Morreu o escritor chileno Luís Sepúlveda vítima de covid-19

[dropcap]O[/dropcap] escritor chileno Luis Sepúlveda morreu hoje, aos 70 anos, em Espanha, em consequência da doença covid-19, confirmou a Porto Editora. Sepúlveda estava internado desde finais de fevereiro num hospital de Oviedo, em Espanha, onde foi diagnosticado com aquela doença. Os primeiros sintomas ocorreram dias antes, quando esteve no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, em Portugal.

A confirmação de que estava infectado com a covid-19 levou, na altura, o Correntes d’Escritas a recomendar uma quarentena voluntária aos que participaram no festival e estiveram em contacto com o escritor chileno. Tudo isto aconteceu ainda antes de as autoridades portuguesas confirmarem oficialmente qualquer registo de infecção em Portugal, o que só viria a acontecer a 02 de março.

Luís Sepúlveda, que nasceu no Chile a 04 de outubro de 1949, estreou-se nas letras em 1969, com “Crónicas de Piedro Nadie” (“Crónicas de Pedro Ninguém”), dando início a uma bibliografia de mais de 20 títulos, que inclui obras como “O Velho que Lia Romances de Amor” e “História de Uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar”.

O escritor tem toda a obra publicada em Portugal – alguns títulos estão integrados no Plano Nacional de Leitura -, e era presença regular em eventos literários no país. Luís Sepúlveda era casado com a poetisa Carmen Yáñez, que também esteve hospitalizada e em isolamento.

16 Abr 2020

Covid-19 | Residentes lançam t-shirts para ajudar artistas e freelancers 

Inês Dias e Luís Filipe, fundadores da empresa de impressão ID Core, decidiram lançar uma campanha de t-shirts solidárias para chamar a atenção para artistas e trabalhadores freelancers que ficaram sem trabalho devido à pandemia da covid-19. A ideia é que o artista ou comprador possa personalizar uma t-shirt e depois vendê-la

 

[dropcap]U[/dropcap]ma t-shirt simples, estampada com a mensagem “Support local artists” (apoia os artistas locais), é o meio que os fundadores da ID Core encontraram para ajudar artistas e trabalhadores freelancers que se viram subitamente sem trabalho devido à pandemia da covid-19.

Ao HM, Inês Dias, co-fundadora da empresa de impressão, juntamente com Luís Filipe, explicou como surgiu a ideia, difundida através do grupo de Facebook “Support Local Artists Macau”, que já conta com 244 membros. A ID Core imprime a t-shirt e vende a artistas ou a pequenos comerciantes que poderão posteriormente renovar o tecido com criações próprias e vender a camisola. “Não passa apenas por cada artista vender cinco ou dez t-shirts por conta própria. É algo que poderá ser uma ajuda, mas não resolve a vida a ninguém. Queremos também sensibilizar o Governo, que atribuiu o cartão de consumo, mas que pode não chegar a todas as pequenas e médias empresas (PME)”.

“Contactámos algumas lojas de amigos que não se importam de colocar à venda as t-shirts. Temos recebido bastantes mensagens e há pessoas que não têm nada a ver com a área, como professores e advogados, que só querem comprar a t-shirt”, acrescentou Inês Dias.

Apesar das reacções positivas e dos vários pedidos realizados, Inês Dias não sabe ainda quantas t-shirts vão ser impressas para serem vendidas. Até ao momento a ID Core já imprimiu cerca de 100, disse Luís Filipe. “Vamos dar uma t-shirt a cada artista para que a página comece a funcionar. Mas o projecto está aberto a toda gente. Há pessoas que gostam de arte, não têm um negócio aberto e ficaram afectadas [com a crise]. Gostaria que a comunidade se pudesse juntar ao grupo”, declarou o co-fundador da ID Core.

Exposição em aberto

O cartão de consumo providenciado pelo Governo começou a ser distribuído esta terça-feira e concede a cada residente três mil patacas. Contudo, Inês Dias alerta para o facto de empresas que funcionam exclusivamente online ou artistas freelancers não estarem abrangidos por esta medida de apoio. “As pessoas esquecem-se muito do trabalho dos artistas, e queremos sensibilizar o Governo para os artistas que não têm lojas físicas e que muitas vezes nem são PME, mas trabalham em regime freelance.”

A co-fundadora da ID Core não afasta a possibilidade de vir a ser organizada uma mostra com as t-shirts personalizadas. “Há exposições que estão a ser feitas mas foram cancelados vários eventos para todo o ano. Imagina o que seria juntar estes artistas todos e fazer uma exposição com isto.”

Ideia semelhante tem Luís Filipe. “Temos algumas instituições a participar, como é o caso da ARTM (Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau), onde também serão feitas camisolas. No final, espero que alguns espaços possam dar a oportunidade para vender aquilo que for feito. Uma exposição é sempre uma forma de fechar [o projecto]”, contou ao HM.

16 Abr 2020

Músico Adam Schlesinger morre aos 52 anos vítima de covid-19

[dropcap]O[/dropcap] músico co-fundador da banda Fountains of Wayne Adam Schlesinger morreu na quarta-feira, aos 52 anos, vítima de complicações relacionadas com a covid-19, confirmou o seu advogado, Josh Grier, à agência Associated Press.

Artista por trás de temas como “Stacy’s Mom” e “That Thing You Do” (usada no filme com o mesmo nome protagonizado por Tom Hanks e que lhe valeu uma nomeação para Óscar de melhor canção), Schlesinger foi também compositor para o palco e para o ecrã, com destaque para a série “Crazy Ex-Girlfriend”, com a qual venceu o terceiro Emmy da sua carreira.

Nas redes sociais, multiplicaram-se as notas de pesar do mundo artístico, desde Tom Hanks ao escritor Stephen King, passando pelos apresentadores Stephen Colbert e Jimmy Kimmel, pela comediante Kathy Griffin, pelo ator Elijah Wood ou o músico Ted Leo, entre muitos outros.

Nascido em 1967, Schlesinger cresceu em Nova Jérsia, tendo formado os Fountains of Wayne em 1995, com um antigo colega de turma, Chris Collingwood.

Para além dos três Emmys que venceu, o músico recebeu ainda um Grammy, com David Javerbaum, em 2009, por melhor álbum de comédia, devido às canções para o disco “A Colbert Christmas: The Greatest Gift of All!”, que acompanhava um episódio especial daquele apresentador e humorista, com temas partilhados com Elvis Costello.

Schlesinger é mais um artista a morrer vítima do novo coronavírus, que já causou a morte de quase 46 mil pessoas pelo mundo inteiro, desde o seu surgimento em dezembro.

2 Abr 2020

Morreu Mécia de Sena, escritora e guardiã do “para sempre” que a ligou ao escritor português Jorge de Sena

[dropcap]A[/dropcap] escritora portuguesa Mécia de Sena, viúva do escritor Jorge de Sena e organizadora da sua obra, morreu este sábado, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América, aos 100 anos, disse à agência Lusa fonte da família.

“Mécia de Sena, a viúva de Jorge de Sena, faleceu esta manhã, 28 de março, em Los Angeles, Califórnia. A família pede a amigos e conhecidos que respeitem a sua privacidade, neste triste momento”, lê-se na mensagem de um dos seus filhos.

Nascida em Leça da Palmeira, em 16 de março de 1920, Mécia de Freitas Lopes Sena era filha do músico e compositor Armando Leça, investigador do “Cancioneiro Musical Popular Português”, e irmã do professor, crítico e historiador Óscar Lopes (1917-2013). Formada em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, detentora do curso do Conservatório de Música do Porto, foi professora, primeiro, e, depois do casamento, em 1949, “colaboradora literária” de Jorge de Sena, e “à altura dele”.

A opinião é do próprio escritor, para quem, “sem o [seu] apoio, não teria sido possível realizar talvez metade do que realizou, quer como autor, quer como professor”, recordou Rui Silvino de Freitas Lopes, na sua crónica familiar, citada pela investigadora Maria Otília Pereira Lage, na obra “Mécia de Sena e a escrita epistolar com Jorge de Sena: Para a história da cultura portuguesa contemporânea”.

As cartas e a escrita de natureza diarística marcam a produção literária de Mécia de Sena, nomeadamente a obra inédita “Flashes”, que Otília Pereira Lage evoca como exemplo de literatura intimista e de expressão “micro-textual”, predominantemente sob “a forma de um diálogo continuado [com Jorge de Sena], que a morte deixara em suspenso”.

A investigadora destaca igualmente “a modernidade” da produção literária de Mécia de Sena, estabelecendo “uma relação possível com a prática de escrita de diários de outros autores”, como Miguel Torga.

“Uma mulher ímpar, corajosamente à altura dos imensos desafios de uma vida intensa, que atravessa as mudanças sociais, políticas e culturais de grande parte do século XX, quer em Portugal, quer no seu longo exílio no Brasil [1959-1965] e nos Estados Unidos da América”, onde se fixou com o marido, após o golpe militar de 1964, que deu origem a 20 anos de ditadura brasileira.

Mécia de Sena casou-se com Jorge de Sena quando este era um engenheiro civil da Junta Autónoma de Estradas (1948-1959). Partiu com ele para o exílio, quando a ditadura do Estado Novo os cercou. Fixaram-se no Brasil, onde o escritor ensinou Literatura, e de onde partiu para a Universidade do Wisconsin, em Madison, nos Estados Unidos, antes de se fixar em Santa Barbara, Califórnia, onde foi catedrático de Literatura Comparada.

A morte precoce de Jorge de Sena, em 1978, aos 59 anos, abriu “um terceiro período na vida de Mécia de Sena”, deixando-lhe em mãos “uma quantidade monumental de projetos não realizados [do escritor], toneladas (…) de manuscritos, propósitos de livros de prosa e versos, correspondência”, segundo Rui Silvino de Freitas Lopes.

A partir de então, Mécia de Sena assumiu a organização, documentação e edição do espólio literário do autor de “Sinais de Fogo”, assim como a promoção e revelação da sua obra, da sua real dimensão, com a preocupação de concretizar “todos os sonhos que eram os do marido”, segundo o irmão da escritora.

Todos os títulos surgidos desde então, tiveram Mécia de Sena na origem. “A obra dele é imensa”, disse a escritora numa carta dirigida em 1991 ao jornal Público, na qual confessava fazer “esforços inauditos para que [seu] marido [fosse] honestamente publicado”.

“Isto tudo que nos Rodeia”, volume editado pela Imprensa Nacional, em 1982, revelou as cartas de amor de ambos. E inaugurou também um segmento determinante na obra de Jorge de Sena, a escrita epistolar, que atravessou grande parte do século e se cruzou com figuras do meio literário português como Sophia de Mello Breyner Andresen, João Gaspar Simões, José Régio, Vergílio Ferreira, Eduardo Lourenço, José-Augusto França, Delfim Santos e António Ramos Rosa.

“Jorge de Sena: bio-bibliografia”, em codição com Isabel de Sena, “Correspondência Jorge de Sena e Mécia de Sena ‘Vita Nuova'” são outros volumes em que o diálogo de ambos se cruza. Mas foi no primeiro, nesse que dimensionava “isto tudo que nos rodeia”, que Mécia de Sena viria a revelar o seu primeiro encontro com o escritor.

“Entre os vários rapazes com quem dancei, houve um que fora totalmente desconhecido. À despedida, perguntara-me o meu nome. Meses depois, cruzámo-nos numa conferência (…). Passados outros meses, encontrámo-nos num recital (…). Disse-me que também escrevia poemas (…). O nosso conhecimento mútuo a bem dizer nem se iniciara e iria fazer-se através de correspondência que se lhe seguiu”.

A rejeição do “caminho mais fácil” entre ambos, “deu lugar a uma confiança e uma identificação que dificilmente poderão ter paralelo”, escreveu então Mécia de Sena. “Não sem agruras e com algumas duras provas, ambas resistiram durante quase 30 anos, afinal o nosso ‘para sempre’ dignamente cumprido”.

29 Mar 2020

Armazém do Boi | “Women in a Foreign Land – a Saiyin Project” até 17 de Maio 

[dropcap]O[/dropcap] espaço cultural Armazém do Boi apresenta ao público, até 17 de Maio, a exposição “Women in a Foreign Land – a Saiyin Project”, uma iniciativa desenvolvida ao abrigo das residências artísticas na Rua do Volong. Neste projecto, da autoria de Sai Yin, artista de Zhuhai, participaram Gong Siyue, curador do Rockbund Art Museum e Shi Hantao, académico, além de Noah Ng, presidente do Armazém do Boi.

A história de mulheres divorciadas em Macau serve de base ao projecto artístico, mas, como aponta um comunicado do Armazém do Boi, “o artista não conta as suas histórias”. “Terminada a sua licenciatura na universidade, Tatiana, uma mulher portuguesa, veio para Macau para ter uma relação. Mais de uma década depois, a relação chegou ao fim e ela gradualmente apaixonou-se pela cidade e decidiu ficar por aqui.”

O projecto revela também a história de Amy, chinesa de Guizhou, que é “mais complicada”. A protagonista, uma mulher sem estudos, decidiu acompanhar, aos 20 anos de idade, um amigo numa aventura que a levaria a trabalhar na província de Guangdong. Contudo, as voltas que a vida dá, à mistura com a desonestidade do amigo, fizeram com que se visse divorciada e com dois filhos.

“Enquanto divorciada tornou-se promotora de vendas e empregada de mesa, aceitando todo o tipo de trabalhos para criar os filhos, até que conheceu o actual marido que a trouxe para Macau.”

Estas narrativas são contadas através de trabalhos áudio e vídeo, enquanto que as imagens descrevem situações do dia-a-dia, tentando contar as histórias destas “estranhas” numa “cidade que cresce rapidamente”.

24 Mar 2020

AFA | “Floating World”, primeira mostra de Kit Lee inaugurada sexta-feira 

A AFA – Art for All Society está de volta com a primeira exposição da artista Kit Lee. “Floating World” é o nome da exposição que será inaugurada esta sexta-feira, 27, e que faz parte do projecto da associação que visa mostrar o trabalho de artistas emergentes de Macau

 

[dropcap]D[/dropcap]epois de um longo interregno devido à pandemia covid-19, que decretou o encerramento de todos os espaços culturais e de exposição, a AFA – Art for All Society regressa com a primeira exposição do ano, a partir desta sexta-feira, dia 27. “Floating World” será a apresentação do trabalho de Kit Lee, nascida em Macau, um dos novos nomes do panorama artístico local.

De acordo com um comunicado divulgado pela AFA, a mostra faz parte do projecto anual intitulado “New Generation – New Media” – Art Exhibition Series part I”, que visa precisamente mostrar o trabalho de jovens artistas de Macau.

Kit Lee formou-se em comunicação, em 2009, em Taiwan na Universidade Tamkang, onde também completou o mestrado, que concluiu em 2013. Em 2014, a artista regressou a Macau e começou a trabalhar na área do design multimédia a partir de 2016.

Beleza natural

Foi durante a licenciatura que Kit Lee começou a trabalhar na área dos media e do vídeo com um foco artístico. A AFA aponta que os seus trabalhos, numa fase inicial, “eram essencialmente de vídeo arte, sobre a disseminação de informação e temas da cultura pop, produção de animação ou pós-produção vídeo”.
Kit Lee revelou, desde cedo, uma paixão pela “beleza das flores”, tema que preencheu o seu trabalho de design multimédia a partir de 2016, através do uso de ferramentas 3D. Depois de criar formas e texturas de flores, a pós-produção permitiu a Kit Lee produzir o “efeito de água” nessas imagens.

“A característica deste tipo de trabalho é o seu vazio. Comparado com a ‘realidade’ de tudo o que existe no mundo, não é permitido tocar nas flores do vazio de Kit Lee, permanecendo apenas o silêncio numa negra profundidade”, descreve a AFA. Esta exposição estará patente até ao dia 27 de Abril.

24 Mar 2020

Covid-19 | Tenor Plácido Domingo infectado

[dropcap]O[/dropcap] tenor espanhol Plácido Domingo anunciou este domingo que está infectado com o novo coronavírus, disse que ficará em isolamento “o tempo que for necessário” e apelou à adopção de medidas que impeçam a propagação da pandemia. Numa publicação na rede social Facebook, Plácido Domingo considerou ser “uma obrigação moral anunciar” que está infectado pela covid-19.

“Eu e a minha família vamos continuar, individualmente, isolados, o tempo que for necessário”, lê-se no texto divulgado pelo tenor espanhol. Plácido Domingo apelou ainda à adoção de cuidados de proteção, como “lavar as mãos com frequência, manter uma distância de dois metros das outras pessoas”, bem como o isolamento social, impedindo a propagação do vírus.

“Juntos podemos lutar contra este vírus e travar a crise mundial, para assim podermos regressar à normalidade da nossa vida diária, o mais rápido possível”, concluiu.

23 Mar 2020

Fotografia | “Macau Solidário” dá exemplo do uso da máscara

[dropcap]O[/dropcap] grupo online “Macau Solidário”, que visa apoiar Portugal no envio de material médico e máscaras no combate à pandemia Covid-19, promove hoje no Leal Senado uma iniciativa de fotografia que visa incentivar o uso de máscaras em Portugal no combate à doença.

O evento, intitulado “Máscara, usa e abusa!”, decorre hoje às 12h. Cabe à fotógrafa Tatiana Lages captar as imagens de pessoas a usar a sua máscara, sendo que cada um irá partilhar as mensagens “Macau está convosco” ou “Vai ficar tudo bem”. As fotografias serão depois publicadas na página de Facebook do grupo “Macau Solidário”.

Ao HM, Tatiana Lages explicou que a principal razão para esta iniciativa é dar o exemplo das boas práticas que o Governo de Macau implementou no combate a esta nova pandemia. “A ideia é mostrar apoio dos cidadãos de Macau aos portugueses que estão agora a viver essa situação que vivemos há dois meses.

Achamos estranho que o Governo português não faça questão do uso da máscara. Queremos mostrar o que aprendemos com os asiáticos e com o Governo de Macau e passar esse exemplo para Portugal”, frisou.

23 Mar 2020

Armazém do Boi | Residência artística focada na imigração

[dropcap]É[/dropcap] inaugurada na próxima sexta-feira, no espaço do Armazém do Boi, a exposição do programa de residência artística “Women in a Foreign Land – a Saiyin Project”. A mostra vai estar patente até 17 de Maio. É a primeira exposição deste ano no espaço, tendo o convite sido feito a um artista pós-1995.

Neste programa, Saiyin foca-se em assuntos identitários e de imigração, com o seu trabalho a desenvolver-se em volta das histórias de duas mulheres que emigraram respectivamente da China Continental e de Portugal para Macau. De acordo com o comunicado do Armazém do Boi, a exposição abrange vídeo, fotografia e trabalhos de áudio, que incluem narrativas pessoais e referências aos espaços da vida diária das mulheres, explorando o dia a dia e as vidas amorosas destas pessoas. A mostra tem entrada gratuita.

O artista vive e trabalha em Macau e Zhuhai, trabalhando com diferentes estilos, passando pela fotografia, vídeo, pintura a óleo, design gráfico e escrita. A nota explica que os seus trabalhos se focam em “explorar formas de exprimir amor e relacionamentos frágeis presentes” interligados com a sua vida. Tem como inspiração experiências diárias e reflexões sobre o tempo.

16 Mar 2020

Armazém do Boi | Residência artística focada na imigração

[dropcap]É[/dropcap] inaugurada na próxima sexta-feira, no espaço do Armazém do Boi, a exposição do programa de residência artística “Women in a Foreign Land – a Saiyin Project”. A mostra vai estar patente até 17 de Maio. É a primeira exposição deste ano no espaço, tendo o convite sido feito a um artista pós-1995.
Neste programa, Saiyin foca-se em assuntos identitários e de imigração, com o seu trabalho a desenvolver-se em volta das histórias de duas mulheres que emigraram respectivamente da China Continental e de Portugal para Macau. De acordo com o comunicado do Armazém do Boi, a exposição abrange vídeo, fotografia e trabalhos de áudio, que incluem narrativas pessoais e referências aos espaços da vida diária das mulheres, explorando o dia a dia e as vidas amorosas destas pessoas. A mostra tem entrada gratuita.
O artista vive e trabalha em Macau e Zhuhai, trabalhando com diferentes estilos, passando pela fotografia, vídeo, pintura a óleo, design gráfico e escrita. A nota explica que os seus trabalhos se focam em “explorar formas de exprimir amor e relacionamentos frágeis presentes” interligados com a sua vida. Tem como inspiração experiências diárias e reflexões sobre o tempo.

16 Mar 2020

Cinemateca | Máscaras obrigatórias e menos público

[dropcap]Q[/dropcap]uem visitar a Cinemateca Paixão terá de usar máscara, medir a temperatura à entrada e entregar declaração de saúde individual. Estas são algumas das directrizes para quem quiser assistir a um filme na casa da Travessa da Paixão.

Logo à entrada, o pessoal da segurança dará instruções para que os cinéfilos façam fila de forma espaçada, com um braço de distância entre cada pessoa. De forma a evitar a concentração de pessoas, a lotação do anfiteatro ficará limitada a 27 espectadores, sempre com um lugar vago entre espectadores. É também referido que a cinemateca “será exaustivamente limpa e desinfectada diariamente”.

6 Mar 2020

Cinemateca | Máscaras obrigatórias e menos público

[dropcap]Q[/dropcap]uem visitar a Cinemateca Paixão terá de usar máscara, medir a temperatura à entrada e entregar declaração de saúde individual. Estas são algumas das directrizes para quem quiser assistir a um filme na casa da Travessa da Paixão.
Logo à entrada, o pessoal da segurança dará instruções para que os cinéfilos façam fila de forma espaçada, com um braço de distância entre cada pessoa. De forma a evitar a concentração de pessoas, a lotação do anfiteatro ficará limitada a 27 espectadores, sempre com um lugar vago entre espectadores. É também referido que a cinemateca “será exaustivamente limpa e desinfectada diariamente”.

6 Mar 2020

Estreia de novo filme James Bond adiada para Novembro devido a epidemia do Covid-19

A estreia de “007: Sem tempo para morrer”, novo filme da saga James Bond, foi adiada para Novembro por causa da epidemia de Covid-19, anunciaram ontem os produtores. “Depois de uma cuidada ponderação e de uma avaliação do mercado global de distribuição, a estreia de ‘No time to die’ [título original] foi adiada para Novembro”, afirmaram os produtores na rede social Twitter.

O filme “007: Sem tempo para morrer”, de Cary Fukunaga, protagonizado por Daniel Craig, no papel do agente secreto 007, deveria estrear-se nos cinemas em Abril, sendo agora adiado por preocupações com a propagação do novo coronavírus. Segundo os produtores, o filme estrear-se-á a 12 de Novembro no Reino Unido e a 25 desse mês nos Estados Unidos, não tendo sido divulgadas as datas nos restantes mercados. Em Portugal, “007: Sem tempo para morrer” tinha estreia marcada para 08 de abril, com distribuição pela NOS Audiovisuais.

Este é o 25.º filme da saga James Bond e o quinto protagonizado pelo ator britânico, depois de “Casino Royale” (2006), “Quantum of Solace” (2008), “Skyfall” (2012) e “Spectre” (2015). Na terça-feira, a publicação Hollywwod Reporter dava conta de que a epidemia Covid-19 pode causar um prejuízo de pelo menos cinco mil milhões de dólares de receitas de bilheteira, com milhares de salas de cinema encerradas.

Só na China, o país mais afectado pelo vírus, 70.000 salas foram fechadas. Nos últimos dias têm sido cancelados ou adiados vários eventos culturais por causa do Covid-19. A Bienal de Arquitetura de Veneza (Itália), prevista para começar em maio, foi adiada para agosto. Foram canceladas as feiras do livro de Londres e de Leipzig (Alemanha) e o Salão do Livro de Paris. A Feira do Livro Infantil de Bolonha, também em Itália, foi adiada para maio.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal. Das pessoas infectadas, cerca de 50 mil recuperaram.

Há ainda registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, Filipinas e Iraque. Um português, tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção. Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

5 Mar 2020

IC decide cancelar 31ª edição do Festival de Artes de Macau 

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) anunciou ontem o cancelamento da 31ª edição do Festival de Artes de Macau (FAM) devido ao “impacto da propagação do novo tipo de coronavírus em todo o mundo”. De acordo com um comunicado, foi feita uma “avaliação cuidadosa dos riscos da epidemia” para se chegar a uma decisão, uma vez que grande parte do cartaz é composta por músicos oriundos de países estrangeiros.

“Actualmente a situação epidemiológica internacional está em constante evolução, sendo que Macau ainda está numa fase crítica de prevenção e controlo. Relativamente ao FAM, metade do programa vem do exterior, e o calendário de ensaios, originalmente agendado pelos grupos artísticos locais a partir de Fevereiro, também foi afectado. Além disso, existem vários factores incertos nos aspectos de transporte, logística e ensaios.”

O FAM regressa, assim, em 2021. “O IC agradece a compreensão e o apoio das diversas entidades e irá colaborar com os trabalhadores culturais e artísticos na luta contra a epidemia. No futuro, continuará a apresentar aos residentes espectáculos diversificados e extraordinários, e a criar mais condições e espaços para apoiar grupos de arte locais, trabalhando em conjunto para a recuperação social”, aponta o mesmo comunicado.

A 30ª edição do FAM aconteceu o ano passado em Maio e teve como tema “tributo aos clássicos”. A abertura do festival fez-se com a performance de “Vertikal”, co-produzida por dançarinos franceses e por um grupo mundialmente famoso de hip-hop. O espectáculo “Rain”, uma produção belga, e o “Karl Valentin Labarett”, escrito pelo comediante Karl Valentin, também fizeram parte do cartaz.

5 Mar 2020

Queda de avião na Etiópia e protestos sociais entre finalistas do World Press Photo

[dropcap]O[/dropcap] acidente de avião da Ethiopian Airlines, que matou 157 pessoas, em 2019, e protestos sociais em países como Sudão e Argélia, marcam as fotografias nomeadas para o World Press Photo, cujos premiados são conhecidos em Abril.

A principal categoria desta competição – a World Press Photo of the Year ou Fotografia do Ano – fica marcada pela representação de situações que envolvem, na sua maioria, jovens, como a imagem do fotógrafo alemão Farouk Batiche, de um protesto antigovernamental em Argel, e de Ivor Prickett, fotografo do The New York Times, que mostra a visita da namorada a um soldado internado com queimaduras graves num hospital de Al-Hasakah, na Síria.

Já o polaco Tomek Kaczor, da Gazeta Wyborcza, retratou uma adolescente arménia de 15 anos que acordou de um estado catatónico num campo de refugiados, na Polónia. Yasuyoshi Chiba, da Agência France-Presse, mostra, por sua vez, um jovem iluminado por luzes de telemóvel, que recita poesia durante uma falha de energia geral, no Sudão.

São também candidatas as imagens de Mulugeta Ayene, fotojornalista da Associated Press, que mostra o desespero de um familiar de uma vítima do acidente de avião do Boeing 737, da companhia aérea da Etiópia, ocorrido em março do ano passado, assim como a fotografia onde se vê um homem a guardar lançadores anti-tanque, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, da autoria do russo Nikita Teryoshin.

A edição deste ano do World Press Photo volta a contar com a nova categoria Story of the Year (História do Ano) que se traduz numa sequência de imagens.

O dinamarquês Nicolas Asfouri (AFP) é o autor de uma série de imagens que retratam os protestos realizados em Hong Kong, no final de março, em resposta às propostas do governo de alterar a legislação existente e permitir a extradição para a China continental.

O voo 302 da Ethiopian Airlines volta a estar presente nesta categoria com uma ‘história’ fotografada pela etíope Mulugeta Ayene, em que se vê a operação de retirada de corpos dos destroços do avião, cruzada com momentos da homenagem prestada às vítimas.

A terceira série de fotos a concurso pertence ao francês Romain Laurendeau, chama-se “Kho, a génese de uma revolta”, e é sobre o facto dos jovens, que representam mais da metade da população da Argélia, sofrerem com o desemprego uma vez que de acordo com um relatório da UNESCO, 72% das pessoas com menos de 30 anos estão desempregadas neste país.

Somam-se categorias como Temas Contemporâneos, Meio Ambiente, Retratos, Desporto ou Notícias.

Os vencedores daquele que é considerado o mais importante concurso internacional de fotojornalismo será anunciado no dia 16 de abril, em Amesterdão, na Holanda.

26 Fev 2020

Filme de Carlos Fraga alerta para discriminação de chineses em Portugal 

[dropcap]U[/dropcap]m grupo de jovens chineses, residentes em Portugal há vários anos, pediu ao realizador Carlos Fraga para fazer um vídeo com o objectivo de combater a discriminação de que a comunidade chinesa em Portugal está a ser vítima devido ao surto do novo coronavírus.

O filme passa-se na zona do Chiado, em Lisboa, onde o grupo de jovens, com máscaras, enverga cartazes que apelam à não discriminação. No final, vários transeuntes dão abraços e apertos de mão, solidários com a acção.

Ao HM, Carlos Fraga diz que resolveu dar o seu contributo a esta causa por conhecer de perto vários casos de discriminação. “Falo principalmente de discriminação no trabalho. Alguns estão dispensados do trabalho durante dois ou três meses, quando são pessoas que nasceram cá ou que vivem cá há vários anos. Não há explicação. Não vieram da China, nem estão cá temporariamente. São diversos os empregos que têm, mas trabalham por conta de outrem. Os que têm negócios próprios, como lojas ou restaurantes, também se estão a ressentir seriamente.”

Com férias e sem trabalho

Anting Xiang, uma das promotoras do vídeo, vive em Portugal há vários anos e trabalha numa loja de uma conhecida marca de alta costura na Avenida da Liberdade há cinco anos. Apesar de não ter viajado para a China recentemente, os chefes pediram-lhe para tirar férias durante dois meses assim que começou a crise do coronavírus. Anting acabou por tirar apenas um mês de férias.

“Ligaram-me a dizer que podia tirar as férias todas naquele momento. Mas tenho uma amiga que tem uma filha na escola e os colegas não querem aproximar-se dela, dizem-lhe coisas más. Os colegas não se querem aproximar no recreio. Por isso quis fazer este vídeo para dizer às pessoas de todo o mundo para nos dar apoio e para dizer que não somos um vírus”, disse ao HM.

A jovem assegura que as lojas na Avenida da Liberdade se ressentiram muito com a falta de turistas chineses. Já Lucas Borges, um colega de trabalho brasileiro, diz ter assistido a muitas cenas na loja, em que clientes estrangeiros evitaram aproximar-se de clientes chineses.

Xu Ye, com 23 anos, também participa no vídeo e viu-se obrigado a deixar de trabalhar temporariamente como agente de viagens. Daniela Yin, trabalhadora num escritório de contabilidade, não foi vítima de discriminação, pois o patrão é chinês. Mas a jovem deseja que o racismo não estrague a boa relação que portugueses sempre tiveram com chineses. “A relação entre a China e Portugal é muito boa e vai desenvolver-se”, adiantou ao HM.

21 Fev 2020

IC | Rota das Letras e outros eventos adiados devido ao surto do Covid-19

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem uma nota onde dá conta do cancelamento de todas as actividades programadas para o próximo mês, onde se inclui o festival literário Rota das Letras, que habitualmente se realiza em Março.

“A epidemia do novo tipo de coronavírus está ainda em fase importante de prevenção e controlo. O IC cancelou todas as actividades externas programadas para Março e considerou que os locais culturais sob a égide do IC são espaços interiores, a fim de reduzir o risco da propagação da epidemia na comunidade e evitar o contacto e a concentração de pessoas, todos os locais culturais permaneceram fechados até novo aviso”, pode ler-se no comunicado.

Numa outra nota, a direcção do Rota das Letras explica que, para já, não existe uma data pensada para a realização do festival. “Iremos acompanhar de perto o desenvolvimento da epidemia e trabalhar de forma próxima com o Governo e com os nossos patrocinadores, a fim de definir uma data exacta após este cancelamento.”

Em relação aos bilhetes de espectáculos já comprados pelos espectadores, o IC promete assegurar o reembolso até ao dia 31 de Maio deste ano. Os espectáculos que envolvem a aquisição de bilhetes incluem o Concerto de Cordas “O Fascínio dos Sopros e das Cordas”, pela Orquestra Chinesa de Macau, no dia 14 de Março e o Concerto “Sinfonia do Destino”, pela Orquestra de Macau, no dia 21 de Março. Além disso, vários espectáculos de entrada gratuita serão cancelados e adiados.

21 Fev 2020

IC | Rota das Letras e outros eventos adiados devido ao surto do Covid-19

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem uma nota onde dá conta do cancelamento de todas as actividades programadas para o próximo mês, onde se inclui o festival literário Rota das Letras, que habitualmente se realiza em Março.
“A epidemia do novo tipo de coronavírus está ainda em fase importante de prevenção e controlo. O IC cancelou todas as actividades externas programadas para Março e considerou que os locais culturais sob a égide do IC são espaços interiores, a fim de reduzir o risco da propagação da epidemia na comunidade e evitar o contacto e a concentração de pessoas, todos os locais culturais permaneceram fechados até novo aviso”, pode ler-se no comunicado.
Numa outra nota, a direcção do Rota das Letras explica que, para já, não existe uma data pensada para a realização do festival. “Iremos acompanhar de perto o desenvolvimento da epidemia e trabalhar de forma próxima com o Governo e com os nossos patrocinadores, a fim de definir uma data exacta após este cancelamento.”
Em relação aos bilhetes de espectáculos já comprados pelos espectadores, o IC promete assegurar o reembolso até ao dia 31 de Maio deste ano. Os espectáculos que envolvem a aquisição de bilhetes incluem o Concerto de Cordas “O Fascínio dos Sopros e das Cordas”, pela Orquestra Chinesa de Macau, no dia 14 de Março e o Concerto “Sinfonia do Destino”, pela Orquestra de Macau, no dia 21 de Março. Além disso, vários espectáculos de entrada gratuita serão cancelados e adiados.

21 Fev 2020

Músico belga fez canção para ajudar vítimas do Covid-19

[dropcap]M[/dropcap]uito próximo da China, que diz ter visitado 150 vezes, o músico e compositor Jean-françois Maljean decidiu recorrer à sua arte para ajudar a mudar as mentalidades em relação ao novo surto do coronavírus, mas também ajudar as vítimas da epidemia.

Em declarações ao HM, o compositor belga explicou como surgiu a oportunidade de compor uma balada ao piano. “Foi uma decisão tomada entre duas pessoas. Tenho um amigo, um parceiro em Wuhan, que tem uma empresa de produção e costumamos trabalhar juntos. E foi-me sugerido fazer uma canção sobre esta crise. No início hesitei, mas depois achei que compor uma canção poderia ajudar a aumentar a consciência dos ocidentais em relação a este problema.”

Tendo actuado na cidade de Wuhan “três ou quatro vezes” e assumindo uma identificação com a China e os chineses, o músico belga diz não compreender a discriminação que se tem verificado com o surto do novo coronavírus.

“O primeiro motivo pelo qual fiz a canção foi dar coragem à população chinesa para que lutem contra a epidemia, para dar força às famílias dos doentes que faleceram. Quis ajudar, juntar algum dinheiro para ajudar a combater esta crise. Mas vejo algumas reacções dos ocidentais que não aprovo. Adoro a China e tenho muitas histórias com chineses e fiquei desapontado com tudo isto. Espero que as atitudes das pessoas mudem para que não haja discriminação.”

Sons antigos

Jean-françois Maljean, que diz sempre ter feito música de fusão, decidiu incorporar o som de uns sinos tradicionais chineses, famosos na província de Hubei. Três pessoas trabalharam na letra, incluindo o autor inglês Robert Muray, que finalizou o texto. A interpretação está a cargo de Noemie Manjou, filha do músico, que é cantora profissional.

“Esta é a primeira vez que trabalhamos juntos. Quando o projecto da canção apareceu pensei naturalmente nela [para interpretar a música]. A sua voz é perfeita para a canção e é muito fácil trabalhar com ela”, concluiu.

Esta música terá uma versão chinesa “em breve”. “Não espero ter sucesso para mim próprio”, rematou Jean-françois Maljean.

18 Fev 2020

Cinemateca Paixão | Produções locais vão a concurso

[dropcap]E[/dropcap]stão abertas as inscrições de produções locais para apresentação no festival “Panorama do Cinema de Macau 2020”. A informação foi divulgada ontem em comunicado pela Cinemateca Paixão, acrescentando que serão aceites todos os géneros, de longas metragens a documentário e animação, desde que as obras tenham sido produzidas não antes de 2018. O festival terá lugar dentro de alguns meses e as inscrições podem ser feitas até 3 de Março.

Albert Chu, Director Artístico da Cinemateca, mostra-se confiante acerca do papel que o festival detém na promoção da arte cinematográfica local. “Em anos recentes, todo um conjunto de produções demonstrou vigorosamente a paixão e trabalho incansável da sua equipa. Em termos de escrita de argumento, realização, actuação e outras capacidades, foram muitos os que atingiram um nível profissional. Agora no seu quarto ano, o Panorama do Cinema de Macau prossegue o seu papel de liderança na promoção do cinema e cineastas locais”, pode ler-se no comunicado.

Já Rita Wong espera que a edição deste ano possa trazer novidades, sobretudo com a experiências coleccionadas além-fronteiras. No ano passado, ‘O Poder do Cinema Local Independente Local’ mostrou dois tipos de aventuras: as diferentes experiências e exploração de cineastas que continuaram os seus estudos no Reino Unido, Polónia, Austrália, Taiwan e outras regiões; e o aperfeiçoar da capacidade narrativa dos cineastas locais. É absolutamente empolgante assistir à energia que tem lugar durante o festival”.

11 Fev 2020

Cinemateca Paixão | Produções locais vão a concurso

[dropcap]E[/dropcap]stão abertas as inscrições de produções locais para apresentação no festival “Panorama do Cinema de Macau 2020”. A informação foi divulgada ontem em comunicado pela Cinemateca Paixão, acrescentando que serão aceites todos os géneros, de longas metragens a documentário e animação, desde que as obras tenham sido produzidas não antes de 2018. O festival terá lugar dentro de alguns meses e as inscrições podem ser feitas até 3 de Março.
Albert Chu, Director Artístico da Cinemateca, mostra-se confiante acerca do papel que o festival detém na promoção da arte cinematográfica local. “Em anos recentes, todo um conjunto de produções demonstrou vigorosamente a paixão e trabalho incansável da sua equipa. Em termos de escrita de argumento, realização, actuação e outras capacidades, foram muitos os que atingiram um nível profissional. Agora no seu quarto ano, o Panorama do Cinema de Macau prossegue o seu papel de liderança na promoção do cinema e cineastas locais”, pode ler-se no comunicado.
Já Rita Wong espera que a edição deste ano possa trazer novidades, sobretudo com a experiências coleccionadas além-fronteiras. No ano passado, ‘O Poder do Cinema Local Independente Local’ mostrou dois tipos de aventuras: as diferentes experiências e exploração de cineastas que continuaram os seus estudos no Reino Unido, Polónia, Austrália, Taiwan e outras regiões; e o aperfeiçoar da capacidade narrativa dos cineastas locais. É absolutamente empolgante assistir à energia que tem lugar durante o festival”.

11 Fev 2020

“Parasitas”, do sul-coreano Bong Joon-ho, venceu Óscar de Melhor Filme

[dropcap]O[/dropcap] Presidente sul-coreano Moon Jae-in felicitou hoje toda a equipa de “Parasitas”, que hoje ganhou o Óscar para Melhor Filme, e especialmente o diretor Bong Joon-ho por realizar o que considerou ser “uma história coreana única”. “Uno-me a todos os coreanos para felicitar o filme” Parasita”, escreveu hoje Moon Jae-in na rede social Twitter.

O Presidente sul-coreano disse estar “orgulhoso do realizador Bong Joon-ho, dos atores e da equipa “depois destes terem ganhado quatro estatuetas (Melhor Argumento Original, Melhor Filme Internacional, Melhor realizador e Melhor Filme). “’Parasita’ tocou os corações das pessoas de todo o mundo com uma história coreana única”, disse o Presidente sul-coreano.

Os quatro Óscares e a Palma de Ouro de Cannes, que o filme ganhou no ano passado, “podem ser atribuídos aos esforços acumulados de cada cineasta coreano nos últimos 100 anos”, disse Moon em referência ao centenário que o cinema coreano celebrou recentemente.

O chefe de Estado considerou que o filme “transmite mensagens sociais de maneira inovadora, notável e bem-sucedida” e prometeu apoio institucional aos membros da indústria nacional.

O filme “Parasitas”, do realizador sul-coreano Bong Joon Ho, venceu o Óscar de Melhor Filme, na 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, de Hollywood. Os outros candidatos ao Óscar de Melhor Filme eram “Le Mans’66: O Duelo”, “O Irlandês”, “Jojo Rabbit”, “Joker”, “Mulherzinhas”, “Marriage Story”, “1917” e “Era Uma Vez em… Hollywood”.

A distinção fez história porque nunca um título estrangeiro tinha vencido o Óscar de “Melhor Filme, tendo o favoritismo recaído em “1917”, de Sam Mendes. “Parasitas” já tinha arrecadado o prémio na categoria internacional.

“Parasitas”, que partiu com seis nomeações para os Óscares, conquistou os quatro mais importantes para os quais estava indicado: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Filme Internacional e Melhor Argumento Original. De fora ficaram melhor cenografia e melhor montagem, que cedeu a “Era Uma Vez… em Hollywood” e “Le Mans ’66: O Duelo”, respetivamente.

A longa-metragem, uma comédia negra sobre injustiças sociais, soma já perto de duas centenas de prémios, desde a estreia em Cannes, em maio do ano passado, onde conquistou a Palma de Ouro.

Joaquin Phoenix venceu o Óscar para “Melhor Actor” em “Joker” e René Zellweger em “Judy” arrecadou o prémio de “Melhor Actriz”. Laura Dern em ‘Marriage Story’ e Brad Pitt, pela sua interpretação em “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, ganharam os prémios de “melhor Actriz Secundária” e “Melhor Actor Secundário”.

A 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos, decorreu no Dolby Theatre, em Los Angeles, no domingo à noite, na Califórnia.

10 Fev 2020

"Parasitas", do sul-coreano Bong Joon-ho, venceu Óscar de Melhor Filme

[dropcap]O[/dropcap] Presidente sul-coreano Moon Jae-in felicitou hoje toda a equipa de “Parasitas”, que hoje ganhou o Óscar para Melhor Filme, e especialmente o diretor Bong Joon-ho por realizar o que considerou ser “uma história coreana única”. “Uno-me a todos os coreanos para felicitar o filme” Parasita”, escreveu hoje Moon Jae-in na rede social Twitter.
O Presidente sul-coreano disse estar “orgulhoso do realizador Bong Joon-ho, dos atores e da equipa “depois destes terem ganhado quatro estatuetas (Melhor Argumento Original, Melhor Filme Internacional, Melhor realizador e Melhor Filme). “’Parasita’ tocou os corações das pessoas de todo o mundo com uma história coreana única”, disse o Presidente sul-coreano.
Os quatro Óscares e a Palma de Ouro de Cannes, que o filme ganhou no ano passado, “podem ser atribuídos aos esforços acumulados de cada cineasta coreano nos últimos 100 anos”, disse Moon em referência ao centenário que o cinema coreano celebrou recentemente.
O chefe de Estado considerou que o filme “transmite mensagens sociais de maneira inovadora, notável e bem-sucedida” e prometeu apoio institucional aos membros da indústria nacional.
O filme “Parasitas”, do realizador sul-coreano Bong Joon Ho, venceu o Óscar de Melhor Filme, na 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, de Hollywood. Os outros candidatos ao Óscar de Melhor Filme eram “Le Mans’66: O Duelo”, “O Irlandês”, “Jojo Rabbit”, “Joker”, “Mulherzinhas”, “Marriage Story”, “1917” e “Era Uma Vez em… Hollywood”.
A distinção fez história porque nunca um título estrangeiro tinha vencido o Óscar de “Melhor Filme, tendo o favoritismo recaído em “1917”, de Sam Mendes. “Parasitas” já tinha arrecadado o prémio na categoria internacional.
“Parasitas”, que partiu com seis nomeações para os Óscares, conquistou os quatro mais importantes para os quais estava indicado: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Filme Internacional e Melhor Argumento Original. De fora ficaram melhor cenografia e melhor montagem, que cedeu a “Era Uma Vez… em Hollywood” e “Le Mans ’66: O Duelo”, respetivamente.
A longa-metragem, uma comédia negra sobre injustiças sociais, soma já perto de duas centenas de prémios, desde a estreia em Cannes, em maio do ano passado, onde conquistou a Palma de Ouro.
Joaquin Phoenix venceu o Óscar para “Melhor Actor” em “Joker” e René Zellweger em “Judy” arrecadou o prémio de “Melhor Actriz”. Laura Dern em ‘Marriage Story’ e Brad Pitt, pela sua interpretação em “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, ganharam os prémios de “melhor Actriz Secundária” e “Melhor Actor Secundário”.
A 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos, decorreu no Dolby Theatre, em Los Angeles, no domingo à noite, na Califórnia.

10 Fev 2020

Morreu o actor Kirk Douglas, o incansável trabalhador do cinema

[dropcap]K[/dropcap]irk Douglas, que morreu na quarta-feira aos 103 anos, nunca esqueceu as origens e foi um trabalhador incansável que só abandonou o cinema aos 80 anos na sequência de uma apoplexia grave. Issur Danielovitch Demsky nasceu em 9 de Dezembro de 1916, em Amesterdão, uma localidade do estado de Nova Iorque, filho de um casal de emigrantes judeus de origem bielorrussa, Herschel e Bryna Danielovitch.

Cresceu num bairro pobre, mas era bom estudante e formou-se em Letras na Universidade de St. Lawrence, em 1934. Concluídos os estudos, mudou-se para Nova Iorque, onde até 1939 estudou na Academia Americana de Arte Dramática.

Desempenhou pequenos papéis em obras na Broadway antes de se alistar na Marinha em 1941 para combater na Segunda Guerra Mundial. Dois anos depois foi dispensado do serviço devido aos ferimentos sofridos em combate e voltou a Nova Iorque, onde participou em várias produções teatrais e actuou em emissoras de rádio.

A recomendação da atriz Lauren Bacall, com quem estudou teatro em Nova Iorque, abriu as portas de Hollywood e em 1946 participou na meca do cinema, no primeiro filme “O estranho amor de Marta Ives” de Lewis Milestone, em que os protagonistas em Barbara Stanwyck e Van Heflin.

Foi o início de uma longa carreira, que se estendeu por seis décadas e mais de 90 filmes, além de produzir uma dezena de películas e dirigir duas longas-metragens, “Scalawag” (1973) e “Cavalgada dos Destemidos” (1975).

Douglas trabalhou com vários realizadores, Vincent Minelli, Jacques Tourneur, King Vidor, Otto Preminger, Billy Wilder, Elia Kazan, Howard Hawks e William Wyler, entre outros, mas foi Stanley Kubrick quem mais marcou a carreira do ator com “Horizontes de Glória” (1957) e “Spartacus” (1960).

Nesta longa carreira, só conseguiu um Oscar honorário em 1996. Honorários foram também os prémios Cecil B. de Mille, em 1968, o César da Academia Francesa em 1980 e o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim em 2001.

Foi também condecorado com a Ordem das Artes e das Letras, concedida pelo Governo de França em 1979, e com a Medalha Presidencial da Liberdade em 1981 e em 2011 recebeu a Medalha Nacional dos Estados Unidos de Arte e Humanidades.

Além do cinema, Kirk Douglas trabalhou nos palcos e na televisão. A última interpretação teatral foi em Março de 2009 na sala com o seu nome em Culver City (Los Angeles, Califórnia) em “Antes que me esqueça”, comédia sobre a vida do actor.

Douglas apareceu pela última vez em público há dois anos, na gala dos Globos de Ouro, na companhia da nora Catherine Zeta-Jones, para entregar o prémio para o melhor argumento.

Durante algum tempo foi também porta-voz do centro Simon Wiesenthal, especializado em estudos sobre o holocausto judeu.

Do primeiro casamento com Diana Dill, em 1943, nasceram dois filhos: o ator Michael Douglas e Joel Andre. Em 1945, voltou a casar-se com Anne Buydens e teve mais dois filhos: Peter e Eric Anthony, que em julho de 2004, foi encontrado morto devido a excesso de álcool e medicamentos.

6 Fev 2020