Hoje Macau China / ÁsiaAustrália abre período de submissões sobre tratado fronteiriço com Timor-Leste O Comité de Tratados do parlamento australiano abriu o período de submissões públicas de cidadãos ou organizações sobre o novo acordo de fronteiras marítimas com Timor-Leste, no âmbito do processo de ratificação do documento [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] processo de ratificação pelo parlamento é necessário para a entrada em vigor do histórico tratado que os dois governos assinaram a 6 de Março em Nova Iorque e que delimita de forma permanente a fronteira marítima entre Timor-Leste e Austrália. A legislação australiana prevê um prazo anterior ao processo de ratificação, que neste caso termina a 20 de Abril, para submissões públicas sobre o documento, que foi entregue ao parlamento pela ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Julie Bishop, no final de Março. A vontade do governo australiano é que o parlamento possa votar o tratado “ainda este ano”, segundo Bishop, tendo já iniciado o processo de preparação “da legislação de implementação” e a trabalhar com Timor-Leste e com as empresas que operam no Mar de Timor para finalizar o processo transitório relacionado com as alterações impostas pelo documento. Em concreto, o tratado implica, por exemplo, que Timor-Leste passa a receber 100 por cento – agora recebe 90 por cento e a Austrália 10 por cento – das receitas dos poços activos na região, nomeadamente o Bayu Undan. Na altura em que apresentou o tratado ao parlamento, Bishop disse que a Austrália está empenhada em que o futuro de Timor-Leste seja “estável e próspero”, apoiando por isso as suas aspirações de “alcançar o seu potencial económico”. Ouro negro Julie Bishop referiu-se em concreto à maior questão ainda pendente, nomeadamente o desenvolvimento do campo petrolífero de Greater Sunrise, sobre o qual continua sem haver um acordo. “Reconhecemos que o desenvolvimento do [Greater Sunrise] trará benefícios significativos a Timor-Leste em particular. Estamos ansiosos por colaborar com Timor-Leste, enquanto trabalha com as empresas da ‘joint venture’ para encontrar um caminho comercialmente viável para desenvolver o Greater Sunrise”, disse a governante. Para a ministra, “O tratado é uma conquista histórica para a Austrália e Timor-Leste”. “Resolvemos uma longa disputa, estabelecemos limites marítimos permanentes e lançámos as bases para um novo capítulo no relacionamento com um de nossos vizinhos mais próximos”, explicou Julie Bishop na sua declaração ao parlamento. Segundo a chefe da diplomacia australiana, “é um exemplo do valor e da importância do direito internacional na resolução de disputas e divergências entre estados através de negociações pacíficas”. “Como dissemos no documento da Austrália sobre Política Externa divulgado no ano passado, a Austrália acredita que a ordem internacional baseada em regras é fundamental para a nossa segurança e prosperidade colectivas”, frisou ainda. Destacando a “boa vontade e compromisso dos dois países durante as negociações”, Bishop saudou ainda o “papel vital” da comissão de conciliação independente que conduziu as negociações que levaram ao tratado. O processo de ratificação do tratado pelo Parlamento Nacional de Timor-Leste só deverá ocorrer depois da tomada de posse dos deputados que vão ser escolhidos nas eleições antecipadas de 12 de Maio.
Hoje Macau China / ÁsiaUniversidade anuncia regras para prevenir assédio sexual [dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]ma universidade chinesa anunciou ontem que vai formular regras relativas ao assédio sexual, após suspeitas de abuso por parte de um professor a uma aluna, que mais tarde cometeu suicídio, ilustrando o impacto do movimento ‘#MeToo’ na China. A Universidade de Pequim afirmou através do seu portal oficial que vai agir com firmeza face aos crescentes apelos para que investigue as alegações de que Shen Yang abusou sexualmente da estudante Gao Yan que, em 1998, cometeu suicídio, aos 21 anos. O caso reapareceu na semana passada após várias pessoas, que foram colegas de turma de Gao, terem exigido uma investigação, segundo a imprensa chinesa. No domingo, a universidade publicou os detalhes de um inquérito, feito em 1998, no qual reconhece que Shen e Gao mantiveram um “relacionamento” e que a antiga aluna cometeu suicídio dez meses depois de o professor ter terminado a relação. Shen recebeu, então, uma punição administrativa, de acordo com o mesmo comunicado. O professor deixou a Universidade de Pequim em 2011 e trabalha desde então na Universidade de Nanjing, segundo o jornal oficial Global Times. Numa entrevista publicada no sábado pela revista China News Weekly, Shen não responde directamente às alegações, mas admite ter sido punido administrativamente em 1998, recusando, no entanto, que tenha sido por questões morais. Em Janeiro passado, a universidade chinesa Beihang anunciou a demissão de um prestigiado académico por assédio sexual, no primeiro caso no movimento ‘#MeToo’ envolvendo uma figura chinesa. Chen Xiaowu foi afastado das funções como professor e vice-director dos estudantes de cursos de pós-graduação, depois de acusações de assédio sexual por Luo Xixi, uma académica chinesa actualmente radicada nos Estados Unidos da América, e outras cinco mulheres. Os episódios de assédio terão ocorrido há 12 anos.
Hoje Macau EventosItaliano Ludovico Einaudi estreia-se no CCM a 10 de Junho [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] pianista e compositor Ludovico Einaudi vai subir ao palco do grande auditória do Centro Cultural de Macau (CCM) a 10 de Junho, anunciou ontem o Instituto Cultural (IC) em comunicado. O músico italiano, acompanhado pela sua banda, vai apresentar uma antologia das suas melhores composições tocadas ao piano, segundo o IC. Descrito pelo jornal britânico Daily Telegraph como “um pianista com tendência para deus do rock”, Ludovico Einaudi é um campeão das tabelas de vendas e mestre das bandas sonoras que se transformou num verdadeiro homem do espectáculo após cerca de 20 anos a trabalhar nos bastidores, compondo para ballet, teatro e instalações vídeo. Ao longo da última década, o pianista tem esgotado as mais prestigiadas salas de espectáculo do mundo, tendo-se tornado num dos artistas de música clássica mais seguidos do mundo, batendo a popularidade de lendas como Mozart na plataforma digital Spotify. A música refinada de Ludovico Einaudi chamou a atenção do mundo cinematográfico tendo sido incluída em bandas sonoras de filmes como “O Cisne Negro” de Aronofsky, o sucesso de bilheteira francês “The Intouchables” ou “J. Edgar”, de Clint Eastwood. A versatilidade do mestre italiano ficou também registada no thriller japonês “O Terceiro Assassinato” bem como numa série de grandes anúncios publicitários e spots, da NBA e da marca Nissan às promoções para a BBC. Em 2016, Einaudi ficou ainda mais conhecido quando um clip de sensibilização que gravou para a Greenpeace, no qual aparece à deriva no oceano, registou milhões de visualizações. Os bilhetes para o concerto ficam disponíveis para venda a partir de hoje.
Hoje Macau PolíticaNg Kuok Cheong exige aproveitamento de edifícios vazios [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong exige que se proceda à calendarização para a reabertura dos espaços públicos não aproveitados. Numa interpelação escrita, o deputado pró-democrata lamenta que o Governo não tenha aproveitado eficazmente os espaços públicos e que continue a gastar montantes elevados provenientes dos cofres públicos em rendas para o funcionamento dos serviços. Apesar de ter recebido em Março uma resposta do Executivo sobre o mesmo assunto, o deputado manifestou-se insatisfeito por não ter datas quanto ao aproveitamento de edifícios do Governo que se encontram vazios. O deputado exige que os três edifícios onde já se situaram o Gabinete de Comunicação Social (GCS), o gabinete do Conselho Consultivo para o Reordenamento dos Bairros Antigos de Macau e o centro da comida do Mercado de Iao Hon entrem em funcionamento ainda neste ano.
Hoje Macau PolíticaGalgo – “Bambaré” “Bambaré” Bambaré de gatos pardos Num beco escuro Vêem tudo a passar a passar a passar a passar a passar a passar a passar a passar a passar Bambaré de gatos pardos Num beco escuro Começam a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar Galgo Alexandre Moniz, João Figueiras, Miguel Figueiredo e Joana Batista
Hoje Macau SociedadeFinanças | Receitas públicas aumentaram 23,7 por cento até Fevereiro [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Administração fechou os primeiros dois meses do ano com receitas de 21,1 mil milhões de patacas, valor que traduz um aumento de 23,7 por cento em termos anuais homólogos. Dados provisórios disponíveis no portal da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF). Os impostos directos sobre o jogo – 35 por cento sobre as receitas brutas dos casinos – foram de 17,6 mil milhões de patacas, reflectindo uma subida de 24,7 por cento face ao período homólogo do ano passado e uma execução de 21,4 por cento face ao orçamento autorizado para 2018. A importância do jogo encontra-se patente no peso que detém no orçamento: 83,5 por cento nas receitas totais, 84,09 por cento nas correntes e 95,7 por cento nas derivadas dos impostos directos. Já as despesas cifraram-se em 9,5 mil milhões de patacas até Fevereiro, de acordo com os mesmos dados. Apesar de cumpridas em apenas 9,7 por cento, aumentaram 83,9 por cento, comparativamente ao período homólogo do ano passado. Nesta rubrica destacam-se os gastos ao abrigo do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA) que alcançaram 4,1 mil milhões de patacas, com a taxa de execução a corresponder a 19,5 por cento. O valor traduz um ‘pulo’ exponencial, atendendo a que, nos primeiros dois meses do ano passado, tinham sido despendidos apenas 11,1 milhões de patacas. Entre receitas e despesas, a Administração acumulou nos primeiros dois meses do ano um saldo positivo de 11,5 mil milhões de patacas, menos 2,5 por cento face a igual período de 2017. No entanto, a almofada financeira excede já em mais de dois terços o orçamentado para todo o ano (6,9 mil milhões de patacas).
Hoje Macau Breves PolíticaGrande Baía | Si Ka Lon sugere a criação de zona marítima de turismo mundial [dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]i Ka Lon, deputado à Assembleia Legislativa, considera que o plano geral do desenvolvimento da indústria do turismo de Macau está desactualizado, face às tendências mais recentes da indústria, e entende que há necessidade de melhorar os seus conteúdos. O deputado afirmou que não está incluído no plano geral a cooperação turística com a zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e, por isso, confessou estar preocupado com a perda de oportunidades futuras. O legislador ligado à comunidade de Fujian considera que a RAEM arrisca perder a oportunidade “de enriquecer os elementos turísticos locais através da cooperação regional”. Para evitar esse desfecho, Si Ka Lon interpelou por escrito o Executivo para perguntar se o plano para reforçar os elementos turísticos locais através da cooperação com as cidades da Grande Baía será reforçado. O deputado quer saber se existe um plano do Governo para intensificar a cooperação regional e criar, em conjunto, uma zona marítima de turismo e lazer de nível mundial. Elevadores | Lam Lon Wai exige legislação numa interpelação escrita [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] deputado Lam Lon Wai insiste na necessidade de se legislar em matéria de segurança dos elevadores. Em interpelação escrita, o tribuno apela para que o Executivo avance com medidas concretas e recorda os incidentes que ocorreram com a passagem do tufão Hato pelo território. Mais, há ainda equipamentos que não estão em funcionamento porque não há consenso sobre a sua reparação. Para Lam Lon Wai é preciso o apoio da legislação para resolver as questões da segurança e do bom funcionamento dos elevadores. Nesse sentido, o deputado quer saber quando vão avançar os trabalhos legislativos. Fórum de Boao | Chefe do Executivo participa hoje e amanhã como convidado [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, participa hoje e amanhã, na qualidade de convidado, na reunião anual do Fórum de Boao para a Ásia, que decorre na província de Hainão. Segundo um comunicado do Gabinete do Porta-voz do Governo, o Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China em Macau, Ye Dabo, foi novamente convidado a integrar a delegação da RAEM como assessor. O Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, que também estará presente, irá participar na sessão temática sobre a Grande Baía Guangdong – Hong Kong – Macau. À margem do Fórum Boao, Fernando Chui Sai On tem previstos encontros com responsáveis provinciais e municipais, refere a mesma nota oficial.
Hoje Macau PolíticaHabitação | Chan Tak Seng quer responsabilização de construtoras A alteração ao regulamento geral da construção urbana não avança e o Governo tem de tomar medidas, no entender do vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau. A associação sugere a responsabilização das construtoras de habitação pública por um período de cinco a sete anos e apela a vistorias obrigatórias [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s construtoras responsáveis pela construção de habitação pública devem ficar responsabilizadas pela qualidade dos edifícios durante um período que pode ir dos cinco aos sete anos, após a conclusão das obras. A ideia é do vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng que quer ver a medida referida no regulamento geral da construção urbana. Em declarações ao Jornal do Cidadão, Chan Tak Seng recorda que as queixas relativas à falta de qualidade das construções destinadas à habitação pública têm sido uma constante no território. O responsável critica ainda o Executivo pela premiação das empresas de construção por cumprirem os prazos. De acordo com Chan Tak Seng, “não é aceitável que os construtores recebam prémios quando o que fazem é de má qualidade”, refere. Espera interminável Chan Tak Seng acrescenta ainda que cabe ao Governo tomar medidas para garantir a qualidade da habitação pública local, ao invés de repetir o discurso de que é necessário auscultar a opinião da população. O responsável deixa ainda algumas sugestões já avançadas pelo Governo e com as quais está em concordância. Como, por exemplo, a introdução de um sistema de seguro e melhorias no mecanismo de fiscalização. Neste último capítulo, Chan Tak Seng considera que a fiscalização deve ser feita durante um período mais alargado de tempo para que exista responsabilização dos construtores durante cinco a sete anos após a conclusão da construção. Também Ella Lei está insatisfeita com a actuação da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). De acordo com a deputada, tendo em conta uma resposta que recebeu do Executivo, não há ainda calendarização para admissão do regulamento geral da construção urbana à Assembleia Legislativa (AL). Ao Jornal do Cidadão, Ella Lei refere que é inaceitável o facto da alteração ao diploma estar na calha há mais de dez anos e critica o impasse do Governo. Ella Lei admite que tem sido um processo polémico, no entanto sugere que, nas partes em que existe consenso, se passe à acção. Por sua vez, o deputado nomeado Wu Chou Kit entende que existe a necessidade de alterar o regulamento geral da construção urbana e sugere que se fomente progressivamente a vistoria obrigatória dos edifícios. Wu Chou Kit considera que o Governo deve, em primeiro lugar, “consciencializar os cidadãos sobre a importância da vistoria dos edifícios e depois introduzir medidas sancionatórias”, aponta.
Hoje Macau China / ÁsiaCongresso americano notificado da imposição de taxas sobre aço e alumínio [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Presidente dos EUA, Donald Trump, notificou formalmente o Congresso da imposição de taxas alfandegárias de 25 por cento para as do aço e 10 por cento para as de alumínio, uma medida polémica que deixou alguns países de fora. Sobre estes mesmos casos, Trump recordou que os países isentos destas tarifas têm até 1 de Maio para negociar com os EUA a manutenção desta isenção. “As tarifas alfandegárias sobre as importações alumínio e aço (provenientes) de Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, México, membros da União Europeia e Coreia do Sul estão suspensas até 1 de Maio de 2018”, escreveu Trump, em carta dirigida aos líderes das maiorias republicanas no Senado e na Câmara dos Representantes, Mitch McConell e Paul Ryan, respectivamente. Por outro lado, Trump abriu a porta a futuros acordos com qualquer país aliado dos EUA que actualmente não esteja isento destas tarifas. “Qualquer país com uma relação de segurança com os EUA que não esteja isento continua a ser bem-vindo a discutir connosco uma possível isenção baseada em meios alternativos para abordar a ameaça de deterioração da nossa segurança nacional”, escreveu Trump na sua carta. Trump assinou em 8 de Março a imposição destas taxas alfandegárias sobre as importações de aço e alumínio, decisão que foi então criticada pelo seu assessor económico na altura, Gary Cohn, que abandonou o cargo por divergências com o proteccionismo de Trump. A imposição destas tarifas alfandegárias foi o início de uma série de golpes nas últimas semanas entre a China e os EUA, que pode acabar no que os analistas classificam de “guerra comercial”.
Hoje Macau China / ÁsiaNova agência chinesa torna “mais eficaz” apoio de Pequim ao exterior A nova agência encarregue de supervisionar a ajuda prestada pela China além-fronteiras permitirá a Pequim desempenhar um papel “mais eficaz” como doador e coordenar o apoio financeiro com a sua agenda diplomática, afirmam analistas [dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]esignada como Agência de Cooperação e Desenvolvimento Internacional, a nova entidade aprovada esta semana no órgão legislativo chinês vai responder directamente ao Conselho de Estado, o órgão executivo máximo do país, e consolidar funções até agora dispersas entre os ministérios do Comércio e dos Negócios Estrangeiros. “A agência ajudará a reduzir a lacuna entre os crescentes recursos financeiros disponibilizados pela China e a sua posição como parceiro de desenvolvimento”, escreve Annalisa Prizzon, investigadora no centro de pesquisa com sede no Reino Unido Overseas Development Institute (ODI). “Apesar do importante papel da China como doador, a sua visibilidade e participação nos mecanismos de coordenação dos países têm sido baixas”, refere. Segundo a proposta apresentada pelo Governo chinês aos quase 3.000 deputados da Assembleia Popular Nacional, a nova agência “servirá a estratégia global do país, para avançar com a Nova Rota da Seda”. A decisão surge numa altura de crescente sofisticação da diplomacia chinesa, materializada naquela iniciativa – um gigantesco projecto de infraestruturas lançado em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, que abrange China, Europa, Ásia Central, África e sudeste Asiático. Pontes para o mundo Parte das novas ligações ferroviárias, portos, aeroportos, centrais eléctricas e zonas de comércio livre previstas no programa estão a ser desenvolvidas em países e regiões voláteis. Barnaby Willitts-King, também investigadora no ODI, lembra como “as ambições globais da China a levam para regiões frágeis” do globo. “A China precisa de gerir os riscos de se envolver em regiões afectadas por conflitos e a nova agência poderá ser crucial nesse esforço”, explica. Citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, Mao Shoulong, professor do departamento de Administração Pública na Universidade Renmin, em Pequim, concorda que a nova agência reflecte a crescente importância do apoio financeiro na estratégia global da China. “Diplomacia e exército têm sido os dois pilares da sua estratégia internacional, mas a China depende cada vez mais dos laços económicos, incluindo ajuda financeira, para alcançar os seus objectivos”, afirma. A China compete já com os Estados Unidos como maior doador do mundo, numa tendência que beneficia sobretudo África e Ásia, com Angola a figurar entre os três maiores receptores do apoio financeiro prestado por Pequim, logo atrás da Rússia e Paquistão, segundo a unidade de investigação sediada nos EUA ChinaAid. Entre 2000 e 2014, o país africano recebeu 11,5 mil milhões de euros em empréstimos e doações de Pequim, detalha a mesma fonte. Em troca, o país asiático “obteve condições favoráveis para a exploração de minérios” na nação africana, lê-se na pesquisa da China Aid. Aquela unidade de investigação estima que, no total, o país asiático doou cerca de 286 mil milhões de euros a 140 países, entre 2000 e 2014. Durante o mesmo período, a ajuda financeira prestada pelos EUA fixou-se em cerca de 319 mil milhões de euros.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | Mais de dois milhões de passageiros no primeiro trimestre [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Aeroporto Internacional de Macau (MIA, na sigla em inglês) registou mais de dois milhões de passageiros no primeiro trimestre do ano. Trata-se de um aumento de 20 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado. Entre Janeiro e Março, o aeroporto recebeu, diariamente, uma média de 22 mil passageiros em 160 movimentos aéreos, de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira pela CAM. Durante esse período, foram registados 15 mil voos, o que representa um aumento de 14 por cento comparativamente ao ano anterior. Só nas férias da Páscoa, entre a sexta e segunda-feira, foram contabilizados 90 mil passageiros, mais 12 por cento em relação ao mesmo período de 2017. Os mercados da China, do Sudeste Asiático e de Taiwan registaram um aumento de 33, 19 e 7 por cento, respectivamente. Já as viagens em companhias aéreas convencionais e de baixo custo registaram aumentos respectivos de 23 e 17 por cento. Com a entrada no mercado de novas transportadoras, a CAM afirmou esperar “manter a tendência de crescimento” no segundo trimestre do ano. Além do voo directo entre Macau e Moscovo, que irá arrancar em Maio com duas ligações semanais, a CAM irá cooperar com mais companhias aéreas internacionais com vista a voos “charter”. O objectivo é apoiar o desenvolvimento de Macau como centro de lazer e de turismo mundial, indicou a empresa na mesma nota. A empresa prometeu ainda “acelerar o ritmo da modernização das instalações aeroportuárias no futuro”, dado que o tráfego médio diário atingiu os 22 mil passageiros e, tendo em conta, “as oportunidades resultantes da entrada em funcionamento da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.
Hoje Macau InternacionalBrasil | Supremo Tribunal Federal nega recurso contra prisão de Lula da Silva [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil negou na quarta-feira à noite um recurso contra a prisão do ex-Presidente Lula da Silva, condenado em duas instâncias judiciais e que pretendia ficar em liberdade até à decisão final. A defesa de Lula da Silva tinha apresentado um ‘habeas corpus’ [garantia que permite aguardar julgamento em liberdade] junto do STF, que foi agora recusado pela maioria dos 11 juízes do tribunal. Na leitura do seu voto, Luís Roberto Barroso foi um dos magistrados que defendeu com maior ênfase a manutenção da possibilidade de prisão em segunda instância. A presunção de inocência é um “princípio” e “não uma regra”, sublinhou. Segundo o juiz, antes do STF decidir pela constitucionalidade da prisão antecipada, antes que todas as possibilidades de recursos serem julgadas nas diferentes instâncias da Justiça brasileira em 2016, o sistema punia réus pobres que não tinham condições de recorrer. “Prendemos muito e prendemos mal, é um lugar comum, mas é absolutamente verdadeiro. (…) Mais de 50 por cento da população reclusa não está presa pelas duas mazelas que afligem a sociedade brasileira: violência e corrupção”, disse. “O sistema funciona muito mal e, portanto, por todas essas razões, acho que devemos manter o entendimento judicial de 2016”, avaliou. Já o juiz Celso de Mello, o mais antigo do STF, considerou que sem trânsito em julgado [decisão judicial da qual não se pode mais recorrer] não há culpa e, por isto, acatou o pedido da defesa. “A presunção de inocência representa um direito fundamental de qualquer pessoa submetida a actos de persecução penal por parte das autoridades estatais”, destacou. Depois de quase onze horas de julgamento, os juízes também decidiram que a medida cautelar determinada pelo STF no último dia 22 de Março, que impedia a prisão de Lula da Silva até o final deste julgamento, perdeu a validade. O antigo chefe de Estado brasileiro foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4, segunda instância) em Janeiro e agora pode começar a cumprir pena, assim que a decisão do STF seguir os trâmites judiciais, um processo que não será imediato já que existem prazos de contestação.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Ilha de Boracay fecha seis meses devido à poluição das águas [dropcap style =’circle’] O [/dropcap] Presidente das Filipinas ordenou, na quarta-feira, o encerramento durante seis meses da ilha de Boracay, um dos principais destinos turísticos do país, devido à poluição das águas. A ilha, de 1.032 hectares, vai estar interdita ao público a partir de 26 de Abril, confirmou o porta-voz de Rodrigo Duterte, Harry Roque. Boracay recebeu, no ano passado, dois milhões de visitantes. Os departamentos de Recursos Naturais, Turismo e Interior filipinos recomendaram a pronta resolução “dos problemas ambientais que Boracay enfrenta”, e o Presidente filipino assinou, na quarta-feira, o encerramento da estância balnear, disse o porta-voz. A ameaça de encerrar a ilha surgiu em Fevereiro, quando Duterte descreveu a ilha como “um esgoto”. Desde então, foram estudadas várias opções, incluindo o encerramento por apenas dois meses, no início da estação das chuvas (Julho e Agosto), ou a modernização do sistema de esgoto da ilha. No entanto, os três Ministérios recomendaram ao Presidente que fechasse completamente Boracay por seis meses, a partir do início de Abril, o que “terá um grande impacto sobre os empresários e funcionários da ilha”. Trabalhadores em protesto Cerca de 36 mil pessoas vão ser afectadas, e as perdas económicas podem chegar a 874 mil euros, segundo estimativas. Na semana passada, o chefe de Estado das Filipinas afirmou que, caso encerrasse a ilha, iria declarar “estado de desastre” para ajudar financeiramente os afectados. Desde então, empresários e trabalhadores de Boracay protagonizaram vários protestos para exigir que o governo modernize a ilha em vez de optar por uma medida radical. O Governo filipino concedeu, em Março, uma licença à operadora de casinos de Macau Galaxy Entertainment Group para construir, em Boracay, um resort e um casino, um projecto avaliado em mais de 400 milhões de euros.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Represálias chinesas tocam no coração da economia dos EUA [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] s represálias comerciais chinesas sobre a aeronáutica, a soja e o automóvel tocam no coração da economia dos EUA, onde as vozes se elevam para denunciar a escalada das tensões que vão afectar consumidores e empresas norte-americanas. Em resposta à publicação, na terça-feira, pelo Governo de Donald Trump de uma lista provisória de produtos importados da China susceptíveis de serem submetidos a novos direitos alfandegários, Pequim replicou com a sua própria lista, visando importações do mesmo montante anual: 41 mil milhões de euros. O gigante asiático decidiu visar desta vez sectores ou produtos chave, com um peso importante nos 130,4 mil milhões de dólares de exportações dos EUA para a China, em particular, soja, automóvel e aeronáutica. “As represálias anunciadas pela China vão afectar o comércio, as empresas e os consumidores”, resumiu Gary Shapiro, presidente da Associação dos Consumidores do Sector Tecnológico, sublinhando que neste “combate de elefantes”, o mundo inteiro iria perder. A Associação Americana dos Produtores de Soja (ASA, na sigla em inglês) exprimiu imediatamente a “sua extrema frustração face à escalada da guerra comercial com o maior cliente de soja americano”, e exortou “a Casa Branca a reconsiderar as tarifas que conduziram às represálias”. As exportações dos EUA de soja para a China representaram mais de 12 mil milhões de dólares em 2017. A China comprou 61 por cento das exportações de soja dos EUA e mais de 30 por cento da produção norte-americana, sublinhou a ASA. O ministro do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, procurou minimizar o impacto das retaliações chinesas sobre a economia dos EUA. “Coloquemo-las em perspectiva”, declarou à televisão CNBC. “Estes 50 mil milhões representam 0,3 por cento do nosso PIB” (produto interno bruto), disse. Ross remeteu assim para a mensagem que Trump divulgou via Twitter, em que sublinhava que com mais de 500 mil milhões de dólares de importações chinesas, a guerra comercial com a China estava perdida desde há muito. “Com o roubo da propriedade intelectual, são 300 mil milhões de dólares suplementares. Isto não pode continuar!”, escreveu Trump. Motor gripado No sector automóvel, onde alguns construtores, como o Tesla, não têm fábricas na China, os receios são palpáveis. “Nós apoiamos uma relação comercial positiva entre os EUA e a China e exortamos os dois países a continuarem a desenvolver um diálogo construtivo”, declarou o principal construtor automóvel norte-americano, General Motors (GM), sublinhando “a interdependência entre os dois maiores mercados automóveis do mundo”. A GM vendeu em Fevereiro mais veículos na China do que nos EUA. O Conselho Económico Sino-Americano lembra em nota que as exportações para a China são “vitais para o crescimento económico norte-americano”. A maior parte dos Estados integrantes dos EUA viram as suas exportações para a China aumentarem fortemente desde 2006, segundo os dados deste organismo que agrupa as empresas com actividade na China. Uma trintena delas, em 50, viu as suas exportações de bens para a China mais do que duplicar em 10 anos. Quatro Estados tiveram mesmo um aumento em 500 por cento das suas exportações: Alabama, Carolina do Sul, Dacota do Norte e Montana. “Farei tudo o que puder para que isto não penalize a agricultura nos EUA, em geral, e no [Estado do] Iowa, em particular”, declarou à comunicação social o senador republicano Chuck Grassley, eleito por este Estado e personalidade destacada do Congresso. “Impor taxas sobre produtos utilizados todos os dias pelos consumidores norte-americanos e pelos criadores de emprego não é melhor maneira” de restaurar uma relação comercial equitativa com a China, reagiu, por seu lado, Myron Brilliant, dirigente da Câmara do Comércio dos EUA, a principal federação patronal norte-americana. Estes novos desenvolvimentos provocaram a abertura de Wall Street, na quarta-feira, em baixa. Mas a bolsa acabou por fechar em alta, depois de o novo conselheiro económico de Trump, Larry Kudlow, ter tranquilizado os investidores: “Compreendo a ansiedade dos mercados, mas não é preciso reagir em excesso”, disse na televisão Fox. Kudlow garantiu mesmo: “Penso que no fim do processo (…) vai haver um pote de ouro. E, se abrirmos esse pote, vamos encontrar mais crescimento económico, mais trocas comerciais e uma subida de salários nos dois lados. Em outras declarações à imprensa, Larry Kudlow admitiu que a probabilidade de as taxas dos EUA sobre as importações chinesas poderem acabar por não ser aplicadas, no final do processo de negociações.
Hoje Macau SociedadeConfirmados dois casos em tripulantes que vieram para Macau [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] s Serviços de Saúde de Macau anunciaram na quarta-feira à noite terem sido confirmados dois casos de sarampo em tripulantes de cabine da companhia aérea Tigerair Taiwan, que realizaram voos entre Taiwan e Macau. As autoridades afirmaram ter sido notificadas pelo Departamento de Controlo de Doenças da ilha, na terça-feira, da existência de dois casos de sarampo, um homem e uma mulher, ambos tripulantes de cabine da companhia aérea Tigerair Taiwan. O homem efectuou voos na segunda-feira, “durante a manifestação de sintomas”, entre o Aeroporto Internacional de Taoyuan em Taiwan e o Aeroporto Internacional de Macau e de Macau para Kaohsiung, indicaram aqueles serviços, em comunicado. Já a mulher esteve em voos de ida e volta, a 31 de Março, entre Taoyuan e Macau. Os Serviços de Saúde acrescentaram que os dois tripulantes permaneceram sempre no avião, durante a estada em Macau. Lam Chong, responsável do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde afirmou que há 43 passageiros de Macau que já regressaram, tendo os restantes ficado em Taiwan. Lam Chong acrescentou ainda que a taxa de vacinação contra sarampo é elevada, e que de entre os 43 passageiros que voltaram para Macau, 80 por cento já tinham sido vacinados, sendo que ninguém manifestou sintomas da doença. Surtos esporádicos A Região Administrativa Especial de Macau obteve a acreditação da erradicação do sarampo da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2014, sendo um dos quatro primeiros países da Região do Pacífico Ocidental a eliminar a doença. Apesar de cada vez mais pessoas estarem vacinadas contra o sarampo, têm ocorrido, recentemente, casos esporádicos de surtos da doença. Em Portugal, o surto de sarampo tinha infectado, até quarta-feira, 90 pessoas, de acordo com a Direção-Geral de Saúde (DGS). Segundo a mesma entidade, o vírus do sarampo é transmitido por contacto directo com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infectada tosse ou espirra. Este organismo do Ministério da Saúde indica que “os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infectada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal”.
Hoje Macau PolíticaPensões ilegais | Selados 1136 apartamentos desde 2010 [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] s autoridades de Macau fecharam 1136 fracções desde a entrada em vigor da lei de proibição prestação ilegal de alojamento a 13 de Agosto de 2010. Os dados foram facultados pela directora dos Serviços de Turismo (DST) numa resposta a uma interpelação escrita da deputada Song Pek Kei. Segundo Helena de Senna Fernandes, até ao passado dia 4 de Março, foram realizadas 2452 acções de inspecção conjunta a um total de 3805 fracções, o que significa que três em cada dez apartamentos fiscalizados foram selados e instaurados os procedimentos sancionatórios contra os indiciados. De acordo com a DST, realizam-se inspecções de rotina, em média, três a quatro vezes por semana. Actualmente, encontram-se licenciadas 118 unidades hoteleiras, proporcionando 39266 quartos. De acordo com dados da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes estavam em construção 26 estabelecimentos. A DST refere ainda, na mesma resposta, estar em curso a elaboração da proposta de lei relativa ao licenciamento e funcionamento dos estabelecimentos hoteleiros e de restauração nele inseridos, com vista a melhorar a legislação associada ao turismo, dando resposta às necessidades do desenvolvimento do sector turístico.
Hoje Macau PolíticaDeputados com dúvidas sobre reclamações de assistentes sociais [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] s deputados da segunda Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) que analisam o regime de acreditação profissional e inscrição para assistente social têm dúvidas sobre as matérias que podem ser alvo de reclamação e recurso, refere o canal de rádio da TDM. De acordo com o diploma em análise em sede de especialidade, os interessados podem, no prazo de 15 dias apresentar reclamações junto do futuro Conselho Profissional dos Assistentes Sociais (CPAS) ou, no prazo de 30 dias, interpor recurso hierárquico ao presidente do Instituto de Acção Social (IAS). O artigo em questão não detalha, no entanto, o âmbito das reclamações. O presidente da segunda comissão da AL, Chan Chak Mo, disse que na reunião de quarta-feira com o Governo, os deputados sugeriram que o artigo sobre a reclamação e recurso devia ser redigido “com mais pormenor”. “Será que quando há uma decisão do CPAS em relação à formação ou código [de ética profissional] se pode reclamar sobre isso? O governo referiu que isso vai ter de ser clarificado. Se se puder fazer reclamação de tudo, então [o CPAS] vai ter um grande volume de trabalho”, afirmou, refere a TDM. Chan Chak Mo disse também que a questão vai ser aprofundada em reuniões técnicas e que o Governo deverá apresentar uma nova versão de trabalho à AL. “Já finalizámos a primeira fase da discussão. Agora as duas assessorias vão continuar a dialogar sobre o conteúdo e a redacção da parte jurídica, e o Governo vai ainda efectuar alguns ajustes tendo em conta as nossas opiniões”, observou. Prazos apertados Os deputados discutiram ainda o prazo para comunicar a alteração da entidade patronal ao IAS sob pena de multa no valor de 500 patacas. Alguns deputados consideraram que o prazo de 30 dias é curto, mas o Governo manteve o prazo de um mês. O Executivo argumentou que a profissão de assistente social é muito importante e deu o exemplo de que em Hong Kong o prazo para informar sobre a mudança de trabalho ou de novos dados pessoais é de 15 dias. De acordo com Chan Chak Mo, na reunião em sede de especialidade, o Governo informou que vai efectuar a revisão do Regime de acreditação profissional e inscrição para assistente social dentro de cinco anos e os deputados concordaram.
Hoje Macau Manchete PolíticaCE | Apresentada proposta de lei relativa a benefícios fiscais sobre veículos [dropcap style=’circle’] N [/dropcap] o início da semana o representante dos lesados com veículos inundados devido à passagem do tufão Hato queixou-se da demora nas medidas de ajuda do Governo. Quarta-feira o Conselho Executivo apresentou a proposta de lei relativa a esta matéria que prevê a dedução ou restituição do imposto sobre veículos motorizados O Conselho Executivo de Macau apresentou na quarta-feira uma proposta de lei que estabelece benefícios fiscais para a aquisição de veículos motorizados, na sequência dos elevados danos causados pela passagem do tufão Hato, em Agosto passado. A proposta de lei prevê que “aos proprietários que adquiram veículos motorizados novos seja atribuído o benefício fiscal de dedução ou de restituição do imposto sobre veículos motorizados”. Os proprietários dos veículos motorizados novos que utilizem exclusivamente energias alternativas aos combustíveis derivados do petróleo podem ficar “isentos do pagamento do imposto sobre veículos motorizados de acordo com a legislação vigente”. “Considerando que durante a passagem do forte tufão Hato pela Região Administrativa Especial de Macau, uma grande quantidade de veículos motorizados ficou submersa ou esmagada (…), o Governo elaborou a proposta de lei ‘Benefício fiscal especial para aquisição de veículos motorizados’”, indicou, em comunicado. Proprietários preocupados A proposta apresentada pelo CE surge dias após a queixa de Leong, representante da aliança constituída por vários grupos de pessoas que perderam carros nas inundações provocadas pela passagem do tufão Hato. O responsável criticava a demora das medidas prometidas pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF). Em declarações ao Jornal Ou Mun, Leong referia mesmo que os proprietários lesados tinham sido enganados pelo Governo. Em Agosto do ano passado, a DSF anunciou medidas de apoio, nomeadamente a devolução de impostos já pagos na aquisição de novos veículos. No entanto, passando meio ano, o representante da associação de lesados critica a falta de seguimento deste processo. O representante recorda que na altura foi exigido aos proprietários o cancelamento das matrículas dos veículos inundados. Desde a passagem do Hato pelo território, o Governo de Macau aprovou medidas de ajuda aos mais afetados, disponibilizando, por exemplo, 14,36 milhões de patacas para obras de manutenção e reparação emergentes das instalações danificadas.
Hoje Macau China / ÁsiaFé | Pequim diz que limitar ordenação de clérigos não viola liberdade religiosa [dropcap style =’circle’] A [/dropcap] China disse ontem que limitar o controlo do Vaticano na nomeação dos bispos não restringe a liberdade religiosa dos crentes chineses, numa altura em que Pequim e a Santa Sé discutem um primeiro acordo O vice-director da Administração de Assuntos Religiosos da China Chen Zongron reafirmou a noção de que os grupos religiosos do país não podem ser controlados por “forças estrangeiras”. “A constituição chinesa afirma claramente que os grupos e assuntos religiosos não podem ser controlados por forças estrangeiras, e que estas não devem interferir de forma alguma”, afirmou. O responsável, que falava durante a apresentação de um livro branco do Conselho de Estado chinês sobre a liberdade religiosa no país, afirmou que discorda que Pequim esteja a restringir a prática religiosa por não dar “controlo absoluto” ao Vaticano na nomeação dos bispos. Pequim e a Santa Sé estão prestes a quebrar mais de meio século de antagonismo com a assinatura de um primeiro acordo sobre a nomeação dos bispos. Os dois Estados romperam os laços diplomáticos em 1951, depois de Pio XII excomungar os bispos designados pelo Governo chinês. Rezar no escuro Os católicos chineses dividiram-se então entre duas igrejas: a Associação Católica Patriótica Chinesa, aprovada por Pequim, e a clandestina, que continuou fiel ao Vaticano. Segundo o acordo, que observadores afirmam que será anunciado em breve, o Vaticano deve reconhecer sete bispos nomeados por Pequim, enquanto dois bispos da igreja clandestina terão que se afastar. O acordo tem suscitado críticas de que a Santa Sé está a abdicar de muito, depois de quase sete décadas a reafirmar a necessidade de manter a igreja católica independente do controlo do Governo chinês. Na semana passada, Guo Xijin, um dos bispos ordenados pelo Vaticano que deverá ceder o seu posto por não ser reconhecido pelas autoridades chinesas, foi temporariamente removido da sua paróquia, no sul do país, mas regressou no domingo para celebrar a páscoa.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Xi e Guterres presentes no Fórum Boao, o “Davos Asiático” [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, assistirá esta semana ao Fórum Boao, conhecido como o “Davos Asiático”, e que contará também com o secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês A directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e os Presidentes das Filipinas e da Áustria, Rodrigo Duterte e Alexander van der Bellen, respectivamente, também estarão presentes, afirmou Wang Yi. O evento, que se celebra entre 8 e 11 de Abril, contará ainda com os primeiros-ministros de Singapura, Holanda, Mongólia e Paquistão, acrescentou. Portugal, que em 2017 esteve representado pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, não terá este ano participação a nível ministerial. Fundado em 2001, o fórum celebra-se na cidade chinesa de Boao, na ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país, e tem nesta edição o tema “uma Ásia aberta e inovadora para um mundo próspero”. O discurso de inauguração caberá a Xi Jinping, indicou Wang Yi, adiantando que o líder chinês vai reunir-se com mandatários estrangeiros presentes na iniciativa. É a terceira vez que Xi assiste ao fórum, desde que assumiu o cargo de Presidente, o que mostra o “seu compromisso e forte apoio”, segundo Wang Yi. “Boao converteu-se numa importante ponte entre a China e o resto do mundo”, destacou o ministro. A edição deste ano vai dar especial importância ao processo de reforma e abertura económica, adoptado pelo China há 40 anos, e que permitiu ao país converter-se na segunda maior economia mundial. Mais de dois mil líderes políticos e económicos, entre os quais directores de grandes multinacionais chinesas e estrangeiras, vão estar presentes no fórum. Bolsas encolhem O encontro de acontece numa altura em que se desenrola uma guerra comercial entre as duas maiores potências económicas mundiais. As principais bolsas mundiais registaram quedas pelo segundo dia consecutivo, com investidores a reagir às crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, noticiou ontem a agência Associated Press (AP). A tensão comercial entre os Estados Unidos e a China agravou-se depois de Pequim ter anunciado na segunda-feira novas tarifas sobre produtos agrícolas, uma retaliação contra as taxas na importação de aço e alumínio, aplicadas pela administração de Donald Trump. Como consequência, os mercados da China, Japão e Coreia do Sul caíram na terça-feira e o iene subiu em relação ao dólar. A bolsa de Xangai abriu com uma queda de 1,05 por cento, o índice Nikkei, de Tóquio, caiu 1,28 por cento, e o indicador Kospi, de Seul, desceu 0,21 por cento. Na segunda-feira, também a bolsa de Wall Street fechou em forte recuo, com o receio do agravar das tensões comerciais internacionais e com os investidores a provocarem a queda de alguns valores simbólicos da tecnologia, como a Amazon ou a Intel. O crescente escrutínio público das empresas de tecnologia é apontado como outro motor de queda dos mercados mundiais, verificando-se uma “queda acentuada” das acções de várias empresas, como a Amazon, a Intel e a Tyson, de acordo com a AP. A Amazon, empresa transnacional de comércio electrónico, afundou no último fim-de-semana, enquanto o Facebook entrou em colapso com o “crescente escândalo” de privacidade que continua a pesar nas ações da empresa. A iminente ameaça de uma regulamentação mais rigorosa no sector de tecnologia na Europa e nos EUA levou os investidores a retirar dinheiro de empresas como a Netflix, a Microsoft e a Alphabet, empresa-mãe do Google, avançou a mesma fonte. Depois de um mês de negociações públicas entre os Estados Unidos e vários outros países, a China foi o primeiro estado a colocar tarifas sobre produtos dos EUA em retaliação contra as recentes sanções comerciais do governo Trump. Destaque: Fundado em 2001, o fórum celebra-se na cidade chinesa de Boao, na ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país, e tem nesta edição o tema “uma Ásia aberta e inovadora para um mundo próspero”.
Hoje Macau SociedadeProprietários com carros inundados sentem-se enganados [dropcap style≠‘circle’]L[/dropcap]eong, representante da aliança constituída por vários grupos de pessoas que perderam carros nas inundações provocadas pela passagem do tufão Hato, critica a demora das medidas prometidas pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF). Os proprietários lesados aguardam a redução e isenção do imposto sobre veículos motorizados anunciadas pela entidade. Em declarações ao Jornal Ou Mun, Leong considera que foi enganado pelo Governo. Em Agosto do ano passado, a DSF anunciou medidas de apoio, nomeadamente a devolução de impostos já pagos na aquisição de novos veículos. No entanto, passando meio ano, o representante da associação de lesados critica a falta de seguimento deste processo. O representante recorda que na altura foi exigido aos proprietários o cancelamento das matrículas dos veículos inundados. Os proprietários cooperaram, no entanto ainda não receberam qualquer tipo de imposto. Para Leong trata-se de um engano e acusa mesmo o Executivo de ter ficado com o dinheiro obtido com a venda dos carros em hasta pública sem que o tivesse usado para retribuir aos lesados na dedução do imposto.
Hoje Macau InternacionalA Venezuela tem 234 presos políticos – ONG [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Fórum Penal Venezuelano (FPV) denunciou ontem que tem registros da existência de 234 presos políticos e 7.210 pessoas submetidas a processos judiciais por motivos políticos, na Venezuela. “O mês de março de 2018 terminou com 235 presos políticos e com 7.210 pessoas submetidas as processos penais sob medidas cautelares por motivos políticos na Venezuela”, anunciou o FPV na sua conta do Twitter. Segundo o FPV, 90 presos políticos estão em prisão domiciliária, 78 em comandos da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), 70 nos Serviços Bolivarianos de Inteligência (Sebin – serviços secretos). Por outro lado, há 48 presos políticos na cadeia de Santa Ana (Estado de Táchira, sudoeste do país), seguidas por Ramo Verde (38), 26 de Julho (23), La Pica (14), Core (13), Uribana (10), comandos da Polícia Nacional Bolivariana (9) e polícias estaduais (9). Nos calabouços do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (Cicpc, antiga Polícia Técnica Judiciária) estão nove, no Centro Libertador cinco, em Tocuyito quatro, no Centro Cabimas quatro e três no Rodeo II. Na Direção-Geral de Contrainteligência Militar há três presos políticos, no Rodeo II dois, em Puente Ayala dois, no Forte de Tiúna (principal base militar de Caracas) dois, no Internado de Cumaná, em Alayón e em Cerra um em cada. Entre os casos mais conhecidos de presos políticos está o ex-ministro da Defesa venezuelano, Raul Baduel. Por outro lado, o filho do ex-ministro, que também se chama Raul Baduel, e os estudantes Alexander Tirado e Alejandro Zerpa, presos por protestar contra o regime o Governo venezuelano.
Hoje Macau China / ÁsiaKim Jong-un “recebe calorosamente” artistas sul-coreanos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] líder da Coreia do Norte “recebeu calorosamente” uma delegação de 120 artistas sul-coreanos, que participaram no Domingo, num espectáculo em Pyongyang, noticiou a agência oficial norte-coreana KCNA. Kim Jong-un “recebeu calorosamente a delegação sul-coreana e expressou a sua alegria por esta visita a Pyongyang” de músicos, dançarinos e praticantes de artes marciais, escreveu a KCNA, que publicou várias imagens do espectáculo, realizado no Grande Teatro do Este, perante cerca de 1.500 pessoas. O evento acontece num período de apaziguamento entre as duas Coreias, após cerca de dois anos de um aumento da tensão na península devido à realização de testes nucleares e balísticos por parte do regime de Pyongyang. Os Jogos Olímpicos de Inverno, que decorreram em Fevereiro na Coreia do Sul, criaram um ambiente de apaziguamento entre as duas Coreias. A 27 de Abril, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, vão reunir-se, na primeira cimeira entre as duas Coreias em 11 anos. Para Maio é aguardada um encontro inédito entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. Em outro sinal de pacificação, os exercícios militares anuais conjuntos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, que começaram este fim-de-semana e que todos os anos são encarados por Pyongyang como uma manobra de provocação, foram este ano encurtados para um mês. Este ano, os dois aliados optaram pela não utilização de armas estratégicas, enquanto Kim Jong-un afirmou compreender o compromisso assumido por Seul e Washington para a realização destes exercícios militares. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e a sua mulher assistiram ao primeiro espectáculo de artistas sul-coreanos em Pyongyang em mais de uma década, segundo a agência noticiosa sul-coreana Yonhap. O evento acontece num período de apaziguamento entre as duas Coreias após cerca de dois anos de uma escalada devido à realização de testes nucleares e balísticos por parte do regime de Pyongyang. Cento e vinte sul-coreanos, incluindo cantores de música pop, dançarinos e praticantes de artes marciais, chegaram no Sábado à capital da Coreia da Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaHanói e Pequim comprometem-se com a paz no mar do sul da China [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] China e o Vietname comprometeram-se no Domingo, em Hanói, a manter a paz no mar do sul da China, uma zona estratégica e fonte de tensão entre os dois países. “As duas partes devem respeitar os princípios fundamentais que regem a resolução de conflitos marítimos. Nenhum deve tomar medidas unilaterais que agravariam a situação”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, perante os jornalistas em Hanói, durante uma visita oficial ao Vietname. “Estamos prontos a cooperar com os chineses para resolver os problemas”, afirmou o homólogo vietnamita, Pham Binh Minh. Os dois países devem “gerir as divergências, não agravar os conflitos, respeitar os direitos e interesses legítimos do outro em conformidade com o direito internacional”, acrescentou. Wang Yi destacou que as relações entre os dois países encontram-se numa “tendência muito positiva”. “Bons vizinhos, bons companheiros, bons amigos e bons parceiros”, sublinhou. A visita de Wang ocorre uma semana depois do Vietname ter suspendido um projecto de perfuração de petróleo no mar do sul da China, pela segunda vez no prazo de um ano, após pressão da China. Pequim reivindica a quase totalidade do mar do sul da China, um espaço marítimo alegadamente rico em reservas de gás e de petróleo, e estratégico para o comércio e a defesa. Nos últimos anos, Pequim construiu no mar do sul da China ilhas artificiais capazes de receberem instalações militares, num avanço contrário às pretensões do Vietname e das Filipinas, ambos com reivindicações na zona, tal como Brunei, Taiwan e Malásia. Devido às crescentes tensões com Pequim, Hanói reforçou os laços militares com os Estados Unidos. Um porta-aviões norte-americano fez escala no Vietname, no início de Março, uma estreia histórica para os dois antigos inimigos.