Hoje Macau SociedadeArquitectura | UNESCO distingue Rui Leão e Carlotta Bruni com prémio de inovação Os dois arquitectos foram distinguidos com um prémio de inovação em construção, por um projecto na zona antiga da cidade que junta um depósito de lixo e um posto de transformadores A UNESCO atribuiu na sexta-feira um prémio de inovação em construção aos arquitectos Rui Leão e Carlotta Bruni por um edifício de serviços construído na zona antiga de Macau. O edifício, que junta um depósito de lixo e um posto de transformadores, é um exemplo de “um novo design inovador num contexto de património mundial”, de acordo com uma declaração publicada no ‘site’ da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que atribui os prémios “Conservação do Património Cultural na Ásia-Pacífico”, em Banguecoque. O projecto “integra-se habilmente num cenário desafiante, num lote urbano apertado, na zona tampão do Centro Histórico do Património Mundial de Macau”, em que a nova estrutura “cria uma interacção com as casas vizinhas e o espaço público”, acrescentou o júri dos prémios, que analisou um total de 50 entradas de 11 países e regiões da região da Ásia-Pacífico. Rui Leão, também presidente do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP), sublinhou que este prémio da UNESCO veio mostrar a importância “de intervir de forma exemplar numa cidade com património mundial”, distinguido “por ser notável e excepcional”. “Se temos este património e capacidade no passado, também temos que ter essa capacidade actualmente”, considerou, em declarações à Lusa. Leão radiante Afirmando “estar radiante com este prémio”, o arquitecto considerou que a distinção “é a confirmação de que Macau consegue produzir arquitectura de excepção em ambiente de património e [este projecto] é um exemplo para demonstrar que é possível inserir novas infra-estruturas num contexto histórico sem o desqualificar e, além disso, torná-lo mais interessante e rico”. O arquitecto sublinhou que “é preciso observar, perceber, interpretar e transformar”, sendo “também isso que este prémio reconhece”. Trata-se de um sítio “muito qualificado, muito especial [junto do Pátio da Eterna Felicidade], onde se encontram um urbanismo português e um urbanismo chinês”, explicou. “Urbanismos completamente diferentes que colidem um com o outro em diferentes pontos da cidade, por isso fizemos neste projecto um exercício de encontro que mantém a continuidade e o torna extraordinário”, disse Rui Leão. Desde 2000, o programa de Prémios Ásia-Pacífico da UNESCO para a Conservação do Património Cultural tem vindo a reconhecer os esforços de indivíduos e organizações privadas na restauração, conservação e transformação de estruturas e edifícios de valor patrimonial na região. Os projectos premiados têm demonstrado, até agora, vários critérios de conservação, tais como a articulação do espírito do lugar, realização técnica, utilização ou adaptação adequada, o envolvimento do projecto com a comunidade local, e a contribuição do projecto para melhorar a sustentabilidade do ambiente circundante e não só.
Hoje Macau SociedadeInformática | Universidade Politécnica e Universidade de Coimbra com protocolo A Universidade de Coimbra (UPM) e a Universidade Politécnica de Macau (UPM) estabeleceram um acordo de cooperação para o estabelecimento de um laboratório conjunto em Informática. Numa nota de imprensa enviada na sexta-feira à agência Lusa, dia da assinatura do acordo, a Universidade de Coimbra (UC) revelou que a parceria define os termos para o estabelecimento do “UPM-UC Joint Research Laboratory in Advanced Technologies for Smart Cities”, na Faculdade de Ciências Aplicadas da UPM, em Macau. O protocolo foi assinado pelo reitor da UC, Amílcar Falcão, e pelo reitor da UPM, Im Sio Kei, numa cerimónia realizada em formato híbrido, a partir da Sala do Senado. “O objectivo do laboratório é realizar projectos conjuntos de investigação nas áreas da computação, inteligência artificial e tecnologias de informação e comunicação, com impacto no desenvolvimento de cidades inteligentes – promovendo também parcerias académicas internacionais entre a UC e a MPU e apoiando a formação de jovens investigadores de ambas as partes”, sintetizou a organização portuguesa. De acordo com a informação disponibilizada, destaca-se que “este protocolo vem reforçar o carácter estratégico da crescente colaboração entre a Universidade de Coimbra e a Universidade Politécnica de Macau na área de Informática”. “Para além do duplo grau de reconhecimento dos cursos de doutoramento em Informática das duas instituições, os docentes e investigadores da Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC têm colaborado na formação e orientação dos estudantes do programa de doutoramento da MPU e desenvolvido projectos de investigação conjunta”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTribunal | Li Canfeng responsabiliza Chui Sai On por projecto do Alto de Coloane Acusado dos crimes de sociedade secreta e de corrupção, entre outros, Li Canfeng aconselhou o tribunal a convocar Fernando Chui Sai On e Raimundo do Rosário, para ficar a par de todo o processo que envolveu o projecto no Alto de Coloane Li Canfeng responsabilizou o ex-chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, pelo projecto de habitação no Alto de Coloane, em 2014. As declarações foram feitas no primeiro dia do julgamento em que o ex-director das Obras Públicas reponde por um crime de sociedade secreta, em concurso com o crime de associação criminosa, e vários crimes de corrupção e branqueamento de capitais. No âmbito dos alegados crimes praticados, um dos projectos em causa é a construção de torres residenciais no Alto de Coloane. Apesar das obras não terem avançado, em 2014, o Governo focou os seus esforços para que fossem obtidas as licenças de construção necessárias. Na sexta-feira, Li Canfeng foi questionado pelos procedimentos e respondeu que se a juíza pretendesse obter respostas tinha de convocar o ex-chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, que “coordenou pessoalmente” o dossier. De acordo com o portal All About Macau, Li Canfeng revelou também que depois de ter assumido o cargo de director das Obras Públicas, em 2014, lhe foi atribuída como principal missão o recomeço do projecto, “tão depressa quanto possível”. No entanto, a juíza Lou Ieng Ha, que também está a julgar o caso Suncity, não gostou das respostas e avisou o arguido que apenas estava “a enrolar”, sem se pronunciar sobre o que estava a ser questionado. Lou afirmou ainda que o aspecto principal do caso passa por Li estar a ser acusado de ter ligações comerciais com vários empresários, que alegadamente terá beneficiado, enquanto director das Obras Públicas. Li negou ter beneficiado qualquer empresário. Quanto à detenção de 1 por cento do capital social de uma empresa que controlava o terreno C8 dos Lagos Nam Van, o ex-director das Obras Públicas confirmou o facto, mas recusou ter obtido qualquer benefício, apontando apenas ter ajudado “numa recolha de fundos”. Li Canfeng afirmou ainda que “todas as pessoas” que rodeavam Chui Sai On fizeram o mesmo, incluindo o/a então subdirector/a dos Serviços de Turismo, cujo nome não mencionou. Convidado por Chui A escolha de Li Canfeng para o suceder a Jaime Carion, que também é arguido neste processo, em 2014, foi controversa. Na altura, Li era conhecido devido ao depoimento durante o julgamento do ex-secretário para os Transportes e Obras Pública, Ao Man Long, quando apresentou várias falhas de memória. Entre a comunidade chinesa ficou conhecido como “o director amnésia”. A escolha foi altamente questionada e o diferendo público entre Chui Sai On e Raimundo do Rosário adensou a polémica. Num primeiro momento, Chui afirmou que Raimundo do Rosário tinha indicado o nome. Porém, o macaense recusou esse cenário, num primeiro momento, para depois afirmar que Li tinha sido “uma escolha do Governo”. Na sexta-feira, Li contou que o convite partiu de Chui Sai On, ainda antes de formar o seu segundo Governo, e que começou logo a trabalhar. Na altura, o convite foi aceite, mesmo não sabendo Li que posição iria assumir. Encontro a três Segundo o relato do jornal All About Macau, Li Canfeng contou ainda que no primeiro dia como director das Obras Públicas teve uma reunião com Fernando Chui Sai On e Raimundo do Rosário. Nesse encontro foi-lhe indicado pelo então Chefe do Executivo que o projecto no Alto de Coloane era para “ficar terminado rapidamente”. Após essas indicações, Li Canfeng admitiu ter atribuído grande importância ao projecto, mas negou ter pressionado os subordinados. O ex-director contou que apenas se limitou a contar aos subordinados, que o Chefe do Executivo estava a prestar muita atenção ao projecto e que esperava que ficasse concluído rapidamente. Ainda assim, devido à pressão da sociedade, Li apontou que projecto ficou suspenso, para mais tarde ser recomeçado, por iniciativa de Chui Sai On, que “coordenou pessoalmente” os trabalhos. “A Meng Wanzhou de Macau” Durante a primeiro dia de julgamento, Li Canfeng esteve a falar da sua relação com o empresário Ng Lap Seng. Num dos momentos mais marcantes do dia, Li comparou Ng a Meng Wanzhou, a filha do proprietário da empresa Huawei, que esteve detida três anos no Canadá. “Ng Lap Seng é a Meng Wanzhou de Macau”, afirmou Li. Em causa, está o facto de Ng ter cumprido pena de prisão nos Estados Unidos durante três anos, devido a acusações de corrupção relacionados com a construção de um centro da ONU em Macau.
João Luz SociedadeWhatsapp | Mais de 410 mil números de Macau alvo de ataque Um ataque informático de escala mundial resultou do roubo de dados de telefone de mais de 410 mil números de Macau na aplicação Whatsapp. A subtracção de dados de perto de 500 milhões de contas de Whatsapp afectou números de todo o mundo. Uma notícia avançada pelo portal da especialidade Cybernews indica que quase 500 milhões de conta estavam a ser vendidas na internet num fórum conhecido por servir de suporte a piratas informáticos. Os ataques envolveram o roubo de dados de contas em 84 países e regiões, com os países mais afectados a serem os Estados Unidos, Egipto, Itália, Arábia Saudita, França e Turquia. A mesma fonte adianta que a base de dados relativa a números norte-americanos estaria a ser vendida por 7.000 dólares, os dados do Reino Unido por 2.500 dólares e da Alemanha por 2.000 dólares. Segundo o Canal Macau da TDM, o Gabinete de Protecção de Dados Pessoais afirmou estar a acompanhar o caso, mas que não recebeu queixas de residentes de Macau. As informações roubadas são normalmente usadas para fraudes através da obtenção de informações bancárias, relativas a cartões de crédito ou dados de identificação. Os piratas informáticos costumam enviar mensagens fazendo-se passar por entidades reputadas ou através de chamadas incógnitas com o objectivo de obter informações passíveis de ser usadas em crimes.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePensões | Negadas propostas para abranger reformados no estrangeiro Foram chumbadas duas propostas de alteração ao decreto-lei que estabeleceu o complemento extraordinário das pensões, apresentadas pelo PSD e Chega, que visavam a inclusão dos reformados residentes fora de Portugal. Rita Santos continua a dialogar com a Caixa Geral de Aposentações para procurar um consenso Dois partidos políticos portugueses, o Chega e o Partido Social-Democrata (PSD), apresentaram duas propostas de alteração ao decreto-lei que determina o pagamento do complemento extraordinário das pensões apenas a reformados residentes em Portugal. As propostas foram chumbadas na última semana na Assembleia da República (AR). O decreto-lei em causa, inserido no Orçamento de Estado para 2023, votado na especialidade nos últimos dias, exclui pensionistas que vivem foram do país, nomeadamente os 2.100 que vivem em Macau e que recebem reforma da Caixa Geral de Aposentações (CGA). Na zona da Ásia e Oceânia, são 2.794 pessoas fora do apoio extraordinário. O PSD propôs a retirada do termo “cidadão nacional”, enquanto a proposta do Chega visava alargar “o complemento excepcional a pensionistas não residentes em território nacional e a reformados inseridos em fundos de pensões privados”. Para Jorge Fão, dirigente da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), as propostas em causa foram “um gesto corajoso e honesto”. Fão acredita que, na hora de elaborar o decreto-lei, houve um “erro técnico” do Ministério das Finanças. “Não estou a ver o Partido Socialista [actualmente no Governo] a redigir uma legislação que só olha para as pessoas que vivem no país. Por poucos que sejamos, o Governo também tem de cuidar de nós”, disse ao HM. Jorge Fão, que já contactou várias entidades em Portugal, lamenta a parca resposta de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, inclusive a Rita Santos, presidente do Conselho Regional das Comunidades portuguesas na Ásia e Oceânia. “Disse que se não tiver resposta para enviar nova carta ao Primeiro-ministro, mas isso não é uma resposta que se dê. Lavou as mãos como Pôncio Pilatos. Ele [Marcelo] sempre foi um grande constitucionalista e sabe o que está bem e mal. Enviei-lhe uma carta e não me respondeu. Por uma questão de cortesia deveria fazê-lo”, acusou. Fão assume que “não é fácil passar propostas da oposição [na AR], uma vez que o PS tem a maioria absoluta”. Insiste, insiste Entretanto, em Lisboa até ao fim do mês, Rita Santos continua o périplo para garantir que os reformados a viver na Ásia e Oceânia recebem o complemento da reforma. A responsável tem agora uma nova carta na manga, propondo a “actualização das pensões por completo em Janeiro de 2023 e não a taxa reduzida que vai ser aplicada em Portugal, o que representaria uma dupla discriminação para com os pensionistas que residem fora de Portugal”. Tal pode ler-se numa nova carta enviada à CGA. De frisar que o apoio em causa diz respeito a meio mês de pensão, já pago em Outubro de 2022. Rita Santos acrescenta na carta que os pensionistas a viver fora de Portugal “foram também muito afectados pela inflação, a desvalorização acelerada do Euro, com um forte impacto na conversão da taxa cambial das suas pensões, e pelo aumento dos preços dos bens essenciais”.
João Luz SociedadeCovid-19 | Testagem a toda a população descartada Todos os testes realizados nas zonas por onde passou uma turista infectada no fim-de-semana passado deram negativo. Ao longo de cinco dias e quatro recolhas de amostras, foram realizados cerca de 400.000 testes, informou ontem o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. As autoridades indicaram ontem que na quarta-feira foram recolhidas “98.141 amostras de pessoas nas zonas-alvo e nos postos regulares de testes de ácido nucleico, tendo todos os resultados sido negativos”, no dia que fechou o ciclo de “4 testes em 5 dias”. Recorde-se que a medida foi implementada em zonas da cidade por onde passou uma turista do Interior da China, com 60 anos de idade, que testou positivo no sábado passado. O centro de coordenação de contingência sublinhou que os indivíduos alvo que não fizeram os quatro testes de ácido nucleico durante os cinco dias que terminaram na quarta-feira vão ficar com o código de saúde amarelo. A falta pode resultar na recusa “de entrada em estabelecimentos públicos, a utilização de transportes públicos, bem como a saída da RAEM”. Entretanto, ontem realizou-se uma testagem em massa a toda a população e trabalhadores da zona de cooperação aprofundada em Hengqin. As amostras foram recolhidas entre as 11h e as 18h, em 20 postos de recolha, e tiveram como alvos os residentes permanentes e visitantes que trabalham na Ilha da Montanha.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Medidas de circulação na fronteira mais apertadas O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus apela aos residentes para que evitem deslocar-se às cidades de Zhuhai e Zhongshan devido aos surtos de covid-19. Testes rápidos passam a ser obrigatórios para quem atravessa diariamente a fronteira Face aos diversos surtos activos de covid-19 nas cidades de Zhuhai, Zhongshan e Cantão, o Governo passou a desaconselhar deslocações, a não ser quando estritamente necessárias. As novas recomendações foram publicadas ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “Tendo em consideração a evolução epidemiológica mais actualizada na Cidade de Zhuhai e na Cidade de Zhongshan da Província de Cantão”, o centro passou a pedir aos residentes que quando não for necessário “não se desloquem às regiões onde ocorre a epidemia”, de acordo com o comunicado de ontem. No entanto, para os que se deslocam “entre Macau e Zhuhai com frequência” é pedido que utilizem sempre máscaras KN95 ou com padrões equivalentes, principalmente “quando apanham de autocarros públicos ou realizam actividades em locais com aglomerações de pessoas”. Além disso, as autoridades pedem que as pessoas nunca deixem de utilizar as máscaras no outro lado da fronteira e tapem sempre o nariz com a máscara, para evitarem contágios. Em relação ao consumo de tabaco, o comunicado especifica que “os fumadores devem fumar em locais isolados” e não devem fumar “ao caminhar”. Foi ainda pedido que as pessoas realizem apenas deslocações entre o local de trabalho e a residência, num movimento que o comunicado do centro, num português incompreensível, define como “dar um ponto a ponto na deslocação”. Testes rápidos Também desde ontem, “as escolas do ensino não superior e instituições de ensino superior devem exigir que os alunos que vivem em Zhuhai e Zhongshan sejam submetidos a um teste rápido de antigénio”. O teste tem de ser feito diariamente, antes de os alunos saírem de casa e os resultados devem ser carregados na plataforma online. Embora Macau não tenha jurisdição em Zhuhai nem em Zhongshan, o centro afirma que os alunos no Interior “só podem sair da residência desde que o resultado seja negativo”. A distribuição dos kits com os testes rápidos vai ser feita pela Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEJ), e é gratuita para os alunos do ensino não superior. Aqueles que frequentem o ensino superior têm de pagar. Já no que diz respeito às empresas, foram adoptadas recomendações semelhantes para os trabalhadores que atravessam diariamente a fronteira, mas os testes têm de ser adquiridos e pagos pelas empresas.
Hoje Macau SociedadeDSAT | Espera reduzida para inspecção de veículos A Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ter tomado medidas, com recursos a equipamentos electrónicos, para reduzir a espera nos centros de inspecção. Segundo a DSAT, no Centro de Inspecções de Veículos, no Cotai, o tempo médio de espera por veículo foi reduzido de 51 minutos, registado entre Janeiro e Outubro do ano passado, para 21 minutos, entre Janeiro e Outubro deste ano. Em relação ao Centro de Inspecção de Automóveis, em Macau, a espera média é agora de 19 minutos, quando no ano passado era de 21 minutos. No Centro de Inspecção de Automóveis, em Macau não houve qualquer veículo a ter de esperar mais de duas horas para ser inspeccionado, quando no ano passado tinha havido um. O cenário mais preocupante acontece assim no Centro de Inspecções de Veículos no Cotai em que mais de 17 veículos aguardaram mais de duas horas. No ano passado, 1.707 veículos demoraram mais de duas horas até serem inspeccionados.
Hoje Macau SociedadeCrime | Detidos por posse de 60 gramas de canábis Dois residentes de Macau, com 23 anos, foram detidos numa operação da Polícia Judiciária em que foram apreendidas 60,3 gramas de erva (canábis). Segundo o jornal Ou Mun, os indivíduos eram suspeitos de traficar a droga do Interior da China para a RAEM há cerca de um mês e terão lucrado perto de 10 mil patacas. Durante o interrogatório, os suspeitos terão admitido vender e fumar canábis. Alegadamente, a droga seria comprada no Interior por 100 yuans a grama e depois vendida em Macau a 700 patacas por grama. Após receber uma denúncia, as autoridades policiais investigaram os suspeitos que alegadamente vendiam erva na Taipa. Um dos suspeitos tinha em sua posse dois pacotes com cerca de 12,2 gramas de erva quando foi detido, e em sua casa foram encontrados quatro pacotes com um total de 41,8 gramas. As autoridades encontraram também uma balança electrónica, mortalhas e um moedor. Os suspeitos foram transferidos para o Ministério Público e podem ser acusados de consumo e tráfico de estupefacientes.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCorrupção | CCAC revela caso de espionagem comercial Um ex-trabalhador de uma empresa vai ser acusado dos crimes de violação de segredo e obtenção, utilização ou disponibilização ilegítima de dados informáticos por ter espiado a ex-entidade patronal, e lançado um negócio concorrente O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) afirmou ter detectado um caso de espionagem comercial, de acordo com um comunicado emitido ontem. Os alegados crimes terão causado à empresa espiada, cuja identidade não foi revelada, prejuízos de cerca de um milhão de patacas. Segundo as suspeitas, “um ex-quadro superior de uma empresa” e “um antigo subordinado” agiram em conluio “para obtenção de documentos sob segredo comercial” da empresa lesada. O objectivo passava por “facilitar a criação de uma nova empresa” concorrente, por parte do ex-quadro superior, que assim teria condições para prestar o mesmo tipo de serviços “a um preço mais baixo”. A investigação do CCAC foi iniciada, depois de ter recebido um “caso encaminhado pelo Ministério Público”. Contudo, a entidade liderada por Chan Tsz King, afirma que “ao mesmo tempo”, recebeu uma denúncia para a alegada situação de corrupção no sector privado, sem especificar a data. Com esta conduta, a empresa de consultadoria em engenharia lesada queixa-se que terá “sofrido prejuízos superiores a um milhão de patacas”. Caminho da reforma De acordo com os pormenores indicados pelo CCAC, o principal suspeito, com o aproximar da altura da aposentação, terá começado a preparar-se para “criar secretamente uma empresa de consultadoria em engenharia […] que entraria em funcionamento no dia seguinte ao da sua saída da empresa”. Com o propósito de apresentar no mercado uma companhia competitiva, começou também a tentar contratar trabalhadores da empresa para a qual ainda trabalhava. Ainda segundo o CCAC, ao mesmo tempo que preparava a sua própria empresa, o suspeito começou a dizer “a terceiros” que estava disposto a aceitar preços mais baixos dos cobrados pela companhia em que anteriormente exercia funções. Com esta estratégia, as autoridades acreditam que o homem veio a “ficar com negócios e projectos de obras que pertenciam inicialmente” à empresa original. Prejuízos de um milhão A investigação das autoridades terá ainda apurado que “um secretário do ex-quadro superior” da empresa tinha conhecimento dos planos do superior e que “cooperou com o mesmo obedecendo às suas instruções, providenciando, várias vezes e através do correio electrónico da empresa em questão e de aplicações de telemóvel, diversos documentos e informações de segredo comercial”. O ex-secretário, fora do horário de trabalho, terá também ajudado “na publicação de anúncios de recrutamento de pessoal para a nova empresa” e a concretizar os negócios, que para o CCAC resultaram na prática de “concorrência desleal”. Os dois indivíduos são suspeitos de terem praticado, em co-autoria, o crime de violação de segredo previsto no Código Penal, que pode implicar pena máxima de um ano e quatro meses, e o crime de obtenção, utilização ou disponibilização ilegítima de dados informáticos, com uma pena máxima de um ano e quatro meses.
Hoje Macau SociedadeWynn | Seminário empresarial e festa de cerveja em Dezembro Um seminário para empresas da cidade chinesa de Qingdao, nordeste, de Macau e dos países lusófonos vai decorrer durante a “primeira semana Macau-Qingdao”, em 7 de Dezembro, anunciou ontem a organização. “Envolvemos empresas nos dois locais [Qingdao e Macau] para explorar oportunidades de produtos e parcerias comerciais em Qingdao e nos países de língua portuguesa, promovendo Macau como a plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China” e o bloco lusófono, afirmou a directora executiva da Wynn Macau, Linda Chen, em conferência de imprensa. A iniciativa pretende também desenvolver o turismo cultural e o comércio entre as duas cidades, indicou. Ao mesmo tempo, e até final de Dezembro, vai realizar-se a segunda festa da cerveja e da cultura Macau-Qingdao, com destaque para as cervejas Tsingtao e Macau Beer, e também com a presença das marcas portuguesas Sagres e Superbock. A festa da cerveja e semana cultural, que contou com o apoio de cerca de 20 departamentos governamentais e mais de 20 empresas de Qingdao, decorre no Wynn Palace, e vai apresentar produtos agrícolas, iguarias culinárias, produtos criativos e culturais, indicou. A Tsingtao é a segunda maior cervejeira da China, detendo 15 por cento da quota do mercado doméstico. Foi fundada em 1903 por colonos alemães em Qingdao, cidade no nordeste do país. A Macau Beer foi lançada em 1996 e expandiu-se agora para a China e mercados estrangeiros.
Hoje Macau SociedadeRetalho | Quebra de 30% no volume de negócios No terceiro trimestre deste ano o volume de negócios dos estabelecimentos de comércio a retalho cifrou-se em 11,13 mil milhões de patacas, uma quebra em termos anuais de 30,3 por cento. Os dados foram revelados pelos Serviços de Estatística e Censos que justificam a descida do volume de vendas com o “impacto gerado pela pandemia”. Entre os principais tipos de comércio a retalho, os negócios de mercadorias de armazéns e quinquilharias (redução de 53,6 por cento) e de artigos de couro (redução de 43,8 por cento), desceram substancialmente face ao terceiro trimestre de 2021. Contudo, o volumesde negócios de automóveis (aumento de 8,4 por cento) e de supermercados (aumento de 5,1 por cento) registou um crescimento. Quanto ao índice do volume de vendas, o de mercadorias de armazéns e quinquilharias (redução de 53,8 por cento), o de vestuário para adultos (redução de 40,6 por cento) e o de artigos de couro (redução de 40,2 por cento) registaram decréscimos significativos. Porém, os índices do volume de vendas de automóveis (aumento de 5,7 por cento) e de supermercados (aumento de 2,0 por cento) registaram subidas. Quanto ao período entre Janeiro e Setembro, o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho totalizou 42,83 mil milhões de patacas, ou seja, menos 22,8 por cento, face ao mesmo período de 2021 e o índice médio do volume de vendas desceu 22,2 por cento.
João Luz Manchete SociedadeDST | Grande Prémio não aumentou número de turistas O Grande Prémio de Macau não mexeu na média de entradas no território, que durante o evento desportivo não ultrapassaram as 20.000 por dia. À margem da apresentação do Festival de Cerveja Macau-Qingdao, o subdirector da DST confessou que a quarentena de 5+3 não ajudou a atrair turistas O Grande Prémio de Macau não teve qualquer impacto no número de entradas no território, confirmou ontem o sudirector dos Serviços de Turismo (DST), Hoi Io Meng, à margem da cerimónia de apresentação do 2.º Festival de Cerveja e Cultura de Macau e Qingdao. Segundo o responsável, o número médio de visitantes durante os quatro dias de prova ficou abaixo dos 20 mil diários, à semelhança do que se verificou antes do evento. “Durante os dias do Grande Prémio a média de visitantes foi pouco superior a 16 mil pessoas, com o pico a ocorrer na sexta-feira passada, quando entraram em Macau 21 mil visitantes. Um volume semelhante ao verificado em dias normais”, afirmou ontem Hoi Io Meng. O responsável da DST pediu compreensão à população e aos sectores da sociedade que dependem do turismo pela fraca e não surpreendente afluência de visitantes, tendo em conta os múltiplos surtos na província vizinha, que têm levado a confinamentos de milhões de pessoas. Além disso, Hoi Io Meng apontou que a taxa de ocupação hoteleira subiu 15 por cento durante o evento. “Observamos um bom sinal durante o Grande Prémio, que foi o aumento do tempo que os visitantes pernoitaram em Macau. Isso significa que durante o dia, os turistas vêem as corridas e depois vão aproveitar o que a cidade tem para oferecer, fomentando o crescimento das pequenas e médios empresas”, disse o responsável da DST. Urso no bosque Em relação à tese de que a quarentena “5+3” iria impulsionar o turismo, defendida por Liz Lam da DST e por outros membros do Governo, Hoi Io Meng confessou que “para já, não conseguiu atrair turistas estrangeiros”, mas que a DST está a preparar uma campanha de promoção de Macau nos mercados externos. Importa recordar que Macau é um dos poucos sítios do mundo que obriga estrangeiros a cumprir oito dias de quarentena à chegada. De portas fechadas ao mundo, a única aposta continua a ser o Interior da China. Nesse aspecto, o subdirector revelou que se tem registado um aumento de turistas vindo de províncias não abrangidas pelo programa de excursões de “4 províncias e uma cidade” (Guangdong, Zhejiang, Jiangsu, Fujian e Xangai). “A Air Macau informou-nos da recuperação de voos e passageiros, com subidas na casa dos dois dígitos”, afirmou Hoi Io Meng. Em relação às excursões, o responsável indicou que a DST está à espera da aprovação dos primeiros grupos pelas autoridades do Interior da China. Além disso, está em preparação uma operação de intercâmbio e promoção de Macau enquanto destino turístico, envolvendo empresas locais e empresas dos locais abrangidos pelo programa “4 províncias e uma cidade”.
João Luz Manchete SociedadeIAS | Governo diz que existem 53 toxicodependentes em Macau O Instituto de Acção Social considera que o número de consumidores de drogas em Macau diminuiu 42,4 por cento na primeira metade de 2022, para um total de 53 consumidores. A estatística não reflecte a realidade porque contabiliza quem cumpre pena por consumo ou quem está em reabilitação O Instituto de Acção Social (IAS) revelou na terça-feira que durante os primeiros seis meses de 2022 o número de toxicodependentes em Macau desceu 42,4 por cento. A estatística divulgada apenas em chinês, revela ainda que o consumo de estupefacientes entre os mais jovens diminuiu 66,7 por cento. Os números apresentados pela Comissão de Luta Contra à Droga são baseados no Sistema do Registo Central dos Toxicodependentes de Macau, onde são registadas as pessoas que entram no sistema correccional e cumprem penas de prisão por consumo de drogas e quem está em processo de reabilitação. Além deste universo de pessoas, as autoridades esperam que os consumidores de drogas se registem no sistema, uma perspectiva optimista face à criminalização do consumo na RAEM. Recorde-se o caso do residente de Macau na casa dos 20 anos que foi detido no ano passado pela prática do crime de consumo ilegal de estupefacientes, após se ter dirigido aos serviços de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, alegando que não se estava a sentir bem. Para fazer o registo, os residentes precisam de carregar “apenas o apelido, o sexo e a data de nascimento, de modo a que se possa, por um lado, proteger a privacidade dos indivíduos e, por outro, identificar com exactidão os toxicodependentes para evitar a duplicação do registo de casos”, é referido no website do sistema. É também referida a recolha de dados referente ao “local de nascimento, estado civil, com ou sem filhos, zona onde habita, habilitações literárias, situação de emprego, registo criminal, etc., a fim de se inteirar do seu background social”. Dados que podem resultar na identificação da pessoa. Coisa pouca Face a esta situação, nos primeiros seis meses do ano, apenas 53 indivíduos entraram no sistema, três deles eram jovens. Por substância, as três drogas mais consumidas pela pouco mais de meia centena de consumidores registados foram o ice (28,8 por cento), benzodiazepinas (23,1 por cento) e canábis (19,2 por cento). Em relação ao local do consumo, mais de 80 por cento dos indivíduos registados no sistema afirmaram consumir droga em casa, casa de amigos ou hotel. O IAS adianta ainda que a “Comissão de Luta Contra à Droga discutiu um plano para no próximo ano usar mega-dados para endereçar o problema do consumo clandestino e construir estratégias de intervenção”, para prevenir e controlar a toxicodependência. O comunicado do IAS não especifica de que forma será usada a tecnologia para “responder” ao consumo clandestino. Os membros da comissão aproveitaram a reunião para elogiar os esforços do Governo na promoção de campanhas anti-droga, e na legislação que incide sobre o consumo de cigarros electrónicos e de bebidas alcoólicas por menores de idade.
João Santos Filipe Manchete SociedadeZhuhai | Novo caso positivo com trabalhador em Macau Um homem de 60 anos, que vive no Interior e trabalha em Macau, foi diagnosticado com covid-19. O empregado de uma empresa de limpeza tinha estado a trabalhar nos hotéis MGM Macau e Galaxy O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou que foi detectado mais um caso de covid-19 em Zhuhai, relacionado com Macau. De acordo com o relato divulgado ontem, trata-se de um residente do Interior que esteve a trabalhar nos casinos MGM Macau e Galaxy, no Cotai. A informação foi transmitida às autoridades de Macau pelas congéneres de Zhuhai, local onde o homem de 52 anos vive e testou positivo. Segundo os dados apresentados, o homem foi testado nos dias 18, 19 e 20 de Novembro, com os três testes a registarem resultados negativos. Contudo, na segunda-feira, já depois de ter estado em Macau a trabalhar, fez mais um teste para poder atravessar a fronteira e o resultado foi positivo. Em Macau, o homem, que trabalha para Companhia de Serviços de Ying Nong, esteve no dia 20 de Novembro no Lion Club, no segundo andar do casino MGM Macau, na Península, a fazer limpezas. No dia seguinte, o local de trabalho foi a terceira fase do casino Galaxy, segundo o comunicado, de dois parágrafos, que demorou mais de cinco horas a ser traduzido do chinês para português. Segundo o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, os dois locais estão encerrados ao público, pelo que as medidas adequadas estão ainda a ser equacionadas. Além destes locais de trabalho, o homem limitou-se a apanhar os transportes públicos para de deslocar entre a fronteira e os dois casinos. Testes negativos Também ontem, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus revelou que os testes relacionados com o caso de covid-19, ligado a uma turista do Interior, diagnosticado a 19 de Novembro, foram todos negativos. “Ontem (dia 21), durante as 24 horas, foram recolhidas amostras de um total de 107.405 pessoas nas zonas-alvo e nos postos regulares de testes de ácido nucleico, tendo todos os resultados sido negativos”, pode ler-se no comunicado. Depois do diagnóstico do caso de 19 de Novembro, o Governo ordenou às pessoas que estiveram mais de meia hora nos mesmos locais que a turista que realizassem quatro testes em cinco dias. Caso os indivíduos não realizem os testes, conforme as exigências, os seus códigos de saúde serão convertidos na cor amarela no dia seguinte. O código verde só pode ser restabelecido após a realização de teste com o resultado negativo. Quem não apresentar código de cor verde, pode ser proibído de frequentar espaços públicos e forçado a ficar em Macau, mesmo contra a sua vontade. Esta medida tem sido justificada com a missão do Executivo de evitar infecções em outros países.
Hoje Macau SociedadeCatar2022 | Associação Sheng Kung Hui alerta para vício de apostas A Associação Sheng Kung Hui apelou aos residentes para que tenham cuidado durante o Campeonato do Mundo, principalmente os mais jovens, e evitem o vício das apostas. Segundo o jornal Ou Mun, o chefe do Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung Hui Macau, Ip Kam Po, defendeu que como desta vez os horários são mais acessíveis, há um risco maior de que as pessoas se deixem levar pela vontade de apostar nos resultados dos jogos. Além disso, o responsável destacou “o efeito das redes sociais”, que disponibilizam várias plataformas para análise, publicidade e previsões dos diferentes encontros. Na perspectiva de Ip, estas novas tecnologias são muito viradas para os mais jovens e podem fazer com que estes não consigam controlar os montantes que apostam. No mesmo sentido, o chefe do Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais da Associação Sheng Kung Hui Macau vincou que a associação está disponível para ajudar todos os necessitem de fazer face ao vício e que pode ser contactada a qualquer altura. Ainda assim, durante o Campeonato do Mundo de 2018, Ip Kam Po reconheceu que não houve um aumento dos pedidos de ajuda. Sobre os pedidos relacionados com o vício do jogo, ao longo deste ano, até Setembro, Ip Kam Po revelou que houve uma quebra de 20 por cento em termos anuais.
João Luz Manchete SociedadeMP | Li Canfeng e familiares adquiriram 18 propriedades em sete anos O ex-director das Obras Públicas Li Canfeng irá responder em tribunal às acusações de que terá recebido propriedades, dinheiro, vinhos caros e até favores para conseguir residência, via IPIM, através de investimento. O ex-dirigente começa a ser julgado na sexta-feira num processo onde é acusado de mais de 20 crimes Entre os anos de 2011 e 2018, o ex-director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) Li Canfeng comprou cinco imóveis por um total de 48,9 milhões de patacas, enquanto que familiares seus compraram, entre 2007 e o ano passado, 11 imóveis no Interior da China a troco de 44,6 milhões de renminbis. Além disso, o filho do ex-dirigente adquiriu dois imóveis em Sidney, na Austrália, por 20,9 milhões de patacas, indicou ontem a Macau Business, com base na acusação do Ministério Público (MP). Segundo os argumentos da acusação, o portfolio imobiliário de Li Canfeng e da sua família cresceu consideravelmente graças ao esquema criminoso que envolve o seu antecessor Jaime Carion, e os empresários Sio Tak Hong, William Kuan e Ng Lap Seng. Recorde-se que Li Canfeng foi vice-presidente da DSSOPT entre 1998 e 2008, substituindo Jaime Carion à frente do organismo entre 2014 e 2019. Além da aquisição de imóveis, o MP alega que os benefícios recebidos por Li se estenderam à sua família. Ainda assim, o ex-dirigente irá responder em tribunal por 11 crimes de corrupção passiva, 10 crimes de branqueamento de capitais agravado, um crime de falsificação de documentos e quatro crimes de prestações de declarações falsas. Um dos pontos curiosos da acusação é a descoberta de inúmeros “vinhos luxuosos” por agentes da Comissão contra a Corrupção na residência de Li Canfeng na Avenida da República. As garrafas avaliadas em, pelo menos, 512,8 mil patacas, terão sido contrapartidas ilícitas de actos de corrupção. Furar barreiras Um dos aspectos da acusação que melhor representa a proximidade entre os arguidos é a alegação de que Li Canfeng terá estabelecido com o empresário Sio Tak Hong, e Si Tit Sang (também arguido no processo), uma empresa de desenvolvimento imobiliário chamada Kou Fong – Construção Civil e Consultoria, Lda. Segundo a acusação, citada pela Macau Business, Li Canfeng pertencia ao conselho de administração e era detentor de 40 por cento do capital social da empresa, que tinha sede no FIT Center, perto do Lago Nam Van. O MP alega ainda que o ex-director da DSSOPT terá trabalhado também numa empresa chamada Nagn Kuai Golf (Jiangmin City), Ltd, entre 2013 e 2014, dirigida também por Sio Tak Hong. A proximidade entre o dirigente das Obras Públicas e Sio Tak Hong ganhou contornos de familiaridade quando o empresário foi instrumental no processo de obtenção de residência da RAEM para a esposa de Li Canfeng, através do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). Participações divinas Segundo a tese do MP, Li Canfeng, um ano antes de ascender à liderança da DSSOPT, terá pedido à secretária de Sio Tak Hong a transferência de 1 por cento do capital da Gestão de Empresas Tin Fok, S.A.R.L., a empresa-mãe do Hotel Fortuna. A acusação refere que, à altura, a unidade hoteleira estava avaliada em 1,67 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD), e que, ao valor de mercado, 1 por cento do capital detido pela mulher de Li Canfeng representaria aproximadamente 14 milhões de HKD. A quantia seria suficiente para que a esposa de Li, cujo estado matrimonial nunca teria sido reconhecido em Macau, adquirisse o estatuto de residente não-permanente da RAEM em Fevereiro de 2015. Porém, a “parceira de Li Canfeng nunca transferiu os 14 milhões de HKD, nem qualquer valor aproximado, em troca da participação social para uma conta bancária de Sio Tak Hong, ou para qualquer outra conta bancária associada à empresa”, lê-se na acusação. Ainda assim, a esposa do ex-director da DSSOPT recebeu dividendos enquanto accionista da empresa, entre 2017 e 2019, num valor de quase 390 mil HKD.
João Luz SociedadeEmprego | Seis sessões de recrutamento a partir de amanhã Amanhã, sexta-feira e segunda-feira realizam-se seis sessões de recrutamento de emprego, que vão disponibilizar 300 vagas, informou ontem o Governo. As sessões que têm como objectivo conectar empresas e trabalhadores serão organizadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). As vagas disponibilizadas estão relacionadas com os sectores da venda a retalho de topo de gama, venda a retalho em marcas de moda, segurança e restauração. As inscrições para os eventos de ligação entre empregadores e candidatos encerram hoje ao meio-dia e podem ser feitas no website da DSAL. Para amanhã, serão disponibilizadas 66 ofertas de emprego em empresas de venda a retalho de topo de gama “para funções como vendedor, estagiário de gestão, pessoal de atendimento ao cliente e empregado de armazém”. Na sexta-feira de manhã, a DSAL e a FAOM proporcionam o encontro entre candidatos a emprego e empresas de venda a retalho em marcas de moda, disponibilizando 60 vagas para cargos de vendedor, guia de galerias e director de guia de galerias. No mesmo dia, à tarde, será a vez do sector da segurança, com 65 vagas de emprego para as funções de guarda. As sessões de amanhã e sexta-feira serão realizadas na sede da FAOM (Rua da Ribeira do Patane, nº 2-6). Finalmente, na próxima segunda-feira, serão organizadas duas sessões destinadas ao sector da restauração, disponibilizando 109 ofertas de emprego para funções como empregado de mesa, assistente de cozinha, assistente de relações públicas, empregado de bar e cozinheiro. Esta sessão realiza-se no Centro para o desenvolvimento de carreiras da FAOM (Istmo de Ferreira do Amaral, nº 101-105A.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Morgan Stanley revê em baixa previsão de receitas A Morgan Stanley Asia reconsiderou as estimativas de resultados da indústria do jogo para este ano e 2023. A revisão mais significativa, 15 por cento, diz respeito aos resultados esperados até ao final de 2022, empurrada pelos surtos de covid-19 no Interior e as consequências na emissão de vistos electrónicos Na segunda-feira, as autoridades de Guangzhou confinaram o distrito de Baiyun, onde residem mais de 3,7 milhões de pessoas, interromperam o trânsito e cancelaram aulas, em resposta ao surto que afecta a capital da província vizinha de Guangdong, o maior mercado de turistas e jogadores que alimentam tradicionalmente os casinos de Macau. Desde o final de Outubro que algumas zonas de Guangzhou têm sido alvo de confinamentos, situação que inclusive originou protestos da população. Com os surtos de covid-19 a espalharem-se pelo Interior da China, a corretora Morgan Stanley anunciou na segunda-feira que revira em baixa as previsões que havia feito em relação aos resultados dos casinos de Macau para este ano e 2023. A revisão mais substancial diz respeito aos resultados de 2022, com um corte de 15 por cento nas receitas brutas esperadas, para um total de 5,6 mil milhões de dólares, valor que se situa em cerca de 15 por cento das receitas brutas apuradas em 2019. Em relação às perspectivas para 2023, os analistas da Morgan Stanley baixaram a estimativa em 3 por cento, para um total de 16 mil milhões de dólares em receitas brutas, uma fasquia que significa cerca de 43 por cento dos resultados de 2019. “Estamos em linha com as estimativas do Governo da RAEM para 2023”, indicaram os analistas Praveen Choudhary e Gareth Leung. A Morgan Stanley frisa que as suas estimativas para este ano e 2023 são, respectivamente, abaixo do “consenso do mercado” 10 e 15 por cento. Retorno em pausa Importa recordar que o Executivo de Ho Iat Seng estimou que as receitas brutas dos casinos para o ano fiscal de 2023 se fixe em 16,08 mil milhões de dólares (130 mil milhões de patacas), de acordo com a proposta de orçamento do próximo ano. Um dos destaques dos analistas é a forma como o número crescente de casos positivos de covid-19 na China “não ajuda à retoma dos vistos electrónicos”, cuja emissão supostamente começaria no início deste mês. “Ainda estamos a aguardar o retorno gradual, a curto-prazo, da emissão de vistos electrónicos, mas prevemos alguma normalização de viagens a partir do próximo ano”, acrescentam os analistas. Em relação aos resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações [EBITDA], a Morgan Stanley estima que os casinos de Macau acumulem no fim deste ano prejuízos combinados de 1,28 mil milhões de dólares, valor que contrasta com os lucros de 577 milhões de dólares registados no ano passado. “Estimamos que em 2022, as perdas líquidas da indústria do jogo de Macau se agravem em 7 por cento” para cerca de 5,10 mil milhões de dólares, indicam os analistas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Pessoas vindas do Interior forçadas a fazer teste de ácido nucleico A exigência de realização de um teste ao segundo dia de permanência no território aplica-se às pessoas que entraram na semana passada. O Governo pede também às pessoas que vão ao Festival de Gastronomia que não tirem a comida, talheres e temperos das bancas, e esperem para ser servidas pelos funcionários As pessoas que cheguem a Macau vindas do Interior estão obrigadas a fazer um teste de ácido nucleico no segundo dia após a entrada, numa medida que se aplica a quem entrou desde o dia 17 de Novembro. A exigência foi anunciada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, depois do surgimento de vários casos de infecção por covid-19 no território, importados de Cantão. Face a esta exigência, as pessoas que entrem vindas do Interior e que não façam o teste de ácido nucleico no segundo dia, após a entrada, arriscam-se a ficar com o código de saúde com a cor amarela ou a vermelha. Segundo o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, se as pessoas não tiverem feito o teste, ao terceiro dia o código fica com a cor amarela. A partir do quarto dia, a cor muda para vermelho, o que impede essas pessoas terem acesso a qualquer tipo de bem de primeira necessidade, uma vez que não podem entrar em qualquer espaço. Apesar de ter entrado ontem em vigor, a medida aplica-se a quem entrou em Macau a partir de 17 de Novembro, ou seja, quinta-feira da semana passada. As pessoas que tiverem realizado qualquer tipo de teste de ácido nucleico desde a entrada em Macau, e garantido que passaram dois dias após essa entrada, não precisam de repetir o procedimento. Apelos gastronómicos Também o Gabinete de Comunicação Social (GCS) emitiu ontem material publicitário com “instruções” para as pessoas interessadas em participar no Festival Internacional de Gastronomia, que decorre até 4 Dezembro. O material de publicidade tem como título “não esquecer a prevenção epidémica ao apreciar a gastronomia”. Entre as recomendações, consta que as pessoas devem “evitar as horas de maior afluência nos espaços de gastronomia”, “efectuar a medição de temperatura corporal, a leitura do código QR do local e exibir o Código de Saúde à entrada”, e “manter frequentemente a distância mínima de 1 metro entre pessoas”. Além disso, o GCS pediu aos cidadãos para usarem “a máscara durante a permanência no local, excepto durante as refeições” e que se “evite tirar a comida, temperos e talheres, recomenda-se que sejam os funcionários a fornecer”. Vacinas | Lotes para crianças chegam ainda este mês Os Serviços de Saúde garantiram ontem vão chegar a Macau ainda este mês as vacinas bivalentes contra a covid-19 e as vacinas para crianças com idades entre 6 meses e 4 anos de idade. As vacinas bivalentes são compostas por dois componentes, alargando a capacidade imunológica e protecção contra as variantes mais recentes do novo tipo de coronavírus. “Em resposta à situação epidémica da variante Ómicron da covid-19, o Governo da RAEM já adquiriu vacinas bivalentes de mRNA (BioNTech) contra as variantes BA.4 e BA.5 da Ómicron. De acordo com as informações, este tipo de vacina é aprovado temporariamente para utilização de indivíduos com idade igual ou superior a 12 anos, como dose de reforço”, referiu o organismo liderado por Alvis Lo. Por enquanto, os Serviços de Saúde não recomendam a utilização do novo lote para “o esquema vacinal completo da série de vacinação inicial”. Em relação à vacina da mRNA, para crianças entre 6 meses e 4 anos, as autoridades de saúde indicam que tem a mesma “forma farmacêutica” da dos adultos, ou seja, é uma “vacina monovalente de mRNA da estirpe original, mas a dose da inoculação para crianças é inferior à usada nos adultos”. Infecção | Familiar de turista testa positivo Uma mulher de 58 anos, familiar da turista que testou positivo no fim-de-semana, foi diagnosticada ontem com covid-19. Segundo avançou ontem à tarde o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a turista proveniente da província de Jiangsu havia sido classificada como pessoa de contacto próximo e estava em quarentena desde a madrugada de sábado. Situação que levou as autoridades a concluir que “o risco de transmissão comunitária decorrente deste caso positivo é relativamente baixo”. De acordo com o valor do CT, que mede a carga viral, as autoridades declararam que a infecção estará na fase inicial e acrescentaram que a paciente não manifestou sintomas. A turista foi encaminhada para isolamento e tratamento médico no Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane. Dez casos de Covid-19 em Zhuhai e Zhongshan No último domingo, Zhuhai e Zhongshan registaram em conjunto dez casos de covid-19. Segundo os comunicados das autoridades de saúde das zonas vizinhas, ambos lados tiveram quatro casos assintomáticos, e ainda um caso com sintomas. Além disso, o distrito Doumen, de Zhuhai, lançou testes nas zonas-alvo ontem. A vila Tanzhou, em Zhongshan, começou ontem de manhã o controlo de transporte temporário, proibindo a saída das pessoas da vila, a não ser que tinham assuntos urgentes para saírem. A restrição em Tanzhou tinha uma duração planeada de um dia. Macau regista mais quatro casos importados do estrangeiro No Domingo foram registados quatro casos de covid-19 importados, de pessoas que vieram com idades entre os 32 e 63 anos, provenientes da Austrália e do Canadá. A informação foi revelada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. Todos os infectados negaram ter histórico de infecções em situações anteriores. Até ao final de domingo, tinham sido registados 2.694 casos de covid-19 em Macau, entre os quais 796 casos confirmados e 1.898 casos de infecção assintomática.
João Luz Manchete SociedadeCarion terá aprovado Alto de Coloane e Windsor Arch em troca de benefícios Os ex-directores da DSSOPT Jaime Carion, Li Canfeng e os empresários Sio Tak Hong, William Kuan e Ng Lap Seng são acusados de montar um esquema de aprovação de projectos imobiliários em troca de lucros ilícitos. O plano terá alegadamente envolvido familiares dos arguidos e atenções especiais para a aprovação de projectos imobiliário do Alto de Coloane e Windsor Arch Com a aproximação do início de um dos mais mediáticos julgamentos de ex-dirigentes da administração da RAEM, que irá julgar a conduta de Jaime Carion e Li Canfeng enquanto directores dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), ficou ontem a conhecer-se parte da acusação do Ministério Público (MP). No julgamento, cujo início está marcado para a próxima sexta-feira, a acusação irá tentar provar a ligação entre os ex-dirigentes e os empresários do ramo imobiliário Sio Tak Hong, William Kuan e Ng Lap Seng, num megaprocesso onde estão acusados 21 arguidos. Segundo a Macau Business, que teve acesso à acusação do MP, Jaime Carion e membros da sua família foram recompensados com elevados ganhos ilícitos por facilitar a aprovação de vários projectos imobiliários dos empresários Sio Tak Hong, William Kuan Vai Lam e Ng Lap Seng. Entre os projectos que o MP elenca como alvo de “atenções especiais”, constam os polémicos projectos imobiliários do Alto de Coloane, que envolve a empresa de Sio Tak Hong, e o mega-projecto Windsor Arch promovido por William Kwan Wai Lam e Ng Lap Seng. O MP argumenta que os dirigentes da DSSOPT e os empresários envolvidos formaram um “grupo de crime organizado estável e duradoiro” que esteve no activo desde 2003. A associação criminosa alegadamente incluiu membros das famílias dos arguidos com o objectivo de ocultar a transferência de ganhos ilícitos, incluindo a aquisição de imóveis para habitação, lojas, parques de estacionamento e vários bens de luxo. De acordo com a acusação, o grupo terá sido liderado por Jaime Carion, que terá sido substituído pelo seu nº2, Li Canfeng, quando este assumiu em 2014 o cargo de director da DSSOPT. Recorde-se que durante mais de duas décadas os dois homens dividiram a liderança da direcção de serviços responsável pela aprovação de projectos de construção. Tudo em família De acordo com a acusação a que a Macau Business teve acesso, o MP alega o envolvimento no esquema da esposa, enteada e genro de Jaime Carion, assim como da esposa e um primo de Li Canfeng. Em tribunal, os procuradores vão tentar demonstrar a ligação entre as 35 propriedades adquiridas pela família de Carion enquanto foi director da DSSOPT e o andamento de processos de aprovação de projectos imobiliários. Em relação ao projecto imobiliário do Alto de Coloane, promovido pela empresa de Sio Tak Hong, a acusação argumenta que o projecto ultrapassava a altura estabelecida para a zona segundo os requisitos de desenvolvimento urbano fixados pelo próprio Jaime Carion, que não podia ultrapassar sete andares. O projecto da empresa do ex-membro do Comité Central da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês da província de Guangdong acabaria por implicar a construção de nove residências e nove blocos de apartamentos com 37 andares, e uma altura quase seis vezes superior à exigida. Apesar das flagrantes violações das regras de desenvolvimento urbano, o MP alega que o ex-director da DSSOPT pressionou subordinados a relegar para segundo plano o interesse público, abusando do poder do cargo que ocupava, e a aprovar o projecto apresentado pelo empresário. Jaime Carion terá mesmo atribuído a apreciação do processo do projecto de Alto de Coloane a um jovem arquitecto com o objectivo de controlar melhor o processo, assim como ignorado pareceres da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental e do Instituto para os Assuntos Municipais que se opuseram à construção de edifícios de altura considerável numa área protegida. Coçar as costas Em troca da “facilitação”, o MP indica que entre 2009 e 2014, Sio Tak Hong terá simulado o arrendamento de uma propriedade a Jaime Carion a um preço muito abaixo do praticado no mercado. O ex-director está acusado também de receber vantagens ilícitas de Sio Tak Hong através da venda de um apartamento no Edifício Dynasty Garden. Além disso, o MP aponta que Carion e membros da sua família viajaram frequentemente com o empresário na companhia de jactos privados de que Sio Tak Hong era dono. A acusação menciona também o envolvimento de Jaime Carion no projecto Windsor Arch, na Estrada Governador Albano de Oliveira, na Taipa, promovido pelos empresários William Kwan Wai Lam e Ng Lap Seng. Mais uma vez, o ex-dirigente da DSSOPT, que se encontra em parte incerta, terá facilitado a aprovação do projecto, cujas características, dimensões e altura diferiam do estipulado no contrato de concessão e nos planos urbanísticos para a área. Neste caso, o MP alega que Carion agiu de forma concertada com o seu, à altura, nº2 na DSSOPT Li Canfeng, pressionando técnicos dos serviços que dirigiam para dar luz verde a várias propostas de alterações ao projecto. Estas propostas viriam mais tarde a ser submetidas e aprovadas pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long. O MP argumenta ainda que Jaime Carion foi além das suas competências e aprovou uma alteração, que seria da competência do secretário. Entre 2008 e 2010, Jaime Carion terá beneficiado com a transferência de duas propriedades, uma na Travessa dos Lírios e outra na Rua da São Roque, através da venda a familiares do dirigente a preços bastante abaixo dos praticados no mercado. O MP argumenta que após deixar a liderança da DSSOPT, as mesmas práticas foram seguidas por Li Canfeng no “tratamento preferencial” a William Kwan Wai Lam e Ng Lap Seng.
João Luz Manchete SociedadePortugal | Conselho das Comunidades reúne com Presidente da República O Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas reuniu com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Os assuntos abordados incluíram o complemento excepcional de pensões, a situação da comunidade portuguesa em Macau e dos interesses comerciais das empresas portuguesas e a alteração à lei de segurança nacional O Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas teve um encontro oficial com o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, para fazer uma actualização das questões relativas aos portugueses que vivem em Macau e à facilitação de trocas comerciais entre empresas lusas e chinesas, através de Macau. Segundo um comunicado do conselho, a presidente “Rita Santos mencionou que o Conselho das Comunidades Portuguesas de Macau apoia a alteração do projecto de Lei da Segurança Nacional na RAEM”. A conselheira indicou que durante a consulta pública foram levantadas algumas preocupações, mas que o Governo da RAEM garantiu que para os “funcionários públicos de nacionalidade portuguesa os termos da tomada de posse serão feitos à luz do preceituado na Lei Básica da Região enquanto que os cidadãos chineses (funcionários públicos) terão de jurar à defesa da pátria (China)”. Outra questão que tem estado em cima da mesa, e que foi discutida no jantar com o Presidente português diz respeito ao complemento excepcional de pensões. À semelhança da acção tomada pela Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC), também o Conselho das Comunidades Portuguesas enviou uma carta a Marcelo Rebelo de Sousa a reivindicar os direitos dos aposentados portugueses que vivem em Macau, e que se viram afastados do benefício. Marcelo Rebelo de Sousa confirmou a recepção da missiva, adiantando que “canalizou o respectivo expediente ao gabinete de António Costa para acompanhamento e devida resolução”. O Presidente português referiu ainda que se a situação da meia pensão não for resolvida pelo Governo de António Costa, Rita Santos deve enviar uma nova missiva “para reforçar a solução do problema”. Paz e harmonia A Presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia Rita Santos discorreu também sobre a importância da manutenção da estabilidade, paz e harmonia para os portugueses residentes em Macau e para o esforço da promoção económica e cultural de Portugal junto dos empresários e residentes do Interior da China, Macau e Hong Kong. Os assuntos económicos também foram discutidos, nomeadamente o objectivo de diversificar a economia da RAEM. Segundo a presidente do conselho, Marcelo Rebelo de Sousa disse “contar com a comunidade portuguesa (a nível empresarial ou através de associações de matriz portuguesa) na concretização e estreitamento das relações económicas, comerciais e culturais entre Portugal, China e Macau”. Rita Santos fez ainda uma explanação ao Presidente português sobre a importância de manter a estabilidade, paz e harmonia entre os portugueses residentes em Macau, assim como a necessidade de manter a aposta na “promoção económica e cultural de Portugal junto dos empresários e residentes do interior da China, Macau e Hong Kong”. As associações de matriz portuguesa e o próprio Conselho da Comunidades Portuguesas em Macau foram apontadas como organismos ideais para alcançar tais fins.
Hoje Macau SociedadeAICEP | Rita Santos reúne com dirigentes A presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia das Comunidades Portuguesas, Rita Santos, reuniu com duas dirigentes da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) – Portugal Global, Madalena Oliveira e Ana Cristina Oliveira em Lisboa. Durante o encontro foram debatidas “oportunidades de investimento e de comércio em Portugal e os potenciais produtos que possam ser exportados para Macau, servindo depois de plataforma para o vasto mercado do Interior da China”, aponta um comunicado. A mesma nota dá conta que o encontro vem na sequência do pedido de vários jovens empresários para que Rita Santos obtenha “informações dos produtos fabricados em Portugal que possam utilizar Macau como ponte de ligação para entrar no mercado das cidades da Grande Baía”. Além deste encontro com as responsáveis da AICEP – Portugal Global, Rita Santos tem participado em reuniões do Conselho das Comunidades Portuguesas a convite do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Secretaria do Estado das Comunidades portuguesas.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Governo avisa que ocultar passagem por Gongbei pode dar prisão O Centro de Coordenação de Contingência lembrou ontem que mentir ou ocultar dados na prevenção à pandemia pode resultar em seis meses de prisão. O aviso foi feito em relação à necessidade de reportar a passagem pelo centro comercial de Gongbei. Ontem, foram reportadas duas infecções de residentes de Zhuhai que trabalham em Macau “O Centro de Coordenação reitera que quem prestar falsas declarações é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias.” É desta forma que termina um comunicado emitido ontem pelas autoridades de saúde a apelar a quem tenha passado no centro comercial subterrâneo do posto fronteiriço de Gongbei para declarar “fielmente as informações e cumprir as respectivas medidas de prevenção antiepidémicas”. As autoridades de saúde locais anunciaram ontem que, para entrar em Macau, quem tenha passado pelo piso -1 e -2 do centro comercial de Gongbei terá de cumprir quarentena em hotel designado até ao quinto dia seguinte a ter passado pela zona de risco. A quarentena não pode ser inferior a dois dias e, de seguida, seguem-se três dias de isolamento domiciliário com código vermelho Quem já tiver entrado, deve fazer autogestão de saúde até ao quinto dia depois de ter passado pelas zonas mencionadas de Gongbei, ficando com código de saúde amarelo e submetendo-se a quatro testes sucessivos de ácido nucleico. O par do dia As autoridades de Zhuhai anunciaram ontem a descoberta de dois casos positivos referentes a pessoas que trabalham em Macau. A primeira a ser reportada foi uma mulher de 22 anos, residente no Interior da China, que trabalha no Music Cracker Education Centre”, no Fai Chi Kei, que testou positivo na manhã de ontem. O centro de coordenação de contingência indicou que, como tem sido habitual, a jovem passou pela área de correios expressos do centro comercial do posto fronteiriço de Gongbei no passado domingo. Por volta do meio-dia de ontem, foi reportado pelas autoridades de Zhuhai mais um caso positivo, referente a uma residente do Interior da China, de 36 anos, que mora em Zhuhai e permanece a maioria do tempo na Farmácia “Hui Hong”, explorada pelo marido, na Rua 1 do Bairro Vá Tai, nas Portas do Cerco. A mulher passou na terça-feira no balcão dos Serviços de Finanças do Centro de Serviços da RAEM da Areia Preta, o que levou ontem à tarde ao encerramento do edifício durante uma hora e meia para desinfecção das instalações. As autoridades indicaram ainda que na quarta-feira a mulher foi ao Edifício de Administração Pública, na Rua do Campo. Até ao fecho da edição, as autoridades de saúde não haviam decretado mais zonas vermelhas.