Hoje Macau China / ÁsiaAutomóveis | Exportações crescem 64% em 2023 com impulso dos eléctricos O aumento súbito das vendas pode colocar a China à frente do Japão como o maior exportador mundial de automóveis. O mercado interno dos veículos eléctricos subiu para 24 por cento em 2023 As exportações de automóveis da China aumentaram 63,7 por cento, em 2023, enquanto as vendas internas, impulsionadas por incentivos, aumentaram 4,2 por cento, informou ontem uma associação do sector. Os fabricantes de automóveis chineses expandiram agressivamente as exportações em busca de crescimento em falta no país, à medida que a economia chinesa abranda. As vendas de automóveis na China totalizaram 21,9 milhões de carros no ano passado, enquanto as exportações aumentaram para 4,1 milhões de unidades, informou a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis. As vendas internas caíram em relação a um pico de cerca de 24 milhões em 2017. O aumento das exportações pode fazer com que a China ultrapasse o Japão como o maior exportador mundial de automóveis. O Japão exportou 3,6 milhões de carros nos primeiros 11 meses do ano, com uma contagem final prevista para 31 de Janeiro. Um forte aumento das vendas para a Rússia ajudou a aumentar as exportações da China em 2023. A China exportou 840.000 veículos para a Rússia nos primeiros 11 meses do ano passado, incluindo camiões e autocarros, bem como automóveis. A Associação de Automóveis de Passageiros da China disse no início desta semana que a procura na Rússia e nos países vizinhos está a abrandar e que o crescimento futuro das exportações dependerá de uma expansão das vendas de veículos eléctricos no estrangeiro. Os fabricantes chineses de veículos eléctricos têm como alvo os mercados do Sudeste Asiático, Europa e Austrália, entre outros. A associação de fabricantes não fornece uma repartição para veículos eléctricos, mas os dados divulgados pela Associação de Automóveis de Passageiros mostraram que os veículos eléctricos representaram 24 por cento das vendas de carros novos na China em 2023, face a 12 por cento, em 2021. Se forem incluídos os híbridos, a quota de veículos alimentados por novas energias nas vendas totais atingiu 36 por cento, no ano passado. O preço certo O modelo Tesla Model Y foi o carro eléctrico mais vendido na China no ano passado, com 646.800 unidades vendidas, seguido do sedan BYD Song com 428.600 unidades, de acordo com o grupo de automóveis de passageiros. O Modelo Y custa entre 266.400 e 363.900 yuan, de acordo com o portal oficial Tesla, e o BYD Song custa entre 129.800 a 159.800 yuan. Bill Russo, fundador da empresa de consultoria Automobility em Xangai, disse que as empresas chinesas democratizaram o veículo eléctrico, baixando o seu preço. O próximo desafio será convencer os compradores de que um carro eléctrico pode satisfazer as suas necessidades de condução. Mas o primeiro passo é disponibilizá-lo a um preço razoável, disse Russo. “É esse o paradigma que os chineses quebraram, o de que é possível tornar um eléctrico acessível”, afirmou. “O que a China está a fazer com os veículos eléctricos é utilizar o seu mercado interno para gerar economias de escala que pode depois utilizar a nível internacional”. A Fitch Ratings afirmou num relatório do mês passado que espera que a quota de veículos de energia nova, incluindo os híbridos, nas vendas totais da China aumente para 42 a 45 por cento em 2024. A União Europeia, preocupada com o aumento das importações da China, abriu um inquérito comercial no ano passado sobre os subsídios atribuídos pelo Estado chinês aos fabricantes de veículos eléctricos. A investigação está em curso. A associação de fabricantes chineses disse que as vendas totais de todos os veículos, no país e no estrangeiro e incluindo camiões e autocarros, atingiram o marco de 30 milhões de unidades em 2023, um aumento de 12 por cento em relação ao ano anterior. Prevê-se que o crescimento abrande para cerca de 3 por cento este ano.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Líder da oposição esfaqueado deixa hospital Uma semana depois te ter sido esfaqueado no pescoço, Lee Jae-myung apelou ao fim dos discursos de ódio que transformam em guerra as disputas políticas O líder da oposição da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, deixou ontem o hospital, oito dias depois de ter sido esfaqueado no pescoço durante um evento público, e apelou ao fim da “guerra política”. “Realmente espero que este incidente, que nos surpreendeu a todos, sirva como um marco para acabar com a política de ódio e confronto e restaurar uma política decente na qual nos respeitamos uns aos outros e coexistimos (…) Deveríamos pôr fim à guerra política em que temos que matar e eliminar adversários”, disse Lee à imprensa. Após deixar o hospital, o político agradeceu à polícia, aos médicos e aos serviços de emergência que o trataram em Busan, no sudeste do país, onde aconteceu o ataque, e na capital Seul, para onde foi levado de avião e submetido a uma cirurgia. Lee prometeu também dedicar o resto da vida a servir o povo da Coreia do Sul, avançou a agência de notícias Yonhap. O ataque aconteceu enquanto o líder do Partido Democrático (PD) falava com jornalistas numa conferência de imprensa no novo aeroporto de Busan, na ilha de Gadeok. Um homem de 67 anos aproximou-se de Lee e esfaqueou-o no lado esquerdo do pescoço, causando danos à veia jugular interna. Lee foi levado para o hospital onde foi submetido a uma cirurgia e depois transferido para os cuidados intensivos. Cúmplice detido O atacante foi detido no local e o motivo do crime está atualmente a ser investigado, embora as autoridades tenham indicado que o agressor manifestou ressentimento para com os políticos e a situação económica que a Coreia do Sul atravessa. Além disso, a polícia sul-coreana deteve na segunda-feira um homem de 70 anos por supostamente ajudar e facilitar o ataque. O alegado cúmplice tinha concordado em publicar uma nota escrita pelo agressor, na qual acusava o PD de se dedicar a “salvar Lee” a nível político em vez de a fazer oposição ao Governo. Lee Jae-myung perdeu as eleições presidenciais de 2022 para o actual Presidente, o conservador Yoon Suk-yeol, por uma margem estreita. Durante a campanha, Lee, antigo governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, tinha proposto algumas medidas inovadoras, incluindo a criação de um rendimento mínimo universal e uniformes escolares gratuitos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Excluída “intenção política” no lançamento de satélite por Pequim O Governo de Taiwan excluiu ontem a existência de “intenções políticas” no satélite lançado pela China na terça-feira, que levou Taipé a emitir um alerta de emergência, a poucos dias do território realizar eleições. O gabinete da porta-voz presidencial Lin Yu-chan afirmou que, após análise pela equipa de Segurança Nacional e avaliação pelos parceiros internacionais, foi determinado que não houve qualquer motivação política por detrás do lançamento do satélite. O alerta que apareceu automaticamente nos ecrãs dos telemóveis apelou à população para “ter cuidado”. As versões em chinês e inglês diferem, porém, no desígnio do objecto que alegadamente atravessou o espaço aéreo da ilha. “Alerta de ataque aéreo: míssil a sobrevoar o espaço aéreo de Taiwan, atenção”, lê-se na versão em inglês da mensagem, partilhada com a agência Lusa por um residente no território. A versão em chinês refere antes que a China lançou um satélite às 15:04, que atravessou o espaço aéreo do sul de Taiwan. O ministério de Segurança Nacional esclareceu, entretanto, em comunicado, que o texto em inglês “não foi revisto” e pediu desculpa pelo sucedido. No mesmo comunicado, o ministério afirmou que o satélite saiu “inesperadamente” da atmosfera ao sobrevoar o espaço aéreo do sul de Taiwan. “O sistema conjunto de informação, vigilância e reconhecimento das Forças Armadas estava a acompanhar de perto a situação, incluindo o lançamento e a trajectória. O sistema de alerta de ataques aéreos foi activado através de mensagens de texto para informar o público”, disse o ministério. O satélite referido no alerta oficial foi lançado em órbita pela China a partir do centro de lançamento de Xichang, na província central de Sichuan, por um foguetão de transporte Longa Marcha-2C, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaAntigo seleccionador chinês pagou cerca de 400.000 euros para ser contratado O ex-treinador da selecção chinesa de futebol Li Tie, detido sob acusação de corrupção, confessou ontem ter pagado o equivalente a cerca de 400 mil euros para garantir a sua contratação, em Janeiro de 2020. Durante a sua confissão, transmitida pela televisão estatal CCTV, o treinador, de 46 anos, afirmou também ter ajudado a manipular jogos quando era treinador de um clube. “Estou muito arrependido. Devia ter mantido a cabeça baixa e seguido o caminho certo”, disse, admitindo que “há certas coisas que, na altura, eram prática comum nos círculos do futebol”. Em Janeiro de 2020, quando sucedeu ao italiano Marcello Lippi como treinador da seleção da China, o antigo jogador do Everton declarou que estava a realizar “um dos maiores sonhos” da sua vida. Para o conseguir, Li Tiê explicou que pediu ao clube que treinava na altura, o Wuhan Zall, para intervir em seu nome junto da Associação Chinesa de Futebol (CFA), o organismo estatal que funciona como uma federação. De acordo com Li Tie, o clube pagou dois milhões de yuan em subornos a Chen Xuyuan, então presidente da CFA. Li Tie afirmou também ter dado, do seu próprio bolso, um milhão de yuan ao secretário-geral da CFA. Pouco depois da sua nomeação, o treinador convocou quatro jogadores do Wuhan Zall para a selecção, que, segundo o presidente do clube, “não tinham o nível necessário para serem chamados”. Li Tie não conseguiu qualificar a China para o Campeonato do Mundo de 2022 no Qatar e foi demitido em Dezembro de 2021. O treinador também admitiu ter ajudado a comprar vários jogos, que permitiram às equipas chinesas da segunda divisão que comandava subir à primeira divisão. Ataque à profundidade A agência anticorrupção da China lançou uma investigação contra Li no final de 2022, que levou ao despedimento de cerca de dez responsáveis da CFA, incluindo o antigo presidente Chen Xuyuan. Chen foi acusado de corrupção em Setembro, tendo admitido ter recebido grandes quantidades de dinheiro de jogadores do mundo do futebol que queriam cair nas suas boas graças. “Quero apresentar a todos os adeptos de futebol da China as minhas mais sinceras desculpas”, afirmou. Estas acções judiciais no domínio do futebol fazem parte de uma grande campanha anticorrupção lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping. O Governo chinês tem grandes ambições para a equipa nacional, mas esta continua no 79.º lugar do ranking da FIFA, a mesma posição que ocupava há 10 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim diz que “não fará concessões” durante diálogo militar com EUA A soberania de Taiwan não faz parte da discussão em matéria de Defesa entre a China e os Estados Unidos, voltaram ontem a sublinhar as autoridades militares chinesas que exigiram ainda o fim do envio norte-americano de armas para a antiga Formosa O Exército chinês sublinhou ontem que “não vai fazer quaisquer concessões ou compromissos” relativamente a Taiwan, durante uma reunião com representantes da Defesa dos Estados Unidos, em Washington. Durante a reunião, que faz parte da Mesa de Diálogo de Coordenação da Política de Defesa China – EUA, o general Song Yanchao exigiu que Washington “respeite o princípio ‘Uma só China'” e “deixe de enviar armas para Taiwan”. Song apelou aos Estados Unidos, representados pelo vice-secretário adjunto da Defesa, Michael Chase, para que “não apoiem a independência de Taiwan” e “reduzam a presença militar e as provocações no Mar do Sul da China”, de acordo com um comunicado emitido pelo ministério da Defesa chinês. “Os EUA devem deixar de apoiar as acções provocatórias de certos países”, afirmou Song, numa referência velada às Filipinas, país com o qual a China tem tido atritos nos últimos meses por causa de águas disputadas. Song afirmou ainda que Washington deve “reconhecer plenamente a causa dos problemas de segurança marítima e aérea” e “deixar de manipular ou exagerar os problemas”. A parte chinesa também afirmou que Pequim está disposta a “desenvolver uma relação militar forte e estável” com os Estados Unidos “com base na igualdade e no respeito”, mas sublinhou que Washington deve “levar a sério as preocupações da China”. Por outro lado Chase sublinhou “a importância de manter as linhas de comunicação abertas a nível militar” para “evitar que a concorrência entre os dois países se transforme em conflito”, indicou o departamento de Defesa dos EUA, em comunicado. O Presidente do Conselho de Segurança dos Estados Unidos falou também da importância da segurança em toda a região do Indo-Pacífico e reafirmou que “os Estados Unidos continuarão a voar, navegar e operar de forma segura e responsável sempre que o Direito Internacional o permita”. “O compromisso dos Estados Unidos para com os nossos aliados no Indo-Pacífico e em todo o mundo continua a ser inabalável”, afirmou. No que se refere ao Mar do Sul da China, Chase sublinhou “a importância do respeito pela liberdade de navegação em alto mar” e denunciou “o assédio repetido da China às embarcações filipinas que operam legalmente” nessa zona. Relativamente a Taiwan, Chase reafirmou que os EUA continuam “empenhados” no “reconhecimento do princípio ‘Uma só China'” e sublinhou “a importância da paz e da estabilidade” no Estreito da Formosa. Em Dezembro passado, os dois países retomaram o diálogo militar de alto nível, suspenso por Pequim depois de a então Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, ter visitado Taiwan em Agosto de 2022. No final de Dezembro, um alto responsável militar chinês realizou uma videoconferência com um homólogo norte-americano, na qual o representante chinês sublinhou que a questão de Taiwan é um “assunto interno” da China que “não admite qualquer interferência externa”. Os presidentes chinês e norte-americano, Xi Jinping e Joe Biden, respectivamente, acordaram o reinício das conversações militares durante um encontro em Novembro passado, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC), em São Francisco. No domingo, a China anunciou sanções contra cinco empresas norte-americanas por venderem armas a Taiwan, alertando para “uma resposta forte e decisiva” se continuarem a fazê-lo. A questão de Taiwan continua a ser um dos principais pontos de discórdia entre Pequim e Washington.
Hoje Macau China / ÁsiaJovens timorenses impedidos de viajar por suspeita de serem vítimas de tráfico humano Os Serviços de Migração e Fronteiras de Timor-Leste impediram um grupo de jovens de viajar com destino ao Camboja, por suspeitas de que iriam ser vítimas de tráfico humano, anunciou ontem a Polícia timorense. O chefe do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Nacional de Timor-Leste, João Belo dos Reis, explicou, em conferência de imprensa, que os jovens foram detectados por não terem documentos, nem bilhetes de regresso ou visto para entrar no Camboja. “A identificação que fizemos revelou que estes jovens eram potenciais vítimas de tráfico humano, recrutados por uma empresa chamada Multi-Game online”, disse João Belo dos Reis, salientando que os jovens viajavam para alegadamente trabalharem num casino. O responsável da polícia timorense recordou casos similares, mas com destino à Malásia, com jovens recrutados online, que mais tarde se tornam vítimas de tráfico humano. João Belo dos Reis pediu também aos jovens para não acreditarem em promessas feitas na Internet, exemplificando com as falsas mensagens proferidas em nome da Polícia Nacional de Timor-Leste nas redes sociais. Escapar à pobreza O Governo de Timor-Leste criou em Julho de 2021 a Comissão de Luta contra o Tráfico de Pessoas para garantir uma acção coordenada entre os diferentes intervenientes na luta contra o tráfico humano. O último relatório do Departamento de Estado norte-americano sobre Tráfico Humano recomenda às autoridades timorenses para aumentarem as investigações, as acções penais e condenações por tráfico, bem como os recursos destinados aos serviços de protecção das vítimas e a disponibilização da lei contra o tráfico humano em língua materna aos juízes e procuradores. Com cerca de 1,3 milhões de habitantes, Timor-Leste é um país onde os níveis de pobreza continuam elevados, levando os jovens a tentarem a sorte fora do país, devido à elevada taxa de desemprego, que segundo o Banco Mundial, era de 14 por cento em 2021. Dados do Banco Mundial indicam também que cerca de 20 por cento dos jovens timorenses não estudam nem trabalham devido à falta de educação, limitações na prestação da saúde e ineficácia da protecção social.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Aprovada lei que proíbe consumo de carne de cão O parlamento da Coreia do Sul aprovou ontem, por unanimidade, um projecto de lei que irá proibir pela primeira vez o consumo de carne de cão, uma prática secular no país asiático. A Assembleia Nacional sul-coreana aprovou o projecto com 208 votos a favor e nenhum contra. A proposta tornar-se-á lei depois de ser aprovada pelo Conselho de Ministros e ratificado pelo Presidente, Yoon Suk Yeol, medidas consideradas uma formalidade, uma vez que o Governo apoia a proibição. O projecto de lei torna ilegal o abate, criação, comércio e venda de carne de cão para consumo humano a partir de 2027 e pune tais actos com dois a três anos de prisão. Os esforços para proibir o consumo de carne de cão tinham enfrentado forte resistência por parte do sector da pecuária. A carne de cão é um alimento popular na Coreia do Sul, com estimativas de até um milhão de animais consumidos por ano. Mas o seu consumo tem diminuído à medida que os sul-coreanos passaram a ver os cães mais como companheiros do que como alimento. O consumo de carne de cão tornou-se tabu entre as gerações mais jovens e a pressão dos activistas animais tem aumentado na Coreia do Sul. A indústria de animais de estimação está a crescer na Coreia do Sul, com cada vez mais famílias a viverem com um cão em casa. Sondagens recentes mostram que a maioria dos sul-coreanos já deixou de comer carne de cão.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Número de mortos após sismo subiu para 202 Desde 2011, aquando do sismo que desencadeou o acidente nuclear de Fukushima, que o país não era assolado por um abalo que causasse tantas vítimas. Mais de 3000 pessoas continuam isoladas à espera de auxílio, e 102 estão desaparecidas O sismo de 01 de Janeiro no centro do Japão matou 202 pessoas, sendo que 102 ainda estão desaparecidas, segundo um novo balanço provisório divulgado ontem pelas autoridades de Ishikawa, onde ocorreu o desastre. O último balanço oficial do sismo na península de Noto dava conta de 180 mortos, 565 feridos graves e 120 desaparecidos, sobretudo nas cidades de Wajima e Suzu. As equipas de socorro continuam as operações de busca pelos desaparecidos, cujo número tem variado devido às dificuldades de contagem em zonas isoladas, com acesso dificultado pelo corte de estradas danificadas no sismo. Mais de três mil habitantes da península continuam isolados do mundo enquanto aguardam socorro, atrasado pela chuva, neve e deslizamentos de terra. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pediu ontem aos ministros que “resolvam” o problema das comunidades ainda isoladas na península de Noto e “continuem tenazmente as operações de resgate”. Cerca de 28 mil pessoas continuam deslocadas e mais de 15 mil residências estão ainda sem energia, quando os termómetros marcam temperaturas negativas nas áreas afectadas, levando as autoridades a pedir atenção a possíveis situações de hipotermia. O Governo do Japão está a tentar transferir os deslocados para centros fora das zonas de desastre, onde o fornecimento de bens de primeira necessidade não constitui um problema. As autoridades nipónicas pediram ontem precaução redobrada devido ao temporal de chuva e neve nas zonas afectadas pelo sismo. A atividade sísmica continua a ser sentida na península de Noto e arredores cerca de uma semana depois do sismo de magnitude 7,6, tendo sido registados, até agora, perto de 1.248 abalos de intensidade mensurável, noticiou a televisão pública japonesa NHK. Os serviços de geofísica japoneses consideraram que a atividade sísmica pode prolongar-se por cerca de um mês e pediram precaução, tendo em conta que o mau tempo pode causar aluimentos de terra e avalanchas ou o desmoronamento de edifícios e casas já instáveis. Mais de seis mil militares japoneses integraram as equipas de socorro locais nas operações de resgate e também de abastecimento. Milhões de socorro O Governo japonês anunciou que vai destinar mais de 4,7 mil milhões de ienes (cerca de 30 milhões de euros) dos fundos de reserva para enviar ajuda humanitária para a península de Noto. Numa reunião, o executivo de Fumio Kishida aprovou esta ajuda especial para despesas de primeira necessidade, incluindo comida, água e combustível, nas zonas mais afectadas pelo sismo O Governo começou também a traçar planos de reconstrução, a meio e a longo prazo, e medidas de ajuda para as vítimas da catástrofe, disse a NHK. O sismo de 01 de Janeiro já é o mais mortífero no Japão desde 2011, quando um terramoto de magnitude 9,0 provocou um ‘tsunami’ que deixou mais de 20 mil mortos e desencadeou o desastre nuclear de Fukushima.
Hoje Macau China / ÁsiaVideojogos | Tencent limita tempo de jogo de menores durante as férias A Tencent, maior operadora de jogos de computador da China, anunciou ontem que menores de idade no país asiático vão poder jogar no máximo 16 horas durante as férias de Inverno e do Ano Novo Lunar. Em comunicado, a Tencent indicou que os menores vão poder jogar às sextas-feiras, sábados e domingos, entre as 20:00 e as 21:00, durante o período de férias, que decorre entre 22 de Janeiro e 24 de Fevereiro. “Recordamos aos jogadores menores de idade que devem organizar o seu tempo de forma racional e jogar com moderação”, lê-se na mesma nota. Para além das restrições de tempo, a Tencent está também a implementar uma série de medidas contra o vício do jogo, incluindo a autenticação pelo nome real, pagamentos por tempo limitado e reconhecimento facial para activação da conta. Esta medida segue-se às já implementadas em Junho passado pelas grandes empresas chinesas de jogos Tencent, NetEase e miHoYo, que anunciaram o lançamento de um horário de jogo limitado para menores durante as férias de verão, apoiado por tecnologia de inteligência artificial. Em Dezembro passado, a China anunciou um novo conjunto de regulamentos para limitar as despesas e as recompensas que incentivam os jogos de computador, como parte das medidas para evitar a dependência. Os regulamentos, emitidos na altura pela Administração Nacional de Imprensa e Publicação – o organismo regulador das publicações impressas e digitais – estabelecem limites de despesas com os jogos. Em 2021, as autoridades chinesas restringiram o acesso dos menores aos jogos de computador a três horas por semana, com o objectivo declarado de “proteger eficazmente a saúde mental e física” e o “crescimento saudável” dos jovens. A regulação fez de 2022 o ano mais difícil para a indústria de jogos da China, com uma contracção das receitas.
Hoje Macau China / Ásia MancheteXi apela à reforma do PCC e reforça campanha anticorrupção O Presidente chinês, Xi Jinping, instou ontem o Partido Comunista da China (PCC) a reformar-se e a intensificar a luta contra a corrupção, durante a sessão plenária do poderoso órgão anticorrupção do Partido. Numa análise dos resultados da luta contra a corrupção na última década, Xi destacou uma “vitória esmagadora”, mas alertou para o facto de a situação ser ainda “grave e complexa”, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua. O secretário-geral do PCC sublinhou a necessidade de abordar as raízes e as condições da corrupção para garantir o desenvolvimento saudável do país. Reforçou ainda a importância de 2023 como o primeiro ano de implementação dos princípios estabelecidos durante o 20.º Congresso do PCC, durante o qual foi eleito para um terceiro mandato sem precedentes entre os seus antecessores nas últimas décadas, e realçou que a reforma do Partido é essencial para escapar ao “ciclo histórico de expansão e recessão”. De acordo com a Xinhua, cerca de 470.000 casos de corrupção foram apresentados pelas agências de supervisão e disciplina nos primeiros nove meses do ano passado. Isto resultou na abertura de investigações a 45 funcionários do Comité Central do PCC, a liderança máxima do Partido, o número mais elevado dos últimos dez anos. Campanha intensificada As declarações de Xi foram feitas depois de a Comissão Central de Supervisão e Disciplina, o braço anticorrupção do Partido Comunista da China ter anunciado, na segunda-feira, que vai aumentar a pressão e as punições contra casos de corrupção em sectores como as finanças, tabaco ou desporto, como parte da sua estratégia para prevenir e resolver “riscos sistémicos de corrupção”. A luta contra a corrupção no sector financeiro, que está activa há vários anos, resultou até agora na acusação de vários funcionários de organismos reguladores e de quadros superiores de empresas. A indústria do tabaco, de grande importância económica nas províncias produtoras de tabaco do centro e do sul do país, tem sido alvo de actividades ilícitas. As autoridades anunciaram em Outubro passado que Ling Chengxing, antigo presidente da Administração do Monopólio do Tabaco do Estado chinês, está a ser investigado por alegadas “violações graves” da lei. O desporto não foi poupado em 2023. Vários membros da Associação de Futebol da China e até o antigo seleccionador chinês Li Tie foram acusados de corrupção. O presidente da Superliga Chinesa, Liu Jun, também foi afastado por “violações regulamentares”. Após ascender ao poder, em 2012, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção, considerada a mais persistente e ampla na história da República Popular.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Pequim quer “novo padrão” nas relações internacionais Em contra corrente com as tendências unilateralistas e de confronto que despontam um pouco por todo o mundo, a China propõe um padrão de cooperação internacional que resulte em ganhos para todos A China quer criar um “novo padrão” de relações internacionais e defender a paz e o multilateralismo face aos desafios globais, afirmou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi. Num discurso proferido durante um seminário, Wang afirmou que Pequim escolheu um caminho “cooperativo” e “justo” em vez de uma “política de poder” confrontacional. “No mundo actual, novas e velhas contradições estão entrelaçadas, o unilateralismo está a aumentar, prioridades domésticas são realçadas e os défices de governação e de confiança da comunidade internacional continuam a aumentar”, disse Wang. “A China vai sempre aderir à cooperação vantajosa para todos, promover activamente a globalização económica inclusiva e opor-se resolutamente a todas as formas de unilateralismo, proteccionismo e inversão da globalização”, disse o chefe da diplomacia chinesa. No seminário organizado por dois grupos de reflexão, o Instituto de Estudos Internacionais da China e a Fundação de Estudos Internacionais da China, Wang afirmou que a diplomacia do país vai entrar numa nova fase mais resoluta, fazendo eco dos comentários do Presidente, Xi Jinping, no mês passado. Wang defendeu que o país deve guiar-se pela filosofia de Xi “para abrir um novo domínio da teoria e da prática diplomática chinesa e para moldar um novo padrão de relações [entre Pequim] e o mundo, visando elevar a influência internacional, o carisma e o poder de moldar [os acontecimentos] pela China”. O discurso de Wang foi proferido num contexto de pressões crescentes suscitadas pelo abrandamento económico do país e pelas tensões com o Ocidente, à medida que os Estados Unidos e os seus aliados tentam travar o que consideram ser uma China mais “assertiva” que está a desafiar a ordem mundial. A China está a tentar promover uma visão alternativa ao sistema liderado pelos EUA – através de laços mais fortes com os países em desenvolvimento ou plataformas como a Iniciativa “Faixa e Rota” ou o bloco de economias emergentes BRICS. Wang afirmou que a China vai continuar a “explorar a forma correcta de se dar bem” com os EUA e que não vai haver “nenhum confronto entre blocos ou uma nova guerra fria” se “a China e a Europa derem as mãos”. Potência imparável Na semana passada, Kristalina Georgieva, directora do Fundo Monetário Internacional, alertou que a divisão da economia mundial em blocos liderados pelos EUA e pela China poderia reduzir a produção económica global em 7 por cento, devido ao aumento dos custos comerciais. As relações entre China e União Europeia deterioraram-se devido ao reforço dos laços de Pequim com a Rússia, apesar da invasão da Ucrânia. Wang afirmou que a China vai continuar a expandir a sua rede de parcerias globais e a trabalhar com os países em desenvolvimento “de mãos dadas” e a aprofundar a confiança estratégica e a parceria com a Rússia. O ministro também se comprometeu a defender a “equidade e a justiça” e a fornecer mais “soluções e sabedoria chinesas” para as guerras na Ucrânia e em Gaza. Wang disse no seminário que a determinação da China em “salvaguardar a justiça” também inclui a sua integridade territorial. “Perante a interferência externa e as provocações, lutámos de forma resoluta e vigorosa. A determinação dos 1,4 mil milhões de chineses em promover a reunificação nacional é sólida como uma rocha”, afirmou. “Ninguém ou qualquer força deve tentar desafiar a vontade férrea do povo chinês ou tentar prejudicar os interesses fundamentais da China”, realçou.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Restabelecidas penas de prisão para 11 homens que violaram mulher em 2002 O Supremo Tribunal da Índia restabeleceu ontem as penas de prisão perpétua para 11 homens hindus que violaram uma mulher muçulmana, durante tumultos religiosos há duas décadas, e pediu que se entregassem às autoridades no prazo de duas semanas. Os homens hindus foram condenados em 2008 por violação e homicídio, tendo sido libertados em 2022 após terem cumprido 14 anos de prisão. A vítima, que agora tem 40 anos, estava grávida quando foi brutalmente violada por um grupo em 2002 no oeste do estado de Gujarat durante tumultos comunitários, que causaram mais de 1.000 mortos, a maioria muçulmanos. Sete membros da família da mulher, incluindo a sua filha de três anos, foram mortos durante os tumultos. As autoridades de Gujarat disseram que os condenados obtiveram a libertação porque tinham cumprido mais de 14 anos de prisão. No entanto, em 2014 o governo federal proibiu a libertação para condenados por certos crimes, incluindo violação e homicídio. Após a libertação dos condenados, a vítima apresentou uma petição ao Supremo Tribunal, dizendo que “a libertação prematura em massa dos condenados abalou a consciência da sociedade”. Aquando da libertação dos 11 homens, em Agosto de 2022, centenas de pessoas manifestaram-se contra a decisão de libertar 11 condenados, que cumpriam pena de prisão perpétua. Os distúrbios religiosos de 2002 foram, desde essa altura, um problema político para Narendra Modi, que era a principal autoridade eleita de Gujarat na época, tendo sido acusado de ter incentivado o derramamento de sangue. Modi negou repetidamente ter qualquer papel nos acontecimentos e o Supremo Tribunal da Índia concluiu que não encontrou provas para processar o agora primeiro-ministro.
Hoje Macau China / Ásia MancheteJapão | Número de desaparecidos após terramoto subiu para 323 As autoridades do Japão elevaram ontem para 323 o número de desaparecidos no terramoto de magnitude 7,6 na escala de Richter que atingiu o Centro-Oeste do país no dia 1 de Janeiro. O último balanço das autoridades contava 210 desaparecidos, a maioria dos quais nas cidades de Wajima, um dos locais mais atingidos na Península Noto, no Mar do Japão, e Suzu. O balanço provisório em toda a região após o desastre é de 168 mortos e 565 feridos, de acordo com as autoridades japonesas. O terramoto, que atingiu a região de Ishikawa, no centro do Japão, causou danos consideráveis nas estradas, casas e outros edifícios. As autoridades acreditam que centenas de pessoas permanecem presas ou isoladas enquanto aguardam a chegada dos serviços de salvamento. As repetidas réplicas e as condições meteorológicas adversas têm provocado novos deslizamentos de terras e inundações nas zonas afectadas. Devido aos danos nas infraestruturas, as autoridades também têm tido dificuldades em transportar alimentos e água potável para as cerca de 31.000 pessoas que continuam abrigadas em cerca de 357 centros de acolhimento. O sismo da semana passada já é o mais mortífero no Japão desde 2011, quando um terramoto de magnitude 9,0 provocou um ‘tsunami’ que deixou mais de 20 mil mortos e desencadeou o desastre nuclear de Fukushima, o pior desde Chernobyl (Ucrânia) em 1986.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Ramos-Horta na Índia para promover investimento no país O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, viajou ontem para a Índia para participar na cimeira global de Gujarat, durante a qual terá oportunidade de promover no país, anunciou ontem a Presidência timorense. A cimeira, realizada desde 2003, reúne representantes de vários sectores na partilha de conhecimento e na concessão de parcerias estratégicas para o crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável. “Estamos comprometidos [em Timor-Leste] a criar um ambiente favorável ao investimento, com legislação em linha com as melhores práticas internacionais, para proteger e garantir investimentos estrangeiros, cooperação e desenvolvimento de parcerias”, afirmou José Ramos-Horta, citado no comunicado da Presidência timorense. José Ramos-Horta salientou que Timor-Leste tem uma “vibrante diáspora” que contribui significativamente para o desenvolvimento do país, mas também para os países de acolhimento. O chefe de Estado sublinhou ainda que as remessas dos timorenses que vivem no estrangeiro representam um importante fundo de financiamento da economia nacional. “Timor-Leste é uma nação pacífica e amigável e convida os empresários e investidores a explorarem novas oportunidades. Espero que a cimeira continue a ser um catalisador para a promoção de parcerias, que resultem em excelentes resultados e contribuam para o desenvolvimento global”, acrescentou. Presente na cimeira na Índia estará também o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. Durante a sua estada na Índia, José Ramos-Horta, que viaja acompanhado do chefe da diplomacia timorense, Bendito Freitas, vai reunir-se também com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. A Índia e Timor-Leste têm cooperado em vários sectores desde o estabelecimento das relações diplomáticas, em 2003.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Seul diz que Hamas usa armamento norte-coreano O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul disse ontem que o grupo islamista palestiniano Hamas tem utilizado lançadores de granadas antitanque fabricados pelo regime da Coreia do Norte. Um porta-voz do NIS, citado pela agência de notícias Yonhap, disse serem verídicas fotografias divulgadas pelo portal norte-americano Voice of America que mostram peças de lançadores de granadas F-7 com caracteres em coreano, usados recentemente pelo Hamas. A fonte acrescentou que o NIS está a recolher provas mais detalhadas dos alegados fornecimentos de armas da Coreia do Norte ao Hamas. Em Outubro, os militares sul-coreanos já afirmavam suspeitar que a Coreia do Norte tinha fornecido, directa ou indirectamente, armas ao Hamas após analisarem os ataques que a milícia realizou contra Israel no dia 7 de Outubro. O próprio NIS também disse em Novembro que obteve provas de instruções directas do líder norte-coreano Kim Jong-un para fornecer equipamento militar e armamento a organizações que se opõem a Israel. O regime norte-coreano negou publicamente qualquer ligação com o Hamas e descreveu os relatórios que indicam o contrário como rumores veiculados pelos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Aeroporto de Haneda regressa à normalidade após colisão de aviões Seis dias depois do acidente que deixou cinco vítimas mortais, e com mais de mil voos cancelados, o aeroporto de Tóquio voltou ontem a funcionar em pleno O aeroporto de Haneda, em Tóquio, regressou ontem à normalidade, com a reabertura da pista onde, na passada terça-feira, uma colisão entre dois aviões causou cinco mortos, noticiou a imprensa do Japão. Depois do fim da análise das autoridades no terreno, a remoção dos restos carbonizados do avião de passageiros envolvido no acidente e as necessárias reparações, as operações na pista C do aeroporto foram retomadas à meia-noite, avançou a televisão pública japonesa NHK. O encerramento da pista durante seis dias provocou mais de 1.200 cancelamentos de voos, maioritariamente domésticos, que afectaram mais de 220 mil passageiros em datas nas quais muitos habitantes de Tóquio regressam às suas terras natais para o Ano Novo. Apesar da reabertura da pista, a Japan Airlines (JAL), uma das duas grandes companhias aéreas que utiliza o aeroporto de Haneda como base de operações, admitiu que ia cancelar 14 voos domésticos durante o dia e continuar a cancelar alguns voos até 10 de Janeiro. O Ministério dos Transportes do Japão, através do Conselho de Segurança dos Transportes, está a investigar o acidente ocorrido no aeroporto de Haneda, um dos aeroportos mais movimentados do país, depois de um voo comercial da JAL proveniente de Sapporo ter colidido com um avião da Guarda Costeira na terça-feira passada. Entre mortos e feridos O acidente desencadeou um incêndio nos dois aparelhos, obrigando à saída de emergência dos passageiros e da tripulação. Todos os 379 ocupantes do voo comercial conseguiram sair do aparelho com vida, mas 14 ficaram feridos. Dos seis ocupantes do avião da Guarda Costeira, apenas o comandante, que ficou gravemente ferido, escapou com vida. O avião da Guarda Costeira estava a caminho para transportar alimentos e água para a zona afectada pelo forte sismo que atingiu a costa oeste do centro do Japão a 1 de Janeiro. Na quinta-feira, o director-geral adjunto do Gabinete de Aviação Civil do Ministério dos Transportes japonês, Toshiyuki Onuma, disse que o avião da Guarda Costeira não tinha autorização para entrar na pista do aeroporto de Haneda na altura da colisão. No entanto, o comandante do avião da guarda costeira e único sobrevivente dos seis tripulantes, disse que o aparelho tinha autorização para entrar na pista. Noutras declarações, terá indicado que o avião tinha recebido autorização para levantar voo. A JAL estimou perdas de cerca de 15 mil milhões de ienes no acidente, indicou a NHK.
Hoje Macau China / ÁsiaSegurança | Anunciada detenção de espião britânico O ministério da Segurança do Estado chinês anunciou ontem ter detido um cidadão estrangeiro que trabalhava para os serviços secretos britânicos MI6 e que espiava contra a China. Segundo um comunicado publicado na conta oficial do ministério na rede social WeChat, o detido, identificado pelo apelido Huang e cuja nacionalidade não foi revelada, “dirigia uma empresa de consultadoria no estrangeiro” e, em 2015, foi recrutado pelo MI6, que estabeleceu com ele uma “relação de cooperação em matéria de informações”. O MI6 ordenou-lhe desde então que viajasse várias vezes para a China, “sob uma identidade pública”, para “recolher informações sensíveis” para o Reino Unido e “procurar indivíduos para o MI6 recrutar”, lê-se na mesma nota. O ministério indicou que o MI6 também o formou profissionalmente no Reino Unido e noutros países em matéria de serviços secretos e forneceu-lhe equipamento especial para comunicar. Na sequência de uma investigação, os órgãos de segurança da China descobriram provas das alegadas actividades de espionagem de Huang e aplicaram “medidas coercivas criminais” contra ele, referiu o comunicado. O suspeito forneceu ao MI6 nove segredos de Estado de nível “confidencial”, o segundo mais importante no sistema de informações do Estado chinês. Em Agosto passado, o ministério da Segurança do Estado chinês pediu a mobilização de “toda a sociedade”, visando “prevenir e combater a espionagem”. O organismo indicou que todos os órgãos estatais e organizações sociais, empresas e instituições têm a obrigação de prevenir e impedir a espionagem e “proteger a segurança nacional”, e disse que ia colocar à disposição dos cidadãos números de telefone e caixas postais para receber denúncias, “garantindo o sigilo” dos informadores.
Hoje Macau China / ÁsiaAustrália desmantela tráfico de 250 répteis para Hong Kong A polícia australiana disse ontem ter desmantelado o tráfico de cerca de 250 lagartos autóctones, três cobras e dezenas de ovos de répteis – avaliados em cerca de 737 mil euros – que iam ser enviados para Hong Kong. “Os animais estavam a ser mantidos em más condições e amarrados em pequenos contentores enquanto eram embalados para embarque”, informou a polícia do estado de Nova Gales do Sul, em comunicado. Quatro pessoas foram detidas, indicou a mesma nota. As investigações sobre tráfico de animais nativos, lideradas pelo Raptor Squad da polícia de Nova Gales do Sul, começaram em Setembro de 2023, quando as autoridades intercetaram o carregamento de 59 lagartos e lagartixas em nove pacotes, com destino a Hong Kong. A operação policial culminou na última quinzena de Dezembro com a detenção de quatro pessoas e a apreensão de centenas de lagartos, cobras e ovos de répteis em várias buscas na zona oeste de Sydney. Com cada lagarto nativo a custar cerca de 5.000 dólares australianos (3.069 euros), a polícia estima que o valor total da apreensão do mês passado ronde 1,2 milhões de dólares australianos. Como resultado da operação, a polícia acusou os quatro suspeitos, incluindo uma mulher, de vários crimes relacionados com o tráfico de animais nativos e a participação num grupo criminoso. Gostos exóticos Os animais autóctones australianos, incluindo répteis e cobras, são frequentemente comercializados para compradores do mercado de animais de estimação exóticos, que se encontram principalmente na China, Hong Kong e Taiwan, de acordo com o portal da AUSTRAC, a agência governamental australiana que combate crime financeiro. O tráfico de animais nativos é punido na Austrália – país com espécies endémicas e únicas no mundo – com penas de prisão até dez anos.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim vai intensificar campanha anticorrupção em sectores de finanças, tabaco e desporto O principal organismo anticorrupção da China anunciou ontem que vai intensificar a pressão em sectores como as finanças, tabaco ou desporto, parte da sua estratégia para prevenir e resolver “riscos sistémicos de corrupção”. A Comissão Central de Supervisão e Disciplina, o braço anticorrupção do Partido Comunista da China (PCC), informou ontem no seu portal que 2023 foi “um ano chave para a prevenção e controlo da corrupção” e avançou, ao mesmo tempo, com medidas “normalizadas e eficazes” para combater a corrupção até 2024. Entre os sectores que vão receber mais escrutínio estão as finanças, empresas públicas, saúde, aquisição e venda de alimentos, revitalização rural, tabaco, desporto e estatísticas, detalhou a agência. A mesma fonte assegurou que vai ser intensificada a investigação e punição dos casos de corrupção que se destacam pela sua natureza sectorial, sistémica ou regional, e que vão ser realizadas “acções especiais de rectificação” para “erradicar as causas e consequências” destes problemas. A luta contra a corrupção no sector financeiro, que está activa há vários anos, resultou até agora na acusação de vários funcionários de organismos reguladores e de quadros superiores de empresas. A indústria do tabaco, de grande importância económica nas províncias produtoras de tabaco do centro e do sul do país, tem sido alvo de actividades ilícitas. Olhos em todos As autoridades anunciaram em Outubro passado que Ling Chengxing, antigo presidente da Administração do Monopólio do Tabaco do Estado chinês, está a ser investigado por alegadas “violações graves” da lei. O desporto também não foi poupado em 2023. Vários membros da Associação de Futebol da China e até o antigo seleccionador chinês Li Tie foram acusados de corrupção. O presidente da Superliga Chinesa, Liu Jun, também foi afastado por “violações regulamentares”. Após ascender ao poder, em 2012, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção, considerada a mais persistente e ampla na história da República Popular. A campanha levou à punição de milhões de funcionários e revelou grandes casos de corrupção.
Hoje Macau China / ÁsiaEvergrande | Filial eléctrica anuncia detenção de director executivo A crise na gigante construtora chinesa chegou agora à sua filial de veículos eléctricos com a detenção do director executivo suspeito de ter cometido vários crimes A filial de veículos eléctricos da construtora chinesa Evergrande anunciou ontem a detenção do director executivo Liu Yongzhuo pela polícia, pouco depois de ter suspendido a negociação das suas acções em bolsa. Num comunicado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Evergrande NEV anunciou que Liu foi “colocado em detenção de acordo com a lei porque é suspeito de ter cometido crimes”, sem revelar mais detalhes. A Evergrande NEV, que enfrenta uma grave crise de liquidez, tinha suspendido a negociação das suas acções durante a manhã. Após a retoma, no início da tarde, as acções da empresa caíram mais de 13 por cento. As acções da Evergrande NEV caíram quase 8 por cento desde o início do ano, depois de ter passado o prazo para fechar a venda acordada de 27,5 por cento das suas acções à NWTN dos Emirados Árabes Unidos, por cerca de 500 milhões de dólares. Uma das condições impostas pela NWTN era que a Evergrande chegasse finalmente a um acordo para reestruturar a sua dívida, algo que ainda não aconteceu. A empresa vai ter nova audiência em Hong Kong no dia 29 deste mês, depois de ter conseguido um inesperado sétimo adiamento em Dezembro. No comunicado emitido a 1 de Janeiro, a filial de veículos eléctricos informou que vai continuar a negociar com a NWTN a possibilidade de retomar o referido acordo. De cem a zero Depois de terem estado congeladas durante mais de um ano, as acções da Evergrande NEV voltaram a ser negociadas em Hong Kong no final de Julho do ano passado, e desde então perderam 65,42 por cento do seu valor. As acções estavam actualmente a ser negociadas a 0,42 dólares de Hong Kong, muito longe do pico de 69 dólares de Hong Kong que atingiu em 2021. A empresa, que até 2020 estava focada em serviços de saúde antes da aposta em carros eléctricos, acumulou um valor de mercado de 86 mil milhões de dólares norte-americanos e o fundador do grupo, Xu Jiayin, disse em 2021 que o seu plano era reorientar a Evergrande para se concentrar neste sector na próxima década. A Evergrande NEV divulgou uma perda combinada de quase 84 mil milhões de yuans entre 2021 e 2022, e no primeiro semestre de 2023 reduziu o seu resultado negativo para cerca de 7 mil milhões de yuans. O colapso do grupo Evergrande, uma das maiores construtoras da China, marcou o início da crise no sector imobiliário do país. O passivo da empresa ascende a 328 mil milhões de dólares. No final de Setembro, a imprensa noticiou que o presidente da Evergrande, o bilionário Xu Jiayin, se encontrava em prisão domiciliária. O grupo admitiu, entretanto, que Xu estava “sujeito a medidas coercivas devido a suspeitas de crime ou delito em violação da lei”, sem avançar mais detalhes sobre a natureza das alegadas infracções.
Hoje Macau China / Ásia MancheteMNE de Singapura: Sudeste Asiático precisa de “equilíbrio de poder” e não “guerra por procuração” O ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura defendeu no sábado em Lisboa a necessidade de “um equilíbrio de poder” no Sudeste Asiático e não “uma guerra por procuração”, na tensão entre Estados Unidos e China. “O que queremos é um equilíbrio de poder no Sudeste Asiático, não um Sudeste Asiático dividido, não uma guerra por procuração de um lado ou do outro e certamente não para repetir a Guerra Fria, quando houve guerras por procuração no Sudeste Asiático”, comentou Vivian Balakrishnan, em entrevista conjunta à Lusa, DN e TSF, no seu último dia de visita oficial a Portugal. “Tanto os Estados Unidos como a China sabem qual é a nossa posição, e não há razão para mudarmos. Ambos sabem que, porque somos pequenos, abertos e expostos, temos que defender a paz e uma abordagem inclusiva”, considerou. O seu país, salientou, conseguiu cultivar “excelentes relações”, com “uma confiança muito profunda” quer com Pequim, quer com Washington, por se manter, ao longo de décadas, “consistente, honesto e transparente com os dois lados”. Sobre a relação entre estes dois países, Balakrishnan afirmou que não a descreveria como “uma inimizade”, mas como “uma relação de duas superpotências num momento de viragem muito delicado da história mundial”. Reiterou que nenhum dos lados pretende desencadear uma guerra, “mas têm de encontrar oportunidades diplomáticas e económicas para trabalhar em conjunto”. EUA e China têm uma falta de confiança estratégica, mas, sublinhou, “o conflito não é inevitável”. “Que a paz prevaleça” Este é um momento em que se procurará perceber se “as duas superpotências conseguirão chegar a um novo ‘modus vivendi’, para se darem bem, não necessariamente concordarem em tudo – isso é impossível – mas pelo menos terem um respeito mútuo, procurarem oportunidades para colaborar e estabelecer barreiras de protecção para que as áreas de desacordo não saiam do controle”, considerou. “Portanto, o nosso mundo ideal é aquele em que superamos esta situação delicada. No caso do Sudeste Asiático, o nosso paradigma é o de manter uma arquitectura regional inclusiva, onde ambas as superpotências têm interesses”, destacou. Questionado sobre as eleições presidenciais em Taiwan, que Pequim reivindica como parte do território chinês, o MNE singapurense considerou que cabe aos eleitores decidir, no próximo dia 13. “Não nos cabe expressar preferências. Os eleitores de lá, terão que decidir”, disse, ressalvando a necessidade de “líderes e políticos, em ambos os lados e em todo o espectro político, terem muito cuidado, porque na política e na diplomacia, o que dizemos e como dizemos é importante”. Balakrishnan disse esperar que “a paz prevaleça nas ruas”.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | EUA, Japão e Coreia do Sul condenam programa nuclear e laços com Moscovo Os EUA, Japão e Coreia do Sul condenaram, numa reunião em Washington, o programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte e a crescente proximidade do país com a Rússia, segundo uma declaração conjunta divulgada no sábado. Durante o encontro trilateral na capital norte-americana, realizado na sexta-feira, os países criticaram ainda as reivindicações “ilegais” de Pequim em relação ao Mar do Sul da China, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. “Condenaram o desenvolvimento contínuo pela Coreia do Norte dos programas ilegais de mísseis nucleares e balísticos, a crescente cooperação militar com a Rússia e as graves violações e abusos dos direitos humanos”, lê-se na nota, emitida pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, Chung Byung-won, e pelos homólogos norte-americano e japonês, Daniel Kritenbrink e Yasuhiro Kobe, respectivamente. Os representantes rejeitaram ainda o “comportamento perigoso” que apoia as “reivindicações marítimas ilegais” de Pequim no Mar do Sul da China, reiterando o “firme compromisso com o direito internacional, incluindo a liberdade de navegação e de sobrevoo, tal como reflectido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar”. Neste sentido, expressaram oposição “a qualquer tentativa unilateral de alterar o status quo pela força” e sublinharam o alinhamento dos três países com a questão de Taiwan, defendendo que “a paz e a estabilidade” no Estreito de Taiwan são “indispensáveis para a segurança e a prosperidade” no mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang faz disparos de artilharia pelo terceiro dia consecutivo A Coreia do Norte retomou ontem exercícios de artilharia com munições reais na costa ocidental, perto da fronteira marítima com a Coreia do Sul, informou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. As autoridades das ilhas sul-coreanas isoladas no Mar Amarelo, perto da costa norte-coreana, disseram à agência francesa AFP que tinham enviado mensagens para os telemóveis dos residentes, pedindo-lhes que ficassem em casa. “Estão a ser ouvidos disparos de canhão norte-coreanos”, alertaram as autoridades nas mensagens. Trata-se do terceiro dia consecutivo de disparos deste tipo por parte da Coreia do Norte. “As tropas norte-coreanas têm estado a disparar a partir da parte norte da ilha de Yeonpyeong desde cerca das 16:00”, disse uma fonte militar à Yonhap. A mesma fonte afirmou que “nenhum projéctil de artilharia norte-coreano caiu a sul da Linha Limite Norte [NLL, na sigla em inglês] no Mar Ocidental”. Uma zona-tampão marítima nas áreas NLL dos mares Ocidental e Oriental foi criada para evitar conflitos comerciais marítimos, em conformidade com o Acordo Militar Intercoreano de 19 de Setembro, assinado em 2018. A fonte militar disse ainda à Yonhap que não se registaram quaisquer danos do lado sul-coreano e que não estava prevista “qualquer resposta de fogo” das forças armadas da Coreia do Sul. Falso alarme? De acordo com o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, os militares norte-coreanos dispararam mais de 200 projécteis, principalmente de artilharia costeira, na manhã da passada sexta-feira. Seul disse que as forças norte-coreanas dispararam no sábado cerca de 60 projécteis, alguns dos quais caíram na zona-tampão marítima a norte do NLL no Mar Ocidental. A irmã do líder norte-coreano, Kim Jong-un, negou ontem que a Coreia do Norte tenha disparado os 60 projécteis, afirmando ter-se tratado de um engodo para testar a reacção do sul. “O nosso exército não disparou um único projéctil para a água”, disse Kim Yo-jong num comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial norte-coreana KCNA. Kim Yo-jong explicou que os soldados norte-coreanos quiseram observar a reacção das forças sul-coreanas, detonando 60 cargas explosivas que simulavam o som de um canhão. “O resultado foi exactamente o que esperávamos. Confundiram o som dos explosivos com o de um tiro de canhão, presumiram que se tratava de uma provocação de artilharia e inventaram uma mentira sem vergonha”, afirmou. “No futuro, até confundirão o estrondo de um trovão no céu do norte com fogo de artilharia do nosso exército”, acrescentou, citada pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo | Japão actualiza para 126 mortos balanço de terramoto O número de vítimas do sismo da passada semana e subsequentes réplicas não pára de subir. As difíceis condições logísticas e meteorológicas não ajudam às operações de salvamento O número de mortos do terramoto de magnitude 7,6 que atingiu o centro do Japão na segunda-feira subiu no sábado para 126, enquanto prosseguem as buscas por mais de 200 pessoas desaparecidas, anunciaram as autoridades japonesas. As buscas têm estado a ser dificultadas pelos danos nas infraestruturas e pela previsão de chuva e queda de neve na região, segundo a agência espanhola EFE. O terramoto, que atingiu a prefeitura de Ishikawa, no centro do Japão, causou danos consideráveis nas estradas, casas e outros edifícios da região. As autoridades acreditam que centenas de pessoas permanecem presas ou isoladas enquanto aguardam a chegada dos serviços de salvamento. As repetidas réplicas, incluindo uma de magnitude 5,3 registada no sábado, e as condições meteorológicas adversas têm provocado novos deslizamentos de terras e inundações nas zonas afectadas. Num balanço divulgado às 17:00 locais, as autoridades actualizaram para 126 mortos e 516 feridos os efeitos do forte sismo, a maioria dos quais nas cidades de Wajima e Suzu. Há também 210 pessoas dadas como desaparecidas e cujas identidades foram tornadas públicas numa tentativa de ajudar a localizá-las. Um deslizamento de lama provocado pela réplica de sábado arrastou dezenas de casas na cidade de Anamizu, provocando a morte de pelo menos três pessoas e deixando outras 12 soterradas, segundo as autoridades. Mais de 72 horas após a catástrofe de segunda-feira, que é considerado o tempo chave para encontrar sobreviventes, os serviços de salvamento continuavam as buscas entre os escombros dos edifícios desmoronados. As buscas abrangem também as áreas que foram soterradas por deslizamentos de terras ou inundadas pelo ‘tsunami’ desencadeado pelo terramoto, que atingiu até quatro metros em algumas zonas costeiras. Condolências globais O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pediu a todos os ministérios, agências e autoridades locais envolvidas nos esforços de salvamento para “envidarem todos os esforços para tentar salvar o maior número possível de vidas”. O apelo foi feito durante uma reunião de coordenação das operações de emergência, de acordo com os meios de comunicação social locais. Devido aos danos nas infraestruturas, as autoridades também têm tido dificuldades em transportar alimentos e água potável para as cerca de 31.000 pessoas que continuam abrigadas em cerca de 357 centros de acolhimento. O sismo de segunda-feira já é o mais mortífero no Japão desde 2011, quando um terramoto de magnitude 9,0 provocou um ‘tsunami’ que deixou mais de 20 mil mortos e desencadeou o desastre nuclear de Fukushima, o pior desde Chernobyl em 1986. Num gesto invulgar da vizinha Coreia do Norte, o líder Kim Jong-un enviou uma mensagem de condolências a Fumio Kishida, noticiou a agência oficial norte-coreana Korean Central News Agency (KCNA). O Japão recebeu anteriormente mensagens de solidariedade e promessas de ajuda do Presidente norte-americano, Joe Biden, e de outros aliados. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse que o Japão estava grato por todas as mensagens, incluindo a da Coreia do Norte. Hayashi disse que a última vez que o Japão recebeu uma mensagem de condolências da Coreia do Norte por um desastre foi em 1995.