Japão pede investigação de espionagem

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pediu ontem ao Presidente norte-americano, Barack Obama, para investigar a suposta espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) ao Governo de Tóquio e a várias entidades e empresas nipónicas.
Abe transmitiu o pedido a Obama durante uma conversa ao telefone mantida ontem, informou o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga, em conferência de imprensa.
O primeiro-ministro também solicitou ao Presidente dos Estados Unidos que tome “acções apropriadas” sobre a suposta espionagem, enquanto Obama manifestou as suas desculpas relativamente ao caso, disse Suga.
“Se for verdade, a nossa relação de confiança pode sair danificada”, disse o ministro porta-voz em declarações reproduzidas pela agência Kyodo.
No final de julho, o portal WikiLeaks publicou uma série de documentos em que assegura que a NSA espiou o Governo e várias empresas do país asiático.
Além de relatórios, o portal fundado por Julian Assange compilou uma lista de 35 alvos japoneses de “alta prioridade” para interceptar telefonicamente, da qual figuram o Governo, o Banco do Japão, vários ministérios e grandes grupos como a Mitsubishi.
Segundo o Wikileaks, as escutas remontam até 2006, altura em que o actual primeiro-ministro, Shinzo Abe, governava pela primeira vez.
As informações obtidas “demonstram um conhecimento pormenorizado de decisões internas do Japão sobre questões como as importações de produtos agrícolas e os diferendos comerciais, as posições japonesas no ciclo de negociações multilaterais de Doha da Organização Mundial de Comércio, sobre energia nuclear e emissões de gases com efeito de estufa”, de acordo com o Wikileaks.

27 Ago 2015

Auditoria ao Instituto de Acção Social não surpreende ONG

Quatro dirigentes de associações de cariz social dizem não estar surpreendidos com as acusações feitas pelo Comissariado de Auditoria ao Instituto de Acção Social. Falam da existência de um sistema desactualizado na atribuição de subsídios, critérios diferenciados e leis desajustadas

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] semana começou difícil para o Instituto de Acção Social (IAS), depois de ter visto divulgado um relatório do Comissariado de Auditoria (CA) que traça um cenário negro à forma como os subsídios e apoios sociais têm sido atribuídos aos indivíduos e famílias.
Junto das associações que diariamente lidam com aqueles que mais precisam, os avisos do CA não surpreendem. António José de Freitas, provedor da Santa Casa da Misericórdia, fala da realidade que os assistentes sociais enfrentam diariamente, ao trabalharem com diplomas desactualizados.
“(As conclusões do CA) não me surpreendem porque há uma série de políticas, decretos-lei ou diplomas que vêm do passado. Isto nunca foi alterado e o IAS tem feito a gestão e atribuição de subsídios sempre à luz desses diplomas que já estão fora do tempo. A sociedade evoluiu muito e posso dizer que hoje em dia o IAS nada é comparado com o que era há dez anos”, explicou ao HM.
António José de Freitas acredita que os trabalhadores do IAS não cometeram irregularidades por incompetência. “Acredito que tenham feito tudo de boa-fé, mas o sistema impede-os ou tem sido um grande obstáculo para que façam as coisas de forma mais justa e equitativa na atribuição de subsídios”, defendeu o provedor da SCM, frisando que a culpa não deve ser apenas dos assistentes sociais.[quote_box_right]
“Acredito que tenham feito tudo de boa-fé, mas o sistema impede-os ou tem sido um grande obstáculo para que façam as coisas de forma mais justa e equitativa na atribuição de subsídios”, António José de Freitas, provedor da Santa Casa da Misericórdia[/quote_box_right]
“Há falta de coordenação da distribuição de tarefas, pelo que é descabido atribuir esta responsabilidade toda aos assistentes sociais. As chefias têm a sua responsabilidade. Ao longo dos anos o IAS limitou-se a aumentar (os subsídios), mas sempre um bocado afastado da realidade. Quer subsídios pontuais, no caso das famílias que são apoiadas, ou institucionais, como a SCM ou Caritas, isto sempre à luz de um sistema antigo. Os critérios são diferentes consoante o tempo em que os pedidos foram feitos, e daí a grande discrepância dos valores divulgados pelo CA”, disse.
Hetzer Siu, presidente da Macau Special Olympics, que trabalha com atletas portadores de deficiência, diz que há que clarificar os critérios para que uma pessoa, família ou instituição possa ter direito ao subsídio.

Um melhor mecanismo

Em declarações ao jornal Ou Mun, Michi Lam, chefe coordenadora do gabinete dos serviços sociais da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong), considera que o IAS precisa de melhorar o seu mecanismo de gestão financeira, implementando instruções mais claras para assegurar a coerência de critérios, por forma a proteger não só os beneficiários dos apoios como os funcionários da linha da frente.
“Os assistentes sociais devem ter uma grande pressão na distribuição dos subsídios em dinheiro vivo, porque há riscos se guardarem o dinheiro nos escritórios. Sugiro que o IAS crie uma norma que determine que, perante um pagamento acima de um certo montante, este deve ser feito através da conta bancária ou cheque. Quando os assistentes sociais levarem o dinheiro aos utentes, isso deve ser aprovado pelos seus superiores com um documento assinado”, defendeu Michi Lam.[quote_box_right]“Os assistentes sociais devem ter uma grande pressão na distribuição dos subsídios em dinheiro vivo, porque há riscos se guardarem o dinheiro nos escritórios. Sugiro que o IAS crie uma norma que determine que, perante um pagamento acima de um certo montante, este deve ser feito através da conta bancária ou cheque”, Michi Lam, chefe coordenadora do gabinete dos serviços sociais da União Geral das Associações dos Moradores de Macau[/quote_box_right]

Já o secretário-geral da Caritas, Paul Pun, disse ao Ou Mun que o IAS deve ter critérios mais justos para a aprovação dos apoios económicos, esperando que a entidade possa rever os mecanismos de atribuição dos subsídios para assegurar os interesses de cada candidato.
Segundo o CA, o IAS não só não tem critérios distintos para a aprovação de subsídios como não fiscaliza os pagamentos que são feitos aos utentes. Para além disso, o organismo liderado por Ho Veng On diz que muitos dos critérios que constam no guia do IAS “não coincidem com as instruções verbais aos trabalhadores”. O CA analisou dois dos cinco centros que o IAS possui, sendo que dos 20 pedidos, 16 registaram falhas ao nível da verificação de documentos. A auditoria, que remete para o período entre Abril e Novembro de 2014, analisou subsídios no valor de 309,7 milhões de patacas.

26 Ago 2015

AMCM | Memorando de entendimento assinado

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]um abrir e fechar de olhos a China e Macau anunciaram e assinaram o “Memorando de Entendimento em Matéria de Prevenção do Branqueamento de Capitais e das Actividades do Financiamento do Terrorismo” . A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e o Banco Popular da China vêem assim fortalecidas as trocas de informações de supervisão e a cooperação nos respectivos trabalhos, de acordo com as disposições legais de Macau e China, respectivamente, bem como os critérios do FATF – Grupo de Trabalho de Acção Financeira. Em comunicado, o Governo diz que a AMCM tem enviado esforços em relação em prol da abolição do branqueamento de capitais. No mesmo documento o Governo explica que o memorando “irá aperfeiçoar e fortalecer a gestão de mecanismos vigentes”.

26 Ago 2015

AL | Encontros de comissões mais do que duplicaram

Em seis anos o número de reuniões das comissões de acompanhamento da Assembleia Legislativa mais do que duplicou, ao nível dos orçamentos públicos, terrenos ou contratos. Com o aumento da agenda política, o académico Larry So pede que sejam criadas sub-comissões

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]errapagens orçamentais, Metro Ligeiro, táxis, contratos de fornecimento de gás natural ou o serviço de autocarros públicos. Todos estes assuntos têm sido analisados e questionados pelos deputados da Assembleia Legislativa (AL) não apenas nos debates mas também nas reuniões das comissões de acompanhamento, cujo número mais do que duplicou nos últimos seis anos.
Segundo o relatório de balanço da 2ª sessão legislativa da AL, os aumentos são notórios sobretudo na Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas, que passou de um total de quatro reuniões entre 2009 e 2012 para 16 entre 2013 e Agosto deste ano. Também a Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública passou de um irrisório número de três reuniões para um total de 22, entre 2013 e este ano. Quanto à Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas, os números também mostram tendência de subida, com 19 reuniões realizadas em quatro anos e 16 realizadas em apenas dois.

Prós e contras

Com Macau a registar enormes derrapagens financeiras em muitos dos projectos de obras públicas de grande envergadura, as questões orçamentais passaram a ser analisadas à lupa. Ng Kuok Cheong, deputado e membro da comissão dos assuntos de finanças públicas, diz que há um lado positivo e negativo com o aumento dos encontros.
“É positivo porque tanto a AL como o Governo passam a ter um trabalho contínuo, mas, por outro lado, há um efeito negativo porque as reuniões fazem com que os departamentos públicos gastem o dinheiro mais depressa. Os departamentos preferem gastar o dinheiro que está previsto do que gastar menos e explicar isso aos deputados”, explicou ao HM.
Ng Kuok Cheong diz que as reuniões servem apenas para a elaboração de “consultas e perguntas de rotina feitas ao Governo”. “Normalmente convidamos os departamentos com previsões de grandes orçamentos e reunimos três vezes num ano, foi por isso que o número de reuniões aumentou.”
Para o deputado directo, a AL obrigou os departamentos públicos a justificarem as suas despesas, que, na sua óptica, não podem ser todos os meses acima da média prevista. Ainda assim, nem tudo é perfeito. “Este problema já foi falado muitas vezes, e a forma de supervisão dos orçamentos não se pode tornar boa só com determinado número de reuniões, mas a AL prefere fazer isso”, defendeu.

Sub-comissões precisam-se

Ao HM, o académico e politólogo Larry So diz que o aumento do número de reuniões é sinal claro que o Governo quer transmitir uma imagem de transparência.
“Todos os membros da AL estão a tentar mudar a sua imagem (no hemiciclo), a fazer mais perguntas e a levantarem novas questões. Especialmente no segundo mandato, Chui Sai On está a colocar mais questões, sobre o orçamento ou assuntos relacionados com a população, está a tentar criar uma imagem de que o Governo é mais transparente. Os últimos anos não têm sido transparentes, olhando para o baixo número de reuniões”, apontou.
Apesar disso, Larry So defende que “o número de reuniões não é assim tanto”. “Estamos a falar de três ou cinco comissões, que fazem todo o trabalho durante todas as sessões e a lidar com todas estas questões. Se compararmos com Hong Kong, temos sub-comissões e mais reuniões a decorrer.”
Perante isso, o académico, que já deu aulas no Instituto Politécnico de Macau (IPM), defende uma mudança na actual estrutura do hemiciclo. “Precisamos de criar (sub-comissões), porque há muitas reuniões, há muitas agendas para serem discutidas. Talvez estas três comissões conseguissem fazer o trabalho no passado, mas não estou a ver que o consigam fazer agora e completar todos os trabalhos até ao termo desta Legislatura. Ho Iat Seng (presidente da AL), já mencionou esta questão”, rematou Larry So.

26 Ago 2015

Bolsa | Lionel Leong diz-se atento e pronto para agir

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, afirmou estar atento às quedas na bolsa de Xangai e Hong Kong. Num comunicado à imprensa, o Gabinete do Secretário garante a atenção do Governo para os movimentos das acções assumindo-se ainda como preparado para agir.
“O Governo da RAEM presta estreita atenção às flutuações dos mercados financeiros do exterior, nomeadamente aos impactos que poderão causar à economia global de Macau, emergente das flutuações recentes dos mercados bolsistas”, pode ler-se no comunicado. “Caso seja necessário, o Governo da RAEM irá adoptar todas as medidas que se considerem indispensáveis para assegurar a estabilidade do sistema financeiro de Macau, bem como a normalidade do seu funcionamento”, garante.
O mesmo documento indica ainda que quebras verificadas nos últimos dois dias manifestaram uma “queda passageira” nos investimentos da reserva financeira da RAEM em acções financeiras. “No entanto, prevê-se que seja registada uma contrapartida positiva dos investimentos da Reserva Financeira ao longo do ano”, explica.

Das flutuações

Ainda assim o desempenho dependerá sempre da situação dos mercados financeiros até final do ano. “Na carteira de investimentos da reserva financeira da RAEM, as alocações em acções cifram-se em cerca de 41,3 mil milhões de patacas, representando 11,8% do total da carteira de investimentos, enquanto as aplicadas no mercado bolsista A do Interior da China e no de Hong Kong rondam os 13,5 mil milhões de patacas, aproximadamente, correspondendo a 32,8% do total investido em acções financeiras e 3,8 % do total na carteira de investimentos”, explica o gabinete.
Segundo os dados disponibilizados pela Autoridade Monetária de Macau, indica, até finais de 2014, o valor dos investimentos em títulos externos, detido pelos residentes, atingiu mais de 200 mil milhões de patacas, sendo esta a forma principal adoptada pelos locais nas suas aplicações financeiras.
A bolsa de Xangai voltou a cair, fechando ontem em forte queda de 7,63%, enquanto a bolsa de Shenzhen caiu 7,1%. Para contrariar esta tendência o governo chinês injectou 150 mil milhões de yuan para aumentar a liquidez e cortou novamente nas taxas de juro.

26 Ago 2015

Governo já gastou 300 milhões em reparação predial

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Fundo de Reparação Predial, da responsabilidade do Instituto da Habitação (IH), já investiu um total de 290 milhões de patacas desde a sua criação, sendo que a maior parte dos pedidos de apoio foram feitos por proprietários privados de forma voluntária.
Na resposta à interpelação escrita do deputado Zheng Anting, Ieong Kam Wa, presidente do IH, explicou que desde 2007, ano em que foi criado o fundo financeiro, foram implementados seis planos de apoio, incluindo empréstimos com juros, subsídios para reparar zonas comuns dos prédios e apoios para a constituição de condomínios, sem esquecer inspecções gratuitas ou apoios nas demolições.
Com um total de 2700 casos aprovados, 84,4% dos pedidos foram feitos de forma voluntária. Questionado sobre a possibilidade de serem implementadas inspecções obrigatórias para edifícios com mais de 30 anos, o presidente do IH afastou essa hipótese, por considerar que, perante a lei, os proprietários têm essa responsabilidade. Ieong Kam Wa afirmou que o Governo vai promover e educar os donos das casas para a necessidade de renovação e manutenção dos edifícios.
Em Maio deste ano, o deputado Zheng Anting queixava-se ao Governo da falta de reparação e conservação de muitos edifícios, o que poderia causar ameaças à segurança dos moradores. O número dois de Mak Soi Kun falou da existência de 4342 edifícios com mais de 30 anos de construção.

26 Ago 2015

Associação pede a Chui para manter cheques

A Associação Power of the Macau Gambling entregou ontem uma carta na sede do Governo a pedir a manutenção do programa de comparticipação pecuniária aquando da apresentação das Linhas de Acção Governativa para 2016, com os mesmos valores

[dropcap style=’circle’]Q[/dropcap]uase uma dezena de representantes da Associação Power of the Macao Gambling dirigiu-se ontem à sede do Governo para entregar uma carta a Chui Sai On, Chefe do Executivo. A missiva visa pedir ao Executivo para não suspender o programa de comparticipação pecuniária aquando da apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2016.Macao Gambling Association

Stephen Lau, presidente da assembleia-geral da associação disse aos jornalistas querer alertar o Chefe do Executivo para o facto do programa de comparticipação pecuniária ser muito importante para os residentes das classes sociais mais baixas.
“Falámos com várias famílias de classes sociais mais baixas, que não conseguem corresponder aos requisitos para ganhar subsídios, então precisam do dinheiro dos cheques para suportar as necessidades básicas”, explicou.[quote_box_left]“Os cheques são importantes para pagar as despesas e ajudar na poupança, sobretudo para os idosos e para as crianças. Esperamos que possam manter as 9 mil patacas para residentes permanentes e 5400 para não permanentes”, Stephen Lau, presidente da assembleia-geral da Associação Power of the Macao Gambling[/quote_box_left]
“Muitos residentes de Macau não podem usufruir dos frutos do desenvolvimento do sector do Jogo. Os cheques são importantes para pagar as despesas e ajudar na poupança, sobretudo para os idosos e para as crianças. Esperamos que possam manter as 9 mil patacas para residentes permanentes e 5400 para não permanentes. Esta é a forma mais justa para todos”, apontou Stephen Lau.

Questão básica

O presidente da assembleia-geral da associação lembrou ainda que “o Governo já afirmou que as medidas que beneficiam a população não serão cortadas”. “Mesmo que as receitas do Jogo estejam a cair, os cheques pecuniários não deve ser eliminados porque é uma das medidas mais básicas. Acho que não há problemas de, pelo menos, distribuir os cheques em 2016.”
Questionado sobre a possibilidade de vir a ser criado um mecanismo regular de comparticipação pecuniária, Stephen Lau disse apenas que a “decisão é do Governo”, esperando que a medida se mantenha todos os anos.
Stephen Lau argumentou ainda que existem vários especialistas que defendem que os cheques não deveriam ser distribuídos, por tornarem os residentes “mais preguiçosos”, mas o responsável defende que, caso não precisem do dinheiro, os residentes podem sempre fazer doações aos que mais precisam.

26 Ago 2015

Mais de 6500 bolsas de estudo atribuídas

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Governo atribuiu 6571 bolsas de estudo para o ensino superior no presente ano lectivo. O número ultrapassa em largo número as bolsas atribuídas no ano lectivo de 1999/2000 que se fixou nas 2905. O montante global do subsídio também aumentou de 59 milhões de patacas para os 300 milhões totalizados no último ano lectivo, segundo avança a Rádio Macau. Numa cerimónia, realizada ontem, Leong Lai, directora da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude sublinhou que os dados demonstram que tem sido seguida a política governativa de “promover a prosperidade de Macau, através da educação e da formação de talentos”. Um comunicado refere que o aumento “significativo” do número de bolsas de estudo está relacionado com o facto de a taxa de escolarização do ensino superior pelos finalistas do 3.º ano do ensino secundário complementar ter sido superior a 85 por cento, nos últimos anos.

26 Ago 2015

Burla de 350 milhões por cartões crédito

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) descobriu cinco lojas comerciais onde 17 pessoas usaram os cartões UnionPay de forma ilegal para ganhar um total de 350 milhões de patacas. Estas pessoas em causa estão agora sujeitas à acusação de crimes da burla informática. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a PJ, investigou cinco joalharias e lojas de telecomunicações na ZAPE, onde prendeu 17 pessoas, incluindo residentes locais e do interior da China, entre elas oito funcionários das lojas responsáveis por passar os cartões no leitor. As restantes pessoas iam buscar os clientes dos casinos para consumir nas lojas. A autoridade descobriu também 11 leitores de cartões que foram modificados, permitindo um ganho de 350 milhões de patacas. O caso já foi entregue ao Ministério Público (MP).

26 Ago 2015

TSI | Recusada diminuição de pena por consumo de droga e fuga

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Tribunal de Segunda Instância (TSI) recusou a interposição de recurso de um indivíduo apanhado “em flagrante delito” com dois pacotes de metanfetamina que acabou por resistir à captura e fugir à polícia para ser finalmente capturado a metros do seu carro. O TSI condenou-o à pena de dois anos e três meses de prisão efectiva por quatro crimes distintos.
O caso teve lugar durante a madrugada de 13 de Novembro de 2013, quando o carro do sujeito A foi interceptado pelas autoridades, cedo descobrindo-se dois pacotes com estupefacientes. Os guardas da PSP detiveram então o homem, que insultou os polícias e se recusou a ir para esquadra. Ao tentarem colocar o alegado criminoso dentro do carro da PSP este “resistiu de repente”, atitude que fez com que os guardas o tentassem algemar. Também neste momento o indivíduo libertou-se e fugiu, consistindo estas acções os crimes de resistência e coacção e de evasão. “A, discordando de tal decisão, veio dela recorrer para o TSI. Alegou A que nunca agrediu os guardas policiais, não devendo o seu comportamento de se livrar das algemas ser qualificado como ‘emprego de violência’, exigido pelo respectivo tipo de crime, e que, antes da fuga, nunca se encontrara privado da liberdade, termos em que não devia ser condenado pela prática do crime de resistência e coacção e do crime de evasão”, refere o documento oficial.

Contraponto

Assim, o indivíduo argumentou não ter exercido violência sobre os guardas, mas o TSI considerou que o facto deste ter fugido constitui uma infracção em si. “O seu comportamento de se ‘livrar com força’ das algemas mostra-se suficiente para preencher o elemento de ‘empregar violência’ (…) pode concluir-se que não obstante o recorrente não ter agredido os guardas policiais, a sua conduta integra a prática do crime de resistência”, lê-se no acórdão. O Tribunal justifica ainda que o arguido já se encontrava sob custódia da PSP, embora não tivesse havido a notificação formal. Assim, o crime de evasão é validado pelo facto do homem ter fugido depois da polícia ter requerido a sua presença na esquadra.
O condenado justificou, na interposição do seu recurso, que as penas aplicadas eram “demasiado pesadas”, mas o TSI concluiu que “já não existe margem para reduzir” o tempo definido.

26 Ago 2015

Turismo | “Sentir Macau passo a passo” criticado

A deputada Angela Leong critica numa carta enviada à imprensa a fraca adesão ao programa promovido pelos Serviços de Turismo, esperando maior promoção por parte do Governo

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] facto de poucos turistas utilizarem o programa “Sentir Macau passo a passo” para conhecer o património local levou a deputada Angela Leong a enviar uma carta aos media, onde pede maior acção do Governo e uma maior recolha de opiniões, para que o programa possa atingir o objectivo de distribuir turistas por diferentes zonas do território.
Angela Leong considera que, embora o plano tenha sido implementado de forma experimental desde a sua criação, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) deveria ter um planeamento mais completo das excursões com os autocarros turísticos do programa, por forma a complementar-se com os transportes públicos, oferecendo assim um “guia conveniente e confortável” para os turistas.
A deputada defende também que deve haver uma maior ligação entre o serviço dos autocarros de turismo e estes roteiros, por forma a “consolidar o plano das excursões em autocarro” e “melhorar o problema de acessibilidade dos pontos turísticos em Macau”.

Falta de informação

A também administradora da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) diz ter reparado que durante o mês de Agosto, devido à falta de uma promoção abrangente e de instruções claras, muitos residentes e turistas continuam a desconhecer o plano. Muitos continuam sem saber onde comprar os bilhetes ou apanhar o autocarro, escreve Angela Leong.
A falta de adesão ao programa já foi noticiada pelos jornais Ponto Final e Tribuna de Macau, que experimentaram as rotas e viram de perto que nenhum visitante quis fazer turismo através de um percurso que custa apenas 100 patacas, com guia incluído. Há oito roteiros turísticos que incluem locais como a praça do Tap Seac, templo de Kun Iam, Taipa e Coloane, entre outros.
Ao Jornal Tribuna de Macau, a DST confirmou que em 18 dias, durante este mês, apenas 109 pessoas experimentaram o programa, uma média de seis por dia. A DST disse estar a ponderar fazer alterações ao programa, que custa cerca de 300 mil patacas mensais.

26 Ago 2015

IPM | Muita procura no novo curso que aposta no português

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hama-se “Relações Comerciais China-Países Lusófonos” e é a menina dos olhos do Instituto Politécnico de Macau (IPM). “Não podíamos estar mais satisfeitos com este início de ano lectivo”, começou por afirmar Aurélia Rodrigues de Almeida, docente e coordenadora da Escola de Administração Pública do IPM.
A notícia avançada pela Rádio Macau indica que as 25 vagas foram totalmente preenchidas. “Recebemos 98 candidaturas quer de alunos locais quer da China continental”, acrescenta a coordenadora. Mas podiam ter sido muitas mais as candidaturas recebidas. IPM“Apesar de ser um bom número, achamos que está aquém daquilo que poderá ser no próximo ano, porque o curso foi aprovado fora das datas das candidaturas normais e, digamos, que aí a maioria dos alunos já se teria candidatado ao ensino superior quando este curso surgiu”, justifica.
Sendo um “modelo piloto” e completamente inovador, a licenciatura de Relações Comerciais China-Países Lusófonos tem dois objectivos “muito concretos”.

Aposta lusa

“É um curso de quatro anos em que os dois primeiros vamos ensinar em português. Estes dois anos não estão relacionados com relações comerciais. É português puro e duro. Vamos ensinar os alunos a falar português”, explica a docente.
Nos dois últimos anos, sabendo falar português, os alunos vão aprender as matérias ligadas às relações comerciais com os países lusófonos. “Nesta altura, com a língua mandarim e a nova língua que aprenderam nos últimos dois anos vão aprender os termos técnicos do negócio e vão ficar aptos para um mercado que é imenso, que são as relações comerciais entre a china e os países lusófonos”, esclarece.[quote_box_right]“É um curso de quatro anos em que os dois primeiros vamos ensinar em português. Estes dois anos não estão relacionados com relações comerciais. É português puro e duro. Vamos ensinar os alunos a falar português”, Aurélia Rodrigues de Almeida, docente e coordenadora da Escola de Administração Pública do IPM[/quote_box_right]
Daqui a quatro anos, quando terminarem a licenciatura, os alunos que ficam com conhecimentos mais profundos na área comercial poderão enveredar na função pública. “Onde quer que seja necessário profissionais nas relações comerciais entre estes países”, esclarece. A carga docente é composta por portugueses e bilingues.
“Este modelo, que é um modelo piloto, que é o de ensinar português nos dois primeiros anos e depois oferecer as ferramentas técnicas nos dois anos seguintes, se este modelo funcionar, poderá ser estendido, por exemplo, à administração pública e podemos estar a formar técnicos especialistas na área e ao mesmo tempo bilingues”, acrescenta a coordenadora.

Plataforma reforçada

O novo curso surge assim na “sequência da necessidade de Macau se afirmar como plataforma que há muito vem sendo dito que o é”. Reunindo as condições necessárias para criar as formações para as necessidades que possam existir na China e nos países de língua portuguesa, o IPM apostou nesta licenciatura assumindo assim o papel de plataforma.
Para o próximo ano, Aurélia Rodrigues de Almeida, prevê a possibilidade de existirem duas turmas correspondendo à procura. No entanto “ainda é cedo para confirmar” essa possibilidade.

26 Ago 2015

Teatro | Realizador local cria revivalismo de Woody Allen

[dropcap style=’circle’]“[/dropcap]Riverside Drive” é uma obra teatral do aclamado escritor e realizador cinematográfico, Woody Allen, que vai ser recriada pelo realizador local Kai Leong. Esta passagem da sétima arte para o teatro vai ser apresentada entre os dias 25 e 27 de Setembro, no Teatro Black Box do edifício do Antigo Tribunal. Os espectáculos têm lugar às 20h00 de cada dia, com uma actuação extra às 15h00 de domingo.
“Ser sábio porque se é vulgar e ser amargo devido ao humor” é o slogan desta comédia teatral, que conta a história de um dramaturgo que queria acabar a relação que mantinha com a sua amante Barbara. Os dois sentam-se então à beira-rio, onde encontra um doente mental chamado Fred. Os três dão então início a um debate sobre loucura, racionalidade, amor e casamento. O trio de actores reside em Macau, com o licenciado em Comunicação da Universidade de Macau (UM), Perry Fok, o realizador de peças infantis, Nip Neng Fong, e a protagonista dos filmes locais, ‘City Maze’ e ‘Fig’, Eliz Lao. Nip produziu a peça “My Little Prince” com a Escola Pui Ching e Fok realizou e protagonizou uma série de curtas-metragens em Macau. A peça é inteiramente falada em cantonês.

26 Ago 2015

Bilhetes para a Orquestra Chinesa de Macau à venda

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s bilhetes para a temporada de concertos da Orquestra Chinesa de Macau (OCHM) 2015-2016 já estão disponíveis na Bilheteira Online de Macau. “A rota da sede – Macau e Chang’an” acontece às 20h00 de 11 de Setembro no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau, abrindo assim as hostes da presente temporada do certame. É o maestro Pang Ka Pang quem vai coordenar a OCHM numa produção musical conjunto com a Orquestra Chinesa de Shaanxi, “apresentando as obras A Rota da Seda, Paixão por Qin Chuan, Dança ao Luar, Sombras Dançantes ao Luar, Festival, Quatro Quadros de Costumes de Yunnan e Música orquestral chinesa Qinquiang, entre outros”, refere a organização.
Sob a égide do Instituto Cultural (IC) também se assinala o 110º aniversário de Xian Xinghai, sem esquecer o 120º de Lu Tianhua. “Esta edição conta ainda com a participação dos famosos directores de arte, proporcionando concertos de friccionados, dedilhados, de sopro e percussão”, acrescenta o IC. Há ainda direito a descontos de 50% e 40% para diferentes situações, nomeadamente na compra de oito ou mais bilhetes.
A OCHM foi fundada pelo IC em 1987 e é constituída por 34 músicos, tendo feito a sua primeira incursão a Portugal em 1988. Desde então têm vindo a aperfeiçoar o repertório e a qualidade do colectivo e das interpretações, dando especial atenção a artistas chineses com influência no mundo da música clássica.

26 Ago 2015

Exposição | Takara Leong apresenta “início do caminho” na DSEJ

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] “Início do caminho” é o que a jovem local Takara Leong quer mostrar com a sua mais recente exposição no Pavilhão da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude para o efeito. A mostra tem lugar entre 4 e 13 do próximo mês e integra peças de escultura e pintura da recém-licenciada na Escola Superior de Artes do Instituto Politécnico de Macau (IPM). As obras fazem uso de aguarelas, tintas de óleo instalações e desenho digital, de forma a recriar a estrutura criativa da artista. Takara espera com esta mostra conseguir aproximar-se mais dos visitantes.

26 Ago 2015

Fotografia | Artista paquistanês em galeria de Hong Kong

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] artista de fotografia paquistanês Mo Shah expõe uma série dos seus mais recentes trabalhos na galeria Fabrik de Hong Kong. “Test Pattern” é inaugurada hoje e fecha portas a 21 de Setembro, com oportunidade para conhecer o artista às 18h30 desta tarde. Actualmente a viver na RAE vizinha, tem desenvolvido obras com conceitos alicerçados na adoração, na fé, em fragmentos da cultura pop e simbolismo obscuro. De acordo com a organização, esta trata-se de uma exposição de “composições que consolidam um sem número de interesses do artista nas narrativas que exploram a procura desesperada pela beleza”.

Vida errática

Mo Shah nasceu na cidade da Karachi, no Paquistão, mas cedo começou a sua jornada interior e artística, tendo estado na Coreia do Norte, no Bangladesh e vivido em Nova Iorque, Bruxelas, Londres e Hong Kong.Mo Shah O fotógrafo e artista visual licenciou-se na Universidade de Nova Iorque e foi nessa cidade que começou a fazer as suas experiências na área. “O extenso arquivo de viagens de Shah está bastante presente na sua arte, que explora a relação entre indivíduos e instituições enquanto representações da sociedade”, esclarece a organização. Há, ainda, uma clara adoração pelo mundo do cinema nos trabalho do paquistanês, com várias homenagens à sétima arte a tomarem forma junto de locais icónicos. “No seu trabalho prevalecem o fascínio pelo cinema, história, existencialismo, surrealismo, iconografia e o oculto”, frisa.

Técnicas televisivas

“Transmission Eternal” foi a primeira exposição a solo do artista e teve lugar em 2013 na sua terra-natal, na cidade de Lahore. Foi no mesmo ano que venceu o Prémio de Escolha dos Críticos na Exposição Nacional de Arte Fotográfica. Mais recentemente, Shah esteve presente para integrar a Exposição de Arte Contemporânea da Ásia, incluindo na edição deste ano. Três das suas produções podem ainda ser apreciadas no Museu de Arte Contemporânea de Seul, na Coreia do Sul. O museu adquiriu recentemente estas três peças para a sua exposição permanente.
A mostra que estreia amanhã deve o seu nome a uma técnica utilizada nos primórdios da televisão para testar a qualidade do sinal de transmissão, graficamente conhecido como uma série de risco paralelos de diferentes cores primárias. “A minha mais recente colecção de trabalhos vai buscar esta relíquia à história e transmite um mundo de possibilidades e realidades infinitas”, explica o próprio autor.

26 Ago 2015

Bollywood e homenagem a Michael Jackson num só palco

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]ão 75 os artistas que vão envergar o maior espectáculo subordinado ao tema: “Bollywood”. O momento vai acontecer já no próximo dia 20 de Setembro, no palco do teatro Brito Clementina Ho, no terceiro andar do Centro Comercial Jardim da Cidade. A organização é da assinatura de Victor Kumar, o responsável pelo centro de dança VStudio, academia de dança profundamente ligada às modalidades de relaxamento, yoga e, por sua vez, à cultura indiana. Bollywood
Apaixonado pela dança e honrando as suas raízes, o dançarino e coreógrafo mistura o que melhor sabe fazer com o que mais gosta de fazer: dançar.
No total, os 75 artistas, segundo conta o coreógrafo, são provenientes de Macau, Hong Kong e da Índia, vão apresentar mais de 150 indumentárias tradicionais das cultura de Bollywood num espectáculo que promete ser memorável. O responsável, indica que é através deste tipo de dança que serão demonstrados elementos clássicos e espirituais, em que, diz, os espectadores poderão sentir o esforço dos próprios dançarinos durante os 90 minutos do espectáculo.

Outras danças

Mas não é só de Bollywood que se fala. O espectáculo será ainda marcado com actuações de outros tipos de dança. “Hip Hop, dança chinesa, dança clássica indiana, kathak, bharatnatyam e bhangra”, conta, são outros dos géneros de dança que serão apresentados.
Não fique espantado se a meio do espectáculo algo lhe soar ao Michael Jackson. Homenageando aquele que é a sua fonte de inspiração, Victor Kumar irá conduzir uma dança dedicada ao artista considerado o rei da música pop. “Foi quem inspirou a minha vida profissional de dança ao longo deste tempo”, sublinha o dançarino.
Luzes, cores e brilho é o que o director artístico pretende trazer com a iniciativa “A viagem aos sonhos de Bollywood” no terceiro andar do Centro Comercial Jardim da Cidade. Com início marcado para as 19horas, os lugares são limitados, por isso os interessados devem entrar em contacto com a organização através do número de telemóvel: 63932002.

26 Ago 2015

Ex-vice-ministro das Finanças assume presidência do BAII

[dropcap style=’circle]O[/dropcap] ex-vice-ministro das Finanças chinês Jin Liqun foi nomeado para a presidência do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), a nova instituição financeira internacional proposta por Pequim, informou a entidade no seu portal na Internet. Jin Liqun, de 66 anos, já dirigiu o fundo soberano chinês (China Investment Corporation) e desde Outubro chefiava o secretariado interino do BAII. Proposto pelo presidente chinês em 2013 e visto inicialmente em Washington como um desafio à ordem financeira internacional, o BAII acabou por suscitar a adesão de mais de vinte países exteriores à Ásia, entre os quais a África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, França, Espanha, Noruega, Portugal, Reino Unido e Suíça.

26 Ago 2015

Xangai cai 7,6%, mas bolsas europeias abrem em alta

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] bolsa chinesa continua em queda livre. No dia a seguir à desvalorização de 8,46%, Xangai, a principal praça chinesa fechou a perder 7,6%. Shenzen, o segundo maior mercado, também fechou a cair 7,1%.
Apesar disso, em Hong Kong, território sob administração chinesa, o Hang Seng registou um ligeiro ganho de 0,7%, interrompendo uma série de sete sessões a fechar em terreno negativo.
Depois de a sessão de segunda-feira ter feito recuar a bolsa para níveis do início do ano, esta terça-feira fez Xangai descer abaixo da barreira psicológica dos 3 mil pontos, caindo para 2964.97. Influenciada pelas preocupações sobre o desempenho da economia previsto para 2015, a principal bolsa chinesa está agora a níveis registados pela última vez a meio de Dezembro de 2014. 

Sem contágio

Apesar disso, as bolsas europeias, que tinham sido arrastadas pela “segunda-feira negra” chinesa, abriram em alta esta terça-feira. 
Pouco antes da 9h, Lisboa ganhava 2,45%, depois de uma sessão em todas as cotadas fecharam no vermelho. Na Europa, os principais mercados parecem igualmente recuperar. Em Frankfurt, o Dax subia 1,5% enquanto Londres valorizava 1,66%. No mesmo sentido, Paris  ganhava 2,05% e o Ibex, em Madrid, subia 1,12%.
Até Atenas, cujo principal índice da bolsa caiu 10,54% na segunda-feira, negociava em terreno positivo, a recuperar 3,36%.

Sentimento de pânico

O Wall Street Journal refere a “aparente falta de apoio governamental” chinês, que tinha vindo a intervir no mercado para amparar as quedas verificadas entre Junho e Julho. A última medida de Pequim para tentar inverter a tendência negativa foi anunciada no fim-de-semana. Pela primeira vez, o governo permitiu que os fundos de pensões adquirissem até 30% do seu portfólio em acções. Ainda assim, a medida foi vista como insuficiente pelos analistas, sucedendo-lhe a “segunda-feira negra”.
Um analista citado pelo jornal norte-americano diz que “a este ponto, não há fundo para o mercado. A venda [de acções] vai terminar assim que toda a gente que queira sair do mercado tenha uma hipótese de o fazer”.
No mesmo sentido, um analista chinês disse à Reuters que “chamar-lhe um desastre não é exagero”. “O sentimento de pânico está a dominar o mercado e não vejo quaisquer sinais de que haja intervenção governamental significativa”, avalia. 
No entanto, ainda ontem o governo chinês injectou 150 mil yuan para aumentar a liquidez e cortou as taxas juro.

26 Ago 2015

A cultura de tolerância zero

[dropcap styte=’circle]A[/dropcap] luta contra a corrupção é o terceiro desafio que os países devem enfrentar. A democracia é uma experiência compartilhada por centenas de milhões de pessoas e não se reduz ao acto de votar, consistindo no debate público que decorre antes e depois das eleições, no qual os cidadãos vão aprendendo uns com os outros. É pelas características desta aprendizagem que reside a diferença fundamental entre democracia e autocracia. Num governo autoritário aqueles que aprendem são uns quantos e que têm acesso aos problemas públicos.
A experiência do poder está interditada à maioria e, quando o sistema se abre subitamente, a população irrompe sem saber do que se trata. Ainda que, um governo autoritário apresente a aparente vantagem de poder tomar decisões mais eficazes a curto prazo, o que nunca conseguirá é preparar a maioria dos cidadãos que pretensamente governa a tomarem um dia as suas próprias decisões. Goodfellas
O sistema democrático, por seu lado, requer maior tempo para realizar as transformações desejadas, mas quando chegam, são sólidas porque resultaram de uma aprendizagem colectiva. Se sob o impulso do consenso público fosse empreendido amanhã o combate contra a corrupção, os frutos seriam duradouros. Se, pelo contrário, um messiânico general tomasse o poder num país, e pendurasse segundo o seu arbitrário critério, uma dúzia de pessoas numa praça, a corrupção continuaria estruturalmente instalada no sistema, com a agravante da falta de controlo.
O longo processo de aprendizagem que é a experiência democrática tem etapas sucessivas e cada uma delas representa um desafio que a comunidade no seu conjunto deve resolver. Existem duas estações nesse percurso que é o de aprender a respeitar as instituições e a recusar o populismo em matéria económica.
A “Cimeira de Brisbane” do G-20, que se realizou a 15 e 16 de Novembro de 2014, na qual os líderes mundiais reafirmaram o compromisso que fizeram em 2010, de fazer face aos efeitos negativos da corrupção sobre o crescimento económico, comércio e desenvolvimento. Estiveram de acordo em tomar medidas sobre o suborno público e a transparência no sector privado, integridade e cooperação internacional na luta contra a corrupção.
A corrupção, no final de 2014, continuava a ser uma importante ameaça ao crescimento global e à estabilidade financeira, destruindo a confiança dos cidadãos, rompendo o estado de direito, distorcendo a concorrência, impedindo os investimentos transfronteiriços e o comércio, e distorcendo a atribuição de recursos.
O G-20, como grupo das maiores economias do mundo, mantém o seu compromisso de reduzir a incidência da corrupção e a construção de uma cultura mundial da intolerância à corrupção. A “Grant Thornton”, multinacional consultora de negócios a nível mundial, representada em cento e trinta países, realizou um estudo sobre o Brasil e a Índia, economias- chave do grupo G-20 que não são alheias às práticas corruptas, no sentido de entender como podem as empresas crescer eticamente num ambiente onde a corrupção é moeda corrente.
A “Percepção da Corrupção” da “Transparency International” revela o índice de 2014 de países sobre o nível de corrupção no sector público, em que a qualificação zero é considerada de altamente corrupto e a de 100 corresponde a muito limpo. O Brasil teve um índice de 43, Rússia 27, Índia 38, China 36 e África do Sul 44.
O índice reflecte a percepção da corrupção e é exacto se for vinculado à facilidade de fazer negócios. O proprietário de uma pequena, média, grande empresa ou de uma multinacional, debate-se com a complexidade para iniciar a actividade na Índia, por exemplo, sendo um verdadeiro desafio, cada fase do processo, pela existência de obstáculos burocráticos, havendo o pedido para a realização de pagamentos ilegais, ou dinheiro a ser oferecido para ocupar uma posição melhor na longa lista de espera de pedidos que aguardam decisão.
O Brasil, nos últimos anos tem vindo a confrontar-se com vários escândalos de corrupção de grandes dimensões, como o “Mensalão”, “Petrolão” e “Operação Lava Jato” que envolvem quer os trabalhadores públicos, como os do sector privado, não tendo o índice de percepção da corrupção no Brasil, no entanto, sofrido alteração.
A discrepância entre a realidade e a percepção deve-se principalmente ao facto dos cidadãos se habituarem a esse tipo de situação e crerem que sempre existiu. O impacto dos casos mediáticos sobretudo, no crescimento económico, dá-se por se criar um custo adicional para a realização de negócios, não existindo a garantia nunca de que um pagamento que configura o crime de corrupção produzirá o resultado desejado, aumentando os custos enormemente, sem qualquer benefício, sendo de extrema gravidade nos grandes contratos governamentais.[quote_box_left]A corrupção, no final de 2014, continuava a ser uma importante ameaça ao crescimento global e à estabilidade financeira, destruindo a confiança dos cidadãos, rompendo o estado de direito, distorcendo a concorrência, impedindo os investimentos transfronteiriços e o comércio, e distorcendo a atribuição de recursos[/quote_box_left]
Os custos não são legítimos por força da legislação do local, conduzindo a uma economia paralela de pagamentos na sombra. Um estudo recente da OCDE mostra que o PIB da Índia aumentaria significativamente, se todos esses pagamentos ilícitos fossem carreados para a economia real.
O Brasil vive o momento mais oportuno da sua história para debater sobre o cancro da corrupção. O país está no meio da investigação do maior escândalo de corrupção de que há memória e que envolve a Petrobras, a empresa estatal de petróleo e várias outras empresas. A investigação pode levar à falência de muitas empresas e travar grandes projectos de infra-estrutura, o que implicaria o despedimento de milhares de trabalhadores.
O escândalo causa prejuízo significativo à reputação da economia brasileira e aumenta o risco da realização de negócios no país, bem como afecta as empresas que tentam entrar no mercado pela primeira vez, ou que conquistaram um segmento de mercado e tentam alargar.
As empresas brasileiras que não têm nenhuma operação no estrangeiro é muito possível que considerem esta situação como um custo normal da realização de negócios. As empresas indianas que realizam operações no estrangeiro, em geral, nos Estados Unidos e na Europa, estão sujeitos às estritas normas desses países, tal como as multinacionais estrangeiras que investem na Índia.
As empresas não se podem dar ao luxo de serem condescendentes porque teriam de se expor a uma possível prática de infracções graves e serem punidas com sanções de milhares de milhões de dólares, pena de prisão e inclusive perder os clientes. As empresas não só poderiam perder os contratos com o governo, no qual não estão interessadas, porque os riscos são maiores que os benefícios. O novo governo da Índia chegou ao poder em 2014, e a percepção sobre a realidade levou-o a tomar medidas para travar a corrupção transnacional e institucional, mas tem um longo caminho por percorrer.
A Índia é um país muito descentralizado pelos seus trinta estados e cada um tem um peso significativo, e nem sempre estão em sintonia com o que ocorre no centro, mas o governo central enviou a mensagem clara de concentração no crescimento e governança, e implementação de e-governo, em particular, o que significa que não tem de interagir com os trabalhadores públicos, onde a incidência da corrupção é mais alta.
O governo brasileiro aprovou a legislação contra o branqueamento de capitais, no inicio de 2014, tendo as acusações quadruplicado. O acordo social na luta contra a corrupção está a crescer, mas existe um longo caminho por transitar, sobretudo devido à aceitação da cultura da corrupção, o que torna a situação mais difícil de mudar.
A introdução de legislação contra a corrupção pela primeira vez na história brasileira, faz que as empresas tenham medo, acrescido do facto de personalidades proeminentes terem sido detidas, pelo que o Brasil se encontra numa situação melhor no combate à corrupção. A comunidade empresarial tem um papel importante e pode exigir maior transparência nos negócios de Estado.
As empresas devem adoptar em todo o mundo a regra do acordo de integridade que a “Transparency International” criou há muitos anos. Se uma empresa estiver em fase de negociação pré-contratual com um Serviço do governo ou uma empresa estatal, as duas partes devem assinar um acordo de integridade e comprometerem-se a não incorrer em práticas corruptas durante a vida do contrato, devendo concordar na inclusão de um monitor independente que assegure o cumprimento das cláusulas do acordo de integridade.
As empresas no Brasil, por exemplo, estão obrigados a investir mais nas mudanças no suporte lógico para se adaptarem aos requisitos do sistema de informação do Serviço de Impostos Internos, que vigiarão as conversas entre clientes, fornecedores e autoridades tributárias. Existe uma melhoria na formação dos funcionários públicos brasileiros na luta contra a corrupção e cumprimento da lei.
A comunidade empresarial internacional está a fazer um esforço para terem boas práticas no que respeita à luta contra a corrupção. Se os dirigentes empresariais não forem obrigados a fazer face a práticas de corrupção as perspectivas de crescimento dos negócios serão maiores e os riscos menores.

26 Ago 2015

Barbearia 2Legit | Sara K, Rocklee e Fernando Lourenço, fundadores e co-fundador

Sara K, Rocklee e Fernando Lourenço decidiram aliar-se para criar um novo conceito de barbearia inspirado naquelas que ainda existem por essa Macau. A ideia voou dos EUA e estabeleceu-se perto de S. Lázaro, com ênfase na imersão comunitária

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] 2Legit nasceu há meio ano mas já está a ferver, mais que não seja pela paixão cega dos seus dois fundadores e co-fundador, Rocklee, Sara K e Fernando Lourenço. O projecto sobrevive pela paixão e talento de ajudar os outros. Rocklee, agora com 30 anos descobriu a sua vocação pelo conceito de ser barbeiro a milhares de quilómetros de distância, nos Estados Unidos. Participa, desde novo, numa série de competições e ‘battles’ de breakdance – estilo que nasceu nos EUA e foi popularizado pelos afro-americanos, com recurso ao hip-hop – pelo mundo. “Tudo começou quando fui aos EUA para uma competição, uma coisa que faço há mais de 20 anos. Punha-me a pensar nos cortes fantásticos daqueles b-boys, mas com linhas [de corte] realmente bem feitas, sem defeitos e em como eu nunca conseguia fazê-lo”, conta. Attachment-1
As experiências iniciais, confessa, levaram a uma série de “desastres” capilares, o que o obrigou a um pente zero permanente, numa tentativa de esconder as avarias. Anos depois, foi convidado para um evento como DJ no Michigan, altura em que aproveitou para ir a Chicago. Foi numa festa nesta cidade que conheceu uma rapariga sino-americana, “das poucas que falava cantonês” por lá. A história acaba com Rocklee a conhecer o seu mentor por via da sua amiga. “Foi nesse dia que conheci o meu mentor, que me cortou o cabelo como eu sempre quis”. A paixão nasceu assim, como todas: inesperada e repentinamente. De volta a Macau, o barbeiro empenhou-se como nunca, fez várias perguntas e outras tantas experiências, até que começou a cortar cabelos “em casa, numa cadeira do Ikea”.
Decidir-se por ‘2Legit’ foi, de certa forma, fácil. “Para o nome, lembrei-me dos primórdios da cultura pop e da minha infância, quando ouvia MC Hammer e ele tinha a ‘2Legit2Quit’”, conta. Entre um trabalho a tempo inteiro num grupo hoteleiro local e a vontade insaciável de criar, Rocklee foi singrando, até abrir a barbearia em Abril.

Aliar a arte à vontade de contribuir

Para Rocklee, o conceito é sólido e imutável: uma hora na 2Legit pode ajudar qualquer um. “É uma sessão terapêutica”, exclama, com o aval de Fernando. “Sinto que ao tornar-me barbeiro, estou a ajudar os outros”, traça Rocklee. Entre risos, explicam que se trata de um momento quase catártico. Curiosamente, os cortes não são efectuado de frente para o espelho, mas sim para dentro da loja. “Dá aso à criação de conversas entre nós e a clientela, troca de experiências, de histórias e desabafos”, revelam. Várias são as histórias que têm para contar: umas mais felizes que outras, mas todas se concentram da comunidade. “As pessoas não devem seguir o rebanho, fazer o que a sociedade lhes impõe, mas sim o que realmente querem”, frisa o proprietário. Entre palavras, confessa ter sido uma dessas crianças, até finalmente perceber que só assim seria feliz. “Há dificuldade em ver o valor além do dinheiro, mas é preciso promover isso”, disse. Além das marcações diárias, os dois barbeiros ajudam muita gente. É que a estabilidade do exterior engrandece o interior.
Na calha da 2Legit estão outros projectos. Entre eles, parcerias com associações solidárias de pessoas com deficiência e ex-toxicodependentes no sentido de formar quem queira seguir a actividade. Fernando fala também na colaboração com estes grupos vulneráveis e artistas locais na criação de outros produtos.

Muito mais do que um corte

A Rocklee juntaram-se o seu primo Fernando Lourenço e Sara K, uma jovem residente que adquiriu os seus conhecimentos com um curso em Portugal. No entanto, a paixão de cortar cabelos não previa um molde tão “tradicional” como aquele a que um salão comum obriga. Entre aquelas quatro paredes, Sara sente-se a dar asas à sua imaginação. O aparar de pontas, permanentes e madeixas foram trocados pelo cavalheirismo capilar. Anteriormente, Sara trabalhou num salão local e depois como freelancer, a partir de casa. Fernando esforça-se todos os dias para manter a casa em ordem, mas não só. Neste momento, delineia um plano de longo prazo para a marca. “Não queremos só ter produtos à venda na loja, queremos criá-los para que sejam vendidos lá fora”, conta. Na 2Legit vai vender-se uma série de produtos, o mais original sendo uma pasta capilar orgânica semelhante à cera. Há, ainda este ano, espaço para a venda de roupa.
Além de cadeiras de barbeiro, o espaço está decorado com espelhos, um balcão para tatuagens, estação de lavagem e uma cabine de música, com vinis e um amplificador à mistura. É que não só há música a tocar, como artistas em ascensão podem lá actuar para mostrar do que são feitos. A 2Legit não se encara como mais um cabeleireiro. Pode dizer-se que é o barbeiro de antigamente, mas de cara lavada. Errada é a ideia de que uma barbearia dos tempos modernos obriga à criação de looks tresloucados ou cristas pontiagudas. Ali usa-se uma espécie de cera própria, fazem-se desenhos artísticos, mas principalmente, cortes clássicos e modernos. A atirar para um homem de negócios orgulhoso do que a sua cabeça veste. A equipa vai marcar presença no Flea Market, uma feira que tem lugar este fim de semana, na Estrada Marginal da Areia Preta.

26 Ago 2015

Maratona de Macau vai passar por A-Má

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] maratona de Macau apresenta este ano um novo percurso, que passa pelo Templo de A-Má, para assinalar o 10.º aniversário da classificação do património pela UNESCO, e mais 2.000 vagas, revelou ontem o Instituto do Desporto (ID). As inscrições para a 34.ª edição, que se disputa no dia 6 de Dezembro, abrem no sábado e acomodam agora 8.000 atletas, mais 30% que os 6.000 de 2014, em três provas: maratona (42 km), meia-maratona (21 km) mini-maratona (4,2 km).
José Tavares, presidente do ID, apontou que as principais alterações ao percurso implicam uma “extensão para o Templo A-Má, para celebrar os dez anos da nossa conquista pelo reconhecimento pela UNESCO”, já que em 2015 se assinala uma década de inscrição do centro histórico como património mundial, e uma “nova travessia para a universidade de Macau”.
A passagem pelo novo campus da universidade, na Ilha da Montanha, um território adjacente a Macau, “é preferível do que passar duas vezes na ponte [como acontecia em edições anteriores], porque na ponte pode-se apanhar muito vento forte e poderá perturbar um pouco tempo em si, os resultados”, explica.
As vagas (1.200 para a maratona, 2.600 para a meia e 4.200 para a mini) aumentaram como forma de dar resposta “às necessidades que têm vindo a ser notadas nos últimos anos”, já que habitualmente as vagas esgotam pouco tempo depois de as inscrições abrirem. A organização da maratona está a convidar os atletas que fizeram os melhores tempos no ano passado e também outros que apresentam bons resultados no estrangeiro, mas não quis revelar ainda nomes.
Em particular em relação aos atletas dos países lusófonos, José Tavares lembra que foi a Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP) que endereçou os convites, mas até agora não recebeu quaisquer respostas.

26 Ago 2015

Homem mais rico da China perdeu 3,2 mil milhões de euros

[dropcap style=’circle’]W[/dropcap]ang Jianlin, o homem mais rico da China, perdeu 3,6 mil milhões de dólares na segunda-feira, na derrocada das bolsas mundiais.O presidente e fundador do grupo Dalian Wanda, especializado no mercado imobiliário e no sector do entretenimento, perdeu mais de 10% da sua fortuna, segundo o índice de milionários da Bloomberg, que segue as fortunas das pessoas mais ricas do mundo. Wang Jianlin terá sido o maior perdedor na segunda-feira, segundo o índice Bloomberg, actualizado no fim de cada dia. Apesar das pesadas perdas registadas na segunda-feira, a fortuna de Wang registou este ano um aumento de seis mil milhões de dólares. Jack Ma, detentor da segunda maior fortuna chinesa e fundador do gigante de comércio electrónico Alibaba, perdeu “apenas” 545 milhões de dólares, segundo o índice.

26 Ago 2015

Inflação em Macau atingiu 5,33% em Julho

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] taxa de inflação em Macau nos 12 meses terminados em Julho face ao período homólogo anterior foi de 5,33%, indicam dados revelados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos. De acordo com a informação estatística, a inflação foi potenciada por crescimentos nos preços das secções “habitação e combustíveis”, em 10,86%, “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, em 5,43%, e “saúde”, em 5,28%. Em Julho e face ao mês anterior, os preços aumentaram 0,22% com subidas nas “bebidas alcoólicas e tabaco” (32%) devido à subida do preço do tabaco, e na secção de “recreação e cultura” (1,49%), por causa do aumento dos preços das excursões. Já o índice de preços do “vestuário e calçado” diminuiu 3,35%, numa tendência justificada com os saldos de verão. Comparativamente a Julho de 2014, os preços em Macau cresceram 4,76%, refere ainda a nota oficial dos Serviços de Estatística.

26 Ago 2015