Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Realizado sonho que começou há quase meio século O Presidente timorense, José Ramos-Horta, afirmou ontem que a adesão de Timor-Leste à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é a realização de um sonho, que começou há quase meio século. “Hoje, realizámos um sonho que começou há quase meio século, uma visão de pertença regional que antecede a nossa própria independência. Lembro-me de ter discutido esta ideia quando era um jovem de 25 anos”, disse o chefe de Estado, citado num comunicado divulgado à imprensa. Timor-Leste aderiu ontem à ASEAN durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização asiática, que decorre em Kuala Lumpur, na Malásia, tornando-se o seu 11.º estado-membro. “Quando apresentámos formalmente a candidatura, em 2011, o caminho ainda não estava definido e exigiu grande perseverança. Este sucesso pertence a muitos”, afirmou Ramos-Horta. O também prémio Nobel da Paz, que testemunhou o momento da adesão em Kuala Lumpur, expressou a sua “profunda gratidão” a todos os líderes da ASEAN e prestou um reconhecimento especial ao apoio do antigo Presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono. “Agradeço igualmente a todos os líderes timorenses, passados e presentes, incluindo o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, pela sua liderança visionária e pelos incansáveis esforços para melhorar o bem-estar do nosso povo. Esta é uma vitória de toda a nação, um momento de imenso orgulho e de conquista partilhada”, acrescentou o Presidente timorense. A ASEAN foi criada em 1967 pela Indonésia, Singapura, Tailândia, Malásia e Filipinas, e integrada mais tarde pelo Brunei Darussalam, o Camboja, o Laos, Myanmar e o Vietname. Com 676,6 milhões de habitantes, a ASEAN é a terceira região mais populosa do mundo, a seguir à Índia e China.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Nova PM quer “elevar aliança” com EUA A nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou sábado que o seu país vai “elevar a aliança” com os Estados Unidos da América, depois de uma conversa telefónica “boa e franca” com o seu homólogo Donald Trump. “Com ele, estou determinada a elevar a aliança Japão-EUA a patamares ainda mais elevados”, escreveu numa mensagem publicada na rede social X, na véspera de Trump começar um périplo pela Ásia. A primeira-ministra japonesa descreveu o Presidente norte-americano como “uma pessoa muito animada e divertida”. Durante esta primeira conversa telefónica com Trump, dois dias antes da sua visita ao Japão na segunda-feira, Sanae Takaichi disse que “uma das principais prioridades” da sua administração era o reforço dos laços entre os dois países “diplomaticamente e em termos de segurança”. Donald Trump quer que Tóquio, assim como outros aliados, aumente as suas despesas militares e Sanae Takaichi anunciou na sexta-feira, no seu primeiro discurso político, que o Japão iria aumentar o seu orçamento de defesa para 2 por cento do produto interno bruto (PIB) no próximo ano fiscal, dois anos antes das anteriores previsões. Presidente do Partido Liberal Democrático, a conservadora Sanae Takaichi é a primeira mulher a ocupar as funções de chefe do governo do Japão, para as quais foi nomeada na terça-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | EUA preparam resolução para ONU autorizar força internacional Os Estados Unidos da América estão a preparar uma resolução a apresentar nas Nações Unidas para autorizar o envio de uma força multinacional para a Faixa de Gaza no âmbito do acordo de cessar-fogo em vigor. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicou que a questão começaria ontem a ser discutida numa reunião no Qatar. “Muitos dos países que manifestaram a sua intenção de participar, seja economicamente, com pessoal ou ambos, vão precisar disso (uma resolução da ONU) porque as suas leis nacionais assim o exigem, por isso temos uma equipa inteira a trabalhar nisso”, disse durante a sua viagem entre Israel e o Qatar, segundo o jornal israelita The Times of Israel. “Penso que, em última análise, o objectivo da força de estabilização é deslocar essa linha até cobrir, esperemos, toda a Faixa de Gaza, o que significa que toda a Faixa de Gaza será desmilitarizada” disse Rubio aos jornalistas no avião que o levava de Israel para o Qatar. Por outro lado, o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, informou que Rubio falou por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e discutiram “as medidas colectivas para aplicar o Plano Integral para Acabar com o Conflito em Gaza do Presidente Donald Trump” e reafirmou a “relação estratégica entre os Estados Unidos e Israel”. O chefe da diplomacia americana foi o último de uma série de altos funcionários americanos a visitar Israel a semana passada, depois do enviado Steve Witkoff, do genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, e do vice-presidente JD Vance, para tentar consolidar o frágil cessar-fogo. Nos termos deste acordo, paralelamente à retirada progressiva do exército israelita, iniciada com a entrada em vigor do cessar-fogo a 10 de Outubro, o plano americano prevê que o Hamas seja excluído da futura governação da Faixa de Gaza, onde tomou o poder pela força em 2007, e que o seu arsenal seja destruído. Calar as armas Israel e Hamas anunciaram no dia 8 de outubro um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indirectas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia. Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada “linha amarela” demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos. O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de Outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns. A retaliação de Israel já provocou mais de 68 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de mil pessoas fogem de Myanmar para a Tailândia após rusga anti-cibercrime Mais de mil pessoas, maioritariamente chineses, fugiram de Myanmar para a Tailândia desde quarta-feira, após rusgas do exército birmanês num dos maiores centros de esquemas de burla ‘online’ do país, anunciaram sexta-feira autoridades provinciais tailandeses. A administração provincial de Tak (noroeste) disse num comunicado que 1.049 pessoas atravessaram a fronteira com Myanmar para chegar a Mae Sot entre quarta-feira e a manhã de quinta-feira, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). A maioria eram homens chineses, especificou o gabinete de imigração da Tailândia. A administração provincial de Tak disse que entre as pessoas que fugiram estão também indianos, paquistaneses, vietnamitas, birmaneses, tailandeses e cidadãos de uma dúzia de outros países. A junta militar no poder na antiga Birmânia anunciou na segunda-feira a realização de uma rusga no complexo KK Park, situado do outro lado da fronteira tailandesa. Cerca de 40 pessoas que deixaram este complexo, incluindo cidadãos de Taiwan e de vários países africanos, usaram pequenas embarcações para atravessar o rio Moei e chegar sexta-feira à Tailândia, disseram responsáveis locais à AFP. Agentes de segurança tailandeses, colocados do outro lado do rio, revistaram as bagagens enquanto as pessoas controladas entregavam os telemóveis e subiam para camiões, de acordo com um vídeo da agência noticiosa francesa. Imagens difundidas na quinta-feira pelo canal público tailandês PBS mostravam pessoas a usar caixas de esferovite para atravessar o rio a nado e chegar à Tailândia. O trigo e o joio Redes de burla ‘online’, sentimentais ou comerciais, prosperaram em Myanmar ao longo da fronteira pouco vigiada com a Tailândia com a guerra civil desencadeada pelo golpe militar que derrubou o governo birmanês em Fevereiro de 2021. A maioria dos complexos está sob o controlo de grupos criminosos chineses, em conluio com milícias birmanesas. Segundo especialistas, a junta no poder em Myanmar faz “vista grossa” às redes nas mãos dos aliados milicianos que, em troca, controlam as regiões fronteiriças em nome dos militares. A imprensa estatal birmanesa noticiou sexta-feira que as autoridades detiveram recentemente “118 cidadãos estrangeiros de 14 países que entraram ilegalmente em Myanmar e estavam envolvidos em jogos de azar ‘online’ e burlas” na zona de KK Park. A junta birmanesa disse na segunda-feira que apreendeu 30 receptores de internet Starlink. Dois dias depois, a Space X, de Elon Musk, anunciou que tinha desactivado mais de 2.500 receptores Starlink utilizados pelos centros de cibercrime na região. O vice-governador da província de Tak, Sawanit Suriyakul Na Ayutthaya, disse na quinta-feira que os recém-chegados seriam controlados para determinar se eram vítimas de tráfico de seres humanos. Caso contrário, poderiam ser processados por atravessarem a fronteira ilegalmente. A China, aliada militar de Myanmar, tem pressionado as autoridades birmanesas para acabar com as redes de burlas ‘online’ por estar descontente com o número de chineses que participam na sua exploração ou que são vítimas, segundo a AFP. A indústria de esquemas de burla ‘online’ no Sudeste Asiático gera lucros de cerca de 37 mil milhões de dólares por ano, segundo estimativas feitas em 2023 pela ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaEncontro | Trump diz que agricultura e Taiwan são temas a abordar com Xi na Coreia do Sul O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira que o encontro, esta semana, com o homólogo chinês, Xi Jinping, vai centrar-se em questões agrícolas e que vai “mencionar Taiwan”. “Temos muito que falar com o Presidente Xi, ele tem muito que falar connosco, acho que vamos ter uma boa reunião”, afirmou Trump aos jornalistas antes de partir para a Malásia, a primeira paragem da uma digressão asiática que vai fazer. O governante norte-americano disse que as questões relacionadas com a agricultura estão no topo da agenda e que vai “mencionar Taiwan”, embora tenha esclarecido que ainda não planeia viajar até à ilha. Trump tem vindo a sublinhar o desejo de que a China compre soja norte-americana, depois de o ter deixado de fazer em Setembro, como não acontecia há anos. Além disso, o país asiático impôs tarifas adicionais sobre as importações agrícolas dos Estados Unidos, em resposta às medidas económicas avançadas pelo Presidente norte-americano. O encontro entre os dois líderes, previsto para a próxima semana na Coreia do Sul, vai realizar-se poucos dias antes de entrarem em vigor as novas tarifas importas pelos Estados Unidos à China, assim como as medidas de controlo aduaneiro que Xi anunciou anteriormente e que entram em vigor a 01 de Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Anunciado “acordo preliminar” com EUA A China anunciou ontem ter chegado a um “acordo preliminar” com os Estados Unidos da América nas negociações comerciais, após dois dias de conversações na capital da Malásia. O anúncio foi feito pelo representante do comércio internacional da China, Li Chenggang, embora não tenha esclarecido os termos do “acordo preliminar”. Li afirmou que o diálogo entre as duas partes abordou “numerosos temas”, dando como exemplos os controlos de exportação (que Pequim aplica às terras raras), a possível extensão da suspensão recíproca de tarifas aduaneiras e a cooperação anti-droga contra o fentanil. Os Estados Unidos e a China também discutiram a ampliação do comércio bilateral, bem como as taxas portuárias dos Estados Unidos contra embarcações chinesas. Este acordo acontece a poucos dias da reunião entre os líderes dos dois países, Donald Trump e Xi Jinping, em 30 de Outubro na Coreia do Sul. As negociações comerciais entre Washington e Pequim decorrem num clima de tensão, depois de, em meados de Outubro, a China ter imposto novas restrições ao comércio de terras raras, em cuja produção e exportação é praticamente monopolista. Em resposta, o Presidente dos Estados Unidos ameaçou aumentar as tarifas sobre os produtos chineses para 100 por cento a partir de 01 de Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Sectores do peixe e marisco procuram a China A imposição de tarifas de 50% ao Brasil por Donald Trump, devido ao julgamento de Bolsonaro, levou o país sul-americano a procurar outros mercados mais favoráveis A secretária nacional de Aquicultura do Brasil disse sexta-feira à Lusa que a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos (EUA) levou os sectores do peixe e marisco brasileiros a procurarem novos mercados, incluindo a China. “Quando fala de exportação de pescado, há muito produto a ser direccionado para os Estados Unidos, e isso, com a taxação, obrigou-nos a pensar nos outros destinos”, explicou Fernanda Gomes de Paula. O Brasil e os EUA estão a viver uma crise diplomática sem precedentes, depois de o Presidente norte-americano ter imposto tarifas de 50 por cento sobre grande parte dos produtos brasileiros. Donald Trump justificou a decisão com o julgamento em que o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, aliado do actual líder dos EUA, foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. “Eu acredito muito que nós temos que olhar sempre pelo lado positivo de todas as situações. Então, isso foi um despertar, está abrindo uma oportunidade para a gente buscar outros destinos para os nossos produtos”, disse a responsável. Antes da imposição das tarifas, cerca de 70 por cento das exportações brasileiras de pescado tinham como destino os EUA, valor que sobe para 90 por cento no caso da aquicultura. Fernanda de Paula, cuja secretaria está sob a tutela do Ministério da Pesca e Aquicultura do Brasil, defendeu que é preciso apostar no peixe e no camarão como produtos para “trabalhar comercialmente”. Há 15 anos que a China é a principal parceira comercial do Brasil. Sempre a aprender De acordo com dados dos Serviços de Alfândega chineses, as exportações brasileiras caíram 10,9 por cento nos primeiros oito meses de 2025, para 72,6 mil milhões de dólares. A secretária nacional de Aquicultura do Brasil defendeu que o país tem potencial para exportar mais peixe e outros produtos aquáticos para o mercado chinês. “Na verdade, a gente precisa se mostrar mais, precisa compreender o volume das nossas produções, a qualidade dos nossos produtos e demonstrarmos que temos condições de incluí-los aqui”, disse a responsável, em Macau. A dirigente falava à margem da cerimónia de encerramento de um colóquio sobre a economia digital entre a China e os países de língua portuguesa, que começou em 13 de Outubro. Fernanda de Paula disse que o evento, organizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) foi “extremamente importante”. A cadeia produtiva da aquicultura “está a passar por um processo de transição para digitalizar, trabalhar com inteligência artificial”, de forma a melhorar a gestão e aumentar a produtividade, explicou a dirigente. A secretária nacional de Aquicultura do Brasil aproveitou para “conhecer o que está a ser discutido, o que está a ser debatido [e] fazer as conexões certas”. “Temos um país que está aberto para colaboração. (…) A gente tem algo que pode oferecer, mas temos a humildade para compreender que temos também muito que assimilar”, acrescentou.
Hoje Macau EventosInfluencers | Arranca hoje a “CreatorWeek Macao 2025” Decorre, entre hoje e amanhã, o primeiro evento em Macau dedicado ao mundo dos influencers, intitulado “CreatorWeek Macao 2025”. Trata-se de um evento promovido pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST) que inclui a “Conferência CreatorWeek”, que acontece hoje no Grand Lisboa Palace. Amanhã, tem lugar a “Academia CreatorWeek”, no mesmo empreendimento turístico. Segundo uma nota da DST, estes dois eventos “visam criar uma plataforma para criadores de conteúdos, empresas e grupos locais de produção de novos meios de comunicação e líderes das redes sociais”, esperando-se que essa plataforma “proporcione valor comercial”. Espera-se que um evento inteiramente dedicado à actividade de “influencer” possa olhar a “singularidade” de Macau e “contribuir para promover o desenvolvimento, no estrangeiro, de criadores do interior da China”, além de ajudar também “criadores internacionais a entrar na China para conhecerem a cultura chinesa”. A DST espera ainda que esta semana possa “elevar a imagem de Macau como uma cidade turística ‘célebre na Internet’, promovendo-se o desenvolvimento da economia de criadores de conteúdos”. A “Conferência CreatorWeek” decorre entre as 10h e as 18h e visa debater “a integração cultural das redes sociais chinesas e ocidentais e as tendências das plataformas”, sem esquecer “a situação actual e o futuro da economia dos criadores”. O evento conta com dezenas de oradores, onde se inclui, por exemplo, Ben Wong, director de operações de marketing da Google na China. Por sua vez, a “Academia CreatorWeek” decorre entre as 14h e as 17h e “conta com a participação de talentos do sector e líderes das plataformas principais”, discutindo-se temas como “Da Voz Local à Influência Global”, “Agentes, MCNs e Criadores: Construir Carreiras Sustentáveis” ou “Criar uma Comunidade com o Snapchat”, entre tantos outros.
Hoje Macau EventosEdição que celebra os 15 anos do Oktoberfest Macau já arrancou Começou na sexta-feira mais uma edição do Oktoberfest Macau, que até ao dia 2 de Novembro acontece no MGM Cotai. Segundo um comunicado da operadora de jogo, trata-se de uma edição que faz “um brinde aos 15 anos” do evento que tem trazido ao território “o sabor e o espírito autênticos do icónico festival de cerveja alemã”. O Oktoberfest Macau recebeu, ao longo de 15 anos, mais de 190 mil participantes. Na sexta-feira, na cerimónia de abertura, Kenneth Feng, presidente e director-executivo da MGM China, disse que esta festa “não é apenas uma celebração, mas também uma conexão”. “É esse sentimento de união que tem sustentado o espírito do festival nos últimos quinze anos, tornando-o uma celebração anual que todos aguardam ansiosamente, repleta de risos e memórias. Este ano, o festival receberá o seu convidado número 200.000, um verdadeiro marco que reflecte o compromisso de longa data da MGM com o desenvolvimento de produtos culturais e turísticos para Macau”, acrescentou. Música e salsichas Quem for ao Oktoberfest pode ter a certeza que encontra a típica cerveja alemã e as salsichas que fazem as delícias da festa, sendo que este ano se dá o regresso da Högl Fun Band, directamente de Munique. Este grupo promete “subir ao palco com animadas melodias bávaras, conduzindo o público em coro com a canção que é tema original do festival”, a música “Nei Hou, Macau!”. A fim de celebrar os 15 anos de existência, a MGM criou para esta edição uma “cabine fotográfica especial”, para que os participantes possam tirar fotografias temáticas sobre o Oktoberfest, além de que também se estreia o “Prémio de Melhor Traje”. Aqui, o público é convidado “a vestir-se com trajes temáticos e a abraçar totalmente o espírito do Oktoberfest”. O espaço oferece ainda actividades pensadas para as crianças. A festa acontece até ao dia 2 de Novembro, das 18h à meia-noite, no primeiro terraço do MGM Cotai, sendo necessário adquirir bilhetes para o evento.
Hoje Macau SociedadeAreia Preta | Carro entra dentro de restaurante e faz seis feridos Um Lamborghini descontrolado entrou pela montra de um restaurante, na Areia Preta, deixando seis pessoas feridas. O caso aconteceu na tarde de sábado, e os feridos, onde se incluem o condutor, clientes e trabalhadores do restaurante foram considerados pelas autoridades como estando numa situação “estável”. De acordo com o relato do Jornal Ou Mun, o condutor, de 60 anos, afirmou ter cometido um erro, ao pressionar o pedal do acelerador, em vez do travão, o que levou a que tivesse perdido o controlo da viatura. O teste do balão indicou que o condutor não tinha consumido álcool. Por sua vez, o dono do restaurante queixou-se dos prejuízos causados e também da impossibilidade de continuar a explorar o negócio nos próximos tempos, devido à necessidade de grandes obras. As autoridades indiciaram o condutor por ofensa à integridade física por negligência, punido com uma pena até dois anos de prisão. Álcool | Condutor detido por causar acidente Um homem com 50 anos foi detido, depois de ter causado um acidente, quando conduzia alcoolizado, com uma taxa de 1,71 gramas de álcool por litro de sangue. O caso foi revelado no sábado, embora o acidente tivesse acontecido na quarta-feira de manhã. O acidente foi declarado quando as autoridades foram chamadas à Avenida Doutor Henry Fok, devido a uma colisão traseira de um veículo ligeiro com outro. No entanto, no local, as autoridades suspeitaram que um dos condutores tinha ingerido bebidas alcoólicas pelo que realizaram o teste do balão, que apresentou o resultado de 1,71 gramas de álcool por litro de sangue. O homem confessou a ingestão do álcool, relatando que tinha estado a beber de manhã no trabalho. Ao mesmo tempo, explicou que tinha sido responsável pelo acidente, por não ter mantido uma distância de segurança apropriada.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Melhor Setembro de sempre desde que há registos Apesar do registo do mês passado, quando são considerados os nove meses do ano, o número de visitantes ainda está abaixo do que aconteceu entre Janeiro e Setembro de 2019, antes da pandemia Macau recebeu quase 2,8 milhões de visitantes em Setembro, mais 9,8 por cento do que no mesmo período de 2024 e o valor mais elevado de sempre para este mês, foi sexta-feira anunciado. O número de turistas que passou pelo território foi o mais elevado para qualquer mês de Setembro desde que a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) começou a compilar dados mensais, em 1998, ainda durante a administração portuguesa. No entanto, mais de 56 por cento dos visitantes (1,56 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na RAEM. Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China. Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau. Além disso, desde 1 de Janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias. Em resultado, a esmagadora maioria (90,6 por cento) dos turistas que chegaram a Macau em Setembro vieram da China continental ou Hong Kong, enquanto menos de 260.400 foram visitantes internacionais. A cidade recebeu no total quase 29,7 milhões de visitantes nos primeiros dez meses, mais 14,5 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano. Números excepcionais De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou por Macau só foi superado entre Janeiro e Setembro de 2019 – antes da pandemia de covid-19 -, período em que registou mais de 30,2 milhões de visitantes. Em 17 de Janeiro, a directora dos Serviços de Turismo de Macau disse esperar entre 38 e 39 milhões de visitantes este ano. Em Agosto, Maria Helena de Senna Fernandes apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025. Nos primeiros nove meses do ano, Macau recebeu quase 1,9 milhões de turistas vindos do estrangeiro, mais 12,4 por cento do que no mesmo período de 2024. Cidadãos da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Barém e Omã passaram a estar dispensados de visto para entrar na cidade a partir de 16 de Julho. Apesar do aumento no número de turistas, o consumo médio de cada visitante em Macau, excluindo nos casinos, caiu 12,3 por cento no segundo trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2024. No início de Maio, a DSEC apontou a “alteração do padrão de consumo dos visitantes” como uma das principais razões para a queda de 1,3 por cento da economia de Macau entre Janeiro e Março. Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19. Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8 por cento do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde, 39,4 milhões, fixado em 2019, antes da pandemia.
Hoje Macau Manchete SociedadeInquérito | Jovens defendem aposta no Metro Ligeiro Um inquérito realizado pela Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, junto de 647 jovens, mostra que 70,5 por cento considera que este meio de transporte deve continuar a ser desenvolvido. Os resultados do estudo vão ser apresentados esta manhã, mas a associação divulgou já algumas das conclusões. Além disso, 75,6 por cento dos inquiridos mostrou apoiar a construção da Linha Leste, que já está a ser desenvolvida, e vai fazer a ligação entre as Portas do Cerco e o Pac On, atravessando a Zona A dos Novos Aterros de Macau. No entanto, os resultados apresentados mostram que a maior parte dos jovens utiliza com muito pouca preferência o metro, que actualmente apenas faz as ligações de Seac Pai Van e da Ilha da Montanha, através da Taipa, com a Estação da Barra, na Península de Macau. Ainda assim, no último ano, 58,7 por cento afirmou ter feito pelo menos uma viagem de metro.
Hoje Macau SociedadeExposições comerciais terminam com mais de 140 acordos As três exposições comerciais realizadas em Macau terminaram na sexta-feira com a assinatura de mais de 140 acordos de cooperação, indicou a organização, referindo que 15 por cento envolvem países de língua portuguesa. A 2.ª Exposição Económica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX), a 30.ª Feira Internacional de Macau (MIF) e a Exposição de Franquia de Macau 2025 (2025MFE), decorreram em simultâneo, entre quarta-feira e sexta-feira. O número de acordos celebrados durante os quatro dias registou “um aumento superior a 30 por cento em relação ao ano anterior”, abrangendo áreas como “turismo e lazer integrados, ‘big health’ da medicina tradicional chinesa, tecnologia de ponta, convenções e exposições, cultura, desporto, produtos agrícolas, agenciamento de marcas, cooperação sino-lusófona, entre outras”, referiu, em comunicado, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). Ainda de acordo com o IPIM, 15 por cento destes acordos envolviam países do universo lusófono, “reflectindo o valor das exposições no aprofundamento da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa”. Por outro lado, referiu ainda o IPIM, quase 80 por cento dos acordos celebrados estavam relacionados com as indústrias ‘1+4’. O modelo ‘1+4’, criado pelo Governo de Macau como resposta à necessidade de diversificação da economia do território, profundamente dependente do jogo, pretende apostar nos seguintes sectores: indústria de saúde e bem-estar, indústria de finanças modernas, indústria de tecnologia de ponta e, por fim, a indústria de convenções, exposições e comércio, cultura e desporto. O IPIM, lê-se ainda na nota, deu a conhecer a mais de 350 empresas o “ambiente de investimento e as vantagens comerciais de Macau”. Intenções de investimento Até ao momento, 68 empresas, incluindo de Portugal e do Brasil, “já subscreveram a declaração de intenções de investimento, o que representa um aumento de 70 por cento em termos homólogos”. Além disso, ao longo destes quatro dias, mais de 600 representantes empresariais de países de língua portuguesa, do Sudeste Asiático e de várias regiões da China continental visitaram Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada, “a fim de conhecer as suas zonas comerciais e o seu ambiente comercial”. A C-PLPEX, a MIF e a MFE reuniram este ano mais de 1.100 expositores de quase 30 países, recebendo mais de 85 mil participantes, ainda de acordo com o IPIM.
Hoje Macau Manchete SociedadeEconomia | Alimentos, rendas e hipotecas cada vez mais caros A inflação acelerou em Setembro pelo terceiro mês consecutivo, com aumentos em vários bens e serviços de primeira necessidade que se estendem aos combustíveis e à educação A inflação acelerou em Setembro, pelo terceiro mês consecutivo, ao mesmo tempo que o índice de preços no consumidor (IPC) voltou a cair no Interior, foi anunciado na sexta-feira. O índice em Macau subiu 0,47 por cento em Setembro, em termos homólogos, mais 0,2 pontos percentuais do que o registado em Agosto (0,27 por cento), e o valor mais elevado desde Janeiro (0,57 por cento), segundo dados oficiais. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, a aceleração da inflação deveu-se sobretudo aos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (mais 0,56 por cento). Já o custo das refeições adquiridas fora de casa, subiu 1,56 por cento. Os gastos com rendas ou hipotecas de apartamentos cresceram 0,85 por cento e 0,63 por cento, respectivamente, após a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) ter aprovado, em 18 de Setembro, a primeira descida da taxa de juros desde o final de 2024. A Assembleia Legislativa do território aprovou, em Abril de 2024, o fim de vários impostos sobre a aquisição de habitações, para “aumentar a liquidez” no mercado imobiliário, defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong. Com a recuperação no número de visitantes, a região registou uma subida de 20,2 por cento no preço da joalharia, ourivesaria e relógios, produtos populares entre os turistas da China continental. Viagens mais caras Também o custo das excursões e hotéis para viagens ao exterior de residentes de Macau aumentou 7,94 por cento, enquanto os gastos com educação e combustíveis para veículos subiram 1,67 por cento e 2,21 por cento, respectivamente. Na China continental, de longe o maior parceiro comercial de Macau, o IPC voltou a cair 0,3 porcento em Setembro, em termos homólogos, o segundo mês consecutivo de deflação (queda anual nos preços no consumidor) e o sexto nos nove meses do ano. A deflação reflecte debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravosa, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. O valor registado em Setembro surpreendeu os analistas, que previam uma contracção menor dos preços, a rondar 0,1 por cento. A segunda maior economia mundial continua sob pressão deflacionista, devido à combinação entre a fraca procura interna e o excesso de capacidade industrial, agravada pela guerra comercial com os Estados Unidos, que tem dificultado o escoamento de inventários acumulados pelas empresas. Em Hong Kong, a inflação manteve-se inalterada, em 1,1 por cento, em Setembro.
Hoje Macau PolíticaEducação | Defendida criação de vales de aprendizagem Chan Lai Kei, deputado ligado à comunidade de Fujian, interpelou o Governo sobre a ideia de criar vales de aprendizagem, fora do sistema de ensino, que seriam atribuídos anualmente aos alunos com dificuldades económicas, a fim de aliviar os encargos das famílias. Segundo uma interpelação escrita, o deputado argumentou que, actualmente, os subsídios atribuídos pelo Governo acontecem em contexto escolar, mas os cursos existentes nas escolas podem não corresponder às necessidades de todos os alunos. Por sua vez, o Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo, virado para cursos fora do sistema escolar, apenas se destina a residentes com mais de 15 anos, pelo que quem tem entre 6 e 14 anos tem de pagar cursos fora da escola na totalidade, sem qualquer apoio. Segundo Chan Lai Kei, a ausência de apoio financeiro neste âmbito faz com que haja limitações ao desenvolvimento do potencial dos alunos, dificultando também a melhoria em termos de diversidade social e a concretização de uma maior equidade educativa a longo prazo.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Promovida economia digital em colóquio Terminou na sexta-feira o “Colóquio sobre Economia Digital entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. O evento arrancou no dia 13 de Outubro e foi promovido pelo Fórum Macau, tendo o secretário-geral, Ji Xianzheng, referido que o evento visou promover “as novas tecnologias, como a inteligência artificial e a economia digital, tendo por objectivo a promoção da digitalização do comércio e investimento nos países participantes do Fórum Macau”. Além disso, no seu discurso, Ji Xianzheng salientou a importância de “fomentar a inovação tecnológica e a modernização de cooperação industrial transfronteiriça”. O Fórum Macau destaca ainda, na mesma nota, que este colóquio “permitiu agilizar e incentivar as partes envolvidas a explorarem conjuntamente as oportunidades proporcionadas pela economia digital, superando riscos e desafios, apoiando o desenvolvimento empresarial e alcançando benefícios mútuos”. Ensa Indjai, na qualidade de representante rotativo do colóquio, “expressou que a China tem mostrado ao mundo a força da sua estratégia de integração digital, inteligência artificial e das novas tecnologias, abrindo caminhos para o fortalecimento das relações com os Países de Língua Portuguesa”.
Hoje Macau PolíticaÁgua Reciclada | Estabelecida meta de 10 por cento O governo pretende que “a longo prazo” cerca de 10 por cento da água consumida em Macau seja reciclada. A meta foi reiterada no dia de ontem, através de um comunicado do gabinete do secretário para os Transportes e Obras Públicas. “A meta a médio prazo é que o consumo de água reciclada represente 5 por cento do consumo total de água de Macau, sendo a meta a longo prazo ultrapassar os 10 por cento”, foi divulgado. Esta é vista como uma via para “economizar ainda mais os preciosos recursos hídricos, criar maior valor para o seu desenvolvimento sustentável e construir uma cidade de Macau mais orientada para a poupança de água”. De acordo com o mesmo comunicado, “Macau enfrenta uma escassez significativa de água doce” e 99 por cento da água bruta consumida provém do Interior. Os mesmos dados indicam que desde o final de 1999, “a procura de água tem registado um crescimento acentuado, o volume de água bruta abastecida a Macau em 2024 atingiu cerca de 105 milhões de metros cúbicos, o que representa um aumento superior a 83 por cento”.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Nick Lei pede novo cartão do consumo Numa interpelação escrita, o deputado Nick Lei pediu ao Governo que estude a possibilidade de atribuir mais uma ronda do cartão do consumo, à semelhança do que aconteceu durante a pandemia. Segundo o legislador ligado à comunidade de Fujian, os idosos e deficientes têm grandes dificuldades para utilizar o modelo actual de incentivo ao consumo, que adopta uma política de descontos. Anteriormente, o cartão atribuía um montante que podia ser utilizado, independentemente de qualquer gasto dos idosos. Segundo o deputado, no caso de o Governo não conseguir atribuir o cartão de consumo a todos os cidadãos, pelo menos deve apoiar os grupos vulneráveis, como idosos, deficientes e pessoas com menores rendimentos. Lei pede também ao Executivo que realize um estudo sobre a eficácia do modelo em vigor.
Hoje Macau PolíticaPlano Quinquenal | Chan Meng Kam defende aposta em Hengqin Com o início do 15.º Plano Quinquenal nacional no próximo ano, o empresário e ex-deputado Chan Meng Kam veio a público defender a necessidade de apostar mais na Ilha da Montanha, para promover a diversificação da economia de Macau. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, Chan Meng Kam destacou as vantagens da diversificação da economia e da exploração de Hengqin, apontando que desde que foi adoptada a política de circulação de veículos de Macau em Guangdong, a vida quotidiana dos residentes deixou de estar limitada à RAEM e passou a englobar um raio de deslocações de uma hora, dentro do projecto nacional da Grande Baía. Por sua vez, o empresário e agora deputado Kevin Ho elogiou os esforços da política económica dos governos dos últimos anos, com o que indicou ser uma redução da proporção do sector do jogo no Produto Interno Bruto (PIB) para menos de 40 por cento. Esta é uma redução que poderá acentuar-se a partir de Dezembro, altura em que vários casinos-satélite vão encerrar as portas, por decisão do Governo e dos deputados. Kevin Ho também abordou o 15.º Plano Quinquenal nacional, para afirmar que é cada vez mais claro o papel que a RAEM deve assumir no âmbito do desenvolvimento do país. O empresário deixou assim a esperança que se concretizem cada vez mais os esforços de diversificação em áreas como o turismo de lazer, medicina chinesa tradicional e finanças modernas.
Hoje Macau Manchete PolíticaSalários | Proposto aumento de uma pataca por hora Em cima da mesa, estava a discussão de um aumento do salário mínimo entre uma e três patacas por hora. O Executivo liderado por Sam Hou Fai optou pelo montante mais reduzido. A decisão foi justificada com “o equilíbrio de um conjunto de factores” Após a discussão do Conselho Executivo, o Governo propõe um aumento de uma pataca por hora do salário mínimo. Em cima da mesa, estava a possibilidade de aumentar entre uma e três patacas, e os governantes optaram pelo crescimento mais reduzido. A proposta foi revelada na sexta-feira, através de uma conferência de imprensa do Conselho Executivo, que tem como novo porta-voz Wong Sio Chak, agora secretário para a Administração e Justiça. De acordo com a proposta, o salário por hora vai subir das 34 patacas para 35 patacas, o que representa um crescimento de 2,9 por cento. No que diz respeito ao cálculo diário, Conselho Executivo apresentou o aumento como um crescimento de 272 patacas para 280 patacas, tendo em conta oito horas de trabalho. Em termos semanais, o actual salário de 1.632 patacas vai aumentar para 1.680 patacas, enquanto a nível mensal o crescimento é de 7.072 patacas para 7.280 patacas. Segundo o Executivo, a proposta teve por base “o equilíbrio de um conjunto de factores, designadamente o ambiente de negócios dos empregadores, a garantia dos direitos e interesses dos trabalhadores e a capacidade de aceitação dos consumidores”. As estimativas oficiais apontam para que o aumento vá abranger “cerca de 18.200 pessoas”, o que significa 4,4 por cento do total dos trabalhadores, excluindo os trabalhadores domésticos. Exclusão defendida Na conferência de imprensa, o Governo de Sam Hou Fai defendeu também a necessidade de os trabalhadores domésticos terem um ordenado abaixo do salário mínimo. A posição mostra que Sam não vai alterar esta política, mantendo as opções de Ho Iat Seng. A posição foi explicada pelo director dos Serviços para os Assuntos do Trabalho (DSAL), Chan Un Tong: “Quando a lei foi estabelecida, a principal premissa foi a ‘natureza única’ do trabalho doméstico e a necessidade de o trabalhador se ‘integrar’ na vida familiar do empregador”, justificou Chan Un Tong. “No entanto, mesmo que esta legislação não se lhes aplique, isso não significa que os seus direitos não estejam protegidos”, defendeu. Actualmente, a DSAL permite a contratação de trabalhadores não-residentes como trabalhadores domésticos, desde que haja um ordenado mínimo de 3.200 patacas. No entanto, Chan apontou que o salário mediano ronda as 3.800 patacas. Face a este valor, o director da DSAL considerou que a prática mostra que mesmo para estes trabalhadores “existem mecanismos que garantem uma remuneração razoável”. JSF / Lusa
Hoje Macau Grande PlanoPop Mart, fabricante de Labubu, cai 10,8% em Hong Kong entre dúvidas sobre crescimento As ações da Pop Mart, empresa chinesa responsável pelo fenómeno global das figuras Labubu, afundaram esta quinta-feira 10,8%, na maior queda desde abril, num novo episódio de volatilidade que contrasta com os bons resultados de vendas divulgados na véspera. A desvalorização reflete a crescente cautela dos investidores face à possibilidade de uma desaceleração do crescimento da empresa, após vários trimestres impulsionados pela popularidade dos seus produtos colecionáveis. Na quarta-feira, os títulos da Pop Mart subiram 4,23% na bolsa de Hong Kong, apesar do tom negativo do mercado, na sequência do anúncio de que a faturação no terceiro trimestre aumentou entre 245% e 250%, impulsionada pela viralização de Labubu nas redes sociais e pela expansão internacional da empresa. Segundo dados fornecidos pela companhia, as vendas domésticas cresceram 190%, enquanto as internacionais dispararam 370%, com destaque para subidas de 175% na região Ásia-Pacífico, mais de 740% na Europa e quase 1.270% nos Estados Unidos. A forte queda registada hoje é atribuída em grande parte à realização de lucros, após a valorização superior a 186% desde o início do ano, e à incerteza sobre a sustentabilidade do atual ritmo de crescimento. A ação caiu 8,1% na terça-feira, o pior desempenho desde abril, penalizada pelos receios de um abrandamento nas vendas após meses de euforia. A divulgação preliminar de resultados ajudou a dissipar temporariamente essas preocupações, mas a ausência de uma data oficial para a apresentação das contas mantém a incerteza quanto à evolução futura da empresa. O presidente executivo e fundador, Wang Ning, mostrou-se confiante na resiliência de longo prazo do personagem Labubu, defendendo que ícones culturais continuam a gerar receitas mesmo após o pico de popularidade. Segundo a agência Bloomberg, a explosão da procura obrigou a própria empresa a rever em alta as suas metas internas. Se no início de 2024 a Pop Mart previa uma faturação de 2.800 milhões de dólares (cerca de 2.400 milhões de euros), em agosto Wang elevou essa meta para 4.200 milhões de dólares (3.600 milhões de euros), apontando o impulso global da marca como fator-chave. Fundada em Pequim em 2010, a Pop Mart consolidou-se como uma das principais referências asiáticas no setor de brinquedos e figuras de coleção, combinando design exclusivo, edições limitadas e colaborações com marcas, artistas e franquias internacionais. O seu modelo de negócio assenta nas chamadas “caixas surpresa”, que incentivam compras repetidas e criaram uma comunidade de fãs dispostos a pagar elevados prémios por peças raras. Entre as suas principais linhas está Labubu, um monstro de orelhas pontiagudas e sorriso travesso inspirado na mitologia nórdica, criado pelo artista de Hong Kong Lung Ka-sing em 2015 e integrado no portefólio da empresa em 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaQuatro mortos, incluindo o agressor, após ataque com arma branca no sul da China Quatro pessoas morreram, incluindo o agressor, e uma ficou ferida num ataque com arma branca ocorrido na terça-feira à tarde num complexo residencial da cidade de Liuzhou, na região autónoma de Guangxi, sul da China. Segundo um comunicado da Polícia local, o incidente ocorreu por volta das 18h, num bairro do distrito de Chengzhong, onde um homem de 69 anos, identificado apenas pelo apelido Ye, esfaqueou quatro vizinhos após uma disputa. O suspeito caiu do alto de um edifício pouco depois do ataque, indicaram as autoridades na nota, sem avançar detalhes sobre as circunstâncias da queda. As vítimas foram imediatamente transportadas para um hospital próximo, mas três acabaram por não resistir aos ferimentos. As autoridades abriram uma investigação para apurar os motivos do ataque e esclarecer os contornos do incidente, acrescenta o comunicado.
Hoje Macau DesportoPequim | Diogo Craveiro com bronze nos Mundiais de patinagem artística O patinador português Diogo Craveiro obteve esta quinta-feira a medalha de bronze na variante livre do Campeonato do Mundo de patinagem artística, a decorrer em Pequim. Diogo Craveiro, vice-campeão europeu, fechou o pódio com a pontuação de 223.39 no total das provas dos programas curto e longo, atrás dos espanhóis Hector Diez Severino (243.44) e Arnau Pérez Montero (231.55), respetivamente ouro e prata. A medalha de Diogo Craveiro é a quarta da seleção lusa em Pequim, depois dos títulos mundiais de Madalena Costa, primeiro de sempre no escalão sénior feminino, e Rita Azinheira (júnior) e do bronze de João Pedro Cruz (júnior).
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong regista primeira morte devido a febre chikungunya As autoridades da região semiautónoma chinesa de Hong Kong anunciaram esta quinta-feira a primeira morte causada pelo vírus chikungunya, depois de um surto na vizinha província de Guangdong. O Centro para a Proteção da Saúde (CHP, na sigla em inglês) de Hong Kong anunciou a morte de um homem de 77 anos que sofria de uma doença crónica, de acordo com um comunicado. A vítima visitou Cantão, capital da província de Guangdong, entre 30 de setembro e 13 de outubro, tendo começado a sentir febre e dores nas articulações depois de regressar a Hong Kong, referiu o CHP. Com o estado de saúde a agravar-se, o homem foi internado nos cuidados intensivos do Hospital Ruttonjee, onde morreu devido ao vírus, agravado pela falência múltipla de órgãos. Este ano, Hong Kong registou 42 casos de doença causada pelo vírus chikungunya, mas as autoridades sublinharam que todos foram classificados como infeções vindas de fora do território. Transmitido por mosquitos, o vírus chikungunya provoca febre e dores articulares, com sintomas semelhantes aos da dengue, afetando com maior gravidade crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes. O CHP sublinhou que esta infeção raramente está associada a sintomas graves, com uma taxa de mortalidade inferior a 0,1%, mas alertou que os indivíduos de alto risco devem procurar imediatamente um médico se apresentarem sintomas. As autoridades de saúde de Hong Kong reforçaram as medidas de prevenção nos distritos afetados e espalharam pesticidas para tentar eliminar os mosquitos nas zonas de risco. As escolas aplicaram medidas de controlo de águas estagnadas, onde os mosquitos se reproduzem, e a região chinesa reforçou a vigilância nas fronteiras. A nível mundial, entre janeiro e setembro, foram reportados quase 445.300 casos suspeitos ou confirmados de chikungunya e 155 mortes em 40 países, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Na China continental, quase 16.500 casos de chikungunya foram registados até ao final de setembro, num surto concentrado nas cidades de Foshan e Jiangmen, próximas de Hong Kong e Macau, que registou 29 casos importados e oito casos locais. As autoridades de Foshan impuseram medidas preventivas rigorosas, incluindo uso de redes mosquiteiras, drones e desinfetante, com ameaças de multas e cortes de eletricidade para quem não eliminar águas paradas. No final de agosto, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças sublinhou que foram registados este ano 27 surtos de chikungunya, um novo recorde no continente europeu.