Taça Mundial da FIA não sofrerá grandes alterações este ano

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar de ainda não revelado à imprensa, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) já tem tudo alinhavado para a segunda edição da Taca GT Macau – Taca GT Mundial da FIA, que se irá disputar no mês de Novembro nas ruas da RAEM, como parte do programa de provas do 63º Grande Prémio de Macau. Serão poucas as novidades a introduzir este ano, continuando a prova a ser exclusivamente destinada a viaturas FIA GT3.
Apesar da FIA ambicionar a longo prazo tornar esta corrida numa prova com um formato mais longo e até com trocas de pilotos, o formato de 2016 irá continuará a ser o mesmo, com uma Corrida de Qualificação de 12 voltas no sábado e a Corrida decisiva de 18 voltas, ou 75 minutos de duração, no domingo. No que respeita aos participantes, em vez de três carros, este ano cada construtor estará limitado a inscrever dois carros oficiais apenas, o que irá reduzir os esforço das marcas.
A FIA irá no entanto continuar a cobrar 30 mil euros de inscrição para os construtores, para além de seis mil euros por cada carro que alinhe na prova. A exemplo do ano transacto, os pilotos amadores (categorizados como Bronze pelo sistema da federação internacional) continuarão a ser aceites na corrida, mas terão que cumprir o critério da qualificação máxima de 107% da melhor volta na qualificação para tomarem parte nas corridas de sábado e domingo.
Com as inscrições a encerrarem no final de Agosto, a lista oficial de participantes, em que o Comité da Taça GT Mundial da FIA tem a última palavra, será conhecida no mês de Outubro, aquando da tradicional Conferência de Imprensa oficial do maior evento desportivo de carácter anual da RAEM.
A empresa anglo-francesa SRO Motorsports, que organiza com sucesso as Blancpain GT Series na Europa, também terá já renovado a sua parceria com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), mantendo assim a sua posição de ponte com as equipas estrangeiras e construtores automóveis. Entretanto, o Instituto do Desporto já abriu o concurso público, que termina a 27 de Julho, para a angariação de um patrocinador para a corrida.

E quem vem?

A quatro meses da prova, apenas a Porsche e a Lamborghini mostraram interesse público em participar na corrida. Contudo, como em anos anteriores, a Audi e a Mercedes-Benz, que venceu a corrida o ano passado, também deverão marcar presença oficial devido aos interesses que têm no mercado asiático. Os planos para a prova da Aston Martin, Bentley, McLaren, BMW ou Nissan são por agora desconhecidos.
Certo é que a Ferrari não se fará representar oficialmente, como aliás é tradição da marca italiana, que oficialmente só se faz representar oficialmente na Fórmula 1. Contudo, esta estratégia da casa de Maranello poderá não impedir que os espectadores que assistirem às corridas do Circuito da Guia tenham a oportunidade de ver em acção um dos novos Ferrari 488 GT3, avaliados em cerca de cinco milhões de patacas, pois estes poderão aparecer nas mãos de concorrentes privados.

15 Jul 2016

Desporto | Portugal é Campeão Europeu de Futebol e sétimo nos Europeus de Atletismo

O verde e vermelho invadiu o mundo. Não foi só a torre do Eiffel porque, se em Paris Portugal se sagrou pela primeira vez campeão europeu de futebol, em Amsterdão o atletismo arrecadou 6 medalhas e, em Andorra, Rui Costa foi segundo na nona etapa do Tour. Nunca tal se “haverá” visto

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]ão será necessário relatar o filme do jogo épico que todos, ou quase todos, assistimos na madrugada de domingo. Valerá, quiçá, recordar algumas das frases proferidas após a conquista da equipa portuguesa em Paris.
Honra aos derrotados seja feita, destaque para a reacção de Didier Deschamps, o treinador gaulês, que sempre primou pela elegância nas suas declarações em relação a Portugal.
“A desilusão é o principal sentimento. Há coisas positivas, mas é difícil vê-las nesta altura. É muito duro, mas isto é futebol de alta competição”. Para além do desânimo natural, Deschamps disse ainda em relação à equipa portuguesa que “O vencedor merece sempre. Podem fazer as vossas análises, mas eu disse que não tinha chegado à final por acaso. Ficou em terceiro no grupo e é campeão da Europa. Não ganharam muitos jogos mas ganharam o mais importante. Não retiro nenhum mérito a Portugal. Há muita gente que vai tentar fazer comparações, e se calhar tiveram gerações com mais talento, mas não ganharam, e estes ganharam. Estão de parabéns. Não tenho nada a dizer para beliscar o mérito da equipa portuguesa.”
Antoine Griezmann, o avançado francês com origens portuguesas, também estava desiludido apesar de levar como prémio de consolação o título de melhor marcador do Euro. Todavia, não teve pejo em destacar Ronaldo em relação à Bola de Ouro, um título que ambiciona, “O Cristiano ganhou as maiores competições, por isso acho que é isso, está feito”, disse.

Euforia Lusitana

Poucos esperariam que entrasse e muito menos que viesse a confirmar a fábula de Hans Christian Andersen, a história do “Patinho Feio” que afinal era um garboso cisne em desenvolvimento. Após uma experiência falhada em Inglaterra, no Swansea, Éder tinha conseguido este ano ficar em definitivo no Lille, de França, onde foi preponderante. Todavia, isso não chegou nem para lhe dar a titularidade na selecção, nem para conquistar o amor dos fãs. Diz-se, inclusive, que esse desamor terá mesmo provocado a necessidade de apoio psicológico antes do Campeonato da Europa. Mas, apesar de ter inscrito o seu nome a ouro na história do futebol português (nunca mais será esquecido), não esqueceu a humildade no meio das celebrações e até disse compreender a alcunha: “Patinho feio? Eu compreendo, as pessoas têm de falar, muitas vezes com razão, outras nem tanto”. Para além disso, em relação ao golo que deu o troféu, uma clara atitude de raiva e querer, Éder disse que “é um golo que sai do esforço de todos os portugueses, de todos os jogadores. Trabalhámos imenso, é sempre muito difícil, mas acreditámos sempre. O mister sempre disse que só saíamos daqui com a taça, que íamos ser campeões. É um golo de uma vida, muito merecido. Claro que não tenho noção da dimensão. Agora temos de desfrutar. Quero agradecer à Susana Torres, minha treinadora de alta performance que vocês deviam conhecer. Muita crença com os meus amigos, consegui fazer o que fiz no Lille e Fernando Santos e os meus companheiros acreditaram em mim.”
Claro que não se pode esquecer o menino Sanches que deslumbrou meio mundo e conquistou o prémio para melhor jogador jovem do torneio. Orgulhoso, mas humilde também, até revelou que iria “autorizar” os seus amigos do ex-rival a festejar com ele: “Quero dizer aos meus amigos que hoje vão poder festejar comigo porque eles são quase todos sportinguistas”. Para além disso, considerou estar a viver um momento único “… é um sonho. Aos 18 anos ganhar um Campeonato da Europa… Espero ter mais anos como este, para mim vou guardar este ano no coração”
E só falta o capitão que, como escreveu o diário inglês The Independent, “Transformou as lágrimas de tristeza em alegria.”
“São momentos que não conseguimos controlar. Estava, de facto, muito emocionado, era algo que queria muito para o nosso país. Senti o apoio de todos os portugueses em Portugal e fora e aqui em Marcoussis, principalmente. Ganhei tudo a nível de clubes e individual, mas sempre disse que queria ganhar algo por Portugal. O nosso treinador merece, a nossa estrutura merece, ninguém acreditava. Obviamente, queria jogar mais, mas não consegui. Levei uma porrada e não consegui, senti o joelho a inchar, se continuasse podia piorar, ia correr um risco enorme”, disse Cristiano que ainda explicou a confiança que tinha em Éder “Foi feeling, não quero dizer que sou o rei da cocada preta ou bruxo, mas tive feeling que o Éder ia marcar. Fiz uma reza para ele, merece. Estou muito feliz por ele.”

Palavras de capitão

O papel de Ronaldo, ainda sem jogar, foi mesmo fundamental na coesão e motivação do grupo. As palavras ditas antes do prolongamento foram cruciais conforme divulga o jornal Mirror, de Inglaterra, através de Cédric Soares:
“Ele deu-nos muita confiança e disse-nos: ‘Oiçam pessoal, tenho a certeza que vamos ganhar o Euro, por isso mantenham-se unidos e lutem por isso’.
“Foi incrível”, disse ainda Cédric, “a equipa toda teve uma atitude fantástica e mostrou que, quando se luta como se fossemos apenas um, é-se muito mais forte”. E vai mais longe na análise de Ronaldo que qualifica de “fantástico. A sua atitude é inacreditável. Ao intervalo ajudou-me muito e aos meus colegas, teve sempre palavras de motivação. A equipa toda reagiu por isso foi muito, mas muito bom!”

Imprensa Internacional

A imprensa internacional engalanou-se com as cores portugueses classificando, de uma forma geral, a conquista de Portugal no Euro como “heróica” salientando o facto de ter sido conseguida sem o contributo de Cristiano Ronaldo. Aqui ficam alguns dos títulos:

França

France Football
“Uma terrível desilusão”

Le Monde
“Portugal priva os ‘Bleus’ de uma vitória no seu Europeu”

Espanha

El Pais
“Portugal consola Cristiano”

Marca
“Em nome de Cristiano” e “Assim é Éder, o novo herói de Portugal”.

El Mundo
“Portugal, campeão da Europa: a crueldade é bela”

Mundo Deportivo
“Heróico, mesmo sem Cristiano”

As
“Maracanazo em Saint-Denis”

Inglaterra

The Independent
“As lágrimas de Ronaldo transformam-se em alegria com Portugal a bater a França e conquistar a glória europeia”

The Guardian
“Os ‘patinhos feios’ de Fernando Santos partem os corações franceses”

The Sun
“Quem precisa de Ronaldo? Éder, o flop de Swansea marca no prolongamento e atordoa a nação anfitriã”

Mirror
“Portugal choca a França com vitória 1-0 após Ronaldo sair lesionado”

Estados Unidos
CNN
“Portugal coroado campeão europeu”

Brasil

O Globo
“Portugal bate a França e vence a Eurocopa pela primeira vez”

Alemanha

Die Welt
“Na sua noite mais amarga, ele levantou a taça”

Argentina

Olé
“Rebentos de Cristiano” (“Flor de Cristianos”, no original)

Hong Kong
South China Morning Post
“Treinador Santos inspira Portugal para uma derradeira vitória ‘feia’”

Estatísticas no Euro

Esta prova que continua a ser liderada na conquista de títulos pela Alemanha/RFA (1972, 1980 e 1996) e Espanha (1964, 2008 e 2012) gera toneladas de estatística. De entre essa miríade de dados, seleccionámos os que tocam às cores portugueses. Uns melhores, outros nem por isso.

Mais presenças em fases a eliminar após ultrapassar a fase de grupos: 7 – Alemanha/RFA (1980, 1988, 1992, 1996, 2008, 2012 e 2016) e Portugal (1984, 1996, 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016)

Mais presenças sem nunca cair na fase de grupos: 7 – Portugal (1984, 1996, 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016).

Menos vitórias de um campeão (desde 1980): 3 – Dinamarca (1992) e Portugal (2016)

Mais jogos sem vitórias de um campeão: 4 – Portugal (2016)

Mais empates consecutivos: 4 – Portugal (um em 2012 e três em 2016)

Menos golos numa final: 1 – Portugal-Grécia, 0-1 (2004), Alemanha-Espanha, 0-1 (2008) e Portugal-França, 1-0ap (2016)

Jogador mais velho a sagrar-se campeão: 38 anos e 53 dias – Ricardo Carvalho, Por (Portugal-França, 1-0ap, 2016)

Jogador mais novo a sagrar-se campeão: 18 anos e 327 dias – Renato Sanches, Por (Portugal-França, 1-0ap, 2016)

Jogador mais novo a actuar numa final: 18 anos e 327 dias – Renato Sanches, Por (Portugal-França, 1-0ap, 2016).

Corridas para a vitória

Medalhas e títulos extra futebol
Nem só de futebol vive a espécie e este fim de semana trouxe mais motivos de orgulho paras hostes lusitanas com resultados espectaculares no atletismo e, claro, o segundo lugar de Rui Costa numa difícil etapa do Tour… de França… nos Pirenéus.
Em Amesterdão acabou este fim de semana outro campeonato europeu, o de atletismo. No final, as cores lusitanas terminaram num honroso 7º lugar à frente da… França ao conquistarem três medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze.
O ouro foi para Sara Moreira, na meia maratona, Patrícia Mamona, no triplo salto, e para a equipa da meia maratona.
A prata seguiu para Patrícia Félix na corrida dos 10,000 metros e o bronze para Tsanko Arnaudov no lançamento do peso e para Jessica Augusto na Meia Maratona.
No triplo salto, com uma tirada final de 14,58 metros, Patrícia Mamona melhorou também o recorde nacional por seis centímetros e conquistou a quinta medalha de Portugal nestes Europeus, e a 34.ª desde sempre.
Na estreia da meia-maratona em Europeus, Sara Moreira completou o percurso em 1:10.19 horas, enquanto Jéssica Augusto ficou com a medalha de bronze, ao fechar o pódio com mais 36 segundos.
Na meia-maratona dos Europeus estreou-se igualmente a Taça da Europa da distância, para a qual contam os registos das três melhores de cada país, tendo Ana Dulce Félix fechado a equipa lusa no 12.º posto, dando o triunfo colectivo a Portugal.
Nos 10,000 metros, Jéssica Augusto, que perto do final seguia na quarta posição, acabou por ultrapassar a turca Haydar e terminou, bem isolada, na terceira posição, com 1:10.55.
Susana Costa ficou em quinto lugar com um salto de 14,34 metros, e novo recorde pessoal.
No lançamento do peso, Tsanko Arnaudov conquistou a medalha de bronze tendo como o melhor arremesso a 20,59 metros.
Em Andorra, o português Rui Costa (Lampre-Mérida) conseguiu o segundo lugar na nona etapa da Volta a França em bicicleta, mas promete mais.
“Estou feliz e quero mais. Até Paris ainda temos muitas etapas e mais oportunidades. Vamos dar luta”, escreveu Rui Costa, no seu diário ‘online’.
O corredor poveiro terminou a etapa rainha dos Pirenéus a 38 segundos do holandês Tom Dumoulin (Giant-Alpecin), vencedor da tirada, e admitiu que o segundo posto foi positivo.
“Que dureza que foi esta etapa. Aquela subida final parecia interminável! Foi um dia super complicado, mas a vontade de vencer era maior. Um resultado que me anima. Não foi uma vitória, mas depois de tanto esforço e tantas tentativas que eu fiz, acho que foi uma boa recompensa”, frisou.
Rui Costa subiu à 48.ª posição, a 42.27 minutos do britânico Chris Froome.

12 Jul 2016

Wushu | Encontro internacional por toda a cidade

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] evento de Wushu que decorre de 11 a 14 de Agosto vai cobrir todo o território e não apenas a Praça do Tap Seac. Macau vai servir de palco para o “Encontro de Mestres de Wushu”, um evento que vai espalhar a magia desta arte pelos quatro cantos da cidade com eventos a acontecerem tanto ao ar livre, como em recintos cobertos.
No evento ontem apresentado à imprensa vão estar presentes vários especialistas de Wushu, nomeadamente Wu Guangyu, Wang Shiquan, Shi Yanzheng, do Templo Shaolin, Liu Suibin, Shi Yanjun e Lu Yijie. O orçamento de produção é de 20 milhões de patacas e a iniciativa vem recuperar a ideia de um outro encontro similar ocorrido em Macau nos anos 60 do século passado.
A acção acontecerá em diferentes palcos, como a Praça do Tap Seac, o Pavilhão Polidesportivo do Tap Seac, o Largo do Senado, a Praça da Amizade e o Jardim de Iao Hon. Para além das exibições de Wushu tradicional, estão também previstas Danças do Dragão e do Leão, um Fórum de Wushu, uma exibição conjunta dos mestres da China e de outras partes do mundo e competições de Taolu. Outras actividades constantes do programa são ainda Sanda (versão de kickboxe chinesa) dos atletas da China e do estrangeiro, paradas e competições de Dança do Leão e do Dragão.

Desporto e turismo

Para Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto (ID), “o Wushu regista uma longa história de desenvolvimento em Macau e este evento é uma excelente oportunidade para combinar desporto com turismo”.
Já o Presidente da Direcção da Associação Geral de Wushu de Macau, Chan Weng Kit de Noronha, refere que “com o forte apoio do Governo, tem-se permitido um forte desenvolvimento da modalidade em Macau, tornando-se numa das modalidades mais praticadas pelos cidadãos locais”.
Ainda segundo o responsável associativo, “nos últimos anos, os atletas de Wushu de Macau conseguiram alcançar excelentes resultados em vários eventos desportivos de grande dimensão, ocupando uma posição relevante no desenvolvimento da modalidade a nível mundial”.
A expectativa é agora a de criar um evento que permaneça no calendário de grandes eventos da RAEM, uma opção que o Secretário para os Assuntos sociais e Cultura, Alexis Tam, não enjeita.
“Vamos ver como corre, analisar e depois decidiremos se, de facto, poderemos continuar.” De qualquer forma, o responsável governamental adiantou ainda que “muitas outras cidades gostariam de ter um evento como este”, que o Secretário considera “muito importante para a população” no sentido da “promoção do desporto, da criatividade e para a imagem de Macau no mundo”.
A iniciativa é organizada em conjunto pelo Instituto do Desporto e a Associação Geral de Wushu de Macau, com a colaboração da Direcção dos Serviços de Turismo, do Instituto Cultural e do Fundo das Indústrias Culturais. A entrada para todos os eventos será livre.

8 Jul 2016

Automobilismo | Conhecidos representantes de Macau na Taça Chinesa

[dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]á são conhecidos os três pilotos do território que vão defender as cores da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) na terceira temporada do troféu monomarca “Taça da Corrida Chinesa”. Hélder Assunção, Jo Rosa Merszei e Lam Kam San são os três seleccionados, sendo que Assunção foi o único que transitou da temporada passada.
“A Taça Chinesa é uma competição muito emocionante. Corro há vários anos e nunca participei numa competição tão emocionante, são corridas competitivas e altamente disputadas”, diz Assunção, que foi o único piloto do território a participar em todas as edições do campeonato.
Com passagens pela Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 e pela corrida do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) do Grande Prémio de Macau, Merszei é um dos pilotos com um currículo mais extenso e variado no automobilismo local. Ausente este ano do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS), o piloto macaense regressa a esta competição depois de uma passagem fugaz em 2014.
Apesar de ser também um veterano do automobilismo do território, tendo inclusive vencido a Taça do Automóvel Club de Portugal em 1996 e 1997, Lam Kam Sam irá estrear-se na Taça da Corrida Chinesa este ano. A competição, cuja apresentação oficial deverá acontecer em breve em Pequim, irá novamente fazer parte do programa de provas do 63º Grande Prémio de Macau. Criada em 2014 pela Shanghai Lisheng Racing Co, a Taça da Corrida Chinesa é uma competição constituída por quatro provas em que todos os participantes conduzem viaturas BAIC Senova D70 (um carro que tem como base o Saab 9-5), com a particularidade de cada associação automóvel da Grande China – China continental, Macau, Hong Kong e Taipé Chinês – ter o direito de inscrever três viaturas. As restantes viaturas participantes nas corridas são alugadas a pilotos privados e não pontuam para o campeonato das associações.
Além da corrida no Circuito da Guia, que encerra a temporada, irá ser realizado um evento em Xangai, outro no Taipé Chinês e ainda um outro no circuito dos arredores de Zhaoqing, a casa do desporto motorizado de Hong Kong.
Ao vencer a corrida integrada no programa do Grande Prémio de Macau do ano passado, Michael Ho foi até hoje o único piloto local a vencer nesta competição, sendo que a associação da China Continental (FASC) levou de vencida as duas edições anteriores da competição. O 63º Grande Prémio de Macau será realizado entre os dias 17 e 20 de Novembro do corrente ano.

6 Jul 2016

Campeonatos de Turismo Macau Terminaram em Zhuhai

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]O segundo “Festival de Corridas de Macau” realizou-se no pretérito fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, naquela que foi a última oportunidade para os pilotos de carros de turismo de Macau se qualificarem para o Grande Prémio. Com temperaturas elevadíssimas, muito pouco amigáveis para as mecânicas dos automóveis participantes na edição deste ano do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS), Filipe Clemente Souza renovou o título na classe AAMC Challenge, com dois indiscutíveis triunfos, ao passo que Ng Kin Veng ficou com o ceptro da categoria AAMC Road Sport Challenge.

A bisar

Num formato igual ao de eventos anteriores, os 24 concorrentes na categoria AAMC Challenge qualificaram-se de manhã e tiveram as suas corridas à tarde. No sábado, Jerônimo Badaraco (Chevrolet Cruze) arrancou da pole-position e conservou a primeira posição na primeira metade da corrida. Contudo, Souza (Chevrolet Cruze) imprimiu um ritmo mais forte na segunda metade e ultrapassou o seu companheiro de equipa, oferecendo mais uma “dobradinha” à Son Veng Racing Team. Álvaro Mourato (Peugeot RCZ) desembaraçou-se na partida de Chan Weng Tong (Chevrolet Cruze), assumindo o terceiro lugar, mas com o avançar da corrida e o motor do carro francês a falhar, perdeu lugares para Chao Chong In (MINI Cooper), Célio Alves Dias (MINI Cooper) e já no final das 12 voltas para Tong, terminando em sexto. Depois de ter lutado pelas posições próximas do “Top-10”, Rui Valente (MINI Cooper) acabou no 15º lugar, enquanto Helder Rosa (Peugeot RCZ) foi o 18º classificado. Apesar de ter rodado no quinto posto, o carro de Eurico Jesus (Ford Fiesta) sucumbiu na penúltima volta. No domingo, Souza partiu da pole-position na segunda corrida e por lá ficou do princípio ao fim, apesar da pressão exercida por Badaraco nas últimas voltas. Com este título, Souza, que este ano também está a disputar o TCR Asia Series, sagrou-se bi-campeão da classe AAMC Challenge. O pódio na quarta corrida da temporada ficou completo com a presença de um outro macaense, Célio Alves Dias. Eurico de Jesus foi o sétimo, enquanto Valente foi o 12º classificado. Por fim, ainda entre os macaenses, Mourato acabou fora de prova, após ter sido tocado na última curva, e Rosa também não terminou classificado devido a problemas de pressão no turbo da sua viatura.

Vitórias repartidas

Com apenas dúzia e meia de inscritos este ano, todos teoricamente apurados à partida, na categoria AAMC Road Sport Challenge as vitórias foram repartidas por Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo), que assim se sagrou campeão 2016, e pelo ex-campeão Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9). O único nome português presente, Luciano Castilho Lameiras (Mitsubishi Evo9), foi sétimo e nono na primeira e segunda corrida respectivamente. O programa do fim-de-semana foi preenchido com quatro corridas da Taça Richburg, para viaturas da categoria FIA TCN2 e Road Sport, em que James Tang, em Honda Civic TCR, venceu por três ocasiões, tendo o “Rei do Drifting” de Hong Kong sido batido na última corrida por Edgar Lau em SEAT Léon TCR.

28 Jun 2016

Portugal tem bicampeão Europeu de canoagem

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]Fernando Pimenta sagrou-se no domingo bicampeão da Europa de canoagem, juntando o título de K1 5000 ao de 1000, conquistado no dia anterior. Um título inédito a dois meses dos Jogos Olímpicos.
O canoísta luso, que liderou do primeiro ao último metro, concluiu a prova em 3.29,040 minutos, batendo o dinamarquês René Poulsen (3.32,296), segundo classificado, e o húngaro Balint Kopasz (3.32.656), terceiro.
Pimenta admitiu um “sabor agridoce” por ter falhado o pódio em K4 1000.
“É muita ‘fruta’, mas sinto um sabor agridoce. Mesmo sendo talvez o atleta mais medalhado dos homens nestes Europeus, queria mais no K4. Ficámos a 100 milésimos do bronze. Sem dúvida que me sinto satisfeito pelo que fiz, mas os meus parceiros mereciam sair daqui com uma medalha. Vamos trabalhar para isso. O nosso momento está para chegar”, garantiu à agência Lusa.
Pimenta referia-se a Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes, com quem ficou a 108 milésimos do bronze em K1 1000.
“O nosso momento está para chegar. Vamos trabalhar para isso, mais unidos do que nunca, focamos no grande objectivo e meta, os Jogos Olímpicos”, vincou.
O canoísta português garante que sairia “sempre motivado” destes Europeus, considerando que não há limites para a fasquia de objectivos que delineia com o seu treinador Hélio Lucas.
“Não desmotivo fácil. Temos sempre um olhar novo, objectivo e meta. Sem dúvida que sair daqui com duas medalhas é muito gratificante, um clique muito bom. E agora é trabalhar, dar tudo por tudo. Continuar focado, concentrado ainda mais do que nunca”, concluiu.

28 Jun 2016

Euro 1016 | Portugal avança para os quartos

Faz lembrar a Itália. Especialmente a de 82 quando passou à segunda fase apenas com empates mas acabaria campeã do mundo após um jogo épico em que bateu o melhor Brasil dos últimos 40 anos nas meias finais. Cínica e calculista, estará a equipa portuguesa a seguir o mesmo caminho?

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m golo de Ricardo Quaresma, perto do final do prolongamento, garantiu ontem de madrugada a Portugal um lugar nos quartos de final do Euro2016 de futebol, no triunfo por 1-0 sobre a Croácia, num jogo em que teve ‘estrelinha’. Depois do ‘nulo’ registado no tempo regulamentar, Quaresma decidiu o duelo dos ‘oitavos’ na recarga a uma defesa incompleta de Subasic, aos 117 minutos, naquela que foi a única situação de verdadeiro perigo que a selecção nacional criou em toda a partida.
Instantes antes, a Croácia tinha acertado no poste da baliza de Rui Patrício e estava em ‘cima’ de Portugal, que nessa altura já tinha assumido o desejo de chegar às grandes penalidades, quando o seleccionador Fernando Santos juntou Danilo Pereira e William Carvalho no meio, aos 108 minutos.
Em Lens, as duas equipas não conseguiram fugir ao medo da eliminação e acabaram por realizar uma partida sem grandes situações de perigo. Rui Patrício e Subasic foram praticamente espectadores com lugar privilegiado no relvado.
O guarda-redes português não fez qualquer defesa em toda a partida, enquanto o croata, na única vez que interveio, parou com dificuldade um remate de Ronaldo, acabando a bola por sobrar para Quaresma, no lance que decidiu o jogo.
Antes, mesmo sem acertar no alvo, a Croácia acabou por ser a equipa que mais perto esteve de marcar e em quase todas as situações pelo defesa Vida, que já nos segundos finais esteve perto de levar a decisão para os penáltis.
Portugal foi praticamente inofensivo no ataque (Cristiano Ronaldo esteve demasiado preso aos centrais), mas melhorou e muito no funcionamento do seu meio campo, primeiro com a entrada de Adrien para o ‘onze’, mas sobretudo quando Renato Sanches foi lançado no arranque da segunda parte, para o lugar de André Gomes, que mais uma vez foi a unidade em mais baixo rendimento na equipa lusa.

Do banco saiu uma estrela

Renato Sanches, considerado pela UEFA o melhor em campo, ‘obrigou’ Fernando Santos a desistir do disfuncional 4-4-2 e mudar para um 4-3-3, dando outra consistência e alegria ao jogo de Portugal. O médio que vai transitar do Benfica para o Bayern foi também determinante no golo, na forma rápida que transportou a bola mais de 30 metros até à área da Croácia e, certamente por isso, acabou sendo considerado o “homem do jogo”.
Mesmo sem ‘poder de fogo’, algo que terá que solucionar com alguma urgência, a selecção nacional acabou por fazer, principalmente durante a segunda parte, o seu melhor jogo no Euro2016 e, mesmo com alguma ‘estrelinha’, carimbou um lugar nos ‘quartos’, em que vai encontrar a Polónia, em Marselha.
Com apenas dois dias de descanso, Fernando Santos foi obrigado a refrescar a equipa, fazendo não só entrar Adrien, mas também Cédric, para o lugar de lateral direito, José Fonte, para o centro da defesa (grande jogo do central do Southampton), e Raphael Guerreiro, ao lado esquerdo da defesa, como previsto. De fora, ficaram Vieirinha, Ricardo Carvalho, Eliseu e João Moutinho.

Jogo autista

Desde de muito cedo se percebeu que Croácia e Portugal entraram em campo sem autorização para arriscar, com a bola a passar demasiado tempo a meio campo, numas fases mais nos pé dos croatas, noutras nos portugueses.
Aos 25 minutos, Pepe atirou por cima em boa posição e, aos 30, Perisic atirou às malhas laterais da baliza de Patrício, nos dois únicos lances de registo na primeira parte., em que André Gomes acabou por ser o mais ‘desastrado’ em campo.
O médio do Valência, que não parece bem fisicamente, ainda teve alguns minutos para convencer Fernando Santos no arranque da segunda parte, mas o seleccionador nacional perdeu a paciência logo à primeira bola perdida e foi ‘obrigado’ a colocar Renato Sanches.
A partir dai, Portugal passou a actuar com João Mário e Nani bem abertos nas alas, e Ronaldo no meio, enquanto Sanches e Adrien fecharam o meio, à frente de William.

Penálti não assinalado

Portugal melhorou, trocou bem melhor a bola, mas, dentro do futebol temeroso das equipas, foi a Croácia que podia ter marcado, primeiro por Brozovic e depois por Vida. Ambos falharam a baliza em boa posição.
Depois de Nani ter sofrido uma grande penalidade clara (mesmo em frente do árbitro de baliza), e com o passar dos minutos, Portugal e Croácia fecharam ainda mais as suas linhas, praticamente abdicando de colocar mais unidades na frente.
Durante o tempo regulamentar, destaque ainda para a entrada de Quaresma, aos 87 minutos, para o lugar de João Mário.
No arranque do prolongamento, Kalinic ainda assustou Rui Patrício, mas o jogo foi-se mantendo na mesma toada, sem grandes aventuras por parte das duas equipas.
Com a entrada de Danilo e a saída de Adrien, aos 108 minutos, Portugal deu mostras de querer levar a decisão para os penáltis e a Croácia cresceu um pouco na partida. Vida, com a baliza aberta, atirou por cima, e Perisic acertou no ‘ferro’.
Praticamente na jogada seguinte, com os croatas subidos no terreno, Renato Sanches conduziu a bola mais de 30 metros, deixou em Nani, que com um centro rasteiro assistiu Cristiano Ronaldo na área. O ‘capitão’ da selecção nacional obrigou Subasic a grande defesa, mas, na recarga, Quaresma só teve que encostar a confirmou o triunfo.

27 Jun 2016

Portugal 3 – Hungria 3 | O jogo que não quisemos vencer

As decisões de Fernando Santos impediram Portugal de vencer, quando estava por cima. Mas o sonho continua

Cristiano Ronaldo faz o 3-3 para Portugal | FOTO: EPA/CJ GUNTHER
Cristiano Ronaldo faz o 3-3 para Portugal | FOTO: EPA / CJ GUNTHER
[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Hungria-Portugal foi o jogo mais espectacular do Euro 2016 até ao momento e terminou com uma igualdade a três golos e o consequente apuramento português (e dos húngaros, em primeiro, a que se juntaram os islandeses, em segundos) para os oitavos-de-final da competição.

Na partida que, por enquanto, rendeu mais golos na prova, Portugal esteve sempre em desvantagem. Primeiro, num remate à entrada da área portuguesa, Gera inaugurou o marcador (19’) para os húngaros, mas Nani, bem junto ao intervalo, repôs a igualdade.

No início do segundo tempo, a Hungria recolocou-se em vantagem, aproveitando um livre que sofreu um desvio na barreira nacional, mas Cristiano Ronaldo surgiu no jogo ao marcar um golaço, de calcanhar (50’), que recolocava o marcador numa igualdade – o internacional português passou a ser o primeiro futebolista a marcar em quatro fases finais consecutivas de Europeus.

Só que aquele resultado durou cinco minutos, já que em mais um remate que sofreu um desvio, Dzsudzsák voltaria a colocar a Hungria na frente do marcador.

Novamente desqualificado, face à conjugação de resultados, Portugal foi capaz de repor a igualdade (62’), num cabeceamento de Cristiano Ronaldo, que assim “bisou” na partida e recolocou a selecção no lote das qualificadas para a fase seguinte do Euro 2016, apesar de ter terminado a fase de grupos com três empates.

Islândia em primeiro

Entretanto, a Islândia venceu a Aústria por 2-1 na última jornada do Grupo F e assegurou assim o 1º lugar com cinco pontos. Esta vitória dos nórdicos permitiu a Portugal ser terceiro e assim evitar o lote dos ‘tubarões’ do Euro 2016. Com vontade de ser primeira no grupo, a Islândia começou a todo o gás. E logo aos dois minutos atirou uma bola ao ferro por Gudmundsson num pontapé do meio da rua. Com tanto domínio inicial, foi sem surpresa que a equipa nórdica chegou ao golo por intermédio de Bodvarsson. Depois de um lançamento longo, a bola sobrou para o 15 que não falhou na hora h.

Com vontade de inverter o rumo dos acontecimentos e com esperança ainda na qualificação para a próxima fase do Euro, a Áustria tentou responder ao golo. Arnautovic em excelente posição cabeceou por cima. Aos 36 minutos, a Áustria teve uma soberana ocasião para marcar. Skulason travou Alaba na área, e o árbitro não teve dúvidas para assinalar o castigo máximo. Na transformação Dragovic atirou ao poste.

No segundo tempo, à passagem dos 60 minutos, o pendor ofensivo austríaco deu os seus frutos. Schöpf tirou um adversário da frente e rematou para o fundo da baliza. A Áustria foi à procura da vantagem e quase o conseguiu, mas permitiu a intervenção do guardião nórdico. Quando nada o fazia prever, a Islândia marcou ao cair do pano. Arnor Ingvi Traustason fez o tento da vitória e permitiu à sua seleção acabar em primeiro lugar do grupo.

Com este triunfo, Portugal qualificou-se em terceiro lugar. Já a Islândia ao ficar em primeiro lugar do grupo vai medir forças com o segundo classificado do Grupo E.

Ronaldo fica a um golo de Platini

Cristiano Ronaldo isolou-se ontem no segundo lugar dos melhores marcadores da história do Europeu de futebol, a um tento de Michel Platini, ao ‘bisar’ face à Hungria, em encontro da terceira jornada do Grupo F, em Lyon. O ‘capitão’ da seleção lusa, que é agora o melhor marcador luso em Europeus, Mundiais e, naturalmente, no somatório das duas competições, passou a contar oito golos em campeonatos da Europa, com os tentos aos 50 e 62 minutos. Ronaldo, que havia marcado dois golos no Euro2004, um no Euro2008 e três no Euro2012, superou os sete tentos do inglês Alan Shearer e ficou a um dos nove do francês Michel Platini, todos marcados na edição de 1984. O ‘7’ luso, que também reforçou o estatuto de melhor marcador do Europeu, juntando qualificação e fase final (28 golos), tornou-se também o primeiro jogador da história a marcar em quatro Europeus, sendo que, juntando os Mundiais, também é o único com golos em sete fases finais.

Na história dos Europeus, Ronaldo, que ontem se isolou com o jogador com mais encontros disputados (17, contra 16 de Edwin van der Sar e Lilian Thuram), estreou-se a marcar no primeiro jogo do Euro2004, quando fez o tento de honra da seleção portuguesa frente à Grécia (2-1), no Estádio do Dragão.

Reacções

Fernando Santos | “Fundamental foi passar. Queríamos tê-lo feito como primeiros do grupo, mas foi impossível, depois das incidências nos dois primeiros jogos, em que Portugal foi melhor e não conseguiu vencer, e deste, apanhados três vezes a perder, num jogo contranatura, com Portugal a jogar razoavelmente bem. O adversário três vezes criou perigo e fez golo. A equipa teve uma grande atitude, capacidade de resposta e conseguiu igualar três vezes e tentou o quarto golo, também. No período final, o adversário não quis jogar, tentou que Portugal se adiantasse para atacar. Não adiantava insistir quando estávamos apurados, a três minutos do fim, e correr o risco de sofrer um golo. Nos últimos minutos, a equipa soube pensar no que tinha que fazer. Fizemos tudo para ganhar, queria ganhar, mas é normal que nos últimos seis ou sete minutos os jogadores saberem que o importante é estarmos cá. A Croácia é uma excelente equipa. Viemos para o Euro com uma ambição. Quem vem para o Europeu tem que jogar com todos. Vai ser um grande jogo.”

Danilo Pereira | “[O seleccionador] pediu-me para entrar e segurar o meio-campo. Estamos todos felizes pelo apuramento, não da forma como queríamos, mas é sempre um apuramento. No final, vimos que Hungria não estava a atacar, e também decidimos não fazer. O resultado convinha e não podíamos sofrer golos. Preparados para tudo e as críticas fazem parte do dia a dia.

João Mário | “A Hungria, por estar já apurada, apareceu a encarar o jogo de forma muito aberta e competitiva, mas estávamos preparados e não foi surpresa nenhuma. [Croácia, próximo adversário] É uma selecção muito forte, com excelentes jogadores e muito bem organizada. Há que encarar esse jogo cara-a-cara, com muita tranquilidade. Agora, no ‘mata-mata’, o objetivo é passar. Há que encará-lo com optimismo e corrigir os aspectos menos positivos”.

Nani | “Cumprimos o objectivo, pelo menos um deles, que era passar. Não conseguimos da maneira como queríamos, que era ganhar os jogos, mas o mais importante foi passar. Agora é a fase a eliminar.

Hoje fomos infelizes em dois lances, em que a bola ressaltou nos nossos jogadores. Soubemos responder, mostrámos excelente atitude, bom futebol e que somos uma equipa forte. E marcámos três golos, embora não tenhamos conseguido vencer. Os portugueses podem estar orgulhosos e continuar a acreditar. A Croácia jogou muito bem contra a Espanha. Mas com equipas fortes costumamos responder muito bem. Temos que ser muito competentes, mas temos ainda muito para demonstrar”.

Renato Sanches | “O que interessa é que estamos apurados. Foi um bom jogo, apesar do desfecho. Não está a faltar nada à Selecção. Estamos a jogar bem, apenas falhámos alguns golos. Há que continuar a trabalhar, que as coisas vão aparecer. Contra a Croácia, será um jogo difícil, mas estamos preparados”.

23 Jun 2016

Campeonato Chinês de Carros de Turismo

[dropcap style=’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila teve uma segunda experiência inglória no Campeonato Chinês de Carros de Turismo (CTCC), pois a fiabilidade do VW Lamando GTS da SVW333 Racing voltou novamente a travar a performance do piloto do território. Depois de ter sido o mais rápido nos treinos-livres de sexta-feira, Ávila não completou uma só volta na qualificação de sábado devido a um problema na bomba de água do VW nº16 quando este se preparava para sair das boxes. Arrancando da última posição na primeira corrida do programa de domingo, Ávila foi da 17ª posição até ao 5º posto, até que, a três voltas do fim, tal como tinha acontecido na corrida de Zhuhai, ficou sem direcção assistida, vindo a terminar com muito esforço no oitavo lugar. A exemplo do WTCC no passado, o oitavo lugar na primeira corrida dá direito à posição de pole-position para a segunda corrida do fim-de-semana. E o português não comprometeu quando as luzes de partida se desligaram, liderando durante as primeiras quatro voltas até que, desta vez, o “launch control” do Lamando GTS se activou por si, ditando o fim prematuro da corrida nas boxes para desespero do piloto. “Não tenho muito a dizer. Foi um fim-de-semana difícil para nós, mas vamos tirar as ilações positivas disto tudo e trabalhar no sentido de preparar a próxima corrida”, disse Ávila.

Couto preparou Sugo

Com o cancelamento da prova de Autopolis, o campeonato japonês Super GT só volta ao activo em Sugo no fim-de-semana de 23 e 24 de Julho. As equipas e marcas não perdem tempo e André Couto esteve precisamente na Sugo Speedway para dois dias de testes colectivos. “Nós estivemos a fazer séries longas para encontrar os melhores pneus para a corrida”, escreveu Couto nas redes sociais. O piloto português, campeão em título da classe GT300, foi o sétimo mais rápido da categoria, admitindo que o equilíbrio do Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer, equipado pela Dunlop, melhorou substancialmente.

Leong deu oficialmente o salto

Impedido de competir na prova de abertura do Campeonato da China de Fórmula 4 no mês de Abril, por não ter ainda a idade mínima de 15 anos para participar na prova, Charles Leong Hon Chio fez finalmente a sua estreia nas corridas de monolugares no passado fim-de-semana na prova de Zhuhai do campeonato Fórmula China Masters Series. Nas três corridas do programa, a maior esperança do automobilismo da RAEM fez um quinto e dois quartos lugares, entre catorze concorrentes presentes, deixando uma muito boa imagem de si.

Motores voltam a aquecer em Zhuhai

Já a partir da próxima sexta-feira os motores voltam a roncar em Zhuhai para o segundo “Festival de Corridas de Macau”. Esta será a jornada decisiva para o apuramento dos pilotos locais das corridas de carros de turismo para a edição deste ano do Grande Prémio de Macau. Para além das habituais provas das categorias AAMC Challenge e AAMC Road Sport Challenge, será também realizada mais uma prova – a Taça Richburg – que será aberta a viaturas que cumpram os regulamentos das categorias TCR e Road Sport.

22 Jun 2016

Rodolfo Ávila irá fazer mais provas do CTCC

[dropcap style=’circle’]R[/dropcap]odolfo Ávila foi o primeiro português a competir no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), quando no primeiro fim-de-semana de Junho alinhou na prova da classe Super 2.0T disputada no Circuito Internacional de Zhuhai. O piloto que defende as cores do território deixou uma boa impressão na estreia e vai repetir a experiência já este fim-de-semana, em Xangai, regressando assim à competição de velocidade mais importante do continente chinês. Quando no final da conferência de imprensa de sábado uma jornalista chinesa perguntou ao piloto português que tal se sentia no CTCC e qual a sensação de estar a disputar esta corrida em Zhuhai e vir a realizar também a sexta prova do ano, Ávila sorriu e respondeu: “julgo que saberá mais do que eu sobre o assunto”. Afinal, o piloto da RAEM apenas foi inicialmente convidado para conduzir em Zhuhai e após a qualificação do seu primeiro fim-de-semana no campeonato desconhecia os intentos da SVW333 Racing, a equipa oficial do construtor SAIC Volkswagen no CTCC. “Acho que a equipa gostou do meu trabalho em Zhuhai e a oportunidade de voltar a conduzir por eles chegou ainda mais cedo do que eu esperava. Não estou a disputar o campeonato, porque faltei à primeira corrida, nem sequer posso realizar todas as provas até ao final do ano por motivos profissionais, mas nas provas que possa disputar, lá estarei”, disse Ávila ao HM, isto depois de ter anunciado os seus planos para este fim-de-semana nas redes sociais Facebook e Weibo. Uma das razões para o piloto luso querer repetir a experiência no CTCC é o facto de não ter conseguido em Zhuhai traduzir a sua rapidez em resultados, muito por culpa das condições meteorológicas e da ausência de uma pontinha de sorte. Segundo na qualificação, Ávila teve uma primeira corrida inglória, pois arrancou com pneus de chuva e ao fim de duas voltas a pista inicialmente molhada praticamente secou e assim teve que abdicar da liderança da corrida para terminar num desapontante sétimo lugar, ficando sem direcção assistida no processo. Na segunda corrida, quando lutava pela vitória com um dos Ford Focus de fábrica, Ávila acabou por ser um dos vários pilotos apanhados incautos pelo torrencial aguaceiro que se abateu sobre o circuito quando a corrida se aproximava do fim. Para todos os efeitos e frustrações à parte, o vice-campeão do TCR Asia Series de 2015 admite que “foi uma experiência diferente de tudo aquilo que já tinha feito até aqui. É um campeonato com um projecção mediática na China enorme e tem vários construtores presentes de forma oficial. O resultado de Zhuhai não foi o que eu gostaria que fosse, portanto gostava de tentar de novo e provar que também aqui posso terminar entre os primeiros, apesar da prioridade ser sempre ajudar a equipa”. A SVW333 Racing inscreve quatro VW Lamando GTS a tempo-inteiro no CTCC este ano, um deles para o popular piloto-escritor Han Han, autor do blogue mais lido na República Popular da China, que por ter uma agenda bastante ocupada nem sempre pode participar em todas as corridas do campeonato.

17 Jun 2016

Benfica de Macau no sorteio da AFC Cup

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]ricampeão da Liga Elite, o Benfica vai representar a RAEM pela segunda vez consecutiva na AFC Cup. O sorteio para o Playoff de qualificação acontece hoje numa cerimónia a ter lugar na sede da Confederação Asiática de Futebol, em Kuala Lumpur, na Malásia. O Playoff decorrerá de 21 e 27 de Agosto e vai ser disputada em três grupos de três equipas, sendo os anfitriões o Dordoi (Quirguistão), o FC Tertons (Butão) e o Erchim (Mongólia). Nesta edição da AFC CUP participam ainda os clubes campeões do Nepal, Bangladesh, Taiwan, Cambodja e Guam. O Benfica de Macau estará representado no sorteio pelo seu dirigente Duarte Alves que, em declarações à imprensa, disse que “será um passo importante não só para elevarmos o nível do futebol local como também para encará-lo de um modo mais sério”. De acordo ainda com o mesmo dirigente, a oportunidade será ainda aproveitada para “dar a conhecer aos dirigentes da AFC a realidade do futebol da RAEM, e a vontade que os nossos clubes têm de elevar o nível do desporto e as suas condições desde a formação ao nível sénior”.

17 Jun 2016

Voleibol Feminino | Grande Prémio Mundial arranca

Pela 19ª vez algumas das melhores equipas do mundo chegam a Macau para o Grande Prémio Mundial da FIVB. Mas, desta vez, existe o atractivo especial de estarmos em ano Olímpico. Ou seja, para as equipas este torneio servirá como rampa de lançamento para os Jogos esperando-se embates de primeiro nível, com o Brasil a procurar a terceira medalha de ouro consecutiva

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]as quatro equipas presentes na perna de Macau este ano, apenas a Bélgica não estará no Jogos Olímpicos.
A equipa Brasileira, a grande vencedora do Grande Prémio Mundial da FIVB, oito vezes campeã, entre as quais três consecutivas, será a principal atracção logo seguida China, mas esta pelo facto de jogar em casa, pois apenas venceu uma única vez, em 2003.
Além disso, o Brasil é também bicampeão Olímpico esperando-se que este ano, pelo facto de jogar em casa, consiga a terceira medalha de ouro consecutiva.
Para o técnico Zé Roberto o Grand Prix, é mesmo ideal para dar ritmo a todas as jogadoras. “A ideia é ir mudando”, diz, adiantando ainda que “também teremos uma ideia de como estão as outras selecções, para encontrarmos os melhores caminhos para os Jogos Olímpicos”.
Até à estreia Olímpica contra os Camarões, a 6 de Agosto, Zé Roberto espera estar com a selecção “a 100%”, tanto no aspecto físico como no ritmo de jogo das suas atletas. “O que preocupa sempre é o sistema defensivo. Essa relação bloqueio e defesa precisa de estar apurada, porque é o que faz a diferença numa equipa. Precisamos de volume de jogo.”

Apelo asiático

Desde a primeira edição realizada em 1993 até 2011, já aconteceram dezanove edições do Grande Prémio Mundial da FIVB, tendo as primeiras ocorrido na Ásia Oriental, o que se deve à existência, nesta zona do mundo, de um enorme mercado da modalidade com inúmeros espectadores, assim como patrocinadores que financiam o evento. Pouco a pouco, os torneios da fase preliminar começaram a realizar-se na Europa e no continente americano, tendo as grandes finais sido realizadas, em 2003, pela primeira vez em Itália.
Em termos de estatuto, o Grande Prémio Mundial da FIVB não tem a importância dos três grandes torneios internacionais que se realizam de quatro em quatro anos (a Taça Mundial, o Campeonato Mundial e os Jogos Olímpicos). Oferece, porém, um prémio pecuniário muito mais volumoso do que os outros três. Sendo um torneio de natureza puramente comercial, o Grande Prémio Mundial decide a lista para a participação nas finais mediante os resultados dos torneios da fase preliminar realizados nas diferentes cidades. A equipa vendedora das finais obtém o título de campeã. Sendo assim, a equipa que conquista o ouro neste torneio normalmente não é considerada a campeã mundial. O Grande Prémio Mundial da FIVB contribui principalmente para a promoção do voleibol feminino à escala mundial.
Macau organiza este evento desde 1994, excepto nos anos de 2003 e 2004. As finais também já por aqui passaram nos anos de 2001 e 2011.

17 Jun 2016

Óbito | Muhammad Ali morreu aos 74 anos nos EUA

Foi mais do que um lutador. Muhammad Ali era um ser complexo, cheio de humor e manias, mas que deixou marcas bem profundas no boxe e na política

[dropcap style=’circle’]Q[/dropcap]uando até os próprios adversários se riem das piadas e nutrem amizade com o oponente, algo de carismático tem de ter essa pessoa. E Muhammad Ali era assim: deixava no ar uma arrogância quase impossível de aturar, mas que penetrava de tal forma que, de uma maneira ou de outra, todos o respeitavam.
“Não gostava do Ali, ele estava a desafiar-me pelo título. Mas ainda, assim ele é uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci. Diverti-me muito porque ele estava sempre na brincadeira durante o combate. Quem me dera não ter estado tão ansioso por ganhar, isso não me deixou aproveitar a situação e se pudesse fazer esse combate outra vez, faria”, dizia George Foreman, ex-lutador e um dos grandes nomes do Boxe, ao HM em 2013.
A morte de Ali no sábado não deixou só o mundo do Boxe mais pobre, mas todo o mundo do Desporto. Tal como acontece quando morre uma lenda, esta vez não foi excepção e das redes sociais a comunicados da Casa Branca dos EUA, foram diversos os que manifestaram luto e pesar.
Muhammad Ali sofria de Parkinson desde 1984, quando foi diagnosticado três anos depois de se ter retirado dos combates. Foi internado algumas vezes, nomeadamente com infecções pulmonares e urinárias. Sempre resistiu e sempre manteve a forma teimosa como se apresentava ao mundo, mesmo quando as palavras saíam com algum custo e as mãos não acompanhavam o que em tempos tinha sido um lutador que “flutuava como uma borboleta e picava como uma abelha”.

O maior
“Sou o maior. Disse isso a mim mesmo inclusive antes de saber que o era” sempre foi uma das frases preferidas do “rei do mundo”, como se intitulou no fim do combate com Sonny Liston, em 1965, quando venceu o primeiro título de campeão do mundo de pesos-pesados. Com mais de 60 combates, Ali venceu mais de 50 das suas lutas – 37 delas por KO. Perdeu apenas cinco.
Mas Muhammad Ali não foi apenas um mito do Boxe. Foi parte integrante da cultura popular e política da sua época, especialmente quando em 1967 é proibido de regressar aos ringues por se ter recusado a lutar no Vietname.
“Não vou percorrer 10 mil quilómetros para ajudar a assassinar um país pobre simplesmente para dar continuidade à dominação dos brancos sobre os escravos negros”, dizia em sua defesa, semelhante à que usou quando decidiu mudar de nome.
“Cassius Clay é o nome de um escravo. Não foi escolhido por mim. Eu não o queria. Sou Muhammad Ali, um homem livre.”
Por tudo isto e por tantas coisas que não caberiam aqui, dizer que Ali foi só um campeão do Boxe seria “uma injustiça”, como relembra Foreman à BBC.
Questionado certa vez sobre como gostaria de ser lembrado, ele disse: “Como um homem que nunca vendeu o seu povo. Mas se isso for muito, então apenas como um bom lutador. Nem vou me importar se não for mencionado o quanto fui bom.” Mas há quem tenha mais a acrescentar.
“Ali viveu uma vida cheia de convicções religiosas e políticas que o levaram a tomar decisões difíceis e viver com as consequências”, referiu o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que fará uma homenagem no funeral de Ali. “Muhammad Ali abalou o mundo. E o mundo ficou melhor por causa disso”, acrescentou Obama, actual presidente.
Nascido no estado do Kentucky, nos EUA, é lá que o tetra-campeão do mundo vai a enterrar depois de ter morrido por choque séptico provocado “por causas naturais não especificadas”.
Com frases e intervenções que ascenderam ao campo do Rap, do poema e da Filosofia, Muhammad Ali – o “Elvis do boxe, o Tarzan do boxe, o Super-Homem do boxe, o Drácula do boxe, o grande mito do boxe” – fez ouviu o sino soar pela última vez. Mas deixa a certeza de que foi “o campeão mais bonito” que o mundo já viu.

6 Jun 2016

Rodolfo Ávila testou um sport-protótipo na Malásia

O piloto português de Macau Rodolfo Ávila testou na passada terça-feira, no
Circuito Internacional de Sepang, o sport-protótipo ADESS 03 LMP3 da equipa Infinity Race Engineering. Para Ávila esta foi uma experiência nova, ele que nos últimos anos tem competido em corridas de carros de Turismo e de Grande Turismo.
Este sport-protótipo de cockpit fechado tem um motor Nissan Nismo V8, capaz de debitar 420 cavalos, e pesa 930 kg. “Foi um convite inesperado e de última hora quando estava em Chengdu na prova de Fórmula 4 China. Fico grato à Infinity Race Engineering Group e ao Vignesa Moorthy por se terem lembrado de mim e me terem dado esta oportunidade”, disse Ávila ao HM.
Sobre o teste em si, o piloto luso diz que foi uma experiência “realmente boa”. “Tudo era novo para mim mas eu adaptei-me rapidamente a um carro diferente de tudo o que tinha guiado até aqui”, acrescentou.
Para além de Ávila, a Infinity Race Engineering testou no circuito malaio o australiano Jon Collins e o malaio Daniel Woodroof. Curiosamente, Ávila foi o primeiro piloto de nacionalidade portuguesa a alguma vez conduzir um carro da categoria LMP3 (Le Mans Prototype 3), classe que não corre nas 24 horas de Le Mans mas que é aceite e bem-vinda em campeonatos como o European Le Mans Series, Asian Le Mans Series e na Asian Le Mans Sprint Cup.
“O motor não me impressionou, mas o carro tem bastante downforce e mais aderência do que eu esperava. Os tempos que consegui foram promissores e estou certo que poderíamos ser mais rápidos se tivéssemos tempo para trabalhar nas afinações, mas esse também não era o objectivo principal deste teste. Posso imaginar que correr com um carro destes deva ser bastante agradável”, explicou Ávila que esta temporada não tem um programa desportivo ainda definido.
O piloto da RAEM também não tem qualquer plano concreto para correr no Asian Le Mans Series, campeonato que arranca em Outubro em Zhuhai, pois “o convite foi apenas para testar o carro”, mas não esconde que participar a tempo inteiro no campeonato de resistência organizado pelo Automobile Club L’Ouest na Ásia “poderia obviamente ser uma experiência interessante”.

2 Jun 2016

Associação quer Circuito da Guia como património

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] recém-criada Associação para a Promoção do Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau (APDCGM) pretende que o Circuito da Guia, onde anualmente decorre a competição do Grande Prémio de Macau, seja candidato à classificação como património mundial pela UNESCO.
“É um objectivo da nossa Associação e um sonho também”, disse ao HM José Luís Estorninho, presidente da direcção. “Temos junto ao circuito o Farol da Guia e outros monumentos e temos de os preservar. É um conjunto muito valioso para Macau. Estamos numa fase muito inicial mas está dentro do nosso programa e iremos abordar o mais depressa possível essa questão junto das autoridades”, referiu.
Para além de Estorninho, Fernando Gomes será o vice-presidente da assembleia-geral, enquanto que João Manuel Ambrósio será o secretário. Já o arquitecto Carlos Marreiros irá presidir à assembleia-geral da Associação.

Da logística

Mais do que a paixão pelo Grande Prémio de Macau, a APDCGM pretende chamar a atenção para os problemas logísticos causados pelo maior evento desportivo do território. José Luís Estorninho garantiu que um dos objectivos é dialogar com o Governo quanto à organização do Grande Prémio.
“As pessoas que vivem em Macau já há alguns anos sentem esse problema e os embaraços que o evento traz ao nosso dia-a-dia. Esperamos cooperar com as autoridades e ajudar a resolver estas questões. As coisas resolvem-se com mais facilidade e é uma iniciativa que vai ao encontro daquilo que as pessoas querem ver resolvido”, apontou o presidente da Associação. “É mais uma causa cívica para que a população esteja alerta às coisas que a todos nós cabe resolver e ter atenção. O Grande Prémio é um evento de muita importância para Macau, que envolve muitas áreas, como o turismo e o trânsito. E tudo isso afecta a nossa vida e temos uma quota parte de responsabilidade no sentido de fazer chegar as nossas ideias e aspirações”, adiantou.
Para José Luís Estorninho já fazia falta uma entidade representativa de um circuito automobilístico que anda nas bocas do mundo. “Em Macau temos associações em todas as áreas e porque não uma associação sobre o Circuito da Guia? Faz todo o sentido e achamos que merece ser representado por uma associação, ainda mais um circuito tão emblemático como o nosso. Há algum tempo que carecia de uma representação que pudesse cooperar com entidades públicas e privadas para a implementação de novas iniciativas.”

2 Jun 2016

Zhuhai recebeu a primeira ronda de qualificação para os pilotos do território

[dropcap sryle=’circle’]O[/dropcap]Circuito Internacional de Zhuhai recebeu a primeira ronda de qualificação para o 63º Grande Prémio de Macau destinada aos pilotos do território. A primeira das duas jornadas duplas do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS) trouxe algumas surpresas, com o mau tempo que se fez sentir no sábado passado a trocar as voltas a muitos favoritos.
Chao Chong In e Filipe Clemente Souza venceram no “prato principal”, a categoria AAMC Challenge, e Ng Kin Veng foi o único a subir ao lugar mais alto do pódio na categoria Macau Road Sport Challenge.
O segundo “Festival de Corridas de Macau”, organizado pela Associação Geral – Automóvel de Macau – China (AAMC), está agendado para o fim-de-semana de 24 e 25 de Junho, novamente no circuito permanente da cidade chinesa adjacente à RAEM, mas o apuramento está praticamente selado para todos aqueles que participaram no evento do pretérito fim-de-semana.

Vitórias repartidas

Poucos apostariam à partida num pódio constituído por Chao Chong In (Mini Cooper S), Ip Tak Meng (Ford Fiesta) e Leong Chi Kin (Mini Cooper). Contudo, no sábado, as condições meteorológicas adversas ditaram este resultado final de todo inesperado. Célio Alves Dias ((Mini Cooper S) foi o quarto, terminando com Jerónimo Badaraco (Chevrolet Cruze) logo atrás de si. Rui Valente (Mini Cooper S) foi buscar um precioso oitavo lugar, enquanto Eurico de Jesus foi 11º. Souza foi um modesto 17º, mas o campeão em título foi obrigado a abrandar devido à falta de visibilidade dentro do seu Cruze. Hélder Rosa (Peugeot RCZ) foi 18º classificado e o último a terminar na mesma volta do carro vencedor. Álvaro Mourato (Peugeot RCZ) não terminou devido a uma saída de pista quando seguia na disputa por um lugar o top-10.
No domingo, dia dos segundos treinos de qualificação e corridas, o São Pedro restabeleceu a normalidade climatérica e com isso os resultados voltaram ao habitual. Souza venceu, mantendo viva a chama da luta pela reconquista do título, seguido de Alves Dias e Badaraco. Contudo, Badaraco, que tinha sido o mais rápido na qualificação dominical, foi penalizado em 30 segundos por alegada falsa partida, descendo para o 18º lugar na classificação final. Com a penalização de “Nóni”, Patrick Chan (Peugeot RCZ) foi promovido ao pódio. Depois de uma qualificação pouco brilhante, Mourato fez uma corrida de recuperação, do 16º lugar até ao sétimo! De Jesus foi o 12º classificado e Valente terminou o fim-de-semana com um décimo quinto lugar. Rosa foi o 19º numa categoria onde se apresentaram todos os 26 pré-inscritos.

Veng é senhor na Roadsport

Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9) venceu as duas corridas do fim-de-semana com um certo à-vontade, sendo acompanhado na subida ao pódio nas duas ocasiões por Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10) e, no último degrau do pódio, por Lei Kit Meng (Nissan GTR-34), no sábado, e Wong Ka Hong (Mitsubishi Evo10), no domingo. Com problemas mecânicos na sua viatura, o favorito e o campeão em título, Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9), saiu desta primeira jornada a zeros, não tendo completado qualquer das corridas de 12 voltas. O único nome português na categoria, Luciano Castilho Lameiras, em Mitsubishi Evo9, foi o 10º classificado na corrida disputada em piso molhado no sábado, enquanto no domingo ficou de fora com problemas no motor de arranque.

1 Jun 2016

Provas de apuramento para o GP Macau começam este fim-de-semana

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]edição de 2016 do Campeonato de Carros de Turismos de Macau (MTCS, na sigla inglesa) tem início este fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, no que será a primeira das duas jornadas duplas que compõem a competição que apura os pilotos de carros de Turismo do território para o Grande Prémio de Macau em Novembro.
Este é o primeiro dos dois “Festivais de Corridas de Macau” que se realizam este ano novamente na cidade continental chinesa adjacente à RAEM. Dividido em duas categorias – AAMC Challenge e AAMC Road Sport Challenge – o campeonato irá reunir um total de 42 concorrentes de acordo com as listas de inscritos publicadas no portal da Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC). Num desporto que amarga de falta de renovação, destes 42 pilotos, há apenas dois novatos nestas andanças esta temporada, sendo os restantes participantes velhos conhecidos do desporto motorizado do território.

Os suspeitos do costume

A categoria AAMC Challenge, para viaturas derivadas de série com motores até 1.6 turbo, tem 26 inscritos. Pelo que foi dado a ver nas três provas do GIC Challenge – o mini-campeonato de Inverno que se realiza no Circuito Internacional de Guangdong – os Chevrolet Cruze de Filipe Clemente Souza, campeão em título e Jerónimo Badaraco são favoritos às vitórias.
Num ano em que o ex-pluri campeão Chou Keng Kuan não estará presente, a maior oposição ao duo macaense deverá vir dos Peugeot RCZ de Patrick Chan e Cheong Chi Hou. Há outros nomes portugueses a ter em conta e que se não tiverem uma palavra na luta pela vitória à geral, poderão pelo menos ter uma palavra na luta pelas posições do pódio.
São eles Álvaro Mourato (Peugeot RCZ), Célio Alves Dias (MINI Cooper S) e Eurico de Jesus (Ford Fiesta ST). Sem os meios da concorrência, Rui Valente (MINI Cooper S) e Hélder Rosa (Peugeot RCZ) terão como prioridade o apuramento, o que poderá até nem ser muito difícil, já que no ano passado 24 pilotos de Macau desta categoria conseguiram entrada directa na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM.

A crise bateu à porta

A escalada de custos num ambiente económico pouco propício e a maior limitação de entradas para o Grande Prémio tornou esta categoria menos atractiva este ano. Apenas 16 concorrentes se inscreveram, onde se destacam os suspeitos do costume: o campeão e vencedor desta mesma corrida no Grande Prémio Leong Ian Veng (Mitsubishi Evo9), Wong Wan Long (Mitsubishi Evo10), Lei Kit Meng (Nissan GTR-34) ou Ng Kin Veng (Mitsubishi Evo9). O único nome português inscrito é Luciano Castilho Lameiras no seu Mitsubishi Evo9. Notória é igualmente a ausência de Sérgio Lacerda e Belmiro Aguiar, dois pilotos lusófonos que animaram a categoria a época passada e que não se apuraram para o Grande Prémio do ano passado, perdendo assim qualquer hipótese de receber o subsídio.

25 Mai 2016

Wushu | Selecção portuguesa leva ouro em campeonato europeu

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]selecção portuguesa de Wushu Kung Fu conseguiu nove medalhas no Campeonato Europeu da modalidade, que terminou a semana passada em Moscovo, na Rússia. Entre as conquistas, destacam-se uma medalha de ouro, três de prata e cinco de bronze.
Foi Tomás Marques quem levou para casa a medalha de ouro na categoria de Taolou (formas), com Nan Dao (espada do sul). Com apenas dez anos, o atleta português conseguiu ainda a prata em Nan Gun (bastão do sul) e o bronze Nanquan (punhos do sul).
Bernardo Vieira foi outro dos vencedores, com duas medalhas em prata (em espada e lança) e bronze em formas de punhos do norte. Também o terceiro lugar foi entregue a Nadine Castro (punhos do sul) e aos dois lutadores de Sanda (boxe chinês) Francisco Ferreira – na categoria de -60kg – e Pedro Santos, na categoria de -56kg.

Com esforço

Para o seleccionador nacional, José Machado, os objectivos da selecção foram superados e a aposta da Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas (FPAMC) em campeonatos tem sido consequência destes resultados.
“O trabalho que está a ser realizado pelas associações [de artes marciais chinesas em Portugal] e treinadores está a resultar, bem como a aposta da Federação em renovar a selecção nacional. Está a dar frutos e os resultados têm vindo a ser visíveis”, revela o também treinador ao HM. “Esta equipa foi de facto fantástica na superação, mesmo quando temos parcos recursos comparado com os nossos adversários. Estou orgulhoso e agora vamos preparar o torneio internacional de Ourense [Espanha] já em Julho.”
Para o presidente da FPAMC há mais de seis anos, o facto da selecção portuguesa se superar é “de facto gratificante”, sendo os resultados frutos de esforços de associações e da organização que lidera. Paulo Araújo, também mestre de Wushu Kung Fu, indica ao HM que a falta de apoios continua a ser problema. Mas o caminho, diz, é para a frente, até porque há objectivos a cumprir.
“Mais vale acender uma lamparina que lamentar a escuridão e por isso vamos continuar a fazer mais em prol da modalidade, até porque queremos o Wushu como modalidade olímpica.”
A inclusão desta arte marcial chinesa nos Jogos Olímpicos tem vindo a ser discutida pelo Comité responsável, tendo até havido demonstrações de Wushu em eventos passados. Contudo, ainda não foi tomada qualquer decisão, muito devido a “questões políticas e financeiras”, como refere Paulo Araújo. “É uma luta dura com outras modalidades”, remata.

24 Mai 2016

Sporting de Macau | Dois jogadores saem do clube, um deles despedido

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e uma assentada, saltaram dois jogadores do Sporting Clube de Macau (SCM). Um foi despedido, o outro despediu-se há umas semanas. Um não queria tomar banho, o outro não aceitava ordens, segundo apurámos junto de João Maria Pegado, treinador dos leões. Os jogadores em causa são o defesa central Vítor Almeida e o avançado Taylor Gomes.
A notícia foi veiculada ontem em comunicado da direcção do clube, que se escusou a fazer comentários remetendo-os para o treinador. Da direcção ficou-se apenas a saber a decisão de “terminar o vínculo” com Almeida e a “desvinculação por livre vontade” de Taylor Gomes, por “motivos semelhantes”: não se enquadrarem “nos valores de disciplina, respeito hierárquico, pelo clube e respectiva camisola”.
“Foram diversos actos de indisciplina, no campo, a nível táctico e nos treinos. Não dava”, diz João Maria Pegado. Segundo o treinador, Almeida “recusava-se a participar em várias actividades dos treinos” e o jogador “isolou-se do grupo, recusou-se desde o início a tomar banho após os treinos, o que é obrigatório, e também evitou participar nalguns jantares da equipa”.
Opinião diferente tem Taylor Gomes, que diz “ter sido sempre bem acolhido por Vítor Almeida”, que até o “ajudou bastante na recuperação de uma lesão”, garantindo que é “um jogador acolhedor”.
Taylor acha normal a recusa em tomar banho, pois “as equipas de Macau não têm balneários próprios” e às vezes “têm de ser divididos com outras equipas”, razão pela qual “muitos prefiram ir para casa relaxar”.
Face aos jantares, Taylor acha “um argumento falacioso” já que “o Sporting não paga muitos dos jantares (ao contrário de outras equipas) e Vítor esteve sempre nos que o clube pagou”, diz, acrescentando que “para um jogador emigrado, com responsabilidades familiares em Portugal, é natural ter outras prioridades mais importantes do que pagar jantares do bolso só porque o treinador os marcava”.
Já Vítor Almeida prefere, para já, o silêncio. “Neste momento não quero falar sobre isso. Direi tudo o que me vai na alma na altura certa. Nunca pensei que passasse por isto e nunca vi isto no futebol. Estou de consciência tranquila e tudo fiz pelo Sporting de Macau e só sei estar de uma forma no futebol e na vida que é respeitar o próximo e ter princípios, mas muitas pessoas desconhecem esses valores”, disse ao HM.

Ordens e desordens

No comunicado, o SCM aproveitou também para oficializar a desvinculação de Taylor Gomes ocorrida há já algumas semanas.
“Foi chamado à atenção no jogo do Benfica e no treino seguinte e teve o descaramento de me dizer que não obedecia a ordens nem dos pais nem dos patrões”, disse João Pegado a propósito do jogador.
No caso desse jogo, a ordem era uma técnica de futebol e Taylor terá dito ao treinador para ter calma. O jogador assume as respostas mas chama a atenção para o contexto: “No jogo contra o Benfica, [o treinador] andava descabelado a chamar por mim a toda a hora e, de facto, mandei-o ter calma para que me deixasse jogar futebol.”
Após o jogo, diz Taylor, “talvez por não assumir o papel de treinador como deve ser”, terá mandado o treinador-adjunto dizer-lhe que estava aborrecido com ele.
“Como não tinha problemas em pedir-lhe desculpa, dirigi-me a ele na primeira oportunidade e ele virou-me a cara”.
Depois dessa atitude Taylor confessa ter ficado sem vontade de pedir desculpas mas percebeu que o clima estava estragado mais não fosse por ter ido parar ao banco no jogo seguinte. Numa reunião geral, o treinador terá demonstrado o desagrado, garantindo Taylor ter aproveitado a oportunidade para “demonstrar surpresa por ele ter virado a cara”.
Confrontado com a recusa em aceitar ordens, Taylor confirma que o fez, apelando de novo ao contexto. Segundo ele, Pegado perguntou se estaria disponível para acatar ordens. Taylor terá dito “se quiseres dás orientações técnicas, agora ordens não recebo, nem tuas nem de ninguém”, assume.
Questionado João Pegado se estas atitudes de indisciplina não teriam sido possíveis de prever antes de contratar os jogadores, o treinador diz que “Taylor já tinha indícios”. “Saiu do Benfica, do Ka I, mas como treinador achei que podia fazer mais dele”, frisa ao HM.
Confrontado com estas declarações, Taylor manifesta-se estupefacto: não saiu a mal de nenhum clube, diz, mas sim por opção. Salienta que quando o Sporting foi ter com ele “estava a analisar uma proposta do Ka I mas entendeu que o Sporting seria uma nova experiência”, adiantando ainda ter recebido uma proposta deste clube, na pessoa do treinador Josicler, já depois de representar a equipa leonina, para disputar o Interpor Hong Kong-Macau para os vencedores da “bolinha” dos dois territórios.
No caso do Vítor Almeida, José Maria Pegado garante que não tinha essas indicações e foi uma surpresa. “Talvez tivesse sido mal aconselhado. Andava sempre com pessoas de outros clubes”, diz, acrescentando: “quando se apanham boleias para os treinos com um treinador de outro clube, está tudo dito”.

18 Mai 2016

I Liga | Benfica Tricampeão

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Benfica conquistou categoricamente o seu 35.º nacional de futebol, o primeiro ‘tri’ desde 1976/77, graças a 20 vitórias nas últimas 21 jornadas e à capacidade para aguentar a pressão, exercida de todas as formas, pelo rival Sporting. Com Rui Vitória no lugar de Jorge Jesus, que transitou para os ‘leões’, e uma mudança de paradigma, para uma clara aposta na formação, no Seixal, os ‘encarnados’ tiveram um começo de época muito complicado, criando desconfiança, mas deram uma resposta que ninguém, se calhar, pensava ser possível.
Já foi há muito tempo, e a memória é curta, mas, após oito rondas, o Benfica era oitavo – com menos um jogo, que empataria -, a oito pontos do líder Sporting, que acabava de vencer na Luz por 3-0. Nessa altura, Jesus disse que “era fácil pôr o Rui Vitória deste ‘tamanhinho’ (muito pequeno, pelo forma como colocou os dedos). Estaria, certamente, longe de pensar que o treinador do Benfica ‘cresceria’ e faria ‘crescer’ a sua equipa, ao ponto de ser capaz de ir ‘roubar’ a liderança a Alvalade.
Com Novembro a chegar ao fim, houve um momento de mudança, a entrada do jovem Renato Sanches no ‘onze’ (a titularidade chegou antes, na ‘Champions’, com o Astana) e a colocação de Pizzi no lado direito do ataque. Foi um detalhe que revolucionou o futebol dos ‘encarnados’, num plantel castigado por lesões (Nelson Semedo, Luisão, Lisandro López, Júlio César, Salvio, Fejsa e, às vezes, Gaitán), mas que teve o mérito de se reinventar. Foram muitos os momentos em que o treinador Rui Vitória ganhou as apostas que fez, algumas de risco: André Almeida, Lindelöf, Renato Sanches, Ederson, Carcela a espaços ou Raul Jiménez.

Assalto ao leão

Uma volta depois, de facto, tudo tinha mudado e, à 25.ª jornada, os ‘encarnados’ foram mesmo ‘assaltar’ a liderança ao reduto do Sporting. Um golo do grego Mitroglou, aos 20 minutos, selou o triunfo das ‘águias’, que, na frente, não mais perderam qualquer ponto, só parando no ‘35’.
Nos derradeiros nove jogos, o Benfica teve, porém, de sofrer, e muito, nomeadamente para ganhar no Bessa (resolveu Jonas, aos 90+3 minutos) e em Coimbra e Vila do Conde, onde o mexicano Raúl Jiménez saltou do banco para marcar os golos da vitória, aos 85 e 73, respectivamente. 18423590_IejVE
A penúltima ronda, no reduto do Marítimo, também foi um teste imenso, com a expulsão de Renato Sanches ainda na primeira parte, com o resultado em ‘branco’, mas o Benfica foi ‘grande’ (2-0), para na última ronda, fazer o que, então, já parecia inevitável, bater o Nacional (4-1) e selar o título.
O colectivo, a união do grupo, junto com o sempre poderoso ’12.º jogador’, os adeptos, foram determinantes na conquista do ceptro, selado sob o signo do ‘88’, um novo recorde de pontos e o melhor registo de golos desde 1990/91 (89 do Benfica, de Sven-Goran Eriksson, mas em 38 jornadas).

Benfica Mundis – A festa global em tons de vermelho

Macau
Dezenas de benfiquistas encheram o bar RoadHouse no Cotai para assistir ao jogo que deu o tri-campeonato aos encarnados. Depois de alguma inquietação enquanto não chegavam os golos, a festa foi-se fazendo à medida do desenrolar do encontro, acabando em autêntica euforia com os adeptos encarnados a entoar cânticos de “Campeões, Nós Somos Campeões”!

Moçambique
A praça Robert Mugabe, na baixa de Maputo, vestiu-se novamente de vermelho na noite do 35.º título do Benfica, e fez, pelo terceiro ano consecutivo, do mais antigo líder africano um Marquês. Centenas de pessoas juntaram-se na praça repetindo os cânticos, glorificando o Benfica, que voltaram a passar persistentemente na televisão por cabo em Moçambique. “As nações são feitas assim, não escolhemos, nascemos nelas e esta é envolvência delas”, justifica Gilberto Mendes, 50 anos, um actor moçambicano que ajudou a compor a festa vermelha no centro de Maputo. “Benfica é o mundo inteiro”, declara Sarmento Fernandes. “Olha para aqui, é só olhar”, prossegue o hoteleiro moçambicano de 36 anos, apontando para a praça e avenidas adjacentes cheias. 

Cabo Verde
Buzinões, batucada, gritos, cânticos, abraços, muita música e dança marcou a festa dos benfiquistas na cidade da Praia, em Cabo Verde, numa manifestação de orgulho pela conquista do tricampeonato nacional de futebol. Os sinais da festa benfiquista começaram a sentir-se mesmo antes do fim do jogo com o Nacional, com alguns buzinões, mas a animação ganhou mais força no final da partida após Luisão levantar a taça do 35º título de campeão do Benfica. Nas principais ruas e pontos de encontro da capital cabo-verdiana há crianças, jovens e adultos vestidos a rigor com o vermelho do Benfica, empunhando bandeiras e cachecóis, a pé ou dentro dos carros, entoando gritos, trocando beijos e abraços e vibrando ao som do funaná, género musical do país.

Guiné-Bissau
O Benfica deu a muitos guineenses uma razão para esquecer a crise política no país e festejar, com muitos gritos de vitória, cantigas improvisadas e abraços em vários locais de Bissau. “Hoje temos esta vitória para festejar. Estou muito, muito contente”, dizia em voz alta um adepto na sede do Sport Bissau e Benfica. Ali, como noutros pontos da capital, um ecrã de televisão juntou dezenas de adeptos até ao apito final da partida em Lisboa, a 3.000 quilómetros de distância, mas para os benfiquistas da Guiné era como se lá estivessem. “Foi difícil, mas conseguimos”, dizia um dos presentes por entre a gritaria, enquanto uma das poucas mulheres no local referia que tinha sido “Jorge Jesus quem deu mais vontade para conquistar o título”. A festa continuou à porta do Benfica de Bissau, onde os carros passavam a apitar e onde os adeptos se começaram a juntar em maior número. “O Benfica deu-me 35, o Benfica já me deu 35”, foi o refrão de uma música improvisada no local pelo benfiquistas que desvalorizaram a conquista na última jornada.

Angola
Algumas centenas de angolanos e portugueses festejaram, ao som do kuduro, num hotel de Luanda, o título de campeão nacional português do Benfica, esquecendo, por momentos, a crise que marca o dia-a-dia de Angola. “Neste momento não há crise nenhuma. O Benfica faz esquecer tudo, a crise e os problemas”, disse o apresentador da televisão angolana Pedro N’zagi, que foi o animador de serviço da festa na conhecida “Casa 70”, local de concentração dos benfiquistas em Luanda. Ao ritmo do kuduro e regada com muita Cuca, a cerveja angolana, a festa foi animada ainda pelos cânticos de apoio ao Benfica, repetidos a uma só voz por angolanos e portugueses. “Uma das coisas mais impressionantes é estar fora do país, fora de Portugal, fora da sede do clube e esta família estar aqui como se fosse ao estádio. Essa é a força do Benfica”, rematava Pedro N’Zagi, enquanto já lançava ao microfone da “Casa 70” o desafio: “Benfica dá-me o 36”. Numa ronda pela cidade de Luanda, em vários outros restaurantes era possível ver a festa de angolanos e portugueses, sobretudo no exterior, com todos equipados a rigor e entoando o cântico “Benfica campeão”.
 

As Figuras

Rui Vitória
Treinador e Cavalheiro

Rui Vitória foi a grande figura entre os 27 treinadores que exerceram na I Liga portuguesa de futebol em 2015/16, ao levar o Benfica ao ‘tri’, superando Jorge Jesus e até José Mourinho. Numa luta que se dividiu entre o campo e as conferências de imprensa, onde nunca respondeu aos insultos e desconsiderações do treinador do Sporting, Vitória começou na mó de baixo, mas recuperou e foi buscar a liderança precisamente a ‘casa’ de Jesus, numa 25.ª ronda que marcou o campeonato. Depois desse encontro, o Benfica venceu tudo e selou o ‘tri’, com um novo recorde de pontos (88), superando os 86 do FC Porto, de Mourinho, em 2002/2003. A sua conferência de imprensa, na hora da vitória, foi de uma dignidade exemplar.


Jonas
O Pistoleiro Implacável

Jonas foi a grande figura da I Liga portuguesa de futebol no que respeita a golos, ao totalizar 32. O brasileiro, que a época passada perdeu ‘in-extremis’ o título de ‘rei’ dos marcadores, não deu hipóteses à concorrência, contribuindo decisivamente para os 88 do Benfica, o melhor registo colectivo desde a versão 1990/91 das ‘águias’, que, sob o comando de Eriksson, marcaram 89, em 38 jogos. O avançado logrou apenas um ‘hat-trick’, mas foi o ‘rei’ dos ‘bis’, com 10.

Renato Sanches
Revelação Explosiva
Renato Sanches entrou para a equipa principal do Benfica por volta do Natal e a sua presença mudou o modo de jogar da equipa. Foi nítida, sobretudo nos primeiros jogos que disputou, a forma como levava a bola para a frente e demonstrava um vigor físico que lhe permitia disputar o esférico durante todo o tempo de jogo. O jovem médio teve assim um papel fundamental na conquista deste campeonato. De tal modo deu nas vistas que Carlo Ancelotti pediu ao Bayern Munique a sua contratação por 35 milhões de euros (+ 45 milhões por objectivos). “Tendo em conta a sua idade e a sua qualidade, Renato Sanches tinha propostas de vários clubes europeus, mais concretamente de Inglaterra. Uma das principais razões pelas quais ele decidiu vir para o Bayern Munique foi, não só o clube, mas também o nosso novo treinador [Ancelotti] e o facto de ele o querer contratar», afirmou Karl-Heinz Rummenigge, director do Bayern.à FCB.tv.

Assistências
O Outro Jogador

O Benfica dominou de forma ‘esmagadora’ o campeonato das assistências na I Liga portuguesa de futebol, tendo marcado presença nos 10 jogos mais vistos da edição 2015/16. Os nove encontros com maior número de espectadores realizaram-se no Estádio da Luz, e, a fechar o ‘top 10’, os ‘encarnados’ também estiveram presentes, na maior enchente da época no Estádio José Alvalade. A casa das ‘águias’, cuja capacidade oficial é de 64.642 lugares, foi o palco que contou maior assistência (855.474, à média de 50.322 por jogo). Além de dominar em casa, o Benfica também foi o clube mais visto em quase todos os campos, sendo excepções as deslocações a Braga, Tondela e Setúbal. A recepção do Benfica ao Nacional, na última jornada, foi o jogo mais visto do campeonato, com 64.642 espectadores, registo que superou os 63.534 do Benfica-FC Porto da época passada.

Paixão asiática

Há adeptos apaixonados e depois há… Emma Runyun Zhang. A chinesa havia viajado de Los Angeles, nos EUA, onde reside, para Portugal em Fevereiro especialmente para dar os parabéns a Nico Gaitán (seu jogador preferido) pelo seu 28.º aniversário e agora esteve novamente Lisboa para ver o Benfica ser tricampeão. emma ruyun_1Dyyt9Q

17 Mai 2016

Nelson Piquet Jr. poderá estar na próxima edição do Grande Prémio

Nelson Piquet Jr., filho do tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, pode fazer uma aparição surpresa na Taça Intercontinental FIA de Fórmula 3 no Grande Prémio de Macau. O ex-piloto de Fórmula 1 vai correr este fim-de-semana no Grande Prémio de Pau de Fórmula 3 e espera ser convidado para correr em Macau no mês de Novembro.
Depois de uma curta passagem pela Fórmula 1 com a equipa Renault, que ficou marcada pelo escândalo na prova de Singapura de 2008, onde causou um acidente propositadamente para o seu companheiro de equipa Fernando Alonso vencer a corrida, Piquet Jr virou-se para outras disciplinas dentro do automobilismo.
Aos 30 anos “Nelsinho” sagrou-se campeão da Fórmula E a temporada passada, competição onde continua a participar actualmente. A última prova de Fórmula 3 de Piquet Jr foi precisamente em 2004 no Grande Prémio de Macau, na altura com a sua própria equipa, a Piquet Sports, curiosamente a primeira e única equipa 100% lusófona a participar no evento de Fórmula 3 do território.
Na altura, no final a prova, Piquet disse ao HM estar “ligeiramente desapontado” com o 10º lugar obtido na corrida de domingo da 51ª edição do evento, ele que tinha chegado à RAEM com o título de campeão britânico da especialidade e algum favoritismo às costas. Piquet Jr confessava que “como esperava o Circuito da Guia é um circuito super exigente” e que “gostaria de um voltar um dia, apesar da prioridade (da altura) ser continuar a trabalhar arduamente para chegar à Fórmula 1”.
Fora de parte que está um eventual regresso ao “Grande Circo”, neste seu inesperado regresso à Fórmula 3, Piquet Jr irá conduzir um dos Dallara-Volkswagen da equipa Carlin, a mesma formação que venceu Grande Prémio em 2012 com o português António Félix da Costa. Sobre a sua mais nova contratação, Trevor Carlin disse ontem que “nós acreditamos que é uma grande mais valia para a equipa e para os nossos jovens pilotos” e que a equipa está “desejosa de trabalhar com ele em Pau e esperançados repetir em Macau”.
O chefe da equipa britânica enalteceu o espírito do brasileiro, a “fazer lembrar Jim Clark, dos tempos  em que os pilotos corriam pela pura paixão de competir”. Caso concretize a ideia, Piquet Jr será o primeiro ex-piloto de Fórmula 1 a competir na corrida de Fórmula 3 de Macau depois de ter passado pela categoria máxima do desporto automóvel.

Piquet vs Piquet

O mais curioso é que Nelson Piquet Jr poderá competir contra o irmão mais novo, Pedro que, depois do ano passado ter vencido o campeonato brasileiro de Fórmula 3 por duas ocasiões, este ano está a participar no europeu, podendo também ele correr no Grande Prémio no final do ano. O neto do conhecido médico brasileiro Estácio Gonçalves Souto Maior está a dar os primeiros passos no mais competitivo automobilismo europeu esta época aos 18 anos, esperando também ele ter direito a convite para participar na prova rainha de Fórmula 3 nas ruas do território.

13 Mai 2016

Campeonato Mundial de Vólei regressa a Macau

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]já tradicional “Grande Prémio Mundial de Voleibol da FIVB” volta a Macau de 17 a 19 de Junho. Como estamos em ano de Jogos Olímpicos, é de esperar a presença das melhoras jogadoras de cada equipa, pois o torneio será utilizado pelas selecções como preparação para o Rio de Janeiro. Assim, vamos poder assistir à evolução das equipas femininas da China, Brasil, Bélgica e Sérvia. Em disputa, estará o título de campeã da perna de Macau do circuito.
O evento inicia-se com um Brasil – Sérvia seguindo-se o China – Bélgica. No segundo dia encontram-se Brasil e Bélgica e a China com a Sérvia. O último dia de prova trará o embate entre a Bélgica e a Sérvia encerrando com um sempre apelativo China – Brasil.
Na apresentação do evento, a organização aproveitou para renovar o acordo de patrocínio com Grupo Galaxy Entertainment.
A cerimónia da assinatura do acordo entre o Instituto do Desporto (ID) e o Galaxy Entertainment teve como representantes o Presidente do ID, Pun Weng Kun, e o Director do Galaxy, Philip Cheng. Também presente no acto esteve o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. Com este acordo, o Grupo Galaxy Entertainment volta a assegurar o baptismo da prova.

Sorteios para apostadores

Tal como nas edições anteriores, vai ser organizado o concurso “Estrela do Grupo Galaxy Entertainment”, pelo que os espectadores podem eleger a sua jogadora favorita. Os que acertarem na que for considerada a melhor jogadora do torneio têm direito a participar no sorteio que terá como prémio a acomodação e a alimentação no hotel do patrocinador.
A prova realiza-se, como é hábito, no Fórum de Macau e os bilhetes são colocados à venda hoje nas 13 lojas “Circle K” e na página electrónica do evento em www.macauwgp.com. Os preços para um dia são de 150 patacas mas, caso sejam adquiridos para os três dias nas lojas “Circle K” entre os dias 11 e 24 de Maio, saem com 30% de desconto.

11 Mai 2016

Liga de Elite | Casa Portugal, 0 – Benfica, 6

Era esperado que o Benfica vencesse e confirmasse o terceiro título consecutivo. Mas não foi propriamente fácil, apesar do resultado. A Casa, muito melhor mobilada do que na primeira volta, viu um penalti claro negado quando resultado ainda estava a zero e o seu defesa central expulso. Também por isso, na segunda parte só deu Benfica

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Benfica entrou disposto a mandar no jogo logo com uma sequência de dois cantos e a Casa de Portugal com dificuldades para afastar a bola da área. Aos cinco minutos era anulado um golo ao Benfica por fora de jogo assinalado ao autor do remate, Alison Brito, após uma defesa incompleta de Wa Si Lei em resposta a um remate de fora da área.
As equipas apresentavam um esquema táctico semelhante com ambas a recorrerem a um pivot defensivo bem destacado à frente dos centrais como era o caso de Abdul Turay na Casa Portugal e Cuco na equipa do Benfica. A principal diferença eram os avançados, dois avançados para a Casa e três para o Benfica.
Depois do gás inicial, o Benfica abrandou os processos e a Casa de Portugal ia respondendo em contra-ataque.
Aos 12 minutos acontece o caso do jogo ficando por assinalar um penálti claro contra o Benfica por mão de Cuco na área.
Apesar do contratempo, a Casa continuava a mostrar que não estava ali para servir de bombo da festa encarnada e ao quarto de hora Nicolas Friedmann surgia isolado frente ao guarda-redes do Benfica rematando à figura deste após uma boa solicitação de um passe em profundidade de Alejandro Velasco.
Até aos 20 minutos de jogo a Casa de Portugal continuou a tentar a sua sorte com especial destaque para mais um passe de Velasco para a corrida de Nicolas que, mais uma vez isolado, entrava pelo lado esquerdo da área mas rematou demasiado alto.
Apesar destes lampejos da Casa, o Benfica continuava a ter mais posse de bola. Faltava-lhe era a objectividade para chegar com perigo à baliza de Wa Si Lei.
Só perto da meia hora o Benfica voltaria a rematar, após um centro primoroso de Chan Man, que resultou num ressalto para entrada na área onde surgiu Filipe Aguiar a rematar muito por cima da baliza.
Passava pouco da meia hora de jogo quando surgiu o primeiro golo do Benfica numa jogada onde nada o faria prever.
Um centro para a área da direita para a esquerda onde chegou Alison Brito a cabecear em balão para a baliza. Wai Si Lei “fiou-se na virgem” ficando à espera que a bola fosse ter com ele em vez de ele ir ter com a bola e o Benfica inaugurava o marcador.
Chegava o minuto 42 e com ele a expulsão de Carlos Carvalho, defesa central da Casa de Portugal, por acumulação de amarelos. Carvalho estava a ser fundamental no eixo da Casa e a sua expulsão mudou claramente o rumo aos acontecimentos.
Ainda assim, a Casa Portugal viria a dispor de mais uma oportunidade para marcar mas o remate de Nicolas viria a sair ao lado.
Mesmo a terminar a primeira parte o Benfica voltava a dar um ar da sua graça com um falhanço incrível de Leo a disparar por cima da barra.

E a Casa desabou

A segunda parte viria a ser completamente diferente da primeira. Reduzidos a 10 unidades os “caseiros” não tiveram alternativa senão recuar Nicolas para suster as investidas de Filipe Aguiar pela esquerda, deixando apenas Velasco muito isolado na frente.
Ainda assim, pouco após o apito inicial, Aguiar escapava-se lançando um cruzamento perfeito que acabaria com um remate ao lado de Nicky Torrão acabado de entrar.
Mais um minuto decorrido, outra jogada rápida e de novo Nicky já dentro da área a falhar o alvo.
O Benfica surgia muito mais solto com jogadas de melhor recorte técnico, talvez moralizado pelo facto de estar a jogar contra menos um e beneficiado pela Casa de Portugal ter desistido de contra-atacar.
Os remates do Benfica sucediam-se e adivinhava-se o segundo golo a qualquer momento. A equipa encarnada também parecia em melhores condições físicas do que o oponente.
Aos 46 minutos, Alison Brito falhava uma tentativa de chapéu e, logo a seguir, Leo quis mostrar como era “chapelando” Wai Si Lei. A Casa de Portugal não conseguiu tirar a bola da área e Leo surgiu rápido do lado direito quando a defesa da Casa já se preparava para correr para o ataque.
Passou-se quase um quarto de hora sem história até que aos 58 Leo elevava o marcador. Cinco minutos depois, uma jogada rápida com uma bela combinação ao primeiro toque entre três jogadores do Benfica resultava no quarto golo da equipa encarnada marcado por Nicky e com o passe final a pertencer a Leo.
A Casa defendia-se como podia e praticamente não atravessava o meio campo.
Aos 68 minutos o Benfica viria a aumentar a contagem para a mão cheia, com o segundo golo de Nicky numa jogada em que a Casa voltava a ser apanhada em contrapé ao subir cedo demais e permitindo a desmarcação do avançado encarnado que assim surgiu isolado na cara do guarda-redes.
A meia dúzia aconteceria ao minuto 74 pelo capitão das águias, Filipe Duarte, a cabecear com sucesso após duas defesas incompletas de Wai Si Lei.
A partir daí bastou ao Benfica gerir o jogo e esperar pelo apito final pois a Casa há muito que tinha sido abandonada pelo espírito.

Henrique Nunes, treinador do Benfica – “Não pensava que fosse tão fácil”

Naturalmente feliz após o jogo, Henrique Nunes começou por dizer que “não pensava que as coisas se tornassem tão fáceis “pois tínhamos equipas fortes na liga como Sporting o Ka I e o Monte Carlo”, elucida. “Um percurso 100% vitorioso até ao momento”, que o treinador do Benfica fez questão de destacar, desvelando o que terá sido o segredo sucesso encarnada pois, disse, “apostámos muito no mesmo 11 de início nos jogos e isso foi-nos dando uma estabilidade muito grande”.
Ser campeão de Macau tem um sabor especial para Henrique Nunes pois, disse “tinha a responsabilidade manter um clube bi-campeão na senda de vitórias” mas, especialmente, “por ter sido a minha primeira experiência a trabalhar fora do país” destacando ainda o mérito de o Benfica apenas ter concedido um golo nas 15 jornadas até agora disputadas.
Em relação ao futuro, quisemos saber se continuará à frente dos destinos da equipa na próxima época e Henrique Nunes remeteu a decisão para a direcção do clube explicando que “o meu contrato é só até à AFC”, confessou.
Da parte dele sente-se motivado apesar de “os primeiros dois meses terem sido muito difíceis”, revelou. Mas agora sente-se mais adaptado, “mesmo em termos de trabalho”, explica, pois já começa a estar acostumado às dificuldades que, reconhece, “são iguais para todos”.

9 Mai 2016

André Couto soma (mais) pontos

[dropcap style=’circle]A[/dropcap]ndré Couto continua a amealhar pontos no campeonato nipónico Super GT. O piloto português residente no território terminou no 5º lugar da categoria GT300 na prova disputada esta Semana Dourada no circuito de Fuji.
Depois dos problemas sentidos com a traseira do Nissan GT-R Nismo GT3 nos treinos-livres, Couto e o Ryuichiro Tomita qualificaram-se na nona posição da classe. Tal como na prova de abertura em Okayama, a dupla luso-nipónica fez uma corrida de recuperação. Antes de passar o volante a Tomita, Couto ocupava a terceira posição da categoria onde foi campeão em 2015.
O Nissan do Team Gainer desceu depois até ao quinto posto com a entrada do “Safety-Car”, que estragou a estratégia da equipa. A corrida foi ganha por outro Nissan, aquele inscrito pela formação semi-oficial e conduzido pela dupla Jann Mardenborough/Kazuki Hoshino. Couto e Tomita são agora oitavos no campeonato.
A Autopolis deveria receber a próxima corrida do Super GT nos dias 21 e 22 de Maio, mas devido aos últimos tremores de terra no Japão o circuito ficou danificado. A organização do campeonato anunciou que irá decidir nos próximos dias sobre a eventual a realização de uma jornada dupla num dos eventos já agendados até ao final do ano. A próxima prova do Super GT está marcada apenas para Julho, em Sugo. S.T.

6 Mai 2016