Hoje Macau China / ÁsiaAcidente | Mais de 510 feridos no metro de Pequim devido a nevão Um embate entre dois comboios do metro em Pequim, devido aos nevões que atingiram a capital da China, resultou em 515 feridos, incluindo 102 com fracturas, informaram sexta-feira as autoridades. O acidente ocorreu na quinta-feira à noite, numa zona montanhosa no oeste de Pequim, numa parte à superfície da linha de Changping. Os carris escorregadios provocaram a travagem automática do comboio que seguia à frente. Um comboio que seguia atrás estava numa secção descendente, derrapou e não conseguiu travar a tempo, informou a autoridade municipal dos transportes, em comunicado. O pessoal médico, a polícia e as autoridades dos transportes acorreram ao local e todos os passageiros foram retirados por volta das 23 horas, segundo a mesma nota. Vinte e cinco passageiros estavam sob observação e 67 permaneciam hospitalizados na manhã de sexta-feira, de acordo com as autoridades. A neve, invulgarmente forte, que começou a cair na quarta-feira levou à suspensão de algumas operações ferroviárias e ao encerramento de escolas. Os alertas continuam a vigorar para estradas com gelo, frio extremo e queda de neve adicional. Não foram registadas mortes devido às tempestades de Inverno que atingiram uma vasta faixa do norte da China.
Hoje Macau China / ÁsiaLançado veículo experimental reutilizável para testar tecnologia A China lançou com sucesso um veículo espacial reutilizável, que vai permanecer em órbita “durante algum tempo” antes de regressar a um local designado na Terra, noticiou sexta-feira a imprensa estatal. A nave espacial foi lançada em órbita, na quinta-feira, por um foguetão Longa Marcha-2F a partir do centro de lançamento de satélites de Jiuquan, no oeste da China, de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. O veículo, que difere da nave tripulada Shenzhou e dos veículos de carga Tianzhou, que só podem ser utilizados uma vez, “vai efectuar a verificação da tecnologia reutilizável e experiências científicas espaciais, a fim de fornecer apoio tecnológico para o uso pacífico do espaço”, indicou a agência. A China tem vindo a desenvolver veículos espaciais reutilizáveis há vários anos, com o objectivo de reduzir os custos de lançamento e aumentar a frequência das missões espaciais. Em Maio passado, um veículo espacial experimental reutilizável regressou à China após 276 dias em órbita. O sucesso desse teste marcou “um avanço importante na investigação da tecnologia de veículos espaciais reutilizáveis” e proporcionou “uma forma mais conveniente e económica de ir ao espaço e regressar”. Em competição Inicialmente previsto para descolar à mesma hora, o veículo espacial reutilizável Boeing X-37B, dos Estados Unidos, continua estacionado no topo de um foguetão Falcon Heavy da SpaceX, no Centro Espacial Kennedy, na Florida, após adiamentos atribuídos a más condições meteorológicas e a problemas no local de lançamento. A missão, conhecida como USSF-52, é a sétima missão do avião norte-americano em órbita desde 2010 e a segunda viagem com um foguetão SpaceX. A Força Espacial norte-americana planeia realizar uma vasta gama de testes, incluindo a operação em novos regimes orbitais, a experimentação de futuras tecnologias de sensibilização para o domínio espacial e a investigação do efeito da radiação nos materiais. O Chefe de Operações Espaciais, General B. Chance Saltzman, disse que o futuro do X-37B podia ser mais brilhante do que nunca graças à competição da China com o Pentágono. O país asiático completou anteriormente um teste de aterragem vertical de foguetões numa plataforma em alto mar, lançando as bases para a recuperação de lançadores e a sua subsequente reutilização. Outras empresas, como a norte-americana SpaceX, desenvolveram peças recuperáveis nos últimos anos. Na última década, Pequim investiu fortemente no programa espacial e alcançou marcos importantes, como a aterragem bem-sucedida de uma sonda no lado mais distante da lua, em Janeiro de 2019, um feito que nenhum país tinha conseguido até à data, e a construção de uma estação espacial.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/EUA | Xi afirma que laços comerciais têm “perspectivas promissoras” O líder chinês, a propósito do 50.º aniversário do Conselho Empresarial EUA-China, salientou o potencial de cooperação das duas nações que pode abrir horizontes promissores e trazer benefícios globais O Presidente chinês afirmou sexta-feira que China e Estados Unidos têm “enorme potencial e perspectivas promissoras” para reforçar a cooperação económica e comercial, numa altura em que os dois países procuram melhorar as relações. “A China vai promover um desenvolvimento de alto nível e abrir-se ao mundo exterior com um ambiente empresarial internacional, legal e orientado para o mercado. Isto vai trazer mais oportunidades para as empresas de todo o mundo, incluindo as empresas americanas”, afirmou Xi Jiping, numa carta de felicitações por ocasião do 50.º aniversário da criação do Conselho Empresarial EUA-China. Os dois países têm um “enorme potencial”, “um amplo espaço de cooperação” e “perspectivas promissoras” para reforçar os laços económicos e comerciais, salientou. De acordo com Xi, estes laços “são uma parte importante da relação” e trouxeram “muitos benefícios” para ambos os lados. O líder chinês avançou ainda que “chegou a um importante consenso” com o homólogo dos EUA, Joe Biden, durante a reunião que tiveram em Novembro passado, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em São Francisco. “Tivemos uma troca de pontos de vista aprofundada sobre questões importantes relacionadas com o desenvolvimento das relações entre China e EUA. Chegámos a um importante consenso. A China está disposta a trabalhar com os EUA segundo os princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação”, afirmou o Presidente chinês. “Espero que este Conselho continue a construir pontes para intercâmbios amigáveis entre os nossos países”, acrescentou Xi sobre o órgão sediado em Washington, que foi criado pelos Estados Unidos, em 1973, para lidar com a China, antes do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Reparar estragos China e Estados Unidos estão a tentar emendar uma relação que se deteriorou, nos últimos anos, abalada por uma prolongada guerra comercial e tecnológica e diferendos sobre Taiwan, mar do Sul da China ou Direitos Humanos. Os dois lados continuam a divergir em muitas questões: por exemplo, no domingo, os Estados Unidos pediram a China para que parasse com o comportamento “perigoso e desestabilizador” no mar do Sul da China, após uma altercação entre navios chineses e filipinos em águas disputadas, que Washington descreveu como “manobras imprudentes” de Pequim. Já a China, instou sexta-feira os Estados Unidos a serem “coerentes” e “respeitadores” nas relações económicas e comerciais com Pequim e a não imporem sanções contra empresas chinesas enquanto “dizem querer cooperar” com o país asiático. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que a China “sempre acreditou que o desenvolvimento de relações económicas e comerciais saudáveis e estáveis com os Estados Unidos beneficia ambos os países e o mundo”. A porta-voz reagiu assim às recentes declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que afirmou que o papel excessivo das empresas estatais na China “limita o crescimento” e que o “controlo excessivo” por parte do aparelho de segurança “impede o investimento”. Mao acrescentou que a China está disposta a seguir os princípios do respeito mútuo e da coexistência pacífica e a promover o desenvolvimento saudável e estável das relações económicas e comerciais bilaterais entre Pequim e Washington.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Deportados 180 chineses por alegado tráfico de seres humanos As Filipinas deportaram ontem 180 cidadãos chineses detidos durante uma rusga a um presumível negócio de tráfico sexual e de burla online em Manila, disseram as autoridades. Cidadãos chineses, coreanos, vietnamitas e filipinos encontravam-se entre as cerca de 600 pessoas encontradas num edifício de Manila durante a operação realizada em outubro. Brinquedos sexuais, um salão de massagens, salas de karaoke e um restaurante foram descobertos no edifício explorado por uma empresa licenciada como firma de jogos online, indicaram as autoridades. Várias mulheres “foram resgatadas” durante a rusga, acrescentou a polícia. Os chineses deportados não tinham autorização de trabalho e estavam “envolvidos em fraudes online”, disse o subsecretário da Comissão Presidencial de Combate ao Crime Organizado, Gilberto Cruz. Outros estrangeiros detidos durante a rusga serão deportados nas próximas semanas, acrescentou. A senadora filipina Risa Hontiveros já tinha alertado para a existência de “centros de atendimento fraudulentos” a operar nas Filipinas e que empregam estrangeiros vítimas de tráfico de seres humanos no país. A comunidade internacional está preocupada com o ressurgimento de fraudes na Internet na região da Ásia-Pacífico, que dependem de vítimas de tráfico, forçadas em particular a promover falsos investimentos em criptomoeda. No relatório deste ano sobre tráfico de seres humanos, o Departamento de Estado dos EUA concluiu que as Filipinas “não investigaram nem processaram vigorosamente os crimes de tráfico de mão de obra”, ocorridos no país. “A corrupção e a cumplicidade oficial nos crimes de tráfico continuam a ser preocupações significativas”, de acordo com o documento.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong anuncia primeiro tratamento para reduzir cancro do fígado Investigadores de Hong Kong afirmaram ser os primeiros no mundo a permitir a um paciente com cancro do fígado avançado prolongar anos de vida, graças a um tratamento que reduz o tumor até um estado adequado para transplante. A Faculdade de Medicina Li Ka Shing, da Universidade de Hong Kong, anunciou, na quarta-feira, que especialistas tinham curado um doente de 65 anos com cancro do fígado em fase 4, utilizando um tratamento para “reduzir e remover” que desenvolveram, noticiou o jornal local em língua inglesa South China Morning Post. “Actualmente, não existe nenhum outro método eficaz para reduzir o cancro em fase 4 de uma pessoa, este seria o primeiro”, declarou Albert Chan Chi-yan, um dos líderes da equipa de investigação. Albert Chan disse estar “honrado por oferecer novas esperanças e possibilidades de tratamento deste tipo de cancro”. Em Novembro passado, foram dados a Wong Lok-wing seis meses de vida devido a um tumor de 18,2 centímetros de diâmetro que se espalhou pela veia porta, que drena o sangue do intestino, do pâncreas, do baço e da vesícula biliar para o fígado. Para reverter o tumor para estádio 1, os investigadores utilizaram uma combinação de radioterapia corporal estereotáxica – tratamento específico do tumor – e imunoterapia. Wong recebeu uma parte do fígado doada pelo filho durante uma intervenção cirúrgica de 12 horas, em Agosto passado, e, desde então, tem-se mantido de boa saúde, disseram os médicos. Contra as probabilidades Os especialistas asseguraram que, dos doentes com cancro do fígado, menos de um terço estava apto para se submeter a uma cirurgia ou a um transplante de fígado, as únicas opções disponíveis. Os outros tinham cerca de 30 por cento de hipóteses de sobreviver mais cinco anos, indicaram. Cerca de 100 pacientes parecem ter concordado com o tratamento, com 40 por cento a apresentarem necrose completa das células tumorais após o tratamento, enquanto mais de 10 por cento estavam aptos para outros procedimentos, como o transplante hepático. A equipa está a trabalhar na simplificação do tratamento e pediu subsídios governamentais para os medicamentos usados para encorajar mais doentes a experimentar. Para Albert Chan, esta terapia é especialmente útil para os doentes idosos e para os que não podem ser submetidos a operações de alto risco. Em 2022, 1.412 pessoas morreram de cancro do fígado em Hong Kong, que conta 7,4 milhões de habitantes.
Hoje Macau China / ÁsiaDemissão de ministros em escândalo de fraude financeira no Japão Quatro ministros japoneses apresentaram ontem a demissão, depois de o primeiro-ministro, Fumio Kishida, ter anunciado que pretendia enfrentar um escândalo de fraude financeira no seio do partido que lidera, noticiaram ‘media’ locais. “Apresentei a minha demissão ao primeiro-ministro”, declarou na manhã de ontem o braço direito de Kishida, o secretário-geral (com estatuto ministerial) e porta-voz do Governo, Hirokazu Matsuno, referindo-se às suspeitas de que é alvo. O ministro da Economia, Comércio e Indústria, Yasutoshi Nishimura, o ministro da Administração Interna, Junji Suzuki, e o ministro da Agricultura, Ichiro Miyashita, também apresentaram a demissão, juntamente com cinco vice-ministros e outros funcionários, anunciou Matsuno. “A desconfiança do público está centrada em mim em relação aos fundos políticos, o que está a levar à desconfiança em relação ao Governo. Como está a decorrer uma investigação, achei que devia esclarecer as coisas”, justificou Yasutoshi Nishimura aos jornalistas. De acordo com a imprensa, os procuradores japoneses estão a investigar suspeitas de fraude contra dezenas de membros do Partido Liberal Democrata (LDP, direita conservadora), que governa o país quase ininterruptamente desde 1955. Os meios de comunicação social japoneses têm apontado que estes membros são suspeitos de não terem declarado o equivalente a vários milhões de euros recolhidos através da venda de bilhetes para eventos de angariação de fundos, que o LDP lhes terá pago. Os investigadores estão sobretudo interessados nos membros da maior facção interna do partido, liderada pelo antigo primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado no ano passado. Estes terão recebido cerca de 500 milhões de ienes (3,2 milhões de euros) durante um período de cinco anos, até 2022. Limpeza geral Kishida, que considerou “extremamente lamentável que a situação tenha dado origem à desconfiança do público”, prometeu “tornar-se numa bola de fogo para restaurar a confiança no Governo”, anunciando que ia “fazer rapidamente nomeações”. O primeiro-ministro japonês prepara-se para substituir não só os três ministros demissionários, mas também o secretário-geral e porta-voz do Governo, Hirokazu Matsuno, notou a imprensa. No total, nove ministros e vice-ministros serão afectados pela remodelação. Todos os ministros a substituir pertencem à “facção Abe”, embora se diga que o escândalo também afecte membros do lado de Kishida, acrescentou a comunicação social nipónica.
Hoje Macau China / ÁsiaBanco Mundial | Previsão de crescimento chinês revista em baixa para 5,2% O Banco Mundial (BM) previu ontem que a economia chinesa vai terminar o ano com um crescimento de 5,2 por cento, um ajustamento em baixa da anterior previsão, feita em Junho, que apontava para 5,6 por cento. Para o próximo ano, a instituição ajustou em alta a previsão, feita em Outubro, de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 4,4 por cento para 4,5 por cento. “A possibilidade de uma recuperação lenta do sector imobiliário e a persistência de uma procura externa débil persistem. Para apoiar o crescimento, espera-se que o Governo mantenha uma orientação fiscal e monetária moderadamente expansionista em 2024”, disse o BM, sediado em Washington. O BM citou “constrangimentos estruturais” ao crescimento, como os “elevados níveis de dívida”, o “envelhecimento da população” e o “menor crescimento da produtividade do que no passado”. A instituição identificou também “riscos importantes”, incluindo “um abrandamento do setor imobiliário que pode ir além das expectativas iniciais”, “o aumento das tensões geoeconómicas” e “as alterações climáticas e a frequência crescente de fenómenos meteorológicos extremos”. A directora do BM para a China, Mongólia e Coreia, Mara Warwick, afirmou que “a flexibilização da política macroeconómica tem apoiado a recuperação a curto prazo”, acrescentando que “seria importante realizar reformas estruturais complementares para aumentar a confiança e relançar a dinâmica de crescimento, como a melhoria do quadro de resolução da dívida da China e o reforço do ambiente propício para as empresas privadas”. Entre Julho e Setembro, a segunda maior economia do mundo cresceu 4,9 por cento em comparação com o mesmo período de 2022, ainda marcado pelas consequências da estratégia ‘zero covid’, de medidas rigorosas contra a covid-19, entretanto desmantelada.
Hoje Macau China / ÁsiaDetido antigo vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da China A Procuradoria-Geral da China ordenou ontem a detenção de Zhou Qingyu, antigo vice-presidente Banco de Desenvolvimento da China, instituição do Estado chinês que é um dos principais financiadores dos países em desenvolvimento. Zhou foi acusado de aceitar subornos. A detenção surge no final de uma investigação da Comissão Nacional de Supervisão, órgão máximo anticorrupção da China, sobre suspeitas de “violações graves” da lei, informou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Ainda não foi divulgada qualquer informação sobre as datas do julgamento do antigo director financeiro. Zhou, que ocupou o cargo entre 2016 e Julho de 2022, apenas dois meses antes de completar 60 anos, está também a ser investigado desde Maio pela Comissão Central de Inspeção e Disciplina, o poderoso órgão anticorrupção do Partido Comunista da China (PCC). Em Novembro passado, aquele órgão acusou o banqueiro, nascido em 1962 na província central de Henan, de, entre outras coisas, “coleccionar e ler em privado livros e publicações sobre questões políticas sérias”, “aceitar banquetes”, “aderir a clubes privados” e “interferir de forma flagrante no recrutamento de funcionários de instituições financeiras”. Em Fevereiro passado, o PCC comprometeu-se a intensificar a campanha contra a má conduta financeira, poucos dias depois de o desaparecimento do conhecido banqueiro Bao Fan, que mais tarde anunciou estar a “cooperar numa investigação”, de acordo com o banco de investimento de que é fundador, o China Renaissance. A campanha no sector financeiro resultou na acusação de vários funcionários de organismos reguladores e de altos dirigentes de empresas.
Hoje Macau China / ÁsiaAeronaves de passageiros em exposição em Hong Kong O fabricante chinês COMAC apresentou ontem em Hong Kong os seus aviões de passageiros C919 e ARJ21, dando ao público uma visão de perto dos modelos que almejam competir com a Airbus, Boeing ou Embraer. A cerimónia de boas-vindas aos C919 e ARJ21, outro jacto fabricado pela estatal Commercial Aircraft Corp of China, teve lugar no aeroporto internacional de Hong Kong, um dia depois de ambos terem voado para fora da China continental pela primeira vez. O líder de Hong Kong, John Lee, afirmou que o sucesso da China no desenvolvimento do jacto de passageiros de grandes dimensões indica a sua “posição de liderança na indústria de fabrico de transportes”. John Lee acrescentou ainda que a visita dos dois aviões a Hong Kong demonstra a importância que a China atribui ao sector da aviação da região semiautónoma. Mais de 1.000 encomendas foram já feitas para o C919, disse Lee. O Departamento de Aviação Civil de Hong Kong participou da certificação da aeronave e do treino de pilotos. O C919 pretende concorrer com os modelos de corredor único Airbus A320 Neo e Boeing 737 MAX. Mas, embora tenha concebido muitas das peças do C919, alguns componentes-chave continuam a ser fornecidos pelo Ocidente, incluindo o motor. Futuro promissor No sábado, o C919 deverá sobrevoar o cénico porto de Victoria, dando às pessoas que se encontram à beira-mar um vislumbre do novo avião, se o tempo o permitir. Ambos os aviões vão estar em exposição no aeroporto internacional de Hong Kong até domingo e podem ser visitados por funcionários do governo, representantes da indústria aeronáutica ou grupos de estudantes. A indústria aeroespacial é vista como um passo importante no caminho traçado pelos líderes chineses para tornar a China competitiva nos sectores de alto valor agregado e numa potência inovadora. Pequim está também focado em outros sectores estrategicamente importantes, como ‘chips’ semicondutores, computadores, energias renováveis e a inteligência artificial. A China deve tornar-se num dos maiores mercados de aeronaves do mundo nas próximas duas décadas.
Hoje Macau China / ÁsiaZona norte da China prepara-se para vaga de frio Regiões do norte da China, incluindo Pequim, estão a preparar-se para uma vaga de frio que deve ser acompanhada por mais quedas de neve fortes e temperaturas negativas extremas, de acordo com os meteorologistas. As autoridades da capital chinesa emitiram alerta laranja para a queda de neve, o segundo mais elevado no sistema de alerta de quatro níveis do país asiático para o mau tempo, sendo o vermelho o mais grave, seguido do laranja, amarelo e azul. Para a queda de neve, que começou na quarta-feira e se prevê que continue até sexta-feira, são esperadas acumulações de neve de até 20 centímetros, informou ontem a agência noticiosa oficial Xinhua. A queda e acumulação de neve começou a causar perturbações na cidade, onde escolas e jardins-de-infância foram encerrados. Também os transportes públicos foram afectados. A queda de neve pode ainda causar problemas nos serviços de electricidade, com os especialistas a avisarem as empresas de energia para tomarem medidas para evitar cortes. Para além da capital, a vaga de frio vai afectar outras zonas do país. A pique O governo central emitiu ontem um alerta laranja para a maioria das regiões do país devido às baixas temperaturas, o que significa que se espera uma descida média entre 8 e 12 graus Celsius. Nalgumas províncias e regiões, como a Mongólia Interior, Shaanxi, Jilin e Liaoning, as descidas poderão ser superiores a 20 graus Celsius. As autoridades apelaram aos governos locais para que tomassem medidas de proteção, tais como o fornecimento de roupas quentes e alimentos às pessoas vulneráveis. O Governo pediu também ao público que se agasalhe bem, evite deslocações desnecessárias e se mantenha afastado das estradas e passeios gelados. O impacto da vaga de frio na China ainda não foi avaliado, mas os especialistas esperam que o tempo provoque perturbações nas viagens e na energia, bem como danos no sector agrícola. As autoridades estão a acompanhar de perto a situação e também intensificaram os serviços de limpeza de estradas e pavimentos para facilitar o tráfego.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | China critica relatório de Bruxelas cheio de “preconceitos e mentiras” As autoridades chinesas teceram duras críticas ao relatório de Bruxelas, após a última Cimeira China – UE realizada na semana passada. Pequim exorta o Parlamento Europeu as escutar as vozes daqueles que vêem a China como um parceiro importante e apelaram ao reforço do diálogo entre os dois lados A Missão da China na União Europeia (UE) criticou ontem um relatório de Bruxelas sobre a relação com Pequim que considerou estar repleto de “preconceitos e mentiras” e instou as autoridades europeias a acabar com “observações irresponsáveis”. O relatório difundido pelo Parlamento Europeu “infringe gravemente” a soberania da China, “interfere nos assuntos internos” chineses e “viola” as normas básicas que regem as relações internacionais e os compromissos políticos da UE, disse um porta-voz da Missão da China em Bruxelas, em comunicado. Em causa, está um relatório difundido pelo Parlamento Europeu sobre as relações UE – China na quarta-feira. No documento, o Parlamento Europeu reconheceu o papel da China como parceiro, mas também destacou que Pequim é um concorrente e rival sistémico da UE. “A China está a reforçar o seu papel e a sua influência sobre as instituições internacionais, com a intenção e os meios económicos, tecnológicos e militares para remodelar a ordem internacional baseada em regras”, lê-se. O Parlamento Europeu recomendou que a UE “reduza riscos no comércio com a China para garantir a autonomia estratégica aberta da Europa”. A UE deve também fazer mais para limitar o controlo por empresas chinesas sobre infra-estruturas críticas no continente, recomendou. “O relatório exagera muito as diferenças ideológicas e de valores entre a China e a UE, destacando os dois lados como rivais institucionais e até alega falsamente que a China tomou a iniciativa de mudar a natureza das relações China – UE para rivais institucionais”, disse o porta-voz. A missão chinesa acusou o relatório de fazer “observações falsas” sobre a política económica, social e externa da China e difamar a situação dos Direitos Humanos na China “com base em preconceitos e mentiras”. A Missão da China considerou que as referências no documento a questões relacionadas com Taiwan, Xinjiang, Tibete, Hong Kong e Macau “violam gravemente” a soberania da China e constituem “interferências nos assuntos internos” do país asiático. Opiniões misturadas O relatório foi publicado após a realização da 24.ª Cimeira China – UE, na semana passada, em Pequim. O porta-voz salientou ainda que, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, alguns membros afirmaram que a China é um parceiro importante da UE e apelaram a Bruxelas para que reforce o diálogo e faça uma gestão correcta das diferenças. “Estas vozes objectivas e racionais não devem ser abafadas por ruídos baseados em preconceitos ideológicos e desinformação”, disse o porta-voz. “Exortamos o Parlamento Europeu a encarar o desenvolvimento e o progresso da China de uma forma abrangente e objectiva, a respeitar o Direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, a deixar de interferir nos assuntos internos da China, a deixar de fazer comentários irresponsáveis e a fazer mais para contribuir para o desenvolvimento das relações China-UE”, disse o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaDeputada tailandesa condenada por criticar monarquia Um tribunal de Banguecoque condenou ontem uma deputada do partido da oposição Move Forward a seis anos de prisão por ter criticado, nas redes sociais, a monarquia. Rukchanok Srinork, que terá de abandonar o lugar no parlamento, encontra-se no processo de pedir a saída em liberdade sob pagamento de caução, informou a organização Advogados Tailandeses pelos Direitos Humanos (Thai Lawyers for Human Rights, TLHR). A deputada, membro da plataforma progressista que venceu contra todas as probabilidades as eleições de Maio, mas que não conseguiu obter apoio suficiente para governar, foi considerada culpada de publicar duas mensagens nas redes sociais em 2020 que criticavam a família real tailandesa. Nas mensagens na rede social X (antigo Twitter), a mulher criticou o monopólio de um laboratório ligado à monarquia no fabrico da vacina contra a covid-19 da Astrazeneca, além de ter reenviado fotografias de uma manifestação, com mensagens alegadamente antimonárquicas, referiu a TLHR. O crime de lesa-majestade é punível com penas de três a 15 anos de prisão para quem difamar, insultar ou ameaçar o rei, a rainha ou o príncipe herdeiro, numa das leis mais draconianas do mundo neste domínio. A TLHR denunciou o aumento dos casos de lesa-majestade na Tailândia desde Novembro de 2020, quando o Governo retomou a aplicação desta lei para sufocar nos tribunais o movimento pró-democracia liderado por estudantes universitários. Este movimento, no qual Rukchanok participou activamente, organizou protestos em massa em meados de 2020 e conseguiu lançar o debate público sobre o papel da monarquia, que tem vindo a perder adeptos entre os tailandeses nos últimos anos. Voto jovem Nas eleições de 14 de Maio, o Move Forward, com 14,4 milhões de votos, conquistou a preferência dos jovens manifestantes, nomeadamente devido à promessa de alterar a lei de lesa-majestade para reduzir as penas e permitir que apenas as instituições ligadas à família real apresentem queixas. Pelo menos 259 pessoas, incluindo menores, foram acusadas de lesa-majestade desde Novembro de 2020, de acordo com a TLHR, enquanto 1.890, incluindo 284 menores, foram acusadas de crimes relacionados com os protestos ou expressão política.
Hoje Macau China / ÁsiaCOP28 | “Países desenvolvidos devem assumir liderança” na transição energética A China afirmou ontem que os países desenvolvidos devem “assumir a liderança” na transição energética global e “fornecer sem demora” apoio financeiro e técnico para a transição nos países em desenvolvimento, na conclusão da COP28, no Dubai. “Os países desenvolvidos têm uma responsabilidade histórica e indiscutível no que respeita às alterações climáticas: devem assumir a liderança na meta do 1,5°C” e “alcançar a neutralidade carbónica o mais rapidamente possível”, afirmou Zhao Yingmin, vice-ministro chinês do Ambiente. A China é o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa. Quase dois terços da energia consumida no país assentam na queima do carvão. No entanto, o país é também o maior investidor do mundo em energias renováveis. Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados. O Presidente chinês, Xi Jinping, delineou, em 2020, os compromissos chineses para o clima: neutralidade carbónica “antes de 2060” e atingir o pico das emissões “antes de 2030”. Os países reunidos na cimeira do clima aprovaram ontem “por consenso” uma decisão que apela a uma “transição” no sentido de abandonar os combustíveis fósseis, anunciou o presidente da COP28, no Dubai.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Vietname reforçam relações com “comunidade de futuro comum” O Vietname e a China acordaram construir em conjunto “uma comunidade com um futuro comum que tem significado estratégico” durante a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Hanói. Xi fez o anúncio durante o seu encontro com o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh, segundo a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. O líder chinês, que nos últimos dias já tinha anunciado a sua intenção de elevar as relações com o Vietname para um novo nível, garantiu que este passo trará benefícios para os dois países e contribuirá para “a paz, a estabilidade e o desenvolvimento na região e no mundo”. Nenhum dirigente deu pormenores sobre o que implica a “comunidade de destino comum” e em que se distingue da Parceria Estratégica Global com a China, que tem 15 anos e é a mais alta designação oficial utilizada pelo Vietname para uma relação diplomática. Mas a noção lançada por Xi é vista como uma solução alternativa à arquitectura de segurança erguida pelo Ocidente depois de a Segunda Guerra Mundial. Pequim acusa a doutrina ocidental de estimular o confronto entre blocos e minar a estabilidade em diferentes partes do mundo. Hanói elevou também, nos últimos meses, os laços com os Estados Unidos, Coreia do Sul, Índia e Japão a “parceiros estratégicos abrangentes”, numa altura em que estes países tentam conter as ambições regionais da China, incluindo as suas reivindicações territoriais no Mar do Sul da China. Vietname e China mantêm laços fortes, mas também têm pontos de divergência significativos, principalmente no que se refere àquelas reivindicações territoriais. Conversas e assinaturas O Presidente chinês, que encerrou ontem a sua viagem ao Vietname com um encontro com um grupo de jovens académicos chineses e vietnamitas, reuniu também com o presidente da Assembleia Nacional vietnamita, Vuong Dinh Hue, depois de ter demonstrado que mantém boas relações com o líder máximo do Vietname, Nguyen Phu Trong, secretário-geral do Partido Comunista. O primeiro dia terminou com a assinatura, na noite de terça-feira, de 36 acordos de cooperação em domínios como a segurança, a modernização dos caminhos-de-ferro e as telecomunicações, e com os dois líderes a enaltecerem as relações entre as duas nações. Os dois países, que partilham uma fronteira de quase 1.300 quilómetros, comprometeram-se a reforçar a sua cooperação em matéria de defesa, com um memorando para a realização de patrulhas conjuntas no Golfo de Tonkin, em águas próximas dos dois arquipélagos cuja soberania Pequim e Hanói disputam: as Spratlys e as Paracels. No seu discurso, Trong abordou este ponto de fricção entre as duas nações e apelou a que os dois países resolvam os seus diferendos de forma pacífica e em conformidade com o Direito internacional. A China e o Vietname mantêm fortes laços económicos, com um comércio avaliado em 175,6 mil milhões de dólares em 2022.
Hoje Macau China / ÁsiaIA | Julgamento sobre utilização não autorizada de conteúdo gerado A utilização, com recurso à inteligência artificial, da voz de uma artista em audiolivros, sem que esta tenha dado autorização para tal, está a ser julgada após a artista vocal de apelido Yin ter apresentado queixa contra cinco empresas intervenientes no processo Um tribunal chinês iniciou esta semana um julgamento para decidir se a imitação da voz de uma pessoa com recurso à inteligência artificial (IA) pode ser considerada a sua voz original, determinando direitos de propriedade sobre conteúdo. A queixosa é uma artista vocal de apelido Yin, que descobriu, em Maio passado, que a sua voz estava a ser utilizada em muitos audiolivros que circulavam na Internet sem que ela tivesse assinado um contrato ou dado autorização para tal, informou o jornal oficial em língua inglesa China Daily. Uma investigação apurou que os infractores utilizaram uma aplicação de inteligência artificial para reproduzir a sua voz e vender os direitos sobre o conteúdo a várias plataformas, arrecadando lucros. Yin processou cinco empresas, incluindo o operador da aplicação, o fornecedor do programa de IA e uma empresa que tinha gravado a sua voz, alegando que a sua conduta e práticas violaram os direitos de propriedade sobre a sua própria voz. “Nunca autorizei ninguém a fazer negócios com a minha voz gravada, muito menos a processá-la com a ajuda de inteligência artificial, ou a vender o conteúdo gerado” através destes programas, disse Yin, em tribunal. A queixosa pediu à Justiça que ordene os arguidos a “pararem imediatamente” com a infração e imponha uma indemnização de 600.000 yuan. “Eu vivo da minha voz. Os audiolivros que utilizam a minha voz processada com inteligência artificial afectaram o meu trabalho e a minha vida normal”, afirmou. Os arguidos argumentaram que a voz processada por IA não é a mesma que a voz original de Yin e que as duas deviam ser distinguidas. Inteligência educada Citado pelo China Daily, Liu Bin, um advogado de Pequim, disse que os profissionais do Direito estão a “explorar melhores formas de resolver” os litígios relacionados com a IA. “A prática jurídica vai ajudar-nos a encontrar um equilíbrio entre os avanços tecnológicos e a protecção dos direitos”, afirmou. A China aprovou em Julho um regulamento provisório para regular os serviços de inteligência artificial generativa semelhantes ao ChatGPT, que estarão sujeitos aos “regulamentos existentes sobre segurança da informação, protecção de dados pessoais, propriedade intelectual e progresso científico e tecnológico”. Estes programas terão também de respeitar os “valores socialistas fundamentais”, a “moral social e a ética profissional” e serão proibidos de “gerar conteúdos que ameacem a segurança nacional, a unidade territorial, a estabilidade social ou os direitos e interesses legítimos de terceiros”. Vários gigantes tecnológicos chineses, como o Baidu, o Tencent e o Alibaba, introduziram serviços baseados na inteligência artificial nos últimos meses.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-soldados condenados a pena de prisão suspensa por abuso sexual no Japão Um tribunal no Japão condenou ontem três ex-soldados a penas de prisão suspensas de dois anos de prisão por abuso sexual de uma colega em 2021, um caso que se tornou um novo símbolo do movimento #MeToo no país. O veredicto de um tribunal de primeira instância de Fukushima, no nordeste do Japão, é bastante mais leve do que o pedido pelo Ministério Público, que tinha solicitado dois anos de prisão efectiva para os três arguidos. Em 2022, a ex-soldado Rina Gonoi, agora com 24 anos, disse nas redes sociais ter sido regularmente assediada e abusada sexualmente quando estava no exército, perante a inação da hierarquia militar e o indeferimento de uma primeira queixa perante os tribunais. A declaração pública, algo extremamente raro no Japão, levou o Ministério da Defesa a reabrir o caso e a dar razão a Gonoi, após uma investigação interna que levou à abertura de julgamentos civis e criminais. A vertente criminal do caso, agora decidido, tinha como alvo três ex-soldados acusados de terem simulado relações sexuais com Gonoi sob coação em 2021, mantendo-a deitada e com as pernas abertas, enquanto outros colegas do sexo masculino observavam a cena, rindo. Numa entrevista à agência de notícias France-Presse (AFP), no início de 2023, Gonoi garantiu que ir a público foi uma solução de “último recurso”, dizendo que estava mais “desesperada do que corajosa”. As acusações públicas da ex-soldado levaram mais de mil outras vítimas, homens e mulheres, a denunciar, posteriormente, actos de assédio ou violência sexual no exército japonês. Ângulos trocados Gonoi foi apontada como a figura japonesa do #MeToo, movimento que até agora teve relativamente pouco eco no arquipélago, e foi alvo de assédio e insultos nas redes sociais japonesas. “Há algo errado no Japão: as pessoas atacam as vítimas e não os autores” dos crimes, lamentou Gonoi na entrevista à AFP. Críticos argumentaram que no Japão as vítimas são frequentemente responsabilizadas por não oferecerem resistência suficiente e salientam que as pessoas que são agredidas podem não ter capacidade para se defender. Um dos pontos mais criticados da legislação japonesa em matéria de violação é a exigência de o Ministério Público ter de provar que o acusado usou “violência e intimidação”. Em Junho, o parlamento japonês aprovou o aumento da idade de consentimento sexual de 13 anos, uma das mais baixas do mundo, para 16 anos, no âmbito de uma reforma legislativa contra agressões sexuais. A reforma também clarifica os pré-requisitos para processos por violação e criminaliza o voyeurismo. Em 2019, uma série de absolvições em casos de violação desencadearam protestos em todo o país.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação | Avião C919 no primeiro voo para fora da China continental O avião C919, de fabrico chinês, completou ontem o seu primeiro voo para fora da China continental, ao aterrar em Hong Kong, numa altura em que o seu fabricante se prepara para competir com a Airbus e Boeing. O C919 e outro avião de fabrico chinês, um ARJ21, vão estar em exposição no aeroporto internacional de Hong Kong até domingo. O C919 deve efectuar um voo rasante sobre o cénico porto de Victoria, no sábado. O fabricante do C919, a Commercial Aircraft Company of China (COMAC), desenvolveu muitas das peças utilizadas no modelo, mas alguns dos principais componentes continuam a ser fornecidos pelo Ocidente, incluindo o motor. O avião de passageiros de fuselagem estreita esteve em desenvolvimento durante 16 anos e recebeu a certificação em 2022. Tem um alcance máximo de cerca de 5.630 quilómetros e foi concebido para transportar entre 158 e 168 passageiros. O C919 pretende concorrer com os modelos de corredor único Airbus A320 Neo e Boeing 737 MAX. O lançamento do C919 reflete a ambição da China de fortalecer a sua posição no mercado de aviação comercial, com o Governo chinês a ter como objectivo atingir 10 por cento de participação no mercado doméstico com este modelo até 2025. A COMAC recebeu mais de 1.200 pedidos para o C919 e pretende atingir uma capacidade de produção anual de 150 aeronaves nos próximos cinco anos, segundo anunciou anteriormente.
Hoje Macau China / ÁsiaArgentina | MNE diz que Milei valoriza laços com Pequim O novo líder argentino, Javier Milei, atribuiu “grande importância” às relações com Pequim num encontro com Wu Weihua, enviado especial do Presidente chinês à sua tomada de posse, disse ontem a diplomacia chinesa. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que Wu, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, transmitiu as felicitações de Xi a Milei. O novo Presidente argentino agradeceu ao homólogo chinês, Xi JInping, o facto de ter enviado um representante à sua tomada de posse, assegurando ao mesmo tempo ao seu interlocutor que o novo governo do país sul-americano “atribui grande importância” às suas relações com a China, afirmou Mao. Segundo a porta-voz, Milei, que afirmou nos últimos anos que “não faria negócios com a China” e que o corte de relações com o país asiático “não seria uma tragédia macroeconómica”, informou o enviado especial de Xi da sua vontade de “promover mais intercâmbios e cooperação” com Pequim “em vários domínios”. O Presidente argentino também garantiu que a Argentina “seguirá firmemente a política de ‘Uma só China'”, segundo Mao. Wu participou na inauguração de Milei em Buenos Aires na segunda-feira, a convite das autoridades argentinas. O ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse no mês passado que seria um “grande erro” para a Argentina cortar laços com “países tão grandes como o Brasil e a China”, uma possibilidade sugerida nos últimos meses por Milei e alguns de seus assessores.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | John Lee elogia afluência às urnas O chefe do Executivo de Hong Kong elogiou ontem a participação de 27,5 por cento dos eleitores na votação para os conselheiros distritais, na taxa mais baixa desde que o território regressou ao domínio chinês em 1997. As eleições de domingo foram as primeiras realizadas ao abrigo de novas regras introduzidas sob a direcção de Pequim. “A participação de 1,2 milhões de eleitores indicou que estes apoiaram as eleições e os princípios”, afirmou John Lee Ka-chiu, em conferência de imprensa. “É importante que concentremos a nossa atenção no resultado das eleições, e o resultado vai significar um conselho distrital construtivo, em vez do que costumava ser um conselho destrutivo”, afirmou. A participação de domingo foi bastante menor do que o recorde de 71,2 por cento dos 4,3 milhões de eleitores que participaram nas últimas eleições, realizadas em 2019. Lee disse que houve resistência às eleições de domingo por parte de candidatos rejeitados pelas novas regras, por não se terem qualificado ou não respeitarem o princípio de Hong Kong governado por patriotas. “Há algumas pessoas que, de alguma forma, ainda estão imersas na ideia errada de tentar fazer do conselho distrital uma plataforma política para os seus próprios meios políticos, alcançando os seus próprios ganhos em vez dos ganhos do distrito”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaÓbito | Internautas lamentam morte de médica e activista Gao Yaojie Internautas chineses prestaram ontem homenagem a Gao Yaojie, ginecologista que se tornou a mais famosa activista contra a SIDA na China antes de se exilar nos Estados Unidos, onde morreu no domingo, aos 95 anos. “Ela foi uma pessoa notável. É pena que, por razões políticas, não tenha podido morrer em casa, na China”, lamentou um utilizador da rede social Weibo, o equivalente ao X (antigo Twitter), no país asiático. Foi uma das primeiras médicas a tomar conhecimento da misteriosa doença que estava a matar aldeões em meados dos anos de 1990. Gao apercebeu-se de que um grande número de camponeses pobres tinha contraído o vírus da SIDA ao vender sangue. Os peritos estimam que, só na província de Henan, pelo menos um milhão de pessoas contraíram VIH (Vírus da imunodeficiência humana) através do comércio de sangue. Gao Yaojie tornou-se uma das activistas mais vocais sobre a situação dos doentes com SIDA na China, tendo recebido reconhecimento internacional pelo trabalho desenvolvido. Questionada sobre a morte da activista, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou apenas que “muitos profissionais de saúde deram um grande contributo para a luta e a prevenção da SIDA”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Presidente Xi Jinping de visita ao Vietname O líder chinês está no Vietname, onde deverá assinar uma série de acordos de cooperação e reforçar as ligações com o vizinho asiático O Presidente chinês, Xi Jinping, chegou ontem ao Vietname para uma visita destinada a aprofundar os laços com o país vizinho, que se tem aproximado de nações alinhadas com o Ocidente. Na primeira visita desde 2017, Xi vai reunir com o secretário-geral do Partido Comunista, Nguyen Phu Trong, o Presidente, Vo Van Thuong, e o primeiro-ministro, Pham Minh Chinh, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Vietname. A parceria estratégica abrangente, a mais alta designação oficial para uma relação diplomática, entre Pequim e Hanói, foi estabelecida há 15 anos. O Vietname tem um papel estratégico cada vez mais importante na segurança e na economia do Sudeste Asiático. Em termos ideológicos, o Vietname é próximo de Pequim. É governado por um partido comunista com fortes laços com a China. No entanto, nos últimos anos, o Vietname tem vindo a estreitar as relações com países ocidentais. Em Setembro, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou o Vietname, para assinalar a elevação da relação com os EUA ao mesmo estatuto diplomático que a China. Biden afirmou que os laços mais fortes não se destinam a contrariar a China, embora a diplomacia dos EUA na Ásia e no Pacífico se tenha concentrado em melhorar o relacionamento na área da defesa com os países precisamente com esse intuito. Em Novembro, Japão e Vietname reforçaram as relações económicas e de segurança, citando um “Indo-Pacífico livre e aberto”. Também o Japão passou a ter o mesmo estatuto diplomático que a China e os EUA. O Japão tem vindo a desenvolver rapidamente laços mais estreitos com o Vietname, sendo o terceiro maior investidor estrangeiro. Linhas de acordo Em Outubro, Xi disse ao Presidente vietnamita que, face a “paisagens internacionais em mudança”, as duas nações deviam manter-se fiéis ao progresso da “tradicional amizade”. É provável que o Vietname assine alguns acordos de infra-estruturas com Pequim, uma vez que tem prestado muita atenção ao desenvolvimento da linha ferroviária de alta velocidade construída pela China no Laos. “O primeiro-ministro vietnamita quer concentrar-se em mais infra-estruturas” por considerar “que é fundamental para o crescimento económico”, explicou Nguyen. A China tem sido o maior parceiro comercial do Vietname há vários anos, com um volume de negócios bilateral de 175,6 mil milhões de dólares, em 2022, e um excedente comercial favorável a Pequim. A China investiu mais de 26 mil milhões de dólares no Vietname, com mais de quatro mil projectos activos, de acordo com dados oficiais. A visita de Xi ao Vietname em 2017 foi para participar numa cimeira económica na cidade costeira de Danang.
Hoje Macau China / ÁsiaAzerbaijão recebe próxima cimeira do clima em 2024 O Azerbaijão, grande produtor de petróleo, será o anfitrião da conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas de 2024, a COP29, anunciou oficialmente a presidência da COP28, que decorre no Dubai. “A presidência da COP28 felicita o Azerbaijão por ter sido escolhido para acolher a COP29 no próximo ano. Esperamos trabalhar em conjunto para fazer avançar ainda mais a ação climática, garantindo que mantemos 1,5°C ao nosso alcance e não deixamos ninguém para trás”, afirmou a presidência da COP28, a cargo dos Emirados Árabes Unidos. O ministro da Ecologia e dos Recursos Naturais do Azerbaijão, Mukhtar Babayev, anunciou no sábado que “existe consenso” para que o Azerbaijão acolha a COP29, depois de a rival Arménia ter retirado a candidatura. Com esta escolha, a cimeira da ONU sobre o clima será realizada pelo terceiro ano consecutivo num país que produz petróleo ou gás. O petróleo e o gás, em conjunto com o carvão, são das principais causas do aquecimento global. As cimeiras do clima destinam-se a lutar contra o aquecimento global, e impedir que as temperaturas subam além de 2°C, ou de preferência não ultrapassem os 1,5°C em relação à época pré-industrial.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Supremo confirma retirada da autonomia de Caxemira O Supremo Tribunal da Índia aprovou ontem a decisão do Governo do primeiro-ministro, Narendra Modi, de acabar com o estatuto semiautónomo da região de Caxemira, palco há décadas de uma rebelião armada. A decisão de 2019, que permitiu a Nova Deli administrar directamente o território de Jammu e Caxemira, de maioria muçulmana, representou “o culminar do processo de integração e, como tal, um exercício válido de poder”, disseram os juízes. A última instância da Índia ordenou ainda a realização de eleições em Jammu e Caxemira até 30 de Setembro de 2024, defendendo que o território deve ser colocado em pé de igualdade com outros estados indianos “o mais cedo e o mais rápido possível”. Em resposta, Narendra Modi descreveu a “decisão histórica” do Supremo Tribunal como um “raio de esperança”. O veredicto representa “a promessa de um futuro melhor e um testemunho da determinação colectiva em construir uma Índia mais forte e mais unida”, escreveu o líder nacionalista hindu na rede social X. Modi decidiu, em 2019, abolir o estatuto semiautónomo da região de Caxemira, em vigor durante sete décadas, seguido de um esforço para acabar com a rebelião armada. Desde então, centenas de separatistas foram presos e um forte sistema de vigilância foi estabelecido “para conter actividades antinacionais”. De acordo com as autoridades indianas, pelo menos 114 pessoas foram mortas em Caxemira em conflitos este ano: 11 civis, 23 membros das forças de segurança e 80 alegados rebeldes. Caxemira, um território dos Himalaias, está dividido entre a Índia e o Paquistão, que, desde a independência, em 1947, reivindica a totalidade da soberania da região.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira | Japão e ASEAN assinalam 50 anos de relações As relações entre o Japão e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) completam 50 anos em 2023 e Tóquio irá assinalar a data com uma “cimeira especial”, anunciou ontem o Governo nipónico. O objectivo da cimeira, a decorrer no próximo fim de semana e até segunda-feira, é “reforçar ainda mais as relações entre o Japão e a ASEAN”, disse o porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, em conferência de imprensa. A reunião vai ser presidida pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, juntamente com o Presidente indonésio, Joko Widodo, e deverá apresentar uma declaração conjunta sobre o futuro dos laços entre o Sudeste Asiático e o Japão. O evento vai contar com a presença do rei e do príncipe do Brunei, do Presidente das Filipinas e dos primeiros-ministros do Camboja, de Singapura, da Tailândia, do Vietname, de Timor-Leste, do Laos e da Malásia, estando ainda previstas reuniões bilaterais e um encontro com a Comunidade Asiática de Emissões Zero (AZEC). Nos últimos 50 anos, o Japão e a ASEAN cooperaram em prol da paz, da estabilidade, do desenvolvimento e da prosperidade na região asiática, tendo estabelecido laços comerciais. No âmbito da comemoração do 50.º aniversário destas relações, foram realizados projectos nos domínios político, económico, cultural e turístico, bem como actividades para os jovens.