Hoje Macau SociedadeBurla | Residente desfalcado em 1,4 milhões de patacas Um residente de 31 anos foi burlado em 1,4 milhões de patacas, após ter confiado os dados da conta bancária a um burlão que se fez passar por representante das autoridades de saúde de Hong Kong e da polícia do Interior. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária e relatado pelo Jornal Ou Mun. Segundo o queixoso, a 7 de Novembro recebeu uma chamada telefónica, de alguém que se fez passar pelas autoridades de Saúde de Hong Kong. Após ter sido informado de que tinha estado em contacto com um caso positivo de covid-19 em Hong Kong e numa zona de surto, o residente local protestou ao telefone e afirmou não ter saído do território nos últimos tempos. A resposta não demoveu o burlão, e, ao telefone, informou a vítima de que iria transmitir a chamada para a Polícia do Interior, uma vez que o residente também era suspeito de ter cometido crimes financeiros no outro lado da fronteira. Sem desconfiar da identidade da pessoa do outro lado da linha, o residente forneceu todos os dados da conta bancária para que as “autoridades” pudessem proceder às averiguações necessárias. Com a informação nas mãos, o burlão, que se fez passar pela polícia do Interior, limitou-se a contar à vítima que esta tinha sido ilibada de qualquer suspeita. Porém, passado uns dias o homem desconfiou do sucedido e quando verificou o saldo da conta apercebeu-se que tinha sido desfalcado em 1,4 milhões de patacas, pelo que apresentou queixa.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHabitação | Outubro foi o mês do ano com mais transacções O registo das vendas no projecto Praia Park, em Seac Pai Van, fez disparar o número de transacções imobiliárias durante o mês de Outubro. Em comparação com o ano passado, o número caiu para metade Com um total de 417 transacções de habitação, Outubro foi o melhor mês do ano a nível do mercado imobiliário. Os números foram impulsionados pelo aumento das vendas em Coloane, onde se registaram 184 transacções, devido ao projecto Praia Park. Segundo os dados da Direcção de Serviços de Finanças (DSF), no décimo mês do ano registaram-se 417 transacções a um preço médio de 111.397 patacas por metro quadrado. Estes dados contrastam com o mês de Março que tinha sido o melhor mês do ano até Outubro, quando ocorreram 350 transacções, a um preço médio de 93.641 patacas por metro quadrado. Coloane foi a área onde se registaram mais transacções, 184 a um preço médio de 133.103 patacas por metro quadrado. As fracções vendidas tinham em média cerca de 78 metros quadrados. Estes números foram impulsionados pelo projecto Praia Park, em Seac Pai Van, onde na segunda quinzena de Outubro se registaram 176 das 184 vendas em Coloane. Tendo em conta a média do preço e da área, as casas nesta zona são vendidas por cerca de 11 milhões de patacas. Em contraste com Outubro do ano passado, este ano houve mais 168 transacções em Coloane, visto que em Outubro de 2021 o número não tinha ido além das 16 transacções. Também no ano passado, o preço médio tinha sido de 91.711 patacas. As restantes vendas aconteceram na Península de Macau, com 179 transacções, e Taipa, com 54 casas. Os preços médios de venda foram 90.497 patacas por metro quadrado e 88.322 patacas por metro quadrado, respectivamente. Quebra de 50 por cento Apesar dos sinais de recuperação em Outubro, segundo os dados da Direcção de Serviços Financeiros, nos primeiros 10 meses do ano o número de transacções teve uma quebra de 50 por cento. Até Outubro deste ano, houve 2.582 transacções, e o último mês foi o único em que as vendas ficaram acima das 400 unidades. No ano passado, também até Outubro tinha havido um total de 5.102 transacções. Os dados indicam também que em 2021 o mercado tinha outra vitalidade, uma vez que apenas em Fevereiro e Outubro o número de transacções ficou abaixo das 400 unidades. O número de transacções está a descer ao mesmo tempo que sobe o número de fracções desocupadas. Segundo os dados da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em Junho de 2021 havia 21.000 casas inabitadas em Macau. O número subiu para 22.222 em Junho deste ano.
Hoje Macau SociedadeCaso Suncity | Arguido terá sido “mentalmente torturado”, afirma namorada Au Wang Tong, arguido do caso Suncity, terá sido “mentalmente torturado” aquando da sua detenção na China, ao ponto de ter tentado o suicídio. A denúncia chegou ontem pela voz da namorada de Au em mais uma sessão de julgamento do caso, que decorre no Tribunal Judicial de Base. Segundo o portal Macau News Agency, Au Wang Tong foi detido na fronteira de Macau com Zhuhai em Dezembro de 2020, na companhia da namorada, quando o casal voltava a casa depois de uma viagem ao continente. “Não sabia o que estava a acontecer. Os polícias da Alfândega [da China] apenas me disseram para ir embora enquanto levavam o meu namorado.” A rapariga afirma que só teve notícias do namorado três meses depois e após contacto com um advogado, que também só pôde contactar com o seu cliente muito tempo depois. “Ele disse ao advogado [na reunião] que ficou preso numa pequena divisão sem permissão para tomar banho. Foi mentalmente torturado… e teve uma quebra emocional. Ele mudou completamente. Perdeu imenso peso e parecia completamente esgotado. Também tinha marcas nos pulsos”, contou. “Ele disse-me que estava preso num quarto pequeno e que só pensava em diferentes formas de se matar, todos os dias. Disse que nunca imaginou que a sua vida poderia terminar desta forma”, acrescentou a namorada de Au, de apelido Lao, na sessão de ontem do julgamento do caso Suncity. Au Wang Tong é um dos 21 arguidos do caso, juntamente com Alvin Chau, sendo acusados de promover e desenvolver actividades de jogo ilegal e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Au era um trabalhador da linha da frente, na área do desenvolvimento de mercado, da Suncity. A acusação diz que ele terá ajudado a criar centenas de contas ilegais nas salas VIP, além de promover actividades de jogo na China.
Andreia Sofia Silva SociedadeTurismo | Despesas de visitantes do Interior subiram 22,6 % Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), relativos ao terceiro trimestre deste ano, revelam que a despesa per capita dos visitantes oriundos do Interior da China subiu 22,6 por cento, em termos anuais, enquanto a despesa per capita dos visitantes da mesma região, mas com visto individual, foi de 6.145 patacas, uma subida de 3,9 por cento. Em termos globais, no mesmo trimestre, a despesa per capita dos visitantes em Macau foi de 3.222 patacas, mais 22,7 por cento em termos anuais. Por sua vez, a despesa per capita dos turistas (5.717 patacas) e a dos excursionistas (601 patacas) registaram aumentos homólogos de 14,5 e 1,8 por cento, respectivamente. Grande parte da despesa, 64,7 por cento, foi feita em compras, seguindo-se os gastos com alojamento, que representa 17,9 por cento, e em alimentação, 11,9 por cento. A despesa per capita dos visitantes em compras cifrou-se em 2.084 patacas, mais 30 por cento em termos anuais. Ainda relativamente ao terceiro trimestre, a despesa total dos visitantes, com a exclusão das despesas feitas no jogo, cifrou-se nas 2,90 mil milhões de patacas, menos 39,7 por cento em termos anuais. A DSEC diz que esta quebra se deve “principalmente à diminuição homóloga de 50 por cento do número de visitantes entrados em Macau, causada pelo impacto da pandemia”. As despesas totais dos turistas, de 2,63 mil milhões de patacas, e dos excursionistas, de 264 milhões de patacas, registaram uma quebra de 37,6 e 54,6 por cento, respectivamente. Nos três primeiros trimestres deste ano a despesa total dos visitantes atingiu 13,34 mil milhões de patacas, correspondendo a um decréscimo de 26,5 por cento face ao mesmo período de 2021.
João Luz SociedadeJogo | Singapura e Filipinas ultrapassaram Macau Da indiscutível medalha de ouro, para o bronze. Macau caiu para o terceiro lugar no pódio das receitas brutas do jogo em termos regionais durante o terceiro trimestre do ano. Os casinos de Singapura e Filipinas conseguiram melhores resultados num trimestre em que os casinos de Macau fecharam durante 12 dias Há uns anos seria impensável ver a capital mundial do jogo destronada regionalmente do lugar cimeiro em termos de receitas brutas apuradas. Pois foi isso mesmo que aconteceu durante o terceiro trimestre deste ano, quando Singapura e Filipinas ultrapassaram os resultados dos casinos locais, relegando Macau para o terceiro lugar em termos regionais. A indústria do jogo das Filipinas amealhou no terceiro trimestre deste ano cerca de 860,7 milhões de dólares, quantia que representou uma subida de 7,6 por cento em relação ao trimestre anterior, segundo dados compilados pelo portal GGR Asia. No pódio regional, Singapura ficou em segundo lugar. No terceiro trimestre do ano, os dois casinos da cidade estado apuraram 788 milhões de dólares, divididos entre o Marina Bay Sands, que pertence à Las Vegas Sands Corp, e o Resort World Sentosa, gerido pela Genting Singapore Ltd. No cômputo dos resultados de Singapura, o Marina Bay conseguiu 510 milhões de dólares, superando em 2 por cento as receitas brutas do trimestre anterior. Não cai do céu O terceiro trimestre deste ano foi sinónimo de um dos piores resultados dos casinos locais desde que o jogo foi liberalizado em Macau, apurando receitas brutas na ordem dos 688,4 milhões de dólares. Valor que representou uma quebra de 34,7 por cento em relação ao já muito negativo trimestre anterior, e que ficou quase 100 milhões de dólares abaixo dos resultados obtidos apenas por dois casinos em Singapura. Importa recordar que durante o período em análise, Macau enfrentou o mais grave surto de covid-19 desde o início da pandemia, levando ao confinamento parcial da população, a múltiplas rondas de testes em massa, e ao encerramento dos casinos durante 12 dias. Em termos anuais, os meses entre Julho e Setembro registaram quebras de resultados de mais de 70 por cento em relação ao período homólogo de 2021, representando apenas 7,8 por cento das receitas brutas registadas no terceiro trimestre de 2019. Os dados compilados pelo portal GGR Asia espelham a diferença entre a política de zero casos implementada no Interior da China, e por arrasto a Macau, e o levantamento de restrições que se faz sentir na região asiática.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Mais uma infecção e teste de 24 horas para passar fronteira Ontem foi anunciado mais um caso positivo de covid-19 cuja origem da infecção será o centro comercial subterrâneo de Gongbei. O indivíduo em causa é segurança no edifício dos Serviços de Solos e Construção Urbana. Elsie Ao Ieong U afirmou que o risco de surto é baixo, mas as autoridades reduziram para 24 horas a validade do teste para atravessar a fronteira Durante a madrugada de ontem foi detectada mais uma infecção de covid-19. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou que um residente do Interior da China testou positivo no teste de ácido nucleico. O indivíduo de 40 anos trabalha como agente de segurança no edifício da Direcção Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU) no nº33 da Estrada de D. Maria II, é reside na Vila de Tanzhou em Zhongshan. As autoridades de saúde adiantaram que o homem não apresenta sintomas e que foi encaminhado para o Centro Clínico de Saúde Pública no Alto Coloane. Ao contrário do que vem sendo habitual, o edifício onde estão alojados múltiplos serviços públicos não foi decretado zona vermelha, mas a DSSCU ordenou a “desinfecção de todos os pisos das instalações da DSSCU, incluindo dos acessos públicos e elevadores” e suspendeu ontem os serviços públicos. A médica Leong Iek Hou defendeu que a prática é consistente com as orientações das autoridades de saúde, uma vez que o sujeito não reside no edifício onde também se situam a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego e a Direcção dos Serviços de Obras Públicas. Além disso, os funcionários dos serviços foram instruídos a ficar em casa durante a parte da manhã de ontem e a fazerem testes rápidos antigénio diários e testes de ácido nucleico durante três dias consecutivos. Depois do anúncio das medidas, a chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis, Leong Iek Hou, acrescentou que o indivíduo infectado é chefe de equipa de segurança, e que os funcionários e pessoas que passaram pelos mesmos pisos onde esteve o segurança terão o código de saúde convertido em amarelo. Além disso, terão de fazer quatro testes de ácido nucleico em cinco dias, assim como os respectivos testes rápidos, e assim sendo podem voltar ao trabalho. Sem teste não passa A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, afirmou que como é conhecida a fonte de contágio “o risco para a comunidade é baixo”. Em declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, a secretária mencionou que o itinerário em Macau da pessoa em questão é relativamente simples, não obrigando ao aperto de medidas de prevenção, nomeadamente na organização de eventos de grande envergadura como o Grande Prémio de Macau e o Festival de Gastronomia. Desde ontem à tarde, até ao dia 23 de Novembro, quem atravessar a fronteira, nos dois sentidos, entre Macau e Zhuhai, tem de apresentar o certificado de teste de ácido nucleico com resultado negativo emitido nas últimas 24 horas. Do outro lado da fronteira, as autoridades de Zhuhai anunciaram ontem que na terça-feira foram detectados cinco novos casos positivos de covid-19. O centro de coordenação e contingência revelou que desde ontem as pessoas com “itinerários de risco” vão continuar com o código de saúde verde, mas têm de realizar dois testes de ácido nucleico. Se não foram testadas passam a amarelo. A medida foi justificada com a necessidade de “manter a consistência das medidas antiepidémicas e reduzir as inconveniências para a vida diária de residentes”.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Restauração e vendas a retalho com quebras Em Setembro, o volume de negócios dos restaurantes entrevistados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) desceu 4,1 por cento, face a Setembro de 2021. A informação foi revelada ontem com a publicação dos resultados do Inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho referente a Setembro de 2022. Os volumes de negócios dos proprietários entrevistados de todos os tipos de restauração desceram em termos anuais, salientando-se que o negócio dos restaurantes chineses diminuiu 6,8 por cento. Quanto ao comércio a retalho, observou-se que o volume de negócios dos retalhistas entrevistados desceu 11,3 por cento, em termos anuais. Os negócios das mercadorias de armazéns e quinquilharias, do vestuário para adultos, bem como dos produtos cosméticos e de higiene diminuíram 34,0 por cento, 18,7 por cento e 10,8 por cento, respectivamente. Contudo, o volume de negócios dos automóveis aumentou 13,3 por cento.
Nunu Wu Manchete SociedadeBanco da China lança nova subsidiária em Macau A partir de segunda-feira surge uma nova subsidiária do Banco da China, a pensar nos clientes território. Ontem o banco realizou uma conferência de imprensa para apresentar as mudanças Um projecto que foca a diversificação das necessidades financeiras dos residentes e o desenvolvimento do sector financeiro do território. Foi desta forma que Chan Hio Peng, presidente da futura subsidiária em Macau do Banco da China, apresentou a instituição que vai começa a funcionar na próxima segunda-feira. Actualmente, o Banco da China está presente em Macau através de uma representação, o que significa que a sede da instituição está no Interior. Contudo, com a inauguração da subsidiária, que vai ter como nome Banco da China (Macau) S.A., é aberta uma nova instituição, controlada a 100 por cento pelo Banco da China, mas com sede em Macau. A entidade bancária realizou ontem uma conferência de imprensa para apresentar a nova instituição e explicar os objectivos da mudança. Segundo Chan Hio Peng, uma das grandes apostas vai ser o mercado de obrigações, visto pelo Governo da RAEM como um dos motores da diversificação da economia local. “Vamos focar-nos, muito concretamente, no mercado de obrigações, na gestão financeira, compensação de renminbis, fundos de oferta privada, e ainda nas finanças verdes, uma área a que a RAEM presta atenção”, explicou. A alterações não vão ditar o fim da representação de Macau do Banco da China que se encontra em funcionamento e que vai servir empresas. Ao mesmo tempo, a nova subsidiária, vai estar virada para os clientes individuais. Actualizações e promoções Por sua vez, Yu Jian, director-geral da nova subsidiária, explicou que antes de ser feita a transição é necessário actualizar o sistema informático e suspender alguns serviços que actualmente são prestados. Entre os serviços afectados estão a aplicação móvel do banco, os pagamentos por código QR e a página com os serviços online. “Para minimizar o impacto da suspensão dos nossos serviços, o Banco da China reduziu ao máximo o tempo necessário para as mudanças e fizemos todos os esforços para anunciar junto dos nossos clientes que a suspensão vai decorrer apenas na manhã de sábado e tarde de domingo”, afirmou Yu Jian. Como forma de celebrar as alterações, entre 21 a 25 de Novembro, o Banco da China vai lançar um programa de descontos para os utilizadores da aplicação. Já Leong Sio Hong, director-geral do banco, apontou que as cadernetas bancárias actuais vão ser substituídas por outras com a nova marca do Banco da China (Macau), quando chegarem ao fim da validade. Também os recibos comprovativos de transacções e contratos vão ter o novo logótipo.
Hoje Macau SociedadeFeira de Produtos de Marca | IPIM satisfeito com vendas das empresas O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) indicou ontem que a Feira de Produtos de Marca da Província de Guangdong e Macau (GMBPF) deixou parte das empresas expositoras satisfeitas com os resultados alcançados a nível de vendas. O evento que decorreu no fim-de-semana reuniu mais de 350 empresas “que exibiram e venderam no local produtos de qualidade de Guangdong, de Macau e dos países abrangidos pela iniciativa Uma Faixa, Uma Rota”. Foram também organizadas mais de 140 sessões de bolsas de contactos físicas e virtuais e, ao longo dos três dias da feira, as transmissões ao vivo de sessões de vendas e apresentações de produtos obtiveram mais de um milhão de visualizações. “As empresas de Macau afirmaram que a venda foi bastante satisfatória, traduzida na reposição de mercadorias por várias vezes durante os três dias da exposição”, dando conta da “expansão da clientela e procura de oportunidades de negócio”. O IPIM fez também questão de salientar que 118 expositores oriundos das nove cidades da Grande Baía marcaram presença na edição deste ano do certame, o que representou uma subida de quase 50 por cento em relação à edição de 2021.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Detectado novo caso positivo relacionado com estudante Um jovem de 22 anos foi diagnosticado ontem com covid-19. As autoridades indicaram que a infecção é conexa com o caso positivo, referente a uma estudante universitária portuguesa, revelado ontem. De resto, todos os testes de ácido nucleico recolhidos das zonas vermelhas deram negativo As autoridades de saúde anunciaram ontem que um residente de 22 anos foi diagnosticado com covid-19. O caso positivo está relacionado com a infecção da estudante, relevada na segunda-feira pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O jovem havia sido classificado como contacto próximo da estudante de 21 anos e estava em observação médica. Para já, as autoridades de saúde indicam que não apresenta sintomas e, depois de ter acusado positivo no teste de ácido nucleico, foi transferido para o Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane. Em relação às pessoas retidas nos edifícios que foram declarados como zonas vermelhas, todos os testes realizados deram resultado negativo. No prédio onde vive a família portuguesa, o Edifício “Tranquility” localizado na Avenida do Ouvidor Arriaga, nº 28-28B, foram recolhidas amostras de 104 pessoas, para um primeiro teste de ácido nucleico. Como a jovem trabalha no restaurante Vista 38 no Hotel Four Seasons, entre funcionários do restaurante e pessoas alojadas na unidade hoteleira foram testadas 571 pessoas, sem terem sido encontradas novas infecções. Quanto à morada de residência do outro caso positivo, relativo ao homem de 34 anos que mora no Bloco II do Edifício Seng Hei Court da Rua de S. Lourenço, n.º 18C, foram testadas 24 pessoas, também todas com resultado negativo. Além disso, foram recolhidas um total de 56 amostras ambientais no Four Seasons e nas duas zonas vermelhas, incluindo o Edifício Seng Hei Court e o Edifício “Tranquility”, com resultado negativo. Encerrados e importados As autoridades de saúde de Zhuhai anunciaram ontem terem detectado seis casos positivos em pessoas que já estavam em quarentena nos últimos dois dias. Adicionalmente, o comando de prevenção e controlo da covid-19 do distrito de Xiangzhou da cidade vizinha encerrou dois pisos do centro comercial subterrâneo do posto fronteiriço de Gongbei. A manter-se a situação actual, as lojas da muito concorrida superfície comercial só reabrem no próximo sábado. Além disso, foi também bloqueado o bloco 32 do edifício Huafa Shuian, em Xiangzhou, pelo menos até sábado. Por cá, as autoridades revelaram ontem que na segunda-feira foram registados seis casos importados referentes a dois homens e quatro mulheres, provenientes de países como Estados Unidos, França, Índia, Singapura e Malásia.
Hoje Macau SociedadePensões | PSD quer complemento para reformados de Macau O Partido Social Democrata (PSD) terá apresentado uma proposta para que os pensionistas residentes em Macau sejam abrangidos pelo “complemento excepcional a pensionistas”. A informação foi divulgada ontem por Rita Santos, presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas do Círculo China, Macau e Hong Kong, através de um comunicado. “O deputado António Maló de Abreu respondeu à Comendadora Rita Santos que o PSD já apresentou uma proposta no sentido de eliminar a discriminação no Decreto-Lei n.º 57-C/2022, de 6 de Setembro”, é revelado. Caso a alteração seja aprovada, os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações a residir no estrangeiro também poderão receber o complemento de pensão. Rita Santos está actualmente em Lisboa para participar nas reuniões do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas que decorrem até hoje. Além disso, foram agendados encontros com os grupos parlamentares do Partido Socialista, Partido Social Democrata, Iniciativa Liberal, Chega, Pessoas-Animais-Natureza e Livre. No âmbito desta deslocação, Rita Santos, enquanto membro do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, deverá ainda ser recebida pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.
Hoje Macau SociedadeGP Macau | Previstos 20 mil visitantes diários Andy Wu, presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, prevê que cheguem ao território cerca de 20 mil turistas por dia, durante a realização do Grande Prémio de Macau. Ao jornal Ou Mun, Andy Wu explicou que a expectativa está em linha com os números do ano passado, porque a principal fonte de visitantes é a província de Guangdong. No entanto, como há um surto activo de covid-19 em Cantão, e Macau também tem casos importados, o presidente da associação reconheceu que o número diário de visitantes até pode ser menor do que o esperado. No ano passado, o número de visitantes no primeiro dia do Grande Prémio foi de 35 mil. Turismo | Pedidas medidas para atrair estrangeiros O deputado Cheung Kin Chung defende que com a futura ampliação do Aeroporto Internacional de Macau vai ser necessário criar medidas para tornar Macau um centro mundial de lazer. O objectivo passa assim por atrair não só visitantes do Interior, mas também do estrangeiro. Ouvido pelo jornal Ou Mun, o também presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau apontou que o sector hoteleiro local é bem-desenvolvido e pode oferecer acomodação com qualidade, com preços e actividades diversificadas, sendo altamente competitivo. Mesmo assim, Cheung Kin Chung pediu que não se abdique do mercado do Interior e que também se tente fazer esse segmento crescer.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Dois casos positivos não elevam risco de infecção na comunidade Pouco depois do anúncio de que quem passou pelo Centro Comercial de Gongbei entre 11 e 13 de Novembro terá de fazer três testes, foram reveladas duas infecções em Macau, uma delas respeitante a uma família portuguesa, e decretadas duas zonas vermelhas. Alvis Lo diz que o risco comunitário é baixo e que o Grande Prémio não terá restrições adicionais Ontem, ao início da tarde, foram selados dois edifícios declarados como zonas vermelhas devido à descoberta de dois casos positivos de covid-19. O primeiro prédio a ser selado foi o Bloco II do Edifício Seng Hei Court da Rua de S. Lourenço, n.º 18C, em frente à Igreja de São Lourenço, e mais tarde o Edifício “Tranquility”, na Avenida do Ouvidor Arriaga, nº 28-28B. Os casos foram detectados depois de na manhã de ontem as autoridades de saúde de Zhuhai terem declarado a descoberta de cinco casos locais, que levaram as congéneres de Macau a decretar a realização de testes de ácido nucleico ao longo de três dias consecutivos para quem tenha passado pelo Centro Comercial Subterrâneo no Posto Fronteiriço de Gongbei entre a passada sexta-feira e domingo. Aliás, o primeiro caso positivo anunciado ontem em Macau diz respeito a um trabalhador da zona de correio expresso do centro comercial subterrâneo de Gongbei. Para já, o director dos Serviços de Saúde (SSM), Alvis Lo, afastou a hipótese de implementar medidas rigorosas, como mais rondas de testes em massa à população. “A testagem de toda a população é importante quando, por exemplo, encontramos um novo caso em que não conhecemos a fonte do contágio. Nestas situações verificámos claramente a fonte dos casos, portanto não há razão para testes em massa”, indicou ontem Alvis Lo. O responsável afastou também a necessidade de apertar o rigor preventivo face a eventos de grande envergadura que se avizinham, como o Grande Prémio de Macau que se não houver agravamento da situação pandémica poderá ter público nas bancadas. Também o Festival de Gastronomia, que começa na sexta-feira, não terá restrições extra. Apesar de repetir que os dois casos positivos não alteram o baixo risco de surto comunitário em Macau, Alvis Lo realça que a situação pandémica “continua grande um pouco por todo o mundo e no Interior da China existem surtos em várias províncias e cidade”. “Sentimos alguma pressão, mas é importante continuar alerta e insistir nas medidas de prevenção. Continuaremos a cumprir o objectivo da política de zero casos e seguir as orientações nacionais”, acrescentou. Casos concretos Um dos casos revelados ontem, que levou ao bloqueio de um edifício na Avenida do Ouvidor Arriaga, envolve uma família portuguesa e uma jovem de 21 anos de idade. No passado dia 29 de Outubro, os seus pais regressaram a Macau vindos de Portugal, e testaram positivo enquanto cumpriam quarentena. Após tratamento médico, e cumprindo os critérios do levantamento da observação médica, regressaram a casa na passada quinta-feira. Porém, no teste realizado no domingo já em quarentena domiciliário, o pai da família acusou positivo com baixa carga viral e voltou a quarentena ontem de manhã. Como foi considerada contacto próximo, a filha de 21 anos foi conduzida para quarentena e viria a testar positivo ontem, com uma carga viral de CT16. Quanto mais elevado foi o valor de CT, menor a carga viral, sendo o limite para declarar um caso positivo CT35. A jovem é uma estudante universitária que está a estagiar no restaurante Vista 39, no hotel Four Seasons no Cotai. O restaurante foi encerrado e os colegas de trabalho da jovem estão sob acompanhamento das autoridades de saúde. Em relação a este caso, Alvis Lo destacou a forma disciplinada como todos os membros da família cumpriram as instruções dos SSM. “Esta família cumpriu rigorosamente as nossas instruções e nós fizemos o possível para controlar a situação na comunidade”, indicou. Recair para dentro Apesar do rigor, a situação vivida por esta família portuguesa é algo frequente. “Nos últimos três anos, registámos muitas pessoas que depois da recuperação acabaram por ter recaídas. É muito vulgar, verificámos uma taxa de 5 a 20 por cento de recaídas”, indicou Alvis Lo. Quanto ao primeiro caso relevado ontem, diz respeito a homem de 34 anos de idade, residente do Interior da China e morador em São Lourenço, que trabalha na zona de correio expresso, do Centro Comercial Subterrâneo do Posto Fronteiriço de Gongbei da Cidade de Zhuhai. O mesmo indivíduo, a sua mulher e filho com quem reside, foram de imediato colocados no Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane, para tratamento em isolamento e observação médica. Tanto a esposa como o filho testaram ontem negativo à covid-19. O filho do casal é aluno da Escola Estrela do Mar. As autoridades locais esclareceram que não vão encerrar o estabelecimento, nem colocar sob vigilância alunos e funcionários por se tratarem de contactos por via secundária. Alvis Lo abriu ontem a hipótese de alterar a lógica do isolamento de 5+3, passando os últimos três dias de quarentena domiciliária com código vermelho e hipótese de só sair de casa para fazer teste, para três dias com código amarelo. Porém, esta alteração depende das indicações e medidas implementadas pela Comissão Nacional de Saúde.
João Santos Filipe Manchete SociedadeDiplomacia | Paulo Cunha Alves vai representar Portugal na Roménia O ainda cônsul de Portugal em Macau e Hong Kong deve deixar o território na segunda quinzena Dezembro e o destino é Bucareste, onde vai assumir os comandos da embaixada lusa Paulo Cunha Alves vai deixar Macau e mudar-se para a Roménia. A informação sobre o futuro do actual cônsul de Portugal em Macau e Hong Kong foi revelada ontem pela TDM-Rádio Macau. Na Embaixada de Portugal na Roménia, situada na capital Bucareste, Paulo Cunha Alves vai substituir Teresa Macedo. Em sentido inverso, vai chegar ao território Alexandre Leitão, o futuro cônsul de Portugal em Macau e Hong Kong. Segundo a emissora, a saída de Paulo Cunha Alves de Macau, onde chegou em Outubro de 2018, deve acontecer na segunda quinzena de Dezembro, ou seja, cerca de três anos e três meses depois de aterrar no território. Ainda antes de ter sido confirmada a saída do actual cônsul, a hipótese já tinha sido adiantada, em Janeiro deste ano por Augusto Santos Silva, então ministro para os Negócios Estrangeiros de Portugal, durante uma acção de campanha para as eleições para a Assembleia da República. Na acção promovida pela secção de Macau do Partido Socialista, Santos Silva antecipou a necessidade de mudança. “Vamos fazer uma avaliação e em 2022 vai mudar o cônsul. O compromisso que tomo é nomear alguém que corresponda a todas as dimensões da actividade consular, que não é apenas de passar papéis, mas que compreende também a dimensão económica, empresarial, relação com as associações, a dimensão do apoio à escola portuguesa”, afirmou o então ministro dos Negócios Estrangeiros e agora presidente da Assembleia da República. “Todas estas dimensões são muito importantes para o cônsul português em Macau e a nomeação que farei terá de ter em conta a avaliação em todas estas dimensões”, acrescentou. Cara nova Com a saída de Paulo Cunha Alves, abre-se a porta para Alexandre Leitão. O futuro cônsul de Macau entrou para a carreira diplomática em 1999, assumindo funções consulares em Benguela e Senegal, além de ter sido Chefe dos Assuntos do Parlamento Europeu na Representação de Portugal junto da União Europeia, em Bruxelas. Além disso, Leitão foi ainda embaixador da União Europeia em Timor-Leste. Na área diplomática, Alexandre Leitão foi conselheiro do primeiro-ministro, António Costa, assessor do secretário de Estado da Administração Pública e da Modernização Administrativa. Fez ainda assessoria para o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Natural de Coimbra, o diplomata licenciou-se em Geografia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e começou por ser professor. É ainda formado em Administração Autárquica pelo Centro de Estudos e Formação Autárquica, além de possuir um mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Católica Portuguesa.
Andreia Sofia Silva SociedadePortador de deficiência ganha direito a candidatar-se a casa social O Tribunal de Segunda Instância (TSI) deu razão a um residente portador de deficiência grave que foi impedido de se candidatar a habitação social. O caso revela uma sobreposição de competências entre o Instituto de Habitação e o secretário para os Transportes e Obras Públicas. Segundo o acórdão, o homem sofre de poliomielite “desde tenra idade, é portador de deficiência física grave e foi abandonado pelos pais” tendo, em Abril de 2001, sido despedido, o que o impediu de pagar o empréstimo à habitação. Sem respostas na procura de emprego, numa tentativa conjunta com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, o homem vendeu, em 2005, a habitação económica que o Governo lhe concedeu “para efectuar o pagamento do empréstimo bancário, das despesas de condomínio e do dinheiro emprestado pelos amigos”. No ano passado, o residente solicitou ao Instituto de Habitação (IH) a dispensa do requisito de impedimento ao concurso de atribuição de casas sociais, que neste caso se aplicava pelo facto de já ter sido proprietário de uma habitação económica. O despacho de Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, concluiu que o homem “não apresentou provas suficientes que demonstrassem que as dificuldades económicas fossem o motivo da venda da habitação económica, não se verificando a reunião das condições da dispensa do requisito impediente”. Separação das águas O TSI entende que cabe ao IH “a apreciação da habilitação das candidaturas a habitação social e o seu indeferimento”, sendo que “o IH e a RAEM são duas pessoas colectivas públicas distintas, enquanto o Secretário para os Transportes e Obras Públicas é um órgão administrativo da RAEM”. Desta forma, “a decisão de indeferimento da candidatura a habitação social proferida pelo Secretário para os Transportes e Obras Públicas invadiu a esfera de competência do IH, sendo esta uma incompetência absoluta”. Como tal, anula-se a decisão de indeferimento da candidatura e do pedido de dispensa, podendo o homem concorrer à casa social sem prejuízo de ter comprado uma casa económica no passado. Além disso, o tribunal entende que “a Administração não procedeu, tanto quanto possível, à averiguação dos factos alegados por A [residente] e da questão de preenchimento ou não do requisito, violando as supracitadas normas preceituadas no Código do Procedimento Administrativo”.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Macau adopta política nacional de quarentena 5+3 Quem chega a Macau vindo de Hong Kong, Taiwan ou do exterior, passa a cumprir quarentena de cinco dias no hotel e três dias em casa. A parte domiciliária implica ter código vermelho e as únicas saídas permitidas são para fazer testes de ácido nucleico. O Governo acredita que aumentar um dia de quarentena irá atrair turistas Depois de as autoridades chinesas terem anunciado a alteração do período de quarentena de sete dias em local designado para cinco mais três em casa, o Governo da RAEM seguiu o mesmo caminho. A novidade foi anunciada na sexta-feira, em primeiro lugar e ainda sem detalhes pela secretária para as Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, antes de ser pormenorizada na habitual conferência de imprensa dedicada à pandemia. “Vamos seguir a política de 5+3 da China. Apesar do aliviamento às restrições de entrada, vamos insistir na política de prevenção de zero casos e trabalhar para cooperar com a política nacional. Estamos confiantes de que esta medida não implica o aumento de risco para a comunidade”, indicou a governante. Ao final da tarde de sexta-feira, Alvis Lo completou a novidade. “A partir de amanhã, [para] as pessoas vindas de Hong Kong, Taiwan e do exterior para Macau, o período de observação médica passa de ‘7+3’, ou seja, sete dias de observação médica [num hotel designado] mais três de quarentena domiciliária para ‘5+3’”, anunciou o director dos Serviços de Saúde (SSM), citado pela Agência Lusa. Alvis Lo ressalvou que durante os três dias de quarentena domiciliária, “as pessoas vão ficar com código de saúde vermelho”, ou seja, estão proibidas de sair de casa, excepto para realizarem testes de ácido nucleico. Importa referir, que antes desta medida à saída da quarentena, o código de saúde tinha cor amarela. Sem condições A alteração à forma como o isolamento é feito, apesar de aumentar a quarentena num dia, foi caracterizada por Alvis Lo como um alívio restritivo. “Fazer quarentena três dias em casa é mais confortável para as pessoas, por isso acho que é uma política menos rigorosa em comparação com a anterior”, afirmou o director dos SSM. O médico e chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença Lam Chong acrescentou ainda uma excepção à possibilidade de fazer três dias de quarentena em casa. “Caso a residência não reúna as condições, os indivíduos podem escolher um hotel destinado às pessoas com o código vermelho”, dando como exemplo os “dormitórios de vida colectiva”, onde frequentemente residem trabalhadores não-residentes. As autoridades admitiram que a situação ideal é a pessoa cumprir os três dias de quarentena sozinho em casa. Porém, caso não seja possível, é exigido que não coabite com mais de cinco pessoas, mantendo sempre que possível distanciamento social de um metro para as restantes pessoas. As autoridades recomendam ainda que durante os três dias, a pessoa fique isolada num quarto, de preferência bem ventilado. Os SSM indicaram ainda que quem partilha casa com uma pessoa em quarentena domiciliária “não deve tomar refeições presencialmente” em restaurante, participar em festas, nem usar transportes públicos ou de transporte de trabalhadores. Além disso, deve informar “os responsáveis do local de trabalho, por iniciativa própria” de que coabita com uma pessoa com código vermelho, usar máscara durante o trabalho e tomar refeições sozinho. Testes mil Como é natural, esta medida apenas pode ser concretizada por quem reside em Macau, e consiga “ficar isolado num quarto individual”, algo impossível para um turista. Na prática, quem chegar a Macau, desde o último sábado, para fazer férias, fica obrigado a cumprir mais um dia de quarentena em relação ao que acontecia anteriormente. Ainda assim, a representante da Direcção do Turismo, Lam Tong Hou, afirmou que “as medidas menos rigorosas podem atrair mais turistas”. Para fazer quarentena em casa, é essencial que testar negativo à covid-19 na primeira parte do isolamento nos quatro dias seguintes à entrada no hotel. Após a recolha da amostra no quinto dia, as pessoas podem voltar às suas casas e ao longo dos três dias são obrigadas a fazer mais três testes de ácido nucleico e outros três testes rápidos submetidos na plataforma do código de saúde. Para aplicar esta medida, as autoridades de saúde aumentarem os postos de teste de ácido nucleico com “via exclusiva para o código vermelho” de dois para 14 postos.
João Luz Manchete SociedadeAlvis Lo apela a vacina mRNA para idosos e doentes crónicos A incidência de doenças crónicas e envelhecimento populacional é uma conjugação que está sob a mira do Governo. Numa reunião que juntou membros do Governo da área da saúde, Alvis Lo destacou a baixa incidência de cancro em Macau e a maior protecção conferida pela vacina mRNA, em particular para grupos de risco A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, está preocupada com o aumento da incidência de doenças crónicas na população de Macau, factor particularmente potenciado pelo envelhecimento populacional. Este foi um dos tópicos abordados na reunião da Comissão de Prevenção e Controlo das Doenças Crónicas, que aconteceu na terça-feira, e que contou com a presença do director dos Serviços de Saúde (SSM), Alvis Lo. De acordo com um comunicado emitido ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a secretária Elsie Ao Ieong U realçou a forma como doenças como a diabetes, doenças cardiovasculares, crónicas respiratórias e cancro potenciam consideravelmente a gravidade da infecção pelo covid-19. Face a este contexto, a governante realçou a importância de prevenir e controlar as doenças crónicas, trabalho que “deve ser iniciado desde a infância, para que a nova geração crie hábitos de vida saudáveis, a partir da escola e da família, introduzindo hábitos de vida saudáveis na vida quotidiana.” Por seu lado, Alvis Lo argumentou que “a alta taxa de incidência de cancro, nos países desenvolvidos se deve, principalmente, à longa esperança de vida, à alta taxa de diagnóstico preciso de cancro”, factores aliados à vida sedentária e falta de exercício físico, “dieta rica em gordura, entre outros hábitos pouco saudáveis”. O director dos SSM indicou que em 2020 a taxa de incidência estandardizada de cancro em Macau foi de “231,6 pessoas por 100 mil pessoas, menos do que a da maioria dos países desenvolvidos”. A taxa de mortalidade de referência de cancro situou-se em 86 pessoas, por 100 mil pessoas, proporção 15 por cento mais baixa do que a média mundial, segundo os dados apresentados por Alvis Lo. Mais vale prevenir A prevenção e a aposta em campanhas que promovam estilos de vida saudáveis, programas de rastreio, diagnósticos oportunos e gratuitos, assim como tratamento precoce foram os caminhos apontados por Alvis Lo para combater o flagelo das doenças oncológicos. O director dos SSM destacou também os resultados da campanha de vacinação contra a covid-19. Apesar de a taxa de vacinação em Macau ter atingindo 92,1 por cento, o responsável admitiu novamente que a taxa de inoculação de pessoas com mais de 80 anos e portadores de doenças crónicas “não é satisfatória”. Nesse sentido, além de argumentar que abundam estudos científicos que confirmam eficácia e segurança das vacinas contra a covid-19, Alvis Lo frisou a redução do risco de morte, em particular nas pessoas mais vulneráveis. “É aconselhável que os doentes crónicos e os idosos recorram prioritariamente à vacina mRNA para administração da 3.ª ou 4.ª doses”, apelou o responsável, destacando o elevado nível de produção de anticorpos de quem toma a vacina da BioNTech. A comissão analisou ainda o trabalho relativo a este ano do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo que apresentou as novas disposições sobre a proibição de cigarros electrónicos. Foi ainda destacado o papel preventivo de uma aplicação de telemóvel criada para fazer “auto-avaliação de saúde através dos questionários, de modo a incentivar o público a prestar atenção à sua saúde”.
João Luz Manchete SociedadeWynn e Galaxy acumulam prejuízos no terceiro trimestre A Wynn Macau teve um prejuízo de 142,9 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, menos 14 por cento em comparação com o mesmo período em 2021. Também a Galaxy registou uma quebra de 52,5 por cento de receitas líquidas no mesmo período A Wynn Macau e a Galaxy Entertainment Group anunciaram ontem os resultados do terceiro trimestre do ano, período que significou avultadas perdas para ambas as concessionárias. A operadora de jogo Wynn Macau anunciou ontem um prejuízo de 142,9 milhões de dólares no terceiro trimestre, ou menos 14 por cento em comparação a igual período do ano passado. A Wynn Macau já tinha anunciado um prejuízo de 270,6 milhões de dólares no segundo trimestre do ano, mais do que duplicando as perdas em relação ao mesmo período de 2021. “Em Macau, enquanto as restrições de viagem relacionadas com a covid-19 continuaram a ter um impacto negativo nos nossos resultados, tivemos o prazer de experimentar bolsas de procura encorajadoras durante o recente período de férias de Outubro. Continuamos confiantes de que o mercado irá beneficiar com o regresso das visitas ao longo do tempo”, afirmou Craig Billings, director executivo da Wynn Resorts, a empresa mãe, com casinos em Las Vegas e Boston, num comunicado da empresa. A mesma sorte A Galaxy Entertainment foi pelo mesmo caminho, reportando ontem quebras nas receitas líquidas do terceiro trimestre de 52,5 por cento, com comparação do igual período de 2021. No documento submetido ontem à bolsa de valores de Hong Kong, a operadora reportou resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações [EBITDA] ajustado negativo no total de 581 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), valor que se agrava em comparação com os 384 milhões do trimestre anterior. Recorde-se que no terceiro trimestre de 2021, a Galaxy obteve um EBITDA ajustado positivo de 503 milhões de HKD. O CEO da empresa, Lui Che Woo, destacou na nota enviada à bolsa de valores que os resultados negativos advieram das “elevadas restrições fronteiriças impostas devido à pandemia no segundo trimestre passaram para o terceiro trimestre, a que acresceram o encerramento dos casinos durante 12 dias”. No final do período em análise, o Governo indicou que as receitas do jogo atingiram, em Outubro, o valor mais elevado desde Fevereiro, 3,9 mil milhões de patacas, mas caíram 10,7 por cento em termos anuais. As concessionárias em Macau têm acumulado, desde 2020, prejuízos sem precedentes e o Governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80 por cento das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo. Com Lusa
João Santos Filipe Manchete SociedadeLeong Sun Iok critica falhas, mas quer utilização do Código de Saúde após a pandemia Leong Sun Iok exigiu ontem às autoridades que expliquem claramente os problemas do Código de Saúde que criaram “grandes inconvenientes” à população. Apesar das críticas, o deputado defendeu que o Código de Saúde deve continuar a ser utilizado no fim da pandemia, como “plataforma de saúde pública”. A posição do legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) foi tomada horas depois de muitas pessoas terem encontrado problemas na fronteira, devido à impossibilidade de obterem o código de saúde. Na perspectiva de Leong, desde o surgimento da covid-19 que “o código de saúde” se tornou “uma ferramenta obrigatória” para todos os cidadãos e turistas que querem visitar Macau. Contudo, o deputado indicou que as “repetidas falhas do código de saúde” têm “criado muitos inconvenientes, especialmente para as pessoas que precisam de entrar e sair dos espaços públicos”. O legislador culpa o Governo pelas dificuldades que as pessoas enfrentaram para chegar ao trabalho, à escola, ou a consultas médicas, sem qualquer necessidade. Também muito grave para Leong Sun Iok ,é o facto de os problemas com o Código de Saúde afectarem a imagem de Macau como destino turístico e os possíveis futuros planos para a utilização desta aplicação, mesmo depois da pandemia. Em relação a este aspecto, Leong defende a possibilidade de o Código de Saúde não ser mais abandonado em Macau, e passar a ser utilizado como uma “plataforma de gestão de saúde”. Obrigados ao impossível Actualmente, é quase impossível entrar nos serviços público sem código de saúde, apesar de o Governo não ter oferecido qualquer telemóvel aos residentes, para que estes possam ter sempre consigo o código. No melhor cenário, em que aos cidadãos não é exigido o impossível, uma pessoa sem telemóvel pode preencher o código de saúde num tablet à entrada dos serviços públicos. Contudo, o procedimento pode durar mais de 20 minutos, uma vez que as pessoas são obrigadas a preencher em cada aparelho diferente todo o tipo de informações, como o itinerário dos últimos 14 dias, o número do BIR, data de nascimento, morada, entre outros. Há meses, a legisladora Wong Kit Cheng, ligada à Associação das Mulheres de Macau, afirmou na Assembleia Legislativa que a exigência do código de saúde tem contribuído para o aumento do número de suicídios entre os mais velhos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCódigo de Saúde esteve em baixo e dificultou entradas Apesar de ser obrigatória para entrar em serviços públicos e privados, a aplicação do Código de Saúde esteve inutilizável durante alguns períodos do dia de ontem. Os problemas levaram à implementação de medidas de controlo de multidões nas fronteiras O sistema do Código de Saúde, que regista o itinerário e eventuais sintomas de covid-19 dos cidadãos, esteve ontem em baixo e com problemas durante o período entre as 07h30 e as 10h30 e novamente à tarde, por volta das 15h. A falha foi reconhecida pelas autoridades, que ao final do dia de ontem ainda estavam a analisar o sucedido. As primeiras avarias registadas ontem surgiram por volta das 07h30, numa altura em que várias pessoas atravessam a fronteira para entrarem em Macau, onde trabalham e estudam, apesar de viverem no outro lado da fronteira. No entanto, na noite terça-feira já tinham sido registados problemas semelhantes por algumas pessoas, que, além da manhã, voltaram a ser sentidos na tarde de ontem. Pelo menos 30 alunos da Escola Choi Nong Chi Tai encontraram dificuldades para atravessar a fronteira, onde ficaram retidos por mais de uma hora, de acordo com Vong Kuok Ieng, director daquele estabelecimento de ensino. Ao jornal Ou Mun, Vong explicou que a passagem dos alunos sofreu um atraso superior a uma hora, o que deixou as crianças nervosas. Devido às falhas matinais, quem tentasse introduzir as suas informações e gerar o código de saúde era impedido e recebia as mensagens “Erro: Não foi Possível Carregar o Código de Saúde. Tente outra vez (8220)” e “502 Bad Gateway”. Face aos problemas do Código de Saúde e à potencial acumulação de pessoas na fronteira da Portas do Cerco, pelas 08h30, o Corpo de Polícia de Segurança Pública fez um apelo à população para que evitasse atravessar a fronteira, a não ser em caso de necessidade. Ao mesmo tempo, o CPSP implementou medidas de controlo de multidões e apelou a residentes e turistas que obedecessem às instruções nas fronteiras, e se comportassem de “maneira ordeira”. Foi igualmente pedido às pessoas para que verificassem online a situação das fronteiras, escolherem aquelas com menores aglomerações, e que preenchessem a declaração de saúde em papel. Em investigação Face ao problema, às 11h38 o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus emitiu uma nota de imprensa a reconhecer o problema. Segundo o organismo, “por volta das 07h35 de quarta-feira” o código de saúde “sofreu uma falha técnica repentina” e “não funcionou normalmente”. A aplicação, sem a qual os cidadãos enfrentam inúmeras dificuldades para viver, uma vez que ficam impedidos de entrar em vários espaços, incluindo serviços públicos, só foi restaurada depois da intervenção dos técnicos informáticos. “O sistema retomou o seu funcionamento normal após a reparação. O motivo que provocou esta falha está a ser investigado”, foi explicado. No mesmo comunicado, foi ainda apresentado um pedido de desculpas. “O Centro de Coordenação de Contingência pede desculpas ao público por qualquer inconveniente causado devido à falha do sistema do código de saúde de Macau”, pode ler-se. Por sua vez, a Polícia Judiciária, à semelhança do Centro de Cibersegurança, afirmou que até ontem não tinha recebido qualquer denúncia de ataques cibernéticos contra a aplicação móvel do código de saúde.
João Luz Manchete SociedadeCasa-Museu da Taipa com restaurantes e cultura portuguesa O Instituto Cultural abriu um concurso público de adjudicação da Casa de Recepções, uma das Casas-Museu da Taipa, para um restaurante que promova a cultura portuguesa e produtos “gourmet macaenses”. O despacho assinado pela presidente do IC materializa uma velha promessa de Alexis Tam “Vamos montar um restaurante português, cafés e mais esplanadas naquela zona. Arranjar alguns [artistas] portugueses para tocarem. Vai ser interessante”, afirmou Alexis Tam no dia 9 de Novembro de 2015, citado pelo HM há exactamente sete anos. A intenção do à altura secretário para os Assuntos Sociais e Cultura era dinamizar as Casas-Museu da Taipa. Sete anos depois, a intenção de Alexis Tam é materializada num despacho assinado pela presidente do Instituto Cultural, Leong Wai Man, que abre o concurso público para a adjudicação da Casa de Recepções, no coração da zona que recebe anualmente o Festival da Lusofonia, em frente ao auditório onde é montado o palco principal do evento. A intenção do Governo é abrir um “restaurante que promova a cultura portuguesa com características próprias de Macau e que possua elementos do património cultural intangível de Macau, através de fornecimento de alimentos e bebidas gourmet macaenses”. O IC pretende a abertura de um espaço que se conjugue “com o ambiente envolvente das Casas da Taipa e que seja utilizado também para vendas, exposições, actividades experimentais, workshops.” Plano de pormenor Em relação aos detalhes do “negócio”, o concurso público estabelece que a adjudicação será feita através de um contrato de arrendamento com a duração de quatro anos, sendo que a renda base ainda não está definida. Os interessados têm até ao dia 30 de Dezembro para entregar as propostas e pagar uma caução provisória no valor de 20.000 patacas “mediante depósito em numerário ou através de garantia bancária legal a favor do Instituto Cultural”, assim como uma caução definitiva no valor de 40.000 patacas. Quanto aos critérios de avaliação das propostas, o despacho estipula que a renda vale 40 por cento, o plano de negócio terá um peso de 35 por cento, projecto de planeamento do interior 10 por cento e a experiência do concorrente 15 por cento. Os requisitos do concurso público estabelecem ainda que os “concorrentes devem estar inscritos na Direcção dos Serviços de Finanças e na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis da RAEM”. No caso de o concorrente ser um “empresário em nome individual, deve ser residente na RAEM, e no caso de sociedades comerciais, o respectivo capital social deve ser detido numa percentagem superior a 50 por cento por residentes da RAEM”. O IC afasta a admissão de consórcios ao concurso público em questão. O Governo vai organizar uma visita ao local para potenciais interessados no concurso na próxima terça-feira, dia 15 de Novembro. Para participar, é preciso fazer inscrição no Instituto Cultural até ao final do horário de expediente do dia anterior à visita.
João Luz Manchete SociedadeZonas de risco ligadas a Zhuhai obrigam a dois testes até hoje Na noite de segunda-feira, as autoridades de saúde de Macau anunciaram que quem passou por determinadas zonas de Zhuhai terá de fazer dois testes de ácido nucleico até hoje. As duas testagens precisam de ser feitas com um intervalo de 12 horas O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus informou na segunda-feira, quase às 22h, que as pessoas que tivessem passado por algumas áreas do distrito de Jinwan na cidade vizinha de Zhuhai “devem realizar, por sua iniciativa, dois testes de ácido nucleico em três dias”. A pouco mais de duas horas do início do segundo dia designado para fazer os testes, as autoridades de saúde especificam que os grupos-alvos da medida são pessoas estiveram no sábado, entre as 21h45 e 23h45 no Restaurante de Canja de Caçarola Xuxing (localizado na Estrada Oeste do Aeroporto, loja n.º 10, da Vila de Sanzao). O outro local cuja estadia implica teste é a passagem subterrânea para peões entre a Green Tree Inn (sucursal da Universidade de Jilin) e a Praça Weiming também no distrito de Jinwan, também para quem por lá passou entre as 21h45 e 23h45 de sábado. As autoridades de saúde de Macau indicam que “o alerta de emergência publicado pelos serviços sanitários da Cidade de Zhuhai” significa que “existe o risco de infecção”. Excepções à regra Quem já tiver realizado um teste de ácido nucleico, no Interior da China ou Macau, entre segunda-feira e hoje, só precisa de fazer mais um teste, sob pena de ver convertido o código de saúde para amarelo. Também só fica obrigado a fazer um teste de ácido nucleico, quem passou pelos locais acima mencionados, nas horas mencionadas, mas que já havia sido testado no passado domingo. O centro de coordenação especifica que o teste é gratuito, mas não será exibido no Código de Saúde de Macau, nem pode ser utilizado para passagem transfronteiriça. Além disso, foi também anunciado que quem chegar ao Interior da China vindo de Macau por barco ou avião fica isento da apresentação de testes de ácido nucleico feito com menos de 24 horas antes da partida. Esta exigência foi estabelecida desde que Macau começou a registar, recentemente, casos positivos. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus adverte, porém, que quem viajar da RAEM para o Interior terá de cumprir as exigências do local de destino para onde viaja.
João Santos Filipe Manchete SociedadeDSEDJ define educação patriótica como prioridade Numa resposta ao deputado Ho Ion Sang, os Serviços de Educação reconhecem que a segurança nacional está ligada ao “reconhecimento étnico” dos jovens, uma ideia que está a ser promovida pela “área da segurança” A promoção da segurança nacional nos ensinos infantil, básico, secundário e superior são um dos grandes compromissos da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) para a “formação” dos mais novos. O compromisso foi reforçado na resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang, com a perspectiva de cada vez mais os conteúdos nacionalistas serem transversais a várias disciplinas. A nível do ensino superior, segundo a DSEDJ, 85 por cento dos cursos ensinam conteúdos sobre a constituição e a Lei Básica, enquanto 80 por cento promovem a “cultural tradicional chinesa”. No entanto, Kong Chi Meng, director da DSEDJ, garante que o compromisso não fica por aqui e que a educação nacional tem de ser transversal a mais disciplinas: “Recolheram-se e analisaram-se as opiniões facultadas por instituições superior de Macau, relativas às matérias descritas, aquando da criação ou alteração da organização dos planos de estudos dos cursos de licenciatura, para criar, no futuro, mais disciplinas respeitantes ao ensino de conhecimentos gerais que incluam a educação sobre os assuntos nacionais”, foi explicado. Esta estratégia tem como objectivo “promover a educação sobre a segurança nacional em consonância com a evolução dos tempos, fortalecer o conhecimento dos estudantes sobre a história e cultura nacionais, o sistema nacional e a actual situação de desenvolvimento do país”. Também os alunos do ensino não superior vão ser doutrinados com nacionalismo. No ensino primário e secundário as disciplinas de Educação Moral e Cívica, Actividades de Descoberta e História são as apostas para promover a segurança nacional. Com estas disciplinas, o Governo quer que os mais novos percebam “os desafios que o país está a enfrentar, os direitos de um país soberano, e as relações internacionais que o mesmo estabelece no âmbito da comunidade internacional”. Fiscalização da bandeira Além das actividades de ensino, a DSEDJ tem feito visitas às escolas para se certificar que a cerimónia do hastear da bandeira é frealizada de acordo com o desejado, o que Kong Chi Meng afirma contribuir para “um ambiente saudável”. “A DSEDJ enviou periodicamente pessoal às escolas para se inteirar das situações sobre o hastear da bandeira nacional e o desenvolvimento dos trabalhos de educação sobre a segurança nacional, criando, assim, um ambiente saudável nas escolas”, foi revelado. Por outro lado, foi também anunciado que “a área da segurança” tem promovido acções de formação em que a segurança nacional e o nacionalismo são associados ao “reconhecimento étnico”. “As corporações e os serviços, através da realização de planos de formação, continuam a reforçar o reconhecimento da nação e étnico dos jovens e a aumentar os seus conhecimentos sobre a segurança nacional, para que os possam transmitir aos seus pares”, foi revelado.
Nunu Wu Manchete SociedadeUm terço dos casados não confia na gestão financeira do pares A acumulação de dívidas é um factor de risco na saúde dos casamentos em Macau. O tema motivou um estudo do Centro de Aconselhamento sobre o Jogo e de Apoio à Família, da Igreja Anglicana, que concluiu que 70 por cento da população que contraiu dívidas, tem de pagar entre 30 e 50 por cento de todo o rendimento familiar Já diz o ditado popular que “em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. A relação entre gestão financeira familiar e a saúde dos matrimónios foi alvo de um estudo do Centro de Aconselhamento sobre o Jogo e de Apoio à Família de Sheng Kung Hui, organismo ligado à Igreja Anglicana. O estudo apresentado no domingo dá pistas sobre a forma como as dificuldades para pagar empréstimos podem ter consequências ao nível do stress familiar. Uma das estatísticas que dá contexto ao panorama económico de Macau aponta que mais de 70 por cento dos inquiridos devedores têm dívidas num valor que corresponde a entre 30 e 50 por cento do rendimento familiar global. Sobre este tópico, o estudo indica que, para assegurar o pagamento das despesas essenciais numa vida regrada e equilibrada, a proporção saudável de créditos contraídos deve-se fixar abaixo dos 30 por cento dos rendimentos globais da família. O organismo defende esta linha vermelha de segurança no endividamento com a possibilidade de surgirem despesas de emergência ou face a factores externos, como a possível deterioração da economia. Cuidados de bolsa No cômputo geral, cerca de metade das pessoas inquiridas revelaram ter contraído dívidas. Entre estas, 75,4 por cento são relativas a empréstimo hipotecário para compra de habitação, enquanto 4,8 por cento têm dívidas para pagar despesas relacionadas com ensino. Apenas 0,4 por cento haviam contraído créditos para pagar dívidas de jogo. Em termos de dinâmica matrimonial, o estudo indica que cerca de 30 por cento dos inquiridos está preocupado com a capacidade de gestão do cônjuge. Deste universo, metade confessam que o dinheiro, ou a sua falta, já causou disputadas familiares “Cerca de 40 por cento dos inquiridos caracterizaram como ‘graves’ os conflitos resultantes das dívidas familiares, sendo que a dificuldade para contornar estes problemas foi classificada como moderada”, é acrescentado no estudo. “Se os problemas monetários não forem resolvidos, e o casal não chegar a uma solução consensual, as dificuldades matrimoniais aprofundam-se e a dinâmica relacional entra um ciclo vicioso de conflito”, é acrescentado. Como tal, o Centro de Aconselhamento sobre o Jogo e de Apoio à Família de Sheng Kung Hui reforçou a importância de os casais discutirem formas de planeamento da gestão financeira familiar antes de contraírem matrimónio. A instituição responsável pelo estudo afirmou ainda que vai organizar iniciativas destinadas a equipar recém-casados de recursos técnicos para melhor planearem a gestão financeira. Segundo as experiências de aconselhamento do organismo, na maioria dos casos em que as dívidas resultaram em conflitos matrimoniais, a falta de comunicação foi um factor transversal. O estudo recebeu um total de 372 inquéritos válidos, feitos a residentes casados.