João Luz Manchete SociedadeInfectados podem fazer isolamento em casa a partir de quarta-feira Foram concretizadas algumas das medidas que vão aliviar o combate à pandemia. A partir de quarta-feira, pessoas infectadas podem fazer isolamento em casa, a apresentação do código de saúde deixa de ser obrigatória para entrar em transportes, parques e mercados. O código de local vai deixar de ser tido em conta Depois de um Verão marcado por confinamentos “parciais”, partilhas de percursos de infectados e criminalização de vários aspectos da vida quotidiana, as autoridades de saúde renderam-se à inevitável realidade de “convívio” com a covid-19. No sábado, o director dos Serviços de Saúde (SSM), Alvis Lo, afirmou que nos próximos tempos é expectável que o número de infecções aumente, mas apelou à população para que não entre em pânico com a subida dos casos positivos. A partir de quarta-feira, Macau irá entrar naquilo que as autoridades descrevem como a segunda fase da transição da prevenção da pandemia, um trajecto rumo à normalização da sociedade. Numa fase posterior, o Governo prevê a passagem a um período de disseminação do novo tipo de coronavírus entre a população. Neste sentido, Alvis Lo argumentou no sábado que a comunidade científica indica que as consequências para a saúde resultantes da infecção com a variante ómicron não são gravosas. Uma das medidas que entrará em vigor na quarta-feira, é a possibilidade de as pessoas infectadas cumprirem isolamento domiciliário, sendo que a triagem será feita através de uma plataforma electrónica e de um formulário em que a pessoa irá fazer uma autoavaliação do seu estado de saúde. Cores decisivas O isolamento será de, pelo menos, cinco dias a partir do resultado positivo. Após este período, e com dois testes negativos o código de saúde voltará a apresentar cor verde. Após a autoavaliação submetida na plataforma electrónica por quem testou positivo, será atribuída uma de quatro cores possíveis de acordo com a severidade da infecção. Quem obtiver cor verde, pode fazer quarentena de cinco dias em casa, carregando diariamente resultados de testes rápidos antigénios no código de saúde. Esta classificação será para casos assintomáticos. Quem tiver cor amarela, deve dirigir-se a uma das clínicas comunitárias montadas no território para apurar um diagnóstico. Se a cor for laranja, a pessoa terá de submeter-se a tratamento no centro comunitário instalado no Dome. A cor vermelha será sinónimo de internamento hospitalar. Para a atribuição da cor e do tratamento a aplicar serão tidos em conta factores como a idade, estado de saúde, se a pessoa é portadora de alguma doença crónica, vacinação e sintomas. Novo código Também o código de saúde passará a uma nova fase. Em primeiro lugar, Alvis Lo revelou que a leitura do código de local será algo que vai deixar de ser tido em conta, porque as autoridades já não fazem “rastreios detalhados” de percursos de infectados e contactos próximos. Por outro lado, a partir de hoje, deixa de ser exigida a apresentação do código de saúde em transportes públicos, parques e mercados, mantendo a obrigatoriedade para entrar em serviços públicos, instituições de saúde, instituições de serviços sociais e escolas do ensino não superior, incluindo creches. Em relação aos espaços privados, o Governo deixa à consideração dos proprietários a decisão de exigirem ou não a apresentação de código de saúde à entrada das instalações. Além disso, é também deixada à consideração dos privados admitir a entrada de pessoas com código amarelo ou vermelho nas suas instalações. Noutro domínio, destaque também para a necessidade de todos os alunos e professores do ensino não superior terem de fazer um teste rápido antigénio semanalmente, a partir de hoje. Resistência idosa Um dos pressupostos da abertura de Macau em contexto pandémico sempre foi a vacinação, em particular dos grupos mais vulneráveis. Foi com esse intuito que o Governo contactou “4.896 pessoas idosas com idade superior a 80 anos que ainda não tinham tomado vacinação contra a covid-19” para os convencer a tomar a vacina. Deste universo, apenas 638 aceitaram ser inoculados, pouco mais de 13 por cento, enquanto os restantes recusaram a proposta, alegando “motivos pessoais”. Ainda assim, as autoridades apontaram que “até ao momento, o trabalho de ligações telefónicas foi concluído com sucesso”. Para já, as autoridades não arriscam uma previsão para quando será atingindo o pico de infecções no território, mas Alvis Lo afirmou que a normalização só será atingida num momento de descida do número de infecções e a partir de certo nível de imunidade de grupo. No meio da transição para a normalidade, será equacionado o retorno da abertura fronteiriça com Hong Kong, se Macau registar “um número controlável de infectados, ou seja, se não afectar o funcionamento dos serviços médicos”. Infecções | Registados 106 novos casos no sábado As autoridades de saúde anunciaram ontem a descoberta no sábado de 106 novos casos positivos de covid-19, 99 deles encontrados na comunidade. Desde o passado dia 28 de Novembro, até sábado, foram contabilizados 337 casos positivos de covid-19. Em relação aos casos anunciados ontem, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus afirmou que dizem respeito a 54 mulheres e 52 homens, com idades entre os 6 e 79 anos. Dos 106 casos, 44 revelaram sintomas, enquanto os restantes 62 foram classificados com assintomáticos. Entre os casos positivos, sete foram descobertos em hotéis de observação médica a hospitais, 30 foram detectados através de testes rápidos antigénio e 54 descobertos em testes de ácido nucleico. Consultas externas | Abrem hoje três postos comunitários Entram hoje em funcionamento, a título experimental, três postos de consulta externa comunitária para quem testou positivo à covid-19 e ficou com cor amarela, ou seja, sem necessidade de acompanhamento médico permanente, mas que precise de uma consulta. Estes postos vão estar abertos entre as 10h e as 19h. Além disso, foram criados oito pontos de ligação, destinados aos residentes com resultado positivo e sem condições para se dirigirem ao Centro de Tratamento Comunitário no Dome (Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau). Por outro lado, também a partir de hoje, para entrar em creches, centros de cuidados especiais diurnos para idosos e lares de pessoas deficientes é necessário apresentar resultado negativo no teste rápido de antigénio realizado dentro do período de duas horas. No mesmo dia, se for registado um caso positivo ou um utente positivo, os trabalhos serão suspensos por cinco dias. Para quem tem necessidades especiais, devem ser adoptadas medidas mais favoráveis, indicou no sábado o director do Instituto de Acção Social Hon Wai.
Hoje Macau Manchete SociedadeJustiça | Ho Iat Seng não autorizou testemunhos de Chui e Rosário Ho Iat Seng não autorizou o seu antecessor, Chui Sai On, a comparecer em tribunal para testemunhar no caso que está a julgar os ex-directores das Obras Públicas Jaime Carion e Li Canfeng. O Chefe do Executivo impediu também os testemunhos dos secretários Raimundo do Rosário e do seu antecessor Lao Si Io Depois de ter sido mencionado em tribunal pelos arguidos Li Canfeng, Sio Tak Hong e William Kuan, o antigo Chefe do Executivo, Chui Sai On, não foi autorizado a testemunhar perante o colectivo do juízo criminal do Tribunal Judicial de Base que está a julgar os ex-directores da Obras Públicas Li Canfeng, Jaime Carion, e os empresários Sio Tak Hong, William Kuan e Ng Lap Seng. De acordo com o Canal Macau da TDM, Chui Sai On foi chamado a depor, mas o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, não autorizou o depoimento do seu antecessor. Também o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, e o seu antecessor Lao Si Io foram chamados a testemunhar em tribunal, mas Ho Iat Seng rejeitou igualmente os pedidos. Esta prerrogativa que compete legalmente ao Chefe do Executivo incide sobre ex-titulares de altos cargos públicos, depois da cessação de funções, e diz respeito ao seu dever de sigilo em matérias de governação. Os requerentes que tentaram arrolar como testemunhas Chui Sain On, Lao Sio Io e Raimundo do Rosário podem ainda contestar a decisão do Chefe do Executivo. Segundo depoimentos de arguidos em tribunal, os dois secretários para os Transportes e Obras Públicas terão alegadamente marcado presença nas reuniões onde Chui Sai On terá dado luz verde ao polémico projecto de construção no Alto de Coloane, um dos alvos da acusação. Outras perspectivas Na última sessão de julgamento, o colectivo de juízes ouvi o empresário Ng Lap Seng que o Ministério Público (MP) acusa de quatro crimes de lavagem de dinheiro e dos crimes de associação secreta e associação criminosa. Recorde-se que o empresário foi libertado de uma prisão norte-americana no ano passado, depois de ter cumprido dois anos e dez meses, de uma pena de quatro anos de prisão. O caso remonta a 2017, quando um tribunal de Nova Iorque declarou Ng Lap Seng culpado de corromper dirigentes das Nações Unidas (ONU) para garantir apoios para a construção de um centro de convenções do organismo internacional em Macau. No caso em que está a ser julgado na RAEM, o empresário negou alguma vez ter corrompido os antigos directores das Obras Públicas e, acompanhando o depoimento de Li Canfeng, justificou a entrega de um apartamento no Windsor Arch ao antigo-ex director, no valor de mais de 20 milhões de patacas, como pagamento por serviços de consultadoria para o referido projecto do centro de conferências da ONU. Perante as dúvidas manifestadas pelo MP sobre o valor da compensação para um projecto que nem chegou a sair do papel, Ng Lap Seng indicou que os trabalhos de preparação para o projecto exigiam muito esforço, de acordo com o Canal Macau da TDM. O empresário apontou ainda que o projecto era um desígnio do Governo Central para tornar Macau num centro internacional.
Hoje Macau SociedadeMIECF encerra com o “Dia Verde do Público”, dedicado à sustentabilidade Terminou ontem o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2022 (2022MIECF) com a celebração do “Dia Verde do Público” e o incentivo à população para adoptar um estilo de vida sustentável. O evento organizado pelo Governo da RAEM guardou para o fim o dia aberto ao público para “visitas gratuitas à Mostra Verde e para dar a conhecer aos visitantes as novidades e as tecnologias de protecção ambiental mais recentes”. No local, foram organizadas múltiplas actividades educativas sobre a protecção ambiental para sensibilizar os visitantes. Esta iniciativa já vem sendo uma tradição da MIECF, com a apresentação de workshops, “jogos no palco, postos para pedido dos Pontos “Verdes”, zona de exposição de produtos reciclados”, além de sorteios. A entidade organizadora espera que, através destas actividades educativas, o público promova o conceito de uma vida mais sustentável e de baixo carbono e incentive a população a adoptar activamente comportamentos ecológicos na sua vida quotidiana. Para incentivar a adesão dos residentes à mobilidade verde, no “Dia Verde do Público”, foram disponibilizados gratuitamente autocarros directos de quatro itinerários diferentes entre a Zona Central, a Zona Norte, a Taipa e o recinto do MIECF. Todos os autocarros utilizados nesta edição são eléctricos. No arranque No primeiro dia do evento, sexta-feira, realizou-se a Sessão 1 do Fórum Verde no âmbito do “Dia da Cooperação Empresarial Verde”, organizada, pela primeira vez, pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau em colaboração com a PricewaterhouseCoopers (PwC). Tendo como tema de fundo o “Desenvolvimento Colaborativo das Indústrias Ecológicas para Formação de um Ecossistema de Inovação Sustentável”, o evento contou com a participação, online e presencial, de mais de dez especialistas e académicos de organizações internacionais e de instituições de investigação de relevância nacional, líderes de sectores relacionados provenientes do Interior da China e de Macau para debater e trocar ideias. O fórum contou com mais de 150 participantes presenciais. Um dos participantes foi o director-geral adjunto do Departamento para Conservação e Aplicação Integrada de Energia junto do Ministério de Indústria e Tecnologia de Informação da República Popular da China, You Yong, que endereçou os problemas relacionados com recursos enquanto desafios comuns a toda a humanidade. Nesse sentido, o responsável aponta a necessidade de reforçar a capacidade de fornecimento de tecnologias, produtos e serviços verdes e de redução de emissão de carbono.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePortugal | ANIMA quer proibição de corridas de galgos Albano Martins, presidente honorário da ANIMA, está novamente na luta pela proibição das corridas de galgos em Portugal, juntamente com outras associações internacionais de defesa dos animais. A petição, dirigida às autoridades portuguesas, já conta com quase 40 mil assinaturas A ANIMA está de regresso à luta pelo fim das corridas de apostas com galgos, conhecidas por perpetuarem os maus-tratos e exaustão física aos animais. “Salve os galgos de Portugal” é o nome da petição promovida pela associação sediada em Macau, na figura de Albano Martins, presidente honorário da instituição, e por Stefania Traini, presidente e fundadora da associação italiana Pet Levrieri Onlus, bem como Christine A. Dorchak, presidente e conselheira-geral da GREY2K, nos EUA. A petição, que já conta com quase 40 mil assinaturas, é dirigida a Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, Assembleia da República e António Costa, primeiro-ministro português. “Em Portugal, e apesar do artigo 13 do Tratado de Lisboa, que declara que os animais não humanos são seres sensíveis, a indústria das corridas de cães foi autorizada a estabelecer-se. Há evidências claras de que a corrida é agora uma actividade sistemática com interesses económicos na sua essência”, lê-se na petição. O documento pede a implementação de “legislação específica” para parar “o comércio de cães inocentes”, proibindo totalmente as corridas. Actualmente, aponta a petição, os galgos são tratados “como coisas para apostas”, sendo “usados, abusados e depois descartados”. “Eles são rotineiramente importados, comprados e vendidos por milhares de euros cada. De facto, já existem mais de vinte canis portugueses de corrida. Nessas instalações, cães delicados são criados e treinados de maneira desumana, sendo-lhes negada assistência médica quando estão feridos e muitas vezes destruídos quando não são mais úteis”. Antes da pandemia, e após ter conseguido fechar as portas do Canídromo em Macau, em 2018, Albano Martins arregaçou as mangas e iniciou a sua luta pelo fim das corridas também em Portugal. O projecto voltou agora em força. Mais e mais problemas O texto da petição é claro: com mais corridas aumentaram os problemas relacionados com os maus-tratos dos animais, como é o caso de “um número maior de cães abandonados, o uso de métodos de treino forçados e cruéis e a disseminação de substâncias dopantes”. É preciso também contabilizar “custos sociais” envolvidos “em termos de corrupção moral e desperdício de dinheiro público”, uma vez que “o abandono de cães em condições físicas e psicológicas devastadoras é um problema que afecta toda a comunidade, assim como a disseminação de circuitos de apostas ilegais”.
João Luz Manchete SociedadeApoios | Quatro detidos por criarem 600 empresas falsas A Polícia Judiciária desmantelou uma rede familiar que abriu centenas de empresas com o intuito de receber subsídios do Governo destinados a apoiar negócios afectados pela pandemia. O esquema terá rendido cerca de três milhões de patacas. Desde 2021, o Governo já negou apoios a mais de 57 mil estabelecimentos comerciais A Polícia Judiciária anunciou na quarta-feira ter detido quatro pessoas que criaram mais de 600 empresas falsas, através das quais obtiveram ajudas governamentais no valor de cerca de três milhões de patacas Os quatro suspeitos, um casal de 60 anos, o filho e um amigo que trabalhava como vendedor de automóveis, criaram as empresas falsas entre Fevereiro de 2019 e Setembro de 2021, tendo obtido ajudas de 2,9 milhões de patacas, das quais chegaram a levantar 1,5 milhões de patacas, indicaram as autoridades. “Os suspeitos disseram que o objectivo das empresas falsas era solicitar matrículas de Hong Kong e Macau para revenda com fins lucrativos”, acrescentou o porta-voz da PJ. O caso foi entregue ao Ministério Público, com os detidos suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa e burla, que podem resultar em penas de prisão até 10 anos. O anúncio das detenções levou a Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) e reagir, afirmando ter prestado “atenção ao caso de violação da lei por suspeita de recepção indevida do apoio pecuniário” e apelado aos “beneficiários para não correrem o risco de violar a lei.” Além disso, a DSF indicou que irá acompanhar de perto o caso e colaborar estreitamente com Polícia Judiciária na investigação. Evitar o inevitável O apoio que esteve no epicentro do esquema desmontado pela PJ implica o “Plano de apoio pecuniário aos trabalhadores, aos profissionais liberais e aos operadores de estabelecimentos comerciais”, que já teve três rondas. Uma das críticas mais frequentes sobre este plano de apoio, prendeu-se com o tempo que as empresas demoravam a receber as verbas. Como tal, a DSF adoptou um mecanismo de selecção mais directo de atribuição dos apoios, o que obrigou as autoridades a apertarem a fiscalização. Segundo dados revelados pela DSF, entre 2021 e 2022, foram detectados quase 57 mil casos de estabelecimentos comerciais que não exerciam actividade de acordo com as definições estabelecidas no regulamento administrativo que estipula as regras de atribuição dos apoios. Em 2021, foram excluídos do plano de benefícios 24.125 empresas, número que aumentou em 2022 para 32.734. No total, ao longo dos dois anos, registaram-se mais de 140 casos de devolução de apoios e foram realizadas mais de 10 mil acções de inspecção in loco.
Hoje Macau Manchete SociedadeConsulado | Greve suspensa após reacção do Governo O Sindicato dos Trabalhadores Consulares, das Missões Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros decidiu suspender a greve geral que arrancou esta segunda-feira em todas as embaixadas e postos consulares portugueses no mundo. Segundo uma nota de imprensa, a suspensão deve-se ao facto de o Governo português “ter feito chegar ao sindicato elementos concretos e decisivos quanto à validação das propostas, assim como o calendário negocial e a publicação dos textos negociados e consensualizados”. Na visão do sindicato, “esta mobilização foi um elemento essencial para a tomada de consciência dos responsáveis políticos da urgência que a nossa situação reveste”. A greve foi, ainda que curta, “um marco na nossa história sindical, sendo importante que o diálogo tenha prevalecido quando estão em causa matérias tão flagrantes e chocantes”.
Nunu Wu SociedadeAutoridades executam decisão judicial e ordenam despejo do Convento da Ilha Verde Ontem de manhã, agentes judiciais, pessoal do Instituto para os Assuntos Municipais, da Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana e a Polícia de Segurança Pública deram ordem de despejo aos ocupantes do Convento da Ilha Verde. Cumprindo a ordem judicial que saiu do acórdão do tribunal que dirimiu o caso da Colina da Ilha Verde, o proprietário deu três dias para que os ocupantes abandonem o convento. A operação interdepartamental foi acompanhada pelo representante da empresa proprietário do terreno Jack Fu, da Companhia de Desenvolvimento Wui San. Em declaração aos jornalistas, Jack Fu apontou que os todos os processos judiciais sobre as disputas relacionadas com os terrenos terminaram e que a empresa que representa venceu todos. O responsável elogiou o Governo liderado por Ho Iat Seng, que indicou ter ajudado a resolver o problema e garantiu que o desenvolvimento projectado para o terreno irá corresponder ao planeamento urbanístico. A decisão judicial teve como efeito imediato a instalação de uma barreira na entrada da Colina da Ilha Verde e os seguranças da empresa passaram a fazer o registo de quem entra e sai da propriedade. Quem te avisa Ao lado da entrada, foi afixado um aviso que cita o acórdão do tribunal e alerta para a proibição de entrar no terreno sem autorização dos proprietários. “Desde o dia 6 de Dezembro, é necessária autorização da Companhia de Desenvolvimento Wui San para entrar neste terreno. Quem não o fizer pode incorrer no crime de usurpação de coisa imóvel, cuja pena máxima de prisão vai até dois anos,” pode ler-se no aviso. Este caso arrasta-se há anos. Em 2007, a Companhia de Desenvolvimento Wui San adquiriu a propriedade da Colina da Ilha Verde. Desde então, tem sido alvo de disputas e ocupações, em particular por parte de Wu Tak Nang, que terá ocupado o convento e arrendado quartos a trabalhadores não-residentes. O antigo convento jesuíta já foi intervencionado devido ao estado de degradação e abandono a que foi votado. Jack Fu adiantou ontem que, actualmente, cerca de 20 pessoas ainda vivem no convento e que existem ligações ilegais de cabos eléctricos, situação que o representante da empresa proprietária teme poder resultar num incêndio.
João Luz Manchete SociedadeJustiça | Governo e concessionárias pedem mais de 709 milhões a Levo Chan Os pedidos de indemnização das concessionárias de jogo e do Governo, devido a impostos que ficaram por pagar, no âmbito do processo Tak Chun ascendem a 709 milhões de dólares de Hong Kong, com as empresas a pedirem quase 135 milhões. O tribunal separou os pedidos cíveis do julgamento de Levo Chan e associados, devido ao carácter urgente do processo penal O Tribunal Judicial de Base (TJB) anunciou na segunda-feira à noite que irá separar os pedidos de indemnização civil do processo penal que está a julgar Levo Chan, fundador do grupo junket Tak Chun que está preso preventivamente desde fim de Janeiro, e oito outros arguidos. À semelhança do que aconteceu no julgamento de Alvin Chau no caso Suncity, o colectivo de juízes decidiu, “devido ao carácter urgente do respectivo processo penal”, não ter condições para apreciar, um a um, todos os pedidos de indemnização civil. Como tal, o “1.º Juízo Criminal do Tribunal Judicial de Base arbitrará oficiosamente a reparação” por “danos eventuais causados pelos arguidos à RAEM e aos assistentes”. A secretaria do TJB especificou também os pedidos de indemnização civil deduzidos pelo Ministério Público (MP) em representação da RAEM e as quatro concessionárias que se constituíram assistentes no processo. Devido aos impostos de jogo que o Governo não chegou a cobrar, o MP pede a condenação solidária de Levo Chan e outros cinco arguidos no pagamento à RAEM de 575,2 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), ou na quantia “que se vier a liquidar em execução de sentença”. Casinos assistentes Em relação aos pedidos de indemnização por parte das empresas de jogo, a Wynn Resorts (Macau) S.A. pediu a condenação solidária dos arguidos referidos ao pagamento de 48,25 milhões de HKD. Por sua vez, o pedido da SJM Resorts, S.A. ascendeu a 35,6 milhões de HKD, enquanto a Venetian Macau, S.A. pediu 47 milhões de HKD. Finalmente, a MGM GRAND PARADISE, S.A. pediu a condenação dos arguidos referidos, além de Choi Wai Chan e a das empresas Companhia de Promoção de Jogos Tak Chun, S.A., Grupo Levo Limitada, no pagamento de 3,8 milhões de HKD. Somadas todas as exigências de indemnização, é pedido aos arguidos mais de 709 milhões de HKD, com as concessionárias a reclamarem o pagamento de 134,7 milhões de HKD. A Galaxy Entertainment Group Ltd também é assistente no processo, mas ainda não apresentou pedido de indemnização, apesar de um advogado da empresa ter comparecido em tribunal na primeira sessão de julgamento. A Melco Resorts foi a única concessionária de jogo a não se juntar ao rol de empresas queixosas.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Detectados mais três casos locais As autoridades detectaram na segunda-feira mais três casos locais de covid-19, todos eles relativos a homens com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Um deles apresentou sintomas de doença, tendo sido classificado como um caso confirmado, enquanto os outros dois não manifestaram sintomas. Estes três casos foram todos detectados na comunidade, um por contacto próximo, o outro por teste rápido de antigénio, e o terceiro por teste de ácido nucleico com amostras mistas realizado em Zhuhai da Província de Cantão (Guangdong). No total, desde o dia 28 de Novembro, data em que surgiu um primeiro caso de covid-19 associado a um taxista, já se registaram no território 59 casos locais de covid-19. Na segunda-feira, foram ainda descobertos mais 13 casos importados provenientes de regiões de alto risco fora do Interior da China. Trata-se de cinco homens e oito mulheres com idades compreendidas entre os 17 e os 72 anos, provenientes do Canadá, Singapura, Estados Unidos de América, Austrália, Filipinas e Indonésia. Todos foram já encaminhados para isolamento médico em locais designados.
João Luz SociedadeCovid-19 | Atleta correu meia-maratona apesar de ter testado positivo Um atleta vindo de Guangzhou completou a meia-maratona de Macau depois de ter testado positivo à covid-19. A ronda de três testes de ácido nucleico em cinco dias terminou com a detecção de quatro casos positivos. No último dia de testagem às zonas alvo, foram recolhidas amostras de mais de 111 mil pessoas O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou ontem que no último dia (domingo) da ronda de “3 testes em 5 dias” nas zonas-alvo foram encontrados quatro casos positivos de covid-19. As pessoas em questão foram conduzidas para isolamento centralizado ou observação médica. No total, foram recolhidas amostras de 111.691 pessoas no passado domingo e, além dos quatro casos mencionados, todas tiveram resultados negativos. Além dos casos detectados na ronda às zonas-alvo, conexas com infecções do surto que começou com um taxista, até ao fecho desta edição as autoridades de saúde não adiantaram mais casos positivos na comunidade. Excepção para dois residentes oriundos de Guangzhou que estiveram em Macau que testaram positivo. O caso mais notável diz respeito a uma mulher de 29 anos de idade que correu na “Galaxy Entertainment Maratona Internacional de Macau” (Meia Maratona). A atleta partiu de Guangzhou no sábado e entrou em Macau através do Posto Fronteiriço de Gongbei. Durante esse dia fez compras em várias lojas do Venetian, incluindo “Chanel”, “Dior” e “DFS Group de lojas francas”. Também tomou refeições no mesmo resort no Cotai. No dia seguinte, a partir das 06h correu na meia-maratona. Horas depois da prova, as autoridades de saúde locais foram notificadas pelo departamento de saúde do Interior da China, que a amostra da mulher deu resultado positivo num teste realizado em Zhuhai. Os Serviços de Saúde contactaram de imediato a pessoa em causa, após a repetição do teste de ácido nucleico num tubo de amostra individual, o resultado foi positivo. Nessa altura, a doente apresenta sintomas como dores de cabeça e fraqueza Vermelho para amarelo O outro caso revelado na noite de domingo, diz respeito a uma residente do Interior da China, de 27 anos, que partiu de Guangzhou e entrou em Macau também através do Posto Fronteiriço de Gongbei. Quando as autoridades de Macau foram notificadas pelo Departamento de Saúde de Zhuhai, no sábado, a mulher em questão e os seus acompanhantes já tinham regressado ao Interior. Entretanto, graças às alterações nos requisitos para declarar zonas de risco, deixaram de haver em Macau zonas vermelhas, ou seja, prédios selados. Assim sendo, foram ontem desbloqueados os edifícios Tim Seng na Rua de Tomás Vieira 68M-68P, Travessa de Tomás Vieira nº2, o edifício Tim Yee na Calçada Central de S. Lázaro 18-20B, edifício Vang Son na Calçada das Verdades 12 – 12ª, e o Cerese na Avenida do Coronel Mesquita 56A.
João Luz SociedadeFestival de Gastronomia | Chan Chak Mo lamenta quebras de receitas O Festival de Gastronomia de Macau encerrou a edição deste ano no passado domingo com quebras de afluência entre 20 e 25 por cento, em relação ao ano anterior, de acordo com declarações do organizador e deputado Chan Chak Mo. As más condições meteorológicas, aliadas às restrições impostas pelo combate à pandemia e o Campeonato do Mundo de Futebol foram algumas das explicações para a descida de visitantes e quebras de receitas apontadas pelo deputado. No entanto, Chan Chak Mo congratulou-se pelo facto de o festival de gastronomia ter prosseguido ao longo dos 17 dias previstos sem alarme de maior em relação à possibilidade de se tornar num evento propício à propagação de covid-19. Recorde-se que um jovem de 14 anos que foi diagnosticado como caso positivo teve no seu itinerário o Festival de Gastronomia. Além disso, não faltaram opiniões partilhadas nas redes sociais a apontar dualidade de critérios das autoridades de saúde face ao cancelamento anterior de eventos, como foi o caso do Festival da Lusofonia. Chan Chak Mo confessou ainda que foram ponderados convites a empresas estrangeiras, como da Malásia e Japão, para tornar o evento mais atractivo, mas que as restrições impostas pela luta à pandemia impediram que tal se materializasse.
João Luz Manchete SociedadeLevo Chan em silêncio na primeira sessão de julgamento Arrancou ontem o julgamento do processo que tem como arguido o CEO do Tak Chun Group, Levo Chan, e oito outros arguidos ligados às operações do extinto grupo junket, reunindo um rol de acusações da prática de crimes como actividades de jogo ilegal, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Na sua primeira aparição no Tribunal Judicial de Base, Levo Chan foi o único arguido presente e pouco falou. O silêncio de Levo Chan contrastou com as alegações do Ministério Público (MP) de que a Tak Chun teria um esquema montado, nos últimos seis anos, de apostas ilícitas que terão movimentado perto de 34,9 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD). De acordo com a Macau Business, Chan não falou sobre os crimes de que é acusado e apenas quebrou o silêncio para responder a questões pessoais colocadas pelo magistrado que preside ao colectivo de juízes, Lam Peng Fai. Questionado sobre o seu rendimento, o arguido indicou que receberia mensalmente uma média de 300 mil patacas, salário de que necessitava para tomar conta de seis membros da família, incluindo o pai, mulher e quatro filhos. No capítulo das habilitações, Levo Chan afirmou ter desistido do ensino secundário após dois anos de estudos, e que não prosseguiu formação depois desse período. Por outro lado Por seu turno, o MP apresentou sete testemunhos escritos, na sua maioria jogadores, que foram lidos em tribunal atestando a tese de que o grupo junket operava, de facto, jogo ilícito com apostas “debaixo da mesa”. A acusação exibiu também documentos com orientações para funcionários que alegadamente faziam referências a apostas “debaixo da mesa”, apostas telefónicas e por intermédia pessoa. Segundo a acusação, as práticas de jogo ilegal renderam ao grupo junket ganhos na ordem dos 1,5 mil milhões de HKD, que por sua vez lesaram os cofres do Governo em mais de 500 milhões de patacas em impostos, assim como perdas às concessionárias de jogo. Recorde-se que das seis concessionárias, cinco constituíram-se assistentes no processo, à excepção da Melco.
João Luz Manchete SociedadeJogo | JP Morgan estima retorno a resultados pré-pandemia em 2024 Os analistas da JP Morgan consideram que a indústria do jogo pode voltar a registar resultados de níveis pré-pandémicos em 2024. O colapso do mercado junket, aliado ao número de mesas que podem operar nos casinos do território são factores que podem potenciar o crescimento do mercado de massas A indústria do jogo de Macau não voltará a ser como era antes de 2019. Porém, um dos conceitos temporais mais citados e transversais a todos os sectores económicos e sociais é o “retorno a níveis pré-pandemia”, em especial nas actividades económicas ligadas ao turismo. Na óptica dos analistas do banco de investimento JP Morgan, a recuperação irá começar a sentir-se no próximo ano e em 2024 os casinos podem registar resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações [EBITDA] que ficam a 95 por cento dos níveis pré-covid-19. Numa nota emitida no fim-de-semana, os especialistas da JP Morgan descrevem as razões que justificam algum alívio para os investidores de empresas que gerem casinos em Macau, assim como para os cofres do Governo da RAEM. Com a atribuição das licenças para operar casinos a afastar a incerteza no mercado, os analistas não descartam a possibilidade de as empresas beneficiarem de um alívio fiscal se conseguirem atrair jogadores estrangeiros. Também o limite de mesas de jogo fixado pelo Executivo é interpretado pelos analistas como um factor que irá beneficiar o sector. À primeira vista, a redução de 6.739 mesas de jogo para 6.000 já para o próximo ano poderia significar um corte no negócio. No entanto, face ao colapso do mercado junket, a diminuição de mesas pode não ter impacto. “O limite de mesas de jogo é menos significativo do que aparenta ser. O número de mesas permanecerá num total de 6.000. No entanto, isso não significa que o crescimento será também limitado”, aponta DS Kim. Alinhamento das estrelas “Estimamos que em 2019, durante o pico máximo do mercado de massas, apenas 4.000 mesas eram directamente operadas pelos casinos (excluindo junkets e casinos-satélite). Portanto, um limite de 6.000 mesas significa mais espaço de manobra, podendo aumento em cerca de 50 por cento a capacidade para servir o mercado de massas”, indicam os analistas da JP Morgan. A nota, citada pelo portal Inside Asian Gaming, salienta também que “a procura reprimida é uma realidade na maioria dos mercados”, não existindo razões para que o mesmo não se verifique em Macau para o segmento de massas e elementos não-jogo, mesmo tendo em conta a situação pandémica no Interior da China e os impactos das restrições fronteiriças. Neste contexto, DS Kim afirma que “tudo se resume a acessibilidade e uma série de acontecimentos recentes aumentam a confiança de que a circulação de pessoas na China irá ser aliviada”. “Encaramos este aspecto como a peça que falta para a recuperação de Macau, tendo em conta a retoma da emissão de vistos electrónicos”, é acrescentado. A JP Morgan aponta para o regresso aos lucros ao nível do EBITDA já no primeiro trimestre de 2023, graças à progressiva recuperação do sector de massas e elementos não-jogo para níveis a rondar os 35 por cento dos registados antes da pandemia. Nos segundo e terceiros trimestres de 2023, os analistas estimam que a procura se fixe em 50 por cento da verificada antes da pandemia e, empurrada pelo reajustamento da procura do segmento de massas, a recuperação completa em 2024. No entanto, os analistas apontam que o segmento VIP dificilmente recuperará na sequência dos profundos danos estruturais que sofreu.
João Luz SociedadeAMCM | Depósitos de residentes aumentaram em Outubro A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou ontem que durante o mês de Outubro, os depósitos feitos por residentes cresceram 0,2 por cento em comparação com o mês anterior, atingindo um valor total de 660,8 mil milhões de patacas. O crescimento dos depósitos feitos por não-residentes foi mais significativo, aumentando 3,6 por cento em relação a Setembro, para um total de 327,1 mil milhões de patacas. No que diz respeito aos depósitos do sector público na actividade bancária, a AMCM dá conta de um crescimento de 1 por cento, para um total de 254,2 mil milhões de patacas. No total, conjugando todos os segmentos, os depósitos da actividade bancária registaram um crescimento de 1,2 por cento face ao mês anterior, para um total de 1.242,1 mil milhões de patacas. Em relação aos empréstimos internos ao sector privado aprovados em Outubro, a AMCM dá conta de um decréscimo de 0,2 por cento em relação a Setembro, para um total de 565,9 mil milhões de patacas. Já os empréstimos ao exterior diminuíram 2 por cento, atingindo 726,9 mil milhões de patacas. Como tal, os empréstimos ao sector privado decresceram 1,2 por cento em relação ao mês anterior, para um valor total de 1.292,7 mil milhões de patacas.
João Luz SociedadeMoeda | Renovado acordo “Swap” com Banco Popular da China O Conselho de Estado deu luz verde à renovação do Acordo de “Swap” de Moedas entre a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e o banco central chinês. O acordo com o Banco Popular da China entrou ontem em vigor, tem um prazo de três anos, mantendo o limite máximo em 30 mil milhões de renminbis ou em 34 mil milhões de patacas. A AMCM celebrou, pela primeira vez em 2019 o “Acordo” com o Banco Popular da China, tendo como objectivo proporcionar um suporte de liquidez em renminbis, a título de reserva, ao mercado financeiro de Macau, contribuindo para a estabilidade financeira e o desenvolvimento estável das operações em renminbis “offshore” realizadas em Macau. A AMCM indica que o “mecanismo pode ser accionado pela AMCM para reforçar o nível de liquidez, logo que se verifique a falta desta em renminbis no mercado financeiro local”, e que o “mecanismo de “Swap” tem natureza meramente preventiva”. A renovação do acordo com o banco central chinês é também descrita como uma ferramenta para cumprir os objectivos da “expansão da indústria financeira de Macau, o desenvolvimento em Macau das operações em renminbis, e o reforço da construção da “Plataforma de Prestação de Serviços Financeiros entre a China e os países de língua portuguesa”.
Nunu Wu Manchete SociedadePME | Esperança no fim da política de zero casos de covid-19 O presidente da associação Comercial Federal Geral de PME encara com esperança o alívio de medidas de combate à pandemia no Interior da China, e considera que podem ser um sinal para a retoma da economia local, em especial no sector da restauração. Fong Kin Fu entende que os jovens de Macau devem considerar trabalhar na restauração como uma alternativa às primeiras escolas A recente inversão na abordagem ao combate à pandemia pelas autoridades de saúde nacionais, com o alívio de algumas restrições, deixou o presidente da Associação Comercial Federal Geral das Pequenas e Médias Empresas de Macau com um sentido de renovado optimismo, depois de tempos complicados para o tecido empresarial do território. Em declarações ao jornal Ou Mun, Fong Kin Fu destacou o papel da cidade de Guangzhou na vanguarda da mudança de abordagem e demonstrou esperanças de que o fim da política de zero casos de covid-19 leve à retoma da economia. Outro aspecto positivo, elencado pelo dirigente, foi a possibilidade de a alteração de paradigma levar ao aumento da confiança dos consumidores e ao ressurgimento do mercado de trabalho, com melhores salários, empurrados pelo crescimento económico. Focado no sector da restauração, Fong Kin Fu interpretou as quebras reportadas na procura de mão-de-obra e salários como fenómenos naturais que espelham o mau momento do sector. Como tal, os candidatos a postos de trabalho não têm poder de escolha e aceitam cargos com salários mais baixos. Na semana passada, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos indicou que no terceiro trimestre de 2022 os “restaurantes e similares” empregavam 22.658 trabalhadores a tempo completo, total que representou uma quebra anual de 3,7 por cento. Os salários médios também caíram 1,1 por cento para 9.700 patacas por mês. Face a este cenário, as vagas por preencher no sector tornaram-se uma realidade incontornável. Cair na real O presidente da associação fez um balanço de 2022 no sector da restauração afirmando estar a ser um ano sem grandes alterações face ao ano anterior, com os empresários numa posição expectante, reservada, uma vez que nunca se sabe quando os seus estabelecimentos podem ficar envolvidos num surto. Outra mudança óbvia, é o foco na clientela local, tendo em conta a crise no turismo. Neste aspecto, Fong Kin Fu não deixou de apontar que a última metade do ano está a ser muito fraca para os negócios, tendência que só foi minorada pelo alívio trazido por mais uma ronda de cartão de consumo, que trouxe alguma estabilidade ao sector. Em relação à mão-de-obra, o dirigente sugeriu aos jovens de Macau que apostem na restauração caso não encontrem os empregos de sonho que projectaram para o futuro na área da sua formação. Neste domínio, mencionou as oportunidades como chef de cozinha, uma área onde são sempre precisos quadros qualificados.
Andreia Sofia Silva SociedadePensões | Rita Santos reúne com Secretário de Estado Rita Santos, representante do Conselho Regional da Ásia e Oceânia do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) reuniu, no passado dia 29 de Novembro, com Gabriel Bastos, Secretário de Estado da Segurança Social. O encontro ficou marcado pelo caso dos pensionistas portugueses da Caixa Geral das Aposentações (CGA) a residir no estrangeiro que não vão receber o complemento social de meia pensão por não viverem em Portugal. Segundo uma nota de imprensa, Gabriel Bastos “ficou sensibilizado pelas preocupações manifestadas pelos cerca de 9.000 aposentados e pensionistas da CGA, residentes no estrangeiro, prometendo que iria transmitir à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Dra. Ana Maria Mendes Godinho, no sentido de ser estudada, e proposta, uma solução”. Neste momento está a ser elaborado um abaixo-assinado por parte de todas as associações de reformados que residem no estrangeiro, e que será endereçado ao primeiro-ministro português, António Costa, sobre este assunto. Rita Santos pediu ainda a Gabriel Bastos que, em Janeiro, “se compensem os pensionistas pela antecipação que não receberam em Outubro, na forma de uma pensão actualizada, conforme a inflação, e completa, sem redução da meia pensão que não chegaram a receber”.
Hoje Macau SociedadeSSM | Alvis Lo diz que prevenção é feita de forma científica O director dos Serviços de Saúde garantiu que os trabalhos de prevenção pandémica são realizados de forma científica de forma a serem altamente eficientes e não perturbarem a população. Citado pelo jornal Ou Mun, Alvis Lo explicou que as autoridades tentam ao máximo não cancelar eventos, não lançar mais rondas de testes em massa, e minorar os impactos das classificações de zonas de risco dentro da cidade. Recentemente, as autoridades de Zhuhai abriram a hipótese de pessoas de contacto próximo poderem cumprir quarentena em casa. Questionado se haveria abertura para Macau implementar uma medida semelhante, Alvis Lo respondeu que, apesar das medidas locais seguirem as nacionais, é sempre necessária uma ponderação para ver se é possível a aplicação em Macau. O director dos SSM vincou que Macau continua a seguir a política dinâmica de zero casos, e que a coexistência com o covid-19 não é apropriada. Ainda assim, o responsável garantiu que a circulação nas fronteiras não será afectada mesmo que se verifiquem surtos nas cidades vizinhas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Infecção do taxista já gerou 32 casos numa semana Já são 32, os casos detectados de covid-19 só na última semana, muitos deles associados à infecção de um taxista revelada na passada segunda-feira. No sábado, foram descobertos oito casos nas zonas de controlo, um deles na comunidade, e ontem mais quatro, três deles importados Não pára de aumentar o número de casos de covid-19 associados ao primeiro episódio descoberto há exactamente uma semana, no passado dia 28 de Novembro, sendo agora um total de 32. No sábado, foram detectadas oito infecções, sete delas nas chamadas zonas de controlo e um na comunidade, enquanto ontem o Centro de Coordenação e de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus detectou mais quatro casos de covid-19, três deles importados e um associado ao caso do taxista. Uma das ocorrências diz respeito a uma mulher de 25 anos, cidadã chinesa, que chegou a Macau oriunda de Cantão, vinda das Portas do Cerco, no sábado, tendo testado positivo logo nesse dia. A mulher apresentou ainda sintomas ligeiros de covid-19 como dores de cabeça, fadiga e sinais de desconforto. Depois de ter almoçado num restaurante na Rua de Pequim, entre as 13h e 14h de sábado, a mulher esteve ainda no casino do Grand Lisboa. Este caso foi confirmado como sendo importado. O segundo caso descoberto ontem, diz respeito a um homem de 37 anos, também cidadão chinês, que viajou de comboio de Jinan para Zhuhai via Changsha, tendo chegado a Macau na quinta-feira. Na tarde de sábado testou positivo, sendo considerado um caso importado assintomático. Em Macau, o homem esteve em vários casinos e casas de massagens e saunas, sendo que, numa delas, onde marcou presença na sexta-feira, entre as 19h e as 22h, não usou máscara. No sábado, entre as 11h10 e as 11h40, o homem esteve num restaurante na Rua de Nagasaki. A investigação sobre este caso e o percurso do homem não está ainda concluída. Dentro deste grupo, cabe ainda mais um caso de um homem de 52 anos, cidadão chinês, que voou de Pequim para Macau na sexta-feira, tendo testado positivo à covid-19 no sábado. Jantou no restaurante da Torre Eiffel, entre as 18h e 22h, na sexta-feira, tendo estado no sábado num bar do St.Regis à 1h. Nesse dia, o homem esteve ainda no restaurante do primeiro andar do hotel Four Seasons entre as 12h30 e as 14h. Por sua vez, o caso local está relacionado com uma residente de 45 anos, enfermeira, que teve um contacto curto, na última terça-feira, com um dos casos positivos associado à infecção do taxista. Mesmo usando máscara, a mulher testou positivo na noite de sábado, sem apresentar sintomas. Novas regras Entretanto, os resultados da medida de “três testes nos cinco dias”, que vigora desde quarta-feira, e que terminou ontem, mostram que, das 82.307 amostras recolhidas de testes, se registaram apenas três casos positivos. As pessoas em questão já foram submetidas a isolamento ou observação médica. O centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus emitiu ontem novas regras para a classificação das zonas vermelhas. Segundo uma nota, caso sejam detectados dois ou mais casos num só edifício este fica designado como “edifício com código vermelho”, o que obriga os moradores a ficarem em casa. Se houver apenas um infectado num agregado familiar, o edifício passa a ter a classificação de código amarelo, devendo os restantes moradores fazer quatro testes em cinco dias. O prédio com código vermelho só passa a amarelo quando os testes derem negativo no dia seguinte ao fim do período de bloqueio.
Hoje Macau Manchete SociedadeAnálise | Patacas e política anti-covid “menos rígida” atenuam ressentimento Analistas ouvidos pela Lusa defendem que as manifestações na China contra as restrições pandémicas dificilmente farão eco em Macau, onde uma estratégia “menos rígida”, apoiada pela distribuição de dinheiro e subsídios, tem conseguido “atenuar o ressentimento público” Uma vaga de protestos alastrou-se, nos últimos tempos, a várias cidades chinesas contra as rigorosas medidas de confinamento impostas pelas autoridades nacionais. A contestação intensificou-se após a morte de dez pessoas num incêndio, num edifício alvo de confinamento em Urumqi, capital da região autónoma de Xinjiang. Macau, que registou seis mortes desde o início da pandemia, também segue a política de ‘zero covid’, apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas de cinco dias para quem chega ao território – com excepção de quem vem da China continental. “Temos cada vez mais pessoas a queixarem-se que se seguirmos a política do Interior da China vamos gerar mais problemas em Macau, mas parece-me que o ressentimento público ainda não alcançou aquele nível”, começou por dizer o cientista político Eilo Yu. O professor da Universidade de Macau observou, porém, que a estratégia em Macau é “menos rígida” do que no Interior da China, estando, além do mais, amparada por “subsídios e dinheiro”, na forma, por exemplo, de várias rondas de distribuição de cartões de apoio ao consumo no valor de oito mil patacas. Protesto a solo Em solidariedade com as vítimas de Urumqi e os protestos na China, um estudante da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), oriundo do interior da China, manifestou-se no início desta semana nas instalações do estabelecimento de ensino. Apesar da imagem do episódio ter aparecido nas redes sociais, o jovem, que aparecia a segurar um papel A4 branco – já um símbolo de resistência no país – pediu à Lusa para não ser identificado pelo nome, por receio de sofrer represálias. “Vi muitos estudantes universitários, um pouco por todo o país, a serem suficientemente corajosos para se levantarem e erguerem papéis brancos em defesa dos compatriotas, e soube nessa altura que podia fazer algo, mesmo que a uma escala menor”, explicou. O manifestante solitário contou que esteve uma hora no local, “até ser persuadido por um professor a ir-se embora” e que um segurança “impediu pessoas de fotografarem” o acto de contestação. Questão de sensibilidade Para um sociólogo entrevistado pela Lusa, “a acção na MUST” tratou-se de um acto isolado, não existindo “uma dinâmica em Macau que motive as pessoas a saírem para a rua”. O docente, uma das várias pessoas entrevistadas para este trabalho que não quis divulgar a identidade – “este é um tema muito sensível” – apontou diferenças entre a população de Macau e de Hong Kong, onde, na segunda-feira, estudantes protestaram contra as medidas de contenção da pandemia na China. “A população [de Hong Kong] está mais cansada do que a de Macau e algumas pessoas são mais sensíveis do que aqui”, disse. “Ao receber-se dinheiro do Governo, existe a obrigação de não se ter voz”, concretizou. Também o silêncio da comunicação social local pode justificar o alheamento da população de Macau, reforçou o politólogo Eilo Yu. Mas ressalvou: “Se a situação piorar e for feito barulho junto da comunidade internacional, então acredito que mais residentes de Macau se apercebam da campanha e das manifestações e isso poderá gerar algum tipo de empatia”, referiu. No mesmo sentido, o deputado português José Pereira Coutinho considerou que os média em Macau estão a falhar: “Muitas vezes nem sequer relatam questões que os deputados levantam bastante sérias”. E completou, referindo-se aos protestos: “Quanto mais aquilo que está no interior do continente”. O também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública, para quem a situação em Macau “não está tão mal ao ponto de as pessoas saírem à rua”, defendeu ainda que não é com manifestações “que se resolvem os problemas”. Lei da rolha A Lusa contactou outros dois académicos para este trabalho, mas sem sucesso. Num email, uma outra docente universitária disse não acreditar que as manifestações se alastrem a Macau, porque além de as medidas de prevenção pandémica não serem “tão duras”, em comparação com o outro lado da fronteira, “para a maior parte das pessoas em Macau a mobilidade não é tão importante”. “A passagem fronteiriça para Zhuhai [cidade adjacente a Macau] continua a ser frequente apesar dos inconvenientes e para aqueles que pensam que a mobilidade internacional é importante provavelmente já deixaram Macau nos últimos dois anos ou estão tristemente a pensar deixar”, indicou. A académica, que também não quis ver o nome referido neste texto, lamentou que a instituição para a qual trabalha “desencoraje os professores a falarem com a comunicação social”. Antes, “o nosso contributo com conhecimento e perspectivas era considerado um serviço à comunidade e à sociedade de Macau. Sinto-me bastante chateada e enfraquecida”, concluiu.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Contabilizados 18 casos mas perigo de surto descartado As autoridades divulgaram ontem mais três casos diagnosticados na quarta-feira, somando assim um total de 18 casos de covid-19 desde o início da semana. Todos os resultados dos testes de ácido nucleico nas zonas alvo, bem como os testes rápidos, deram, até agora, negativo Subiu para 18 o número de casos de covid-19 detectados em Macau desde segunda-feira, sendo que ontem foram divulgados três casos locais associados ao caso do taxista detectado na segunda-feira. Ainda assim, é mantida a premissa, da parte das autoridades, de que é baixo o risco de infecção na comunidade. Um dos casos diz respeito a um homem de 74 anos, residente, que tomou o pequeno-almoço no café Tong Kei entre as 7h e as 8h no último sábado e domingo, dias 26 e 27. O homem teve o mesmo itinerário que o taxista diagnosticado com covid-19 na segunda-feira, mas como já se encontrava a cumprir as medidas de controlo desde segunda-feira, o “risco de transmissão comunitária é relativamente baixo”. O residente, que já está em isolamento em Coloane, realizou dois testes de ácido nucleico na segunda e terça-feira, com resultado negativo, mas o teste desta quarta-feira deu positivo. As autoridades apontam que, com base no valor de CT, “sendo considerado como uma infecção precoce” e uma “infecção assintomática relacionada com o caso importado”. Os restantes dois casos, ontem divulgados ao longo da tarde, estão também sob controlo, pelo facto de as pessoas já estarem em isolamento desde segunda-feira. Um deles diz respeito a um homem de 54 anos, residente, instrutor de segurança no Aeroporto Internacional de Macau. No domingo, este homem foi jantar, perto das 19h, ao restaurante de mariscos Sang Kei, tendo tido o trajecto semelhante ao do taxista já referido. O teste só deu positivo na noite de quarta-feira, tendo sido classificado como um caso detectado sob controlo. No mesmo dia, o paciente começou a ter dores de garganta, estando em isolado no centro clínico de saúde pública do Alto de Coloane. Este é um “caso confirmado relacionado com o caso importado”. O outro caso positivo divulgado ontem é o de uma trabalhadora não residente (TNR) de 37 anos que trabalha no café Tong Kei, localizado na Estrada do Repouso. Também esta mulher teve um trajecto semelhante ao do taxista. Só esta quarta-feira o seu teste deu positivo e também ela sentiu dores de garganta nesse dia. De frisar que, na quarta-feira, foram detectados mais oito casos positivos, sendo que seis das pessoas circulavam na comunidade. Tudo negativo Entretanto, pouco depois das 18h de ontem, foram divulgados mais sete casos importados detectados pelas autoridades por volta da meia-noite de quinta-feira. Todos estes casos negaram o histórico de infecções anteriores, tratando-se de dois homens e cinco mulheres com idades compreendidas entre os 21 e os 73 anos, que viajaram de países como a Austrália, Vietname, Tailândia, Filipinas e da Região Administrativa Especial de Hong Kong. Entretanto, na quarta-feira, foram recolhidas mais de 96 mil amostras de testes de ácido nucleico realizados por pessoas que vivem nas chamadas zonas alvo, tendo todos os resultados sido negativos. Relativamente à obrigatoriedade da população de realizar um teste rápido, um total de 589.547 pessoas carregou, até quarta-feira, o seu resultado no código de saúde. As autoridades relembram a população residente nas zonas alvo de que têm de realizar, até domingo, “três testes nos cinco dias”, uma medida em vigor desde quarta-feira.
João Luz Manchete SociedadeTáxis | Condutores querem carros próprios para códigos vermelhos Uma associação de taxistas quer que o Governo providencie serviços de táxi especiais para pessoas com código de saúde vermelho, como acontece em Hong Kong, na sequência do surto originado pela infecção de um taxista. Face ao risco de exposição à covid-19, os motoristas sentem que foram abandonados pelo Executivo No passado mês de Julho, as autoridades estipularam que as pessoas com código de saúde vermelho podem apanhar táxis, apesar de ser permitido ao motorista negar prestar esse serviço, ao contrário do que se passa, por exemplo, com os autocarros públicos. Este foi um dos factores que levou à situação actual, de um surto de covid-19 que parece ter tido como fonte de contágio um taxista de 74 anos. Face a esta situação, o presidente da Associação dos Comerciantes e Operários de Automóveis de Macau, Leng Sai Vai, defende que o Governo deveria criar condições para haver táxis específicos para transportar pessoas com código vermelho, à semelhança do que acontece em Hong Kong. O representante do sector, em declarações ao jornal Exmoo, argumenta que a medida é essencial para contornar os riscos de contágio de covid-19 a que os taxistas estão expostos. No passado dia 11 de Novembro, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego estipulou que os taxistas podem recusar o transporte de passageiros com código vermelho sem incorrerem em qualquer infracção. Porém, o dirigente associativo confessou que nos dias que correm os motoristas não se podem dar ao luxo de pensar em riscos de saúde, mas apenas em sustentar a família. Questionado se entende que entre a classe a vontade de transportar visitantes do Interior da China diminuiu, Leng Sai Vai sublinhou que os taxistas não estão em condições para recusar serviços face à crise que afecta o sector desde que começou a pandemia. Esquecidos pelo sistema Leng Sai Vai considera que o Governo não compreende os riscos que os profissionais do sector enfrentam no seu dia-a-dia e que as medidas de combate à pandemia dirigidas aos taxistas não passam de slogans, sem acções concretas. O representante deu como exemplo do abandono das autoridades o facto de nunca terem sido facultados aos motoristas desinfectantes básicos, apesar das exigências de desinfecção dos veículos a cada viagem. Aliás, a única atenção que os profissionais tiveram aconteceu com este último surto que afecta actualmente Macau, com a distribuição de 10 testes rápidos antigénio por cada motorista. Leng Sai Vai destaca que mesmo esta medida se destina apenas a saber se os profissionais estão infectados e não a prevenir a infecção.
Hoje Macau SociedadeUM | Criado prémio Henrique de Senna Fernandes Henrique de Senna Fernandes, conhecido escritor macaense, dá nome ao mais recente prémio académico criado pela Universidade de Macau (UM). Segundo disse à TDM Rádio Macau o vice-reitor da instituição, Rui Martins, a distinção visa reconhecer as melhores teses de mestrado e doutoramento na área do Direito e Estudos Portugueses, tendo um valor de dez mil patacas. No primeiro ano de funcionamento do prémio, foram escolhidas uma tese de doutoramento defendida no departamento de português da UM e uma tese de mestrado da Faculdade de Direito. Para esta edição foram seleccionadas teses dos últimos dois anos, embora este prémio seja anual.
Hoje Macau SociedadeMacau Legend | So Ka Man é o novo representante da empresa A Macau Legend tem um novo secretário e representante, desde ontem. De acordo com um documento apresentado pela empresa à Bolsa de Valores de Hong Kong, So Ka Man passa a ser o representante da Macau Legend. O responsável conta no currículo com duas décadas de experiência executiva, e é “actualmente director de serviços corporativos da Tricor Services, empresa especializada em planeamentos integrados de negócios e serviços de investimento”, é indicado no documento. So Ka Man ocupa o lugar deixado em aberto pela saída de Tsang Ka Hung, anterior secretário e representante da empresa, que levou a Macau Legend a anunciar no início de Outubro não estar em condições de respeitar os regulamentos da Bolsa de Valores de Hong Kong. No passado mês de Setembro, foi revelado que a empresa responsável pelo hotel Legend Palace e pela Doca dos Pescadores estaria em situação de incumprimento perante créditos nos bancos Luso e CMB Wing Lung.