Hoje Macau SociedadeSS | Mais de 700 inspecções diárias sobre álcool e tabaco Os Serviços de Saúde (SS), através dos seus inspectores, realizaram entre os meses de Janeiro e Setembro deste ano uma média de 716 inspecções diárias no combate ao consumo ilegal de tabaco e álcool, num total de 196.198 inspecções em estabelecimentos comerciais. No que diz respeito ao tabaco, foram detectados 2.887 casos de fumo ilegal, 89 de transporte de cigarro electrónico para entrada e saída de Macau e ainda 91 casos suspeitos de violação de outras disposições da lei, tal como a não afixação dos dísticos de proibição de fumar nos locais previstos na lei e a não afixação do aviso de proibição de venda de produtos do tabaco, a menores de 18 anos nos locais de venda. No que diz respeito ao tipo de estabelecimento violador da lei, em primeiro lugar surgem os restaurantes, com 448 casos, ou seja, 15,6 por cento do total, seguindo-se os casinos, com 343 casos, 11,9 por cento. No caso do aeroporto, abrange dez por cento de todos os casos ocorridos, num total de 288. Relativamente ao consumo de álcool, registaram-se 37 casos suspeitos de violação da lei e ainda nove casos envolvendo a venda ou a disponibilização de bebidas alcoólicas a menores.
Hoje Macau Manchete SociedadeMulheres | Macaenses homenageadas em conferência internacional Fernanda Dias, Deolinda da Conceição, Cecília Jorge e Graciete Batalha são as mulheres homenageadas no evento co-organizado pela Universidade de Macau que vai decorrer entre hoje e amanhã Quatro “verdadeiras pioneiras” de Macau vão ser alvo de um tributo, a partir de quarta-feira, numa conferência de dois dias sobre a condição da mulher no território, disse à Lusa uma das organizadoras. “Foram mulheres que tomaram as rédeas da sua vida e tiveram uma intervenção muito activa, no palco cultural e em outros também”, apesar dos obstáculos que enfrentaram numa sociedade “muito conservadora”, disse Vera Borges. O evento vai contar com duas das pioneiras, uma delas a escritora e artista plástica portuguesa Fernanda Dias, cuja obra “tem uma dimensão que em muito ultrapassa” a região, defendeu a professora da Universidade da Cidade de Macau, Vera Borges. A outra, será a escritora, jornalista e investigadora Cecília Jorge, que “sintetiza de forma exemplar a condição macaense e como é que os portugueses se podem rever nesse espelho” da história do país, afirmou Vera Borges. Os macaenses são uma comunidade euro-asiática, composta sobretudo por luso-descendentes, com raízes no território. Outra personalidade macaense alvo do tributo, a escritora Deolinda da Conceição (1913-1957), foi também a primeira mulher jornalista de Macau. “Em muitos aspectos pertence muito mais ao nosso tempo do que ao tempo em que ela viveu”, sublinhou Vera Borges. A académica recordou que Deolinda da Conceição, que chegou a ser directora de uma escola portuguesa em Hong Kong, quando chegou a Macau foi impedida de continuar a exercer a docência e teve de enveredar pelo jornalismo. Figuras únicas A linguista, pedagoga e deputada macaense Graciete Batalha (1925-1992) completa a lista de quatro mulheres que Vera Borges descreveu como “figuras ímpares no panorama cultural de Macau” e a que a conferência irá também servir de tributo. Durante dois dias, a conferência internacional, co-organizada com a Universidade de Macau (UM), terá como tema “O feminino e questões de género na contemporaneidade. Intervenção no feminino: mulheres na cena de Macau”. Vera Borges lembrou que “a actual ordem internacional coloca a questão do papel da mulher, dos direitos da mulher na ordem, por boas e por más razões, um pouco por todo o lado”. E é “a afirmação dos direitos de um sujeito feminino, individual” que a académica vê como tema abrangente da realizadora local Tracy Choi Ian Sin, que vai fechar a conferência a falar sobre “como é crescer como mulher em Macau”. Antes da sessão, será exibido o filme que Choi realizou em 2016, “Sisterhood” (“Irmandade”), sobre a relação entre duas mulheres em Macau na altura da transição de administração para a China, em 1999. A conferência vai contar com 32 comunicações de professores e investigadores de universidades de Macau, China continental, Portugal, Brasil e Itália. A professora da Universidade de Florença Michela Graziani irá falar sobre as ligações entre as mulheres descritas por Deolinda da Conceição, pela também macaense Maria Pacheco Borges (1919-1992) e pela portuguesa Maria Ondina Braga (1932-2003).
Hoje Macau SociedadeTemperatura | Esperada descida nos próximos dias Os Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) prevêem que a tempestade tropical “Trami”, situada a leste das Filipinas, deverá mover-se para a zona oeste nos próximos dias, o que irá provocar uma quebra de temperaturas em Macau. Segundo uma nota oficial, entre a tarde de amanhã e a manhã de sexta-feira a tempestade deverá estar a cerca de 800 quilómetros de Macau em direcção à ilha de Hainão. Os SMG esperam “emitir o sinal de tempestade tropical em tempo oportuno”, esperando-se “tempo ligeiramente fresco devido à influência de uma monção de nordeste”, com a temperatura “a descer nos próximos dias”. No fim-de-semana a influência do “Trami” e da referida monção vai causar ventos fortes.
Hoje Macau SociedadeMCB | Arguidos dizem desconhecer que documentos eram falsos Yau Wai Chu, ex-presidente do Banco Chinês de Macau (MCB, na sigla em inglês), afirmou desconhecer que vários dos documentos utilizados para aprovar empréstimos eram falsificados. De acordo com o Canal Macau da TDM, as declarações foram prestadas na segunda-feira, no terceiro dia do julgamento em que Yau Wai Chi e Liu Wai Gui são acusados de terem criado empresas fictícias para pedir empréstimos ao banco, ficando com as verbas. A ex-presidente da instituição afirmou ter confiado nos documentos fornecidos pelos colegas responsáveis pela avaliação dos requerentes de empréstimos e destacou ter aprovado os empréstimos com base em pareceres favoráveis dos subordinados. Na sessão de segunda-feira foi também ouvido Ng Man Un, ex-director do Departamento Empresarial do Banco, que assegurou nunca ter tido suspeitas de existirem contratos falsos na instituição. Contudo, reconheceu que os empréstimos foram aprovados por “confiança”, sem que tivessem sido prestadas garantias por parte dos clientes. O ex-director do Departamento Empresarial do Banco acrescentou que os empréstimos eram aprovados sem que se pedissem informações sobre o destino do dinheiro. De acordo com a acusação, os empréstimos eram justificados pelas diferentes empresas utilizadas no alegado esquema com a realização de obras, atribuídas pelas concessionárias do jogo ou pelo Governo da RAEM. Contudo, Yau Wai Chi e Ng Man Un admitiram que não visitavam os lugares onde decorriam as alegadas obras. Segundo o MP, o esquema terá causado perdas de 456 milhões de patacas ao MCB. A instituição tem como principal accionista a empresa Nam Yue, controlada pelo Governo da Província de Guandong.
Hoje Macau PolíticaZhuhai | Alunos do Colégio São José participam em campo militar Um grupo de alunos do ensino preparatório da secção chinesa do Colégio Diocesano de São José receberam formação militar no Centro de Formação e Educação para a Defesa Nacional de Zhuhai, entre os dias 14 e 18 Outubro. Numa publicação da escola no Facebook é explicado que a participação no campo militar teve como objectivos “fazer com que os alunos conheçam o Exército de Libertação Popular através do rigor das suas normas, atitude e disciplina, reforçar o espírito de solidariedade, cultivar autodisciplina e aumentar a autoconfiança”. A publicação realça que, “mais importante ainda”, importa o objectivo de “reforçar o amor e o orgulho dos alunos pela sua pátria”. Entre os conhecimentos que o campo militar proporciona, o Colégio Diocesano de São José, que pertence à Associação das Escolas Católicas de Macau, elenca a organização pessoal, posturas militares básicas, içar da bandeira, treino de combate pessoal e no manuseamento de armas. Todos os anos, cerca de 4.000 alunos de Macau do 8º ano de escolaridade, participam nestes campos militares em Zhuhai. As viagens são organizadas pela Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) e não são obrigatórias, apesar da grande adesão da larga maioria das escolas do território. No ano lectivo passado, “o custo, por pessoa, da jornada de educação, com a duração de 5 dias e 4 noites, é superior a 700 patacas”, indicou a DSEDJ ao HM, em Março, com o custo anual a ultrapassar 2,8 milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Executado por matar mulher ao atirar objectos do 33.º andar O Supremo Tribunal Popular da China confirmou e executou ontem a pena de morte de um homem responsável pelo óbito de uma mulher, após ter atirado uma série de objectos do 33.º andar de um edifício na cidade de Changchun, no nordeste do país. Zhou atirou vários objectos pesados, incluindo dois garrafões de água de cinco litros e três latas de refrigerante fechadas, da janela de um apartamento no 33.º andar de um edifício residencial em Junho de 2023, antes de atirar o tijolo que matou a vítima, uma mulher de 28 anos, noticiou o jornal local The Paper. O homem estava desempregado, vivia num apartamento alugado temporariamente e disse às autoridades que se sentia “insatisfeito com a vida e tinha ódio à sociedade”, o que o levou a planear e executar os ataques. A condenação de Zhou, que não foi considerado doente mental, segundo o tribunal, foi confirmada em Dezembro de 2023 por um tribunal local de primeira instância de Changchun, que considerou que os actos cometidos constituíam um “grave perigo” para a segurança pública. Para além da pena de morte, Zhou foi condenado a pagar mais de 40.000 yuan de despesas de funeral e outras indemnizações à família da vítima.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim pede a Washington que levante embargo contra Cuba após cortes de electricidade A China pediu ontem aos Estados Unidos que “levantem o embargo e as sanções contra Cuba”, depois de a ilha ter sofrido uma série de apagões nos últimos dias. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou em conferência de imprensa que “o embargo dos Estados Unidos contra Cuba causou grandes danos ao desenvolvimento económico e social do país e à vida do seu povo”. O representante da diplomacia chinesa instou Washington a “retirar Havana da lista de países que apoiam o terrorismo”, algo que “responde aos interesses comuns dos Estados Unidos e de Cuba e dos povos de ambos os países, e que favoreceria a estabilidade e o desenvolvimento da região e que é também um pedido universal da comunidade internacional”, explicou. Lin afirmou que China e Cuba “são bons amigos, bons camaradas e bons irmãos” e que Pequim “simpatiza com as dificuldades actuais de Cuba”. “Acreditamos que, sob a liderança firme do Partido Comunista de Cuba, o povo cubano conseguirá, sem dúvida, ultrapassar as dificuldades temporárias e fazer avançar a causa do socialismo”, acrescentou o porta-voz. Às escuras O terceiro apagão total do Sistema Eléctrico Nacional (SEN) de Cuba em menos de 72 horas, no domingo, voltou a frustrar as tentativas de restabelecer um serviço básico que entrou em colapso há três dias, após semanas de agravamento da crise energética que se arrasta há anos no país das Caraíbas. Os apagões são comuns há anos, mas a situação agravou-se nas últimas semanas. Nos últimos dias, houve dias com picos de apagões superiores a 50 por cento, ou seja, momentos em que metade do país ficou simultaneamente sem electricidade. Os frequentes apagões estão a prejudicar a economia cubana, que registou uma contracção de 1,9 por cento em 2023, e a alimentar o descontentamento social numa sociedade afectada por uma crise económica que se agravou nos últimos anos. A China, principal aliado político de Cuba, doou nos últimos meses componentes e vários parques fotovoltaicos completos à ilha das Caraíbas.
Hoje Macau EventosFRC | Livro de Dora Nunes Gago apresentado hoje É hoje apresentado, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha (FRC) o livro “Palavras Nómadas”, da autoria de Dora Nunes Gago, ex-directora do departamento de português da Universidade de Macau. Trata-se de um livro lançado em Março do ano passado com a chancela da editora portuguesa Húmus, relatando “em crónicas as muitas viagens solitárias da autora pelo mundo, acompanhada pelas palavras dos seus escritores preferidos”. O livro foi distinguido em Julho de 2024 com o Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga, da Associação Portuguesa de Escritores. De acordo com o prefácio de Onésimo Teotónio Almeida, este “é uma viagem silenciosa, porém rica de olhares, finos na sua perspicácia e sensibilidade”, que o mesmo comparou às aventuras de “Fernão Mendes Pinto em versão moderna: uma mulher a viajar sozinha pelo planeta”. “Não exagero a referência ao autor da Peregrinação. Os revezes e os contratempos não são comparáveis, mas os países sim, sobretudo pela alta percentagem de terras asiáticas na lista das que a narradora palmilhou. Dei-me ao cuidado de registar, sem qualquer pré-concebida ordem, os países tocados por estas crónicas: China, Taiwan, Camboja, Indonésia, Tailândia, Índia, Laos, Malásia, Japão, Filipinas, Singapura, Turquia, Estados Unidos, Países Baixos, Espanha, Brasil, Reino Unido, Uruguai, Guiné-Bissau… Não garanto ter sido exaustivo”, declarou. A apresentação do livro será feita por Sara Augusto, juntamente com docentes de português, nomeadamente Maria José Grosso, Sara Santos, Chen Gaozhao e João Veloso. Dora Nunes Gago nasceu em São Brás de Alportel, na região do Algarve, e é doutorada em Literaturas Românicas Comparadas pela Universidade Nova de Lisboa. Durante os últimos dez anos leccionou na Universidade de Macau, primeiro como professora auxiliar, depois como professora associada de Literatura, tendo sido vice-directora e directora do Departamento de Português da UM.
Hoje Macau EventosEscritor Andrey Kurkov diz que falsas notícias são mais perigosas que mísseis O escritor ucraniano Andrey Kurkov considerou ontem, num festival literário, que a propaganda e a desinformação são tão perigosas como os mísseis e as armas nucleares, através da falsificação de provas que permitem ocupar um país sem usar uma arma. “É possível ocupar um país sem usar uma arma, mostrar quem é o inimigo e as pessoas acreditarão porque é possível falsificar provas”, disse o escritor, referindo-se à “propaganda e desinformação que são provavelmente tão perigosas como os mísseis e as armas nucleares, porque são bem produzidas”. O autor de “A morte e o pinguim” conversou com o colombiano Juan Gabriel Vasquez sobre “Conflitos”, numa mesa do Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, em que os dois autores abordaram as diferenças e semelhanças entre as guerras que assolaram os respectivos países. Na Ucrânia, novamente invadida pela Rússia em 2022, “as pessoas não dormem à noite”, refugiando-se nos abrigos ou atentos ao toque das sirenes, mas, de manhã “vão para o trabalho, para os cafés e à noite aos teatros”, alguns dos quais com “bilhetes esgotados com um mês ou dois de antecedência”, contou. Esta é, segundo o escritor, a forma de “resistir à guerra”, mantendo “um estilo de vida normal”, ainda que nas próximas décadas possa “aumentar a violência nas famílias, porque as pessoas tornam-se agressivas, radicalizadas”. E as guerrilhas? Já a Colômbia, onde os conflitos com movimentos de guerrilha se estenderam por mais de 60 anos, é vista por Juan Gabriel Vasquez como “um país em regressão”, onde “a classe política não consegue ultrapassar as suas disputas”. Para ambos, a distorção da realidade através da desinformação está a determinar a forma como as classes políticas e as populações encaram os conflitos num tempo em que os escritores têm o papel de “provocar o debate público e convocar a sociedade civil para debater diferentes temas”, defendeu o autor colombiano, que tem em “A tradução do mundo” o seu mais recente livro editado em Portugal. Andrey Kurkov considera mesmo que “nos tempos difíceis os escritores estão a tornar-se jornalistas”, já que no seu país “a maioria dos escritores ucranianos não escreve ficção” desde 2022, escrevendo, em contrapartida, “livros de história”. Esse é, segundo Juan Gabriel Vasquez, a “forma de contrariar a versão oficial da história”, veiculada pelos poderes interessados em veicular “um certo tipo de verdade sobre quem foi responsável pelo quê, sobre o que de facto aconteceu e deixando algumas perguntas por responder”. “Num mundo onde a maioria das pessoas obtém as suas informações através das redes sociais”, as sociedades precisam de desenvolver “o talento para saber separar as verdades das mentiras”, e aprender a “ler a realidade”. Mas a realidade “é que não o estão a conseguir” e “estão a cair em mentiras”, lamentou, exemplificando com o facto de “mais de metade dos cidadãos dos Estados Unidos acreditarem que Donald Trump ganhou as eleições” ou de “uma grande parte da população de vários países ocidentais, em 2020, acreditar que a Ucrânia tinha um regime nazi”. Para o autor, cabe agora a todos assumir o papel de “verificadores de factos” e filtrar a informação, já que essa será “a única possibilidade de sobrevivermos como sociedade”. O Folio — Festival Literário Internacional de Óbidos abriu portas no passado dia 10 e terminou ontem depois de mais de 600 iniciativas, distribuídas por várias curadorias, com a presença de vários escritores e ilustradores internacionais premiados.
Hoje Macau EventosClockenflap | Jamie XX, Air e Suede em Central no fim de Novembro Já é conhecido o cartaz completo da edição deste ano do festival Clockenflap, agendado para os dias 29 de Novembro a 1 de Dezembro no Central Harbourfront Event Space, em Hong Kong. O público pode esperar uma mescla de sonoridades, que começa com electrónica representada pelos Air ou por A-Trak, passando a Suede ou Jamie XX como nomes de destaque Está a chegar aquela altura do ano em que os grandes amantes de festivais e música ao ar livre rumam a Hong Kong para três dias de concertos com o melhor da música a nível mundial, com géneros para todos os gostos. E este ano o cartaz do festival Clockenflap promete não desapontar, apresentando, entre os dias 29 de Novembro e 1 de Dezembro, nomes como Central Cee, cabeça de cartaz de sábado, dia 30 de Novembro, ou ainda BANKS, Serrini, The Black Skirts ou Wisp. Mas na sexta-feira, 29, o alinhamento abre com a música electrónica, primeiro com a duplo francesa Air, cujo álbum, “Moon Safari”, acaba de fazer 20 anos. Seguem-se nomes como A-Trak, também outro grande nome da electrónica, Taste of Blue e Biascut, de Hong Kong, ou ainda os Hiperson, da China. Ainda no sábado, será dia para ouvir os Suede, do Reino Unido, Sakurazaka, do Japão, ou ainda Fat Dog. O Clockenflap encerra no domingo com chave de ouro, apresentando os espectáculos de Jamie XX e Jack White. Promete-se, segundo a apresentação do programa, “um alinhamento eclético de artistas internacionais, regionais e locais”, sem esquecer o habitual “ambiente espectacular ao ar livre com vários palcos”. Dá-se destaque ao cabeça de cartaz Central Cee, rapper britânico que “tomou de assalto o mundo do hip-hop nos últimos cinco anos com uma série de singles e álbuns no topo das tabelas e mais de 4 mil milhões de streams só no Spotify”, conhecida plataforma de streaming. Podem, assim, ouvir-se sucessos como “Doja” e “Sprinter”. Destaque também para a estreia em Hong Kong de BANKS, nome artístico da cantora Jilian Rose Banks, que aposta no género Alt-R&B. Outra estreias A organização do festival destaca ainda a estreia na região vizinha de Jack White, que deverá levar ao palco as canções do seu mais recente trabalho de originais, “No Name”, que já é o sexto álbum a solo. O antigo vocalista dos White Stripes, Raconteurs e The Dead Weather actua no domingo à noite, estando pronto para “levar o festival a um fecho triunfante”. É também referida a presença de St.Vicent, tida como “uma das artistas mais intrigantes e consistentemente surpreendentes dos últimos 20 anos”, e que será “a grande atracção de sábado, com um espectáculo que engloba o seu impecável catálogo [de canções]”, incluindo o mais recente álbum, lançado este ano, e intitulado “All Born Screaming”. No caso dos britânicos Glass Animals, promete-se um grande espectáculo de pop-rock psicadélico. A banda lançou o quarto álbum recentemente, intitulado “I Love You So F***ing Much”. De resto, o Clockenflap deverá também apresentar nomes que representam “a amplitude e profundidade da electrizante cena musical do Japão”, com um “alinhamento que apresenta uma colecção eclética dos artistas mais excitantes do país, incluindo o duo de hip-hop Creepy Nuts, o enigmático vocalista de J-Pop yama, os intrincados mestres do post-rock/math rock toe, o hipnotizante grupo feminino Sakurazaka46 e a banda indie-pop Cody・Lee(李)”. Os bilhetes para o festival já estão à venda e custam 1,990 dólares de Hong Kong para os três dias, e 1,280 dólares de Hong Kong para uma entrada diária. Há ainda bilhetes mais baratos para espectadores com menos de 18 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim denuncia passagem de navios dos EUA e do Canadá A China continua em “alerta máximo” após a travessia do Estreito de Taiwan, no domingo, por navios militares dos Estados Unidos e do Canadá, informou ontem o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular. “O contratorpedeiro norte-americano Higgins e a fragata canadiana Vancouver atravessaram o Estreito de Taiwan no dia 20 de Outubro”, afirmou Li Xi, porta-voz do comando, que disse que as forças navais e aéreas do Exército chinês “acompanharam de perto” a travessia e responderam ao incidente de acordo com as leis existentes. Li Xi sublinhou que “o Exército de Libertação Popular mantém-se sempre em alerta máximo e salvaguarda firmemente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade regionais”. Pequim reafirmou na semana passada, após a conclusão de exercícios militares, que “não renunciará ao uso da força” contra Taiwan, condenando as “forças separatistas” da ilha e a ingerência estrangeira, como a dos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaLua | Pequim desenvolve “tijolos lunares” Investigadores chineses desenvolveram “tijolos lunares” utilizando materiais que imitam a composição do solo lunar, uma descoberta que visa facilitar a construção de uma base internacional na superfície do satélite natural da Terra. O projecto, liderado pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong (HUST) na cidade de Wuhan, província de Hubei, no centro da China, sob a direcção de Ding Lieyun, produziu tijolos que são três vezes mais fortes do que o betão normal. O desenvolvimento baseia-se na tecnologia de fabrico aditivo e em robôs de impressão 3D capazes de utilizar o solo lunar como matéria-prima, noticiou a agência oficial chinesa Xinhua. Os cientistas testaram várias composições do solo simulado, incluindo basalto do local de aterragem da missão Chang’e 5, bem como processos de sinterização [consolidação a temperaturas elevadas] para optimizar os materiais. Os tijolos serão inicialmente transportados, em Novembro, para a estação espacial chinesa Tiangong a bordo da nave espacial de carga Tianzhou 8, onde serão submetidos a testes térmicos e mecânicos em condições extremas, avaliando o desempenho sob radiação cósmica, actividade sísmica lunar e mudanças bruscas de temperatura. O primeiro tijolo vai regressar à Terra no final do próximo ano para mais análises destinadas a validar o comportamento estrutural e determinar a viabilidade para utilização em futuras missões de construção na Lua. Olhos nos cosmos A China, no âmbito do programa espacial a longo prazo, planeia iniciar a construção de uma estação internacional de investigação lunar entre 2028 e 2035. O país asiático avançou com o programa lunar com a missão Chang’e 8, que vai testar técnicas para utilizar recursos directamente da superfície lunar, como parte da estratégia para desenvolver infraestruturas sustentáveis na Lua. O país apresentou também um fato espacial inovador que combina tradição cultural com funcionalidade avançada, concebido para proteger os astronautas durante futuras actividades na Lua. Os cientistas chineses desenvolveram ainda um método pioneiro para extrair água do rególito lunar, aquecendo-o a mais de 1.000°C, o que facilitará a construção de estações científicas e a sobrevivência de futuras missões tripuladas. Nos últimos anos, Pequim investiu fortemente no programa espacial, incluindo em várias missões de exploração ou na criação de uma estação espacial, para funcionar durante os próximos dez anos. A plataforma chinesa tornar-se-á a única estação espacial do mundo a partir deste ano, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos à qual a China está impedida de aceder devido aos laços militares do programa espacial, for retirada este ano, como previsto.
Hoje Macau SociedadeTaipa | Governo recupera terreno do Hotel Palácio Imperial A Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) vai avançar para a recuperação do terreno onde se situa o Hotel Palácio Imperial de Pequim, já encerrado ao público. A notícia foi divulgada ontem pelo portal Macau News Agency (MNA) que cita documentação oficial sobre o processo, descrevendo-se que a RAEM já rescindiu o contrato de arrendamento do terreno com a Empresa Hoteleira de Macau, Limitada. O terreno em questão fica perto da rotunda dr. Carlos D’Assumpção e tem 15 mil metros quadrados, aproximadamente. Inicialmente inaugurado em 1992 com o nome de Hotel New Century e com capacidade para 500 quartos, com a categoria cinco estrelas, ganhou depois o nome de Beijing Imperial Palace Hotel em 2013. Anteriormente tinha uma área de jogo, no casino Greek Mythology, encerrado em 2015. No ano seguinte, a Direção dos Serviços de Turismo ordenou o encerramento temporário do empreendimento devido a “graves irregularidades administrativas” e “reconstruções ilegais”. A licença para manter o estabelecimento aberto foi revogada em Janeiro de 2017, não tendo o hotel e casino voltado a abrir portas. Depois da empresa ter reclamado a continuação da exploração do empreendimento pela via judicial, a DSOP viria a informar que os proprietários do Beijing Imperial Palace Hotel tinham cancelado o seu pedido de renovação da propriedade sem qualquer justificação, escreve o MNA. Foto Aries Un / MNA
Hoje Macau PolíticaEnsino | Escola Tong Sin Tong vai mudar-se para a Zona A O presidente da direcção da Associação de Beneficência Tong Sin Tong, Chui Sai Peng, prevê que a escola da associação se mude para as novas instalações entre 2027 e 2028, de acordo com as declarações citadas pelo jornal Ou Mun. A escola ligada à associação foi uma das oito escolhidas pelo Governo para ocupar o futuro campus criado na Zona A. Segundo Chui Sai Peng, que é igualmente deputado, a Zona A vai ter cerca de 100 mil habitantes e a esperança é que o estabelecimento de ensino receba alunos dessa zona, mas também de outras áreas do território. O presidente da direcção da associação reconheceu também que a principal preocupação partilhada com o Governo passa pela necessidade de assegurar que os acessos, principalmente ao nível das estradas, são bem desenhados e que se evitam grandes congestionamentos na circulação. Chui defendeu ainda a necessidade de haver bons passeios e passagens aéreas entre a escolas e os edifícios residenciais daquela zona, além de zonas de paragem para os autocarros. Chui Sai Peng destacou também que nos últimos anos a Associação de Beneficência Tong Sin Tong reforçou a aposta na Medicina Tradicional Chinesa, seja a partir da disponibilização de consultas nas clínicas que controla, seja com cursos de formação nesta área nas instalações de ensino.
Hoje Macau Manchete SociedadePortugal | Municípios assinam acordos com Zhuhai As parcerias entre Zhuhai e os municípios de Penafiel, Lousada, Baião, Felgueiras, Cinfães, e Marco de Canaveses abrangem áreas como comércio, tecnologia, educação e economia marinha e foram formalizadas no fim-de-semana Seis municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa assinaram acordos de cooperação com a cidade de Zhuhai, situada no sul da China, junto a Macau. De acordo com o portal de notícias estatal Guangdong Today (GDToday), cada um destes seis municípios do Tâmega e Sousa (Penafiel, Lousada, Baião, Felgueiras, Cinfães, e Marco de Canaveses) assinou um acordo com uma zona de Zhuhai. As cartas de intenções, que abrangem áreas como comércio, tecnologia, educação e economia marinha, foram assinados na sexta-feira, durante a visita a Zhuhai de uma delegação da CIM do Tâmega e Sousa. Esta é a segunda vez que zonas de Zhuhai estabelecem relações com municípios do estrangeiro, indicou o GDToday. “Esperamos ver Zhuhai e Portugal a expandirem ainda mais intercâmbios de pessoas, aprofundarem a compreensão mútua e continuarem a promover intercâmbios e cooperação”, disse o vice-presidente da autarquia de Zhuhai, Li Chong. A cidade estabeleceu um acordo de geminação com o município de Castelo Branco em 1994. Mais investimento Na quinta-feira, em Macau, o primeiro-secretário executivo da CIM do Tâmega e Sousa disse à Lusa que a delegação ia visitar o ‘campus’ do Instituto de Tecnologia de Pequim na vizinha Hengqin e avaliar “a oportunidade de um centro de investigação ligado ao conhecimento, inovação e desenvolvimento de novas tecnologias” naquela zona portuguesa. “Há uma capacidade técnica instalada, logo há recursos humanos qualificados”, sublinhou o dirigente, lembrando a proximidade das universidades do Porto, do Minho e de Trás-os-Montes. Também o director executivo da Fundação Associação Empresarial de Portugal (AEP) disse que a região do Tâmega e Sousa quer acolher um parque tecnológico para transferência de tecnologia da China. Paulo Dinis disse à Lusa que “está a ser preparado um acordo geral que permita envolver” os municípios do Tâmega e Sousa no projecto. O primeiro passo, em colaboração com a Câmara de Comércio Portugal-China Pequenas e Médias Empresas, foi dado através da criação de um centro, cuja sede está para já no Porto, referiu Dinis. “Estamos a equacionar o lançamento de um parque tecnológico, a ser uma colaboração entre empresas, ‘startups’ acima de tudo, que permita ter uma colaboração partilhada em termos de conhecimento de tecnologia entre Portugal, Macau, e China” continental, indicou. A delegação da CIM do Tâmega e Sousa esteve no território para participar na 29.ª edição da Feira Internacional de Macau, que terminou no sábado.
Hoje Macau PolíticaTrânsito | Conselheiro quer melhores ligações para a Zona A Kou Ngon Fong, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Norte, defende que o Governo deve aumentar o mais depressa possível o número de ligações para a Zona A dos Novos Aterros. A ideia foi partilhada em declarações ao Jornal do Cidadão, e o objectivo passa por utilizar melhor a nova Ponte Macau. O conselheiro considera que com mais e melhores ligações seria possível aumentar o número de veículos desviados da Ponte da Amizade para a Ponte Macau, uma das principais metas do novo projecto. Para Kou Ngon Fong, um dos projectos que pode fazer a diferença é o viaduto A2 entre a Avenida 1.º de Maio, junto da Estação de Tratamento de Águas Residuais, e o lado oeste da Zona A dos Novos Aterros Urbanos, porque vai desviar muito mais trânsito para a Ponte Macau. No entanto, enquanto as ligações não estão disponíveis, Kou Ngon Fong pediu ao Governo para promover melhor as novas vias disponíveis na Zona A, para aumentar a confiança e uso pela população. Segundo o conselheiro, actualmente existe a ideia que as estradas da Zona A tendem a estar muito congestionadas, pelo que grande parte dos condutores continua a preferir circular pela Ponte da Amizade, em deslocações da Taipa para a península de Macau. O conselheiro pediu também que o Executivo divulgue atempadamente o calendário das obras, para que os cidadãos saibam quando novas estradas vão estar abertas ao público.
Hoje Macau EventosAndrey Kurkov diz que falsas notícias são mais perigosas que mísseis O escritor ucraniano Andrey Kurkov considerou ontem, num festival literário, que a propaganda e a desinformação são tão perigosas como os mísseis e as armas nucleares, através da falsificação de provas que permitem ocupar um país sem usar uma arma. “É possível ocupar um país sem usar uma arma, mostrar quem é o inimigo e as pessoas acreditarão porque é possível falsificar provas”, disse o escritor, referindo-se à “propaganda e desinformação que são provavelmente tão perigosas como os mísseis e as armas nucleares, porque são bem produzidas”. O autor de “A morte e o pinguim” conversou com o colombiano Juan Gabriel Vasquez sobre “Conflitos”, numa mesa do Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, em que os dois autores abordaram as diferenças e semelhanças entre as guerras que assolaram os respetivos países. Na Ucrânia, novamente invadida pela Rússia em 2022, “as pessoas não dormem à noite”, refugiando-se nos abrigos ou atentos ao toque das sirenes, mas, de manhã “vão para o trabalho, para os cafés e à noite aos teatros”, alguns dos quais com “bilhetes esgotados com um mês ou dois de antecedência”, contou. Esta é, segundo o escritor, a forma de “resistir à guerra”, mantendo “um estilo de vida normal”, ainda que nas próximas décadas possa “aumentar a violência nas famílias, porque as pessoas tornam-se agressivas, radicalizadas”. E as guerrilhas? Já a Colômbia, onde os conflitos com movimentos de guerrilha se estenderam por mais de 60 anos, é vista por Juan Gabriel Vasquez como “um país em regressão”, onde “a classe política não consegue ultrapassar as suas disputas”. Para ambos, a distorção da realidade através da desinformação está a determinar a forma como as classes políticas e as populações encaram os conflitos num tempo em que os escritores têm o papel de “provocar o debate público e convocar a sociedade civil para debater diferentes temas”, defendeu o autor colombiano, que tem em “A tradução do mundo” o seu mais recente livro editado em Portugal. Andrey Kurkov considera mesmo que “nos tempos difíceis os escritores estão a tornar-se jornalistas”, já que no seu país “a maioria dos escritores ucranianos não escreve ficção” desde 2022, escrevendo, em contrapartida, “livros de história”. Esse é, segundo Juan Gabriel Vasquez, a “forma de contrariar a versão oficial da história”, veiculada pelos poderes interessados em veicular “um certo tipo de verdade sobre quem foi responsável pelo quê, sobre o que de facto aconteceu e deixando algumas perguntas por responder”. “Num mundo onde a maioria das pessoas obtém as suas informações através das redes sociais”, as sociedades precisam de desenvolver “o talento para saber separar as verdades das mentiras”, e aprender a “ler a realidade”. Mas a realidade “é que não o estão a conseguir” e “estão a cair em mentiras”, lamentou, exemplificando com o facto de “mais de metade dos cidadãos dos Estados Unidos acreditarem que Donald Trump ganhou as eleições” ou de “uma grande parte da população de vários países ocidentais, em 2020, acreditar que a Ucrânia tinha um regime nazi”. Para o autor, cabe agora a todos assumir o papel de “verificadores de factos” e filtrar a informação, já que essa será “a única possibilidade de sobrevivermos como sociedade”. O Folio — Festival Literário Internacional de Óbidos abriu portas no passado dia 10 e terminou ontem depois de mais de 600 iniciativas, distribuídas por várias curadorias, com a presença de vários escritores e ilustradores internacionais premiados.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | HRW pede reforma da polícia após execuções extrajudiciais A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) apelou às autoridades filipinas que promovam uma reforma profunda da polícia após recentes revelações sobre execuções extrajudiciais de milhares de suspeitos, no contexto da guerra às drogas. “A administração do [Presidente Ferdinand] Marcos [Jr.] deveria lançar rapidamente uma reforma das forças de segurança em resposta às recentes audiências parlamentares sobre a corrupção policial e os abusos da guerra às drogas”, apontou a HRW, em comunicado. Em causa, estão depoimentos recentes em quatro comissões da Câmara dos Deputados que mencionam execuções extrajudiciais cometidas desde 2016 com altos funcionários directamente ligados ao então Presidente, Rodrigo Duterte. “O Ministério do Interior deveria investigar estas alegações de má conduta policial e trabalhar com o Ministério da Justiça para apresentar as acusações adequadas contra os agentes envolvidos”, defendeu a HRW. A organização apela ao novo ministro do Interior, Juanito Victor Remulla, para rescindir as comunicações internas relacionadas com a guerra às drogas e, em particular, aquela conhecida como Double Cannon Oplan, a campanha antidrogas lançada durante o mandato de Duterte. Pede também ao Ministério da Justiça que “reaja” aos depoimentos perante o Parlamento e abra uma investigação própria. Entre os testemunhos, destaca-se o da ex-chefe da Polícia da cidade de Cebu, Royina Garma, que indicou no dia 5 de Outubro que foram pagos entre 20.000 e um milhão de pesos (entre 300 e 17.000 euros) aos agentes que mataram um traficante de droga, dependendo da sua posição.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE britânico apela a “mais diplomacia” com a China O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lamy, apelou sábado ao relançamento do diálogo entre Londres e Pequim, instando ambos os países a mostrarem “mais diplomacia”. O chefe da diplomacia britânica assumiu esta posição no final de uma visita de dois dias à China que visou melhorar os laços com Pequim, depois de as relações se terem deteriorado nos últimos anos devido a alegações de espionagem, à aproximação da China à Rússia, à alegada repressão das liberdades civis em Hong Kong e a preocupações com direitos humanos. O novo governo trabalhista está sob pressão para levantar a questão da violação dos direitos humanos com a China, mas também para manter os laços com um importante parceiro comercial. Na sexta-feira, Lamy encontrou-se com o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang, antes de viajar para Xangai. “Entendo que precisamos de mais diplomacia, não de menos. É por isso que é tão importante estar aqui na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros britânico e é por isso que temos de continuar a regressar”, afirmou o governante, citado pela AFP. “No passado, a política do Reino Unido, sob o anterior governo, não foi consistente e o que entendo é que precisamos de uma abordagem que o seja”, disse Lamy em declarações aos jornalistas. Com valores O chefe da diplomacia britânica disse ainda ter pressionado os seus anfitriões chineses sobre questões como Hong Kong e Xinjiang, onde vive uma minoria muçulmana que Pequim é acusada de perseguir, e Taiwan. O Reino Unido, disse, “está preocupado” com algumas tensões a que assiste no estreito de Taiwan “porque não são do interesse da comunidade global”. “Há valores, há áreas em que o governo do Reino Unido e a nossa abordagem cultural será diferente da da China e há áreas relevantes, relacionadas com a segurança nacional em que colocaremos sempre os interesses nacionais do Reino Unido em primeiro lugar”, afirmou Peter Lamy. No entanto, acrescentou que existem também domínios “em que podemos cooperar e colaborar com os chineses”.
Hoje Macau China / ÁsiaConsumo | Fim do ‘Made in China’ teria “altos custos” para Europa O fim do ‘Made in China’ acarretaria “altos custos” para os consumidores europeus, alertaram à agência Lusa empresários, destacando as vantagens “únicas” do país a nível de infraestruturas, tecnologia e capacidade de produzir em volume. “Já existe alguma deslocalização da produção, mas é parcial. Se for total, ou em 80 por cento, os consumidores vão sofrer imenso”, admitiu Tiago Mateus, responsável pelas aquisições na China da Joinco, fornecedora do grupo retalhista Jerónimo Martins. Tiago Mateus é um de dezenas de milhares de importadores estrangeiros que acorreram esta semana à Feira de Cantão, onde duas vezes por ano fabricantes chineses de produtos não-alimentares expõem milhões de produtos, desde bicicletas a utensílios de cozinha, na capital de Guangdong, a próspera província do sul da China, conhecida como “fábrica do mundo”. A primeira edição remonta a 1957, mas foi só nas últimas décadas que a Feira de Cantão se converteu num dos maiores eventos comerciais do mundo, à medida que a China assumiu um papel central nas cadeias de distribuição globais. As perturbações causadas pela covid-19 e pela invasão russa da Ucrânia suscitaram, porém, um debate nos Estados Unidos e na Europa sobre a necessidade de diversificar relações comerciais. “Vários países perceberam que existe uma forte dependência e que, acontecendo alguma coisa na China, todos sofrem”, descreveu Tiago Mateus. “Mas a finalidade de uma empresa privada é o lucro”, ressalvou o português, destacando as vantagens competitivas que colocam o país “a milhas” da concorrência. Steve Hoffman, presidente executivo da Founders Space, uma das principais incubadoras e aceleradoras de ‘startups’ do mundo, com sede em São Francisco, na Califórnia, concordou: “Em termos económicos uma fragmentação nos laços comerciais com a China não faz sentido nenhum”. Em entrevista à Lusa, Hoffman admitiu que o executivo norte-americano “está sob pressão das suas empresas – Microsoft, Apple ou Intel -, que não querem reduzir a sua exposição à China”. Em causa, estão condições “muito difíceis de replicar” em outras partes do mundo, apontou. A China possui a rede ferroviária de alta velocidade mais extensa do mundo, sete dos 10 maiores portos do planeta, abundante mão-de-obra especializada, um controlo vertical sobre as cadeias de fornecimento, desde o acesso facilitado a matérias-primas, ao fabrico de componentes e à montagem final, e capacidade para produzir em grande escala. Tem também termos de pagamento “muito atraentes” para clientes estrangeiros e centros de arbitragem “eficazes” em caso de disputa são outras das vantagens apontadas. “Seriam precisas várias décadas para replicar este modelo em outro lugar”, admitiu Mateus. Outra escala Com cerca de 100 milhões de habitantes e uma localização costeira, o Vietname posicionou-se como favorito para absorver indústria de mão-de-obra intensiva, incluindo vestuário, móveis ou produtos eletrónicos. Denis Almeida, importador brasileiro de calçado que deixou Cantão em 2019 para se instalar na cidade de Ho Chi Minh, no sul do Vietname, explicou à Lusa, no entanto, que a escala e recursos laborais do país do sudeste asiático ficam “muito aquém” dos da China. Em causa, estão cadeias de fornecimento menos maduras e o aumento repentino da procura por mão-de-obra, explicou. “A força de trabalho no Vietname é, embora grande, ainda limitada, e uma empresa que possa oferecer um salário mais elevado absorve os trabalhadores”, frisou. A China detém ainda um mercado consumidor composto por 1,4 mil milhões de pessoas: o país é, assim, em simultâneo, o maior produtor e principal mercado para os iPhones da norte-americana Apple, por exemplo. Várias outras marcas internacionais enfrentam igual dependência. No átrio do Hilton Beijing Capital Airport, um amplo espaço coberto em mármore, com colunas e painéis de madeira ornamentados em estilo chinês, Steve Hoffman, que começou a visitar a China em 2015, alertou ainda para os riscos políticos de um ‘divórcio’ com a China. “Quando a interdependência é total, ninguém quer agitar as águas”, descreveu. “As tensões geopolíticas vão sempre existir”, notou. “Mas, se a tua economia depende dos outros, vai existir sempre muita pressão para não exacerbares essas tensões”. João Pimenta / Lusa
Hoje Macau SociedadeTSI | Recusada compensação a Asian American O Tribunal de Segunda Instância (TSI) decidiu que a empresa Asian American não tem direito a ser compensada pela Las Vegas Sands, devido à atribuição de uma licença do jogo em Macau, em 2002. A decisão foi divulgada na quinta-feira no portal dos tribunais da RAEM, sem que sejam conhecidos os fundamentos. A empresa detida por Marshall Hao Shi-sheng considera que deve ser compensada em pelo menos 7,5 mil milhões de dólares americanos, por ter contribuído para a entrada da Las Vegas Sands no mercado de Macau, sem que tivesse sido compensada de forma adequada. A decisão do TSI confirma uma decisão anterior Tribunal Judicial de Base (TJB), tomada em 2022. A Asian American tem agora a opção de recorrer para o Tribunal de Última Instância.
Hoje Macau SociedadeCartão de crédito | Roubo de dados leva a perda de 2.600 patacas Uma mulher queixou-se à Polícia Judiciária de ter sido roubada em 2.600 patacas, depois do seu cartão de crédito ter sido utilizado para fazer compras. O caso foi revelado no sábado pela polícia, apesar de ter acontecido na segunda-feira. De acordo a informação disponibilizada, a mulher estava em casa quando recebeu três mensagens no telemóvel a indicar que o seu cartão tinha sido utilizado para fazer compras no valor de 2.600 patacas. Assustada com as mensagens, ligou para o banco, que indicou que as transacções tinham sido feitas na moeda japonesa. Dado que a mulher não tinha utilizado o cartão, acabou por apresentar queixa às autoridades. A PJ suspeita que os dados do cartão da mulher foram copiados pelas pessoas que utilizaram este meio de pagamento para realizar as compras.
Hoje Macau SociedadeCrime | Perde 150 mil yuan após conversar nu Um residente foi chantageado em 150 mil yuan, depois de ter aceitado conversar nu num telefonema com uma “amiga” virtual, durante cerca de um minuto. O caso foi divulgado ontem pela Polícia Judiciária (PJ) e citado pelo jornal Ou Mun. Após ter aceitado participar na conversação sem roupas, a “amiga” desligou a chamada e enviou uma mensagem à vítima a pedir 10 mil yuan para não divulgar online as imagens. O homem aceitou pagar. Após ter feito o primeiro pagamento, recebeu mais três chamadas de outras três pessoas, a pedir mais dinheiro. Com receio de ver as imagens divulgadas, o homem fez uma nova transferência de 140 mil yuan, através de um código QR. Com receio de receber novos pedidos de transferências, o homem acabou por contactar as autoridades e relatar o crime. O dinheiro ainda não foi recuperado, nem houve detidos.
Hoje Macau PolíticaEncontro | Ho Iat Seng recebeu Erwin Neher, Nobel da Medicina de 1991 Ho Iat Seng teve um encontro com Erwin Neher, prémio Nobel da Medicina em 1991, que colabora desde 2016 com a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, em inglês), como dirigente do Laboratório de Biofísica e Medicamentos Inovadores. Segundo o Gabinete de Comunicação Social, durante a reunião, o alemão Neher prometeu “empenhar todos os esforços em promover a cooperação académica internacional” em Macau, “liderar a equipa de investigação científica” do laboratório na acumulação de mais experiência e comprometeu-se a “promover o desenvolvimento de alta qualidade de medicamentos inovadores” no território. Neher terá ainda dito que vai promover “o equilíbrio do desenvolvimento entre a formação de quadros qualificados e a popularização das ciências”. Por sua vez, Ho Iat Seng terá começado por dar os parabéns ao investigador, por ter sido “agraciado com o Prémio de Amizade do Governo Chinês”. Este foi o primeiro prémio do género atribuído a um académico estrangeiro a viver em Macau ou Hong Kong. Ho terá também agradecido ao alemão por apoiar o desenvolvimento nacional e contribuir para a construção de uma universidade de alto nível na RAEM. “A educação é muito importante e Macau reúne condições em atrair mais quadros qualificados locais e do exterior, fornecendo um forte suporte para o desenvolvimento socioeconómico de Macau”, complementou o Chefe do Executivo. Erwin Neher foi distinguido em 1991 com Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina, devido à investigação no âmbito das funções dos canais iónicos nas células do corpo humano.