcap] Centro Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus emitiu ontem um comunicado onde garante que as máscaras cirúrgicas são eficazes no combate ao contágio com o novo coronavírus, afastando aquilo que considera ser falsas informações.
“Foi divulgado através de uma plataforma electrónica que as máscaras cirúrgicas são inúteis contra a propagação do novo coronavírus, e que só as máscaras com padrões N95 é que são seguras. O novo tipo de coronavírus é transmitido principalmente através de gotículas de saliva e por contacto. Na prática ordinária de cuidados de enfermagem a nível clínico, ou sob condições normais de trabalho e de vida, o uso correcto de máscaras cirúrgicas gerais é uma medida de protecção eficaz contra a propagação de gotículas de saliva e ao mesmo tempo, garantia do ar fresco suficiente. As máscaras cirúrgicas gerais também podem proteger o público em geral contra a infecção.”
Neste sentido, o Centro “apela a todas as pessoas para que não divulguem informações falsas que possam levar o público a entrar em pânico”. “Os residentes devem estar atentos às informações oficiais e não devem acreditar nem replicar ou re-transmitir rumores. Todos devemos combater a epidemia de Macau e rejeitar falsas informações”, aponta a mesma nota.

10 Fev 2020

Nam Kwong | Doação de quatro mil litros de álcool desinfectante

[dropcap]O[/dropcap] Grupo Nam Kwong decidiu doar 3,4 toneladas de álcool desinfectante, ou seja, quatro mil litros, ao Governo para “apoiar os trabalhos de prevenção e combate à epidemia” do coronavírus. A remessa foi ontem entregue ao secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, pelo presidente do conselho de administração do Grupo Nam Kwong, Fu Jianguo.

De acordo com um comunicado ontem emitido, esta doação faz com que o Governo fique com mais de dez toneladas de álcool desinfectante, pelo que “existe actualmente no território uma quantidade suficiente de álcool desinfectante a ser aproveitado como matéria-prima para a fabricação de produtos de desinfecção para a população em prol dos trabalhos de prevenção e combate à epidemia”.

Quem também participou nesta operação foi o deputado à Assembleia Legislativa Si Ka Lon, que coordenou o serviço de embalagem de garrafas de desinfectante levado a cabo pela Fábrica de Produtos Farmacêuticos Macau-União, Limitada.

Esta não é a primeira vez que o Grupo Nam Kwong, um dos mais importantes grupos comerciais e empresariais do território, faz donativos ou concede ajudas no âmbito do coronavírus. Isto porque “o Grupo Nam Kwong não só ajudou o Governo na aquisição urgente, nos períodos antes e depois do ano novo lunar, de grande volume de materiais para a prevenção de epidemia (tais como máscaras), mas também desempenhou os trabalhos como transporte e declaração alfandegária para esses materiais”.

10 Fev 2020

Nam Kwong | Doação de quatro mil litros de álcool desinfectante

[dropcap]O[/dropcap] Grupo Nam Kwong decidiu doar 3,4 toneladas de álcool desinfectante, ou seja, quatro mil litros, ao Governo para “apoiar os trabalhos de prevenção e combate à epidemia” do coronavírus. A remessa foi ontem entregue ao secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, pelo presidente do conselho de administração do Grupo Nam Kwong, Fu Jianguo.
De acordo com um comunicado ontem emitido, esta doação faz com que o Governo fique com mais de dez toneladas de álcool desinfectante, pelo que “existe actualmente no território uma quantidade suficiente de álcool desinfectante a ser aproveitado como matéria-prima para a fabricação de produtos de desinfecção para a população em prol dos trabalhos de prevenção e combate à epidemia”.
Quem também participou nesta operação foi o deputado à Assembleia Legislativa Si Ka Lon, que coordenou o serviço de embalagem de garrafas de desinfectante levado a cabo pela Fábrica de Produtos Farmacêuticos Macau-União, Limitada.
Esta não é a primeira vez que o Grupo Nam Kwong, um dos mais importantes grupos comerciais e empresariais do território, faz donativos ou concede ajudas no âmbito do coronavírus. Isto porque “o Grupo Nam Kwong não só ajudou o Governo na aquisição urgente, nos períodos antes e depois do ano novo lunar, de grande volume de materiais para a prevenção de epidemia (tais como máscaras), mas também desempenhou os trabalhos como transporte e declaração alfandegária para esses materiais”.

10 Fev 2020

Kiang Wu | Enfermeiros denunciam falta de máscaras e pressões

Em carta aberta, um grupo de enfermeiros revela que nem todos os trabalhadores têm direito a máscaras e que os equipamentos de protecção não são adequados. Porém, para a família de um paciente “VIP” a direcção distribuiu as máscaras com o padrão mais elevado de segurança, afirmam

 
[dropcap]U[/dropcap]m grupo de enfermeiros do Hospital Kiang Wu queixa-se da falta de distribuição de máscaras a todos os trabalhadores e ainda dos baixos padrões de protecção dos materiais repartidos na unidade. A revelação foi divulgada na sexta-feira numa carta aberta.
A questão das máscaras é uma das mais focadas no documento com oito pontos, devido ao facto de ao pessoal da linha da frente, assim como a médicos e enfermeiros, não terem sido distribuídas máscaras do tipo de cirurgia. Segundo o documento, apenas houve distribuição de máscaras que protegem de alergias e pós, mas incapazes de impedir transmissão de vírus.
Por outro lado, o grupo queixa-se de que para quem trabalha no departamento das doenças respiratórias nem sequer houve distribuição de máscaras. “Os trabalhadores do departamento de doenças respiratórias não podem pedir equipamentos de protecção, quando lidam com doentes com tosse e expectoração. Em que condições é que a direcção do Hospital Kiang Wu considera que se deve utilizar máscaras?”, é perguntado.
Se, por um lado, aos trabalhadores não são disponibilizadas máscaras com elevado grau de protecção, o mesmo não acontece com as famílias dos pacientes. Segundo o relato constante no documento, toda a família de um paciente definido como “VIP”, que está internado no hospital, recebeu máscaras de cirurgia, ou seja, das que não estão disponíveis para o pessoal da linha da frente.
Outra das questões mencionadas, tem que ver com o isolamento dos trabalhadores que estiveram em contacto com a pessoa que foi confirmada como o oitavo caso do coronavírus de Wuhan em Macau.
Segundo o documento, houve enfermeiros que estiveram em contacto com o infectado e a quem não foram disponibilizados espaços de isolamento. “Além de haver o risco de terem ficado infectados, ainda têm de lidar com a pressão de poder levar o vírus para casa”, é apontado.

Debaixo de fogo

De acordo com a missiva, haverá mesmo trabalhadores que estiveram em contacto com a pessoa infectada e que depois regressaram ao trabalho junto de outras pessoas, sem que tivesse havido cuidado de isolamento.
Por exemplo, um trabalhador terá tido febre alta depois do contacto, mas acabou integrado junto de outros trabalhadores só porque os testes deram negativo à primeira. O grupo de enfermeiros defende que deveria ter havido um isolamento de 14 dias. Finalmente, com o objectivo de impedir as travessias da fronteira de não-residentes e alguns residentes, o Governo pediu às empresas que fossem disponibilizados locais para os trabalhadores em Macau. O Kiang Wu terá acedido ao pedido, mas está a obrigar os seus trabalhadores a pagar 380 yuan por noite.
O Kiang Wu reagiu durante o dia de ontem e reconheceu a “pressão” a que todos os trabalhadores durante a epidemia foram submetidos e prometeu algumas respostas. Contudo, pediu aos trabalhadores que “não criem rumores”.
Quando questionado sobre estas críticas, na conferência de imprensa de sábado, Lei Wai Seng, médico-adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário, atacou os trabalhadores e disse que as opiniões deviam ser “construtivas”. O médico que faz parte do centro de prevenção de doenças da RAEM, sustentou ainda que os enfermeiros não deviam ter vindo a público e que deviam ter falado com a administração do hospital, para evitar que as falhas sejam “aproveitadas” por pessoas com “intenção de causar ambiente negativo”.

Não ao privado

“Caso suspeite que está infectado com o coronavírus deve evitar o sector privado por completo, porque este não consegue oferecer um sistema eficaz de isolamento”. É esta a mensagem do grupo de enfermeiros em que se pede para que as pessoas evitem o Hospital Kiang Wu e vão directamente ao Hospital Conde São Januário. “Quando os pacientes precisam de ser transferidos entre hospitais, há um risco acrescido de infecção para bombeiros, pessoal médico e pacientes que não estão infectados”, é sustentado.

10 Fev 2020