Restauração | Novas classificações e multas maiores

A legislação sobre o licenciamento do sector da restauração vai ser reformulada, levando ao aumento de multas e à uniformização da classificação destes espaços, que passam a ter o único nome de “estabelecimentos de restauração e bebidas”. Destaque para o aumento de multas e maior flexibilização para a realização de obras

 

O Conselho Executivo terminou na sexta-feira a discussão de uma nova proposta de lei a dar entrada na Assembleia Legislativa (AL), intitulada “Lei da actividade de restauração e bebidas e estabelecimentos relacionados”, e que tem por objectivo principal a simplificação de serviços de licenciamento, bem como “a junção da descentralização de poderes com a gestão e optimização dos serviços”.

Esta proposta de lei vem reformular a legislação que existia desde 1996. Na prática, propõe-se a simplificação da classificação dos estabelecimentos de restauração, anteriormente classificados como “restaurantes”, “bares”, “estabelecimentos de bebidas” e “estabelecimentos de comidas”. Com a proposta de lei, usa-se apenas uma única classificação, “estabelecimentos de restauração e bebidas”, cabendo a supervisão ao Instituto para os Assuntos Municipais (IAM). As “salas de dança” continuam autonomizadas e a pertencer à tutela da Direcção dos Serviços de Turismo.

Além disso, propõe-se criar “o regime de registo para os estabelecimentos de restauração e bebidas” e a “reformulação de diplomas legais complementares”, nomeadamente ao nível dos licenciamentos. Pretende-se também “flexibilizar os requisitos técnicos que os estabelecimentos estão sujeitos a observar”.

Multas a doer

Outro destaque nas alterações, vai para o “aumento dos montantes das multas”. Neste ponto, o Governo diz atender “à evolução social e mudanças económicas”, sendo, assim, “actualizados os montantes das multas aplicáveis às infracções administrativas correspondentes, com vista ao reforço dos efeitos dissuasores”.

Além de novas disposições transitórias, faz-se ainda a “flexibilização das restrições impostas às obras que se realizem em zonas de protecção e em zonas de protecção provisória”. Na prática, as obras a realizar “nos edifícios fora das ruas pitorescas publicadas ou nos lotes não imediatamente adjacentes aos imóveis classificados ou em vias de classificação não carecem do parecer prévio do Instituto Cultural”, o que permite “flexibilizar as restrições impostas às obras” e acelerar as remodelações.

Na sexta-feira o Conselho Executivo concluiu também a análise da proposta de lei “Regime de comercialização do ouro e da platina”, tendo em conta que a última legislação datava de 2003 e já não conseguia “satisfazer as expectativas dos consumidores em relação aos tipos e à qualidade dos artigos de ourivesaria”. Uma das mudanças passa pelo aditamento de “novas definições de platina, ouro chapeado e artigos revestidos a ouro”.

13 Out 2025

IAM | Funcionários sujeitos ao ETAPM

O Governo quer revogar o estatuto do pessoal próprio do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e aplicar-lhes o regime geral da função pública. A proposta foi apresentada na sexta-feira, na conferência de imprensa do Conselho Executivo.

“Face à uniformidade do regime de gestão de pessoal, a proposta de lei propõe a revogação do estatuto do pessoal próprio do IAM, passando este a reger-se pelo regime geral da função pública [Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública de Macau]”, foi revelado.

Se as mudanças forem aprovadas pela Assembleia Legislativa, os trabalhadores do IAM com “contrato individual de trabalho” também vão ter de assinar novos contratos, neste caso “contratos administrativos de provimento”. Apesar das alterações, o Executivo afirma que “a contagem do tempo de serviço anteriormente prestado e a validade das acções de formação frequentadas” destes trabalhadores não vão ser afectadas.

Além desta alteração, também o IAM vai ver serem transferidos para outros departamentos algumas competências, consideradas sobrepostas. O IAM vai assim deixar de exercer os poderes de “denominação de espaços públicos”, “atribuição de numeração policial” e “manutenção e reparação de vias e de redes de drenagem”. Estas funções serão transferidas para a tutela dos transportes e obras públicas.

13 Out 2025

Governo | Remodelação está a correr “muito bem”, diz André Cheong

O ainda secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, acredita que com Wong Sio Chak na liderança a secretaria Administração e Justiça “vai ficar cada vez melhor”

 

A dias de deixar o Governo para se tornar deputado, André Cheong garantiu que a remodelação do Executivo está a correr “muito bem”. As declarações do ainda secretário para a Administração e Justiça e porta-voz do Conselho Executivo foram prestadas na sexta-feira, após uma reunião do órgão consultivo.

No final do mês passado foi revelado que Cheong vai ser deputado a partir de quinta-feira e que o seu cargo vai passar a ser desempenhado pelo actual secretário para a Segurança, Wong Sio Chak. A pasta da segurança vai ser assumida por Chan Tsz King.

Na sexta-feira, na sessão de perguntas e respostas do Conselho Executivo, André Cheong abordou as mudanças e deixou um sinal de confiança para o seu sucessor. “Sobre a transferência de trabalhos para o secretário Wong, tanto ao nível dos planos de trabalho como do pessoal, tudo está a correr muito bem”, afirmou.

O secretário que poderá ser o futuro presidente da Assembleia Legislativa, dependendo da eleição dos deputados, que acontece na quinta-feira, elogiou também Wong Sio Chak, não só devido à experiência, mas também devido ao mecanismo de protecção civil. “Como sabem o secretário Wong Sio Chak tem uma longa experiência administrativa e é muito competente a nível de gestão e liderança”, começou por indicar André Cheong. “Por exemplo, nestas funções actuais, a nível da protecção civil, durante a passagem do tufão Ragasa ele trabalhou muito bem. Creio que esta tutela [Administração e Justiça] com a liderança dele vai ficar cada vez melhor”, realçou.

Mais agradecimentos

Na sessão de sexta-feira, André Cheong deixou também agradecimentos a Ho Iat Seng, ex-Chefe do Executivo, e Sam Hou Fai, actual líder do Governo, pela confiança depositada e as nomeações para o cargo de secretário para a Administração e Justiça. Esta é uma posição que Cheong desempenha desde 2019.

Além de secretário, desempenhou as funções de porta-voz do Conselho Executivo. Nesta condição, Cheong afirmou ter apresentado mais de 350 diplomas legais, entre leis e regulamentos, um facto que mencionou não ir esquecer.

Perspectivando as funções de deputado, o ainda secretário prometeu ir utilizar a sua experiência política na Assembleia Legislativa, para promover “uma maior interacção e comunicação entre os poderes Executivo e Legislativo”.

13 Out 2025

Biblioteca Central | Recebidas 30 propostas para criação de superestrutura

Terminada a construção das fundações e caves do projecto desenhado pelo atelier Mecanoo, a edificação da superestrutura da Nova Biblioteca Central de Macau deve acontecer até ao final do ano

 

O concurso público de atribuição das obras da superestrutura da Nova Biblioteca Central de Macau resultou na apresentação de 30 propostas. A abertura dos documentos apresentados ontem pelos candidatos foi realizada ontem, na sede da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP).

O concurso público foi lançado a 21 de Agosto e define 620 dias como o período máximo para a construção desta fase do projecto localizado no Tap Seac. As obras da superestrutura deverão também arrancar até ao final do ano, depois de ficar concluída a construção das fundações e caves.

De acordo com o Governo, o novo projecto vai permitir “resolver” o “problema da falta de espaço da actual biblioteca central”, além de cumprir a “missão de promover a leitura para toda a população, o intercâmbio cultural e mostrar as características locais”.

As propostas vão ser avaliadas com base no preço (um critério com um peso de 50 por cento na decisão, prazo de execução (15 por cento), experiência e qualidade em obras (20 por cento), programa de execução (10 porcento) e ainda tendo em conta o plano do programa dos recursos humanos e proporção de trabalhadores residentes em cargos de gestão (5 por cento).

A futura biblioteca vai ocupar uma área de cerca de 2.960 metros quadrados e o projecto prevê a construção de quatro pisos de altura e cave, com uma área bruta de construção de cerca de 13.800 metros quadrados. De acordo com os dados oficiais, esta área de construção é “dez vezes superior à da antiga biblioteca central”, localizada no lado oposto da Praça do Tap Seac.

O rés-do-chão e os pisos superiores da construção vão receber instalações como auditórios, zona de leitura de jornais e revistas, bibliotecas para adultos e crianças, salas de reuniões e espaços multimédia dedicados ao ensino.

Projecto atribulado

A construção da nova biblioteca de Macau está pensada há mais de 10 anos com os processos da escolha do local e da elaboração do projecto a ficarem marcados por várias polémicas.

Inicialmente, durante o segundo mandato de Fernando Chui Sai On como Chefe do Executivo, foi revelado um convite ao arquitecto português Álvaro Siza Vieira para desenhar a futura biblioteca. Contudo, devido à pressão de grupos de interesses locais, o convite ao arquitecto português foi retirado, o que levou à realização de um concurso público.

No âmbito do primeiro concurso, foi escolhido um projecto do atelier do arquitecto Carlos Marreiros, com um preço de 18,68 milhões de patacas. A biblioteca estava planeada para o antigo tribunal. No entanto, as obras nunca chegaram a arrancar, porque face às críticas sobre a localização planeada, o Executivo optou por escolher um novo local, o actual, localizado na Praça do Tap Seac e que implicou a demolição do antigo Hotel Estoril.

As mudanças levaram à realização de mais um concurso público, desta feita internacional que terminou com a escolha do atelier holandês Mecanoo. É este projecto que está a ser agora construído.

10 Out 2025

Estudo | Jogo é factor de estabilidade

O trabalho publicado no início do mês destaca a importância do jogo para a economia local e alerta contra aventuras de diversificação económica que possam colocar em causa a estabilidade local

 

Uma indústria susceptível de ser afectada por incertezas políticas e económicas regionais e globais, mas também altamente resistente e que deve ser encarada como um factor de estabilidade no território. São estas algumas conclusões do estudo com o título “Incerteza Regional e Global e os Impactos na Indústria do Turismo e do Jogo de Macau”, publicado na revista Cogent Economics & Finance da autoria do académico Tang Chi Chong.

Na investigação, publicada a 3 de Outubro, é reconhecido que as incertezas regionais e globais “podem influenciar as receitas de jogo” em Macau, e alterações nos ambientes económico e político terão impacto nas receitas de jogo. Este impacto é esperado ao nível das apostas nos casinos, principalmente se as incertezas acontecerem em locais como o Interior, Hong Kong, Taiwan ou Coreia do Sul, os principais mercados de turistas da RAEM. “A indústria do jogo de Macau não está isolada do mundo exterior”, é reconhecido.

Todavia, o estudo também conclui que o turismo de Macau apresenta uma grande resistência face a impactos negativos em comparação com os mercados tradicionais de turismo, onde o jogo tem menos importância. “O sector hoteleiro de Macau é menos sensível aos riscos e incertezas globais em comparação com os sectores hoteleiros tradicionais, em grande parte devido à presença da indústria do jogo”, é justificado. “No entanto, os impactos da incerteza regional e global não são significativos para a indústria pilar de Macau. O sector do jogo da cidade demonstra uma forte resiliência face à instabilidade económica e política, tanto a nível regional como global”, foi acrescentado.

Proteger a galinha

Face a estas conclusões, o estudo defende que a indústria do jogo deve ser protegida, mesmo num ambiente em que se tenta diversificar a economia de Macau.

“É evidente que a integração da indústria do jogo no sector do turismo de Macau aumenta a resistência geral da indústria do turismo e da hotelaria da cidade. A diversificação económica tem sido uma política fundamental do governo de Macau. No entanto, deve ser dada uma atenção especial à sensibilidade das diferentes indústrias em comparação com o sector do jogo”, foi avisado. “Se a indústria do jogo demonstrar uma elevada resiliência à incerteza, mantê-la poderá ser uma estratégia viável para estabilizar a economia. Além disso, a resiliência à incerteza pode servir como um critério fundamental para o governo na selecção de indústrias para desenvolvimento, uma vez que contribui para a estabilidade económica num contexto de crescente incerteza económica e política global”, foi acrescentado.

Tang Chi Chong está ligado à Universidade Politécnica de Macau, Universidade de Turismo de Macau e à Universidade Politécnica de Hong Kong.

10 Out 2025

Comércio | Semana Dourada aquém das expectativas

Apesar de o número de turistas ter aumentado 15,3 por cento em comparação com o ano passado, na hora de abrir a carteira as pessoas revelaram-se mais cuidadosas. O clima de desilusão foi descrito pelo presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos

 

Uma Semana Dourada longe de ser satisfatória. Foi desta forma que Lei Cheok Kuan, presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos, definiu os mais recentes feriados. O balanço dos dias que se prolongaram entre 1 de Outubro e quarta-feira foi feito pelo responsável em declarações ao jornal Exmoo.

Segundo Lei Cheok Kuan o impacto nos negócios locais foi “desapontante”, porque apesar do território ter recebido cerca de 1,14 milhões de turistas, o número não se traduziu num aumento das receitas para o comércio local. O dirigente associativo reconheceu que a realidade ficou aquém das expectativas, porque os ganhos das bolsas chinesas desde o início do ano deixavam antever um maior poder de consumo dos visitantes.

“Não foi só na minha ourivesaria [que o negócio foi pior], os comerciantes que conheço na restauração e na venda a retalho, incluindo os da zona da Rua dos Ervanários, também viram os negócios terem pior desempenho do que no passado”, lamentou o presidente da associação.

Lei Cheok Kuan apontou que o fluxo de turistas nas Ruínas de São Paulo foi elevado, mas que mais turistas não gerou mais consumo. O responsável admitiu que os gastos ficaram abaixo do que tinha acontecido em Maio, durante os feriados nacionais por altura do Dia do Trabalhador.

Como motivos para um consumo mais fraco, o presidente da associação avançou como hipóteses o impacto do abrandamento da economia no interior, que torna os consumidores menos gastadores. Além disso, o presidente apontou que o modelo de consumo da geração Z mudou, sendo mais exigente, o que pode fazer com que não encontrem o que procuram em Macau.

Zona pedonal desiludiu

Sobre a nova zona pedonal temporária na Rua de Nossa Senhora do Amparo, Lei Cheok Kuan confessou que tinha muitas esperanças. A expectativa passava por uma grande concentração de turistas no local e um maior consumo.

No entanto, a realidade foi diferente do esperado. Lei Cheok Kuan apontou que foram poucos os comerciantes a sentirem os resultados a iniciativa. Por isso, o responsável concluiu que apesar de o Governo tentar encontrar novos métodos para apoiar às pequenas e médias empresas, os consumidores mudam cada vez mais de hábitos de consumo, o que dificulta a tarefa.

Todavia, Lei Cheok Kuan defendeu a necessidade dos comerciantes se adaptarem e compreenderem melhor a forma como os jovens gostam de gastar dinheiro.

Nos oito dias da Semana Dourada o território recebeu 1,14 milhões de turistas, o que representou um aumento de 15,3 por cento em comparação com o ano passado. Em média visitaram a RAEM 143,1 mil pessoas por dia, um aumento de aproximadamente 1 por cento, face ao ano passado.

Contas feitas

Macau recebeu mais de 1,1 milhões de visitantes na primeira semana de Outubro, nos feriados comemorativos do dia nacional da China, anunciou ontem a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). O número total de visitantes durante a Semana Dourada, de 1 a 8 de Outubro, foi de 1.144.351, mais 16,5 por cento em relação aos 982.542 do ano passado, que contou com menos um dia (1 a 7 de Outubro), de acordo com dados publicados no site da DST.

Este ano, foi a 4 de Outubro que Macau registou o maior número de visitantes, com 191.132 turistas a entrarem no território. Já o menor número de visitantes na “Semana Dourada”, foi verificado no oitavo dia, 8 de Outubro, com 88.943 entradas, segundo aquela direcção. Este ano, celebraram-se os 76 anos da fundação da República Popular da China.

10 Out 2025

Educação | UM considerada a 145.ª melhor do mundo

Em pouco mais de 10 anos, a maior instituição pública de ensino de Macau conseguiu subir ao topo das melhores universidades a nível mundial. Num ranking liderado pelas instituições mais famosas surgem também a MUST e a Cidade Universidade de Macau

 

A Universidade de Macau (UM) foi ontem considerada a 145.ª melhor do mundo, de acordo com o ranking da revista Times Higher Education 2026. No espaço de 11 anos, a instituição pública de ensino subiu do 500.º lugar para a 145º posição do ranking.

Numa escala de 0 a 100 pontos, a UM foi avaliada pela Times Higher Education com um total de 62 pontos, quando no ano anterior tinha conseguido 59,7 pontos. A área em que a instituição conseguiu a melhor pontuação foi no índice “qualidade de investigação” com 92,9 pontos, seguido pelas “perspectivas internacionais”, em que obteve 92,5 pontos. De acordo a informação do ranking, mais de 51 por cento dos alunos da instituição são classificados como estudantes internacionais. Apesar disso, as perspectivas internacionais até foi a única área em que a universidade apresentou um desempenho pior do que no ano anterior.

Outro aspecto em que a instituição se destacou foi no índice sobre a indústria, que mede o financiamento pelas as empresas à instituição, com 87 pontos.

As áreas em que a Universidade de Macau apresentou uma prestação com menor qualidade foi no ensino (40,2 pontos) e ainda no ambiente de investigação (40,9 pontos).

MUST e Cidade

Em termos das universidades de Macau presentes no ranking de 2026, a segunda melhor classificada é a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, em inglês) que surge entre os lugares 251 e 300 do ranking. A partir da 201.ª posição o ranking deixa de especificar a posição concreta das instituições e coloca-as em grupos de 50 universidades, de 100 universidades ou 200 universidades.

A MUST obteve uma pontuação geral entre 54,3 e 56,3 pontos, mantendo a mesma posição desde o ranking de 2024. Ainda assim, está abaixo do nível alcançado em 2023 quando conseguiu entrar no grupo das instituições nas posições 201 a 250. A instituição privada obteve 93,2 pontos nas perspectivas internacionais, 84,4 pontos a nível da indústria, 81,1 pontos na qualidade de investigação, 38,8 pontos no ambiente de investigação e 34,2 pontos a nível do ensino.

A Cidade Universidade de Macau fez a estreia no ranking este ano, ao entrar para o grupo das instituições a ocupar entre o 601.º e o 800.º lugares. A instituição registou uma pontuação entre 39 e 43,5 pontos. O aspecto em que melhor se destacou foi nas perspectivas internacionais com 93,5 pontos, seguido pela qualidade de investigação com 59,7 pontos. O ensino conseguiu 30,8 pontos, enquanto na indústria somou 18,9 pontos e 17,1 pontos no ambiente de investigação.

Este ano o ranking voltou a ser liderada pelo Universidade de Oxford, com uma pontuação global de 98,2 pontos. A melhor universidade do Interior é a Universidade de Tsinghua no 12.º lugar do ranking, com 93 pontos. A Universidade de Hong Kong surge na 33.ª posição, com 80,5 pontos.

As melhores instituições portuguesas são Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa e Universidade do Porto, todas incluídas no grupo classificado entre as posições 401 e 500.

10 Out 2025

GP Macau: Primeiros nomes e primeiras dúvidas

Outubro é habitualmente o mês de preparativos para o Grande Prémio de Macau. Com os campeonatos a chegarem ao fim um pouco por todo o mundo, as atenções viram-se para o grande evento da RAEM, que este ano decorrerá de 13 a 16 de Novembro

 

Depois de Marcos Cheong e Vernice Lau terem corrido na prova do Campeonato da China de Fórmula 4, este fim-de-semana é a vez de Tiago Rodrigues voltar a pegar no capacete para disputar a prova de encerramento da temporada da competição chinesa, no circuito da cidade vizinha de Zhuhai. O ex-campeão chinês da disciplina tem estado afastado das corridas de monolugares desde que participou no Campeonato de Fórmula 4 do Médio Oriente, no início do ano, mas a sua experiência poderá revelar-se uma mais-valia na defesa das cores do território no Circuito da Guia.

Vinte dos monolugares Mygale M21-F4 do campeonato chinês serão revistos após esta prova no Circuito Internacional de Zhuhai e entregues a técnicos nomeados pela Federação Francesa do Desporto Automóvel (FFSA), que os colocarão em pista na primeira edição da Taça do Mundo de Fórmula 4 da FIA, em Macau. Trata-se do mesmo modelo utilizado no Campeonato de França de Fórmula 4.

Alguns nomes das motos

A ausência de Michael Rutter da lista de inscritos da edição deste ano do Grande Prémio de Motos de Macau é já uma certeza. No entanto, começam a ser conhecidos, através da imprensa especializada, os primeiros nomes que darão corpo à única prova de estrada do continente asiático.

Praticamente confirmadas estão as presenças de Davey Todd, vencedor da edição do ano passado, e de Peter Hickman, o motociclista que persegue o recorde de vitórias de Rutter e que deverá estar praticamente recuperado das lesões sofridas no acidente da Ilha de Man. Ambos irão pilotar as competitivas BMW M1000RR oficiais da 8TEN Racing. Rob Hodson, piloto da SMT Racing, também tem garantido a sua presença na RAEM, sendo habitualmente um dos fortes candidatos ao Top 5 da corrida.

Mas nem só de nomes consagrados se faz a prova. Entre os estreantes já confirmados está o piloto de rampas Maurizio Bottalico. O piloto de São Marino, que subiu ao pódio no Manx Grand Prix, segue os passos de outros grandes nomes italianos das corridas de estrada do século XXI — como Stefano Bonetti, Luca Gottardi ou Alex Polita — ao enfrentar a mais célebre e temida corrida do Oriente.

Segundo o portal Road Racing News, haverá mais estreantes no Circuito da Guia este ano, como Mitch Rees, piloto com vários títulos na Nova Zelândia, Ryan Whitehall, um piloto oriundo da Ilha de Wight, e o novo detentor do recorde da volta em Frohburger Dreieck na categoria Supersport, Paul Jordan.

Dúvidas nos GT

Stéphane Ratel, fundador e CEO do SRO Motorsports Group — a empresa que co-organiza a Taça do Mundo de GT da FIA do Grande Prémio de Macau — tem sido uma das vozes mais críticas em relação à introdução dos sensores de binário nas provas de GT3. Contudo, a FIA decidiu a favor da sua utilização na Taça do Mundo do Circuito da Guia, e o empresário francês falou pela primeira vez sobre o assunto.

“As equipas que competem em Macau são maioritariamente da Ásia, onde os sensores de binário nunca foram utilizados. A falta de experiência poderá afectar o equilíbrio desportivo, e foi por isso que me opus à sua utilização”, referiu Stéphane Ratel à revista alemã Motorsport Aktuell, acrescentando que não acredita que este seja o caminho a seguir.

Apesar de o SRO Motorsports Group ser co-organizador da prova e de dispor de um Balance of Performance (BoP) reconhecido a nível mundial, nos dois últimos anos o BoP de Macau foi determinado pela própria FIA. No ano passado, o BoP da FIA valeu uma série de críticas, com equipas e pilotos – particularmente da Audi, Porsche e Lamborghini, os principais prejudicados – a manifestarem publicamente o seu desagrado face às diferenças de andamento. Por essa razão, a FIA decidiu introduzir estes dispendiosos sensores, instalados nos veios de transmissão dos carros, que representam a ferramenta mais precisa para medir a potência transmitida às rodas.

“Alguns construtores apoiaram a ideia, mas outros, como a Mercedes, foram contra”, afirmou Stéphane Ratel. “Como resultado, perdemos alguns carros da lista de inscritos. Para ser claro: encaro esta questão de forma pragmática, não dogmática. No ano passado, em Macau, três ou quatro construtores poderiam ter vencido sem estes sensores de binário. Em 2025 veremos se esta tecnologia é realmente útil”, concluiu.

10 Out 2025

Hengqin | Pedida cautela para evitar burlas no arrendamento

As dicas para actuar no mercado de arrendamento na Ilha da Montanha surgem depois da divulgação de um mega caso de burlas em contratos de arrendamento que geraram perdas de 3,64 milhões de renminbis

 

Com cada vez mais residentes a optarem por se mudar para a Ilha da Montanha, o director da Agência Imobiliária Centaline de Macau e Hengqin, Roy Ho, aconselha cuidados especiais ao nível do arrendamento. Em declarações ao jornal Exmoo, o responsável da agência imobiliária indicou as práticas a adoptar para evitar problemas, depois da ocorrência uma mega burla que atingiu centenas de estudantes e perdas de 3,64 milhões de renminbis.

Segundo Roy Ho, quando os residentes pretendem arrendar uma habitação em Hengqin devem verificar muito bem todas as certidões e documentos legais sobre o apartamento, antes de concretizarem o negócio. Este é um ponto fundamental para evitar futuros problemas: “Não importa quem aluga a habitação, empresa ou indivíduo, também não importa se as condições do apartamento são muito boas. Se não houver certidões válidas, as pessoas devem sempre recusar o arrendamento”, frisou.

Roy realçou que é sempre necessário pedir ao proprietário para mostrar a certidão de propriedade do imóvel e o seu documento de identidade. Os interessados são aconselhados a insistir que lhes sejam mostrados os originais, em vez de cópias. E se os originais forem recusados, mesmo que seja com a justificação da necessidade de proteger os dados pessoais, o agente afirma que se deve desistir do aluguer.

Transferências bancárias

Além disso, para reduzir os riscos de burla, Roy aconselha que os arrendatários tenham como prioridade a escolha de empresa imobiliárias mais conhecidas, por motivos de credibilidade, em vez de recorrerem a negócios online menos transparentes.

Roy Ho apelou também aos residentes que não se deixem atrair por preços demasiado bons para serem verdade. A apresentação de um “preço barato com excelente qualidade” é apontada como um dos principais chamarizes dos burlões.

Os alertas foram deixados pelo director da Agência Imobiliária Centaline de Macau e Hengqin na sequência de uma mega burla, revelada em Agosto pela Procuradoria de Hengqin. Um homem fez-se passar por vários proprietários de apartamentos e conseguiu burlar mais de 100 estudantes em 3,64 milhões de renminbis. Entre as vítimas, estavam estudantes de Macau.

O burlão terá falsificado a assinatura dos proprietários dos apartamentos, com quem assinava contratos de arrendamento, para depois manipular os contratos de compra e venda desses imóveis e aparecer como proprietário. As vítimas faziam o arrendamento com base nos contratos manipulados por acreditarem que estavam a lidar com o proprietário real. Neste processo, o burlão terá contado com o auxílio de algumas agências imobiliárias.

Assinado o contrato de arrendamento, o burlão oferecia promoções especiais o que levou várias vítimas a pagarem antecipadamente o valor anual da renda. O caso foi descoberto porque o falso proprietário não pagou a tempo a renda a um dos verdadeiros proprietários, que despejou os estudantes que viviam na habitação. A Procuradoria pediu uma pena de prisão de 10 anos para o homem e uma multa de 100 mil renminbis.

9 Out 2025

Cancro | Taxa de sobrevivência aumenta 3 por cento em dez anos

Os Serviços de Saúde apresentaram ontem os dados relativos aos casos de cancro registados na última década. A doença continua a ser muito comum, mas mata menos, com a taxa de sobrevivência a aumentar de 59 por cento, em 2013, para 62 por cento em 2023. O cancro do pulmão, com 15,9 por cento de casos, está no topo da lista

 

Foram ontem apresentados pelos Serviços de Saúde de Macau (SS) os dados estatísticos relativos à evolução dos casos de cancro em Macau em dez anos (2013-2023). Segundo noticiou a TDM Rádio Macau, Alvis Lo, director dos SS, explicou que o cancro é das doenças mais comuns em Macau, mas em dez anos houve uma evolução positiva no que diz respeito à taxa de sobrevivência, que passou de 59 por cento para 62 por cento.

Em 2023, registou-se um total de 2.445 casos de cancro em Macau, com 1.201 casos a afectarem homens e 1.244 mulheres. Em termos de incidência, falamos da ocorrência de 238 casos de doença por cada 100 mil habitantes. No relatório relativo aos dados estatísticos sobre o cancro em 2023, divulgado em Agosto deste ano pelos SS, lê-se que o número de mortes foi 874, uma quebra anual (face a 2022) de dez por cento.

O cancro do pulmão domina a lista, com 15,9 por cento de casos, segundo avançou a médica Leong Iek Hou, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças. Segue-se o cancro da mama, o cancro colorectal, da próstata e tiroide. Leong Iek Hou adiantou também algumas das potenciais causas para a maior ocorrência de doenças do foro oncológico, nomeadamente o envelhecimento e hábitos de vida da população. A médica disse que, no tocante à taxa de mortalidade com origem no cancro, Macau tem tido uma evolução positiva na última década.

Olhando para o relatório anual relativo aos casos de cancro, dos SS, de 2013, nesse ano houve 713 mortes e 1600 novos casos da doença. Já então se verificava uma tendência de subida da doença, com 1093 casos registados em 2003 e a subida de quatro por cento face a 2013, quando se registaram 1600 novos casos oncológicos.

Rastreio essencial

Há casos de sucesso em alguns tipos de cancro, como é o caso do cancro do colo do útero, que em dez anos sofreu uma redução de 28 por cento na taxa de incidência, escreveu o jornal Ou Mun. Sobre esta doença falou Chou Mei Fang, directora do Centro de Saúde da Areia Preta, que descreveu também uma quebra na taxa de mortalidade em quatro por cento.

As taxas do rastreio a este tipo de cancro também parecem animadoras, uma vez que em 2023, entre 65 a 66 por cento das mulheres de Macau realizaram estes exames preventivos, disse Choi Mei Fang, embora persistam problemas como a idade tardia na realização do primeiro exame e o facto de mais de metade das mulheres não fazerem o rastreio de forma regular.

Num comunicado de 2024, os SS avançaram que, em cinco anos, a taxa média de incidência do cancro do colo do útero diminuiu quase 30 por cento em comparação com o período anterior a 2011, enquanto a taxa de mortalidade diminuiu oito por cento.

No caso do cancro colorrectal, foi dito na conferência de imprensa que a taxa de incidência deste tipo de cancro de forma invasiva, no caso dos homens, caiu seis por cento em dez anos, sendo que a taxa de mortalidade diminuiu cerca de 18 por cento. Leong Iek Hou referiu que desde que foi criado, em 2016, o programa de rastreio do cancro colorretal, que participaram mais de 35 mil pessoas até Agosto deste ano, registando-se mais participantes todos os anos.

Deste grupo de pessoas, 330 foram diagnosticadas com pólipos malignos e 175 com tumores malignos, sendo que a maioria se encontrava em fase inicial da doença, escreveu o jornal Ou Mun.

9 Out 2025

Consumo | Estudo da MUST indica diminuição da confiança

Os preços dos bens, a situação do emprego e o nível de vida estão a abalar a confiança dos consumidores. A MUST destaca também que a economia do Interior alcançou novas “conquistas” que deixam os consumidores mais animados, enquanto a situação internacional apresenta um crescimento mais fraco

 

A população está cada vez menos confiante na altura de consumir, de acordo com o Índice de Confiança do Consumidor de Macau no terceiro trimestre de 2025, divulgado ontem pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST, na siga inglesa). No segundo trimestre do ano, o índice apontava para a existência de uma confiança reduzida, mas a situação agravou-se e o sentimento dos consumidores é agora de pessimismo.

Numa escala de 0 a 200 pontos, o índice global apresenta um resultado de 99,33 pontos, quando no trimestre anterior era de 101,71 pontos. Segundo a MUST, uma pontuação abaixo de 100 pontos indica que existe falta de confiança em termos do consumo, enquanto uma pontuação acima de 100 pontos reflecte um clima de confiança. “Isto representa uma descida de 2,38 pontos, ou 2,34 por cento, em comparação com o trimestre anterior (101,71 pontos)”, pode ler-se no comunicado da instituição. “A tendência descendente acelerou neste trimestre, fazendo com que o índice saísse da faixa optimista, sinalizando que a confiança do consumidor entrou numa fase de cautela”, foi acrescentado.

As alterações foram justificadas com os ambientes externo e interno. Em relação ao que se passa no mundo, para além do Interior da China, o comunicado indica existir um ambiente “cada vez mais complexo e desafiante”, e aponta que o “ritmo de crescimento da economia global enfraqueceu” ao mesmo tempo que “as barreiras comerciais continuaram a aumentar”.

Para os investigadores, o cenário na China é muito diferente, porque “foram alcançadas novas conquistas no desenvolvimento de alta qualidade” com a economia a manter “um progresso constante com melhorias contínuas”. Ainda assim reconhece-se “a procura insuficiente e os níveis de preços persistentemente baixos”.

Inflação e emprego preocupam

O resultado global da confiança foi afectado por vários factores que levaram a população a estar mais pessimista. A maior quebra de confiança no consumo foi motivada pelo nível médio dos preços no território. Este aspecto foi avaliado com 97,74 pontos no segundo trimestre, mas no terceiro não foi além e 91,87 pontos, uma diferença de 5,87 pontos.

O nível do padrão de vida é outro aspecto que apresentou uma descida da confiança, embora ainda esteja numa margem positiva. Foi avaliado com 102,73 pontos, quando antes tinha sido catalogado com 107,08 pontos, uma redução de 4,06 pontos. A maior desconfiança tem igualmente por base a situação do emprego, com um resultado pessimista de 92,69 pontos, quando no trimestre anterior era de 96,33 pontos, uma diminuição de 3,78 pontos.

Os investimentos em acções é outro dos indicadores que apresentou uma redução significativa, de 3,26 pontos para 112,42 pontos de 116,21 pontos, mas que continua a ser positivo.

Com os preços dos imóveis em quebra, o índice reflecte uma maior confiança dos consumidores. Em relação à compra de habitação, o índice apresentou 101,99 pontos, um aumento de 2,72 pontos face à pontuação de 99,29 do trimestre anterior. A confiança de consumo de habitação mantém-se assim num nível de optimismo.

Ao mesmo tempo, as perspectivas sobre a economia local são agora melhores, embora permaneçam em território negativo. Este aspecto teve uma pontuação de 94,14 pontos, um aumento de 0,57 pontos face ao valor de 93,41 do trimestre anterior. Apesar do crescimento, os consumidores mostram-se pessimistas em relação ao estado da economia local.

O Índice de Confiança do Consumidor de Macau do terceiro trimestre de 2025 teve por base 829 inquéritos junto de residentes com mais de 18 anos, realizados entre 1 e 15 de Setembro.

9 Out 2025

Universidades de Coimbra e Macau criam laboratório para o envelhecimento

A Universidade de Coimbra (UC) e a Universidade Politécnica de Macau (MPU, na sigla em inglês) firmaram um acordo de cooperação para a criação de um laboratório dedicado ao estudo e desenvolvimento de soluções para o envelhecimento. A parceria estabelece o “Laboratório Conjunto em Inteligência Artificial para a Longevidade Saudável”, com um polo de investigação em Coimbra e outro em Hengqin, revelou a UC, num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a instituição de ensino superior portuguesa, a missão central da estrutura é “o desenvolvimento de soluções inovadoras que possam permitir retardar o envelhecimento e melhorar a qualidade de vida da população, combinando a investigação biomédica com as potencialidades da inteligência artificial”.

O laboratório reforça a colaboração entre a UC e a MPU, uma parceria que tem vindo a unir diversas equipas de investigação em projectos científicos, como é o caso do Laboratório Conjunto em Tecnologias Avançadas para Cidades Inteligentes, criado em 2022.

Laços reforçados

Durante a cerimónia que marcou o arranque da nova estrutura científica, foram ainda firmados protocolos para a promoção da cooperação no ensino e na mobilidade de estudantes, docentes e investigadores das duas academias.

Para o reitor da UC, Amílcar Falcão, citado no comunicado, o laboratório “significa a internacionalização do conhecimento da Universidade de Coimbra na área do envelhecimento”, com uma projecção global do trabalho desenvolvido pela UC nesta área, através do Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento (MIA Portugal).

Por sua vez, o reitor da Universidade Politécnica de Macau, Im Sio Kei, destacou o objectivo de trabalhar em conjunto na saúde, com especial enfoque na longevidade saudável, “uma vez que a Universidade de Coimbra é muito forte nesta área” e a MPU “é muito forte na área da inteligência artificial”.

9 Out 2025

Edifícios | Alerta para perigos de fachadas sem manutenção

O vazio ao nível da responsabilidade face às fachadas dos edifícios está a criar uma situação alarmante para o deputado dos Moradores, Leong Hong Sai, que pede a intervenção do Executivo para evitar acidentes

 

Leong Hong Sai alerta o Governo para a necessidade de definir claramente as responsabilidades face às fachadas dos edifícios, para evitar a queda de objectos para as vias públicas. O aviso para o Executivo foi deixado através de uma interpelação escrita, com o deputado a indicar que a queda de reboco ou azulejos é um perigo para a segurança pública.

“A integridade e segurança das paredes exteriores não só afectam directamente os interesses vitais dos residentes, como também afectam significativamente a segurança pública e a paisagem urbana”, começa por justifica o deputado apoiado pelos Moradores. “No entanto, na prática, inúmeros edifícios privados enfrentam incertezas ou lacunas na propriedade das fachadas devido a legados históricos, disputas sucessórias e ao sistema de títulos estratificados”, indica. “Isto cria desafios significativos para a gestão unificada da manutenção, o controlo de qualidade e a resposta a emergências”, avisa.

Ao mesmo tempo, o legislador indica que nem sempre é fácil os proprietários dos apartamentos chegarem a um acordo sobre como fazer a manutenção ou realizar obras. “Quando as paredes externas desses edifícios se deterioram, ficam danificadas ou até representam perigos imediatos, muitas vezes ocorrem atrasos nas reparações devido a disputas sobre a atribuição de responsabilidades e a partilha de custos, criando riscos para a segurança da comunidade”, descreve.

Criar estatística

Como primeiro passo para lidar com o problema, Leong Hong Sai defende que o Executivo tem de compilar os dados sobre o número de edifícios privados em que existem dúvidas sobre os responsáveis pela manutenção das fachadas. O deputado pretende também que o Executivo explique como vai “lidar com os perigos imediatos decorrentes de edifícios com propriedade das paredes exteriores incerta ou incompleta”.

Além disso, Leong quer saber o que vai acontecer quando os proprietários não cumprirem as suas obrigações: “Que medidas existem para garantir a segurança estrutural das paredes exteriores quando os proprietários não cumprem as suas obrigações de manutenção, exigindo a intervenção do governo? Quais são os procedimentos e prazos relevantes envolvidos?”, interroga.

No mesmo sentido, Leong Hong Sai revela ter recebido queixas dos moradores do edifício Koi Nga porque durante os vários tufões que afectaram Macau este ano voltou a ocorrer queda de reboco e azulejos. O deputado pede o auxílio do Governo a lidar com esta questão. “Os residentes questionam por que tais ocorrências são raras noutros edifícios. As autoridades e empreiteiros vão dar a maior prioridade a esta questão e ajudar os residentes afectados a reparar as paredes externas?”, pergunta.

9 Out 2025

Imobiliário | Mercado a crescer em Setembro

O início de Setembro mostra um mercado em recuperação face ao número de transacções do ano passado. No entanto, a maior compra e vendas de habitação também resulta de os preços serem agora mais baixos

Na primeira metade de Setembro, o mercado imobiliário registou um aumento anual de 22 por cento de compras e vendas de casa e apartamentos, com 127 transacções efectuadas. Os números foram divulgados pela Direcção de Serviços de Finanças (DSF). No início do mês transacto, foram assim registadas 127 transacções, quando no início de Setembro do ano passado se contabilizaram 104 compras e vendas de habitação.

O mercado esteve mais activo na Península de Macau com 102 transacções, mais 48 do que no ano passado, o que representou um crescimento de 88,8 por cento. Contudo, no início de Setembro de 2024 o número de transacções na Península não foi além das 54, um valor historicamente reduzido para este mercado.

Em relação às transacções na primeira quinzena de Setembro deste ano, na Taipa foram apresentadas 21 compras e vendas de habitação, mais quatro do que no ano passado (17), uma alteração de 23,5 por cento. Em Coloane, registaram-se quatro transacções, uma redução de 87,9 por cento. Contudo, a transacção de 33 habitações em Coloane constituiu igualmente um número invulgarmente alto para aquela zona do território.

Em termos dos preços, registou-se uma redução anual do montante de 90.543 patacas por metro quadrado para 78.418 patacas, uma diminuição de 13,4 por cento.

Os preços foram afectados pela desvalorização em Coloane. Há um ano, os imóveis eram transaccionados a uma média de 124.162 patacas por metro quadrado. No entanto, mais recentemente o valor médio do metro quadrado não foi além de 75.292, uma redução de 16,8 por cento.

Em Macau, o preço apresentou uma valorização para 74.698 patacas por metro quadrado, de 6,4 por cento face ao valor anterior de 70.216 patacas. Na Taipa, a valorização foi de 30,3 por cento para 92.638 patacas, quando antes era de 71.129 patacas por metro quadrado.

Mercado estável

Quando a comparação é feita em termos mensais, os números mostram um mercado mais estável, com ligeiras variações a nível das transacções e do preço do metro quadrado.

Em comparação com o início de Agosto (118 transacções), Setembro teve mais nove compras e vendas de habitação para 127, um aumento de 7,6 por cento. Em Agosto, Macau tinha sido o mercado mais activo com 96 transacções (102 em Setembro), 19 na Taipa (21 em Setembro) e três em Coloane (quatro em Setembro).

Em termos dos preços, Setembro apresentou uma ligeira redução de 572 patacas por metro quadrado, dado que o preço no início de Agosto tinha sido de 78.990 patacas por metro quadrado. Em Agosto, os preços mais elevados tinham sido registados em Coloane, com uma média de 83.444 patacas por metro quadrado, seguido pela Península de Macau (82.734 patacas) e Taipa (62.219 patacas).

Habitação | Índice de preços com redução

Entre Junho e Agosto, o índice global de preços da habitação foi de 192,4, tendo descido 0,8 por cento, em comparação com o período transacto de Maio a Julho. Os números foram revelados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O índice de preços de habitações construídas (206,7) baixou 1,1 por cento, face ao período precedente, porém, o índice de habitações em construção (233,6) aumentou 0,3 por cento.

Quanto ao índice de preços de habitações construídas, o da Península de Macau (195,8) e o da Taipa e Coloane (250,1) desceram 1,3 por cento e 0,2 por cento. Em termos do ano de construção dos edifícios, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão superior a 20 anos diminuiu 1,4 por cento, face ao período transacto. O índice de preços de habitações do escalão inferior ou igual a 5 anos e o índice do escalão dos 6 aos 10 anos desceram ambos 1,2 por cento, todavia, o índice do escalão dos 11 aos 20 anos cresceu 0,1 pro cento.

7 Out 2025

JP Morgan | Outubro com as receitas mais altas em seis anos

Embora o crescimento das receitas de jogo na Semana Dourada esteja abaixo das expectativas iniciais, o banco de investimento acredita que a cifra de 23 mil milhões de patacas vai ser atingida

Em Outubro, as receitas dos casinos deverão atingir 23 mil milhões de patacas, o valor mais alto desde o mesmo mês de 2019. As estimativas foram feitas pelo banco de investimento JP Morgan, tendo em conta as receitas da principal indústria de Macau nos primeiros dias da Semana Dourada.

De acordo com o relatório do JP Morgan, citado pelo portal GGR Asia, as receitas brutas do jogo atingiram 5,5 mil milhões de patacas nos primeiros cinco dias do mês, o que representou uma média diária de 1,1 mil milhões de patacas. “Foi a melhor Semana Dourada em mais de cinco anos”, pode ler-se no relatório citado, que vem assinado pelos analistas DS Kim, Selina Li e Lindsey Qian.

Apesar deste aspecto, os analistas reconhecem que os números ficaram um pouco abaixo das expectativas iniciais para este mês: “o crescimento anual parece relativamente moderado, com um aumento de 3 por cento em relação à base (muito) elevada do ano passado, ficando alguns pontos abaixo das nossas expectativas e das expectativas do mercado, que apontavam para um crescimento médio de um dígito”, foi justificado.

O crescimento das receitas abaixo das expectativas não é encarado como preocupante para a JP Morgan, porque a semana dourada de 2025 tem mais um dia de feriado do que a semana dourada do ano passado. Por isso, os analistas acreditam que a procura vai continuar forte na segunda semana de Outubro.

Expectativas mantidas

Os analistas acreditam que a procura vai continuar forte na segunda semana de Outubro, com as receitas diárias a atingirem 750 milhões de patacas, um crescimento de cerca de 15 por cento face ao ano passado. Na segunda semana de Outubro, é assim esperada uma quebra de 30 por cento em comparação com a primeira semana. Esta redução é mais ligeira do que aconteceu no ano passado, quando a quebra das receitas da primeira para a segunda semana chegou aos 40 por cento.

“A nossa projecção para o mês permanece inalterada por enquanto, com as receitas brutas do jogo a atingirem 23 mil milhões de patacas, o valor mais elevado em seis anos, crescendo entre 11 por cento e 13 por cento em relação ao ano anterior”, foi indicado.

Os analistas do banco afirmaram também esperar que a tendência de crescimento dure até ao próximo ano, com “um crescimento sustentado de dois dígitos das receitas brutas do jogo até, pelo menos, ao primeiro trimestre de 2026”.

7 Out 2025

Porto / Kevin Ho | Emitido alvará de construção para “Torre do JN”

A Câmara do Porto emitiu a 30 de Janeiro um alvará de construção para dar início à obra da adaptação da torre do Jornal de Notícias (JN) em hotel, respondeu a autarquia à Lusa, mas as obras ainda não avançaram. De acordo com o município, o alvará, emitido no início do ano, serve para “obras de demolição, ampliação e alteração para adequar a preexistência a hotel”.

O edifício foi vendido em 2018 pela Global Media à sociedade Authentic Empathy. Desde 2020, pertence apenas a uma das sociedades que a constituíam, a Magnetic Pocket, gerida pelos empresários de Macau Lei Ka Kei e David Siu, gerentes da Burgosublime, cuja empresa-mãe é a sucursal portuguesa da KNJ, de Kevin Ho, recentemente eleito deputado.

O processo da transformação da torre já tem uma década e remonta a 2015, quando deu entrada nos serviços de urbanismo do município um Pedido de Informação Prévia (PIP) para reconverter aquele espaço numa unidade hoteleira com mais de 200 quartos, processo esse que obteve um despacho favorável em Março de 2016 e que “foi sucessivamente revalidado”.

O projecto de arquitectura do futuro “Hotel Jornal” foi entregue ao colectivo Oporto Office for Design and Architecture (OODA). De acordo com o ‘site’ do atelier de arquitectura, o painel de azulejos na fachada da torre, da autoria do escultor Charters de Almeida, será mantido e vai ser demolida uma parte do edifício que fica junto à Estação da Trindade.

Os jornalistas saíram deste espaço em Julho de 2023. Os trabalhadores do JN e do desportivo O Jogo mudaram-se para um edifício na Rua do Monte dos Burgos, na Prelada, e os da TSF para um espaço na Boavista. A torre, da autoria do arquitecto Márcio Freitas, foi a terceira redacção dos trabalhadores daquele jornal, que se mudaram para estas instalações em 1970.

7 Out 2025

Gastronomia | Estudo fala na “subvalorização” do restaurante Fernando

Em “Restaurante Fernando: Um Estudo de Caso sobre Autenticidade Culinária e Património Cultural”, José Ferreira Pinto, docente da Universidade Cidade de Macau, chama a atenção para uma “subvalorização”, por parte das autoridades, do valor cultural do restaurante, destacando a manutenção da identidade do espaço

 

José Ferreira Pinto, docente na área do turismo da Universidade Cidade de Macau (UCM), acaba de publicar um estudo de caso sobre o Restaurante Fernando na plataforma académica CABI Digital Library, intitulado “Restaurante Fernando: Um Estudo de Caso sobre Autenticidade Culinária e Património Cultural”, alertando para a falta de reconhecimento cultural deste espaço por parte das autoridades.

“Para os decisores políticos e programadores de destinos, o [restaurante] Fernando representa um activo subutilizado”, tendo em conta que é um “activo que contribui para a identidade global de Macau e proporciona um modelo de turismo sustentável”.

É ainda explicado que “apesar do estatuto icónico entre os habitantes locais e visitantes internacionais, o Restaurante Fernando não foi formalmente reconhecido pelas instituições oficiais de turismo ou cultura como um dos principais expoentes da marca de destino de Macau”, mas a verdade é que tem “uma influência inegável” nestes campos.

“Há casos documentados de viajantes que voam para Macau apenas para jantar no Fernando antes de regressarem aos seus países de origem, uma prova da sua atracção magnética e valor simbólico”, é acrescentado.

Desta forma, “reconhecer e apoiar estas instituições poderia melhorar as estratégias de ‘branding’ dos destinos e promover ligações mais profundas entre os visitantes e o local”, é referido.

No mesmo estudo de caso, destinado a estudantes universitários e operadores do sector, refere-se que “o Restaurante Fernando é um exemplo convincente de como a autenticidade, quando cultivada de forma cuidada e consistente, pode transcender tendências comerciais e tornar-se numa instituição cultural”.

O Fernando existe desde 1986 em Coloane, junto à Praia de Hac-Sá, sendo desde então um ponto de passagem quase obrigatório para muitos turistas e residentes. Este estudo foi realizado com base “numa combinação de observação etnográfica, conversas qualitativas e evidências documentais”, sendo que em 15 meses foram feitas mais de 20 visitas ao restaurante “para interagir com funcionários, clientes, o proprietário do restaurante e o gerente do restaurante”. Através de “conversas informais, mas sistemáticas”, abordaram-se temas como as “percepções sobre autenticidade, fidelidade do cliente e pressões comerciais”.

Resistir às crises

Outro ponto destacado neste estudo de caso é o facto de o restaurante ter resistido a várias crises ao longo da sua existência. “A perseverança do [restaurante] Fernando durante crises económicas, pandemias e mudanças na dinâmica do turismo oferece uma poderosa lição de resiliência. A sua recusa em comprometer a identidade do restaurante em favor da modernização preservou um espaço que parece intemporal e emocionalmente fundamentado.”

Assim, o autor considera que a manutenção do restaurante tradicional “desafia a lógica dominante da inovação constante na hotelaria e no turismo, sugerindo que a consistência e a fidelidade cultural podem ser igualmente, se não mais, valiosas”.

No tocante ao futuro deste espaço gastronómico bastante conhecido, são deixadas perguntas a que só o próprio Fernando poderá responder: “Deve continuar a resistir à modernização em favor da preservação do espírito original, ou adaptar-se às novas tendências da hotelaria e formalizar a sua marca para atrair públicos mais jovens e mercados internacionais?”

7 Out 2025

Suicídio | Administração deixa de publicar dados

Após, em 2024, o número de suicídios ter atingido o valor mais elevado desde que há registos, os Serviços de Saúde estão desde o segundo trimestre do ano sem apresentar dados sobre o fenómeno. A TDM avança que houve pelo menos 40 suicídios entre Abril e Outubro, mas o número real deve ser superior ao contabilizado

 

Os Serviços de Saúde (SS) deixaram de publicar dados sobre o número de suicídios, uma estatística que costumava ser divulgada trimestralmente. A sonegação dos dados surge depois de em 2024 o valor de suicídios ter sido o mais elevado de sempre no território.

Além de não terem publicado os dados do segundo trimestre, que tendo como referência o ano anterior deveriam ter sido publicados em Agosto, os SS também terão ignorados vários pedidos feitos pelo Canal Macau sobre a compilação desta estatística.

A emissora pública revela que desde Abril apresentou vários pedidos junto dos SS para perceber os motivos do atraso da divulgação dos dados, mas há meses que é ignorada pelo organismo liderado por Alvis Lo. A nova tendência para lidar com as estatísticas de saúde aconteceu também poucos meses depois de Sam Hou Fai ter assumido o cargo de Chefe do Executivo. Esta é uma postura totalmente diferente da adoptada pelos seus antecessores, quando os números eram considerados informação pública.

No primeiro trimestre do ano, foram divulgados 18 casos de suicídio, o que aparentava indicar uma redução de quatro ocorrências em relação ao período entre Janeiro e Março de 2024.

Nesse ano registou-se um total de 90 suicídios, o maior registo desde 2003. No entanto, desde 2021 que se assistia a um crescimento sucessivo do número anual de suicídios, sem que a tendência se invertesse, apesar de as autoridades prometerem regularmente estar a prestar atenção à situação.

Cerca de 40 mortes

Face à ausência de estatística, o Canal Macau recorreu às mensagens partilhadas pela Polícia Judiciária para tentar calcular o número de suicídios.

As mensagens da PJ apresentam desafios na recolha de informações porque muitas vezes classificam os casos simplesmente como “descoberta de cadáver” sem indícios suspeitos de crime, o que nem sempre permite fazer a distinção entre suicídio ou uma morte ligada às condições de saúde da vítima.

Apesar destes desafios, o Canal Macau contabilizou as mensagens em que ficou claro que as mortes se deveram a casos de suicídio e indica que desde Abril até Outubro houve pelo menos 40 pessoas a colocar fim à vida. Todavia, o número real deverá ser mais elevado.

As idades das vítimas não foram apuradas pela emissora, porque a PJ deixou de divulgar as idades, utilizando, ao invés descrições genéricas, como meia idade, um termo que pode abranger pessoas com mais de 30 anos e até aos 65 anos. Ainda assim, a TDM adianta que a maioria das vítimas era de “meia idade”. Registaram-se 10 casos com jovens e um caso com uma menor. Entre as vítimas de suicídio, também surgem alguns casos de idosos.

Todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados ou considerem que se encontram numa situação de desespero devem ligar para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.

7 Out 2025

CCAC | Subcomissário suspeito de abuso de poder

O suspeito terá utilizado o posto de trabalho para atravessar centenas de vezes a fronteira com a família, quando não estava a trabalhar, através de um canal interno destinado aos funcionários

Um subcomissário do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) está a ser investigado pela prática do crime de abuso de poder. Em causa, está o facto de o agente ter utilizado os seus poderes para atravessar a fronteira, muitas vezes acompanhado da família, pelos canais internos dos trabalhadores, de forma a evitar as complicações dos canais normais para residentes e turistas.

A informação foi divulgada na sexta-feira pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC), que aponta que o subcomissário é “suspeito de ter abusado do seu poder, por várias vezes” de forma a “entrar com a sua família em Macau através do posto de migração que estava sob o seu comando”.

Além de utilizar com a família os canais internos para os funcionários, o CCAC indica que o subcomissário também exigia “aos seus subordinados para tratarem das formalidades de passagem nas fronteiras, por forma a contornar os procedimentos normais de controlo aduaneiro no posto fronteiriço”.

A situação das passagens ilegais durou cerca de quatro anos, entre 2020 e 2024, com o subcomissário a ter “aproveitado o seu cartão de identificação policial para aceder ao canal interno destinado aos funcionários na zona interdita, onde foram procedidas as formalidades respeitantes à passagem fronteiriça”. “Além disso, aquando da entrada na RAEM, evitava passar pela zona de inspecção aduaneira, ignorando as formalidades de inspecção aduaneira, as medidas de controlo de migração e a ordem da passagem fronteiriça da RAEM”, foi revelado.

Caso no Ministério Público

“O referido subcomissário é suspeito da prática do crime de abuso de poder previsto e punido pelo Código Penal, tendo o caso sido encaminhado para o Ministério Público e comunicado ao CPSP”, foi divulgado. O crime de abuso de poder está previsto no artigo 347.º do Código Penal e prevê uma pena de prisão de três anos, que também pode ser de multa. É um crime que implica mostrar que o agente teve benefício com a conduta ou que causou danos.

Com a nota de imprensa em que revelou o caso, o CCAC apelou aos agentes para serem rigorosos e não terem quaisquer expectativas de poderem violar a lei sem serem apanhados. “O CCAC reitera que os trabalhadores da função pública, particularmente os agentes da autoridade, devem ser mais rigorosos na sua auto-disciplina e não devem desafiar a lei, na esperança de não serem apanhados”, foi comunicado.

6 Out 2025

Metro | Novo recorde de passageiros em Setembro

No mês passado, registou-se uma média diária de 30.600 passageiros a utilizar o Metro Ligeiro de Macau. É o valor mais elevado desde que os bilhetes começaram a ser pagos. Na comparação com Setembro do ano passado, o número de passageiros mais do que duplicou

O Metro Ligeiro de Macau registou, em média, cerca de 30.600 passageiros por dia em Setembro, o número mais elevado desde que o meio de transporte começou a cobrar tarifas, disse na sexta-feira a operadora. De acordo com dados oficiais, a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, a média de passageiros aumentou 10,9 por cento, em comparação com Agosto, e mais que duplicou em relação ao mesmo mês de 2024.

O metro ligeiro foi inaugurado a 10 de Dezembro de 2019 e esse mês continua a deter o recorde, com uma média diária de 33 mil passageiros. Nessa altura, as viagens foram gratuitas como forma de festejar o início das operações deste meio de transporte.

Em Fevereiro de 2020, com o início da cobrança de tarifas e a detecção dos primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus em Macau, a média diária de passageiros caiu para 1.100. O metro ligeiro voltaria a registar este valor mínimo em Julho de 2022, mês em que a cidade esteve em confinamento durante duas semanas devido a um surto de covid-19.

Ligação à Montanha

Em Dezembro, começou a operar a extensão do metro ligeiro de superfície que liga Macau à vizinha Ilha da Montanha, com 2,2 quilómetros.

Um mês antes, foi inaugurada a linha que vai até Seac Pai Van, um bairro de Coloane onde o governo construiu 60 mil apartamentos de habitação pública. O metro ligeiro arrancou com apenas uma linha, que circulava só na ilha da Taipa, com uma extensão de 9,3 quilómetros e 11 estações, com uma frequência de 10 a 15 minutos, durante quase 17 horas diárias.

A ligação do metro até à Barra, no sul da península de Macau, através do piso inferior da ponte Sai Van, começou a operar em Dezembro de 2023.

Com a extensão do metro ligeiro, as autoridades prevêem que o volume de passageiros atinja 137 mil pessoas por dia, em 2030. O Governo lançou no final de 2022 os concursos para a concepção e construção da Linha Leste do metro ligeiro, que fará a ligação ao norte da península de Macau, onde se situa a principal fronteira com a China continental.

Na quarta-feira, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man, afirmou que o Governo está a planear a extensão do Metro Ligeiro com a construção da Linha Oeste, que vai passar pelo Porto Interior.

Este bairro é regularmente afectado por inundações. Sobre este aspecto, Raymond Tam sublinhou que “é necessário considerar e proceder a um planeamento e estudo de uma série de factores que integram infra-estruturas de prevenção de inundações, arruamentos periféricos, ordenamento e paisagismo”. O metro ligeiro sofreu significativas derrapagens financeiras, bem como nos prazos de execução. A primeira linha, prometida durante mais de uma década, custou 10,2 mil milhões de patacas.

6 Out 2025

Matmo | Quarto tufão em cinco semanas causou um ferido

O sinal número 8 de tufão esteve içado durante cerca de 11 horas, entre as 02h e as 13h de ontem. Além de um ferido, a queda de um andaime de bambu do Edifício Dª. Julieta Nobre de Carvalho levou a que várias estradas fossem encerradas

O tufão Matmo passou a mais de 300 quilómetros de Macau, mas causou um ferido e a queda de um andaime no Toi San obrigou a que algumas vias públicas tivessem de ser encerradas. Estas foram duas das nove ocorrências registadas pelo Centro de Operações de Protecção Civil (COPC) durante aquele que foi o quarto tufão a afectar o território em cinco semanas e que levou a que o sinal número 8 de tufões estivesse içado durante cerca de 11 horas, entre as 02h e as 13h.

Os pormenores sobre os ferimentos causados a um cidadão não foram revelados, mas a ocorrência foi declarada ao COPC pelos Serviços de Saúde e pelo Hospital Kiang Wu, onde a pessoa terá sido tratada.

A passagem do tufão ficou igualmente marcada pela queda de um andaime de bambu na fachada do Edifício Dª. Julieta Nobre de Carvalho. A ocorrência fez com que o viaduto em frente desse prédio tivesse de ser encerrado temporariamente.

Como consequência foram igualmente encerrados de forma temporária um troço da Rua Nova de Toi San, a ligação do cruzamento entre a Avenida de Artur Tamagnini Barbosa e a Avenida do Conselheiro Borja, até ao cruzamento entre a Avenida de Artur Tamagnini Barbosa e a Rua de Lei Pou Chon. Entre as estradas encerradas, encontrava-se também o troço do cruzamento entre a Avenida de Artur Tamagnini Barbosa e a Rua Central De Toi San até ao cruzamento entre o Istmo de Ferreira do Amaral e a Rua Central De Toi San.

A queda do andaime foi incluída nos dados oficiais sobre as ocorrências durante o tufão, com as autoridades a registarem um total de três casos de remoção de andaimes ou objectos em estaleiros caídos, ou que ameaçavam cair, para as vias públicas.

No entanto, o maior número de ocorrências esteve relacionado com a remoção de reboco, reclames, janelas, toldos ou outros objectos em risco de queda, com sete ocorrências. Registaram-se também três casos de remoção de construções, candeeiros ou árvores em risco de queda ou derrubadas.

A passagem do Matmo levou ainda a que nove pessoas tivessem de recorrer aos centros de acolhimento de emergência disponibilizado pelo Instituto de Acção Social (IAS).

Nunca visto

O mais recente tufão a afectar o território ficou igualmente marcado por uma estreia. Pela primeira vez desde que foi inaugurada a Ponte Macau manteve-se aberta ao trânsito, apesar do sinal número 8 de tufão estar içado.

O anúncio de que o tabuleiro central da ponte ia permanecer aberto com o sinal número 8 de tufão foi divulgado na sexta-feira, através do Boletim Oficial. A velocidade da travessia em caso de tufão está limitada a 60 quilómetros por horas.

Com esta infra-estrutura aberta ao trânsito, os condutores passam a ter mais uma alternativa para circularem entre Macau e a Taipa em caso de tufão. Além da Ponte Macau, é igualmente possível circular no tabuleiro inferior da Ponte Sai Van. Em relação aos transportes, a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) revelou que 51 voos foram afectados pelo tufão, com 18 a serem cancelados, 26 a registarem atrasos e sete a sofrerem alterações nos horários.

Explicações e registos

Com o sinal número 8 de tufão a ser substituído, as autoridades emitiram um comunicado a justificar que a distância não é o único motivo tido em conta quando se içam os sinais mais elevados.

“Em termos gerais, os ventos mais intensos verificam-se nas proximidades do centro de uma tempestade tropical. Assim, quanto mais perto do centro, maior a probabilidade de se registarem ventos fortes (equivalentes a um sinal 8) ou ainda mais intensos”, foi explicado. “Contudo, na realidade, a intensidade do vento gerada por uma tempestade tropical é influenciada por diversos factores, incluindo a estrutura da circulação, a interacção entre sistemas meteorológicos e as diferenças na direcção do vento”, foi acrescentado.

Sobre o Matmo, foi indicado que a “ampla extensão dos ventos fortes foi suficiente para afectar a região” e que as “rajadas intensas associadas às bandas de chuva resultaram em ventos que, durante o período do sinal 8, continuaram a atingir ou a ultrapassar o nível 8 em áreas abertas e nas pontes”. “Deste modo, a distância não pode ser o único critério a ser considerado para determinar a necessidade de emitir sinais de tufão”, foi frisado.

Os SMG informaram ainda que esta foi a 12.ª tempestade tropical a afectar Macau este ano, um registo que só encontra paralelo em 1974. Estas tempestades fizeram com que o sinal número 8 fosse içado pela quarta vez no mesmo ano, o que só tinha acontecido em 1993, 2008 e 2022.

Cheias desmentidas

Ontem, circularam nas redes sociais imagens de cheias na zona do Patane. Contudo, as autoridades emitiram um comunicado a indicar que as imagens foram captadas durante o tufão Ragasa, que passou por Macau no mês passado. “Em relação a um vídeo online que alega graves inundações na zona de Patane, o CPSP confirmou no local que não há inundações neste momento. O referido vídeo foi filmado durante a passagem da tempestade tropical Ragasa, que atingiu Macau recentemente.

O COPC apela ao público a evitar criar e espalhar rumores, uma vez que tais actos podem constituir crime”, foi apelado. “O COPC está a monitorizar de forma contínua a situação da cidade e esclarece que foram verificadas pequenas inundações na zona do Porto Interior esta manhã, que já recuaram”, foi adicionado.

6 Out 2025

Comerciantes alertam para consequências do fecho de casinos-satélite

Empresários disseram à Lusa que o encerramento dos casinos-satélite ameaça a sobrevivência de sectores económicos que deles dependem, como as casas de penhores e o comércio de luxo.

As ruas das zonas ZAPE e NAPE, outrora animadas por jogadores, estão a ficar desertas. “As casas de penhores nestas áreas vão simplesmente fechar ou mudar-se. Não vejo outra solução”, disse à Lusa o presidente da Associação Geral dos Penhoristas de Macau, Alexander Wai Kai Leung.

Está previsto que, pelo menos, nove dos 11 casinos satélite da cidade cessem operações até 31 de Dezembro, prazo final de um período de carência de três anos concedido para acordos entre os operadores dos espaços de jogo e os concessionários sob os quais funcionavam.

Entre os casinos-satélite localizados nas áreas da ZAPE e NAPE contam-se o Casa Real, o Fortuna, o Kam Pek, o Landmark, o Legend Palace e o Waldo. A Lusa tentou contactar os hotéis que albergam estes espaços, mas nenhum dos seus colaboradores soube indicar qual será o futuro do local após o encerramento. O Grand Emperor serve de exemplo: o casino fechou há três anos e as instalações permanecem vazias até hoje.

“Se os casinos fecharem, o impacto para nós é significativo. O nosso sustento depende dos jogadores”, salientou Leung, expressando ainda a esperança de que os casinos-satélite permaneçam abertos.

Carta de intenções

A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) disse à Lusa que “pretende atrair visitantes” para a área da ZAPE para apoiar o comércio local. Entre as medidas para o fazer incluem-se a realização de eventos, o melhoramento da paisagem urbana e a oferta de pacotes especiais dirigidos aos espetadores de concertos, que incluam ‘vouchers’ de compras e bilhetes para museus.

Empresários como Leong mantêm-se, não obstante, cépticos. O presidente da associação das casas de penhores questiona estas medidas, considerando-as mesmo inúteis para as casas de penhores.

“A nossa indústria depende dos jogadores como seus principais clientes. Podem atrair pessoas para jantar na rua, mas não vejo como é que isso nos beneficia”, disse, acrescentando que sente que o sector tem sido “marginalizado pelas autoridades, que consideram o negócio de ‘alto risco’ para branqueamento de capitais”. De acordo com a associação, existem cerca de 25 casas de penhores na área da ZAPE e NAPE.

A ameaça estende-se para além das casas de penhores. Montras de lojas como a do Grupo In Vo Chong exibem barbatanas de tubarão, ‘whisky premium’ e Moutai, cativando uma clientela abastada.

O proprietário, Lok Chi Lai, secretário-geral adjunto da Associação dos Comerciantes de Ninhos de Andorinha de Hong Kong e Macau, reconhece os esforços do Governo para aumentar a afluência de outras pessoas que não os frequentadores dos espaços de jogos. Porém, disse à Lusa, estas iniciativas “não conseguem atrair clientes de alta gama para consumir”, apenas atraem “jovens para tirar fotografias”, esclarecendo que existem mais de 40 estabelecimentos deste género nas duas áreas da cidade.

“Quem vem para jogar está disposto a comprar bens de luxo a preços mais elevados para oferecer. Sem estes clientes, o futuro não parece assim tão risonho”, disse Lok. Por outro lado, acrescentou, promover oferta hoteleira situada na ZAPE e na NAPE também é ineficaz porque “os hotéis aqui são antigos (…), e os clientes de alta gama preferem ficar nos hotéis de cinco estrelas em Cotai”.

6 Out 2025

AMCM | Reguladores de Macau e Cabo Verde reforçam cooperação

O novo acordo foi assinado na quinta-feira e anunciado no dia seguinte. A assinatura decorreu durante a 12.º edição do Encontro de Governadores dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa, na Cidade da Praia

 

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) anunciou ter assinado um novo acordo para “aprofundar a cooperação” em matéria na supervisão financeira com o banco central de Cabo Verde. O regulador financeiro disse que o protocolo com o Banco de Cabo Verde abrange o “combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, a cooperação técnica, a formação de quadros profissionais”.

De acordo com um comunicado, o acordo cobre ainda “a supervisão e o intercâmbio relativos a serviços financeiros emergentes, com o objectivo de salvaguardar em conjunto a segurança e a estabilidade dos respectivos sistemas financeiros”. O documento foi assinado na quinta-feira, durante a 12.º edição do Encontro de Governadores dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa, realizado na capital de Cabo Verde, Praia.

A reunião, que decorreu à porta fechada incluiu intervenções de governadores e representantes dos bancos centrais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste assim como do Banco Central dos Estados da África Ocidental e do Banco dos Estados da África Central.

“Esta iniciativa simboliza um aprofundamento da cooperação e intercâmbio entre as duas instituições no domínio da supervisão financeira,” acrescentou a AMCM. “Este novo acordo foca-se particularmente na colaboração em matéria de supervisão prudencial, estabelecendo um quadro específico para a cooperação entre a AMCM e o Banco de Cabo Verde,” acrescentou o regulador.

Desde 1999

A AMCM assinou o primeiro acordo de cooperação e assistência técnica com o Banco de Cabo Verde em 1999. Em Setembro de 2024, durante a segunda Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que decorreu em Macau, o regulador financeiro de Macau anunciou que iria actualizar o protocolo com a institução homóloga de Cabo Verde.

A AMCM já celebrou acordos de cooperação bilateral com 12 autoridades de supervisão financeira de oito países de língua portuguesa.

6 Out 2025

Tráfico humano | Governo em “forte oposição” a relatório norte-americano

O Governo da RAEM voltou a reagir com repúdio a um relatório do Departamento de Estado da Administração Trump, desta vez sobre tráfico humano. O documento salienta que desde 2021 não houve condenações de traficantes, enquanto o Executivo denuncia preconceitos e “interferência grave e expressa nos assuntos internos da RAEM”

 

“Este ‘relatório’ denegriu a RAEM e contém afirmações difamatórias e arbitrárias relativas aos frutos notáveis obtidos pela RAEM, pelo que o mesmo não tem nenhuma credibilidade. Os EUA têm elaborado, ano após ano, relatórios com informações falsas relativas às questões de tráfico de pessoas, numa tentativa de lançar a confusão na sociedade internacional, constituindo uma interferência grave e expressa nos assuntos internos da RAEM. Por estas razões, as autoridades de segurança repudiam veementemente este “relatório” e demonstram fortemente a sua insatisfação”. Foi desta forma que o Governo de Sam Hou Fai reagiu a mais um relatório elaborado pelo Departamento de Estado norte-americano sobre tráfico humano, publicado na segunda-feira.

A forte oposição do Executivo local foi tornada pública na terça-feira ao fim do dia, com o Governo a referir que o documento “está repleto de preconceitos políticos e juízos subjectivos, além de ignorar os factos objectivos”.

O facto, evidenciado pelo departamento liderado por Marco Rubio, de que Macau raramente condena suspeitos envolvidos em tráfico humano, ou identifica vítimas, é justificado pelos “esforços conjuntos” do Governo e da sociedade de Macau. “Os crimes relacionados com o tráfico de pessoas têm sempre registado uma baixa percentagem ou uma percentagem quase nula, o que demonstra que Macau é uma das cidades mais seguras do mundo”, realça o Governo.

O valor da palavra

O organismo que pertence à Administração Trump reconhece que o Governo de Macau “deu alguns passos para combater o tráfico humano, nomeadamente investigando um potencial caso, treinando pessoal e organizando seminários em escolas para aumentar a consciencialização para o tema”. Porém, “os esforços gerais de aplicação da lei contra o tráfico e de protecção às vítimas continuaram inadequados”, é indicado.

O relatório destaca também que as autoridades da RAEM consideraram no passado que o consentimento inicial da vítima ou a sua “associação voluntária” com um traficante constituíam provas suficientes para demonstrar que não tinha ocorrido um crime de tráfico”. Essa postura, segundo o Departamento de Estado, faz com que as autoridades tratem os casos de tráfico como outros crimes e enfraquece os esforços de identificação das vítimas.

São também realçados relatos de observadores que apontaram a falta de legislação abrangente contra o tráfico na China afectou negativamente a capacidade das autoridades de Macau de conduzir operações conjuntas, algo que provocou um “impacto desproporcional” no combate ao tráfico humano, uma vez que as “vítimas exploradas em Macau eram predominantemente do Interior da China”.

3 Out 2025