Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | FIA confirma Taça do Mundo de GT O Conselho Mundial da FIA da passada quarta-feira confirmou o esperado, que a oitava edição da Taça do Mundo de GT da FIA será realizada como parte do programa do 72.º Grande Prémio de Macau, entre os dias 13 a 16 de Novembro. Contudo, há uma grande novidade para a edição deste ano A federação internacional, que co-organiza esta corrida em parceria com o SRO Motorsports Group e com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), aproveitou a ocasião para anunciar um novo modelo de qualificação para a prova. Para além da sessão de qualificação de 30 minutos igual à das edições anteriores (Q1), foi acrescentado um segundo segmento de qualificação (Q2), reservado aos dez melhores pilotos da primeira sessão. A sessão Q2 será realizada em formato de ‘Super Pole’, com cada piloto a ir para a pista individualmente para um total de duas voltas de qualificação, sendo também permitido a cada piloto utilizar um conjunto de pneus novos nessa sessão. Esta novidade permitirá que a qualificação seja decidida sem interferência de terceiros. O restante programa da prova rainha de GT permanecerá igual ao das edições anteriores, contando com a sessão de treinos-livres, a tradicional corrida classificativa de 12 voltas, na tarde de sábado, seguida da corrida principal de 16 voltas que decidirá o vencedor da Taça do Mundo no domingo. Elogios de veteranos Estas medidas introduzidas pela FIA foram muito bem recebidas pelos mais experientes pilotos de GT. Isto, porque o tráfego sempre foi um enorme obstáculo na obtenção de uma boa volta de qualificação no Circuito da Guia, algo essencial para quem ambiciona conquistar este título. “É uma excelente ideia introduzir a sessão de Super Pole em Macau”, disse o alemão Maro Engel, o vencedor da edição passada da Taça do Mundo pela Mercedes-AMG.“ Esta será uma das sessões mais espetaculares e emocionantes da temporada e deverá também garantir a justiça desportiva. Os fãs têm muito para ansiar.” Raffaele Marciello, por duas ocasiões vencedor deste troféu, e um dos pilotos de fábrica da BMW, também reagiu positivamente, acrescentando: “Em Macau, era sempre complicado fazer uma volta limpa. Com este novo formato, não vais ouvir a desculpa do trânsito ou de uma bandeira vermelha. Ter apenas duas voltas será muito desafiante, mas agora o piloto mais rápido provavelmente ficará na pole.” Esta é uma opinião partilhada por Laurens Vanthoor, o vencedor da Taça do Mundo em 2016, que afirmou que já não haverá “desculpas” na qualificação. O experiente piloto belga da Porsche acredita que “vai haver uma pressão acrescida porque só tens essas duas voltas”, pois num circuito difícil como este, “se cometeres um erro, não há mais nada a seguir. Numa qualificação normal, tens mais oportunidades. Pessoalmente, um ‘shootout’ é sempre algo que aprecio muito. Para os pilotos, numa pista como esta, será quase o ponto alto do fim de semana.” E dos mais novos também O piloto chinês Yifei Ye estreou-se no Grande Prémio no passado mês de Novembro na Taça do Mundo. O piloto oficial da Ferrari, que compete no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), deixou uma boa impressão no Circuito da Guia, e também ele vê com bons olhos as medidas agora introduzidas. “É bom eliminar essas intervenções de bandeira vermelha e bandeiras amarelas, para que, no final, aquele que for realmente o mais rápido consiga a pole position”, referiu Yifei Ye que poderá regressar este ano à corrida. “Em Macau, todos estão muito próximos em termos de tempos, por isso será extremamente difícil para os pilotos tentarem chegar à ‘Super Pole’. Acho que também será ótimo para os espectadores.”
Sérgio Fonseca DesportoGP | Célio Alves Dias vai continuar a correr esta temporada O piloto macaense Célio Alves Dias foi um dos regressos saudados da temporada automobilística do território de 2024. O experiente piloto de carros de Turismo vai continuar a apostar nas corridas locais, no Macau Roadsport Challenge, em 2025 O vencedor da Taça de Carros de Turismo de Macau em 2021 esteve afastado do automobilismo na época de 2023 por motivos pessoais, mas fez no ano passado a sua estreia na competição que junta em pista os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8). Apesar da vasta experiência em provas da especialidade, tendo conduzido várias gerações de carros de Turismo, Célio Alves Dias nunca tinha tripulado os novos bólides que a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) introduziu na sua competição em 2023. A época passada acabou por ser de aprendizagem, com algumas dificuldades nas afinações e no comportamento do carro nipónico. A participação nas corridas no Circuito Internacional de Zhuzhou e no Grande Prémio de Macau fez Célio Alves Dias perceber que o seu Toyota GR86 não estava ao nível da concorrência mais forte. Com base nas conclusões retiradas dessas experiências, decidiu começar a preparar-se para a nova temporada. “O carro teve que ser todo desmontado. O meu carro foi comprado em segunda-mão, e o chassis e o arco de segurança, para mim, não estavam bem feitos”, explicou o piloto da Fu Lei Loi Racing Team ao HM. “Isto, tornava o carro demasiado duro e muito difícil de curvar. Experimentei um carro da China, que foi bem montado, e há uma diferença. Fiz um bom tempo em Janeiro, na China, com esse carro. Os nossos carros, feitos na mesma oficina, estavam muito duros, o que tornava difícil fazer voltas rápidas”. Se no Grande Prémio de Macau, os pilotos da casa, exímios conhecedores do Circuito da Guia, conseguiram equiparar o andamento aos seus adversários de Hong Kong e do Interior da China, nas corridas iniciais na pista de Zhuzhou, na província de Hunan, não foi bem assim. “Há muitas diferenças entre os carros, mas principalmente nos chassis, pois os motores, em termos de potência e cavalos, estão já quase todos ao mesmo nível. Os nossos adversários também experimentaram muitas peças, muitos motores, até caixas de velocidades, e chassis. Os carros de competição são sempre a mesma coisa. Tens que ter potência no motor, mas também chassis. Ter só potência não chega. Ter melhor um bom chassis é o mais importante.” Jubileu de Prata em Novembro Sendo um nome português habitual no Grande Prémio de Macau nas últimas décadas, Célio Alves Dias estreou-se no Circuito da Guia em 2000 e desde aí foi uma presença assídua e sem faltas na prova até 2023. Este ano, o seu objectivo é contabilizar a sua vigésima quinta participação no maior evento desportivo de caracter anual da RAEM, mas para isso terá que alinhar nas provas de apuramento. Enquanto aguarda o anúncio do calendário de 2025 por parte da AAMC, Célio Alves Dias detalha pormenores para iniciar o seu programa de testes, até porque o seu Toyota, depois de revisto, “está já pronto a testar” no Interior da China, algo que acontecerá “muito em breve”, refere o piloto. Na edição passada do Grande Prémio, Célio Alves Dias qualificou-se em 12.º lugar para a corrida Macau Roadsport Challenge. No entanto, a sua participação foi curta e infeliz: ao volante do Toyota com o dorsal nº 11, foi forçado a desistir após ficar imobilizado na subida de São Francisco. O piloto macaense ficou fora da corrida logo na primeira volta, num incidente que provocou a entrada do Safety Car.
Sérgio Fonseca DesportoGP TCR | Austrália confirma presença em Macau A temporada de 2025 do TCR Austrália terminará em grande ao juntar-se ao FIA TCR World Tour na Corrida da Guia do 72º Grande Prémio de Macau, que decorrerá de 13 a 16 de Novembro Depois de ter acolhido o TCR China em 2024, os “mundialistas” do FIA TCR World Tour vão ter a companhia dos aguerridos concorrentes australianos na prova mais exigente da temporada, como o HM já tinha previsto no final do ano passado. Este anúncio é a segunda novidade no calendário de uma das maiores competições nacionais de TCR do mundo, depois do anúncio de um novo promotor para o campeonato. Um piloto que certamente ficou satisfeito com a notícia foi o australiano Ben Bargwanna, que correu nas ruas de Macau em 2023. A primeira participação internacional do TCR Austrália foi tornada possível pelo detentor global dos direitos, o WSC Group, que garantirá a cobertura total dos custos de transporte para as equipas australianas que viajarem para Macau. “O TCR Austrália sempre foi uma das competições mais importantes e emocionantes do TCR, enraizada na longa tradição do automobilismo de turismo no país”, afirmou o presidente do WSC Group, Marcello Lotti. O empresário italiano deixou claro que “quando questões logísticas nos forçaram a cancelar as rondas australianas do Kumho FIA TCR World Tour no ano passado, começámos imediatamente a trabalhar para regressar em 2025. É fantástico termos conseguido estender a cooperação para um segundo evento e oferecer aos concorrentes australianos a oportunidade única de terminar a temporada em Macau.” Outros aplausos O novo promotor do TCR Austrália, David Sonenscher, um velho conhecido de Macau, destacou a importância do momento para a categoria. “Estou muito feliz por levar o TCR Austrália a um dos circuitos mais icónicos do mundo e certamente um dos maiores desafios para um piloto”, disse o ex-piloto e empresário inglês radicado na Malásia e co-fundador do TCR Asia. “A oportunidade de expandir a nossa cooperação com o FIA TCR World Tour e de mostrar os talentosos pilotos australianos no mais alto palco internacional em Macau demonstra a oportunidade única que o TCR Austrália e a plataforma global TCR proporcionam a todos os participantes.” A confirmação da presença do TCR Austrália na Corrida da Guia não deverá ser impeditiva à participação de pilotos locais e do Interior da China na mais celebre corrida de carros de Turismo do continente asiático.
Sérgio Fonseca DesportoMotociclismo | FHO Racing com novo foco em 2025 As dúvidas dissiparam-se esta semana. A FHO Racing, da empresária de Macau, Faye Ho, vai continuar no activo na temporada de 2025, mas sem os pilotos inicialmente anunciados. Peter Hickman e Davey Todd estão de saída e vão para uma nova equipa chamada 8TEN Racing Segundo um comunicado enviado pela FHO Racing, a BMW Motorrad UK reestruturou a sua formação para o Campeonato Britânico de Superbikes de 2025, e a FHO Racing BMW competirá com um só piloto a bordo de uma BMW M 1000 RR. O campeão alemão de Superbikes de 2024 e piloto do mundial de resistência, Ilya Mikhalchik, fará a sua estreia na competição britânica, numa altura em que a proprietária da equipa, Faye Ho, realinha os objectivos da sua equipa “para explorar novas actividades no desporto motorizado em novos mercados, com o apoio da BMW Motorrad Motorsport”. Actualmente no seu quinto ano no paddock do Campeonato Britânico de Superbikes, Faye Ho tem sido uma presença forte na competição britânica, assim como nas populares provas de estrada, como o Grande Prémio de Macau, para além de apoiar diversos jovens pilotos femininas, ajudando-as a progredir nas suas carreiras desde as classes inferiores. Faye Ho, a neta de Stanley Ho e Clementina Leitão, tem apoiado Kate Walker e Jamie Hanks-Elliott na BMW F 900 R Cup e, tudo indica, que continuará a apoiar. Para ficar Ao contrário dos rumores que a colocavam de partida do paddock, Faye Ho deixou claro que é uma “grande defensora do Campeonato Britânico de Superbikes, uma das competições mais emocionantes e competitivas do mundo” e por isso irá manter o seu compromisso com a disciplina. Contudo, a empresária do território tem agora novos objectivos para si e para a sua estrutura. O futuro estará na Ásia e no apoio a jovens talentos femininos. “Tendo em conta os meus objectivos a longo prazo, que incluem expandir as actividades do desporto motorizado na Ásia e continuar a apoiar jovens mulheres no motociclismo, percebi que não posso dedicar o mesmo tempo, ao Campeonato Britânico de Superbikes e às corridas de estrada, que lhes dei desde que me tornei proprietária da equipa em 2021, devido a compromissos adicionais que tenho em Macau”, referiu Faye Ho. Outro capítulo Este anúncio colocou um ponto final a uma parceria de sucesso, particularmente na Ilha de Man TT, entre Peter Hickman, por quatro vezes vencedor do Grande Prémio de Motos de Macau, e a FHO Racing. Hickman deixou umas palavras de agradecimento à sua agora ex-patroa. “Quero deixar um enorme agradecimento à Faye [Ho] e à FHO Racing por tudo o que fizeram por mim ao longo dos últimos quatro anos”, escreveu Hickman numa publicação na rede social Facebook. “Como é normal no desporto motorizado, tivemos momentos incríveis e outros mais difíceis, mas a FHO sempre foi e sempre será uma parte fundamental da minha carreira. Estarei eternamente grato por essa oportunidade.” A nova equipa 8TEN Racing, que será oficialmente apresentada a 26 de Fevereiro, será composta maioritariamente por antigos elementos da FHO Racing. Hickman e Todd irão manter o importante apoio da BMW Motorrad UK e são esperados na grelha de partida do Grande Prémio no mês de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoFHO Racing | Peter Hickman nega encerramento Peter Hickman, quatro vezes vencedor do Grande Prémio de Motos de Macau, desmentiu os rumores que alegavam que a equipa FHO Racing, da empresária de Macau Faye Ho, teria encerrado as portas e estaria ausente na grelha de partida do Campeonato Britânico de Superbikes (BSB) e do Grande Prémio de Macau em 2025 Peter Hickman vai para a quinta temporada no campeonato britânico com a FHO Racing, no entanto, antes do arranque da temporada, surgiram alguns rumores a circular no paddock sobre o futuro da equipa. Nos últimos anos, a FHO Racing tornou-se numa das equipas de topo no Campeonato Britânico de Superbikes e em provas de estrada, como o TT da Ilha de Man ou o Grande Prémio de Macau. Em Novembro passado, a equipa anunciou que contava com Peter Hickman e Davey Todd, vencedor da atribulada última edição do Grande Prémio de Motos de Macau, no Campeonato Britânico de Superbikes. Faye Ho disse na altura que “para 2025 e também para o Grande Prémio de Macau deste ano, temos uma equipa muito forte, com o Davey a juntar-se ao Pete e ao Michael a bordo das BMW. Temos dois pilotos super talentosos nas estradas para a próxima temporada, e com o Davey a dar o salto para a classe Superbike, depois de ter conquistado o Campeonato de Superstock pela segunda vez, creio que teremos uma temporada forte. Mal posso esperar que a minha equipa regresse a Macau, adoro partilhar a minha cidade natal com a equipa e mostrar a todos os pontos de interesse, é um lugar tão especial para mim.” Embora Hickman e Todd tenham marcado presença na apresentação da temporada da BMW Motorrad Motorsport, em Berlim, em meados de Janeiro, desde do mês de Novembro que a FHO Racing não dá notícias, o que tem gerado algum desconforto e dúvidas entre os fãs. Hickman estava a testar a sua BMW M1000RR da sua PHR Performance, em Espanha, quando respondeu com um contundente “não” a um comentário de um fã na rede social Instagram sobre o rumor do cessar de actividade da FHO Racing, um “não” que teve ampla repercussão na imprensa britânica especializada. Não é a primeira vez Após uma difícil temporada da sua equipa em 2024, no Campeonato Britânico de Superbikes, Faye Ho, a neta de Stanley Ho, teve que enfrentar rumores semelhantes em Setembro passado. Em Oulton Park, antes da corrida de abertura do “Showdown” de 2024, Faye Ho confirmou aos jornalistas que a FHO Racing ia continuar participar no Campeonato Britânico de Superbikes de 2025, “o que é uma boa notícia, mas qualquer coisa será anunciada a seu tempo. Mas estou feliz por estar de volta aqui e por ficar aqui, é um grande campeonato e adoro estar neste ambiente de corridas.” Para aumentar a especulação entre os fãs, Hickman sugeriu nas redes sociais uma mudança de direção este ano, deixando no ar um anúncio sobre os seus planos para a North West 200 e TT da Ilha de Man. Em Espanha, o britânico terá testado com a sua moto sem qualquer referência e autocolantes da FHO Racing, ao passo que Todd mudou a sua foto de perfil nas redes sociais, para uma foto com uma mota da Milwaukee BMW by TAS Racing. Fontes do mundo do motociclismo dizem-nos que o futuro da FHO Racing deverá ser conhecido nos próximos dias, mas uma coisa certa é que Hickman, independentemente da equipa, tem no seu programa desportivo a viagem até à RAEM no mês de Novembro, para tentar conquistar a quinta vitória no Circuito da Guia.
Sérgio Fonseca DesportoTaça GT | Corrida da Grande Baía ganha impulso do Interior A Taça GT – Corrida da Grande Baía passará a integrar, já este ano, a recém-criada SRO GT Cup, a mais recente competição de GT lançada no Interior da China, inspirada na prova para viaturas da classe GT4 do Grande Prémio de Macau Nas vésperas do Natal passado, o SRO Motorsport Group, a entidade responsável pela organização de inúmeras provas e campeonatos, incluindo o GT World Challenge Asia e, como parceiro oficial da FIA, a co-coordenação da Taça do Mundo de GT da FIA em Macau, anunciou a criação de uma competição para viaturas GT4, composta por quatro eventos na China. Na altura do anúncio, apenas o evento inaugural, em Xangai, e o final, em Pequim, tinham sido confirmados como parte do calendário. Quase 30 carros, representando um impressionante total de dez construtores automóveis, participaram na Taça GT – Corrida da Grande Baía de 2024, uma corrida que se tornou um marco importante no fim de semana do Grande Prémio de Macau nos últimos anos. Com efeito, nenhum outro evento GT4 na Ásia reúne tamanha quantidade e diversidade de carros. O Balance of Performance (BoP), responsável por equilibrar o desempenho dos diversos carros participantes, já era, à data, gerido pelo SRO. Em comunicado, Benjamin Franassovici, Diretor-Geral da SRO Motorsports Asia, afirmou: “Estamos encantados, orgulhosos e privilegiados por adicionar a Taça GT – Corrida da Grande Baía ao calendário inaugural da SRO GT Cup, que começa e termina com os dois maiores eventos de desportos motorizados da China. Já temos uma forte relação de trabalho com a Taça GT – Corrida da Grande Baía, que se tornou a corrida mais significativa para carros GT4 na Ásia. A sua inclusão no calendário de 2025 do SRO sublinha a dimensão da nossa ambição para esta nova série nacional.” Interesse elevado A temporada de estreia da SRO GT Cup começa em Março, no Grande Prémio de Fórmula 1 da China, em Xangai, antes de passar para o Circuito Internacional de Zhuhai – um local anteriormente visitado pelo SRO nos tempos do BPR e do Campeonato FIA GT – onde estão previstas duas corridas de 30 minutos. Segue-se o novo circuito citadino de Pequim, que acolherá o GT World Challenge Asia no mesmo fim de semana, antes da grande final da temporada da SRO GT Cup, agendada para um mês mais tarde no Circuito da Guia, em Macau. O entusiasmo em torno desta competição é evidente. Como destacou Benjamin Franassovici, “isso reflecte-se no número de consultas e inscrições para a temporada completa que recebemos desde o lançamento do campeonato, pouco antes do Natal. A procura superou as nossas expectativas.” Até 28 carros poderão competir no evento de final de temporada nas ruas de Macau, com os lugares a serem atribuídos com base na classificação após a segunda jornada do campeonato, que está agendada para o circuito permanente de Zhuhai. Todos os pilotos com classificações “Bronze” ou “Silver” atribuídas pela FIA estão elegíveis para competir nesta competição, desde que utilizem carros homologados da classe GT4. Para atrair as marcas, os resultados das corridas da SRO GT Cup contarão para o Ranking de Construtores de GT4 da SRO, um título atribuído à marca com melhor desempenho na categoria GT4 no final de cada temporada. A SRO GT Cup junta-se à sua equivalente asiática, a Japan Cup, numa lista que inclui ainda competições continentais e nacionais na Europa, América e Austrália.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Rui Valente não se dá por vencido Rui Valente vai regressar este ano para mais uma temporada no automobilismo na região. O piloto de Macau há mais tempo no activo mantém a mesma motivação e irá disputar a Macau Roadsport Challenge, a competição de carros de Turismo organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), assim como a 72ª edição do Grande Prémio de Macau, em Novembro Com o mesmo entusiasmo que lhe é reconhecido há décadas, Rui Valente irá novamente conduzir, na temporada de 2025, um Subaru BRZ, o mesmo carro com que competiu no Circuito da Guia, no passado mês de Novembro, na corrida Macau Roadsport Challenge. Na prova realizada no evento do território, o piloto português terminou em sexto lugar, depois de perder algumas posições no arranque, onde desceu para décimo. O resultado não foi ainda melhor porque a corrida, disputada à chuva, terminou prematuramente devido a um acidente de um adversário. Na competição para pilotos locais, que actualmente combina grelhas de partida com mais de meia centena de carros, todos eles Toyota GR86 (ZN8) ou Subaru BRZ (ZD8), Rui Valente admitiu ao HM que “não se dá por vencido”, revelando ainda que está “com saudades de ir ao pódio, tanto na China como em Macau…”. O piloto da Premium Racing Team tinha, no último Grande Prémio de Macau, um dos carros mais rápidos em termos de velocidade de ponta no pelotão da sua corrida. Por isso, a aposta para este ano será noutros aspectos técnicos do carro que vão além do motor. “Neste momento, queria apenas aumentar o diâmetro das rodas da frente e alargar a bitola para melhorar o comportamento do carro em curva”, confidenciou ao HM, referindo também que pretende “optimizar a transmissão de peso durante a travagem para a curva e a respetiva saída”. Estas melhorias, juntamente com actualizações no sistema de travões, deverão aumentar a competitividade da máquina japonesa numa grelha aguerrida, composta por pilotos de Macau, Hong Kong e Interior da China, com carros em constante evolução. Calendário indefinido O calendário de provas da competição automóvel organizada pela AAMC ainda não foi revelado. Em 2024, a Macau Roadsport Challenge estreou-se no Circuito Internacional de Zhuzhou, no leste da província de Hunan, mas Rui Valente preferia que a competição regressasse este ano ao Circuito Internacional de Guangdong (GIC), em Zhaoqing. “Gostava muito de voltar ao GIC, até porque tenho tudo lá”, afirma o piloto português, defensor da pista localizada na província vizinha. “Quando se vai para uma prova de qualificação, para quem faz quatro corridas e depois Macau, se estiveres numa pista que já conheces, como o GIC, onde andas há sete ou mais anos, cada vez que entras na pista e tentas fazer melhor do que da última vez significa que estás a melhorar e a aperfeiçoar a tua condução. Assim, sabes logo que estás mais forte naquele ano para Macau.” Por outro lado, para o experiente piloto do território, “se fores para uma pista nova, como o circuito de Zhuzhou, além de andares por lá a aprender o novo traçado e a melhorar o teu tempo, nunca vais saber se estás realmente mais forte para Macau, como sabes quando corres no GIC.” À semelhança do que aconteceu nas temporadas passadas, espera-se que o calendário da Macau Roadsport Challenge seja composto por dois fins de semana, com duas corridas cada, que servem igualmente como apuramento para o Grande Prémio.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | Luca Engstler ainda recupera do acidente Apesar de todos os anos a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau colocar vários recursos e muita energia na segurança dos pilotos, o Circuito da Guia continua, e continuará, a ser um dos mais perigosos e arriscados do mundo. Este ano, o jovem alemão Luca Engstler, que participou pela primeira vez num carro GT3, sentiu na pele a velha máxima deste circuito: “os erros pagam-se caro” Passadas oito semanas após o acidente mais grave da sua carreira, o piloto de 24 anos ainda está a recuperar do aparatoso infortúnio na sessão de qualificação da Taça do Mundo de GT da FIA do 71.º Grande Prémio de Macau. Na tarde de sexta-feira, com o cronómetro a contar e quando tentava melhorar a sua marca, Luca Engstler perdeu o controlo do seu Lamborghini Huracán GT3 EVO na temida Curva do Mandarim, batendo a mais de 230 km/h nas barreiras de protecção. O carro inscrito pela Liqui Moly Team Engstler, mas preparado e colocado a correr pela Grasser Racing Team, ficou completamente destruído e o piloto germânico chegou mesmo a ficar inconsciente após o impacto. “Este é um evento único, o andamento dos Lamborghini não estava muito bom e para estarmos à frente tínhamos que arriscar mais que os outros. Basicamente, fui completamente a fundo e não tive sucesso”, explicou assim Luca Engstler, na altura, o acidente que sofreu. Dois meses depois daquele que foi “o dia mais horrível da minha vida até hoje”, o ex-campeão alemão de Turismo (TCR) ainda se encontra em processo de recuperação. “Foi realmente um grande impacto”, recordou Luca Engstler, em conversa com o portal especializado Motorsport-Total.com, que precisou de uma cadeira de rodas após o acidente. “O grande problema foi que o meu tornozelo direito sofreu bastante. Rasguei os ligamentos laterais e tive bastantes hemorragias na tíbia e na fíbula, o que causou alguma preocupação”, relembrou. Voltar a caminhar normalmente foi também um grande desafio para o jovem piloto da Lamborghini, que na temporada de 2024 venceu de forma impressionante duas corridas da DTM e participou pela primeira vez num carro GT3 em Macau. “Demorei bastante tempo para conseguir andar”, recordou. “Nos primeiros dois ou três dias, estive mesmo de cadeira de rodas, porque simplesmente não conseguia fazer nada e todos os ossos me doíam”, descreveu Engstler à publicação do seu país, referindo que “tinha hematomas por todo o lado e tudo estava difícil”. A recuperar Ainda assim, Lucas Engstler, no final do dia do acidente, já no Centro Hospitalar Conde de São Januário, fez uma publicação nas redes sociais a afirmar que estava tudo bem. O piloto, que se encontrava em Macau acompanhado pelo seu pai, Franz Engstler — também piloto e uma figura bem conhecida do automobilismo asiático —, quis tranquilizar os mais próximos. Dois dias após o acidente, apareceu na grelha de partida da Taça do Mundo de GT da FIA, no domingo, sem muletas, apenas ligeiramente apoiado por um guarda-chuva. “O que era importante para mim era não querer fazer um grande alarido sobre isto”, explicou ao portal germânico. “No final, o acidente parecia muito grave, mas isso só demonstra o quão seguros são os carros”, realçou. O piloto continua a recuperar das sequelas do forte impacto. Aproveitou a pausa de Inverno para fazer uma viagem de autocaravana até à Suécia com o seu melhor amigo. “Está tudo a correr bem”, afirmou, esclarecendo que já consegue correr. “Diria que estou a 95 por cento e não tenho danos permanentes.” Após o acidente, o alemão trabalhou na sua recuperação na região do Allgäu, na sua terra Natal, “com alguns conhecidos, que são fisioterapeutas e médicos. Recebi uma excelente assistência”. Regresso para breve Luca Engstler admite que se tornou impaciente durante o processo de recuperação. “Disseram-me que só poderia voltar a fazer desporto no início de Fevereiro, mas claro que isso não consegui aceitar”, reconhecendo que começou a treinar mais cedo do que o recomendado. Felizmente para Luca Engstler, o DTM só começa no último fim de semana de Abril. Nos próximos tempos, o piloto planeia voltar a sentar-se novamente ao volante, possivelmente num kart de aluguer para começar. O objectivo é estar em forma para o início da pré-temporada e dos testes de preparação do popular campeonato alemão, agendados para meados de Fevereiro e início de Março. Quanto ao Grande Prémio de Macau, dois dias depois do acidente, Luca Engstler foi bastante claro: “Disse a todos que o meu objectivo é regressar e tentar lutar pela vitória nesta grande corrida.”
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Maro Engel esclareceu episódio da Taça do Mundo de GT Maro Engel venceu, numa corrida imprópria para cardíacos, a Taça do Mundo de GT da FIA no 71.º Grande Prémio de Macau. Contudo, a quarta vitória do alemão entre nós foi tudo menos pacífica. Maro Engel aproveitou uma entrevista à revista alemã Motorsport Aktuell para explicar o que se passou nas ruas do território e que lhe valeu tantas críticas O piloto germânico, que este ano irá completar 40 anos de idade, teve uma temporada de 2024 repleta de sucessos: venceu o GT World Challenge Europe, foi o melhor dos representantes da Mercedes-AMG no DTM e conquistou um quarto triunfo no Grande Prémio de Macau. Todavia, Maro Engel prefere não destacar um único feito na sua temporada de sonho de 2024, tendo referido à revista especializada do seu país que “em termos de prestígio, a vitória em Macau tem de ser destacada. Mas, sinceramente, não quero destacar um único momento como o grande feito deste ano incrível. Trabalhei arduamente para alcançar todos esses sucessos.” Na RAEM, o triunfo do piloto bávaro foi oferecido de bandeja quando os dois primeiros classificados da corrida, Antonio Fuoco (Ferrari) e Raffaele Marciello (BMW), se desentenderam na travagem para a Curva Lisboa a duas voltas do fim. Porém, Maro Engel já tinha estado envolvido noutro incidente, quando, no início da corrida, nos Esses da Solidão, o seu Mercedes-AMG GT3 deu um toque subtil na traseira do BMW de Dries Vanthoor, que seguia à sua frente na terceira posição. O jovem belga foi projectado contra as barreiras, acabando por abandonar devido a danos na suspensão do M4 GT3, enquanto Maro Engel viria a ver a bandeira axadrezada em primeiro lugar, com uma vantagem de 11 segundos. Já no final da corrida, o Colégio de Comissários Desportivos deliberou que o toque mencionado merecia uma penalização de 5 segundos, o que não teve impacto no resultado final, levando o responsável da BMW Motorsport, Andreas Roos, a afirmar à imprensa que o incidente “não foi penalizado de forma adequada”. Dries Vanthoor, que era também um candidato à vitória, foi mais longe e disse na altura que, quando “empurras outro carro para fora de pista, não deverias ser capaz de ganhar a corrida.” Não foi de propósito O estilo agressivo de Maro Engel foi criticado na altura, mas o piloto, que se estreou a vencer em Macau em 2014, prefere salientar que “faz tudo dentro dos limites do fair play” e julga ser “difícil acusar um piloto de não tentar tudo para vencer ali (em Macau).” Na situação em questão, Maro Engel quis esclarecer que “estava claramente mais rápido. Na parte larga do circuito, na parte inferior, não tinha hipótese de atacar, então tentei na parte de cima. Acabou por correr mal, e isso não era a minha intenção. Pedi desculpa ao Dries depois. De uma forma geral, corro para ganhar. O dia em que já não der tudo para isso, penduro o meu capacete. Definitivamente, não estou aqui para fazer novos amigos.” Apesar da “dança de cadeiras” entre os construtores automóveis envolvidos na classe GT3 nesta pré-temporada, Maro Engel vai continuar a defender as cores da Mercedes-AMG, algo que faz desde 2008, e naturalmente será uma das escolhas da marca de Estugarda para a Taça do Mundo no mês de Novembro, no Circuito da Guia. O piloto natural de Munique não se vê a retirar das pistas tão cedo, pois “ainda não cheguei ao meu auge e continuo a encontrar prazer nas corridas.” No seu currículo, em provas realizadas em Macau, Maro Engel tem duas vitórias na Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA (2015 e 2024) e outras duas na Taça GT Macau (2014 e 2022), mas promete não ficar por aqui.
Sérgio Fonseca DesportoTaça GT | Corrida da Grande Baía inspira campeonato no Interior da China Um novo campeonato para viaturas da classe GT4, sediado na China e com o nome de SRO GT Cup, será lançado em 2025. A competição foi inspirada no sucesso alcançado nos últimos anos pela Taça GT – Corrida da Grande Baía, do Grande Prémio de Macau Nas vésperas de Natal, o SRO Motorsport Group, a empresa que organiza, entre muitas outras provas e campeonatos, o GT World Challenge Asia e co-coordena a Taça do Mundo de GT da FIA em Macau, anunciou a criação de uma competição para viaturas GT4 na China, com estreia marcada para 2025. O campeonato contará com um total de oito corridas sprint de 30 minutos, cada uma com um único piloto por carro, distribuídas por quatro eventos que terão início em março. Haverá duas corridas por fim de semana. O calendário dos quatro eventos foi apresentado, sendo que a temporada começa em Xangai, integrado no programa do Grande Prémio da China de Fórmula 1. Com dois circuitos ainda por oficializar, a outra prova confirmada será no novo circuito urbano de Pequim, no fim de semana do GT World Challenge Asia. Uma certeza: o Grande Prémio de Macau não fará parte do calendário. Benjamin Franassovici, Director Geral da SRO Motorsports Asia, disse: “Este é um capítulo incrivelmente empolgante para a SRO na Ásia, especialmente na China. Muitas das maiores equipas do país e os pilotos mais experientes já competem no GT World Challenge Asia e além, mas ainda existe um grande mercado, em certa medida inexplorado, para amadores aspirantes, jovens profissionais e equipas de nível nacional que desejam correr mais perto de casa. O evento de GT4 em Macau, que atraiu mais de 25 inscrições no mês passado, é um excelente exemplo disso.” Ambição e muita concorrência A SRO não esconde a expectativa de contar com grelhas de vinte carros na temporada de estreia, cujas inscrições abrirão a 9 de Janeiro. Para alcançar esse objetivo, a organização europeia, em colaboração com os seus parceiros chineses, restringiu a participação a pilotos não profissionais. Assim, apenas pilotos classificados pela FIA como “Bronze” ou “Silver” poderão competir. Outro trunfo da SRO é a aplicação do seu mundialmente reconhecido “Balance of Performance”, um sistema que equilibra a performance entre diferentes carros e que tem sido um dos pilares da credibilidade da Taça GT – Corrida da Grande Baía nos últimos anos. “Estou confiante de que o nosso formato e a mistura de eventos de alto perfil proporcionarão uma alternativa desejável, mas também acessível, à oferta doméstica actual”, referiu Benjamin Franassovici, que sabe que a SRO GT Cup vai encontrar uma feroz concorrência dentro de portas. Para além da SRO GT Cup, serão realizados no Interior da China, em 2025, pelo menos mais três campeonatos de âmbito nacional para carros de GT: o GTCC – GT China Cup, organizado pela TopSpeed, que colabora na Taça do Mundo de FR da FIA; o Campeonato da China de Endurance (CEC); e ainda a Mintimes GT Series, organizado pela empresa responsável pelo Campeonato da China de F4. Como de melhor se faz lá fora A SRO GT Cup será a segunda competição dedicada a viaturas GT4 na Ásia. Esta categoria, que reúne marcas de prestígio como Aston Martin, Audi, BMW, Lotus, Mercedes-AMG, McLaren, Porsche, entre outras, conta também com diversos campeonatos na Europa, incluindo o renovado Campeonato de Portugal de Velocidade e o Iberian Supercars Series. Para aliciar as marcas, os resultados das corridas da SRO GT Cup também contarão para o Ranking de Construtores de GT4 da SRO, um título atribuído à marca presente na categoria GT4 com melhor desempenho no final de cada temporada. A SRO GT Cup junta-se à sua equivalente asiática, a Japan Cup, numa lista que também inclui competições continentais e nacionais na Europa, América e Austrália.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Tiago Rodrigues regressa à F4 do Médio Oriente em 2025 Tiago Rodrigues vai regressar ao Médio Oriente no início do próximo ano. O piloto residente em Macau foi anunciado pela equipa Evans GP como um dos seus elementos para o Campeonato de Fórmula 4 do Médio Oriente de 2025, que arranca já no próximo mês de Janeiro, no Kuwait Depois de se tornar campeão da Fórmula 4 Chinesa em 2023, Tiago Rodrigues causou um impacto imediato na equipa Evans GP ao protagonizar uma performance marcante no circuito malaio de Sepang, no passado mês de Setembro, onde conquistou a pole position, registou a volta mais rápida e assegurou uma vitória na prova pontuável para o Campeonato Australiano de Fórmula 4. O piloto português alinhou ainda na primeira edição da Taça do Mundo de FR da FIA, no 71º Grande Prémio de Macau, uma participação que acabou por ser inglória devido a vários problemas técnicos no seu monolugar e um abandono infeliz na corrida decisiva, em que foi vítima de uma carambola causada por um adversário. Este será o regresso de Tiago Rodrigues à Fórmula 4 e a uma competição que conhece em particular. No início deste ano, Tiago Rodrigues participou na Fórmula 4 dos Emirados Árabes Unidos, que em 2025 passará a chamar-se Fórmula 4 do Médio Oriente, terminando no 22º lugar. O piloto da RAEM é o terceiro a confirmar o retorno à Evans GP para a temporada de 2025, juntando-se a Kai Daryanani e Seth Gilmore. Confiança acima de tudo Tanto nas palavras do piloto como da equipa, há uma grande confiança para a temporada que se avizinha no Médio Oriente. O conhecimento mútuo e a experiência adquirida durante o ano de 2024 poderão ser factores-chave para novas alegrias. “Estou muito entusiasmado por regressar à Evans GP para o Campeonato de Fórmula 4 do Médio Oriente de 2025”, disse Tiago Rodrigues, em comunicado emitido pela Evans GP. “Trabalhar com a equipa na temporada passada, especialmente em Sepang, foi uma experiência fantástica, e é evidente que partilhamos os mesmos objectivos e visão. Estou grato pela confiança que a equipa depositou em mim, e estou determinado a apresentar desempenhos ainda mais fortes nesta temporada. Juntos, sei que podemos alcançar grandes conquistas.” O director da equipa, Joshua Evans, partilhou a sua satisfação com o regresso do piloto de 17 anos aos comandos de um dos monolugares da sua formação, pois “a performance em Sepang foi simplesmente extraordinária, e é evidente que ele tem o talento e a determinação para alcançar grandes feitos”, acrescentando que “estamos confiantes de que o Tiago será uma peça-chave para continuar o nosso sucesso na próxima temporada.” 30 corridas em 7 semanas A temporada de 2025 da Fórmula 4 do Médio Oriente, composta por cinco eventos, começa com duas provas no Kuwait Motor Town, a 17 e 24 de Janeiro, seguindo-se uma prova no Autódromo do Dubai, a 8 de Fevereiro, e outra no Circuito de Yas Marina em Abu Dhabi, a 15 de Fevereiro. O evento final, agendado para 27 de Fevereiro, será realizado num circuito a ser anunciado. Cada evento incluirá três corridas, totalizando trinta corridas ao longo de um período de sete semanas. O Campeonato Fórmula 4 do Médio Oriente, ainda na sua versão dos Emirados Árabes Unidos, teve início na temporada de 2016/2017 e tem sido, desde então, uma plataforma de lançamento para inúmeros jovens talentos e para preparar as mais exigentes épocas europeias. O campeão de F4 de Itália, Freddie Slater, conquistou o título de 2024. A competição usa os chassis italianos Tatuus e motores preparados pela Autotecnica Motori.
Sérgio Fonseca DesportoGP | FIA confirma regresso do TCR World Tour em 2025 O Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel reuniu-se na passada quarta-feira, no Ruanda, e a principal novidade foi a confirmação, já esperada, da continuidade do Grande Prémio de Macau no calendário do Kumho FIA TCR World Tour O calendário da próxima temporada do FIA TCR World Tour foi revelado, com oito eventos entre Maio e Novembro, a acontecer na América do Norte, Europa, Ásia e Oceânia. A temporada terá início no Autódromo Hermanos Rodríguez, na Cidade do México, antes de se deslocar para a Europa, com três eventos em Espanha, em Valência, em Itália, em Monza, e em Portugal, no circuito citadino de Vila Real. Os carros serão então enviados para o sul da Austrália para se reencontrarem com o TCR Australia no circuito The Bend, em Setembro. Seguir-se-á a primeira visita ao Inje Speedium, na Coreia do Sul, e o regresso ao Circuito Internacional de Zhuzhou, no Interior da China, antes de a temporada terminar da forma tradicional, como parte do Grande Prémio de Macau. “Embora tenhamos tentado oferecer aos concorrentes e fãs novas emoções a cada ano, não mudámos tudo”, explicou Marcello Lotti, o “pai” do conceito TCR e responsável pela empresa que promove o FIA TCR World Tour. “Voltaremos ao Circuito Internacional de Zhuzhou após uma estreia muito bem-sucedida em 2024, e terminamos a temporada com a tradicional e imperdível Corrida da Guia Macau, a conclusão de cada temporada de carros de Turismo”, referiu o empresário italiano. Este anúncio também nos permitiu ficar a saber que o 72.º Grande Prémio de Macau será realizado de 13 a 16 de Novembro de 2025. Sobre as Taças do Mundo de GT e FR, não saiu deste Conselho Mundial, organizado na cidade de Kigali, qualquer informação suplementar. Surpresa lusitana A maior surpresa do anúncio do calendário foi mesmo o regresso do circuito citadino português de Vila Real à competição principal de carros de Turismo da FIA. Aliás, os primeiros passos para este acordo terão sido dados em Macau durante o fim de semana do Grande Prémio. O 54.º Circuito Internacional de Vila Real decorrerá nos dias 4, 5 e 6 de Julho, no ano em que a cidade de Vila Real assinalará o seu centenário. As corridas serão o prato forte do fim de semana, mas a elas estarão associados grandes concertos musicais, festivais gastronómicos e muitos motivos para vir a Vila Real. Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, considerou que “felizmente tem sido possível organizar anualmente um evento magnífico, homenageando a grande marca que são as corridas de Vila Real. Em 2025 voltará a ser assim, com o esforço de todos os parceiros envolvidos, mas tentando ir ainda mais longe, já que se assinalam os 100 anos da cidade de Vila Real.” Chineses e australianos? Os “mundialistas” do FIA TCR World Tour irão, a exemplo deste ano, fazer-se acompanhar na Corrida da Guia pelos concorrentes do Campeonato da China de Carros de Turismo / TCR China. A competição chinesa já anunciou o seu calendário para 2025 e colocou a prova no Circuito da Guia como “extra-campeonato”, ao contrário de 2024, onde a corrida foi pontuável para o campeonato, para desagrado de muitos participantes que se viram obrigados a trocar os habituais pneus Michelin do campeonato pelos Kumho da competição reconhecida pela FIA. Segundo a imprensa especializada australiana, os concorrentes do TCR Australia também irão visitar o território. O calendário divulgado no início da semana não especificava o circuito, mas indicava que a prova de encerramento da temporada do TCR Australia se realizaria em novembro, juntamente com o FIA TCR World Tour – sendo, portanto, a prova da RAEM. As equipas australianas contarão com assistência no transporte dos seus carros para este evento, uma valiosa ajuda que será fornecida pela organização do TCR Australia.
Sérgio Fonseca DesportoIAME Series Asia encantou-se com GP Karting e quer voltar Nos dois últimos fins de semana, o Kartódromo de Coloane esteve ao rubro com o regresso do Grande Prémio de Karting Internacional de Macau que este ano recebeu um impulso ao acolher a final asiática da competição promovida pelo reconhecido construtor italiano de motores para karting, a IAME. Como o evento voltou a estar ao nível de outros tempos, os promotores da IAME Series Asia gostaram da experiência e não escondem a vontade de voltar. Organizado pelo Instituto do Desporto, Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), OTK Kart Asia e IAME Asia, com o patrocínio da Sands China Limited, o Kartódromo de Coloane recebeu várias corridas e as várias categorias da IAME Series Asia e do Campeonato de Karting da AAMC, que disputou a sua oitava prova da temporada, para além do Grande Prémio de Karting de Macau – categoria KZ e a Taça Sands. O sabor internacional da prova regressou como há muito não se via, com pilotos oriundos do Interior da China, Singapura, Filipinas, Malásia, Tailândia, Indonésia, Japão, Índia, Sri Lanka, Austrália, Nova Zelândia, Suécia, Itália, França, Áustria, Estados Unidos da América, Brasil, Taipé Chinês, Hong Kong ou Macau. “O Grande Prémio de Karting Internacional de Macau com a Final IAME Asia 2024 cumpriu as nossas expectativas e objectivos iniciais”, contou Daniel Ling, o responsável pelo marketing da IAME Series Asia, ao HM. “A resposta inicial com 180 pilotos inscritos (embora alguns tenham desistido em cima da hora devido a compromissos pessoais e circunstâncias imprevistas), o entusiástico apoio e colaboração da AAMC e do Governo de Macau, contribuíram todos para este nível de sucesso.” Novo padrão para o futuro O evento colocado de pé no Kartódromo de Colone – uma infra-estrutura inaugurada nos anos da administração portuguesa do território e que ainda hoje é umas das pistas de referência da modalidade no sudeste asiático – reuniu na RAEM os vários participantes da competição asiática IAME Series Asia que teve duas provas na Tailândia e quatro na Malásia esta temporada, colocando frente a frente pilotos provenientes dos primeiros lugares das classificações da IAME Series e eventos IAME realizados em todo o mundo. A marca IAME é distribuída nos cinco continentes e os motores IAME vão para as pistas em mais de cinquenta países. A prova no território elevou a fasquia na IAME Series Asia, como reconhece Daniel Ling. “O elevado nível de competição e a atmosfera vibrante estabeleceram um novo padrão para os eventos de karting na Ásia”, isto numa altura em que a organização, com sede em Singapura, ambiciona para um futuro a curto prazo “alcançar ainda maiores conquistas, com mais asiáticos a competir numa escala ainda maior.” Quando a prova de Macau entrou oficialmente no calendário da IAME Series Asia, a organização singapurense queria criar sinergias com as entidades do território e ajudar a colocar novamente no mapa-mundo o Grande Prémio de Karting Internacional de Macau. Este primeiro objectivo foi cumprido na íntegra e, por isso mesmo, um regresso ao território é algo que a IAME Series Asia não recusaria. “A partir desta experiência, acreditamos que Macau será um potencial local para futuras edições da IAME Series Asia, ou outros eventos e iniciativas da IAME. Macau, com o seu rico historial no desporto motorizado, é muito procurado por participantes de todo o mundo”, referiu Daniel Ling, acrescentando que “aguardamos com expectativa mais colaborações com Macau no futuro.”
Sérgio Fonseca DesportoMotociclismo | Faye Ho aprova regresso à North West 200 Após uma ausência de dois anos, a equipa FHO Racing BMW, de Faye Ho, irá competir na North West 200, uma das clássicas do motociclismo de estrada, em 2025. A empresária de Macau chegou a acordo com o organizador durante a 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, revelou a organização da prova Irlanda do Norte esta semana “Após dois anos de ausência, tenho o prazer de anunciar que a FHO Racing estará presente no North West 200 de 2025 com a minha dupla de pilotos”, declarou Faye Ho, proprietária da equipa, em comunicado de imprensa. “Estou muito entusiasmada por regressar e proporcionar um grande espectáculo para todos. Será maravilhoso rever os fãs da equipa. Espero vê-los todos em 2025!” A equipa da neta de Stanley Ho irá competir nas corridas de Superbike e Superstock com as suas ultra-competitivas BMW M1000RR e com dois dos seus melhores pilotos: Peter Hickman e a sua nova contratação, Davey Todd – o vencedor do primeiro Grande Prémio de Motos de Macau que foi decidido com os tempos da sessão de qualificação. Mervyn Whyte, o Director de Corrida da North West 200 e que em Macau tem desempenhado um papel de ligação entre as equipas e os pilotos e a organização do Grande Prémio de Macau, revelou que fechou o acordo durante o evento da RAEM, no passado mês de Novembro. Este acordo assegura a presença de uma das principais equipas da especialidade e de dois dos mais destacados pilotos do Campeonato Britânico de Superbikes na grelha de partida da prova que decorrerá de 5 a 10 de Maio próximo. “O Davey Todd venceu o Campeonato Britânico de Superstock deste ano e vai subir à categoria Superbike em 2025, onde se junta a Peter Hickman”, comentou Whyte. “Tanto o Davey como o Peter são fortes candidatos nas provas de estrada e circuito, e as BMW da FHO Racing têm um historial comprovado de sucesso, pelo que esta é uma notícia extremamente entusiasmante para os fãs do North West 200.” Também este ano, em Macau, Mervyn Whyte garantiu a participação de Erno Kostamo, Laurent Hoffman e Luca Gottardi na sua prova. A contar para Novembro Apesar da distância, a prova do Reino Unido pesa bastante quando o tema é decidir a grelha de partida da única corrida de duas rodas do Grande Prémio de Macau. Apenas vinte pilotos foram convidados a participar na corrida de Macau este ano e os critérios de seleção foram alvo de críticas por parte de vários pilotos não selecionados na imprensa internacional. Entre os excluídos estavam o alemão David Datzer, que terminou no Circuito da Guia em segundo lugar em 2022 e em terceiro em 2023, os suíços Lukas Maurer e Olivier Lupberger, e, de forma algo surpreendente, o britânico Phillip Crowe. As vitórias à geral no International Road Racing Championship, ao que parece, não são consideradas um critério suficiente, sendo obrigatório apresentar resultados no North West 200 ou na Tourist Trophy. Lukas Maurer, em particular, fez declarações bastante críticas sobre a escolha de pilotos para o evento da RAEM à publicação alemã Speedweek: “Os organizadores de Macau realmente tratam os participantes muito mal. Promessas são feitas todos os anos e, posteriormente, não são cumpridas. No geral, na minha opinião, a comunicação é sempre muito condescendente, por isso não me surpreende que tenha terminado desta forma.”
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Taça do Mundo de GT finalmente convenceu Se dúvidas existissem quanto à realização da Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia, e essas existiram durante muitos anos, a edição de 2024 da Taça GT Macau dissipou-as. Depois da afirmação à sétima tentativa, daqui em diante o caminho, que até aqui teve muitos altos e baixos, advinha-se prometedor Este ano, a presença de seis marcas e vinte e três carros fortemente apoiados pelas mesmas, dos quais dezassete foram conduzidos por pilotos categorizados como “Platinum”, o nível mais alto da FIA, proporcionaram um espectáculo de excelência em pista. Isto, mesmo em condições de pista extremamente difíceis, em que não houve a necessidade da intervenção do Safety-Car, cuja presença inicial foi em prol da segurança de todos. A forma dramática como a corrida foi decidida já ao cair do pano foi a cereja no topo do bolo. Para além dos quatro grandes construtores germânicos – Audi, BMW, Mercedes-AMG e Porsche – regressaram este ano de forma mais séria as marcas italianas Ferrari, que veio “ver” como era em 2023, e Lamborghini, que estava afastada desde 2017. A grelha de partida deste ano atingiu a sua capacidade máxima, limitada pelo regulamento, de 23 carros. De acordo com o director do SRO Motorsports Group Asia, Benjamin Franassovici, cuja equipa é co-coordenadora desta corrida, não é possível ter mais carros, pois não há garagens no paddock suficientes – “É o máximo. Se tivermos 20, é bom, mas 23 é excelente”. É sabido que houve dois outros construtores de GT3 interessados em se juntarem ao evento, mas nenhuma das duas possibilidades se materializou. A Chevrolet, que lançou este ano para o mercado o seu novo Corvette Z06 GT3.R, e a Aston Martin, que tem equipas clientes na Ásia, terão mostrado interesse, mas não o concretizaram. No entanto, nem à corrida faltou quantidade nem qualidade. Quente fora de pista Até fora da pista a corrida foi interessante de seguir, terminando com a troca de acusações entre Raffaele Marciello e Antonio Fuoco, após o toque na travagem para a Curva Lisboa, e com os lamentos de Dries Vanthoor que considerou que a penalização dos comissários desportivos ao vencedor Maro Engel foi demasiado branda. No entanto, o tema da semana foi mesmo o Balance of Performance (BoP), a “fórmula mágica” dos GT que coloca na teoria todos os carros ao mesmo nível. Apesar do SRO Motorsports Group ser co-organizador da Taça do Mundo de GT da FIA, o BoP utilizado em Macau não foi providenciado pela SRO, mas sim pela própria FIA. Se no ano passado este BoP tinha sido bastante criticado por pilotos, equipas e marcas, a verdade é que a FIA caiu no mesmo erro de não delegar totalmente à SRO esta responsabilidade, o que lhe valeu mais uma série de críticas. Após a qualificação, o piloto da Porsche, Laurens Vanthoor, escreveu nas redes sociais (e depois apagou): “Todo o paddock diz que temos um bom BoP, mas os BMW foram 0,9 segundos mais rápidos no Sector 1 por alguma razão misteriosa. Duas curvas que são a fundo e a direito”. Depois do descontentamento generalizado, a FIA, na manhã da corrida de sábado, retirou 40 milibares à pressão turbo dos BMW. Não adiantou muito que a velocidade de ponta dos BMW M4 GT3 até aumentou. Se os Ferrari e os Mercedes-AMG ainda conseguiram acompanhar os BMW em piso seco, a verdade é que os Porsche, Audi e Lamborghini não tinham como o fazer da Curva dos Pescadores até ao Hotel Lisboa. Felizmente, a chuva de domingo acabou por amenizar esta diferença de velocidade de ponta. O que pode vir aí Apesar da natureza imprevisível do Circuito da Guia, a boa imagem deixada este ano e a maturidade atingida pelas equipas de GT3 asiáticas, que hoje em dia não ficam a perder para as homologas europeias ou americanas, dá garantias de um futuro saudável para a Taça do Mundo de GT da FIA no Circuito da Guia. A FIA quererá certamente evitar mais aborrecimentos e como tal, no paddock existia a noção que serão introduzidos no próximo ano os sensores de torque já obrigatórios noutros campeonatos – caros para as marcas e para as equipas, mas necessários para o órgão regulador obter mais e melhor informação. A presença de fortes equipas na Ásia, algumas delas que se apresentaram este ano com patrocinadores de renome, significa que as marcas podem assim poupar elevadas somas na logística de carros e material para uma só corrida, optando por apoiar as equipas clientes da região para viabilizarem a sua participação sem com isso baixarem a fasquia das suas exigências. Por isso mesmo, não é de estranhar que o sonho de Stéphane Ratel, o cérebro da SRO Motorsports Group, para esta corrida seja ter nove ou dez construtores representados na grelha de partida, cada um com dois carros cada, algo que não é difícil quando se tem a Aston Martin, a Corvette, a Ford e a McLaren à espreita.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Couto vence classe Pro-Am do Lamborghini Super Trofeo Asia Os pilotos de Macau tiveram diferentes sortes nas finais da Lamborghini no Circuito de Jerez, em Espanha. No fim de semana em que estiveram ausentes da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau, André Couto celebrou o título da categoria Pro-Am do Lamborghini Super Trofeo Asia, ao passo que Charles Leong Hon Chio acabou por não repetir o feito na categoria Pro. André Couto, que esta temporada fez equipa com o chinês Jason Fangping Chen, aos comandos do Lamborghini Super Trofeo EVO2 da Madness Racing Team, conquistou uma vitória e um terceiro lugar na sua classe nas duas provas disputadas na quinta e sexta-feira passadas no ex-circuito espanhol de Fórmula 1. Com estes resultados, a dupla luso-chinesa levou a melhor por seis pontos sobre Thomas Yu e Nikolas Pirttilahti por seis pontos. “Foi uma óptima forma de terminar a temporada, neste ano fantástico para a nossa equipa Madness Racing Team”, disse o piloto português que tinha chegado ao sul de Espanha em igualdade pontual com os seus directos adversários. “Agradecimentos especiais à minha equipa, ao meu companheiro de equipa, Jason Chen, a todos os funcionários, mecânicos e engenheiros que fizeram um trabalho incrível!” Charles não conseguiu Charles Leong sabia que tinha uma tarefa árdua pela frente e tudo se complicou quando o piloto de Macau e a sua companheira de equipa, Miki Koyama, não foram além do terceiro lugar da classe na primeira corrida. Na segunda corrida, a japonesa não aproveitou o facto de arrancar da pole-position, cometendo um erro na primeira curva, traída por uma pista molhada. Na ânsia de recuperar o tempo perdido, já com Charles Leong ao volante, o “touro” da SJM Iron Lynx Theodore Racing tocou no adversário que ultrapassava e entrou em pião. Um segundo lugar à classe, depois de uma recuperação, foi apenas suficiente para garantirem o segundo lugar da classe Pro. Na pista da Andaluzia, esta dupla alinhou nas provas das Finais Mundiais da Lamborghini juntamente com os concorrentes dos troféus americanos e europeus. Na primeira corrida, após Charles Leong se qualificar no 27.º lugar, o duo que enverga as cores da Theodore Racing terminou no 26.º lugar. Já na corrida final, no domingo, em que Mini Koyama foi a 7.ª mais veloz na qualificação, a dupla finalizou no oitavo lugar final.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauRui Valente mantém o entusiasmo O que seria um Grande Prémio de Macau sem termos o “nosso” Rui Valente à partida? O piloto português com mais participações no Circuito da Guia vai para o seu trigésimo primeiro Grande Prémio, e sempre com a mesma dedicação e vontade de andar depressa. O trabalho de casa foi feito e o piloto da Premium Racing Team está confiante para enfrentar o desafio das decisivas 12 voltas no final da manhã de sábado. Na corrida Macau Roadsport, Rui Valente vai novamente conduzir o Subaru BRZ, com o dorsal n.º 16 nas portas. Exteriormente, o carro é o mesmo do ano passado, mas, “por dentro”, o carro japonês chega com outra genica, fruto de uma preparação cuidada que foi feita após a participação nas provas de apuramento no circuito de Zhuzhou durante o Verão. “Antes do carro vir para Macau, estive a testar no GIC (Circuito Internacional de Guangdong) e o mesmo carro foi quase dois segundos mais rápido que no ano passado”, explicou o piloto luso ao HM que sabe que todos os seus adversários evoluíram de um ano para o outro. O motor nipónico também foi revisto e agora “é outra coisa. Antes da revisão estava cansado”, explica, acrescentando de seguida que se nota “bastante pelo menos no tempo em que ele leva a recuperar. Quando desaceleras e quando voltas à carga”, clarifica. Três décadas depois, a vontade e o entusiasmo de lutar pelas primeiras posições continuam intactos. Vamos ver o Rui Valente nas posições cimeiras? “Sim, se as afinações forem as acertadas, é isso que vai acontecer”, garante.
Sérgio Fonseca Desporto71º Grande Prémio de Macau | Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau A tradição ainda é o que era O conceito TCR que está prestes a comemorar uma década, mas os investimentos das marcas no mercado dos veículos eléctricos afastou-as das corridas de carros de Turismo a combustão. Contudo, o FIA TCR World Tour, que aos poucos se ergue após o trambolhão da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR no final de 2022, volta a reunir na Corrida da Guia os melhores da nata dos carros de Turismo internacionais. A Link & Co e a Hyundai trazem as suas equipas internacionais, às quais se juntam as suas equipas oficiais do TCR China. A Honda também se faz representar com a sua equipa privada do “mundial” e a homologa do Interior da China, enquanto a Audi foi buscar Rob Huff, um especialista no Circuito da Guia, para defender os seus interesses. Para além de Huff, há mais três pilotos que venceram nas ruas de Macau na grelha de partida: Norbert Michelisz, Ma Qing Hua e Jason Zhang. Com o título do FIA TCR World Tour em disputa, a estratégia das equipas poderá sobrepor-se aos interesses individuais dos pilotos, o que deverá moldar a dinâmica das corridas e que nos leva a acreditar que vamos ter duas corridas muito engraçado de seguir. A grande incógnita Quem sairá de Macau campeão? Norbert Michelisz lidera com 274 pontos ao volante do seu Hyundai Elantra N TCR, destacando-se pela consistência ao longo da temporada. Em segundo lugar, Esteban Guerrieri, com 264 pontos no seu Honda Civic Type R FL5 TCR, ao passo que Thed Björk, no terceiro lugar com 255 pontos e ao volante de um Lynk & Co 03 FL TCR, tem mostrado um desempenho sólido. Ainda com hipótese de ser campeão estão Yann Ehrlacher, também em Lynk & Co, segue em quarto com 251 pontos, Mikel Azcona, que fecha o top 5, com 247 pontos, no Hyundai Elantra N TCR. Com 70 pontos em cima da mesa, 10 deles a atribuir na qualificação, ainda muito pode acontecer. Facto Já não tínhamos uma Corrida da Guia sem um piloto de Macau desde 1991.
Sérgio Fonseca DesportoGrande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA A chegada da Fórmula Regional (FR) no lugar da Fórmula 3 abre um novo capítulo no Grande Prémio. Com carros idênticos para todos – o Tatuus F3 T-318, equipado com o motor Alfa Romeo turbo – vinte e sete “jovens lobos”, provenientes dos campeonatos de Fórmula Regional da Europa, Médio Oriente, Oceânia, Américas e Japão, bem como de outras categorias, vão tentar deixar o seu nome na galeria de vencedores da mítica prova de final de temporada. Na grelha de partida, repleta de talento, estão pilotos das academias da Red Bull (Oliver Goethe e Enzo Deligny), da Ferrari (Dino Beganovic e Tuukka Taponen), da McLaren (Alex Dunne e Ugo Ugochukwu) e da Toyota Gazoo Racing (Rikuto Kobayashi e Jin Nakamura). Estão também filhos de ex-vencedores da prova, como Rintaro Sato (filho de Takuma Sato), recém-coroados campeões de F4, como Freddie Slater e Mattia Colnaghi, e ex-campeões de F4, como Théophile Naël, Cooper Webster e Tiago Rodrigues. Obviamente, destaque para a presença do jovem piloto de Macau, que é o único piloto da RAEM nas quatro corridas principais do programa. Devido à sua pouca experiência neste carro, a fasquia não pode ser colocada injustamente alta para o campeão chinês de F4 de 2023 nesta sua primeira corrida com este monolugar. A grande incógnita Depois do desastre de comunicação que foi o anúncio da troca da F3 pela FR, em que a FIA esteve particularmente mal, agora a FR terá de convencer em pista que não se trata de uma despromoção para Macau, mas sim uma adaptação a uma nova realidade na pirâmide dos monolugares a nível mundial. Não há dúvidas de que a marca “F3” será difícil de igualar a curto prazo, mas um bom espectáculo na tarde de domingo poderá amenizar qualquer sentimento de frustração existente. Facto Num espaço de seis edições, a prova rainha do Grande Prémio recebe a terceira categoria monomarca diferente, após a F3 (2019, 2023) e a F4 (2020, 2021, 2022).
Sérgio Fonseca Desporto71º Grande Prémio | Tudo sobre a 56ª competição do Grande Prémio de Motos de Macau Suspeitos do costume Com apenas vinte inscritos, todos eles provenientes do continente europeu, a única prova de duas rodas do Grande Prémio reúne os “suspeitos do costume” e alguns estreantes. Vencedor no ano passado, Peter Hickman vai tentar obter a sua quinta vitória na mais prestigiada corrida de estrada do continente asiático, enquanto o seu companheiro de equipa na FHO Racing, o veterano Michael Rutter, lutará pelo décimo triunfo. O terceiro membro da FHO Racing, Davey Todd, vai tentar contrariar o domínio dos dois grandes favoritos na terceira BMW M1000RR da equipa, e diz-se que estará muito motivado com a possibilidade de os superar em pista. A concorrência é liderada pelo finlandês Erno Kostamo, vencedor da corrida em 2022, quando as estrelas anglófonas se recusaram a viajar para Macau. Aos comandos de uma BMW M1000RR, provavelmente a melhor moto de estrada da actualidade, o nórdico chega a Macau igualmente confiante, após de se impor ao ausente Michael Dunlop, em Imatra, em Julho passado. A grande incógnita Será que alguém é capaz de superar as motos da FHO Racing? Na teoria tudo indica que a equipa de Faye Ho vai ter um passeio no parque, a exemplo de 2023. Hickman, Rutter e Todd carregam todo o favoritismo nas suas motos. Se alguém os contrariar em pista, nem que seja por breves momentos, será elevado ao estatuto da “grande surpresa” da prova. Facto Esta é uma das grelhas de partida mais pequenas da história do Grande Prémio de Motos de Macau. Ameaça de Chuva A passagem nas proximidades de Macau do tufão Toraji traz um clima de incerteza acrescida à corrida deste ano. Sendo certo que em caso de chuva as motas não vão para o Circuito da Guia, existe o risco de a corrida sofrer alterações face ao horário programado ou não se chegar mesmo a realizar.
Sérgio Fonseca Desporto71º Grande Prémio | Taça GT – Corrida da Grande Baía GT dos pequeninos Depois de anos a ser o “patinho feio” do programa, a aposta nos carros GT4 e num Balance of Performance (BoP) da SRO Motorsports Group, deu à Taça GT – Corrida da Grande Baía outra credibilidade e outros motivos de interesse. Num pelotão com muitas caras conhecidas do automobilismo chinês, as marcas começam a fazer-se representar. A Porsche trouxe o jovem francês Alessandro Ghiretti para vencer, enquanto a Toyota confia na presença da “sua” Gazoo Racing China, com Han Lichao ao volante, e a Lotus entregou um Emira ao capaz jornalista-piloto Yan Chuang. A grelha de partida conta também ex-vencedores desta corrida, como são os casos de Alex Jiang (BMW M4), em 2022, e Kevin Tse (Mercedes AMG GT4), em 2019, e vencedores de outras corridas passadas disputadas no Circuito da Guia, como são o local Kelvin Leong (BMW M4), talvez o mais rápido do contingente de oito pilotos de Macau, ou Lo Ka Chun (BMW M4) de Hong Kong, o mais ornado de todos. A corrida é também um interessante espectáculo visual, tanto pela acção arrebatadora em pista quanto pela variedade de carros de marcas conhecidas e reconhecidas no automobilismo, como a Audi, a BMW, a Toyota, a Lotus, a McLaren, a Mercedes, a Porsche ou até a Ginetta. A grande incógnita Que corrida vamos ter? No ano passado, quando até estava animada, esta mesma corrida teve um final prematuro devido a uma bandeira vermelha. Com uma grelha de partida que é composta maioritariamente por pilotos amadores, embora alguns com profundo conhecimento do Circuito da Guia, a possibilidade de termos mais uma corrida estragada por bandeiras vermelhas e safety-cars é elevada. Facto Esta será corrida com a maior grelha de partida com carros GT4 no continente asiático no ano de 2024.
Sérgio Fonseca Desporto71º Grande Prémio | Macau Roadsport Challenge / Macau Roadsport – Taça do Estabelecimento da RAEM Espaço para os talentos locais Desde o primeiro Grande Prémio, em 1954, que a presença dos pilotos locais é levada muito a sério. Quando os grandes nomes internacionais começaram a preencher as grelhas de partida, houve sempre um especial cuidado para manter a “prata da casa” no evento. Muitos se perguntarão qual a diferença entre estas duas corridas com nomes semelhantes e a resposta é simples: nenhuma. Dado o número de inscritos e o entusiasmo em redor das corridas de apuramento para o Grande Prémio, este ano realizadas no circuito chinês de Zhuzhou, que obrigou a separar a grelha de partida em dois, a Associação Geral Automóvel Macau-China conseguiu arranjar forma de encaixar todos os concorrentes no evento do Circuito da Guia. Todos os pilotos competem em carros Toyota GR86 (ZN8) ou Subaru BRZ (ZD8), o que permite, na teoria, corridas bastantes animadas. As centralinas são sorteadas antes do evento, para evitar excessos de criatividade, e todos os carros são obrigados a utilizar pneus da marca Pirelli. São treze os concorrentes com licença desportiva da RAEM, quatro deles nomes bem conhecidos da comunidade lusófona – Rui Valente, Jerónimo Badaraco e Célio Alves Dias correm na Macau Roadsport Challenge e Sabino Osório Lei na Macau Roadsport – Taça do Estabelecimento da RAEM. A grande incógnita No ano passado, ano da estreia destes carros nas corridas de Turismos locais, houve um ascendente claro dos pilotos de Hong Kong. Um ano depois, e com muito mais quilómetros em cima, será que esta tendência se mantém? Os resultados das corridas realizadas em Zhuzhou dizem que sim, mas o Circuito da Guia é a verdadeira prova de fogo. Facto Apesar da igualdade dos carros, 20 pilotos escolheram os Subaru e 34 os Toyota.
Sérgio Fonseca DesportoGP | Theodore Racing em três frentes no mesmo fim de semana A Theodore Racing é sinónimo do Grande Prémio de Macau há mais de quatro décadas. Este ano, a equipa de Teddy Yip Jr. vai apostar em três frentes no mesmo fim-de-semana, com um toque especial italiano Sem surpresa, a Theodore Racing manterá a sua habitual aposta na prova rainha de monolugares, preservando o legado do fundador, Teddy Yip Sr., mas acrescentará um elemento extra à sua participação anual no Grande Prémio de Macau, com a inscrição de dois carros na Taça do Mundo de GT da FIA. A histórica equipa, que conta com múltiplas vitórias no território, sobretudo nas provas de Fórmula 3, vai aliar-se este ano ao seu patrocinador, a SJM Resorts, e à equipa italiana Vincenzo Sospiri Racing, para colocar nas mãos dos experientes Edoardo Mortara e Matteo Cairoli dois competitivos Lamborghini Huracán GT3 Evo2. Para Teddy Yip Jr., “entrar na arena dos carros de GT é um desenvolvimento empolgante para a equipa” e, quanto à sua formação de pilotos para a Taça do Mundo, o empresário diz-se “entusiasmado por contar com Edoardo e Matteo — dois pilotos de fábrica excepcionais da Lamborghini”, referindo ainda que este será um “evento que certamente será disputado ao mais alto nível.” A escolha do Lamborghini Huracán será uma adição bem-vinda à grelha da Taça do Mundo de GT da FIA, com a marca ausente do evento desde que a equipa chinesa FFF Racing competiu com as versões originais do Huracán GT3 nas corridas de 2016 e 2017. Esta parceria com a marca de Sant’Agata Bolognese deu os primeiros passos esta temporada no Lamborghini Super Trofeo Asia. Aliás, enquanto nas ruas de Macau se disputa o 71.º Grande Prémio de Macau, no mesmo fim-de-semana, em Espanha, no Circuito de Jerez, o piloto do território Charles Leong Hon Chio, aos comandos de um Lamborghini Huracán Super Trofeo Evo 2 da equipa SJM Iron Lynx Theodore Racing, vai tentar conquistar o título da categoria PRO. Esta será também a primeira participação da Theodore Racing nas Finais Mundiais da Lamborghini. Objectivo: vencer Mantendo a tradição, neste novo capítulo do Circuito da Guia com a chegada da Fórmula Regional (FR), a Theodore Racing voltará a unir forças com a equipa vencedora Prema Racing, para assim inscrever três monolugares construídos pela Tatuus na primeira edição da Taça do Mundo de FR da FIA, sob a designação de SJM Theodore PREMA Racing. Muda a categoria de carros, mas o objectivo é o mesmo de sempre: vencer. “Tenho total confiança no nosso incrível trio de pilotos”, afirma Teddy Yip Jr. “Todos eles são vencedores e campeões, e tenho a certeza de que nos colocarão na posição certa para alcançar resultados memoráveis para a equipa.” Para liderar esta ofensiva, a Theodore Racing garantiu os serviços de Dino Beganovic, piloto da Scuderia Ferrari Driver Academy e campeão da FR europeia em 2022. No segundo carro estará o inglês Alex Dunne, piloto que no ano passado deu nas vistas na RAEM ao alcançar um pódio na Corrida de Qualificação da Fórmula 3. O terceiro carro será conduzido pelo actual campeão de F4 dos Emirados Árabes Unidos e de Itália, o britânico de 16 anos Freddie Slater, que fará a sua estreia na Fórmula Regional, mas que conhece o Circuito da Guia por ter participado na prova de 2023 da F4.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | Foco na F1 não impede grande armada Audi em Macau A Audi está a preparar a todo o vapor a entrada no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 em 2026, tendo praticamente cessado todas as outras actividades da marca no desporto automóvel a nível mundial. Contudo, e um pouco contra a corrente, a casa de Ingolstadt vai regressar em força ao Grande Prémio de Macau este mês de Novembro Desde 1981, a Audi Sport tem representado o lema “Vorsprung durch Technik” no desporto motorizado internacional. Seja no Campeonato Mundial de Ralis, Pikes Peak, Turismos, DTM, corridas de GT, protótipos de Le Mans, Fórmula E ou, mais recentemente, no Rali Dakar, a Audi conquistou inúmeras vitórias e títulos importantes. Com o ex-Ferrari Mattia Binotto ao leme do projecto da Audi F1, que herdará muito do que actualmente constitui a equipa Sauber, a administração do construtor germânico optou por abandonar todas as outras disciplinas onde estava envolvida para se concentrar nesta cara e exigente aventura. Todavia, dado o interesse de clientes privados nas disciplinas de GT e Turismo e a representatividade da marca em alguns pontos do globo, como na Ásia, não é surpreendente, embora hoje em dia invulgar, ver dez carros Audi a competir no Circuito da Guia este ano. “O Grande Prémio de Macau é sempre o ponto alto absoluto do calendário asiático e, este ano, em conjunto com as nossas equipas clientes, reunimos uma forte formação para a Taça GT, que representa todo o espectro do pool global de pilotos da Audi Sport”, afirmou Alexander Blackie, Director da Audi Sport customer racing Asia. A marca do Grupo Volkswagen tentará novamente conquistar a Taça do Mundo na RAEM, feito que apenas alcançou em 2016, quando o belga Laurens Vanthoor celebrou aquela inesquecível vitória com o seu Audi R8 LMS GT3, com as quatro rodas viradas para o ar. Para isso, trouxe dois dos seus pilotos sob contrato na Europa para enfrentar as rivais BMW, Mercedes-AMG e Porsche. “Com Ricardo Feller e Christopher Haase, temos dois profissionais de topo da Europa a competir pelo quinto título da Taça GT para a Audi. Com James Yu e Adderly Fong, contamos com dois talentos locais altamente qualificados, representando a Audi Sport Asia na nossa maior corrida ‘em casa’. Com centenas de milhares de fãs ao longo do famoso Circuito da Guia todos os anos, a atmosfera é sempre electrizante”, referiu Alexander Blackie. “Mal podemos esperar para começar,” acrescentou. Um dos quatro Audi R8 LMS GT3 inscritos na sétima edição da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA será alinhado pela FAW Audi Sport Asia Racing Team. Este exemplar, que será conduzido por Ricardo Feller, simboliza a parceria entre a FAW (First Automotive Works) e a Audi na China. Esta é uma “joint venture” estratégica que desde o primeiro dia visa a produção e comercialização de veículos Audi no gigante mercado chinês. A colaboração começou em 1988, tornando a Audi numa das primeiras marcas premium ocidentais a estabelecer uma presença local robusta na China. Recentemente, as duas marcas criaram a Audi-FAW NEV Company, uma joint venture destinada à produção de veículos eléctricos da Audi numa nova fábrica localizada em Changchun. Várias frentes A Audi também terá uma presença relevante na Corrida da Guia, prova que venceu pela primeira vez em 1996, por intermédio do alemão Frank Biela. Numa corrida em que enfrentará equipas oficiais e semi-oficiais da Link & Co, Hyundai e Honda, a marca dos quatro anéis – que representam a união das quatro marcas que formaram a Auto Union em 1932: Audi, DKW, Horch e Wanderer – contará com os serviços do inglês Rob Huff, para tentar triunfar novamente no território e com um carro que é especialmente eficaz nas curvas e contracurvas do circuito urbano de Macau. “O Rob Huff é sinónimo do Grande Prémio de Macau e, incrivelmente, está a uma vitória de se tornar o primeiro a atingir um total de dez vitórias no circuito. Estamos muito contentes por ele voltar a tentar aumentar o seu recorde de vitórias com um Audi RS 3 LMS”, explicou Alexander Blackie, optimista quanto às possibilidades de um Audi vencer na última prova da temporada de 2024 do FIA TCR World Tour. Para além da presença na Taça GT Macau e na Corrida da Guia, a Audi terá ainda um carro a competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía. O piloto de Macau, Miguel Lei, vai conduzir um Audi R8 LMS GT4, assistido pela Liwei World Team, nesta corrida.