Orquestra Filarmónica da China estreia-se em Portugal no domingo

[dropcap]A[/dropcap] Orquestra Filarmónica da China estreia-se em Portugal, no próximo domingo à tarde, com um concerto sob a direcção do maestro Huang Yi, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, divulgou a instituição.

O programa do concerto envolve obras de Richard Strauss (a primeira e a última das “Quatro Últimas Canções”, em transcrições de Zou Ye), o 1.º Concerto para piano e orquestra de Tchaikovsky, com o pianista Tony Siqi Yun, como solista, e a 8.ª Sinfonia de Antonín Dvorak.

O maestro Huang Yi, de 33 anos, que também lidera as sinfónicas Kunming Nie’er e da Companhia Nacional de Bailado da China, estudou no Conservatório Central de Pequim e, posteriormente, com Christian Ehwald e Hans-Dieter Baum, na Escola Superior de Música Hanns Eisler, em Berlim.

O pianista Tony Siqi Yun, por seu lado, nasceu há 18 anos, em Toronto, no Canadá. Estuda Composição e Direcção de Orquestra na Julliard School, em Nova Iorque, e já conquistou vários prémios, entre os quais a medalha de ouro da China International Music Competition, em 2014.
Tony Siqi Yun já tocou com as orquestras de Filadélfia e de Cleveland, e apresentou-se a solo na Sala Cortot, em Paris, e no Steinway Hall, em Nova Iorque.

Huang Yi dirigiu orquestras como a Konzerthaus Berlin, a Sinfónica de Frankfurt e a de Brandemburgo, a Filarmónica de Hong Kong e as orquestras de Shanghai e de Guangzhou.

Este concerto, com entrada gratuita, assinala o 40.º aniversário do Estabelecimento das Relações Diplomáticas entre Portugal e a República Popular da China, e insere-se na digressão da orquestra pelos países do Mediterrâneo.

A Orquestra Filarmónica da China surgiu em 2000 sendo seu maestro titular Long Yu, que já dirigiu a Orquestra Sinfónica de Chicago, a Orquestra de Filadélfia e a Sinfónica da Rádio Berlim, entre outras.

18 Out 2019

Música tradicional de Xangai e artistas locais abrilhantam fim-de-semana

[dropcap]O[/dropcap] magnífico cenário da Casa do Mandarim será palco para os concertos a cargo da Sociedade de Música Tradicional de Xangai, marcados para as 20h de sexta-feira a domingo. O espectáculo faz parte do cartaz do Festival Internacional de Música de Macau.

O tipo de música em questão é designado como jiangnan sizhu, um estilo tradicional de música tradicional instrumental da província de Jiangnan. Este tipo de expressão cultural foi inscrito na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial.

“Estabelecida na década de 1940, a Sociedade de Música Tradicional de Xangai é uma organização musical chinesa não governamental fundada por Sun Yude, um aprendiz de Wang Yuting, famoso músico de pipa. No início da sua carreira, Sun era conhecido pelas suas apresentações de pipa e, também, por ser um exímio intérprete de dongxiao, sendo considerado, na China e no exterior, o ‘Rei do Dongxiao’”, lê-se no comunicado do Instituto Cultural (IC).

O IC refere ainda que a “Sociedade de Música Tradicional de Xangai pretende preservar as músicas tradicionais de Jiangnan Sizhu e manter os seus ritmos e temperamentos elegantes e suaves”. O preço dos ingressos é 150 patacas.

Juventude solista

Outra proposta cultural para este fim-de-semana é o concerto Bravo Macau!, marcado para o próximo sábado, às 20h, no Teatro Dom Pedro V. O Bravo Macau! é uma plataforma que pretende mostrar o talento das “jovens estrelas da música local”. Desta feita, a iniciativa leva ao palco dois jovens músicos que apresentam música tradicional chinesa.

Choi Hio Lam é uma das jovens estrelas que subirá ao palco do Teatro Dom Pedro V. A artista “formou-se na Escola Secundária Pui Ching de Macau, em 2017, e foi a primeira aluna recomendada pela escola para admissão directa ao Conservatório Central de Música”.

O outro elemento que toca no sábado é Fang Teng. “Em 2014, ganhou o primeiro prémio da categoria avançada de solo de erhu no Concurso para Jovens Músicos de Macau. Fez uma digressão com a Orquestra Chinesa de Macau como músico convidado e toca, frequentemente, com a Orquestra Chinesa da Radiodifusão da China e com o Ensemble de Música e Dança da China”.

Os solistas vão ser acompanhados por Yang Xiaofan (Piano), Kuan Mei Ian (Percussão) e Chen Hui Xin (Yangqin). Os bilhetes para o concerto têm um preço que varia entre as 120 e as 150 patacas.

18 Out 2019

Música | Bandas como os TFBoys promovem nacionalismo através da Pop

A boy band chinesa TFBoys é a materialização do soft power do regime de Pequim. Com uma mensagem baseada na propaganda nacionalista do partido, a banda tornou-se num fenómeno de popularidade, com 200 milhões de seguidores no Weibo

 

[dropcap]E[/dropcap]m cima de uma sonoridade que podia ser banda sonora dos “Morangos com Açúcar”, os TFBoys cantam, desde o início da carreira, músicas sancionadas e patrocinadas por Pequim que promovem o nacionalismo. Exemplo disso mesmo é a muitíssima popular versão de “We Are the Heirs of Communism”, que em tradução livre para português será qualquer coisa como “Somos os herdeiros do comunismo”.

“A Liga da Juventude Comunista da China tem usado ídolos de pop para atrair os mais jovens e nós sabemos disso. Mas para os nossos ídolos sobreviverem no mercado e terem sucesso, isto é o que têm de fazer. Portanto, nós publicamos comentários patrióticos nos seus posts”, diz Linda Li citada pelo South China Morning Post.

Para a jovem de 19 anos, que estuda numa universidade australiana, apoiar a sua banda favorita vai muito além de comprar música ou ir a concertos. Ser fã dos TFBoys significa publicar mensagens nacionalistas pro-China nas redes sociais, mais recentemente a favor do Executivo de Carrie Lam e contra o movimento pró-democrata de Hong Kong.

A banda, cujo nome significa The Fighting Boys, marca presença regular em eventos do Partido Comunista Chinês e aparece regularmente nos média estatais. Além disso, um dos membros da boy band participou em 2015 na conferência “Juventude Excelente”, organizada pela Liga da Juventude Comunista de onde nasceram personalidades de relevo da política chinesa como Hu Jintao.

Fenómeno de popularidade

A fama dos TFBoys ultrapassa as fronteiras da China e vai até onde estiver um jovem chinês. Depois de completar um ano de carreira, o trio já era um dos fenómenos de popularidade, principalmente com o sucesso do single “Manual of Youth”. O valor comercial estimado dos TFBoys é de 430 milhões de dólares, uma loucura consumada pelas vendas de merchandising que, por cada elemento da banda, atingem 17 milhões de dólares por mês.

Um produto da campanha nacionalista de Xi Jinping, a fama da mais popular banda chinesa alastrou pela Ásia. Um dos grupos vietnamitas de Facebook dos TFBoys tem 170 mil seguidores.

Outro grupo de Taiwan tem mais de 60 mil fãs, a página Twitter de seguidores tailandeses é acompanhada por mais de 31 mil pessoas.

As vidas dos membros dos TFBoys transformaram-se em exemplos para gerações de jovens chineses. Além de difusores da propaganda partidária, as jovens estrelas precisam manter uma aparência social de role-models. Papel que foi colocado em causa há 6 meses quando Roy Wang foi apanhado a fumar num restaurante em Pequim. O jovem que havia sido distinguido como uma das figuras públicas mais socialmente responsável, provocou uma enorme convulsão mediática depois da divulgação da imagem em que é visto a fumar.

Como não poderia deixar de ser, Wang recorreu à plataforma digital Weibo, onde tem mais de 72 milhões de seguidores, para pedir desculpas. “Este incidente fez-me reflectir profundamente no meu comportamento e em quem eu sou. Estou muito arrependido e envergonhado pelo impacto social negativo que possa ter criado”, declarou à altura a jovem estrela.

Cantar o amor à nação

A boy band chinesa TFBoys é a materialização do soft power do regime de Pequim. Com uma mensagem baseada na propaganda nacionalista do partido, a banda tornou-se num fenómeno de popularidade, com 200 milhões de seguidores no Weibo

Em cima de uma sonoridade que podia ser banda sonora dos “Morangos com Açúcar”, os TFBoys cantam, desde o início da carreira, músicas sancionadas e patrocinadas por Pequim que promovem o nacionalismo. Exemplo disso mesmo é a muitíssima popular versão de “We Are the Heirs of Communism”, que em tradução livre para português será qualquer coisa como “Somos os herdeiros do comunismo”.

“A Liga da Juventude Comunista da China tem usado ídolos de pop para atrair os mais jovens e nós sabemos disso. Mas para os nossos ídolos sobreviverem no mercado e terem sucesso, isto é o que têm de fazer. Portanto, nós publicamos comentários patrióticos nos seus posts”, diz Linda Li citada pelo South China Morning Post.

Para a jovem de 19 anos, que estuda numa universidade australiana, apoiar a sua banda favorita vai muito além de comprar música ou ir a concertos. Ser fã dos TFBoys significa publicar mensagens nacionalistas pro-China nas redes sociais, mais recentemente a favor do Executivo de Carrie Lam e contra o movimento pró-democrata de Hong Kong.

A banda, cujo nome significa The Fighting Boys, marca presença regular em eventos do Partido Comunista Chinês e aparece regularmente nos média estatais. Além disso, um dos membros da boy band participou em 2015 na conferência “Juventude Excelente”, organizada pela Liga da Juventude Comunista de onde nasceram personalidades de relevo da política chinesa como Hu Jintao.

Fenómeno de popularidade

A fama dos TFBoys ultrapassa as fronteiras da China e vai até onde estiver um jovem chinês. Depois de completar um ano de carreira, o trio já era um dos fenómenos de popularidade, principalmente com o sucesso do single “Manual of Youth”. O valor comercial estimado dos TFBoys é de 430 milhões de dólares, uma loucura consumada pelas vendas de merchandising que, por cada elemento da banda, atingem 17 milhões de dólares por mês.

Um produto da campanha nacionalista de Xi Jinping, a fama da mais popular banda chinesa alastrou pela Ásia. Um dos grupos vietnamitas de Facebook dos TFBoys tem 170 mil seguidores. Outro grupo de Taiwan tem mais de 60 mil fãs, a página Twitter de seguidores tailandeses é acompanhada por mais de 31 mil pessoas.

As vidas dos membros dos TFBoys transformaram-se em exemplos para gerações de jovens chineses. Além de difusores da propaganda partidária, as jovens estrelas precisam manter uma aparência social de role-models. Papel que foi colocado em causa há 6 meses quando Roy Wang foi apanhado a fumar num restaurante em Pequim. O jovem que havia sido distinguido como uma das figuras públicas mais socialmente responsável, provocou uma enorme convulsão mediática depois da divulgação da imagem em que é visto a fumar.

Como não poderia deixar de ser, Wang recorreu à plataforma digital Weibo, onde tem mais de 72 milhões de seguidores, para pedir desculpas. “Este incidente fez-me reflectir profundamente no meu comportamento e em quem eu sou. Estou muito arrependido e envergonhado pelo impacto social negativo que possa ter criado”, declarou à altura a jovem estrela.

18 Out 2019

Música | Bandas como os TFBoys promovem nacionalismo através da Pop

A boy band chinesa TFBoys é a materialização do soft power do regime de Pequim. Com uma mensagem baseada na propaganda nacionalista do partido, a banda tornou-se num fenómeno de popularidade, com 200 milhões de seguidores no Weibo

 
[dropcap]E[/dropcap]m cima de uma sonoridade que podia ser banda sonora dos “Morangos com Açúcar”, os TFBoys cantam, desde o início da carreira, músicas sancionadas e patrocinadas por Pequim que promovem o nacionalismo. Exemplo disso mesmo é a muitíssima popular versão de “We Are the Heirs of Communism”, que em tradução livre para português será qualquer coisa como “Somos os herdeiros do comunismo”.
“A Liga da Juventude Comunista da China tem usado ídolos de pop para atrair os mais jovens e nós sabemos disso. Mas para os nossos ídolos sobreviverem no mercado e terem sucesso, isto é o que têm de fazer. Portanto, nós publicamos comentários patrióticos nos seus posts”, diz Linda Li citada pelo South China Morning Post.
Para a jovem de 19 anos, que estuda numa universidade australiana, apoiar a sua banda favorita vai muito além de comprar música ou ir a concertos. Ser fã dos TFBoys significa publicar mensagens nacionalistas pro-China nas redes sociais, mais recentemente a favor do Executivo de Carrie Lam e contra o movimento pró-democrata de Hong Kong.
A banda, cujo nome significa The Fighting Boys, marca presença regular em eventos do Partido Comunista Chinês e aparece regularmente nos média estatais. Além disso, um dos membros da boy band participou em 2015 na conferência “Juventude Excelente”, organizada pela Liga da Juventude Comunista de onde nasceram personalidades de relevo da política chinesa como Hu Jintao.

Fenómeno de popularidade

A fama dos TFBoys ultrapassa as fronteiras da China e vai até onde estiver um jovem chinês. Depois de completar um ano de carreira, o trio já era um dos fenómenos de popularidade, principalmente com o sucesso do single “Manual of Youth”. O valor comercial estimado dos TFBoys é de 430 milhões de dólares, uma loucura consumada pelas vendas de merchandising que, por cada elemento da banda, atingem 17 milhões de dólares por mês.
Um produto da campanha nacionalista de Xi Jinping, a fama da mais popular banda chinesa alastrou pela Ásia. Um dos grupos vietnamitas de Facebook dos TFBoys tem 170 mil seguidores.
Outro grupo de Taiwan tem mais de 60 mil fãs, a página Twitter de seguidores tailandeses é acompanhada por mais de 31 mil pessoas.
As vidas dos membros dos TFBoys transformaram-se em exemplos para gerações de jovens chineses. Além de difusores da propaganda partidária, as jovens estrelas precisam manter uma aparência social de role-models. Papel que foi colocado em causa há 6 meses quando Roy Wang foi apanhado a fumar num restaurante em Pequim. O jovem que havia sido distinguido como uma das figuras públicas mais socialmente responsável, provocou uma enorme convulsão mediática depois da divulgação da imagem em que é visto a fumar.
Como não poderia deixar de ser, Wang recorreu à plataforma digital Weibo, onde tem mais de 72 milhões de seguidores, para pedir desculpas. “Este incidente fez-me reflectir profundamente no meu comportamento e em quem eu sou. Estou muito arrependido e envergonhado pelo impacto social negativo que possa ter criado”, declarou à altura a jovem estrela.

Cantar o amor à nação

A boy band chinesa TFBoys é a materialização do soft power do regime de Pequim. Com uma mensagem baseada na propaganda nacionalista do partido, a banda tornou-se num fenómeno de popularidade, com 200 milhões de seguidores no Weibo
Em cima de uma sonoridade que podia ser banda sonora dos “Morangos com Açúcar”, os TFBoys cantam, desde o início da carreira, músicas sancionadas e patrocinadas por Pequim que promovem o nacionalismo. Exemplo disso mesmo é a muitíssima popular versão de “We Are the Heirs of Communism”, que em tradução livre para português será qualquer coisa como “Somos os herdeiros do comunismo”.
“A Liga da Juventude Comunista da China tem usado ídolos de pop para atrair os mais jovens e nós sabemos disso. Mas para os nossos ídolos sobreviverem no mercado e terem sucesso, isto é o que têm de fazer. Portanto, nós publicamos comentários patrióticos nos seus posts”, diz Linda Li citada pelo South China Morning Post.
Para a jovem de 19 anos, que estuda numa universidade australiana, apoiar a sua banda favorita vai muito além de comprar música ou ir a concertos. Ser fã dos TFBoys significa publicar mensagens nacionalistas pro-China nas redes sociais, mais recentemente a favor do Executivo de Carrie Lam e contra o movimento pró-democrata de Hong Kong.
A banda, cujo nome significa The Fighting Boys, marca presença regular em eventos do Partido Comunista Chinês e aparece regularmente nos média estatais. Além disso, um dos membros da boy band participou em 2015 na conferência “Juventude Excelente”, organizada pela Liga da Juventude Comunista de onde nasceram personalidades de relevo da política chinesa como Hu Jintao.

Fenómeno de popularidade

A fama dos TFBoys ultrapassa as fronteiras da China e vai até onde estiver um jovem chinês. Depois de completar um ano de carreira, o trio já era um dos fenómenos de popularidade, principalmente com o sucesso do single “Manual of Youth”. O valor comercial estimado dos TFBoys é de 430 milhões de dólares, uma loucura consumada pelas vendas de merchandising que, por cada elemento da banda, atingem 17 milhões de dólares por mês.
Um produto da campanha nacionalista de Xi Jinping, a fama da mais popular banda chinesa alastrou pela Ásia. Um dos grupos vietnamitas de Facebook dos TFBoys tem 170 mil seguidores. Outro grupo de Taiwan tem mais de 60 mil fãs, a página Twitter de seguidores tailandeses é acompanhada por mais de 31 mil pessoas.
As vidas dos membros dos TFBoys transformaram-se em exemplos para gerações de jovens chineses. Além de difusores da propaganda partidária, as jovens estrelas precisam manter uma aparência social de role-models. Papel que foi colocado em causa há 6 meses quando Roy Wang foi apanhado a fumar num restaurante em Pequim. O jovem que havia sido distinguido como uma das figuras públicas mais socialmente responsável, provocou uma enorme convulsão mediática depois da divulgação da imagem em que é visto a fumar.
Como não poderia deixar de ser, Wang recorreu à plataforma digital Weibo, onde tem mais de 72 milhões de seguidores, para pedir desculpas. “Este incidente fez-me reflectir profundamente no meu comportamento e em quem eu sou. Estou muito arrependido e envergonhado pelo impacto social negativo que possa ter criado”, declarou à altura a jovem estrela.

18 Out 2019

Oktoberfest | Nova edição arranca hoje no MGM

[dropcap]C[/dropcap]omeça hoje uma nova edição do Oktoberfest no MGM Cotai, que decorre até ao dia 28 deste mês, à excepção do dia 20. O evento deste ano celebra os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China e, nesse sentido, serão feitos descontos a todos os residentes de Macau.

A banda “Högl Fun Band” irá actuar no Oktoberfest, apresentando uma canção especial sobre essa efeméride, intitulada “Nei Hou, Macau!”, com algumas frases em cantonês para celebrar o intercâmbio cultural existente no território.

17 Out 2019

Oktoberfest | Nova edição arranca hoje no MGM

[dropcap]C[/dropcap]omeça hoje uma nova edição do Oktoberfest no MGM Cotai, que decorre até ao dia 28 deste mês, à excepção do dia 20. O evento deste ano celebra os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China e, nesse sentido, serão feitos descontos a todos os residentes de Macau.
A banda “Högl Fun Band” irá actuar no Oktoberfest, apresentando uma canção especial sobre essa efeméride, intitulada “Nei Hou, Macau!”, com algumas frases em cantonês para celebrar o intercâmbio cultural existente no território.

17 Out 2019

Plataforma “Unitygate” apresenta projectos em Macau 

[dropcap]A[/dropcap] plataforma “Unitygate” apresentou ontem o seu programa de eventos em Macau, que decorre até ao dia 10 de Novembro em diferentes locais do território e com o apoio de vários parceiros, como a Fundação Rui Cunha ou a Casa de Portugal em Macau, entre outros.

O primeiro evento acontece este sábado e insere-se no programa do Festival da Lusofonia. O espectáculo “Fado Nosso” apresenta um solo de dança contemporânea com fados de Amália Rodrigues, tendo coreografia e interpretação de Sandra Battaglia, da Amalgama – Companhia de Dança. Segue-se, no dia 26 deste mês, o espectáculo de dança e teatro “Esperpento”, a ter lugar na Casa Garden, promovido pelo Clube dos Amigos do Riquexó e Amalgama. De acordo com uma nota oficial, este espectáculo pretende fazer “rir, chorar e pensar” o público, pois “faz uma viagem guiada por uma imagem reflectida num espelho, a imagem que temos de nós, a imagem que os outros têm, e a imagem que gostaríamos de ter”.

Em Novembro, no dia 2, decorre, em parceria com um estúdio de yoga, um workshop de ballet e dança criativa para crianças, com Alexandra Battaglia. Trata-se de uma “sessão aberta a todos que queiram experimentar as bases da dança clássica sem formatações, mas na sua essência mais significativa para a criança, sensibilidade, postura, musicalidade, coordenação por uma vertente criativa, lúdica e emocional, tão importante para o desenvolvimento harmonioso do ser”, aponta a mesma nota. Estão também agendados outros workshops.

Histórias do momento

No dia 10 de Novembro, haverá lugar a um outro workshop, desta vez no Jardim da Flora, intitulado “Contos e Histórias Inventadas”, com a participação do fotógrafo António Mil-Homens. “Dando corpo a mais um projecto antigo, já ‘ensaiado’ há muito tempo atrás, António Duarte Mil-Homens propõe-se, a partir de sugestões das crianças participantes, colher da sua memória e imaginação Histórias no momento inventadas. A gravação, feita em simultâneo, será depois transcrita e posteriormente editada”, explica o comunicado.

Outro dos eventos que faz parte do programa da plataforma “Unitygate” para Macau, e que acontece dia 7 de Novembro, é o “Forum Network – Arte e Movimento na Escola”, em parceria com a Fundação Rui Cunha. Trata-se de uma palestra e mesa redonda sobre a reflexão do papel do movimento criativo e artístico na Educação. “A ideia é criarmos um espaço informal de apresentações e debate sobre o assunto, aproximando pessoas, artes, partilhando saberes, experiências e exemplos, sobre um assunto da maior importância na educação da pessoa e das sociedades”, conclui o mesmo comunicado.

17 Out 2019

Armazém do Boi | Festival Internacional de Artes Performativas este fim-de-semana

Decorre este fim-de-semana o Festival Internacional de Artes Performativas no Armazém do Boi que tem como tema “Poemas Sem Título”. Mais de uma dezena de artistas, oriundos da China, Europa e América Latina, vão mostrar o seu trabalho durante três dias numa tentativa de revelar um pluralismo ao nível das artes plásticas, sempre com a humanidade como tema central

 

[dropcap]A[/dropcap]quele que é considerado um dos maiores eventos anuais do Armazém do Boi acontece este fim-de-semana, entre 18 e 20 de Outubro. O Festival Internacional de Artes Performativas (MIPAF, na sigla inglesa) contém um cartaz com 18 artistas vindos de países tão diferentes como a China, Suíça ou Chile, que vão revelar o seu trabalho lado a lado com artistas de Macau.

A exposição, intitulada “Poemas Sem Título”, tem como objectivo “adoptar a troca de abordagens artísticas com uma manifestação de distintas personalidades”. “É objectivo do MIPAF revelar uma nova geração de artistas, com os seus personagens idiossincráticas e disposições para as práticas criativas”, acrescenta a mesma nota.

A curadoria desta mostra está a cargo de Noah Ng, que seleccionou trabalhos que resultam de “diálogos multifacetados que invocam transformações culturais, teorias sociais realizadas de forma dinâmica, psico-análise e ecologia política”. A diversidade cultural dos artistas visa levar o público a estimular a imaginação, graças às “profundas preocupações sobre a humanidade” reveladas pelos trabalhos expostos.

Humanidade em foco

Na mesma nota, os promotores do MIPAF esclarecem que a humanidade é o tema central destes trabalhos, com uma ligação à poesia chinesa tradicional. “A poesia chinesa tradicional enfatiza a verdadeira essência da literatura clássica, e numa nota curiosa alguns poemas foram deixados ‘sem título’. Os trabalhos ‘sem título’ podem indicar que é melhor deixar algumas coisas sem nome, ou significa que o seu autor não quis contextualizar o que viu, ao revelar o tema da poesia. Deixar algo por dizer pode ser uma poderosa ferramenta.”

“Poemas Sem Título” é, acima de tudo, uma mostra que visa apresentar “uma visão compreensiva de trabalhos regionais e internacionais ligados a questões humanitárias”.

As performances podem ser vistas esta sexta-feira, entre as 19h00 e 22h00, sábado, entre as 14h00 e as 18h00, e domingo das 13h00 às 20h00. A entrada é gratuita. Além dos artistas individuais, o Armazém do Boi vai também contar com a presença do colectivo PRINZpod, oriundo da Áustria, composto pelos artistas Brigitte Podgorschek e Wolfgang Podgorschek. Do Chile chega o projecto DEFORMES, com Gonzalo Rabanal, Valeria León Ibánez e Teresa Catalina Varas Reyes.

O Armazém do Boi conta com o apoio da Fundação Macau para esta iniciativa, além de outras entidades internacionais.

17 Out 2019

Armazém do Boi | Festival Internacional de Artes Performativas este fim-de-semana

Decorre este fim-de-semana o Festival Internacional de Artes Performativas no Armazém do Boi que tem como tema “Poemas Sem Título”. Mais de uma dezena de artistas, oriundos da China, Europa e América Latina, vão mostrar o seu trabalho durante três dias numa tentativa de revelar um pluralismo ao nível das artes plásticas, sempre com a humanidade como tema central

 
[dropcap]A[/dropcap]quele que é considerado um dos maiores eventos anuais do Armazém do Boi acontece este fim-de-semana, entre 18 e 20 de Outubro. O Festival Internacional de Artes Performativas (MIPAF, na sigla inglesa) contém um cartaz com 18 artistas vindos de países tão diferentes como a China, Suíça ou Chile, que vão revelar o seu trabalho lado a lado com artistas de Macau.
A exposição, intitulada “Poemas Sem Título”, tem como objectivo “adoptar a troca de abordagens artísticas com uma manifestação de distintas personalidades”. “É objectivo do MIPAF revelar uma nova geração de artistas, com os seus personagens idiossincráticas e disposições para as práticas criativas”, acrescenta a mesma nota.
A curadoria desta mostra está a cargo de Noah Ng, que seleccionou trabalhos que resultam de “diálogos multifacetados que invocam transformações culturais, teorias sociais realizadas de forma dinâmica, psico-análise e ecologia política”. A diversidade cultural dos artistas visa levar o público a estimular a imaginação, graças às “profundas preocupações sobre a humanidade” reveladas pelos trabalhos expostos.

Humanidade em foco

Na mesma nota, os promotores do MIPAF esclarecem que a humanidade é o tema central destes trabalhos, com uma ligação à poesia chinesa tradicional. “A poesia chinesa tradicional enfatiza a verdadeira essência da literatura clássica, e numa nota curiosa alguns poemas foram deixados ‘sem título’. Os trabalhos ‘sem título’ podem indicar que é melhor deixar algumas coisas sem nome, ou significa que o seu autor não quis contextualizar o que viu, ao revelar o tema da poesia. Deixar algo por dizer pode ser uma poderosa ferramenta.”
“Poemas Sem Título” é, acima de tudo, uma mostra que visa apresentar “uma visão compreensiva de trabalhos regionais e internacionais ligados a questões humanitárias”.
As performances podem ser vistas esta sexta-feira, entre as 19h00 e 22h00, sábado, entre as 14h00 e as 18h00, e domingo das 13h00 às 20h00. A entrada é gratuita. Além dos artistas individuais, o Armazém do Boi vai também contar com a presença do colectivo PRINZpod, oriundo da Áustria, composto pelos artistas Brigitte Podgorschek e Wolfgang Podgorschek. Do Chile chega o projecto DEFORMES, com Gonzalo Rabanal, Valeria León Ibánez e Teresa Catalina Varas Reyes.
O Armazém do Boi conta com o apoio da Fundação Macau para esta iniciativa, além de outras entidades internacionais.

17 Out 2019

Exposição | “Chapas Sínicas” na Torre do Tombo, em Lisboa, até 8 de Fevereiro

[dropcap]A[/dropcap] exposição “Chapas Sínicas – Histórias de Macau na Torre do Tombo”, co-organizada pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo e pelo Arquivo de Macau do Instituto Cultural (IC), está patente ao público até dia 8 de Fevereiro. Em 2016 e 2017, a colecção foi inscrita no Registo da Memória do Mundo para a Ásia-Pacífico a nível regional e no Registo da Memória do Mundo, respectivamente.

As Chapas Sínicas são uma colecção composta por mais de 3.600 documentos, incluindo registos oficiais de Macau redigidos em chinês durante a Dinastia Qing, ofícios traduzidos para português e outros documentos diversos, documentação esta que se encontra conservada no acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal.

Os registos reflectem as condições da sociedade, a vida das pessoas, o desenvolvimento urbano e o comércio de Macau durante a dinastia Qing, representando ainda a importância de Macau para o mundo e registando histórias que, embora tenham ocorrido em Macau, são de relevância histórica para a China e Portugal, bem como para a história mundial. A exposição esteve já patente em Macau no ano de 2018.

16 Out 2019

Exposição | “Chapas Sínicas” na Torre do Tombo, em Lisboa, até 8 de Fevereiro

[dropcap]A[/dropcap] exposição “Chapas Sínicas – Histórias de Macau na Torre do Tombo”, co-organizada pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo e pelo Arquivo de Macau do Instituto Cultural (IC), está patente ao público até dia 8 de Fevereiro. Em 2016 e 2017, a colecção foi inscrita no Registo da Memória do Mundo para a Ásia-Pacífico a nível regional e no Registo da Memória do Mundo, respectivamente.
As Chapas Sínicas são uma colecção composta por mais de 3.600 documentos, incluindo registos oficiais de Macau redigidos em chinês durante a Dinastia Qing, ofícios traduzidos para português e outros documentos diversos, documentação esta que se encontra conservada no acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal.
Os registos reflectem as condições da sociedade, a vida das pessoas, o desenvolvimento urbano e o comércio de Macau durante a dinastia Qing, representando ainda a importância de Macau para o mundo e registando histórias que, embora tenham ocorrido em Macau, são de relevância histórica para a China e Portugal, bem como para a história mundial. A exposição esteve já patente em Macau no ano de 2018.

16 Out 2019

Livros | Margaret Atwood e Bernardine Evaristo vencem prémio Booker

[dropcap]A[/dropcap] canadiana Margaret Atwood e a britânica Bernardine Evaristo venceram ontem, em conjunto, o prémio Booker, o mais prestigiado prémio literário de língua inglesa, foi anunciado.

Margaret Atwood, que é a quarta figura a conquistar duas vezes o prémio, foi galardoada pela sequela de “A História de uma Serva”, intitulada “The Testaments”, livro-sensação do Outono, que a Bertrand disse à Lusa, há algumas semanas, não saber ainda se vai ou não editar.

Atwood já tinha vencido em 2000 com “O Assassino Cego” (editado em 2009 pela Bertrand em Portugal). Já Bernardine Evaristo, que ficará na história por ter sido a primeira mulher negra a ganhar o prémio, foi escolhida pelo livro “Girl, Woman, Other”.

Nascida de pais ingleses e nigerianos, Bernardine Evaristo é autora de oito livros e ensina escrita criativa na Universidade de Brunel, em Londres.

Os livros vencedores foram escolhidos entre 151 submetidos, abrangendo o universo de livros escritos em inglês e publicados no Reino Unido e na Irlanda entre 1 de Outubro de 2018 e 30 de Setembro de 2019.

Com um valor monetário de 55.760 euros, o prémio literário Booker foi criado em 1969 e é atribuído a autores de qualquer nacionalidade desde que tenham escrito uma obra em língua inglesa e publicada no Reino Unido.

16 Out 2019

Livros | Margaret Atwood e Bernardine Evaristo vencem prémio Booker

[dropcap]A[/dropcap] canadiana Margaret Atwood e a britânica Bernardine Evaristo venceram ontem, em conjunto, o prémio Booker, o mais prestigiado prémio literário de língua inglesa, foi anunciado.
Margaret Atwood, que é a quarta figura a conquistar duas vezes o prémio, foi galardoada pela sequela de “A História de uma Serva”, intitulada “The Testaments”, livro-sensação do Outono, que a Bertrand disse à Lusa, há algumas semanas, não saber ainda se vai ou não editar.
Atwood já tinha vencido em 2000 com “O Assassino Cego” (editado em 2009 pela Bertrand em Portugal). Já Bernardine Evaristo, que ficará na história por ter sido a primeira mulher negra a ganhar o prémio, foi escolhida pelo livro “Girl, Woman, Other”.
Nascida de pais ingleses e nigerianos, Bernardine Evaristo é autora de oito livros e ensina escrita criativa na Universidade de Brunel, em Londres.
Os livros vencedores foram escolhidos entre 151 submetidos, abrangendo o universo de livros escritos em inglês e publicados no Reino Unido e na Irlanda entre 1 de Outubro de 2018 e 30 de Setembro de 2019.
Com um valor monetário de 55.760 euros, o prémio literário Booker foi criado em 1969 e é atribuído a autores de qualquer nacionalidade desde que tenham escrito uma obra em língua inglesa e publicada no Reino Unido.

16 Out 2019

Lusofonia | Cinco companhias na VI mostra de teatro lusófono em Macau

Portugal, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste participam no Teatrau – VI mostra de teatro dos países de língua portuguesa, de 22 a 27 de Outubro, em Macau

 

[dropcap]D[/dropcap]e Portugal participa nesta mostra, coordenada e produzida pelo Instituto Português do Oriente (IPOR), o colectivo Primeira Pedra, fundado em 2018 e que se destaca “pelas intervenções artísticas, organização de eventos multidisciplinares e produção de espectáculos”

Fundado em 1975, o grupo independente de arte dramática Hiu Hok encenou já mais de 200 peças, que “cobrem diferentes tipos de teatro”, indicou, em comunicado, o IPOR.

Moçambique apresenta o Centro de Teatro do Oprimido, uma associação cultural lançada em 2013, de difusão de “técnicas alternativas de comunicação” e de dinamização cultural “para a formação e educação comunitária” e a procura de “soluções para problemas que afectem o desenvolvimento da comunidade”.

Já a companhia LEGI TÉLA – Grupo tradicional de teatro e dança, de São Tomé e Príncipe, foi considerado no ano em que foi fundado, 2010, o melhor grupo de teatro na competição de teatro nacional do país.

De Timor-Leste participa a companhia Estrela de Ramelau, criada em 2018 e que integra, entre outros, vários estudantes do ensino secundário e superior timorense, além de alunos da Escola Portuguesa de Díli.

Faixa cultural

O Teatrau realiza-se no âmbito da 11.ª semana cultural entre a China e os países de língua portuguesa, inaugurada oficialmente no sábado passado.

O programa das companhias de teatro inclui ainda a realização de oficinas e visitas a instituições educativas para promoção da língua portuguesa, da criatividade e expressão pessoal, referiu.
Com entrada livre, os espectáculos realizam-se no edifício do Antigo Tribunal, no centro da cidade.

Sob o tema “uma faixa, uma rota cultural”, a semana cultural, organizada pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa e co-organização do Instituto Cultural, apresenta ainda espectáculos musicais, exposição de pintura e fotografia, gastronomia e artesanato do bloco lusófono.

16 Out 2019

Lusofonia | Cinco companhias na VI mostra de teatro lusófono em Macau

Portugal, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste participam no Teatrau – VI mostra de teatro dos países de língua portuguesa, de 22 a 27 de Outubro, em Macau

 
[dropcap]D[/dropcap]e Portugal participa nesta mostra, coordenada e produzida pelo Instituto Português do Oriente (IPOR), o colectivo Primeira Pedra, fundado em 2018 e que se destaca “pelas intervenções artísticas, organização de eventos multidisciplinares e produção de espectáculos”
Fundado em 1975, o grupo independente de arte dramática Hiu Hok encenou já mais de 200 peças, que “cobrem diferentes tipos de teatro”, indicou, em comunicado, o IPOR.
Moçambique apresenta o Centro de Teatro do Oprimido, uma associação cultural lançada em 2013, de difusão de “técnicas alternativas de comunicação” e de dinamização cultural “para a formação e educação comunitária” e a procura de “soluções para problemas que afectem o desenvolvimento da comunidade”.
Já a companhia LEGI TÉLA – Grupo tradicional de teatro e dança, de São Tomé e Príncipe, foi considerado no ano em que foi fundado, 2010, o melhor grupo de teatro na competição de teatro nacional do país.
De Timor-Leste participa a companhia Estrela de Ramelau, criada em 2018 e que integra, entre outros, vários estudantes do ensino secundário e superior timorense, além de alunos da Escola Portuguesa de Díli.

Faixa cultural

O Teatrau realiza-se no âmbito da 11.ª semana cultural entre a China e os países de língua portuguesa, inaugurada oficialmente no sábado passado.
O programa das companhias de teatro inclui ainda a realização de oficinas e visitas a instituições educativas para promoção da língua portuguesa, da criatividade e expressão pessoal, referiu.
Com entrada livre, os espectáculos realizam-se no edifício do Antigo Tribunal, no centro da cidade.
Sob o tema “uma faixa, uma rota cultural”, a semana cultural, organizada pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa e co-organização do Instituto Cultural, apresenta ainda espectáculos musicais, exposição de pintura e fotografia, gastronomia e artesanato do bloco lusófono.

16 Out 2019

Transferência de soberania | Lisboa acolhe exposição na Delegação de Macau

[dropcap]E[/dropcap]stá patente, até ao dia 27 de Dezembro, uma exposição na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa alusiva à transferência de soberania de Macau para a China. Para esta mostra, com o nome “Recordações Memoráveis de 1999” o Arquivo de Macau disponibilizou mais de cem arquivos da colecção documental da Comissão dos Diversos Sectores de Macau para as Actividades de Celebração do Retorno de Macau à Pátria (CDMSP).

Com os arquivos, a organização espera conseguir transmitir “momentos marcantes e importantes da reunificação e reviver uma memória colectiva que há muito é apreciada”. Além disso, esta mostra pretende revisitar “os pontos cruciais dos contactos sino-portugueses”.

15 Out 2019

Transferência de soberania | Lisboa acolhe exposição na Delegação de Macau

[dropcap]E[/dropcap]stá patente, até ao dia 27 de Dezembro, uma exposição na Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa alusiva à transferência de soberania de Macau para a China. Para esta mostra, com o nome “Recordações Memoráveis de 1999” o Arquivo de Macau disponibilizou mais de cem arquivos da colecção documental da Comissão dos Diversos Sectores de Macau para as Actividades de Celebração do Retorno de Macau à Pátria (CDMSP).
Com os arquivos, a organização espera conseguir transmitir “momentos marcantes e importantes da reunificação e reviver uma memória colectiva que há muito é apreciada”. Além disso, esta mostra pretende revisitar “os pontos cruciais dos contactos sino-portugueses”.

15 Out 2019

FOLIO | Hoje Macau com novo suplemento especial 

[dropcap]F[/dropcap]oi lançado este sábado, no Festival Literário Internacional de Óbidos (FOLIO), um novo suplemento especial H, do Hoje Macau. O tema do suplemento é o “Medo” e contou com a participação de vários autores, como David Soares, que escreveu sobre “Medo do Futuro: Hoje Como Ontem”.

O autor esteve sempre ligado à literatura do fantástico, tendo publicado inúmeros romances. O suplemento “O Medo” foi editado por João Paulo Cotrim, editor da Abysmo, e por Carlos Morais José, director do Hoje Macau, e surge depois do lançamento do suplemento “A Nuvem” na última edição da Feira do Livro de Lisboa. No FOLIO, houve ainda lugar a uma mesa-redonda sobre o tema “O Medo”, com a participação de João Paulo Cotrim, Ana Teresa Sanganha, Patrícia Câmara, Carlos Morais José e António Eloy.

15 Out 2019

FOLIO | Hoje Macau com novo suplemento especial 

[dropcap]F[/dropcap]oi lançado este sábado, no Festival Literário Internacional de Óbidos (FOLIO), um novo suplemento especial H, do Hoje Macau. O tema do suplemento é o “Medo” e contou com a participação de vários autores, como David Soares, que escreveu sobre “Medo do Futuro: Hoje Como Ontem”.
O autor esteve sempre ligado à literatura do fantástico, tendo publicado inúmeros romances. O suplemento “O Medo” foi editado por João Paulo Cotrim, editor da Abysmo, e por Carlos Morais José, director do Hoje Macau, e surge depois do lançamento do suplemento “A Nuvem” na última edição da Feira do Livro de Lisboa. No FOLIO, houve ainda lugar a uma mesa-redonda sobre o tema “O Medo”, com a participação de João Paulo Cotrim, Ana Teresa Sanganha, Patrícia Câmara, Carlos Morais José e António Eloy.

15 Out 2019

Coloane | “Not So Recent Work”, de Eloi Scarva, inaugurada hoje

“Not So Recent Work” reúne 12 fotografias, muitas delas a preto e branco, captadas por Eloi Scarva em vários países asiáticos nos últimos dois anos. A inauguração da exposição acontece hoje na Casa do Povo de Coloane, ficando patente até ao dia 5 de Novembro

 

[dropcap]F[/dropcap]otografar a rua e os seus rostos como se de um filme se tratasse. Foi este o objectivo de Eloi Scarva, formado em artes plásticas, quando fotografou várias cidades asiáticas nos últimos dois anos. Das centenas de imagens foram escolhidas apenas 12, que estarão patentes na Casa do Povo de Coloane até ao dia 5 de Novembro.

“Esta exposição não tem propriamente um tema mas há um foco no lado humano. Então é mais uma mostra sobre o ser humano e as personagens que se encontram nas ruas dos países do sudeste asiático”, contou Eloi Scarva ao HM, que também captou instantes das ruas de Macau e Hong Kong.

“O meu objectivo na fotografia é sempre dar um valor e um olhar diferente ao individuo que se encontra na rua, que se pode tornar num personagem interessante. Não estou à procura de mostrar nada específico. Essas pessoas acabam por se tornar quase personagens de um filme”, acrescentou.

O artista confessa que sempre teve uma forte ligação ao cinema na hora de fotografar. “Tenho sempre uma tendência a fotografar coisas num sentido cinematográfico, as fotos parecem sempre que foram retiradas de um filme. Ando mais à procura desse lado cinematográfico da vida, não olho muito para aquilo que é bonito e interessante, mas sim para as coisas diferentes. Nem sempre são agradáveis, mas podem ser curiosas”, assegura.

O lugar da família

Apesar de já ter participado em muitas exposições, quer na qualidade de autor quer de curador, esta é a primeira vez que Eloi Scarva expõe em nome próprio no território. Sem ter formação em fotografia, Eloi Scarva confessa que os pais acabaram por ser os seus mentores.

“A minha cultura visual é mais influenciada pela minha família, porque o meu pai é fotógrafo, pelo que desde pequeno que estou envolvido com a fotografia e a minha mãe, sendo jornalista, sempre me influenciou a contar histórias e a manter um diálogo com a realidade. Acho que a minha influência visual seria sempre mais familiar, mas a formação em Portugal deu-me outro olhar para a composição e criação de uma imagem.”

Com esta mostra, Eloi Scarva pretende mostrar às pessoas que “se podem sempre encontrar imagens e pessoas interessantes, um olhar de cinema em alguém que não conhecemos”, conclui.

15 Out 2019

Coloane | “Not So Recent Work”, de Eloi Scarva, inaugurada hoje

“Not So Recent Work” reúne 12 fotografias, muitas delas a preto e branco, captadas por Eloi Scarva em vários países asiáticos nos últimos dois anos. A inauguração da exposição acontece hoje na Casa do Povo de Coloane, ficando patente até ao dia 5 de Novembro

 
[dropcap]F[/dropcap]otografar a rua e os seus rostos como se de um filme se tratasse. Foi este o objectivo de Eloi Scarva, formado em artes plásticas, quando fotografou várias cidades asiáticas nos últimos dois anos. Das centenas de imagens foram escolhidas apenas 12, que estarão patentes na Casa do Povo de Coloane até ao dia 5 de Novembro.
“Esta exposição não tem propriamente um tema mas há um foco no lado humano. Então é mais uma mostra sobre o ser humano e as personagens que se encontram nas ruas dos países do sudeste asiático”, contou Eloi Scarva ao HM, que também captou instantes das ruas de Macau e Hong Kong.
“O meu objectivo na fotografia é sempre dar um valor e um olhar diferente ao individuo que se encontra na rua, que se pode tornar num personagem interessante. Não estou à procura de mostrar nada específico. Essas pessoas acabam por se tornar quase personagens de um filme”, acrescentou.
O artista confessa que sempre teve uma forte ligação ao cinema na hora de fotografar. “Tenho sempre uma tendência a fotografar coisas num sentido cinematográfico, as fotos parecem sempre que foram retiradas de um filme. Ando mais à procura desse lado cinematográfico da vida, não olho muito para aquilo que é bonito e interessante, mas sim para as coisas diferentes. Nem sempre são agradáveis, mas podem ser curiosas”, assegura.

O lugar da família

Apesar de já ter participado em muitas exposições, quer na qualidade de autor quer de curador, esta é a primeira vez que Eloi Scarva expõe em nome próprio no território. Sem ter formação em fotografia, Eloi Scarva confessa que os pais acabaram por ser os seus mentores.
“A minha cultura visual é mais influenciada pela minha família, porque o meu pai é fotógrafo, pelo que desde pequeno que estou envolvido com a fotografia e a minha mãe, sendo jornalista, sempre me influenciou a contar histórias e a manter um diálogo com a realidade. Acho que a minha influência visual seria sempre mais familiar, mas a formação em Portugal deu-me outro olhar para a composição e criação de uma imagem.”
Com esta mostra, Eloi Scarva pretende mostrar às pessoas que “se podem sempre encontrar imagens e pessoas interessantes, um olhar de cinema em alguém que não conhecemos”, conclui.

15 Out 2019

Arranca 11.ª edição semana cultural entre a China e países lusófonos

[dropcap]A[/dropcap] secretária-geral do Fórum de Macau afirmou sábado que a semana cultural entre a China e os países lusófonos é uma aposta no desenvolvimento das vantagens de Macau nas vertentes da língua e da cultura.

Xu Yingzhen falava na cerimónia de inauguração da 11.ª edição da semana cultural, na Doca dos Pescadores, onde vão decorrer vários espectáculos de grupos musicais dos países de língua portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mais conhecido como Fórum de Macau, propõe, com mais uma semana cultural, “desenvolver as vantagens de Macau nas vertentes da língua e da cultura”, disse.

“As dez edições da semana cultural decorreram em articulação com a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, mais uma vez sob o tema ‘uma faixa, uma rota’ cultural”, afirmou a responsável, numa referência ao projecto internacional de construção de infraestruturas, lançado pelo Presidente chinês, Xi Jinping em 2013.
Xu Yingzhen acrescentou que “a cultura mundial é muito diversificada e o intercâmbio entre países tem facilitado influências mútuas”.

O “cartaz” da semana cultural arrancou sábado com o grupo cultural da província de Hebei (norte da China), a banda privada da rádio Moçambique, ou RM, Voz do Crocodilo de Timor-Leste, e Djodje de Cabo Verde.

Além da música, foi também inaugurada uma exposição do fotógrafo brasileiro Rodrigo Braga e do pintor guineense Osnivaldo António Ferreira Seguy, mais conhecido por Chipi.

As exposições prolongam-se até 9 de Novembro. O cartaz desta edição da semana cultural inclui também uma Mostra de Teatro dos Países e Regiões de Língua Portuguesa, entre 22 e 27 deste mês.

Artesanato e gastronomia

Cerca de uma dezena de bancas integram a feira de artesanato da China e dos países de língua portuguesa, onde estão também presentes, no espaço da Doca dos Pescadores, associações das comunidades dos países lusófonos em Macau e algumas empresas locais.

Nesta edição da semana cultural participam chefes de cozinha de Angola, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, para apresentar sabores característicos dos países lusófonos no território e realizar quatro ‘workshops’ de culinária no Instituto de Formação Turística e na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST).

Criado em 2003, o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) tem um secretariado permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além da secretária-geral e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa.

14 Out 2019

Festival da Lusofonia | Banda portuguesa Anaquim actua hoje no Largo do Senado

Portugal está este ano representado na 11.ª edição do Festival da Lusofonia com a banda Anaquim. José Rebola, membro do grupo, confessa que não existem ideias pré-concebidas sobre aquilo que vão encontrar em Macau, por constituir uma completa novidade. O compositor, também responsável pela voz e guitarras, confessa que a viagem a Macau pode ajudar os Anaquim a descobrir novas sonoridades

 

[dropcap]A[/dropcap] primeira viagem da banda portuguesa Anaquim a terras orientais faz-se com poucas expectativas, mas com uma mala cheia de tentativas de descoberta. A banda, conhecida por dar uma nova roupagem à música tradicional portuguesa, actua hoje no largo do Senado, o primeiro de quatro concertos incluídos na 11.ª edição do Festival da Lusofonia. Segue-se, esta quarta-feira, um concerto na Doca dos Pescadores, um espectáculo privado na quinta-feira e a actuação nas Casas-Museu da Taipa na sexta-feira, dia 17.

Ao HM, José Rebola, compositor e letrista, além de responsável pela voz e guitarras, contou que ele e os restantes quatro elementos do grupo (Pedro Ferreira, Luís Duarte, Filipe Ferreira e João Santiago) procuram, sobretudo, ser surpreendidos.

“Vamos com as ideias não formatadas, uma vez que nunca estivemos em Macau nem no Oriente e não vamos à espera de uma coisa demasiado específica. Vamos à procura da descoberta e de sermos surpreendidos pelo público de Macau, quer seja pela comunidade portuguesa quer seja por pessoas menos ligadas à lusofonia.”

O espectáculo dos Anaquim será uma viagem aos 12 anos de existência do grupo, criado em 2007 e cujo primeiro álbum foi “A Vida dos Outros”. “Uma vez que nunca tocámos em Macau queremos fazer essa viagem através dos nossos quatro álbuns. Seleccionamos algumas canções que estarão mais ligadas às sonoridades portuguesas e outras às que estão menos ligadas.”

Com a viagem a Macau, os Anaquim esperam ter acesso a um outro tipo de sonoridade. “Quem sabe a viagem a Macau até não nos inspira de outra maneira, musicalmente, a incorporarmos sonoridades diferentes na nossa música”, questiona José Rebola, que se confessa um coleccionador de instrumentos musicais de todo o mundo.

“Por acaso tenho pouca coisa do Oriente e pouco contacto com a música da China, mas contamos com esta viagem para nos familiarizarmos com a música de Macau e da China no geral e talvez trazer algum instrumento para fazer parte das nossas composições futuras”, acrescentou.

O Festival da Lusofonia é conhecido por ter um público diverso, algo que, para José Rebola, pode fazer da presença em Macau “algo especial”. “A beleza de tocarmos em sítios diferentes é ver como o público reage de maneira diferente às coisas. Não vamos com qualquer tipo de expectativa, a achar que vai ser 90 por cento português e dez por cento chinês, algo do género, vamos preparados para dar qualquer coisa de diferente que possa levar as pessoas a identificarem-se com o nosso espectáculo.”

Interacção lusófona

Na nova edição do Festival da Lusofonia os Anaquim vão partilhar o palco e experiências com bandas oriundas de outros países falantes de português. Para José Rebola, essa constitui, sobretudo, uma oportunidade de partilha.

“A festa da Lusofonia tem duas vertentes principais. Uma é a de continuar a mostrar não só a música lusófona que se faz agora, mas todo o património que se fez ao longo de muito tempo.

Os artistas de hoje na cena lusófona vão sempre beber aos artistas do passado e estamos sempre a carregar essa tradição e essa herança de uma longa história de música lusófona. Outra vertente é de facto continuarmos a estreitar e a construir pontes entre os vários países de língua portuguesa.”

Para José Rebola, esse convívio “só acontece com estes festivais e tenho a certeza de que vamos conseguir comunicar com os outros musicalmente”.

Em 2018 foi o ano de lançamento do quarto álbum de originais da banda, intitulado “O Quarto de Anaquim”. Para 2020, haverá um novo projecto, onde a música tradicional portuguesa promete continuar a marcar presença.

“O nosso percurso musical acaba sempre por ser uma descoberta e por ter uma ligação forte a Portugal. Mesmo quando exploramos sonoridades do mundo inteiro, desde a canção francesa aos ritmos balcânicos, não nos conseguimos afastar da música portuguesa e sobretudo na temática das letras, de falar muito no Portugal e do país que nos rodeia.”

“Em termos de temáticas tenho a certeza de que continuaremos a falar da cidade portuguesa como ela é, embora possamos explorar as sonoridades de outros locais do mundo”, adiantou o compositor e letrista.

Quando lançaram o primeiro álbum, em 2010, os Anaquim fizeram parte de uma geração de bandas portuguesas que decidiu ir buscar a influência da música tradicional portuguesa, tal como os Deolinda ou os Diabo na Cruz. José Rebola mostra-se satisfeito pelo facto dessa característica ter continuado no panorama musical português.

“Vejo com agrado que a música portuguesa tenha realmente explodido nos últimos anos. O que vemos é que algumas bandas continuam a fazer essa ligação à música tradicional portuguesa e aos sons de outras gerações, e vejo com igual agrado artistas novos a escolher novos caminhos que não se apoiam tanto na música tradicional. A boa notícia dos últimos anos da música portuguesa é que começou realmente a gostar dela própria e a tornar-se num espaço de colaborações”, assegura.

Para José Rebola, é importante essa ligação ao que é tradicional e contemporâneo. “Há espaço para os que querem seguir uma veia mais tradicionalista e os que querem seguir a linha mais inovadora. Penso que as coisas são igualmente importantes, para que finalmente haja uma atenção a todos esses projectos e que haja espaço para essas duas abordagens.”

No caso dos Anaquim, há espaço para “explorar novos caminhos, seja com colaborações com outros artistas ou com a nossa própria orquestração e maneira de fazer música”. “Continuamos juntos ao fim de 12 anos muito porque queremos continuar a experimentar coisas e a explorar à nossa maneira, que penso que é única de fazer música. Enquanto isso fizer sentido continuaremos aí. Vamos explorar outros caminhos sem deixarmos de ser quem somos”, rematou.

14 Out 2019

Festival da Lusofonia | Banda portuguesa Anaquim actua hoje no Largo do Senado

Portugal está este ano representado na 11.ª edição do Festival da Lusofonia com a banda Anaquim. José Rebola, membro do grupo, confessa que não existem ideias pré-concebidas sobre aquilo que vão encontrar em Macau, por constituir uma completa novidade. O compositor, também responsável pela voz e guitarras, confessa que a viagem a Macau pode ajudar os Anaquim a descobrir novas sonoridades

 
[dropcap]A[/dropcap] primeira viagem da banda portuguesa Anaquim a terras orientais faz-se com poucas expectativas, mas com uma mala cheia de tentativas de descoberta. A banda, conhecida por dar uma nova roupagem à música tradicional portuguesa, actua hoje no largo do Senado, o primeiro de quatro concertos incluídos na 11.ª edição do Festival da Lusofonia. Segue-se, esta quarta-feira, um concerto na Doca dos Pescadores, um espectáculo privado na quinta-feira e a actuação nas Casas-Museu da Taipa na sexta-feira, dia 17.
Ao HM, José Rebola, compositor e letrista, além de responsável pela voz e guitarras, contou que ele e os restantes quatro elementos do grupo (Pedro Ferreira, Luís Duarte, Filipe Ferreira e João Santiago) procuram, sobretudo, ser surpreendidos.
“Vamos com as ideias não formatadas, uma vez que nunca estivemos em Macau nem no Oriente e não vamos à espera de uma coisa demasiado específica. Vamos à procura da descoberta e de sermos surpreendidos pelo público de Macau, quer seja pela comunidade portuguesa quer seja por pessoas menos ligadas à lusofonia.”
O espectáculo dos Anaquim será uma viagem aos 12 anos de existência do grupo, criado em 2007 e cujo primeiro álbum foi “A Vida dos Outros”. “Uma vez que nunca tocámos em Macau queremos fazer essa viagem através dos nossos quatro álbuns. Seleccionamos algumas canções que estarão mais ligadas às sonoridades portuguesas e outras às que estão menos ligadas.”
Com a viagem a Macau, os Anaquim esperam ter acesso a um outro tipo de sonoridade. “Quem sabe a viagem a Macau até não nos inspira de outra maneira, musicalmente, a incorporarmos sonoridades diferentes na nossa música”, questiona José Rebola, que se confessa um coleccionador de instrumentos musicais de todo o mundo.
“Por acaso tenho pouca coisa do Oriente e pouco contacto com a música da China, mas contamos com esta viagem para nos familiarizarmos com a música de Macau e da China no geral e talvez trazer algum instrumento para fazer parte das nossas composições futuras”, acrescentou.
O Festival da Lusofonia é conhecido por ter um público diverso, algo que, para José Rebola, pode fazer da presença em Macau “algo especial”. “A beleza de tocarmos em sítios diferentes é ver como o público reage de maneira diferente às coisas. Não vamos com qualquer tipo de expectativa, a achar que vai ser 90 por cento português e dez por cento chinês, algo do género, vamos preparados para dar qualquer coisa de diferente que possa levar as pessoas a identificarem-se com o nosso espectáculo.”

Interacção lusófona

Na nova edição do Festival da Lusofonia os Anaquim vão partilhar o palco e experiências com bandas oriundas de outros países falantes de português. Para José Rebola, essa constitui, sobretudo, uma oportunidade de partilha.
“A festa da Lusofonia tem duas vertentes principais. Uma é a de continuar a mostrar não só a música lusófona que se faz agora, mas todo o património que se fez ao longo de muito tempo.
Os artistas de hoje na cena lusófona vão sempre beber aos artistas do passado e estamos sempre a carregar essa tradição e essa herança de uma longa história de música lusófona. Outra vertente é de facto continuarmos a estreitar e a construir pontes entre os vários países de língua portuguesa.”
Para José Rebola, esse convívio “só acontece com estes festivais e tenho a certeza de que vamos conseguir comunicar com os outros musicalmente”.
Em 2018 foi o ano de lançamento do quarto álbum de originais da banda, intitulado “O Quarto de Anaquim”. Para 2020, haverá um novo projecto, onde a música tradicional portuguesa promete continuar a marcar presença.
“O nosso percurso musical acaba sempre por ser uma descoberta e por ter uma ligação forte a Portugal. Mesmo quando exploramos sonoridades do mundo inteiro, desde a canção francesa aos ritmos balcânicos, não nos conseguimos afastar da música portuguesa e sobretudo na temática das letras, de falar muito no Portugal e do país que nos rodeia.”
“Em termos de temáticas tenho a certeza de que continuaremos a falar da cidade portuguesa como ela é, embora possamos explorar as sonoridades de outros locais do mundo”, adiantou o compositor e letrista.
Quando lançaram o primeiro álbum, em 2010, os Anaquim fizeram parte de uma geração de bandas portuguesas que decidiu ir buscar a influência da música tradicional portuguesa, tal como os Deolinda ou os Diabo na Cruz. José Rebola mostra-se satisfeito pelo facto dessa característica ter continuado no panorama musical português.
“Vejo com agrado que a música portuguesa tenha realmente explodido nos últimos anos. O que vemos é que algumas bandas continuam a fazer essa ligação à música tradicional portuguesa e aos sons de outras gerações, e vejo com igual agrado artistas novos a escolher novos caminhos que não se apoiam tanto na música tradicional. A boa notícia dos últimos anos da música portuguesa é que começou realmente a gostar dela própria e a tornar-se num espaço de colaborações”, assegura.
Para José Rebola, é importante essa ligação ao que é tradicional e contemporâneo. “Há espaço para os que querem seguir uma veia mais tradicionalista e os que querem seguir a linha mais inovadora. Penso que as coisas são igualmente importantes, para que finalmente haja uma atenção a todos esses projectos e que haja espaço para essas duas abordagens.”
No caso dos Anaquim, há espaço para “explorar novos caminhos, seja com colaborações com outros artistas ou com a nossa própria orquestração e maneira de fazer música”. “Continuamos juntos ao fim de 12 anos muito porque queremos continuar a experimentar coisas e a explorar à nossa maneira, que penso que é única de fazer música. Enquanto isso fizer sentido continuaremos aí. Vamos explorar outros caminhos sem deixarmos de ser quem somos”, rematou.

14 Out 2019