Número de portugueses na Tailândia aumenta 7,7% no 1.º quadrimestre

[dropcap]O[/dropcap] número de turistas portugueses que visitaram a Tailândia, entre Janeiro e Abril de 2019, cresceu 7,69%, percentagem que contraria um crescimento negativo de 1,68% na Europa, segundo a autoridade de turismo daquela região.

Em termos absolutos, nos primeiros quatro meses do ano, Portugal registou um aumento de 16.940 para 18.243 turistas, acrescenta a Autoridade de Turismo da Tailândia, citando dados oficiais do Ministério do Turismo.

“Abril foi o mês com maior número de viajantes (5.737) traduzindo-se numa taxa de crescimento de 48,74% que se justifica pelo período de férias da Páscoa, bem como pela concentração de diversas feiras de turismo, que contribuíram para alavancar as vendas, nos meses antecedentes, como foi o caso da Exponoivos, da BTL, do Mundo Abreu e da Feira das Viagens que contaram com a presença activa da Autoridade de Turismo da Tailândia na promoção do destino”, refere a mesma entidade em comunicado hoje divulgado.

Já em termos globais, no primeiro quadrimestre de 2019, o Turismo da Tailândia registou um crescimento de 2,11%, tendo a Europa, o Médio Oriente e a Oceânia registado quedas.

“As melhores ‘performances’ [comportamentos] têm-se registado na Ásia, principalmente nos países do Sul (+22,83%), e nalguns países da Europa como a Lituânia (21,25%), Ucrânia (19,25%), Polónia (15,11%), Uzbequistão (11,03%), Bulgária (8,01%) e Portugal (7,69%)”, acrescentam.

De acordo com a Autoridade de Turismo da Tailândia são esperados 40 milhões de turistas em 2019, dos quais sete milhões serão europeus.

De Portugal espera-se um contributo de 55.000 viajantes, “mantendo uma ‘performance’ de crescimento percentual acima da média”, concluem.

29 Mai 2019

Portugal assina protocolo com China para agilizar processos de internacionalização

[dropcap]O[/dropcap] Governo assinou ontem um protocolo para o reforço da cooperação com a China, que tem como objectivos a harmonização de procedimentos e a agilização dos processos de internacionalização, foi anunciado.

“Depois de ter aberto o mercado da China para a carne de suíno nacional, o Ministério da Agricultura está agora a trabalhar intensamente nos mercados da pera rocha, da uva de mesa e dos citrinos, produtos cuja negociação se encontra já numa fase bastante adiantada, tendo ficado já agendada a visita de uma missão técnica chinesa a Portugal no próximo mês de Agosto”, anunciou, em comunicado, o Governo.

Este foi o principal assunto da reunião que hoje juntou, em Lisboa, delegações dos dois países, lideradas pelo ministro da Agricultura de Portugal, Capoulas Santos, e pelo ministro da Administração Geral das Alfândegas da República Popular da China, Ni Yuefeng.

De acordo com o Ministério da Agricultura, além da pera rocha, da uva de mesa e dos citrinos, Portugal está igualmente a negociar a abertura do mercado chinês para as maçãs, arroz (‘baby rice’), kiwis, pêssegos, nectarinas, ameixas, mel, carne de aves, carne de ovino e de bovino, ovos de incubação, pintos do dia, cavalos e produtos derivados de carne de suíno.

Portugal tem com a China uma “balança comercial positiva” no sector agro-alimentar, exportando um montante global de 150 milhões de euros, valor que, para o ministro da Agricultura, tem condições para crescer.

“A China é um mercado interessante para Portugal, não só pela sua dimensão de milhões e milhões de consumidores, mas também pela apetência do próprio mercado, que procura produtos que se diferenciem pela qualidade e por elevados padrões de segurança alimentar, o que é manifestamente o caso da produção nacional”, afirmou, citado no mesmo documento, Capoulas Santos.

O líder do Ministério da Agricultura assegurou ainda que a aposta passa pela simplificação de procedimentos, “através do estabelecimento de canais bem articulados, que permitam melhorar os contactos e acelerar a capacidade de resposta das autoridades nacionais”.

29 Mai 2019

ONU diz que norte-coreanos são forçados a subornar para sobreviver

[dropcap]O[/dropcap]s norte-coreanos são forçados a pagar subornos a funcionários estatais para sobreviver e vivem diariamente num “ciclo vicioso de privação, corrupção e de repressão”, denunciam as Nações Unidas num relatório divulgado ontem.

A organização internacional diz no relatório que o suborno é “um recurso diário da luta das pessoas para fazer face às despesas” e que faz parte de um sistema que legitima as violações dos direitos humanos.

O documento, divulgado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e citado pelas agências internacionais, relata que muitas pessoas pagam subornos em dinheiro ou em géneros, por exemplo em cigarros, para não comparecerem em empregos designados pelo Estado norte-coreano, pelos quais não recebem qualquer remuneração monetária.

As pessoas ficam assim livres, conta a organização, para trabalharem e ganharem dinheiro em mercados informais, que proliferam no país devido ao fracasso do sistema público em distribuir produtos básicos.

O relatório afirma que uma carente reforma do Estado e o actual código criminal do país permite que funcionários estatais norte-coreanos possam extorquir dinheiro ou outro tipo de favores a pessoas que trabalham nestes mercados informais e improvisados, recorrendo, por exemplo, a ameaças de detenção e de prisão.

“As pessoas na Coreia do Norte estão presas num ciclo vicioso, no qual o fracasso do Estado em suprimir as necessidades básicas da vida as obriga a recorrer a mercados informais, onde enfrentam um conjunto de violações dos direitos humanos num ambiente legal indefinido”, reforça a organização, num comunicado.

Fala quem sabe

A Coreia do Norte, oficialmente uma república socialista, decidiu legalizar e regulamentar alguns destes mercados informais desde que o seu sistema de racionamento público entrou em colapso, em virtude de uma crise económica e de um cenário de fome que remonta a meados da década de 1990.

O relatório da ONU avança ainda que outros norte-coreanos subornam guardas fronteiriços para conseguir passar para a China, sendo que vários são posteriormente repatriados à força para a Coreia do Norte.

De acordo com a ONU, este relatório foi elaborado com base nos testemunhos presenciais de 214 norte-coreanos que fugiram daquele país, principalmente das províncias de Ryanggang e North Hamgyong (norte), e que vivem, na maioria, na vizinha Coreia do Sul.

29 Mai 2019

Comércio | Pequim salienta necessidade de igualdade nos negócios

[dropcap]O[/dropcap] porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang, disse esta segunda-feira que a igualdade é uma obrigação para se chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos.

O Presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira no Japão que Washington não está pronto para fazer um acordo comercial com a China, mas deixa aberta a possibilidade de que as duas nações possam chegar a um acordo em breve.

Trump previu um “bom acordo com a China no futuro, porque não acredito que a China possa continuar a pagar estas centenas de milhões de dólares em taxas”.

A posição da China tem sido consistente, disse Lu. “O atrito comercial deve ser resolvido através de consultas e negociações amigáveis, que devem basear-se no respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo”, acrescentou.

Caso à parte

O vice-reitor e professor da Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Pequim, Huang Yiping, disse que as partes normalmente se esforçam para chegar a uma resolução de ganhos mútuos nas consultas comerciais, mas o governo dos EUA é diferente, porque quer garantir apenas as suas vantagens nas negociações comerciais, disse.

Huang disse recentemente num seminário em Pequim que o governo dos EUA é, em certa medida, “irracional” nas conversações com a China. Com este pano de fundo, é difícil prever se os dois países podem alguma vez chegar a um acordo, acrescentou.

Já Wei Jianguo, ex-vice-ministro do comércio, disse que as frequentes acusações do governo dos EUA contra a China impediram a possibilidade de um acordo. Os EUA não perceberam a firme determinação da China em defender seus interesses nacionais. É impossível impor um acordo unilateral”, disse Wei, vice-presidente do Centro para o Intercâmbio Económico Internacional da China, um grupo de think tank em Pequim.

Zhang Yansheng, investigador sénior do Centro para o Intercâmbio Económico Internacional da China, disse que o governo dos EUA tem feito comentários ou movimentos inesperados, muitas vezes contraditórios, como as diversas afirmações em que se as negociações China-EUA terminassem, uma tarifa adicional de 25 por cento seria imposta às importações chinesas. Zhang Yansheng questiona ainda por que é que Washington implementou novas taxas enquanto a 11ª ronda de negociações estava em andamento. E afirma que “uma explicação é necessária.”

29 Mai 2019

Coreia do Norte descreve John Bolton como “maníaco da guerra”

[dropcap]A[/dropcap] Coreia do Norte acusou ontem o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, de ser “maníaco da guerra” por afirmar que Pyongyang violou as sanções da ONU após o lançamento de mísseis de curto alcance.

Numa nota da agência de notícias estatal KCNA, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano descreveu Bolton como “maníaco da guerra” após o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA admitir numa conferência de imprensa no sábado, em Tóquio, que “não há dúvidas” de que os recentes testes com mísseis da Coreia do Norte violaram as resoluções da ONU.

“No que diz respeito às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, como já dissemos, representam uma negação escandalosa e total do nosso direito à sobrevivência e ao desenvolvimento. Nunca as reconhecemos nem permitimos que nos restrinjam”, indicou o porta-voz.

A Coreia do Norte lançou vários mísseis de curto alcance em 4 e em 9 de Maio, em testes supervisionados pelo líder norte-coreano. Para alguns países, incluindo o Japão, as manobras violaram as resoluções da ONU.

“Os nossos exercícios não tinham ninguém como alvo, mas Bolton certamente tem uma mentalidade diferente das pessoas comuns ao insistir que são uma violação das resoluções”, refere a nota da KCNA.

Fala Donald

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou ontem, em Tóquio, que entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte existe um “grande respeito” mútuo, apesar do impasse nas negociações e dos recentes lançamentos de mísseis por Pyongyang.

“Muitas coisas boas vão acontecer com a Coreia do Norte (…) já percorremos um longo caminho”, disse Donald Trump. “Um bom respeito foi construído e sem dúvida existe um grande respeito entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte”, insistiu.

No início da visita oficial ao Japão, no sábado, o Presidente norte-americano tinha voltado a minimizar os recentes lançamentos de mísseis por Pyongyang, reiterando confiança no líder norte-coreano, Kim Jong-un.

“A Coreia do Norte disparou algumas armas pequenas, o que perturbou algumas pessoas da minha equipa, mas não a mim”, escreveu na rede social Twitter o Presidente norte-americano, que efectua uma visita oficial ao Japão até esta terça-feira. “Estou confiante que Kim irá manter a promessa que me fez”, acrescentou Trump.

28 Mai 2019

Europeias | Socialistas vencem na China, mas não têm votos na Tailândia

[dropcap]N[/dropcap]a China confirmaram-se os resultados registados em Portugal nas eleições europeias: o PS venceu com 37,5 por cento dos votos, sendo que apenas nove pessoas votaram neste partido, enquanto que o PPD/PSD ficou como segunda força política, com 25 por cento e apenas seis votos. O BE ficou em terceiro lugar com 12,5 por cento e três votos, enquanto que o CDS-PP registou 8,33 por cento dos votos.

Em Pequim, o PS também ficou à frente com 28,5 por cento dos votos, mas o BE roubou o segundo lugar ao PSD, ao conseguir 21,4 por cento dos votos. O CDS-PP ficou em terceiro lugar com 14,29 por cento. No caso de Xangai, os votos encaminharam-se apenas para o PS e PSD, sendo que o primeiro ficou à frente com 50 por cento. Cada partido ganhou cinco votos, sendo que não houve mais votos para os restantes candidatos.

No que diz respeito aos restantes países da Ásia, houve oscilações entre o PS e PSD, apesar de ainda não estarem contabilizados os votos da Coreia do Sul. No Japão, o PSD e PS empataram com 25 por cento dos votos, tendo o BE sido a terceira força política, com 16,6 por cento. Na Indonésia votaram apenas três pessoas de um total de 102 recenseados, sendo que o PAN, PSD e PS ganharam os votos.

Na Tailândia, onde votaram apenas dez pessoas, o PS não recebeu qualquer voto, tendo o PSD ficado à frente com 30 por cento, o CDS-PP em segundo lugar com 20 por cento e o Aliança, de Pedro Santana Lopes, com dez por cento e um voto, tal como o PAN e o BE.

Em Timor-Leste o PSD ficou à frente com 31,37 por cento dos votos, seguindo-se o PS com 29,4 por cento. O CDS-PP foi a terceira força política com 9,8 por cento. No total, votaram 51 pessoas no país. Em Singapura votaram 76 eleitores, que deram a vitória ao PSD, que registou 21 por cento dos votos.

28 Mai 2019

Hong Kong | Protestos assinalam 30 anos de Tianamnen

[dropcap]M[/dropcap]ais de duas mil pessoas participaram ontem numa marcha em Hong Kong, para recordar os 30 anos do massacre na Praça de Tiananmen, em Pequim, que matou milhares de estudantes que participavam num protesto pró-democracia.

As iniciativas que assinalam o massacre são estritamente proibidas na China continental, mas, em Hong Kong, um grupo de manifestantes quis evocar os acontecimentos de 1989, para que ninguém os esqueça.

Ontem, milhares manifestaram-se nas ruas usando guarda-chuvas amarelos com o ‘slogan’ “Apoie a liberdade, oponha-se às leis do mal”.

Outros carregaram um caixão preto e houve ainda quem empurrasse cruzes brancas com rodas e os números 6 e 4, numa alusão ao dia e mês do massacre: 4 de Junho de 1989.

Entre 15 de Abril e 4 de Junho de 1989, estudantes e jovens intelectuais chineses usaram a Praça Tiananmen como palco de contestação ao governo, que consideravam demasiado repressivo e corrupto.

Os protestos terminaram a 4 de Junho de 1989, depois de os líderes do Partido Comunista da China terem ordenado aos militares que retomassem a Praça Tiananmen.

O ataque, ocorrido na noite de 3 para 4 de Junho de 1989, provocou centenas a milhares de vítimas entre os manifestantes, conforme os números que foram publicados pela imprensa internacional da época, os divulgados pela Cruz Vermelha e os anunciados pelos sobreviventes.

27 Mai 2019

Brasil é parceiro no processo de multipolarização mundial, diz Xi Jinping

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou sexta-feira que tanto a China quanto o Brasil, os maiores países em desenvolvimento do oriente e do ocidente, são “duas importantes forças no processo de multipolarização mundial”.

O líder chinês falava no final de um encontro com o vice-Presidente do Brasil, Hamilton Mourão, que se encontra em visita oficial à China desde a passada quarta-feira, dia 22 de Maio, precisamente numa altura em que em que assume particular relevância o momento de tensão, económica, entre Pequim e Washington, representante, segundo o gigante asiático, de um mundo unipolar.

“O respeito, a confiança e o apoio mútuo servirão para converter a relação entre a China e o Brasil num modelo de solidariedade e cooperação entre os dois países em desenvolvimento, e numa força importante para promover a paz e o desenvolvimento mundiais”, considerou Xi Jinping, citado, segundo a Efe, pela televisão estatal CCTV.

Para Xi Jinping, ambos os países “são importantes mercados emergentes” com “um grande potencial para o desenvolvimento”, pelo que o chefe de Estado chinês convidou o Brasil a participar na iniciativa chinesa de construção de infraestruturas, denominada “Nova rota da seda”.
Hamilton Mourão afirmou, em relação a este tema, que “o Brasil está disposto a promover a convergência dos seus planos de associação em matéria de investimentos com a iniciativa [da Nova rota da seda]”, assim como a alargá-los à cooperação em matéria de comércio, ciência e tecnologia e inovação.

O vice-Presidente brasileiro sublinhou o que, na sua opinião, é uma “importante contribuição da China para a promoção do crescimento económico mundial”, ao mesmo tempo que considerou o país asiático como “um parceiro estratégico fiável e de confiança” e convidou Pequim a aumentar o investimento directo no Brasil, um dos objectivos da visita oficial que terminou sexta-feira.

Pesos na balança

A visita de Hamilton Mourão serviu ainda para preparar a deslocação oficial à China do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, no segundo semestre deste ano.

Antes de ser recebido por Xi Jinping, Mourão reuniu-se com vários empresários chineses, entre os quais o vice-presidente e engenheiro-chefe da China Communication and Construction Company (CCCC), Sun Ziyu, e o presidente do conselho de supervisão e do conselho fiscal da empresa da gigante tecnológica Huawei, Li Jie.

A visita de Mourão permitiu a Pequim reforçar garantias às suas alianças com as economias emergentes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), num momento de desencontro com os Estados Unidos.

Neste contexto, um enviado de alto nível de Xi Jinping assistiu sábado, em Pretória, à tomada de posse do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, e prevê-se que o próprio chefe de Estado chinês visite o Brasil em Novembro, data em que decorrerá a cimeira dos BRICS em Brasília.

A China é desde 2009 o principal parceiro comercial do Brasil, O volume de negócios na balança comercial entre ambos os países alcançou os 98.900 milhões de dólares no ano passado, de acordo com dados oficiais.

27 Mai 2019

Chile desmantela vasta rede de imigração ilegal chinesa

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades chilenas desmantelaram uma rede de contrabando de migrantes que conduziu ao país sul-americano pelo menos 381 cidadãos chineses, indicou no sábado a polícia local.

Nove pessoas foram detidas, incluindo dois ex-funcionários e um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros chileno. A rede operava desde 2016 e fornecia a cidadãos chineses, a troco de 5.000 dólares, “falsas cartas-convite para entrar no Chile”, explicou à imprensa um alto funcionário da polícia, Hector Gonzalez. A subsecretária de Prevenção Criminal Katherine Martorell disse tratar-se da “maior rede de tráfico de pessoas existente na história do país”.

Através das cartas, os migrantes chineses conseguiram obter vistos alegando serem “empresários a negociar contratos”, apontou Martorell. Uma vez no Chile, “foram contratados por empreendedores, geralmente chineses, que lhes deram trabalho”, acrescentou.

26 Mai 2019

Raro panda albino avistado em reserva natural na China

[dropcap]U[/dropcap]m raro panda albino foi avistado em Abril numa reserva natural na província de Sichuan, no sudoeste da China, noticiou hoje a imprensa local.

“A julgar pelas fotografias, é um panda albino com um ou dois anos”, disse o investigador da Universidade de Pequim Li Sheng, citado pela agência oficial de notícias Xinhua. As imagens do animal foram captadas por uma câmara infravermelha a cerca de 2.000 metros acima do nível do mar.

O panda foi avistado a passear na Reserva Natural de Wolong, conhecida como a casa dos pandas gigantes, espécie ameaçada que tem sido alvo de vários programas de preservação nos últimos anos.

Este panda, sem manchas no corpo e com os olhos aparentemente vermelhos, prova que “os genes do albinismo existem na população de pandas gigantes selvagens em Wolong”, indicou o especialista.

“O panda parecia forte e os seus passos eram estáveis, um sinal de que a mutação genética” não impediu o seu desenvolvimento, disse Li. Os pandas gigantes selvagens vivem em zonas isoladas e montanhosas e são vistos muito poucas vezes no ‘habitat’ natural.

26 Mai 2019

Washington pressiona Seul a afastar Huawei da rede 5G no país

[dropcap]O[/dropcap]s Estados Unidos manifestaram à Coreia do Sul preocupação com a instalação da tecnologia Huawei na rede 5G (quinta geração) do país e apelaram ao Governo sul-coreano que adopte um plano rigoroso de segurança e pondere outros fornecedores.

“Preocupa-nos que a China possa forçar as suas empresas fornecedoras de equipamentos a agir contra os interesses dos cidadãos dos EUA e de outros países”, disse um porta-voz do Departamento de Estado à agência sul-coreana Yonhap.

“Instamos todos os países a adoptarem um quadro de segurança sem riscos para a construção de redes 5G”, acrescentou. Donald Trump decidiu na semana passada proibir as exportações de produtos tecnológicos norte-americanos para determinadas empresas consideradas de “risco”, tendo em vista a Huawei.

Como consequência imediata do anúncio de Washington, a Google anunciou no domingo que iria romper com a Huawei. O grupo chinês depende do gigante norte-americano da Internet para o sistema Android, instalado na maioria dos ‘smartphones’ no mundo.

Sem o Android, a Huawei arrisca-se a não conseguir convencer os clientes a comprarem os telefones da marca sem aplicações Gmail (correio), Maps (cartografia) ou YouTube (plataforma de vídeos), apenas algumas das mais conhecidas.

Perante a inquietação dos utilizadores e das empresas norte-americanas, os Estados Unidos concordaram em fazer um adiamento de 90 dias antes de imporem sanções para que a Huawei e os seus parceiros se adaptem.

Presente em 170 países, a Huawei é suspeita de espiar para Pequim, que terá contribuído largamente para a expansão internacional da empresa chinesa.

24 Mai 2019

Taiwan celebra hoje primeiros casamentos gay na Ásia

[dropcap]D[/dropcap]ois casais taiwaneses protagonizaram hoje, em Taipé, os primeiros casamentos gay no continente asiático, uma semana depois de o parlamento da ilha ter legalizado a união entre casais do mesmo sexo.

No passada sexta-feira, dois anos após uma decisão histórica do mais alto tribunal da Ilha Formosa, o parlamento de Taiwan legalizou o casamento homossexual, marcando o culminar de três décadas de luta pela igualdade de direitos.

Os deputados taiwaneses aprovaram por larga maioria uma lei que permite que casais do mesmo sexo formem “uniões permanentes exclusivas” e uma cláusula que lhes permite solicitar a inscrição pela administração no registo de casamentos.

A votação, que confirmou a posição de Taiwan na vanguarda dos direitos dos homossexuais asiáticos, foi uma vitória dos grupos de direitos LGBTI (Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgéneros) que se mobilizaram durante anos para obter os mesmos direitos ao casamento de que beneficiam os casais heterossexuais.

Em Maio de 2017, o Tribunal Constitucional de Taiwan emitiu um acórdão que julgava inconstitucional privar casais do mesmo sexo do direito de se casarem. O Tribunal deu então até 24 de maio de 2019 [hoje] ao Governo para alterar a lei.

Apesar da resistência da oposição conservadora, que chegou a organizar uma série de referendos, o parlamento aprovou o texto na sexta-feira passada, precisamente no Dia Internacional Contra a Homofobia e a Transfobia.

24 Mai 2019

Presidente dos EUA inicia sábado visita ao Japão com Coreia do Norte na agenda

[dropcap]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, inicia sábado uma visita ao Japão, com uma agenda focada no reforço das relações bilaterais e no impasse das negociações com a Coreia do Norte.

Trump será o primeiro governante estrangeiro a ser recebido pelo novo imperador do Japão, Naruhito, que subiu ao trono no dia 1 de Maio na sequência da abdicação do seu pai, o agora imperador emérito Akihito.

A visita do chefe de Estado norte-americano prolonga-se até 28 de Maio e inclui reuniões oficiais e momentos de lazer com o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, que esteve em Washington em Abril.

Na segunda-feira, os dois líderes irão debater os desafios colocados pela Coreia do Norte à comunidade internacional, num momento em que as negociações com os Estados Unidos se encontram estagnadas, indicaram fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão.

De acordo com as mesmas fontes, Trump e Abe “irão coordenar estreitamente as suas políticas” sobre esta questão, sensível após o fracasso da última cimeira entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder norte-coreano, Kim Jung-un, no final de Fevereiro em Hanói.

Trump chega ao Japão quando Tóquio e Washington discutem um novo acordo comercial, embora não se espere grande progresso nesse sentido, segundo fontes norte-americanas.

O Presidente dos EUA, que volta ao Japão no final de junho para participar na cimeira do G20, chega no sábado à tarde, mas não estão previstos contactos oficiais com Abe antes de domingo.

24 Mai 2019

Universidade do Porto inaugura hoje Instituto Confúcio

[dropcap]A[/dropcap] Universidade do Porto (UP) vai inaugurar esta sexta-feira, 24, o Instituto Confúcio do Porto com o objectivo de “aproximar os estudantes e a cidade à língua e à cultura chinesas”, revelou ontem um dos directores da nova instituição.

Em declarações à agência Lusa, João Veloso, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e um dos directores desta nova instituição, explicou que, ao estar inserido na “estratégia de internacionalização” da Universidade, o Instituto Confúcio do Porto pretende “alargar os horizontes culturais dos estudantes”.

“Queremos alargar a oferta educativa dos estudantes através da possibilidade de frequentarem cursos de língua diferentes daquelas que já existem e, no caso, o chinês é uma língua com uma projecção global e com uma importância estratégica e económica”, apontou.

O Instituto Confúcio do Porto, que nasce de uma parceria com a Universidade Guangzhou, na China, é o quinto a funcionar em território nacional e, além de cursos de língua direcionados aos estudantes, vai também oferecer à comunidade “actividades regulares”, como sessões de cinema, exposições de arte, feiras do livro, cursos de culinária, de caligrafia, de dança e até de artes marciais.

Mais cultura

Segundo João Veloso, as actividades do instituto vão ser leccionadas por dois professores chineses e estão previstas iniciar entre Setembro e Outubro.

“Os primeiros cursos a abrir serão de nível básico de língua chinesa e só depois é que vamos ter mais novidades, mas a ideia é oferecer cursos não só de língua, por exemplo, aproveitando os sábados para oferecer cursos gratuitos em temas específicos da cultura chinesa”, esclareceu.

À Lusa, o professor da FLUP adiantou que um dos objectivos da instituição passa também por “aproximar” a comunidade falante chinesa residente na região norte do país que, apesar de ser “muito numerosa, não está tão integrada nos circuitos culturais portugueses como a sua dimensão poderia levar a supor”.

A inauguração do Instituto Confúcio do Porto, que vai ficar instalado no edifício da antiga Livraria Leitura, conta com a presença do embaixador da China em Portugal e dos representantes das Universidades envolvidas.

24 Mai 2019

Taiwan | Navios dos EUA passam no Estreito e podem provocar incidente

A entrada de dois navios de guerra norte-americanos no Estreito de Taiwan prometem vir a agitar ainda mais as já de si pouco tranquilas relações entre os dois gigantes económicos mundiais

 

[dropcap]D[/dropcap]ois navios de guerra dos Estados Unidos navegaram no Estreito de Taiwan, informou ontem o Ministério da Defesa de Taiwan, numa operação que poderá provocará indignação em Pequim, que reivindica a soberania sobre esse braço de mar.

Os navios entraram na quarta-feira no estreito pela entrada sudoeste, de acordo com uma indicação do Ministério, que não especificou a identidade destes barcos. O Estreito de Taiwan fica localizado no Mar da China Meridional.

O exército taiwanês “vigia de perto todo o processo e movimentos no espaço aéreo e nos mares vizinhos, de acordo com os protocolos destinados a manter a paz e a estabilidade na região”, referiu o Ministério.

A Marinha dos EUA conduz rotineiramente as chamadas operações de “liberdade de navegação” no estreito que separa a China continental de Taiwan, o que tem causado respostas musculadas de Pequim.

De acordo com os media de Taiwan, a passagem dos navios norte-americanos na quarta-feira é a quinta desde o começo do ano.

Da História

Os Chineses consideram Taiwan como parte de seu território. No entanto, a ilha tem desde 1949 um Governo independente, que foi formado após a guerra civil e a implantação do comunismo na China.

Taiwan tem a sua própria bandeira e moeda, mas não é reconhecida como um estado independente pela ONU. Pequim ameaça recorrer à força em caso de proclamação de independência da ilha ou de uma intervenção externa.

Neste contexto, Pequim considera a passagem de navios estrangeiros no estreito como uma violação da sua soberania. Os EUA e outros países, no entanto, vêem este braço do mar como parte de águas internacionais e, portanto, aberto a todos.

A entrada de uma fragata francesa no estreito, no início de Abril, deu origem a um incidente naval entre a França e a China, quando os navios chineses “ordenaram a partida do navio francês”.
Washington rompeu relações diplomáticas com Taipei em 1979 para reconhecer Pequim, mas continua a ser o aliado mais poderoso da ilha e o seu principal fornecedor de armas.

24 Mai 2019

Presidente chinês alerta para dificuldades criadas pela guerra comercial com EUA

[dropcap]O[/dropcap] Presidente da China, Xi Jinping, alertou ontem o povo chinês para os “riscos e desafios” da “situação difícil” criada pela guerra comercial com os EUA, de acordo com declarações divulgadas pela agência estatal Xinhua.

“O nosso país encontra-se numa fase de procurar oportunidades estratégicas para o desenvolvimento, mas a situação internacional está cada vez mais difícil”, disse o Presidente chinês, durante uma visita à província de Jiangxi, no sul do país.

Xi dirigiu-se aos cidadãos para os alertar para o contexto “complexo e desfavorável” que enfrenta a economia do país, incentivando-os a estar preparados para “superar riscos e desafios”.

As declarações de Xi ocorrem no momento em que a guerra comercial entre a China e os EUA continua numa escalada, sobretudo depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter declarado sanções à empresa de tecnologia chinesa Huawei, considerando que a sua tecnologia de comunicações 5G coloca riscos de espionagem.

Empresas como a Google anunciaram esta semana que vão deixar de facilitar e permitir que a Huawei use o seu sistema operativo, Android, com o qual operam os telemóveis da empresa chinesa.

A Huawei terá agora três meses para a fase de transição facilitada pelo governo norte-americano, antes de ficar exposta às sanções anunciadas por Donald Trump. Outras empresas norte-americanas de processadores informáticos como a Intel, Qualcomm, Xilinx e Broadcom, a empresa alemã Infineon Technologies e fabricantes de ‘chips’ como a US Micron Technology e Western Digital vão também deixar de fornecer a Huawei, cumprindo as instruções de Trump, o que pode atrasar os planos de adoção da rede 5G em todo o mundo.

A directora financeira e filha do fundador da Huawei, Meng Wanzhou, também se encontra em liberdade condicional sob fiança no Canadá, após ter sido detida naquele país a pedido dos EUA, que acusou a empresa chinesa de violar as sanções impostas ao Irão.

O fundador e CEO da Huawei, Ren Zhengfei, tentou minimizar as sanções dos Estados Unidos, dizendo que a sua empresa está vários anos à frente dos seus concorrentes, na tecnologia 5G.

23 Mai 2019

Aliados de Duterte dominam novo Senado nas Filipinas

[dropcap]A[/dropcap] Comissão Eleitoral das Filipinas anunciou ontem, com vários dias de atraso, os resultados das eleições intercalares nas Filipinas, nas quais os aliados do Presidente Rodrigo Duterte esmagaram a oposição.

Os senadores que vão ocupar os 12 lugares da câmara alta, a mais influente e independente do país – o Senado, com um total de 24 lugares – foram apresentados numa cerimónia formal no Centro de Convenções Internacionais das Filipinas.

Com a oposição de fora, a agenda legislativa de Duterte, que inclui medidas controversas, como a reintrodução da pena de morte ou a redução da idade de responsabilidade criminal de 15 para os 12 anos, poderá prosseguir sem obstáculos.

A coligação partidária regional Hugpong ng Pagbabago, criada pela filha do chefe de Estado, Sara Duterte, conquistou nove dos 12 lugares em disputa no Senado. Os membros da coligação incluem vários amigos pessoais da família e ex-assessores da administração.

À cabeça dos “Magic 12”, como são conhecidos estes senadores, foi reeleita a senadora Cynthia Villar, aliada de Duterte e esposa de Manuel Villar, dono da maior fortuna do país.

O ex-assessor de Duterte Bong Go e o chefe da Polícia Nacional durante as operações mais sangrentas da guerra contra as drogas, Ronald de la Rosa, também obtiveram assentos. A oposição criticou a falta de experiência política dos dois novos senadores.

No topo
As eleições intercalares, realizadas em 13 de Maio, reforçaram o poder do Presidente filipino, que chegou a este escrutínio com uma popularidade superior a 80 por cento.
A jornalista filipina Maria Ressa, distinguida pela revista Time como uma das personalidades do ano em 2018, afirmou na sexta-feira, em Hong Kong, que estas eleições foram “um referendo à popularidade” de Duterte, que já prometeu reformar a Constituição filipina para permanecer mais tempo no poder. O mandato de seis anos de Duterte termina em 2022.
Cerca de 62 milhões de filipinos foram chamados a votar para escolher cerca de 18 mil cargos públicos.
O anúncio dos resultados foi adiado três vezes devido a problemas com as máquinas de contagem, o que provocou críticas de alguns sectores por falta de transparência.

23 Mai 2019

Alemanha | Dois activistas de Hong Kong com estatuto de refugiado

Fizeram parte dos confrontos com as forças policiais durante a manifestação em Fevereiro de 2016, conhecida como a “revolução das bolinhas de peixe”. Fugiram de Hong Kong em 2017 e são agora confirmados como refugiados a viver na Alemanha

 

[dropcap]D[/dropcap]ois activistas pró-democracia em Hong Kong, Ray Wong e Alan Li, procurados pelas autoridades daquela Região Administrativa Especial chinesa e antiga colónia britânica, receberam o estatuto de refugiados na Alemanha, declarou um deles à agência de notícias francesa AFP.

Ray Wong disse à AFP, por telefone, que havia fugido com Li para a Alemanha. A localização dos dois dissidentes chineses não era conhecida anteriormente.

O activista referiu que até mesmo a sua família não sabia onde estava até Maio de 2018, quando recebeu o estatuto de refugiado na Alemanha. Não ousou contactar os seus familiares antes por temer que as suas comunicações estivessem a ser objecto de vigilância pelas autoridades de Hong Kong.

Ray Wong e Alan Li, que participaram nos violentos confrontos com a polícia em 2016, deveriam ter comparecido diante da justiça sob a acusação de participação em tumultos, mas fugiram de Hong Kong em Novembro de 2017.

A justiça de Hong Kong emitiu mandados de prisão, mas entretanto, o julgamento foi realizado à revelia. Após deste julgamento em 2018, o activista pró-independência Edward Leung, também preso na manifestação de Fevereiro de 2016, conhecida como a “revolução das bolinhas de peixe”, foi condenado a seis anos de prisão.

O petisco esteve na origem de confrontos quando a polícia começou a fechar barracas de bolinhas na área pedestre de Mong Kok por não terem licença, tendo na ocasião sido registados confrontos entre os manifestantes e as forças policiais.

Lei polémica

Wong decidiu quebrar o silêncio por causa de um projecto do Governo de Hong Kong que autoriza a extradição para a China continental. “A coisa mais importante é continuar a falar e garantir que todo o mundo saiba que as pessoas em Hong Kong não aceitarão esta lei”, disse.

O projecto provocou grandes manifestações e a preocupação de empresas e Governos estrangeiros, já que poderia reduzir a atracção pelo centro financeiro. Hong Kong tem actualmente um sistema legal diferente do da China.

Wong, de 25 anos, que actualmente mora em Göttingen, na Alemanha, disse à AFP que deseja estudar filosofia e ciência política se o nível do seu alemão for considerado satisfatório.

O estatuto de refugiado permite a Wong e a Li viverem, trabalharem e estudarem na Alemanha por um período inicial de três anos, que pode ser prolongado.

Um porta-voz do Ministério do Interior alemão disse ontem aos jornalistas que “dois pedidos de asilo foram aceites em 2018” e que dizem respeito a pessoas de Hong Kong.

As manifestações em Fevereiro de 2016, marcadas por motins que deixaram muitos feridos no distrito comercial de Mong Kok, foram organizadas por activistas que pediam mais liberdade e até a independência, provocaram a ira de Pequim.

Ray Wong assegurou que desde então se tornou mais moderado. “No momento, eu não defendo a independência para Hong Kong”, disse.

23 Mai 2019

Engenharia | Portugal e China vão criar escola conjunta

[dropcap]P[/dropcap]ortugal e China vão criar uma escola conjunta que agregará a Universidade de Lisboa e a de Xangai e que será dedicada sobretudo às áreas de engenharia, disse ontem o reitor da Universidade de Lisboa.

“Se tudo correr bem, no próximo ano é já possível termos a ‘joint school’ a funcionar em Xangai”, disse à Lusa António Cruz Serra, à margem do encontro “Anos de cooperação entre Portugal e China”, a decorrer em Lisboa.

De acordo com o reitor, a ‘joint school’ permitirá aos alunos “fazer o curso em Xangai e parte em Lisboa”, sendo o grau académico atribuído pelas duas universidades.

O projecto encaixa-se no âmbito da cooperação entre instituições do ensino superior dos dois países que já “abrange 64 universidades chinesas”, referiu António Cruz Serra.

Em estudo está também a “criação de uma universidade conjunta”, desta vez incluindo um grupo privado, e que significa “uma participação em pé de igualdade da universidade estrangeira [neste caso, portuguesa] e da universidade chinesa”.

Um projecto que ainda terá de passar pela aprovação dos ministérios da Educação dos dois países, mas em que a China já tem experiência.

“São uma experiência chinesa desde o início do século XXI e começaram com universidades inglesas”, explicou o responsável da Universidade de Lisboa, adiantando que, neste caso “é mandatório ter um terço dos docentes de cada universidade”.

Actualmente, e de acordo com Cruz Serra, existem 1.100 alunos chineses em Portugal, dos quais cerca de 20 por cento estão na Universidade de Lisboa.

22 Mai 2019

Blogger chinesa condenada a quatro anos de prisão por literatura homossexual

[dropcap]U[/dropcap]ma ‘blogger’ chinesa foi condenada a quatro anos de prisão na China por ter publicado e vendido livros com cenas eróticas homossexuais, noticiou ontem a imprensa local.

A escritora, conhecida como Tang, foi condenada por “operações comerciais ilegais” que “afectaram seriamente a ordem do mercado”, de acordo com fontes citadas pela imprensa.

Além da ‘blogger’, dois outros proprietários de uma loja da popular plataforma de comércio electrónico ‘Taobao’ foram condenados a três anos e meio de prisão, enquanto três dirigentes de uma fábrica de impressão foram condenados a dois anos e meio.

Tang foi detida em Dezembro de 2017 pela polícia na cidade central de Wuhan, depois de publicar e vender romances considerados ilegais por não terem sido aprovados por agências governamentais e não terem um número de registo.

Segundo a imprensa estatal, os cinco livros escritos pela ‘blogger’ continham cenas “lascivas de sexo homossexual”. A autora terá ganho com as publicações um total de 1,18 milhões de yuans, factor que, segundo o advogado Lü Xiaoquan, citado pelo jornal Global Times, foi fundamental para aumentar a pena de prisão.

“Para os livros publicados por razões científicas ou de utilidade pública, os tribunais tendem a conceder uma punição menos severa”, explicou o advogado.

Actos anormais

Esta sentença surge meses depois de tribunais chineses terem condenado outra escritora chinesa a dez anos e meio de cadeia pela publicação de um romance erótico com protagonistas homossexuais, uma pesada sentença que causou choque e indignação no país.

Embora a homossexualidade seja legal na China desde 1997 e tenha sido desclassificada como doença mental em 2001, uma grande maioria dos chineses continua a encarar a homossexualidade como uma doença.

Na constituição chinesa, a homossexualidade é considerada um “acto anormal”, de tal forma que as autoridades desenvolveram diferentes regulamentações para censurar a disseminação de conteúdo ‘gay’. Mais de 70 milhões de homossexuais no gigante asiático carecem de qualquer tipo de protecção.

22 Mai 2019

Hong Kong | Retida ex-procuradora filipina que processou Xi Jinping no TPI

Conchita Carpio Morales apresentou, em Março, juntamente com o ex-secretário dos Negócios Estrangeiros filipino e vários pescadores, uma queixa contra o Presidente chinês no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade e danos ambientais. Em causa está a ocupação chinesa de ilhotas e recifes, contestada pelas Filipinas, no Mar do Sul. Foi detida no aeroporto de Hong Kong, acusada de ameaça à segurança nacional

 

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas retiveram a ex-procuradora Conchita Carpio Morales, que em Março iniciou uma acção legal contra o Presidente chinês, Xi Jinping, perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade e danos ambientais.

A ex-defensora pública filipina, de 78 anos, foi retida pelo departamento de imigração do aeroporto de Hong Kong como uma “ameaça à segurança nacional”, disse a sua advogada, Anne Marie Corominas, num comunicado à imprensa.

Conchita Carpio Morales, uma figura respeitada nas Filipinas e que se reformou no Verão passado, viajou para Hong Kong a partir de Manila, acompanhada do seu marido, filho, nora e dois netos, embora apenas a ex-Defensora tenha sido transferida para os escritórios de imigração do aeroporto na chegada.

“Como pode uma ex-defensora pública, que se dedicou ao combate à corrupção, ser uma ameaça à segurança da China?”, questionou a advogada.

“O Presidente Xi tem medo dela? A única coisa que fez foi exercer o seu direito como cidadã filipina de comparecer perante o TPI”, acrescentou a advogada, a quem Conchita Morales conseguiu enviar uma mensagem de texto para relatar a sua situação.

Disputas marítimas

A ex-Defensora, o ex-secretário dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, Albert del Rosario, e um grupo de pescadores afectados pelas actividades da China nas águas das Filipinas apresentaram uma queixa em Março contra Xi Jinping.

Os queixosos acusaram Xi e outras autoridades chinesas de cometerem “crimes envolvendo danos ambientais maciços, quase permanentes e devastadores em várias nações”, uma vez que a China ocupou várias ilhotas e recifes, cuja posse é contestada por vários países da região.

Alegam ainda que os danos ambientais começaram quando o Governo de Xi Jinping empreendeu “um plano sistemático para tomar o Mar do Sul da China”, de vital importância geoestratégica, onde circula 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento da pesca mundial, além de possíveis depósitos de gás e petróleo.

Os signatários da acção argumentam que o TPI tem jurisdição sobre o caso porque os “crimes” da China ocorreram quando as Filipinas ainda era membro do Tribunal.

O país deixou de ser membro do TPI a 17 de Março, por ordem do actual Presidente do país, Rodrigo Duterte, acusado naquele tribunal de crimes contra a humanidade devido à sua guerra contra as drogas nas Filipinas.

O Tribunal Arbitral de Haia atribuiu em 2016 a posse de vários territórios do Mar do Sul da China às Filipinas, como o atol de Scarborough ou parte do arquipélago de Spratly, uma decisão que a China não reconhece.

Filipinas, China, Taiwan, Malásia, Vietname e Brunei reivindicam a totalidade ou parte desse arquipélago, onde a China construiu ilhas artificiais desde 2012 nos recifes e atóis para se apropriar delas de facto.

Apesar da decisão, a China continua as suas actividades militares sem que o Governo de Duterte tenha reivindicado nada, já que o Presidente reorientou sua política externa para o “gigante asiático” em troca de uma generosa injecção de investimento.

22 Mai 2019

Google | ‘Smartphones’ da Huawei vão continuar com serviços básicos

Apesar das limitações impostas, na semana passada, pelas autoridades dos EUA às trocas de serviços entre a gigante tecnológica chinesa e empresas norte-americanas, a Google garante a manutenção dos serviços básicos nos ‘smartphones’ da Huawei

 

[dropcap]A[/dropcap] Google assegurou ontem que os utilizadores dos ‘smartphones’ da Huawei vão continuar a ter os serviços básicos da companhia norte-americana apesar das restrições impostas por Washington às relações comerciais com a empresa chinesa.

A Google, uma unidade da Alphaber Inc., afirmou ontem que está a cumprir e “a analisar as implicações” da exigência de licenças de exportação para vendas de tecnologia à Huawei Technologies Ltd.

O pedido da semana passada surge depois das acusações do Governo dos EUA de que a Huawei, a maior fabricante de equipamentos de rede para empresas de telefones móveis e a segunda maior marca mundial de ‘smartphones’, é um risco para a segurança.

“Garantimos que, enquanto cumprimos todos os requisitos do Governo dos EUA, serviços como o Google Play e a segurança do Google Play Protect continuarão a funcionar no seu dispositivo Huawei existente”, afirmou o Google no Twitter.

A Huawei disse que não faz comentários imediatos e nega que facilite a espionagem chinesa. A Huawei, que usa o sistema operativo Android da Google é a segunda maior marca global de ‘smartphones’ em número de aparelhos vendidos, atrás da Samsung Electronics, da Coreia do Sul.

A Google permite que os fabricantes de ‘smartphones’ utilizem o Android e os seus serviços básicos gratuitamente. Analistas do sector afirmam que isso significa que eles não seriam afectados pela restrição de vendas ou interacção comercial.

A transferência de hardware, software ou serviços para a Huawei ou interacção técnica com a empresa chinesa seria restrita pela ordem dos EUA na semana passada.

Em actualização

A ordem entrou em vigor na quinta-feira e exige a aprovação do Governo para todas as compras de ‘microchips’, software e outros componentes dos Estados Unidos, globalmente, pela Huawei e 68 empresas afiliadas.

O Governo dos Estados Unidos afirma que fornecedores chineses, incluindo a Huawei e a sua rival menor, ZTE Corp., representam uma ameaça de espionagem porque estão legalmente comprometidos com o Partido Comunista da China.

Mas as autoridades americanas não apresentaram provas de que algum equipamento da Huawei sirva como canal intencional de espionagem por parte de Pequim.

Entretanto, a gigante tecnológica Huawei assegurou ontem ter feito “contribuições substanciais” para o desenvolvimento do sistema operativo Android, garantindo que continuará a disponibilizar actualizações de segurança e serviços pós-venda a todos os seus equipamentos.

A Huawei informa que continuará a fornecer actualizações e serviços pós-venda a todos os seus equipamentos, tanto “aos que já foram vendidos, como aos que ainda estão em armazém”.

“Mercado aberto”

Bruxelas voltou ontem a insistir que a Europa é um “mercado aberto” e que cabe a cada país decidir se põe restrições a uma empresa por razões de segurança, numa alusão ao veto de Washington à chinesa Huawei. “Temos um mercado aberto. Tudo o que cumpra com as normas pode aceder a ele”, disseram fontes comunitárias à agência Efe, quando questionadas sobre a decisão da Google e outras tecnológicas norte-americanas de deixar de vender componentes e programas à Huawei. A Comissão Europeia deixou claro que tem em vigor normas de concursos públicos, assim como uma lei para supervisionar investimentos a fim de proteger interesses comunitários.

21 Mai 2019

Huawei diz que é “parceiro chave” do Android e continuará a actualizar equipamentos

[dropcap]O[/dropcap] gigante tecnológico Huawei assegurou hoje ter feito “contribuições substanciais” para o desenvolvimento do sistema operativo Android, garantindo que continuará a disponibilizar actualizações de segurança e serviços pós-venda a todos os seus equipamentos.

“A Huawei fez contribuições substanciais para o desenvolvimento e crescimento do Android. Como um dos seus parceiros chave globais, trabalhámos estreitamente com a sua plataforma de código aberto para desenvolver um ecossistema que beneficiou tanto os utilizadores como a indústria”, refere a empresa chinesa num comunicado emitido após ter sido divulgado que a Google deixará de vender componentes e ‘software’ da marca.

A Huawei informa que continuará a fornecer actualizações e serviços pós-venda a todos os seus equipamentos, tanto “aos que já foram vendidos, como aos que ainda estão em armazém”.

A tomada de posição da Google acontece poucos dias depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter declarado “emergência nacional” e proibido empresas norte-americanas de usarem equipamentos de telecomunicações de congéneres estrangeiras consideradas de risco, por poderem aproveitar vulnerabilidades nos serviços e infraestruturas do país para espionagem ou sabotagem.

20 Mai 2019

Morre piloto de helicóptero que se despenhou em Hong Kong

[dropcap]O[/dropcap] piloto de um helicóptero que se despenhou no domingo à tarde em Hong Kong morreu na sequência do acidente, noticiou hoje a imprensa local.

De acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP), a aeronave caiu cerca das 17:30 locais no centro de conservação e educação Kadoorie Farm e Jardim Botânico (KFBG), nos Novos Territórios, uma das zonas da Região Administrativa Especial de Hong Kong.

O piloto, Andrew Wong Fai-hung, de 49 anos, morreu na sequência do acidente, indicou fonte policial ao SCMP. Testemunhas descreveram ter visto o aparelho a desintegrar-se no ar momentos antes de cair.

Quinze bombeiros apoiados por 10 viaturas descobriram destroços do helicóptero espalhados por uma área de 100 metros. Segundo as autoridades, o incêndio foi extinto pouco depois e não houve relatos de outras vítimas no local, que tinha fechado ao público uma hora antes do acidente.

20 Mai 2019