Obras públicas | Li Canfeng negou dar cobro a interesses ilegítimos

O antigo diretor da Direcção dos Serviços de Solos e Obras Públicas (DSSOP), Li Canfeng, negou ontem em tribunal ter dado cobro a quaisquer interesses legítimos ao aprovar projectos ou na tomada de decisões.

Em mais uma sessão de julgamento, foi abordada a transferência dos bens que estavam em nome de Li Canfeng antes deste assumir o cargo. A acusação afirma que o antigo dirigente passou para o nome da companheira a maioria dos bens, bem como para Li Han, também arguida no processo. No entanto, após ter-se tornado director da DSSOP, Li Canfeng adquiriu 11 casas a, precisamente, Li Han e à sua companheira.

O jornal Ou Mun escreve que Li Canfeng negou dar cobro a interesses porque, quando adquiriu as casas, fê-lo sem nenhum desconto no valor. Questionado sobre se enganou o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, e o ex-Chefe do Executivo, Chui Sai On, na aprovação dos projectos para os lotes TN20 e TN24, na zona da Taipa Grande [próximo da avenida Dr. Sun Yat-sen], Li Canfeng disse que não, uma vez que os membros do Conselho do Planeamento Urbanístico não se mostraram contra o projecto em causa.

Mais tarde, quando já decorria a investigação, Chui Sai On emitiria um despacho de confirmação do projecto, tendo Li Canfeng acrescentado que Raimundo do Rosário, por ser muito profissional, jamais poderia ter sido enganado por ele.

A sessão de ontem ficou ainda marcada pelas explicações do antigo director da DSSOP sobre a venda de acções. Li Canfeng adiantou que era necessário desfazer-se das acções que detinha em cinco empresas por estar prestes a assumir um cargo público, e que vendeu algumas das participações que detinha, sem intenção de esconder dados ou detalhes do processo.

2 Dez 2022

Jogo | Receitas de Novembro caíram 55,6% em termos anuais

As receitas brutas dos casinos de Macau durante o mês de Novembro atingiram menos de 3 mil milhões de patacas, registo que representou uma quebra de 23,1 por cento em relação a Outubro e 55,6 por cento face a Novembro de 2021. Em termos acumulados, as receitas caíram para menos de metade em comparação com o ano passado

 

Continuam os resultados desastrosos na principal indústria de Macau. A Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) divulgou ontem que durante o mês de Novembro as receitas brutas apuradas pelos casinos de Macau não chegaram a 3 mil milhões de patacas (2,999 mil milhões de patacas).

O registo representa uma quebra de 23,1 por cento face ao anterior mês de Outubro, quando as receitas totalizaram 3,899 mil milhões de patacas, impulsionadas pelos feriados da Semana Dourada.
Face a Novembro de 2021, quando o sector do jogo apurou receitas brutas de 6,749 mil milhões de patacas, a quebra atingiu 55,6 por cento.

A DICJ aponta ainda que em termos de receita bruta acumulada, ao longo do ano até ao final de Novembro, o sector do jogo contabilizou receitas acumuladas de 38,7 mil milhões de patacas, valor 50,9 cento inferior ao verificado no mesmo período de 2021, quando se registaram 78,9 mil milhões de patacas. Ainda assim, bem longe dos valores apurados antes da pandemia e das restrições fronteiriças entrarem em vigor.

Choque com a realidade

Forçado a rever sucessivamente as estimativas do sector do jogo, o Governo de Ho Iat Seng chegou a prever para este ano receitas na ordem dos 130 mil milhões de patacas, mais do triplo a apenas um mês do fim do ano. Aliás, a meta voltou a ser contemplada para o próximo ano no Orçamento da RAEM para 2023.

Recorde-se que as concessionárias de jogo têm acumulado desde 2020 prejuízos sem precedentes e o Executivo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, porque cerca de 80 por cento das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo.

2 Dez 2022

Covid-19 | Número de casos continua a aumentar

A dinâmica de infecções de covid-19 acelera em Macau. Ontem, foram detectados mais seis casos positivos que se juntam aos noticiados anteriormente aquando do episódio do taxista. Além da descoberta de uma mulher de 62 anos que trabalha no restaurante onde o taxista tomava o pequeno-almoço, foram anunciados pelo Centro de Contingência, durante a noite, mais seis ocorrências.

O primeiro caso foi detectado numa mulher de 68 anos, residente em Macau, esposa do homem de 69 anos com resultado positivo no teste de ácido nucleico, anunciado na madrugada de quarta-feira.

O segundo caso diz respeito a um homem de 77 anos, residente em Macau, aposentado, e que reside no Edf. Tim Yee, situado na Calçada Central de S. Lázaro. O doente em causa tomou pequeno-almoço no Estabelecimento de Comidas “Tong Kei” e teve o mesmo itinerário que o taxista com resultado positivo.

Outro caso anunciado, diz respeito a um homem de 36 anos, residente do Interior da China, que reside no Bloco 3 do Edf. Cerese, situado na Avenida do Coronel Mesquita, e é operador na Ponte-cais n.º 5 do Porto Interior. A esposa, de 29 anos, funcionária do Departamento de Recursos Humanos do Casino Wynn, foi igualmente diagnosticada como positiva.

Alem disso, foram diagnosticados dois casos relacionados com os casos importados nas zonas sob controlo (os dois estão sob controlo desde o dia 28 de Novembro), daí o risco de transmissão comunitária ser relativamente baixo, afirma o Centro de Contingência.

1 Dez 2022

Reserva Financeira | 100 mil milhões perdidos desde 2021

A reserva financeira de Macau perdeu valor pelo nono mês consecutivo, registando uma queda de mais de 17 mil milhões de patacas em Setembro, indicam dados divulgados ontem pelas autoridades.

A reversa financeira da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) cifrou-se em menos de 563 mil milhões de patacas no final de Setembro, de acordo com a informação publicada no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau.

É o valor mais baixo registado pela reserva financeira desde Abril de 2020, altura em que a China passou a impor quarentena obrigatória a pessoas vindas de Macau, afectando a indústria do jogo.

Na primeira metade deste ano, a reserva financeira perdeu 17 mil milhões de patacas só em investimentos, devido a oscilações no mercado internacional, de acordo com o Governo.

Tendo em consideração o passado recente, o valor da reserva financeira caiu mais de 100 mil milhões de patacas em relação a Fevereiro de 2021, mês em que atingiu o valor mais elevado, quando totalizou 663,5 mil milhões de patacas.

Mesmo no cenário de crise económica criada pela pandemia, a reserva financeira de Macau tinha crescido em 2020 e 2021, apesar de o Governo ter injectado mais de 90 mil milhões de patacas no orçamento.

As autoridades da região concederam já este ano mais de 20 mil milhões de patacas à população, ao abrigo de dois planos de apoio pecuniário e ainda 5,92 mil milhões de patacas para dar a cada residente oito mil patacas, para efectuar pagamentos, sobretudo no comércio local, desde 28 de Outubro.

A Assembleia Legislativa aprovou, este mês, o orçamento da região para 2023, prevendo voltar a recorrer à reserva financeira em 35,6 mil milhões de patacas.

1 Dez 2022

EPM | DSEDJ abdica de construção de novo pólo

A Direcção de Serviços de Edução e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) admite que a construção de um novo pólo para a Escola Portuguesa de Macau (EPM) nos novos aterros deixou de estar nos planos daquele organismo. As declarações foram prestadas ontem por Kong Chi Meng, director da DSEDJ, à Rádio Macau, depois de ter participado no fórum da Ou Mun Tin Toi.

“A EPM está a fazer uma avaliação [da situação], tendo em conta os últimos anos, a taxa de natalidade e as necessidades de ensino. Também acontece que a EPM está a pensar na ampliação das suas instalações”, afirmou Kong Chi Meng, citado pela Rádio Macau. “Estamos em contacto com a EPM, através de várias formas”, garantiu.

No entanto, e depois da promessa feita, o futuro desenvolvimento da EPM passará apenas pela expansão das instalações locais. A decisão terá sido tomada tendo em conta que “as circunstâncias mudaram” face ao contexto de 2019.

As declarações de Kong Chi Meng deixam também a entender que a decisão de abdicar do novo pólo terá partido da Escola Portuguesa de Macau, que se prefere concentrar na ampliação do espaço existente.

Novos tempos

O anúncio do novo pólo da EPM tinha sido feito a 1 de Maio, durante a visita do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, a Macau. Depois de um encontro com o então Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, na sede do Governo, Marcelo anunciou que lhe tinha sido prometido a EPM ia ter um pólo novo nos aterros.

“O Chefe do Executivo [de Macau] anunciou há pouco que vai haver apoio do Governo a um novo pólo da Escola Portuguesa de Macau (EPM)”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, durante a visita, e após a reunião com Chui.

Na mesma visita, o Presidente português tinha também deixado elogios ao sistema de ensino local, ao destacar que em 2019 se falava mais português em Macau, do que quando o território estava sob administração portuguesa.

Apesar dos planos e elogios de 2019, a intenção deixada pelo Governo de Fernando Chui Sai On parece agora abandonada, numa altura em que Ho Iat Seng lidera o Executivo local.

1 Dez 2022

Hotelaria | Ocupação até Outubro abaixo dos 40%

Até ao final de Outubro deste ano, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes dos estabelecimentos hoteleiros de Macau foi de 37,9 por cento, menos 12,0 pontos percentuais, relativamente ao mesmo período de 2021, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC)

No total, durante os primeiros 10 meses do ano, os hotéis de Macau hospedaram 4.248.000 indivíduos, menos 22,5 por cento, face a idêntico período de 2021. A duração média das estadias manteve-se em 1,8 noites.

Olhando apenas para o mês de Outubro, a DSEC indicou que a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes foi de 41,8 por cento (-3,0 pontos percentuais, em termos anuais). No total, fizeram check-in em hotéis de Macau 494.000 pessoas, mais 11,3 por cento em termos anuais. Neste universo, destaque para o aumento de hóspedes do Interior da China que subiu 15 por cento para 390.000, enquanto os hóspedes locais desceram 11,1 por cento para 70.000.

Os maiores decréscimos em termos anuais verificaram-se nos hotéis de 4 estrelas e nos de 2 estrelas, com quebras de 20 e 18,6 por cento, respectivamente.

1 Dez 2022

Covid-19 | Mais casos positivos e testes rápidos a toda a população

Ontem foi anunciada a descoberta de mais um caso positivo de covid-19, que se junta aos dois identificados na noite de terça-feira. Toda a população terá até amanhã de fazer três testes rápidos de antigénio e os moradores de zonas dos Três Candeeiros, do Hospital Kiang Wu e do Cemitério Miguel Arcanjo terão de fazer três testes de ácido nucleico até 4 de Dezembro

 

Prossegue aquilo que a médica Leong Iek Hou caracterizou como o normal quotidiano de Macau durante o combate “dinâmico” à pandemia. Testagem contínua à covid-19, testes para entrar em serviços públicos e participar em actividades e detecção de novos casos positivos.

Ontem à tarde, foi anunciada a descoberta de mais uma infecção conexa ao caso positivo do taxista de 74 anos. Trata-se de uma residente de 62 anos que trabalha em part-time no restaurante Tong Kei, na Estrada do Repouso, onde o taxista tomava diariamente o pequeno-almoço. A residente trabalha também no Jardim Infantil da Escola Tong Nam, que fica na esquina da Rua de Jorge Alvares e da Rua do Almirante Costa Cabral

O local de residência da senhora que testou ontem positivo num teste rápido antigénio, edifício Vang Son, 12º da Calçada das Verdades, foi selado e declarado zona vermelha.

Exames e mais exames

Desde ontem que toda a população de Macau está obrigada a fazer três testes rápidos antigénio até amanhã.

Quem mora, trabalha, tenha tomado refeições em restaurantes e permanecido mais de meia hora nas duas zonas-alvo entre o passado sábado e o dia de ontem fica isento da necessidade de fazer testes rápido, pois terá de fazer três testes de ácido nucleico em cinco dias que acabam no domingo.

Até à hora do fecho ainda não era conhecido o número de pessoas abrangidas pelo alargamento das zonas-alvos. A primeira zona-alvo é delimitada pela Avenida de Horta e Costa, Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida / Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida / Rua do Conselheiro Ferreira de Almeida, Estrada de Adolfo Loureiro, Rua da Barca, Travessa de Martinho Montenegro, Travessa da Barca, Travessa do Lago, Rua de Brás da Rosa, Travessa do Bem-Estar, Rua de Tomé Pires, e pela Rua do Rebanho.

A segunda zona-alvo compreende a área delimitada pela Rua de Sacadura Cabral, Estrada de Coelho do Amaral, Rua de Coelho do Amaral, Rua dos Currais, Rua do Patane / Rua do Muro, Praça de Luís de Camões, Largo de Santo António, Largo do Lar / Jardim de Santo António, Pátio do Espinho, Calçada de S. Paulo, Rua de D. Belchior Carneiro, Rua dos Artilheiros, Calçada Central de S. Lázaro, Rua do Brandão, Rua de Ferreira do Amaral, e pela Avenida de Sidónio Pais.

Entrada condicionada

Entretanto, foi anunciado ontem que “os cidadãos e trabalhadores que entram nos serviços públicos, devem exibir o resultado negativo do teste rápido de antigénio realizado no mesmo dia ou do teste de ácido nucleico cuja validade permanece durante as 24 horas após o dia de amostragem”.

A medida, que irá durar até ao dia 9 de Dezembro, foi justificada com o facto de terem sido “detectados em Macau sucessivamente vários novos casos positivos de infecção do novo tipo de coronavírus nos últimos dias”. A mesma medida foi implementada para entrar nas instalações desportivas afectas ao Instituto do Desporto.

1 Dez 2022

DSEC | Mais veículos matriculados e menos voos em Outubro

No final do mês de Outubro havia 248.679 veículos matriculados em Macau, o que representa um crescimento de 0,9 por cento, face ao período homólogo. Os dados oficiais foram revelados ontem pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

No mês passado, o número de automóveis ligeiros (113.882) e o de motociclos (107.564) subiram 1,1 por cento e 2,3 por cento, respectivamente, face a Outubro de 2021. Ainda em Outubro deste ano, houve 853 veículos com matrículas novas, dos quais 258 eram eléctricos.

Nos primeiros dez meses deste ano, o número de veículos com matrículas novas foi de 8.276, menos 18,8 por cento, face ao mesmo período de 2021. No entanto, houve 1.080 acidentes de viação, o que representa um aumento de 21,5 por cento dos sinistros.

Também em comparação com os primeiros dez meses de 2021, 2022 regista mais duas mortes, três contra cinco, e quase o triplo dos feridos, 3.484 em 2021 contra 9.287, este ano. Em relação ao sector da aviação, em Outubro deste ano realizaram-se 893 voos comerciais, mais 17,0 por cento, em termos anuais.

No período de Janeiro a Outubro deste ano, efectuaram-se 8.044 voos comerciais, menos 32,0 por cento, relativamente ao período homólogo de 2021 e o peso bruto da carga aérea situou-se em 42.539 toneladas, mais 12,9 por cento.

1 Dez 2022

Testes | Pedida redução do preço para trabalhadores

O deputado Nick Lei queixa-se do preço do teste de ácido nucleico, que considera elevado, e pede que seja seguido o exemplo de Zhuhai, onde os custos dos testes individuais são de 13,5 renminbis

 

Nick Lei considera que está na altura de o Governo voltar a reduzir o preço dos testes, que diz continuar a ser muito mais caro do que no Interior. A posição foi tomada numa interpelação escrita, divulgada ontem pelo Jornal do Cidadão.

Segundo o legislador ligado a Fujian, além dos testes serem um mecanismo de prevenção da covid-19, tornaram-se num “bem necessário”, uma vez que são exigidos para que os residentes possam atravessar as fronteiras. Por isso Nick defende que esta medida, “depois de quase três anos de pandemia”, está a aumentar o custo de vida dos residentes, principalmente daqueles que vivem em Zhuhai e trabalham ou estudam em Macau. “Afectadas por diferentes surtos, Zhuhai e Macau estão repetidamente a encurtar o prazo de validade dos resultados do teste de ácido nucleico, o que faz com os cidadãos tenham de fazer cada vez mais testes, o que aumenta ainda mais a pressão sobre o seu custo de vida”, justificou.

Lei critica ainda o Governo de Macau, porque não acompanha o exemplo da cidade vizinha, onde o preço foi novamente reduzido. “Um teste com uma amostra individual em Zhuhai não custa mais do que 13,5 yuan, e se for uma amostra com várias pessoas, o preço não vai além dos 2,8 yuan por pessoa”, indicou.

“Em contraste com Macau, apesar do preço do teste ter sido reduzido de 180 patacas, no início da epidemia, para as actuais 45 patacas, o custo continuar a ser muitas vezes mais caro do que em Zhuhai”, acrescentou.

Melhor controlo

Neste contexto, Nick Lei perguntou ao Governo quais são os planos para reduzir o preço dos testes de covid-19 e qual a margem para diminuir os mesmos.

O deputado quer ainda saber se as empresas que fornecem os testes vão aumentar o número de amostras individuais misturadas em amostras múltiplas, de forma a se poder reduzir ainda mais o preço do teste.

Em vez de analisarem as amostras individuais uma a uma, os laboratórios misturam cerca de 10 amostras individuais de uma vez, para aumentarem a velocidade dos resultados dos testes. Em caso de haver algum positivo, todos os 10 testados são chamados novamente para um novo teste individual, que permite detectar quem está verdadeiramente positivo.

Face às constantes exigências da realização de testes, Nick Lei apelou ainda ao Governo para montar mais pontos de testes que funcionem 24 horas, por considerar que os actuais são insuficientes e que trazem demasiados inconvenientes à população.

1 Dez 2022

Covid-19 | Novo caso positivo relacionado com taxista

Um novo caso de infecção positiva de covid-19 relacionado com o taxista que se crê esteja na origem das últimas infeccões detectadas em Macau, foi ontem anunciado pelas autoridades de saúde.

Segundo o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, no dia 29 foi registado um novo caso relacionado com o caso importado da COVID-19 em Macau, sendo considerado como um caso detectado sob controlo. A pessoa afectada é um jovem de 17 anos de idade, residente de Macau mais um neto que mora com o caso confirmado, do taxista de 74 anos de idade, anunciado no dia 28.

O infectado foi classificado como contacto próximo anteriormente, já está sujeito a observação médica em isolamento desde a manhã do dia 28 de Novembro, informa o Centro de Contingência. Após dois testes de ácido nucleico negativos, na manhã do dia 29 de Novembro, o jovem começou a sentir um desconforto na garganta. O resultado do teste de ácido nucleico foi positivo.

O valor do CT mostra uma infecção na fase inicial. Este caso foi detectado sob controlo, e foi considerado como caso relacionado com o caso importado da COVID-19. A pessoa em apreço foi encaminhada para tratamento médico em isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane, sendo o risco de transmissão comunitária relativamente baixo, remata o Centro de Contingência.

30 Nov 2022

Alerta para estigma social sobre famílias com casos de suicídio

Uma assistente social da Cáritas Macau apelou à sociedade para compreender as necessidades de apoio por parte das famílias com casos de suicídio e evitar o estigma social. A mensagem da assistente Leong Ka I foi deixada em declarações ao jornal All Abou Macau.

Numa altura em que o território bate recordes de suicídios e de tentativas, ao mesmo tempo que o Chefe do Executivo se limita a reconhecer que a situação só vai melhorar com uma provável recuperação económica, Leong Ka I destacou que os casos de suicídios são cada vez mais uma fonte de pressão para as famílias do território e que é necessário saber estar atento.

Segundo Leong, o suicídio é uma situação extremamente dolorosa e prolongada, porque, além da tragédia, faz com que as famílias fiquem envolvidas durante um longo período em vários processos relacionados com o funeral e outros procedimentos, com recordações constantes do sucedido.

A juntar à perda, e aos vários transtornos, Leong Ka I apontou que outro dos grandes desafios passa pelo “estigma social” de fazer parte de uma família em que ocorreu um suicídio. “Os familiares têm de lidar com muita pressão, como por exemplo o sentimento de culpa. ‘Porque é que não consegui descobrir a tempo o que se estava a passar e impedi este desfecho?”, “Porque é que ele se sentiu tão abandonado?’, são algumas questões com que os familiares vão ter de lidar”, explicou a assistente. “Tudo isto faz com que o caminho para a recuperação dos sobreviventes seja muito longo”, afirmou.

Mudar de casa

E nos casos em que os suicídios foram cometidos em casa, as superstições levam ainda a diferentes sentimentos que podem obrigar a uma mudança. Segundo Leong Ka I, é frequente que as pessoas mais supersticiosas decidam mudar de casa, por considerarem que a tragédia pode ser uma fonte de azar.

Face a todos os sentimentos negativos do suicídio, Leong Ka I destacou a importância de as famílias procurarem ajuda e aconselhamento, no que pode ser um processo importante para a recuperação.

Por outro lado, a assistente social, apelou à sociedade para se mostrar compreensiva para com a tragédia vivida pelas diferentes famílias e mostrar-se disponível para dar o apoio necessário. Outro aspecto destacado, foi a necessidade de a comunidade compreender a tragédia do suicídio e mostrar-se mais tolerante, de forma a reduzir o grande estigma social.

Todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados ou considerem que se encontram numa situação de desespero devem ligar para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.

30 Nov 2022

Caso Suncity | Pedro Leal diz que casinos ignoraram jogo ilegal

Decorreu ontem a leitura das alegações finais do processo Suncity. Pedro Leal, advogado de defesa de um dos arguidos, acusou as operadoras de jogo de terem ignorado durante anos a existência de jogo ilegal no território. “Enquanto a mama deu, mamaram”, disse em tribunal

As operadoras de casinos sabiam das actividades alegadamente ilícitas do maior angariador de apostas VIP do mundo, o grupo Suncity, mas preferiam ignorá-las para manter as receitas, disse ontem Pedro Leal, advogado de Celestino Ali, um dos arguidos do processo, acusado de associação criminosa.

“Enquanto a mama deu, mamaram. Agora caem em cima dele”, disse. Ontem, decorreu a leitura das alegações finais de um processo com 21 arguidos que tem decorrido, nas últimas semanas, no Tribunal Judicial de Base. Pedro Leal descreveu como “vergonhosa” a posição de cinco operadoras, cujos advogados disseram que irão pedir uma indemnização correspondente ao valor que, segundo a acusação, citada pelo portal noticioso GGRAsia, terão perdido devido ao ‘jogo paralelo’: 2,28 mil milhões de dólares de Hong Kong.

Neste caso, ‘jogo paralelo’ refere-se a apostas feitas nas Filipinas, mas por telefone a partir de Macau ou através da Internet, ou ainda a apostas em 229 salas VIP de Macau cujo valor real era várias vezes superior ao registado, de forma a fugir ao pagamento de impostos. Segundo a acusação, o Ministério Público (MP) acredita que a Suncity custou a Macau cerca de 8,26 mil milhões de dólares de Hong Kong em receitas fiscais desde 2013.

Alvin Chau nega tudo

O antigo director executivo da Suncity, Alvin Chau Cheok Wa, negou ontem as acusações, com o MP a pedir a condenação de 17 arguidos pelos crimes de sociedade secreta, associação criminosa e branqueamento de capitais e a absolvição de quatro arguidos. Nas alegações finais, o advogado de Chau sublinhou que o regulador do jogo em Macau “nunca detectou qualquer irregularidade e nunca recebeu qualquer queixa” sobre a Suncity.

Leong Hon Man defendeu que as actividades da Suncity se situavam “numa zona cinzenta”, enquanto o advogado de um outro executivo da Suncity, Jeffrey Si Tou Chi Hou, alegou não ter existido o crime de exploração ilícita de jogo.

David Azevedo Gomes lembrou que as apostas electrónicas ou por telefone eram legais nas Filipinas até 2019 e defendeu que a lei de Macau é “omissa” quanto ao jogo ‘online’. O advogado questionou ainda a acusação de sociedade secreta, um crime criado em 1997, “num tempo particular”, de guerra armada entre tríades chinesas pelo controlo dos casinos que marcou os últimos anos da administração portuguesa de Macau. “Não se aplica a empresas”, disse Azevedo Gomes.

A detenção do empresário e a saída da Suncity do negócio das salas VIP atingiram de forma muito significativa a indústria do jogo de Macau. O número de licenças de promotores de jogo em Macau emitidas para este ano pela Direcção de Inspeção e Coordenação de Jogos caiu de 85 para 46.

As receitas do jogo VIP nos casinos de Macau fixaram-se em 7,98 mil milhões de patacas nos primeiros nove meses de 2022, menos 66,2 por cento do que no mesmo período de 2021.

30 Nov 2022

Covid-19 | Teste obrigatório para entrar em serviços públicos

A descoberta de quatro casos de covid-19 na segunda-feira levou vários serviços públicos a exigirem resultados de testes à covid-19 para entrar nas instalações. O Comissariado contra a Corrupção é um dos casos, que até ao dia 3 de Dezembro exige a “exibição do resultado negativo do teste rápido de antigénio realizado no mesmo dia ou do teste de ácido nucleico cuja validade permanece durante as 24 horas após o dia de amostragem”.

Também até 3 de Dezembro, quem precisar de se deslocar a tribunais das várias instâncias terá a mesma exigência à entrada.

Para entrar em lares de idosos e de reabilitação, é também necessário apresentar resultado de teste (ácido nucleico ou antigénio) com validade inferior a 24 horas, medida que abrange visitantes, trabalhadores e outras pessoas.

Em relação aos utentes que tenham estado fora de lares, mas que tenham regressado no mesmo dia, ficam obrigados a fazer testes rápidos de antigénio por cinco dias consecutivos a partir do dia seguinte ao do regresso. Os utentes que ficaram mais de um dia no exterior, além dos cinco testes rápidos em dias seguidos, têm de apresentar resultado negativo do teste de ácido nucleico realizado no prazo de 24 horas após a data de amostragem.

30 Nov 2022

Chan Chak Mo defende Festival da Gastronomia

Chan Chak Mo, presidente da Comissão Organizadora do Festival Internacional de Gastronomia, defendeu ontem as medidas pandémicas exercidas no evento. Foi desta forma que o também deputado reagiu às notícias de que o festival tinha sido visitado no sábado à noite por um estudante de 14 anos, um dos últimos casos de covid-19 confirmados na comunidade.

Segundo Chan, todas os presentes nas 140 bancas com comida estão obrigados a fazer um teste de ácido nucleico a cada 24 horas e os visitantes só podem estar sem máscaras nas zonas delimitadas para consumo das refeições.
Além disso, o organizador destacou que em todas as entradas do festival há seguranças que obrigam os visitantes a apresentar o código de saúde.

Afastado, para já, está o cenário de serem impostas restrições mais exigentes. Segundo o deputado, que falou ontem na Assembleia Legislativa, os organizadores vão seguir as orientações do Governo. No entanto, e por agora, não se antevê que as medidas de admissão possam ser mais apertadas.

Quanto ao número de visitantes, Chan Chak Mo afirmou que tem estado abaixo do esperado, o que explicou com a chuva dos últimos dias. Ao mesmo tempo, admitiu que este caso de covid-19 é um factor que afasta as pessoas do festival.

30 Nov 2022

Jogo | JP Morgan acredita que investidores podem regressar

Depois de um ano em que os investidores evitaram as acções das operadoras do jogo, a JP Morgan acredita que com menos restrições o cenário pode ser muito diferente no próximo ano

 

A JP Morgan acredita que em 2023 os investidores que ao longo deste ano “fugiram” das acções das operadoras do jogo podem regressar. A ideia é sustentada no mais recente relatório sobre a indústria do jogo do banco de investimento, citado pelo portal GGR Asia.

No documento, os analistas Joseph Greff, Omer Sander, Daniel Adam, e Ryan Lambert reconhecem que “até muito recentemente” as acções das operadoras tinham sido “abandonadas pelos investidores” e que em comparação com os títulos das outras operadoras de jogo e hotelaria o desempenho ficou muito abaixo da média.

Segundo o relatório, a falta de interesse tem sido motivada “pelas limitações extremas de circulação para Macau”, que são uma consequência da “política de zero casos de covid-19 da China”. Também até recentemente “os investidores estavam preocupados com os riscos associados à renovação das licenças de jogo”, incluindo a possibilidade de avultados “investimentos não económicos obrigatórios” ligados às concessões de 10 anos.

No entanto, com a revelação de atribuição das concessões provisórias para as seis operadoras já presentes em Macau, a JP Morgan acredita que “o sentimento de pessimismo extremo” desapareceu. A conclusão é sustentada com a valorização na segunda-feira das acções das operadoras, apesar de ainda não ser público o valor que cada uma das concessionárias aceitou investir nos próximos 10 anos no território

Bem prega Frei Tomás

Por outro lado, embora os analistas admitam conhecimentos limitados da política do Interior, acreditam que com base nas acções do Governo Central se está a caminhar no sentido de uma maior abertura. “Concordamos com a ideia de que se deve seguir mais as acções da China, como por exemplo o levantamento de algumas restrições, do que o discurso da China (a manutenção da política de zero de casos covid-19)”, indicam.

Ao mesmo tempo, o banco de investimento acredita que a “procura” pelo jogo em Macau “continua forte”, desde que haja condições para viajar para o território sem restrições.

Actualmente, as receitas brutas do jogo estão em valores de 10 a 15 por cento dos níveis pré-pandemia. Porém, para a JP Morgan este número mostra uma melhoria “muito gradual”, porque há uns meses as receitas não iam além de 5 a 10 por cento dos níveis pré-pandémicos.

“Pensamos que ainda há mais espaço para recuperar em 2023, particularmente no que diz respeito às receitas brutas do jogo de massas. Consideramos que as receitas de jogo podem aproximar-se de 60 por cento dos níveis de 2019, e melhorar em 2024, para cerca de 90 por cento dos níveis de 2019”, consta no relatório. “E gostávamos de pensar que estas nossas estimativas são conservadoras”, foi acrescentado.

30 Nov 2022

Crime | Abusos sexuais aumentam e suicídios batem recordes

Apesar de nos primeiros nove meses do ano o registo de crimes ter diminuído significativamente, em especial os crimes violentos, o abuso sexual de menores subiu mais de 50 por cento em relação a 2021. Os números de suicídios e tentativas dispararam para quase o dobro em relação aos anos antes da pandemia

 

O gabinete do Secretário para a Segurança revelou ontem as estatísticas da criminalidade relativas aos primeiros nove meses do ano. Em termos globais, o cenário da criminalidade em Macau no período em análise acompanhou a paralisia em que a sociedade foi votada devido à pandemia e às restrições fronteiriças.

Entre Janeiro e o fim de Setembro deste ano, as autoridades policiais instauraram 7.329 inquéritos criminais, menos 16,7 por cento do que no período homólogo de 2021. Se tivermos em conta a criminalidade violenta, os primeiros nove meses do ano registaram 114 casos, o que representou uma descida de 43,6 por cento em relação ao mesmo período de 2021.

Porém, uma das excepções continua a ser o crime de abuso sexual de menores, que durante o período em análise subiu 53,3 por cento, com um total de 23 casos registados.

“As situações em que as vítimas conhecem os ofensores através de aplicações de chat têm aumentado”, indicou o gabinete de Wong Sio Chak, acrescentando a inocência e baixa idade das vítimas, assim como as “tácticas enganosas e ameaças dos ofensores”, fazem com que as crianças não procurem ajuda imediatamente.

Importa referir que numa perspectiva evolutiva, ao longo do ano, desde o primeiro trimestre de 2022 o ritmo do aumento de casos de abuso sexual de crianças tem diminuído, depois de subidas de 80 por cento no primeiro trimestre e 70 por cento na primeira metade do ano.

Vidas por um fio

Um dos mais visíveis e trágicos males sociais que afecta Macau hoje em dia é o fenómeno do suicídio, que tem batido todos os recordes. Nos primeiros nove meses deste ano, 65 pessoas suicidaram-se em Macau, número que contrasta com as 38 que tomaram a sua própria vida no mesmo período de 2021, representando um aumento de 71 por cento.

Também as tentativas de suicídio dispararam ao longo do ano, com 183 casos, face às 139 tentativas registadas nos primeiros noves meses de 2021, uma subida de 31,6 por cento. Se fizermos a conta às tentativas de suicídio verificadas antes da pandemia, o contraste é ainda maior. Face aos três primeiros trimestres de 2019, o número de pessoas que se tentou suicidar este ano aumentou 92,6 por cento, em comparação com 2017 a subida verificada este ano é de 144 por cento.

Ao sabor da pandemia

As restrições fronteiriças que dificultam a circulação de pessoas e entrada de visitantes em Macau continuam a ter um impacto profundo na criminalidade. Por exemplo, o tráfico e venda de drogas diminuiu 40,6 por cento entre os primeiros nove meses deste ano e o mesmo período de 2021, de 64 casos para 38. Também o crime de consumo caiu 30 por cento, em termos anuais. Neste aspecto, Wong Sio Chak aponta que “as encomendas postais continuam a ser uma das principais formas adoptadas na prática destes crimes pelos grupos de tráfico de drogas transfronteiriços”.

A usura, outro delito típico das periferias da indústria do jogo, registou uma quebra de 46,7 por cento face a 2021, totalizando 32 casos nos primeiros nove meses deste ano.

Também a subida de alguns tipos de crimes vinca a situação económica vivida em Macau. Nesse capítulo, a subida de quase um quinto dos crimes de cheque sem provimento é um indicativo, assim como o aumento de burlas a pretexto de apoio na procura de emprego e pedido de documentação, que totalizou 39 casos entre Janeiro e Setembro deste ano.

Violência e tecnologia

Se a tendência evolutiva dos crimes violentos foi decrescente, as burlas informáticas, telefónicas e pela Internet foram no caminho oposto.

No primeiro caso, destaque para os crimes de sequestro, que desceu 83,9 por cento nos primeiros nove meses do ano. Os roubos também registaram uma quebra abrupta com menos 72,7 por cento face aos três primeiros trimestres do ano passado. Também as violações acompanharam a descida generalizada dos crimes violentos, com uma quebra de 36 por cento, para um total de 16 casos.

As ofensas graves à integridade física e os homicídios registaram ambos um caso nos primeiros nove meses de 2022, representando quebras de 75 e 66,7 por cento, respectivamente. No capítulo das subidas, as burlas são uma categoria de delito incontornável. As burlas telefónicas registaram no período em análise uma subida de 70 por cento entre 2022 e o ano passado, para um total de 85 casos registados pelas autoridades policiais. Nesta categoria, destaque para os crimes em que os burlões se fizeram passar por funcionários de órgãos do Governo, que cresceram 318 por cento.

As burlas informáticas através da Internet também voltaram a aumentar (22,5 por cento), com particular incidência da chamada “armadilha de serviços pornográficos”, que quadruplicaram entre os primeiros nove meses deste ano e o período homólogo de 2021.

No que toca à imigração ilegal, entre Janeiro e Setembro, entraram em Macau 151 imigrantes em situação ilegal, “representando uma descida de 116 indivíduos e 43,4 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado”. Dos 151 imigrantes ilegais, 138 eram provenientes do Interior da China e os restantes 13 de outros países, é acrescentado pelas autoridades.

30 Nov 2022

Concessões | Resultados do concurso vistos como naturais

Zeng Zhonglu, académico da Universidade Politécnica de Macau, considerou que os resultados do concurso público da atribuição das concessões do jogo foram os esperados. Segundo as declarações prestadas pelo académico ao Jornal do Cidadão, o estabelecimento das operadoras ao longo de 20 anos fez com que se encontrem numa posição de vantagem, com a entrada de novos operadores no mercado a revelar-se muito difícil.

De acordo com o académico, tanto a nível do investimento realizado, dimensão das operações e rede de profissionais no terreno, todas as operadoras estavam em vantagem face à GMM, pelo foi normal não haver surpresas.

Quanto ao desenvolvimento de mais elementos não-jogo, Zeng Zhonglu mostrou confiança nas operadoras, por acreditar que estas vão beneficiar com a nova estratégia, uma vez que percebem que o território não pode estar tão dependente da indústria do jogo.

Zeng destacou também que ao longo dos anos as operadoras de Macau têm investido em elementos não jogo e que a aposta não é nova. No entanto, para o académico, como se atravessou uma década dourada no jogo, com receitas em níveis que dificilmente se vão repetir no futuro, a aposta passou despercebida.

O futuro para o académico promete ser diferente, com a intensificação da diversificação, porque vai haver maior pressão do Governo e da sociedade que tem agora outra noção sobre as consequências de estar demasiado dependente de uma única indústria.

29 Nov 2022

Jogo | Acções das operadoras valorizam face às novas concessões

Contrariando a tendência do mercado em Hong Kong, afectado pelas manifestações contra as medidas de covid-19 no Interior, as acções das concessionárias registaram ganhos. A Wynn Macau foi a que mais subiu

 

Após o anúncio dos resultados do concurso público de atribuição das novas concessões do jogo, as acções das operadoras apresentaram ganhos, na Bolsa de Hong Kong. Os títulos das operadoras norte-americanas foram aqueles que mais valorizaram, numa sessão marcada por perdas, motivadas pelas manifestações contra as medidas de controlo da covid-19 no Interior e o impacto dos surtos mais recentes.

No dia em que também se anunciou um aumento de capital, a Wynn Macau foi a operadora que mais valorizou com ganhos de 14,91 por cento para 5,01 dólares de Hong Kong por acção. No segundo lugar, surgiu a MGM China, com as acções a subirem 13,06 por cento, e a cifrarem-se em 4,76 dólares de Hong Kong.

No terceiro lugar dos ganhos situou-se a Melco International, a subir 7,77 por cento (5,41 dólares), seguida pela Sands China (crescimento de 8,88 por cento para 18,88 dólares de Hong Kong) e SJM (crescimento de 7,28 por cento para 3,39 dólares de Hong Kong).

A única empresa que não valorizou ao longo do dia foi a Galaxy, mas também não perdeu valor. As acções fecharam o dia como abriram, com o preço a cifrar-se em 42,85 dólares de Hong Kong por acção, o valor mais alto de todas as operadoras.

Em termos gerais, índice Hang Seng registou uma quebra de 1,57 por cento, chegou a cair 3 por cento durante a manhã, devido às manifestações no Interior e ao impacto dos novos surtos para a economia.

Aumento de capital

No domingo, a operadora de jogo Wynn Macau anunciou um aumento de capital de quase 4,8 mil milhões de patacas para cumprir as regras impostas às novas licenças de jogo na RAEM.

A injecção será feita na Wynn Resorts (Macau) SA, subsidiária à qual o Governo atribuiu no sábado uma licença provisória para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casino, válida por 10 anos. A Wynn confirmou, ainda que o aumento de capital será feito “de forma a poder assinar um contrato para uma nova concessão de jogo” em Macau.

A nova lei do jogo, aprovada em Junho, sobe de 200 milhões de patacas para 5 mil milhões o capital social mínimo exigido às operadoras de casinos. Após a injecção, a participação da directora executiva da Wynn Macau, Linda Chen, irá aumentar de 10 por cento para 15 por cento. A nova lei do jogo requer que pelo menos 15 por cento do capital das operadoras de jogo esteja nas mãos de um residente permanente do território.

Também no domingo, a Sands China disse à bolsa de Hong Kong que teria de “cumprir certos requerimentos no que toca ao capital e participação social” para obter a licença de forma definitiva. Outras operadoras, incluindo a Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada pelo falecido magnata do jogo Stanley Ho, e a MGM China Holdings, já tinham aumentado o capital para cumprir as novas regras.

29 Nov 2022

Covid-19 | Maratona “internacional” sem atletas estrangeiros

Enquanto um dos territórios com restrições pandémicas mais rigorosas no mundo, é cada vez mais difícil convencer atletas estrangeiros a participar em provas desportivas em Macau. Ontem foi confirmado que a maratona não vai contar com atletas internacionais, pelo terceiro ano seguido

 

A Maratona Internacional de Macau, que se realiza no domingo, não vai ter atletas vindos do estrangeiro, pelo terceiro ano consecutivo, admitiu ontem o Instituto do Desporto. Esta é uma realidade que se repete, apesar de a prova continuar a ser denominada como “internacional”.

À agência Lusa, uma porta-voz do Instituto confirmou que a 41.ª edição da prova não vai ter qualquer maratonista vindo de fora da China, contando apenas com atletas convidados do Interior. Em Setembro, o presidente do Instituto de Desporto, Pun Weng Kun, tinha dito que a prova iria aceitar a inscrição de atletas vindos do estrangeiro, pela primeira vez desde 2019, desde que cumprissem quarentena e as restantes medidas de combate à covid-19.

Quem chega do estrangeiro, Taiwan ou Hong Kong continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de cinco dias num hotel, seguida de três dias em casa. Durante a apresentação da prova, Pun disse esperar que “haja atletas estrangeiros interessados” em marcar presença, mas admitiu que a organização iria concentrar-se, tal como nas duas edições anteriores, em convidar os principais maratonistas da China continental.

A realidade vem agora mostrar que não houve atletas internacionais interessados em cumprir a quarentena “vendida” como se fosse de cinco dias, mas que na realidade, para quem vem do estrangeiro e não tem local onde ficar, é de oito dias num quarto de hotel. As únicas saídas permitidas nos últimos três dias são para que as pessoas se desloquem aos postos de testagem.

Vagas esgotadas

Apesar de não haver atletas do vindos do estrangeiro, as 12 mil vagas da prova, 1.400 na maratona, 4.800 na meia maratona e 5.800 na minimaratona, foram todas esgotadas.

Tal como em 2021, a participação exige um teste negativo e que os atletas sejam inoculados com pelo menos duas doses da vacina contra a covid-19, nos 14 dias antes da prova. Dados oficiais do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus dos Serviços de Saúde de Macau indicam que 91,7 por cento da população já recebeu pelo menos duas doses da vacina.

O território enfrentou em Junho e em Julho o pior surto de covid-19, que levou à imposição de um confinamento parcial. Desde o início da pandemia, registou seis mortos e mais de 2.700 casos da doença, incluindo assintomáticos.

29 Nov 2022

Assistente social considera insuficiente extensão do subsídio de cuidadores

O director da organização Macau Special Olympics, Hetzer Siu Yu Hong, disse à Lusa que o alargamento da nova fase do projecto-piloto para cuidadores de pessoas com deficiência, até Novembro de 2023, “é uma boa notícia e significa que o Governo está a prestar mais atenção aos cuidadores”. Todavia, Hetzer Siu, assistente social, avisou que “o dinheiro não chega para resolver todos os problemas”.

O director da Macau Special Olympics sublinhou que o subsídio deve ser “apenas um dos métodos de um sistema para ajudar os cuidadores” e defendeu a necessidade de “uma nova política” que ofereça outros serviços, incluindo apoio psicológico.

Siu, assistente social há 23 anos, deu como exemplo pais com “problemas mentais”, resultantes da “vergonha ou culpa” que sentem por terem filhos com deficiência. O director da Macau Special Olympics defendeu igualmente a necessidade de apostar na educação para prevenir a discriminação que as pessoas com deficiência ainda enfrentam no território.

A organização, com 35 anos de história, começou por promover o acesso de pessoas com deficiência intelectual à prática desportiva e actualmente aposta na educação e na formação de deficientes para acesso ao mercado de trabalho.

Prolongamento do prazo

A reacção de Hetzer Siu surge depois de o Governo ter anunciado que vai alargar aos cuidadores de pessoas com deficiência motora um subsídio mensal.

Os cuidadores de pessoas com deficiência motora “de grau grave ou profundo” podem assim candidatar-se a partir de quinta-feira ao subsídio, no valor de 2.175 patacas, de acordo com um despacho assinado pela Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, divulgado no Boletim Oficial.

O programa, originalmente lançado no final de 2020, já abrangia pessoas acamadas de forma permanente que não consigam realizar acções sem assistência, pessoas com deficiência intelectual grave ou profunda e pessoas com autismo de grau grave ou profundo.

Os requerentes do subsídio têm de ser residentes permanentes a viver ininterruptamente em Macau há pelo menos 18 meses, viver na mesma habitação e terem relações familiares ou “capacidade suficiente para prestar cuidados adequados” à pessoa em causa.

29 Nov 2022

SIDA | Projecto de sensibilização da ARTM ganha subsídio

O projecto “Cuidado com o amor – viver esperança” da Associação de Reabilitação de Toxicodependentes de Macau (ARTM) será subsidiado ao abrigo do programa de subsídios para a Educação sobre a SIDA “Acção dos Laços Vermelhos na Comunidade”, indicaram ontem os Serviços de Saúde. O programa tem como objectivo incentivar “as associações de Macau a planear e promover acções de divulgação e educação sobre a SIDA de forma a motivar a comunidade e aumentar os conhecimentos do público”.

Além da ARTM foram seleccionados outros seis projectos por uma comissão de avaliação composta pelos Serviços de Saúde, Instituto de Acção Social e Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude.

A curta-metragem da responsabilidade da Cruz Vermelha de Macau intitulada “Amor correcto” também foi distinguida, assim como o projecto “Young Minds Matter”, da Associação de Reabilitação de Toxicodependentes de Macau – Ka Ho Integrated Service Center, e a “série de actividades de promoção da ‘Acção dos Laços Vermelhos na Comunidade 2022 – Amar é bom, Amar é excelente’ da Associação de Juventude de Fu Lun de Macau.

O Governo irá também subsidiar o programa “Estratégias preventivas e conhecimentos sobre a SIDA” do Centro de Serviços Integrados Ngai Chun, o projecto “Transmissão de amor.Conhecer a viagem” da Escola Concórdia para Ensino Especial e o actividade “Corre pela sexta vez! Laços vermelhos!”, organizado pela Glory of Care da Associação de Estudantes do Instituto de Enfermagem Kiang Wu de Macau.

29 Nov 2022

Covid-19 | Macau regista quatro casos positivos, sela dois edifícios e fecha restaurantes

Macau registou ontem quatro novos casos de covid-19, relacionados com um taxista. O caso foi classificado como importado porque o homem transportou quatro turistas chineses e um deles terá tossido. Não foi revelado se o visitante testou positivo, mas Leong Iek Hou afirmou que basta o contacto com pessoas do exterior para ser importado

 

Aí vamos nós, outra vez. As autoridades de Macau confirmaram ontem a descoberta de mais quatro casos positivos de covid-19. A fonte de infecção terá sido um taxista, de 74 anos, que acusou ontem de manhã positivo no teste rápido antigénio.

Após o carregamento no código de saúde, o homem foi conduzido à Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde um teste de ácido nucleico confirmou o diagnóstico de covid-19, tendo o taxista revelado sentir ligeiras dores de garganta.

Segundo as autoridades de saúde, na madrugada de sexta-feira para sábado, o taxista transportou quatro visitantes do Interior da China e um deles terá tossido dentro do veículo, o que levou à classificação preliminar do caso como importado.

Apesar de as autoridades até ao fecho desta edição não terem apurado se o visitante testou positivo, ou se ainda se encontrava em Macau, a médica Leong Iek Hou indicou que basta a proximidade com uma pessoa de fora para classificar um caso como importado. “Ainda estamos à procura de mais pessoas que tenham contactado com o taxista. Mas, de acordo com os nossos padrões, como contactou com alguém de fora considerámos um caso conexo”, afirmou a responsável face uma pergunta sobre o paradeiro e estado de saúde dos quatro turistas transportados.

Depois da confirmação da infecção, o taxista foi encaminhado ao Centro Clínico de Saúde Pública para isolamento e tratamento e o prédio onde mora foi isolado e declarado zona de código vermelho (edifício Kuan Wai, na Rua do Almirante Costa Cabral n.º 103).

Tudo em família

Em resultado da infeção detectada, foram encerrados dois restaurantes, um na rotunda da Estrada do Repouso e outro perto da Rua de Abreu Nunes. Além disso, as pessoas próximas do senhor de 74 anos foram testadas, o que levou à descoberta de mais três casos. Um deles diz respeito ao neto do taxista, uma criança de 14 anos, que estuda na Escola Secundário Pui Ching de Macau. Os outros dois casos, são referentaes a um casal de reformados da família do taxista que, à semelhança do jovem, testaram ontem positivo à covid-19.

O casal de aposentados, com idades compreendidas entre 47 e 60 anos, mora no edifício Green Field, no nº 29 da rua de Afonso de Albuquerque, que também foi selado e declarado zona vermelha.

Aula pesada

Para já, além dos moradores dos prédios selados, as pessoas sujeitas a maior controlo são os alunos e docentes da turma de 9.º ano onde estuda o neto do taxista. Os colegas de turma e docentes foram transportados para o pavilhão C do Dome, onde vão permanecer e fazer uma bateria de quatro testes de ácido nucleico ao longo de cinco dias consecutivos, que terminam no sábado, sendo que o seu código de saúde será convertido em cor amarela.

Quanto aos restantes alunos da escola, serão sujeitos a três testes durante os mesmos cinco dias, mas o código de saúde irá permanecer verde. As aulas vão continuar na Escola Secundária Pui Ching, com todos os alunos, docentes e funcionários a ter de usar máscara KN95 e todas as actividades que só podem ser efectuadas sem máscara foram canceladas. Ontem, ao final da tarde, todos os colegas de turma do rapaz testaram negativo no teste rápido de antigénio.

Agenda cheia

No passado domingo, o estudante infectado visitou o Festival de Gastronomia de Macau, local onde se concentram grandes aglomerados de pessoas. Confessando o receio das autoridades de este pequeno surto familiar tenha origem num caso oculto na comunidade, Leong Iek Hou afirmou que o risco de contágio na comunidade é controlável.

Com o mês de Dezembro a aproximar-se, assim como muitos eventos de grande envergadura no calendário cultural da cidade, a médica do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis afastou a possibilidade de cancelamentos. “Queremos prevenir a epidemia convenientemente, mas também garantir a vida normal da população. Se formos cuidadosos, não me parece que as actividades agendadas para Dezembro sejam afectadas”, afirmou Leong Iek Hou.

29 Nov 2022

Covid-19 | Residente do Interior diagnosticado no sábado

O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus revelou no sábado ter detectado mais um caso positivo de covid-19 referente a um homem de 48 anos, residente do Interior da China, que estava sob controlo das autoridades de saúde. O indivíduo estava em quarentena desde a passada terça-feira por ter sido considerado “pessoa de contacto próximo não nuclear” do trabalhador de limpezas em obras remodelação que acusou positivo na passada segunda-feira.

O homem diagnosticado no sábado viajou no mesmo autocarro que o morador de Zhuhai no dia em que foi em que este foi dado como caso positivo.

O indivíduo com o mais recente diagnóstico positivo de covid-19 apresenta sintomas como tonturas e febre e foi encaminhado para o tratamento médico em isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane.

Na sexta-feira, foi também detectado um caso positivo de covid-19 referente a um turista do Interior da China, com 33 anos de idade. À semelhança do que acontecera no passado, quem teve itinerários semelhantes ao indivíduo terá de fazer três testes de ácido nucleico em três dias consecutivos.

O homem passou apenas um dia em Macau, até que as autoridades de Zhuhai notificaram as suas congéneres de Macau de um conjunto de amostras mistas com resultado positivo recolhidas no aeroporto da cidade vizinha.

No sábado, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, afastou a possibilidade de selar o Casino StarWorld de Macau, onde os turistas em questão fizeram check-in e onde não permaneceram mais de uma hora. “Tendo em conta aos respectivos itinerários, não há necessidade de controlar o hotel onde este ficou hospedado”, afirmou a governante, acrescentando que “o referido caso importado de infecção assintomática, chegou a um hotel de Macau à noite e que a situação foi controlada de imediato pelos Serviços de Saúde antes de este pernoitar”. A secretária sublinhou ainda “que o risco de pandemia em Macau é relativamente baixo”.

28 Nov 2022

Migrantes ‘presos’ em Macau vivem problemas mentais, familiares e financeiros

Uma activista afirmou que dezenas de milhares de migrantes estão em Macau há mais de três anos sem possibilidade de visitar o país de origem, devido à pandemia, o que tem aumentado os problemas mentais e os conflitos familiares.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Migrantes Indonésios vai participar na quinta assembleia-geral da Aliança Internacional de Migrantes, na capital da Tailândia, Banguecoque, e depois irá visitar a família.

Tal como a esmagadora maioria dos mais de 45 mil trabalhadores estrangeiros, Yosa Wari Yanti não saiu de Macau desde antes do início da pandemia de covid-19. “A última vez que estive na Indonésia foi em Julho de 2019”, disse à Lusa.

“Primeiro, se fossemos não poderíamos regressar [a Macau]. Depois, podíamos voltar, mas a quarentena era muito longa, 21 dias, e muito cara”, sublinhou Yosa.

Com a quarentena obrigatória reduzida, desde 12 de Novembro, para cinco dias num hotel e três dias em casa, “há muita gente a querer ir a casa”, confirmou a dirigente. “Todos temos saudades e todos temos problemas”, acrescentou.

Yosa tem dois filhos, de 18 e 21 anos, e a relação, já complicada antes da pandemia, piorou em 2021, quando ela não pôde cumprir a promessa de estar presente da cerimónia de graduação do filho mais novo. A dirigente espera que a visita à Indonésia ajude a sarar as feridas. “Se eles me perdoarem, porque eu também passei por momentos difíceis”, acrescentou.

Tempos árduos

No primeiro ano da pandemia de covid-19, houve um grande aumento nas doenças mentais dentro da comunidade, confirmou Yosa. Em 2021, com a crise económica a agravar-se em Macau, surgiram os problemas financeiros que, aliados à distância e à incerteza sobre um eventual regresso a casa, levaram à separação ou divórcio de muitos casais, disse a activista. “Alguns [familiares] não entendem que, quando a situação está difícil aqui, nós não recebemos o salário e não podemos mandar dinheiro para casa”, lamentou a indonésia. “Nós dizemos que somos um multibanco”, acrescentou, com um sorriso amargo.

Durante o confinamento parcial, imposto em Julho, as autoridades indicaram que os empregadores não tinham de remunerar os trabalhadores, obrigados a permanecer em casa. Na altura associações disseram à Lusa que havia trabalhadores imigrantes com graves carências de bens de primeira necessidade e que estavam a sobreviver apenas da doação de alimentos.

“Na nossa cultura, não queremos ser um peso para a nossa família. Mesmo que estejamos doentes, desempregados, dizemos sempre que estamos bem. E enviamos sempre dinheiro e alguns até pedem emprestado a agiotas”, revelou Yosa.

28 Nov 2022