Hoje Macau Grande Plano MancheteFórum Macau | Os benefícios para Macau e as queixas dos empresários Terminou ontem a sexta Conferência Ministerial do Fórum Macau e o balanço é positivo, tanto da parte do Governo como de políticos locais. Empresários lusófonos queixam-se dos entraves para entrar no mercado chinês devido à política de vistos ou dificuldades na obtenção do BIR. Brasil promete nomear primeiro delegado para o Fórum Há oito anos que os representantes do Fórum Macau não se reuniam para uma conferência ministerial, à excepção de um encontro online realizado em 2022 que resultou numa declaração ministerial. Este longo silêncio, pautado, em grande parte, pela pandemia, foi colmatado este fim-de-semana com a realização da sexta Conferência Ministerial, que decorreu até esta segunda-feira, sendo que ontem o evento diplomático encerrou com uma sessão exclusivamente destinado a empresários dos nove países de língua portuguesa que, juntamente com a China e a RAEM, integram o Fórum Macau, criado em 2003. Este evento teve como temas principais a “transformação digital” e o “desenvolvimento verde”. À margem deste evento, alguns empresários aproveitaram para falar das dificuldades que ainda persistem no acesso ao mercado chinês, nomeadamente quanto à obtenção de vistos para a China ou obtenção de residência em Macau. Rui Rodrigues consegue enumerar várias barreiras ao negócio dos moçambicanos na China. Dificuldade na obtenção de vistos, elevado custo das ligações aéreas e limitações ao nível da produção são algumas. “Nesta fase, queremos apenas ver resolvido, para já, o problema dos vistos, ou seja, pelo menos para ter acesso e resolver a questão das viagens”, disse em Macau aos jornalistas o representante da consultora Zhuhai Hengqin África Oriental. Resolver a questão dos vistos é “um grande ponto de partida”, já que os empresários moçambicanos reconhecem “muita dificuldade no acesso à documentação e muita burocracia” para poder visitar a China. A obtenção de residência em Macau pode ser um próximo passo: “A seguir, logicamente, iremos tentar falar sobre o problema da residência, porque os investidores também querem resolver de uma forma estável para que possam seguir com os seus investimentos”, referiu. Medidas mais específicas para a fixação de residência são também uma aspiração do tecido empresarial português, de acordo com um representante da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). “O que recebemos de ‘feedback’ dos nossos empresários é que de facto, porque gostariam e procuram que exista um regime que seja mais específico, que seja, do ponto de vista administrativo, mais expedito. E é legítimo que assim seja para todos esses processos administrativos e de obtenção de residência”, afirmou Luís Rebelo de Sousa. O vogal executivo do Conselho de Administração da AICEP notou que “essa maior diligência” pode contribuir “obviamente para que Macau seja uma região mais competitiva para atracção de investimento português”. A menos que seja criado um regime de excepção, neste momento, o acesso ao cartão de residente de Macau (BIR) “é só para pessoas que reúnam critérios de talentos”, como estipulado pelo regime de captação de quadros qualificados, aprovado no ano passado, disse à Lusa o deputado José Pereira Coutinho. “Da forma como está feita [a lei], neste momento, não vejo janela que possa de facto reunir essas condições, mas se o empresário, em termos profissionais, reunir as condições que estão estabelecidas ao abrigo da nova lei, é possível. Mas somente como empresário, simples empresário, não vejo que haja seguimento”, completou. “Penso que deve ser do interesse de Portugal tentar arranjar aqui uma estratégia, porque Macau é importante para as nossas relações”, reagiu um membro da Associação de Jovens Empresários Portugal-China, também presente no encontro. Pedro Ferreirinha acredita que Macau ainda é uma oportunidade: “Depois é uma questão de custos. Do que tenho falado com os jovens empresários é uma questão de ponderar (…) custos. Às vezes compensa mais investir directamente na China do que passar por Macau. E agora tem havido outras dificuldades, que é a na obtenção dos BIR, que também vem aqui complicar”. Balanço positivo Tendo discursado neste fórum destinado a empresários, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, fez um balanço positivo da sexta Conferência Ministerial do Fórum Macau. “Com os esforços de todos os sectores da comunidade, foi implementada de forma eficaz uma série de medidas de apoio do Governo Central à construção da plataforma sino-lusófona de Macau”. O governante considerou também que as funções do território como plataforma de comércio e serviços “tem vindo a expandir-se, sendo vocacionadas principalmente para a cooperação económica e comercial”. Lei Wai Nong entende ainda que esta plataforma, que visa o “desenvolvimento de sinergias em várias áreas continua a aprofundar-se” tendo uma “substantiva conotação”, considerando que a estratégia de diversificação económica apontada pelo Executivo “proporcionará maiores oportunidades de desenvolvimento para as empresas chinesas e lusófonas”. Recorde-se que um dos seis pontos do novo plano de acção do Fórum Macau, que define as linhas de actuação da entidade até 2027, dedica-se inteiramente às oportunidades oriundas da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Desta forma, o secretário para a Economia e Finanças lembrou ontem que desde o início deste ano que se tem acelerado a construção deste projecto de integração e cooperação regional, tendo destacado a “entrada em vigor de uma série de políticas preferenciais de tributação”. Lei Wai Nong lembrou também o “lançamento oficial dos métodos de gestão de actividades da conta de comércio livre multifuncional” nesta zona no passado dia 3 de Abril, bem como “o progresso do ordenamento e construção do Parque Industrial de Manufacturas de Topo de Gama na Zona Industrial de Marcas de Macau”. Existem, assim, “condições mais favoráveis para a construção do Centro de Comércio Internacional entre a China e os Países de Língua Portuguesa na Zona de Cooperação Aprofundada”, projecto que está bastante ligado aos objectivos do Fórum Macau para os próximos anos. Vistos e mais vistos Neste contexto, a possível entrada de Portugal na lista de países isentos de visto para entrar na China voltou a ser abordada à margem das sessões do Fórum Macau, desta vez por Bernardo Mendia, secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa. Este assumiu, em declarações à TDM Rádio Macau, ter informações de que Portugal irá incluir o próximo grupo de países isentos de visto definido pelas autoridades chinesas, considerando que este é um “passo importante” para a maior flexibilização de empresários e para a “consolidação dos interesses económicos de Portugal no gigante mercado” chinês. Recorde-se que o ministro português da Economia, Pedro Reis, referiu esta segunda-feira ter “sinalizado essa matéria” no âmbito da realização da Conferência Ministerial. Políticos elogiosos Quem destacou a importante posição assumida por Macau nesta sexta Conferência Ministerial do Fórum Macau foram os representantes do território à Assembleia Popular Nacional (APN). Segundo o jornal Ou Mun, Chui Sai Peng, engenheiro civil e também deputado à Assembleia Legislativa local, defendeu que este evento significou um encontro amigável entre as várias partes que o compõem, proporcionando ganhos mútuos aos países membros, além de impulsionar o intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa. Chui Sai Peng adiantou que todos os sectores sociais e económicos de Macau devem apostar ainda mais nas conexões que se podem fazer tendo em conta o papel de plataforma atribuído ao território e os contactos que daí podem surgir. Por sua vez, o empresário Kevin Ho apontou uma maior influência da cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa e o pragmatismo com que está a funcionar o conceito de “uma base” comercial atribuído pelas autoridades à RAEM. O empresário, que é accionista do grupo português Global Media, através da KNJ Investment, e sobrinho de Edmund Ho, primeiro Chefe do Executivo da RAEM, adiantou que hoje a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa tem uma maior influência e atinge mais áreas. Lau Pun Lap, economista e presidente da Associação Económica de Macau, defendeu ainda que as propostas saídas do plano de acção estão em consonância com as orientações em prol de um desenvolvimento diversificado da economia do território. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o responsável apontou que as novas linhas de acção do Fórum Macau vão contribuir ainda mais para reforçar o papel de plataforma do território e expandir a área dos serviços comerciais e de negócios. Já Lee Chong Cheng, antigo deputado local ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau, e actual membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, disse que tanto as autoridades como a própria sociedade devem reflectir mais sobre a plataforma sino-lusófona e apresentar mais ideias e projectos a fim de reforçar o posicionamento que o Estado chinês atribui a Macau e para que o território possa ter maiores ligações comerciais com os países de língua portuguesa. Com um número mais reduzido de ministros, mas não de empresários, o Fórum encerrou ontem com algumas sugestões e promessas. Uma delas foi feita por Y Ping Chow, empresário radicado em Portugal há vários anos e presidente da Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China, bem como da Liga dos Chineses em Portugal. Segundo a TDM Rádio Macau, o responsável defendeu que a emissão de dívida pode ajudar o desenvolvimento das pequenas e médias empresas locais. Promessas brasileiras Outra das novidades saídas do Fórum prende-se com a vontade do Brasil de querer utilizar mais a entidade a fim de fortalecer relações com a China. O secretário executivo do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte brasileiro, Francisco Tadeu Barbosa de Alencar, lembrou que a China é o parceiro comercial mais importante do país sul-americano, uma relação cuja importância é “muito clara” para o Governo do Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. “Os números da economia brasileira têm ali a relação com a China como um grande instrumento da retomada do crescimento económico do país que foi muito garroteado nos últimos anos”, sublinhou. Sobre o plano de acção do Fórum de Macau para 2024-27, o responsável disse estar convicto “que é um bom plano” que vai orientar as relações comerciais” entre os países do organismo. Barbosa de Alencar avançou não existir qualquer decisão sobre um delegado permanente do Brasil no Fórum de Macau, cargo que actualmente não está preenchido, mas indicou ser “um instrumento a considerar para fortalecer a relação” com o organismo.
Hoje Macau Manchete PolíticaMinistro português da Economia pede isenção de vistos na China O ministro português da Economia, Pedro Reis, disse ontem à Lusa que Portugal gostaria de ser englobado no grupo de países beneficiários de isenção de visto para entrar na China e que a vontade foi comunicada a Pequim. “Portugal sinalizou essa matéria, que gostaríamos muito de ser englobados no grupo de países” com a isenção, disse Pedro Reis à Lusa, em Macau, onde se encontra em representação de Portugal na 6.ª conferência ministerial do Fórum Macau. Pedro Reis notou que a questão foi referida durante a cimeira sino-lusófona, que arrancou no domingo e termina hoje. “Achamos um belíssimo instrumento, muito pragmático, muito ajustado à cadência da cooperação económica que se quer aqui promover. É preciso, hoje em dia, ser muito ágil nessa matéria. Ainda por cima quando vemos parceiros europeus com acesso a esse regimento. Portanto, sinalizámos pela positiva que já existam cerca de 10 países, em duas vagas, e seria interessante para nós podermos aceder a esse instrumento também”, disse. Sobre as razões que levaram Pequim a não incluir até agora Portugal, o ministro da Economia remeteu a resposta para a parte chinesa: “é uma pergunta mais para a China do que para Portugal”. “O dever institucional de Portugal é colocar como interessante [o acesso à isenção] e o nosso empenho em também termos acesso a esse instrumento”, considerou. O poder da Baía Questionado sobre a Grande Baía, Pedro Reis defendeu que a entrada das empresas portuguesas neste projecto chinês permite um “acesso mais alargado, mais natural a um mercado maior”. Notando que este é “um mercado com uma dimensão equivalente ou até um pouco maior que a própria Ibéria”, Pedro Reis considerou que, “havendo articulação de projectos, proximidade geográfica e intencionalidade do lado da China”, para as empresas portuguesas de Macau trata-se de um “acesso mais alargado, mais natural a um mercado maior”. O ministro realçou, porém, que o contacto com o outro lado da fronteira, não pretende atingir a “especificidade e a identidade de Macau”, mas alargar “o seu espaço natural e mercado próximo”. “Não é ver uma alteração de paradigma, é haver um alargamento do espaço natural que se tem acesso entrando via Macau, que me parece sempre um privilégio para as empresas portuguesas existir esta relação tão antiga”. Relativamente a áreas que possam interessar ao tecido empresarial português, o ministro referiu que agentes económicos têm apontado diferentes sectores, nomeadamente o das infraestruturas, como “projectos de reciclagem, de pontes, hospitais, construção”, além da agropecuária e da tecnologia. “Seria interessante, havendo aqui interesse e abertura para receber as nossas empresas tecnológicas mais desenvolvidas ou patentes ou ‘startups’, talvez agarrar a praça financeira importante da Grande Baía para acelerar o financiamento desses projetos, não é tanto o setor financeiro, mas o financiamento dos projectos”, disse o responsável, que se encontra em Macau em representação do Governo português na VI Conferência Ministerial do Fórum Macau. Outro sector “muito apontado” como uma “aposta futura e robusta” é “todo o ‘cluster’ da saúde”, acrescentou o responsável, salientando a presença em Macau de “empresas fortíssimas”, nomeadamente farmacêuticas “e até do desenvolvimento de novas moléculas”. “Interessante também para Portugal que tem apostado muito na biotecnologia”, lembrou. Um dos casos é a Hovione, presente no território desde 1980.
Hoje Macau EventosCinema | “A Sociedade da Neve” em destaque nos prémios ibero-americanos Platino O filme “A Sociedade da Neve” venceu a 11.ª edição dos prémios ibero-americanos Platino em seis das sete categorias em que estava nomeado, em que os candidatos portugueses ficaram fora dos premiados, anunciou a organização. Co-produção de Espanha, Chile, Uruguai e Estados Unidos para a Netflix, o filme, sobre a tragédia aérea ocorrida nos Andes em 1972, do espanhol Juan Antonio Bayona, conquistou as categorias de melhor filme ibero-americano de ficção, realizador, actor, montagem, fotografia e sonoplastia, numa cerimónia no sábado, em Cancún, no México. Os filmes “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, e “Mataram o Pianista”, de Fernando Trueba e Javier Mariscal, co-produzido por Portugal, estavam nomeados na categoria de animação, em que “Robot Dreams” foi o vencedor. “Nayola” é a primeira longa-metragem do realizador português José Miguel Ribeiro, tendo já sido premiada e exibida em vários festivais e estreado nos cinemas portugueses. “Mataram o Pianista” é um documentário dos realizadores espanhóis Fernando Trueba e Javier Mariscal, com Humberto Santana, fundador da Animanostra, como coprodutor. Os Prémios Platino são organizados pela Entidade de Gestão de Direitos dos Produtores Audiovisuais e pela Federação Ibero-americana de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais, em parceria com academias e institutos de cinema dos países do espaço ibero-americano.
Hoje Macau EventosClube Militar | Celebrações do 25 de Abril com jantar e exposição O Clube Militar de Macau acolhe esta quinta-feira as celebrações dos 50 anos da revolução portuguesa do 25 de Abril de 1974 que levou à queda do regime ditatorial do Estado Novo. Está agendado um jantar comemorativo que começa a partir das 18h30 com um cocktail, seguindo-se um momento musical com Zeca Li Silveirinha e Mariana Menezes. Além disso, será inaugurada uma exposição de fotografia intitulada “Lisboa, 25 de Abril de 1974”, com imagens de Álvaro e José Tavares. As inscrições para o jantar e espectáculo terminam amanhã e devem ser feitas junto dos responsáveis pela organização do evento, nomeadamente Manuel Geraldes, Pedro Vale de Gato, Lurdes de Sousa ou Carlos Wilson. Esta iniciativa conta ainda com o apoio da Casa de Portugal em Macau.
Hoje Macau EventosMúsica | Pianista macaense cria associação em prol da educação musical Catarina Amaral está há dez anos em Nova Iorque e decidiu criar a Opus One com Peter Chan e Shuyan Wong, também nascidos em Macau, a fim de desenvolver uma educação musical alternativa para o território com mais concertos, masterclasses e outros eventos gratuitos ou com custo reduzido A pianista macaense Catarina Amaral, a estudar em Nova Iorque, criou com outros dois músicos a associação de artistas Opus One, que quer contribuir para criar um ambiente “mais saudável” na educação musical em Macau. A razão que levou Catarina Amaral a partir há quase dez anos para os Estados Unidos, para estudar Música, é praticamente a mesma que a fez criar, em Outubro de 2021, a associação de artistas Opus One. Em Macau, onde nasceu, sentia falta de uma comunidade artística. E a educação musical tinha ainda muito caminho pela frente. “Está muito melhor do que antes, porque pessoas que estudaram fora voltaram para Macau e existem mais alunos a tocar muito melhor tecnicamente”, diz em entrevista à Lusa a macaense de 24 anos. No entanto, nota a pianista, com a “cultura de competição que se mantém entre os alunos” do território, que “sentem muita pressão”, a qualidade da música local acaba por ser “muito afectada”. Ao nível do currículo do ensino superior, considera, faltam programas interessantes, até “porque música não é só tocar”: “Tens muito mais do que só isso: artes, tens a história, a teoria, está tudo relacionado e Macau ainda não está a pôr estes pontos juntos. Ainda falta, mas está a começar”. A Opus One, constituída por Catarina e dois amigos, também pianistas de Macau, Peter Chan e Shuyan Wong, quer trazer algum equilíbrio a quem está a dar os primeiros passos neste mundo, através, por exemplo, de “mais educação via concertos, ‘masterclasses’ e outros eventos”, gratuitos ou de custo reduzido. “Em vez de tudo ser competição, em vez de se ter de pagar para as aulas, nós queremos mesmo que os alunos comecem a apreciar a música que eles próprios ouvem, que eles próprios veem, que não sejam só mandados praticar, mandados gostar de música”, explica. Primeiros acordes Um recital com a russa-americana Olga Kern, única mulher a alcançar nos últimos 50 anos o ouro na competição internacional de piano Van Cliburn, ou com o pianista canadiano Avan Yu, que deu ainda uma ‘masterclass’ a quatro crianças de Macau, foram algumas das actividades organizadas até agora pela Opus One. Todas com dinheiro do próprio bolso, já que a associação não conseguiu angariar fundos para apoiar as iniciativas. “Estes eventos, que começam por ser grátis ou a um preço baixo, ou a oportunidade [que as crianças têm] de conhecerem estes artistas e tocarem para estes artistas, pode influenciar os jovens a gostarem ainda mais de música. Pode até trazer um ambiente mais saudável para Macau”, reforça. Catarina Amaral concluiu a licenciatura e mestrado em Música na Manhattan School of Music, em Nova Iorque, e frequenta agora um segundo mestrado, em Educação, na Columbia University. Diz que, para o futuro, o que “queria mesmo era ensinar professores como ser professores”. “Não é só dizer aos alunos o que fazer, mas dizer aos alunos para explorarem o que eles querem fazer”, reforça. Para já, esta macaense, de origem portuguesa e chinesa, vai ficar nos Estados Unidos para um fazer o doutoramento. O regresso a Macau está nos planos, diz, até porque sente que quer dar algo de volta à comunidade. Quanto à associação, dedicada numa fase inicial mais à música e ao piano, a ideia passa por contactar com outros instrumentos e artes. Pintura e moda são algumas das áreas de interesse e com “talentos não descobertos”. “Macau tem muito talento, tem muitas pessoas com muito talento e que não são faladas, não são dadas a conhecer ao público. Por isso são também comunidades que queremos incluir”, diz.
Hoje Macau DesportoChineses dominam finais da ITTF Taça Mundial de ténis de mesa O veterano Ma Long e a campeã mundial e líder da classificação feminina Sun Yingsha venceram as finais da ITTF Taça Mundial de Macau 2024, dominadas por jogadores da China. No domingo, Ma Long, número quatro do mundo, esteve a perder for 3-0, mas venceu os quatro parciais para derrotar o oitavo do ‘ranking’ da ITTF, Lin Gaoyuan, por 4-3 em uma hora e três minutos. Ma Ling, de 35 anos, conquistou assim a terceira Taça Mundial, a juntar a um currículo que inclui duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016 e 2020 e três títulos mundiais, em 2015, 2017 e 2019. Horas antes, a segunda da classificação mundial, Wang Manyu, esteve a vencer por 3-1, mas Sun Yingsha acabou por confirmar o favoritismo e ganhar por 4-3 em uma hora e 27 minutos. Com o triunfo de Sun Yingsha, a China conquistou 24 das 25 edições da taça mundial na competição feminina desde que o torneio arrancou, em 1996, na vizinha região de Hong Kong. Regresso em pleno A ITTF Taça Mundial de Macau 2024 voltou a realizar-se depois de um interregno de três anos causado pela pandemia da covid-19, com prémios monetários num total de um milhão de dólares. O torneio trouxe a Macau 96 jogadores, incluindo o campeão mundial Fan Zhendong, o líder do ‘ranking’ da ITTF Wang Chuqin e quatro portugueses: Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Geraldo e Fu Yu. O número um português Marcos Freitas foi eliminado nos oitavos de final pelo japonês Tomokazu Harimoto, nono do mundo, enquanto Tiago Apolónia, João Geraldo e Fu Yu foram afastados na fase de grupos. Em Fevereiro, durante o Mundial por equipas, a seleção masculina de ténis de mesa, composta por Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Geraldo, Diogo Carvalho e João Monteiro, qualificou-se para os Jogos Olímpicos de Paris. Além da vaga por equipas, que será composta por três jogadores, Portugal tem também assegurada a presença no torneio individual dos dois portugueses que tiverem o melhor ranking mundial a 18 de Junho.
Hoje Macau China / ÁsiaGuangdong | Pelo menos 11 pessoas desaparecidas após fortes chuvas Pelo menos 11 pessoas estão desaparecidas depois das fortes chuvas que assolaram várias regiões do sul da China nos últimos dias, informou ontem o departamento de Gestão de Emergências da província de Guangdong. As operações de busca e salvamento prosseguem nas zonas afectadas, que incluem a capital da província, Cantão, e as cidades de Shaoguan, Heyuan, Zhaoqing, Qingyuan, Meizhou e Huizhou. As chuvas obrigaram à deslocação de um total de 53.741 pessoas, das quais 12.256 tiveram de ser realojadas com urgência. As fortes chuvas provocaram a subida dos rios da região, tendo 38 estações hidrológicas em 24 rios da província registado níveis de água superiores ao limiar de alerta. As autoridades activaram o nível IV de resposta a emergências, o mais baixo de uma escala de quatro, nas cidades de Shaoguan e Qingyuan para fazer face às inundações, tendo sido destacados mais de 200 trabalhadores do sector do saneamento para limpar ruas, esgotos e canais. As previsões meteorológicas para a próxima semana na província de Guangdong, que faz fronteira com Macau e Hong Kong, apontam para a ocorrência de chuvas frequentes. A China tem um sistema de aviso meteorológico de quatro cores, sendo o vermelho o mais grave, seguido do laranja, amarelo e azul. Para além de Guangdong, são esperadas chuvas fortes e trovoadas entre domingo à noite e segunda-feira à noite nas províncias de Guangxi, Fujian e Zhejiang. As autoridades locais instaram a população a desligar a electricidade nas zonas de risco e a suspender as actividades ao ar livre. Foram também recomendadas medidas de drenagem nas zonas urbanas e nos campos agrícolas para evitar possíveis catástrofes, como torrentes nas montanhas, deslizamentos de terras e avalanches.
Hoje Macau China / ÁsiaBanco Central chinês | Taxa de juro de referência mantém-se em 3,45% O banco central da China anunciou ontem que vai manter a taxa de juro de referência em 3,45 por cento pelo nono mês consecutivo, correspondendo às expectativas dos analistas, que não esperavam qualquer alteração. Na actualização mensal publicada no seu portal, o Banco do Povo da China indicou que a taxa referencial de crédito (LPR) a um ano vai-se manter no referido nível até pelo menos daqui a um mês. Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, serve para definir o preço dos novos empréstimos – geralmente para empresas – e daqueles com juros variáveis que estão pendentes de reembolso. O indicador é calculado com base nos contributos para os preços de uma série de bancos – incluindo pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a crédito mal parado -, e visa reduzir os custos de financiamento e apoiar a “economia real”. A última redução da LPR a um ano remonta a Agosto de 2023, quando o banco central anunciou um corte de dez pontos, passando dos 3,55 por cento para os actuais 3,45 por cento, uma decisão mais prudente do que os analistas antecipavam na altura. O banco central indicou ontem também que a LPR para cinco anos ou mais – a referência para o crédito à habitação – se manterá nos 3,95 por cento, embora neste caso a última redução remonte a dois meses atrás. Em Fevereiro, a instituição baixou esse indicador em 25 pontos base, de 4,2 por cento para 3,95 por cento. Foi a maior queda desde que as autoridades chinesas criaram o sistema LPR em 2019, e também superou as expectativas do mercado, que antecipava uma queda de 15 pontos base.
Hoje Macau China / ÁsiaClima | Registada subida do nível do mar de 72 mm entre 1993 e 2011 A tendência crescente da subida do nível das águas põe em perigo províncias e regiões costeiras e desencadeia cada vez mais fenómenos naturais catastróficos A China anunciou ontem que o nível médio do mar ao longo da costa chinesa era, em 2023, 72 milímetros mais alto do que a média entre 1993 e 2011. De acordo com um relatório anual do Ministério dos Recursos Naturais, a tendência tem sido “crescente” desde 1980, atingindo os níveis mais elevados de que há registo, mas não está a ocorrer uniformemente ao longo da costa. Em 2023, as regiões do Mar de Bohai, do Mar Amarelo, do Mar do Leste da China e do Mar do Sul da China registaram aumentos significativos, com o Mar de Bohai a atingir o nível mais elevado desde 1980 e o Estreito de Taiwan a apresentar o nível mais baixo dos últimos oito anos. As províncias e regiões costeiras, especialmente Tianjin e Hebei, foram as mais afectadas, tendo o nível das águas ao longo das suas costas subido 145 e 143 milímetros, respectivamente. De acordo com o relatório, de 1980 a 2023, a taxa de subida do nível do mar ao longo das costas chinesas foi de 3,5 milímetros por ano; de 1993 a 2023, a taxa aumentou para 4,0 milímetros por ano, excedendo a média global de 3,4 milímetros por ano no mesmo período. A subida sustentada do nível do mar ao longo das últimas quatro décadas teve efeitos cumulativos, como a compressão dos ecossistemas costeiros e a perda de zonas húmidas, afectando os recursos de água doce subterrânea, afirmou o ministério. Além disso, a subida do nível do mar “intensificou as catástrofes naturais”, como as tempestades e as inundações nas cidades costeiras. Perdas económicas Em 2023, a erosão costeira agravou-se nas zonas das províncias de Liaoning, Shandong, Jiangsu e Hainan, com uma erosão média de 2,7 metros nas costas arenosas. A intrusão de água salgada também se intensificou no norte de Hebei, no sul de Shandong e em Jiangsu, com distâncias superiores a 6,8 quilómetros. As catástrofes marítimas na China, caracterizadas pela sua variedade, ampla distribuição geográfica e elevada frequência, causam perdas económicas significativas todos os anos, afirmou o ministério.
Hoje Macau SociedadeJP Morgan | Estimada descida mensal de receitas de jogo até 21 de Abril Os analistas da JP Morgan estimam que os casinos de Macau tenham apurado nos primeiros 21 dias de Abril cerca de 12,5 mil milhões de patacas, o que significará receitas brutas diárias a rondar 595 milhões de patacas. Num comunicado divulgado ontem, é indicado que os resultados estão dentro dos parâmetros normais da sazonalidade histórica do período em análise. Em comparação com os primeiros 21 dias de Março, quando as receitas diárias foram de 629 milhões de patacas, a indústria do jogo registou nas primeiras três semanas deste mês um corte de 5,4 por cento. “Na semana passada, a média das receitas brutas diárias foi de 600 milhões de patacas, um resultado estável desde a semana anterior. Por segmento, o jogo de massas, incluindo máquinas slot, aparenta estar a um nível de cerca de 110 por cento do registo antes da pandemia, enquanto o jogo VIP está a 20 por cento do volume de receitas de 2019. Resultados muito estáveis face às tendências verificadas no primeiro trimestre do ano”, escreveram os analistas da JP Morgan, citados pelo portal GGR Asia. Além disso, os analistas dão conta da possibilidade de se verificarem divergências de performances nos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) entre as concessionárias de jogo, esperando que a Wynn, MGM e SJM registem crescimentos da casa dos dois dígitos. Em contrapartida, a Sands, Galaxy e Melco podem registar recuos trimestrais de EBITDA entre 2 e 8 por cento.
Hoje Macau SociedadeProdutos secos | Quase 30 contrabandistas burlados Na sexta-feira e no sábado, a Polícia Judiciária (PJ) recebeu 27 denúncias de pessoas que foram burladas num valor total de 3,57 milhões de patacas. O insólito neste caso relatado pelo jornal Ou Mun é que os queixosos eram contrabandistas. O caso partiu de três lojas localizadas na zona norte que terão vendido na semana passada vieiras e ictiocolas secas (bexiga natatória) para serem transportadas e revendidas numa loja em Gongbei. Quem fizesse a travessia poderia receber entre 100 e 200 patacas por cada embalagem transportada. O problema começou quando a loja em Gongbei recusou pagar pela mercadoria, depois de as vítimas terem perdido, individualmente, entre 1.500 e 580 mil patacas. A PJ deteve o proprietário e quatro funcionários das lojas que venderam os produtos, que foram avaliadas em centenas de patacas, apesar de terem sido vendidas aos contrabandistas por valores entre 2.100 e 8.000 patacas por embalagem. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pelo crime de burla de valor elevado.
Hoje Macau SociedadeExposições e convenções | Sector satisfeito com política de vistos Alan Ho, presidente da Associação dos Sectores das Convenções, Exposições e Turismo de Macau, disse estar satisfeito com a política de emissão de vistos com múltiplas viagens entre Macau e Hengqin. Segundo o jornal Ou Mun, o dirigente associativo destacou que a política vai beneficiar o sector da organização dos eventos nas duas regiões, proporcionando ainda maiores possibilidades de escolha quanto a percursos turísticos e alojamento para quem participa nestes eventos. Alan Ho disse ainda que o sector vai continuar a promover o desenvolvimento do conceito “convenções e exposições + turismo”, no âmbito da política local “1+4”, apontado como um dos pilares dos esforços para diversificar a economia de Macau. O responsável acredita que, no futuro, o sector das exposições e convenções poderá expandir o seu raio de acção para a organização de festivais, espectáculos e competições organizadas entre Macau e Hengqin. Recorde-se que o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, confirmou recentemente na Assembleia Legislativa que serão publicados em breve os detalhes sobre a nova política de vistos com múltiplas entradas entre Macau e a ilha de Hengqin.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Número de visitantes subiu 79,4% no primeiro trimestre Nos primeiros três meses deste ano, mais de 8,8 milhões de turistas escolheram Macau como destino. O volume de visitantes registou no período em análise um crescimento anual de quase 80 por cento, recuperando para mais de 85 por cento dos níveis registados antes da pandemia No primeiro trimestre de 2024, o número de entradas de visitantes registou um aumento de 79,4 por cento, em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Nos primeiros três meses, as autoridades alfandegárias do território processaram um total de 8.875.757 entradas de turistas. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de entradas representa 85,7 por cento do número de entradas de visitantes registadas entre Janeiro e Março, antes da pandemia da covid-19. No primeiro trimestre deste ano, o número de entradas de excursionistas (4.791.721) e o de turistas (4.084.036) subiram 107,5 por cento e 54,8 por cento, totais que significam que a maior parte dos visitantes chegou ao território numa excursão. Em relação à duração da estadia, os excursionistas ficaram no território, em média, 0,3 dias, enquanto os turistas com vistos individuais prolongam a estadia por de 2,2 dias, em média, ainda assim uma redução de 0,1 por cento em comparação com o período homólogo. Ponto de partida Em termos de origens de visitantes, o número de entradas de visitantes oriundos do Interior da China fixou-se em 6.291.912, total que representou um aumento anual de 94,3 por cento. Hong Kong foi o segundo local de onde vieram mais turistas, com um total de 1.817.903, seguido por Taiwan, de onde chegaram 181.916 visitantes. Relativamente ao Sudeste Asiático, o número de entradas de visitantes das Filipinas (114.625) subiu 23,7 por cento, face ao período homólogo de 2019. O número de entradas de visitantes da Malásia (39.839), da Indonésia (39.294) e da Tailândia (38.638) registaram recuperações de 70,8 por cento, 89,2 por cento e 89,2 por cento, em comparação com o primeiro trimestre de 2019. A DSEC salienta ainda que no período em análise entraram em Macau 584.026 turistas internacionais, total que representou uma recuperação de 68,2 por cento do número registado nos primeiros meses de 2019. Os países que mais contribuíram para o cômputo global de turistas estrangeiros foi a Coreia do Sul, com 129.519 visitantes e as Filipinas com 114.625.
Hoje Macau PolíticaSingapura | Macau promovido a partir de quinta-feira À semelhança da campanha de promoção do turismo de Macau que decorreu no Japão no mês passado, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) lançará em breve a segunda promoção no exterior em Singapura, entre a próxima quinta-feira e domingo. A campanha irá incluir um seminário de promoção e quatro dias de promoção de rua, indicou ontem a DST em comunicado. Singapura ocupa actualmente o oitavo lugar no ranking dos mercados de visitantes internacionais de Macau. No primeiro trimestre deste ano, Macau recebeu 25.623 visitantes de Singapura, o que representa uma recuperação de 82,6 por cento face ao volume de turistas diários antes da pandemia. Em comparação com o período homólogo de 2023, o número médio diário de visitantes aumentou 263,1 por cento. Actualmente, existem duas companhias aéreas (Air Macau e Scoot) a operar voos directos regulares, com um total de dois voos diários entre Macau e Singapura. A campanha arranca com uma sessão de apresentação dos mais recentes produtos turísticos de Macau de “turismo + convenções e exposições”. Além disso, será realizada uma bolsa de contactos “para facilitar o intercâmbio entre os operadores turísticos dos dois lados e promover visitas recíprocas de visitantes”. A DST irá concentrar os esforços de promoção no Suntec City Atrium (Centro de Convenções) de Singapura. A partir de Maio, prosseguem mais promoções turísticas de rua em Jacarta, Seul, Banguecoque, e Kuala Lumpur.
Hoje Macau SociedadeUNESCO | Cidade da Gastronomia pode sofrer com fecho de restaurantes Chan Pou Sam, vogal do conselho consultivo do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), defende que o estatuto de Macau como Cidade Criativa em Gastronomia da UNESCO poderá ser afectado de forma negativa se continuarem a encerrar restaurantes nos bairros comunitários, à conta da quebra significativa do consumo nestas zonas com menos turismo. Segundo o jornal Exmoo, o conselheiro sugere que sejam criadas medidas governamentais para estancar este cenário de falências através de um organismo interdepartamental. Chan Pou Sam defende que deve ser melhorado o Plano das Lojas com Características Próprias além de criar campanhas de divulgação online dos espaços de restauração disponíveis nestes bairros. O conselheiro pensa que o Governo podia desenvolver mais acções para atrair turistas para estes bairros, nomeadamente através da organização de actividades de fomento do consumo, como sorteios, a fim de atrair turistas de outras regiões e países que não apenas Hong Kong ou o interior da China. Chan Pou Sam cita dados oficiais do IAM que mostram uma queda contínua das novas emissões de licenças de restaurantes. Se em 2021 foram emitidas 159 novas licenças, o número baixou para 118 em 2022 enquanto, no ano passado, foram emitidas 110. O conselheiro acredita que a situação só irá piorar se não houver uma mudança.
Hoje Macau SociedadeLeal Senado | Caso passional leva a agressões entre filipinos Na sexta-feira decorreu no largo do Leal Senado uma cena de agressão que envolveu três homens de nacionalidade filipina contra outro homem da mesma nacionalidade. Segundo o jornal Ou Mun, três homens agrediram um filipino devido a questões passionais envolvendo a vítima e a sua namorada. Tudo terá começado quando um dos agressores passeava com a namorada da vítima e, percebendo que esta estava a chorar, falou ao telefone com o homem. Já no Leal Senado, este atacou o namorado da mulher com uma vara de bambu, juntamente com mais dois homens. Depois da agressão os três suspeitos fugiram, mas, nos dias seguintes, a Polícia Judiciária (PJ) conseguiu identificar e prender dois dos suspeitos devido ao vídeo divulgado nas redes sociais. O terceiro suspeito ainda não foi encontrado pelas autoridades. Os dois filipinos presos confessaram ter batido no homem, mas alegaram ter sido agredidos primeiro por este. Os três filipinos podem ser acusados do crime de agressão e posse de arma proibida, tendo o caso sido encaminhado para o Ministério Público.
Hoje Macau EventosFundação Oriente promove encontro para partilhar o “que se faz de melhor” em Macau e Goa O 1.º Encontro de Delegações da Fundação Oriente (FO), que se realiza em Macau por ocasião do 25 de Abril, é uma “primeira aproximação” entre as representações e “uma rampa de lançamento” para maior intercâmbio. “Tivemos aqui uma ideia de aproximação, uma primeira aproximação, não só para trocar experiências entre nós, delegados (…) mas isto foi uma coisa que nasceu (…) do interesse que temos em aprender com aquilo que se faz de melhor em cada um desses sítios”, disse à Lusa a delegada da Fundação Oriente em Macau, Catarina Cottinelli. A decorrer entre 24 e 29 de Abril, esta primeira edição junta apenas Macau e Goa, estando a delegação de Timor-Leste ausente devido a compromissos. Nadia Rebelo, Franz Schubert Cotta e Omar de Loiola Pereira, três músicos de Goa, sobem ao palco, na Casa Garden, Macau (27 de Abril), e no Clube Lusitano, em Hong Kong (28 de Abril), para dois concertos que incluem temas de fado e de mandó, género musical goês. Está prevista ainda uma conferência sobre o trabalho da Fundação Oriente na Índia, com incidência na recuperação de património cristão no estado indiano de Goa e no apoio e promoção do ensino de português. “A fundação aqui também tem o papel não só dessa manutenção do património, dessas ligações a Portugal, mas também tudo o que seja o incremento dos laços entre Portugal e Índia, mais concretamente em Goa. E, além dessa recuperação, também temos vindo pontualmente a suportar ou apoiar o governo de Goa na recuperação de algum património hindu”, disse à Lusa o delegado da FO Goa, Paulo Gomes. O encontro na região chinesa, onde Catarina Cottinelli diz esperar elevar a cumplicidade entre as representações, é também uma oportunidade para dar a conhecer as comunidades com quem trabalham e até “a própria estratégia” para as respectivas regiões, “que é um pouco diferente” e adaptada “a cada contexto”. “A fundação [em Macau], hoje em dia, tem um papel mais na vertente cultural, do intercâmbio cultural, de promover as actividades que fazemos aqui, promover justamente uma relação maior com a cultura chinesa e portuguesa, e, neste caso, a cultura de Macau”, explicou. Olhar para a frente Cottinelli já pensa em encontros futuros, na Índia e em Timor-Leste, e assegura que as ideias existem, nomeadamente a realização de residências artísticas. “Por que não trazermos artistas de Goa e vice-versa”, sugeriu, avançando ainda a possibilidade de levar artistas de Macau que queiram fazer investigação em Goa. Já Paulo Gomes admite que este primeiro evento pode ser uma “rampa de lançamento” para a realização de “duas ou três actividades anuais que envolvam as três delegações”. A Fundação Oriente nasceu em 18 de Março de 1988 como uma das contrapartidas impostas pela então administração portuguesa em Macau à concessão em regime de exclusividade da exploração do jogo no território. Desenvolve acções culturais, educativas, artísticas, científicas, sociais e filantrópicas, com vista à valorização e à continuidade das relações históricas e culturais entre Portugal e o Oriente. Após a abertura da delegação da FO em Macau, em 1988, seguiu-se Goa, em 1995, e Timor-Leste, em 2002.
Hoje Macau EventosCCM | Concerto de homenagem a Rachmaninoff no sábado O grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) recebe no próximo sábado, a partir das 20h, “Homenagem a Rachmaninoff”, um concerto da Orquestra de Macau (OM) dirigido pelo maestro húngaro Gábor Káli. Os músicos da orquestra local vão tocar neste espectáculo três obras de Sergei Rachmaninoff “raramente interpretadas”, segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), nomeadamente “Sinfonia Juvenil em Ré menor”, “Concerto para Piano e Orquestra N.º 4 em Sol menor” e “Sinfonia N.º 1 em Ré menor”. O público poderá, assim, desfrutar de uma “visão única das obras desta figura icónica da escola da música romântica russa”. O maestro húngaro Gábor Káli foi o vencedor do primeiro prémio e do Prémio de Orquestra da primeira edição do Hong Kong International Conducting Competition em 2018. Assumiu o cargo de director musical assistente e maestro principal do Teatro Estadual de Nuremberga, na Alemanha, e o de maestro convidado da Ópera Estatal Húngara, em Budapeste, por várias vezes. Outro destaque do concerto é a pianista francesa Marie-Ange Nguci, que ingressou no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris aos 13 anos e completou o curso de mestrado de música em Execução de Piano aos 16 anos. Segundo o IC, “a sua técnica excepcional, musicalidade extraordinária e visão colocaram-na na vanguarda do sector musical”.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Terramoto de magnitude 5,6 não causa vítimas Um terramoto de magnitude 5,6 atingiu ontem a costa oriental de Taiwan e, até ao momento, não se registaram vítimas mortais nem danos materiais graves, segundo a Agência Meteorológica Central de Taiwan (CWA). O sismo ocorreu às 10:40 locais no Oceano Pacífico, 55,9 quilómetros a sudeste da cidade oriental de Hualien, a uma profundidade de 30 quilómetros, segundo a agência Efe. O abalo foi sentido em toda a ilha de Taiwan e nas Ilhas dos Pescadores, tendo sido mais forte nos condados de Hualien, Taitung (leste), Nantou (centro) e Changhua (oeste). A este terramoto seguiu-se, pouco depois, outro de magnitude 4,6 ao largo da costa do norte do condado de Hualien, a uma profundidade de 24,8 quilómetros. Ainda que não tenham sido registadas vítimas mortais nem danos materiais importantes, o sismo provocou deslizamentos de rochas em vários troços de uma autoestrada, obrigando ao envio de máquinas para desobstruir a estrada. A 3 de Abril, o condado de Hualien foi atingido por um terramoto de magnitude 7,2, o mais forte registado em Taiwan nos últimos 25 anos, causando 17 mortos, 1.100 feridos e elevados prejuízos nos setores do turismo e da educação da região. Desde então, a CWA registou cerca de 1.000 réplicas de magnitude variável, sendo a de ontem a mais forte desde 3 de Abril. Taiwan situa-se ao longo do “Anel de Fogo” do Pacífico, a linha de falhas sísmicas que circunda o Oceano Pacífico e onde ocorre a maior parte dos terramotos do mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaAcademia de Ciências | Publicado primeiro atlas geológico da Lua em alta definição A China publicou hoje o primeiro atlas geológico da Lua em alta definição, um compêndio que apresenta dados de mapeamento básicos para o futuro da investigação e da exploração lunar. A publicação está disponível em chinês e inglês e tem uma escala de 1:2,5 milhões, disse o Instituto de Geoquímica da Academia de Ciências da China. “Este atlas é de grande importância para estudar a evolução da Lua, escolher o melhor lugar para uma futura estação de investigação lunar e empregar recursos. Também pode ajudar a compreender melhor a Terra e outros planetas do sistema solar como Marte”, afirmou o cientista e académico Ouyang Ziyuan, citado pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua. O investigador do Instituto de Geoquímica Liu Jianzhong lembrou que os mapas geológicos da Lua publicados na era das missões norte-americanas Apolo não foram atualizados e continuam a ser usados na investigação neste campo. “Com os progressos no estudo geológico lunar, esses mapas antigos já não respondem às necessidades das futuras investigações e da exploração”, acrescentou Liu. Nos últimos anos, Pequim investiu fortemente no programa espacial, tendo conseguido realizar várias missões lunares e construir uma estação espacial própria.
Hoje Macau China / ÁsiaAntártica | Cientistas chineses descobrem 46 lagos sob o gelo A descoberta, graças a novo sistema, é mais um passo no sentido de compreender os processos que levaram à evolução da vida no planeta Uma equipa de cientistas chineses descobriu, com recurso um novo método de análise que melhora a precisão da pesquisa, 46 lagos subglaciais sob o manto de gelo da Antártida, informaram ontem meios de comunicação locais. “O estudo dos lagos subglaciais na Antártica é de grande importância para compreender a dinâmica do manto de gelo, os processos sedimentares, os ciclos geoquímicos subglaciais e a evolução da vida”, explicou o especialista do Instituto de Pesquisa Polar da China (IIPC), Tang Xueyuan, citado pela agência oficial Xinhua. A Antártica é coberta por um manto de gelo com espessura média de mais de 2.400 metros e sob o qual existem numerosos lagos formados quando a água do gelo é filtrada através de depressões no leito rochoso sobre o qual repousa a placa. O novo método utilizado pelos investigadores chineses utiliza um codificador para analisar as características da reflexão do fundo do manto de gelo, reflexão cujos dados são previamente colectados por radar. Desta forma, a equipa conseguiu analisar imagens de radar na região AGAP-S, no leste da Antártica e detectou 46 lagos caracterizados por contornos geométricos menores do que os previamente identificados pelos métodos convencionais. Desde 1984 Esta pesquisa foi conduzida por especialistas do IIPC, da Universidade de Geociências de Wuhan e da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul. Até agora, foram detectados 675 lagos subglaciais sob o manto de gelo da Antártida, dos quais apenas três puderam ser escavados para recolha de amostras. A China iniciou suas expedições científicas à Antártica em 1984 e desenvolveu uma série de projectos de pesquisa sobre ambiente, recursos naturais e biodiversidade do continente branco. Em Fevereiro, o país concluiu a construção da sua quinta estação de investigação na região, localizada na costa do Mar de Ross e que será também a terceira que funcionará durante todo o ano, juntamente com as bases de Changcheng e Zhongshan.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Detidos por abandonarem local de acidente O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) anunciou a detenção de dois residentes por “fuga à responsabilidade”. As detenções estão relacionadas com dois casos distintos, em que os condutores colidiram contra outros veículos, mas abandonaram os locais, sem terem comunicado com os proprietários das viaturas danificadas. A primeira queixa partiu de um residente com 60 anos que tinha o carro estacionado na rua. Quando voltou à viatura reparou que estava danificada, na parte traseira. Com recurso à videovigilância, as autoridades detiveram um suspeito, que admitiu ter estacionado o seu carro atrás da viatura do queixoso. O condutor disse ter sentido um toque durante o estacionamento, mas como saiu da viatura e não viu qualquer dano no outro carro, decidiu deixar o local. O outro caso envolveu uma mulher, e também se deveu a um toque num carro estacionado. Tal como no primeiro caso, as autoridades recorreram à videovigilância e identificaram a mulher, depois do proprietário do veículo danificado ter apresentado queixa. Em declarações às autoridades, a condutora afirmou não ter sentido qualquer choque contra outro carro estacionado, pelo que nunca equacionou a possibilidade de sair da viatura para avisar o proprietário do outro veículo.
Hoje Macau SociedadeTurismo | DST subsidia passeios “por terra e mar” para apoiar bairros A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) está a subsidiar passeios e projectos turísticos com vista a impulsionar a economia comunitária. Uma das actividades intitula-se “As Aventuras dos Desbravadores Turísticos edição “‘Caça ao Tesouro à Beira-Mar”, combinando passeio marítimo, apresentação de atracções turísticas e caça ao tesouro. No último fim-de-semana foram organizadas sete viagens com partida na Ponte-Cais da Barra e passeio marítimo até à Ponte-Cais de Coloane, o mesmo acontecerá no próximo fim-de-semana. A actividade gira em torno de uma caça ao tesouro com a mascote do turismo de Macau “Mak Mak”, com jogos interactivos, trabalhos manuais temáticos, sessão de leitura conjunta de livros ilustrados originais de Macau para crianças e espectáculos de dança e magia. Além disso, foram convidados guias para explicar a história de Macau a bordo. Os Passeios pela Rua da Praia do Manduco”, que arrancaram ontem, decorrem até 12 de Maio na zona do Porto Interior, Praça de Ponte e Horta, Praia do Manduco e Barra. A iniciativa inclui passeios marítimos, “exibição das características do porto de pesca, diversos descontos em lojas típicas, visitas guiadas aos bairros comunitários, espectáculos musicais e exibição de curtas-metragens de Macau”. Organizado em parceria com comerciantes da Zona da Praia do Manduco, a iniciativa tem como objectivo incentivar o consumo. Entre 30 de Abril e 31 de Maio, das 10h às 17h, decorrem visitas a vários templos espalhados pela cidade para dar a conhecer a cultura de Kun Iam, também para promover o comércio.
Hoje Macau Manchete PolíticaHo Iat Seng disse que Fórum Macau é “mecanismo de cooperação eficiente” O Fórum de Macau é um “mecanismo de cooperação eficiente” com um “papel relevante” na cooperação económica, comercial e cultural entre a China e os países lusófonos, disse ontem à noite o chefe do governo do território. O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) é “um mecanismo de cooperação eficiente e uma boa plataforma de serviços que tem desempenhado um papel relevante no reforço da cooperação económica e comercial e do intercâmbio cultural” entre os Estados-membros, salientou Ho Iat Seng. Num discurso proferido no jantar de boas-vindas às delegações participantes na sexta conferência ministerial do Fórum, o Chefe do Executivo destacou que esta conferência é um “ponto de partida para reforçar ainda mais as funções da plataforma sino-lusófona, participar e contribuir activamente para a implementação da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e promover o desenvolvimento de alta qualidade da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau”. Para Ho Iat Seng, o Fórum de Macau alcançou “resultados encorajadores”, desde que foi criado, em 2003, tendo reforçado e aprofundado a cooperação em vários sectores. “No momento actual em que a economia mundial se encontra a enfrentar mudanças profundas ainda mais importante é a solidariedade, a cooperação mutuamente vantajosa e a resposta conjunta aos desafios”, afirmou. Por seu lado, o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, destacou, na mesma ocasião, que a China quer trabalhar com os países-membros “para elevar o nível da cooperação económica e comercial sino-lusófona para um novo patamar”.