IUOE pede à China para investigar empresas de Cheung Chi Tai

[dropcap style ‘circle’]C[/dropcap]heung Chi Tai, poderosa figura ligada ao universo dos operadores junket de Macau, através do Grupo Neptuno, foi notícia em Junho por ter sido preso em Hong Kong, acusado do crime de branqueamento de capitais. Dois meses depois, a União Internacional dos Engenheiros Operacionais do Nevada (IUOE), nos Estados Unidos, volta a falar do empresário.
O sindicato enviou uma carta a Wang Qishan, chefe da Comissão Central para a Inspecção de Disciplina, na China, a pedir uma investigação a duas empresas que, segundo a IUOE, estarão a ser controladas por familiares de Cheung Chi Tai e que afirmam ser “parceiros estratégicos” do Grupo Neptuno.
Com base em documentos, a IUOE pede que a China investigue a Royal Bullion Limited, com sede em Hong Kong, e a Goldman Sachs (Shenzen) Financial Leasing, com sede em Shenzen, por considerar que estas mantém ligações ao grupo Neptuno.
“As empresas financeiras relacionadas e estabelecidas pela família Cheung, uma de cada lado da fronteira Hong Kong-RPC (República Popular da China), abertamente destacam parcerias de negócios com operações junket VIP de Macau e aparecem bem posicionadas para servir como uma das entidades financeiras auxiliares para junkets de Macau, que apontamos na nossa carta anterior”, escreve o porta-voz do IUOE, Jeffrey Fiedler. Estas duas empresas “estão ainda posicionadas como mais um ponto de acesso para a família Cheung nas operações de jogo “Neptune” em Macau”.
A “Royal Bullion Limited”, com sede em Hong Kong e criada em 2009, é uma empresa de metais preciosos, detida em 72% por Cheung Chun Pong, o qual é apontado como sendo “membro da família e parceiro de negócios de Cheung Chi Tai” e Ng Chor Yam, o qual também terá “laços familiares com a família Cheung”.
Em 2013, a Royal Bullion Limited estabeleceu na cidade de Shenzen uma subsidiária, a Goldman Sachs (Shenzen) Financial Leasing Co, a qual não terá qualquer ligação ao banco Goldam Sachs, aponta a IUOE. Com um capital social de 200 milhões de dólares de Hong Kong, a empresa tem em Cheung Chun Pong o seu representante legal e diz ser “a maior empresa financeira estrangeira de leasing em Shenzen”, funcionando como “um fornecedor de serviços financeiros integrados”, escreve Jeffrey Fiedler, com base em informações do website da empresa.

Macau sem capacidade

A IUOE considera que as autoridades locais não têm capacidade para proceder à investigação destas duas empresas. “A estrutura reguladora existente em Macau está mal equipada para controlar e regular adequadamente estas parcerias e acordos financeiros exteriores”, lê-se.
Por isso, a entidade norte-americana defende que “pode ser de interesse estratégico para o Governo da RPC e organismos como a Comissão controlar este tipo de empresas financeiras”. “Encorajamos as suas equipas de pesquisa e investigação a explorar quaisquer empresas baseadas na RPC estabelecidas pelos operadores junket de Macau e as suas redes, particularmente com foco nas cidades transfronteiriças de Zhuhai e Shenzen”, defende o sindicato.
Anteriormente a IUOE já tinha enviado uma carta à mesma entidade chinesa a denunciar os “laços multi-facetados” não só dos familiares de Cheung Chi Tai como do próprio empresário ao Grupo Neptuno. Com base numa investigação do Wall Street Journal, o empresário tem sido um dos maiores accionistas do grupo Neptuno, com interesse em 15 espaços de jogo VIP no território.
Detido em Junho, Cheung Chi Tai está acusado de três crimes de branqueamento de capitais, no valor de 1,8 mil milhões de dólares de Hong Kong, no âmbito de uma investigação levada a cabo pelas autoridades da RAEHK. O empresário saiu da prisão pagando uma caução de 200 mil dólares de Hong Kong, aguardando o julgamento, o qual está marcado para o dia 24 de Setembro.

27 Ago 2015

Legislativas | Coutinho já tem lista. Tudo ainda em aberto

O mistério terminou. José Pereira Coutinho cumpriu aquilo que disse e tem de facto uma lista para concorrer às eleições legislativas: Nós, Cidadãos!. Ainda assim, as reuniões com os partidos continuam, deixando o futuro em aberto

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ão é o Partido Social Democrata (PSD) nem o Partido Socialista (PS) muito menos o Bloco de Esquerda (BE). É a Nós, Cidadãos!, a lista que o deputado da Assembleia Legislativa (AL), José Pereira Coutinho, encabeça pelo círculo Fora da Europa para as eleições legislativas já no próximo Outubro.
Depois de tornadas públicas as listas, afixadas no tribunal da comarca de Lisboa na passada segunda-feira, o mistério levado a cabo pelo agora candidato desvaneceu.

FOTO: António Falcão
FOTO: António Falcão

“Ainda não é o momento oportuno para comentarmos esta formação política. Faremos assim que for oportuno”, disse ao HM, Gilberto Camacho, o número dois de Pereira Coutinho na corrida para as legislativas. Os candidatos, concorrendo como independentes, têm como seus suplentes a empresária Lídia Lourenço e Maria Timóteo, aposentada.

Um candidato de peso

Em reacções, Miguel Bailote, líder do PSD Macau caracterizou o candidato Pereira Coutinho como um peso pesado para as legislativas no círculo em causa. “É preciso reconhecer que a candidatura do Pereira Coutinho é uma candidatura de peso e a ter em conta”, afirma.
Mas tudo ainda poderá estar em aberto. Segundo fonte do HM, os encontros de Pereira Coutinho e representantes de outros partidos continuam a acontecer, pelo menos até amanhã. Na terça-feira, Pereira Coutinho marcou presença na sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, para partilha de informações. O argumento do “dou-me bem com todos os partidos” tem sido uma máxima sempre defendida pelo deputado, e isso torna-se claro, numa análise à agenda de Pereira Coutinho na sua viagem a Portugal.
“Ainda muita coisa está em jogo. Se os partidos percebem que Pereira Coutinho é uma fonte de votos ficam interessados”, defende a fonte. Assim, não será de estranhar que Pereira Coutinho consiga ultrapassar o número de votos atingidos pelo Brasil em 2011, 4368 votos num total de 8323, garantindo pelo menos um candidato eleito e a negociação de uma possível coligação com o PSD.
Questionado sobre a possibilidade do Partido Social Democrata perder a maioria dos votos do círculo Fora da Europa – maioritariamente conseguida pelo candidato do Brasil em 2011, Carlos Alberto Gonçalves, Miguel Bailote não se mostra preocupado devido ao aumento do número de eleitores.
“Temos de ver o contexto, alterado com este novo recenseamento que houve com mais de 60 mil eleitores. (…) [Coutinho] é um adversário de respeito”, argumenta Bailote. Quanto a uma possibilidade de coligação, o representante democrata prefere não comentar. “Não posso comentar, teremos de ver as eleições e que sairá”, remata.

De Macau a Portugal

Caso Pereira Coutinho consiga o lugar na Assembleia da República, será o primeiro deputado a conseguir voar de AL para a AR. E o plano está decorrer. Segundo o próprio deputado há um interesse enorme em comprar uma casa em Portugal, apontado Palmela como zona preferencial. E as visitas aos imóveis têm acontecido, segundo apurou o HM, em várias zonas de Lisboa.[quote_box_right]“Como residente e português a residir na RAEM acho sempre positivo que Macau se possa afirmar no mapa político português das comunidades. Como adversário tenho de respeitar o Pereira Coutinho e reconhecer que ele é uma candidatura de peso e um adversário que nos merece respeito”, Miguel Bailote, líder do PSD Macau[/quote_box_right]
Para Miguel Bailote – independentemente de Coutinho conseguir atingir os votos necessários para eleger pelo menos um candidato – Macau ganhará um papel no mundo dos eleitores. “Se o Pereira Coutinho conseguir nestas eleições meter a máquina eleitoral dele a funcionar e tiver o resultado que espera, pelo menos maior que Macau tem tido nos últimos tempos, parece que à primeira vista Macau poderá entrar no mapa político das comunidades com uma posição de relevo”, defende.
Claro é, mesmo com o número de eleitores do Brasil, Venezuela e África do Sul – locais com maior número de recenseados – que Macau irá “assumir um peso geopolítico em termos de comunidades”.
“Como residente e português a residir na RAEM acho sempre positivo que Macau se possa afirmar no mapa político português das comunidades. Como adversário tenho de respeitar o Pereira Coutinho e reconhecer que ele é uma candidatura de peso e um adversário que nos merece respeito”, remata.
Inegável é o cenário incomum que o também cabeça de lista para as eleições dos Conselheiros das Comunidades Portuguesas (CCP) trouxe com a sua candidatura. “Só vejo como algo positivo que Macau possa pela primeira vez estar representado no círculo [fora da Europa]”, assina Bailote. O que poderá surgir depois disto é a criação de uma “dinâmica para que Macau tenha realmente um papel mais relevante em termos das comunidades”.

27 Ago 2015

IAS tem 60 dias para adoptar orientações de Alexis Tam

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]ias depois do Comissariado de Auditoria (CA) ter revelado irregularidades cometidas pelo Instituto de Acção Social (IAS) na atribuição de subsídios, eis que Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, reagiu ontem, prometendo mudanças.
Segundo um comunicado oficial, Alexis Tam “determinou o prazo de 60 dias para o cumprimento das orientações, terminado o qual deve ser elaborado um relatório no qual constem medidas adoptadas e os resultados da sua execução, incluindo as medidas de curto e longo prazo”.
Para Alexis Tam, é “imperativo inserir alterações nos critérios de apreciação e autorização de subsídios, respectivos mecanismos de verificação e critérios de gestão e controlo dos subsídios atribuídos em numerário”. O IAS deve “adoptar critérios uniformes de apreciação e autorização por forma a garantir a igualdade e a justiça na apreciação e autorização de subsídios, assegurando que candidatos da mesma natureza sejam tratados de igual forma”.

Mea culpa

Ontem o presidente do IAS, Ion Kuong Io, participou no programa “Macau Talk” do canal chinês da Rádio Macau e admitiu que não actualizou as instruções dos trabalhos, o que causou a adopção de diferentes critérios nos cinco centros do IAS, acusação feita pelo relatório do CA.
Iong Kuong Io disse já ter emitido novas instruções dos trabalhos para os cinco centros, as quais já começaram no mês passado. O presidente prometeu ainda dar mais formação aos funcionários, para que façam apreciações dos pedidos mais justas.
No que toca ao envelhecimento da população, o presidente do IAS disse no programa de rádio que existem 400 idosos à espera de vaga em lares, tendo previsto que todos poderão arranjar lugar daqui a um ano. Iong Kuong Io prometeu que até 2018 serão criadas 2400 vagas.
Um ouvinte sugeriu que os idosos podem fazer a hipoteca das suas casas junto dos bancos para suportarem as despesas da velhice. Choi Sio Un, chefe do departamento de solidariedade do IAS, referiu que já foi feita uma comunicação com os bancos, mas que os idosos preferem deixar as suas casas aos filhos. Apesar disso, o IAS prometeu comunicar com a Autoridade Monetária e Cambial para estudarem essa possibilidade.
Já o chefe da medicina interna dos Serviços de Saúde (SS), Ng Hou, citou um estudo feito pelo hospital Kiang Wu, que mostra que 5% dos idosos sofrem de demência precoce. Os SS querem criar mais instituições especializadas para este tipo de doença.

27 Ago 2015

DSAL promete negociar regalias com Melco Crown

[dropcap style ‘circle’]D[/dropcap]epois de terem entregue uma carta ao departamento de recursos humanos, os funcionários da Melco Crown voltaram a queixar-se da falta de promoções e outras regalias junto do Governo. Ontem seis funcionários reuniram-se com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) juntamente com o líder da Forefront of Macau Gaming, Ieong Man Teng, a directora da Associação dos Direitos dos Funcionários do Jogo, Cloee Chao, e o líder do grupo “Novo Poder da Melco Crown”, Ronald Lou.
Segundo Cloee Chao, a DSAL “mostrou vontade” em servir de entidade intermediária entre os trabalhadores e a operadora de jogo para resolver o conflito laboral, tendo prometido contactar a Melco Crown para analisar em detalhe se a Lei das Relações Laborais está a ser cumprida.
Conforme o HM já noticiou, os trabalhadores queixam-se das diferenças na posição de HD Dealer nos casinos Altira e City of Dreams. A posição está equiparada ao cargo de estagiário, na qual o trabalhador assume responsabilidades de croupier ou supervisor, existindo uma grande mobilidade de funções consoante o dia de trabalho. Para além disso, a diferença salarial entre um HD Dealer e um supervisor pode ser de milhares de patacas. MELCO

O líder do grupo “Novo Poder da Melco Crown” disse que existem cerca de mil funcionários nesta situação, sendo que a 25% destes a empresa terá prometido a possibilidade de promoção, mas apenas 10% terão recebido a regalia. Os restantes funcionários estarão a trabalhar há cerca de três a cinco anos sem terem recebido nenhuma promoção.
Os trabalhadores queixaram-se ainda à DSAL de continuarem a receber gorjetas e salários em separado, pedindo ainda pagamentos mensais à empresa, em vez de salários a cada 14 dias. Cloee Chao explicou que essas questões já foram alteradas nas restantes operadoras, excepto na Melco Crown. Com esta mudança, os funcionários esperam que a junção de montantes possam levar ao aumento do dinheiro poupado no regime de previdência, temendo que o actual sistema os faça perder regalias.

Sala VIP no Wynn fechada

O grupo Forefront of Macau Gaming recebeu ontem a notícia do fecho de uma das duas salas VIP “Man Shui” do casino Wynn, no final deste mês, o que resulta no despedimento de 13 pessoas. Segundo Ieong Man Teng a operadora prometeu pagar 200 patacas por dia como indemnização aos trabalhadores, o que causou insatisfação, estando previsto o pedido de apoio junto da DSAL em breve.

Dois TNR queixam-se de falta de indemnização

Ontem, à porta das instalações da DSAL, dois Trabalhadores Não Residentes (TNR), com os nomes de Xu Huafeng e Wong Haixao, protestaram alegando terem sido despedidos sem indemnização. A empresa acusada é a Companhia de Construção Zhen Hwa Harbour e terá despedido os trabalhadores há mais de um ano, depois de estarem na obra do novo terminal marítima do Pac On. Contudo, como ainda não receberam os subsídios de habitação e outras regalias, os trabalhadores queixaram-se à DSAL, tendo sido ameaçados de despedimento o que veio a acontecer em Maio sem receberam as 40 mil patacas a que terão direito.

27 Ago 2015

SAFP | Serviços electrónicos alargados dentro de dois anos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para a Administração e Função Pública (SAFP) afirmou que o Plano Geral de Serviços Electrónicos de 2015-2019 já entrou em consulta interna e já está prevista a criação de uma aplicação para os telemóveis que irá distribui automaticamente informações do Executivo.
Numa interpelação escrita, em Junho, apresentada pelo deputado Si Ka Lon, o deputado questionou se existia um calendário para as consultas e a apresentação dos serviços electrónicos do Governo. O deputado quis ainda saber se existiam planos em termos de aplicações informáticas para corresponder à tendência de desenvolvimento dos hábitos das pessoas no que respeita à internet.

Consenso geral

Na resposta dada recentemente pelo director substituto da SAFP, Kou Peng Kuan, é revelado que entre Junho e Julho deste ano foi feita uma consulta interna do Governo sobre o plano geral. O momento permitiu que os departamentos apresentassem as opiniões e sugestões, tentando encontrar consenso para atingir a meta.
Kou explicou que o Governo vai continuar a auscultar opiniões da sociedade através de diferentes maneiras, exemplificando que vai apresentar um site especializado, a curto prazo, para publicar as últimas informações sobre o plano geral. Assim, o Governo pode ajustar e melhorar o conteúdo do plano de acordo com as opiniões, de forma adequada.
Além disso, o director substituto afirmou que além de várias aplicações criadas por vários departamentos públicos, como os Serviços de Saúde e o Conselho dos Consumidores, o Governo espera apresentar uma aplicação única onde distribui todas as informações do Governo, assim como alargar as funções do site “Portal Governo da RAEM” para não todos os tipos de dispositivos, até 2017.

27 Ago 2015

Construção | Ella Lei volta a criticar percentagem elevada de TNR

Ella Lei volta a pedir que o Governo reveja o processo de quotas que permitem um certo número de TNR por trabalhador local. A deputada alega, com base em dados do Gabinete de Recursos Humanos, que nalgumas empresas, 90% dos trabalhadores são de fora

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] deputada Ella Lei assegura que em parte das grandes empresas de construção do território, 90% dos trabalhadores são TNR, justificando que se trata de uma percentagem muito elevada. Ella Lei criticou a fraca integração dos trabalhadores locais nesta área, acrescentando que a selecção dos TNR, na hora da contratação, não é rigorosa. Segundo as estatísticas publicadas pelo Gabinete de Recursos Humanos (GRH), até Março passado, estavam empregados no sector da construção civil do território, mais de 47 mil TNR contra os cerca de 21 mil locais. Os dados afirmam que estes foram contratados por cerca de duas mil empresas.

Maioria absoluta

As mesmas estatísticas avançam que os TNR completam 90% da proporção laboral de várias empresas de grande dimensão, como são a Companhia de Construção e Engenharia Civil HCCG, na qual apenas 90 dos 7000 funcionários são locais. Situação semelhante acontece na Companhia de Construção e Engenharia Civil Omas, na Companhia de Construção de Obras Portuárias Zhen Hwa, na a Leighton Contractors e na Companhia de Engenharias e de Construção da China (Macau). “‘Priorizar a empregabilidade de trabalhadores locais’ é uma promessa do Governo, mas no sector da construção ainda não se conseguiu ver isso”, disse Ella Lei ao jornal Ou Mun. A deputada lembra que o sector era regulamentado pela política de ‘50-50’, no qual metade das contratações era feita localmente e a outra, lá fora. No entanto, este lema acabou por nunca ser aplicado e isto cria uma problema de abuso que, de acordo com a deputada, “ultrapassou o inimaginável”.
“O sector de construção depende, maioritariamente, dos ordenados baixos oferecidos aos TNR e isto começou a afectar a taxa de empregabilidade de trabalhadores locais. Além disso, sabe-se que os TNR conseguem arranjar trabalhos mais estáveis do que os locais, que têm muitos trabalhos instáveis”, exclamou. Ella Lei acrescentou que os empreiteiros preferem ter TNR nas obras do que residentes locais, pois estes têm que começar a procurar uma próxima empreitada antes de finalizar o trabalho. “Os TNR servem como complemento à mão-de-obra local, não percebo porque é que os trabalhadores locais se tornam numa segunda escolha e a prioridade da empregabilidade é hoje em dia apenas um slogan”, lamentou.
A deputada sugere ao Governo que sejam novamente revistos os critérios e limites no que diz respeito à proporção dos TNR.

27 Ago 2015

Menos 3,8% de visitantes que em 2014

[dropcap style ‘circle’]O[/dropcap] número de visitantes que Macau recebeu em Julho foi 3,8% inferior ao registado no mesmo mês de 2014, fixando-se em 2,65 milhões, de acordo com dados oficiais ontem divulgados.
Em termos mensais regista-se, no entanto, uma subida de 17,8% – em Junho a cidade recebeu o valor mais baixo desde Setembro de 2012, segundo dados dos Serviços de Estatística e Censos.
A maioria dos visitantes (51%) eram excursionistas que apenas ficaram algumas horas no território (0,2 dias). A média de permanência do total dos visitantes fixou-se nos 1,2 dias.
Em Julho, entraram em Macau 1,75 visitantes da China (que representam 66% do total), menos 6,1% em termos anuais.
Os visitantes da Coreia do Sul (37.050) diminuíram 22,5% em termos anuais, enquanto os de Hong Kong (586.136) e os de Taiwan (93.443) aumentaram 5,7 e 0,1% respectivamente.
Nos sete primeiros meses do ano entraram no território 17,40 milhões de visitantes, menos 3,5% em termos anuais, dos quais 9,49 milhões eram excursionistas, menos 1,5%, e 7,91 milhões eram turistas, menos 5,7%.

27 Ago 2015

Hospital das Ilhas | Fundações podem custar 880 milhões

[dropcap style= ‘circle’]A[/dropcap] construção das fundações do Hospital das Ilhas, no Cotai, vai custar entre 682,9 e 879,8 mil milhões de patacas ao Governo, que recebeu ontem 11 propostas e promete empregar aproximadamente 500 pessoas na obra. De acordo com o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI), a empresa escolhida fica responsável por, em cerca de um ano e meio, criar as fundações para a empreitada do hospital, que deverá ocupar um terreno de 11 mil metros quadrados naquela zona. A obra deve ter início ainda este ano e ser a base para a posterior edificação do próprio hospital. Este vai contar com dois pisos de cave e quatro de pódio, ao qual se junta o edifício de apoio logístico, com 12 pisos, dois deles subterrâneos.

27 Ago 2015

UM recebe quatro milhões de yuan para projectos científicos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Universidade de Macau (UM) recebeu, da Fundação Nacional de Ciência da China (NSFC na sigla inglesa), quatro milhões de yuan para dez novos projectos científicos que ficarão à responsabilidade do Instituto de Investigação de Zhuhai da UM.
A publicação do montante, feita pela Fundação, surge na sequência da atribuição das bolsas para este ano. A UM requereu à NSFC financiamento para 38 projectos de investigação, tendo sido aprovadas 26% dos pedidos. Os dez projectos são da responsabilidade de professores e investigadores da Faculdade de Ciência e Tecnologia, nomeadamente das áreas de engenharia informática, sistemas de prevenção de doenças e física. Cinco destes integram ainda a lista de Programas Gerais, para a qual os critérios de entrada são elevados. Os restantes foram reconhecidos como especiais por estarem a ser desenvolvidos por académicos com menos de 35 anos.
O NSFC pretende encorajar, de acordo com comunicado da UM, “investigação científica inovadora e desenvolvimento equilibrado e sustentável de uma séries de disciplinas académicas.

27 Ago 2015

Domésticas | Pedida revisão das leis para evitar ilegalidades

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng volta a insistir num pedido de revisão da Lei de Contratação de Trabalhadores não Residentes de forma a evitar a existências de empregadas domésticas com identidade de turista em Macau e regulamentando as agências de trabalho.
Depois do encontro entre a Associação Geral das Mulheres de Macau e a Direcção dos Serviços para Assuntos Laborais (DSAL), na semana passada, foi solicitado ao Governo a regulamentação das agências e dos serviços de migração para que exista um registo criminal das empregadas domésticas antes das mesmas virem trabalhar para Macau. Em cima da mesa esteve também a propostas de criação de uma base de dados dessas mesmas empregadas. A também vice-presidente da associação, Wong Kit Cheng voltou a solicitar atenção do Governo sobre a questão.
Numa interpelação escrita, Wong apontou que a base dos problemas é a possibilidade destas mulheres entrarem no território como turistas e depois assumirem funções de empregadas domésticas, sem que para isso respeitem e cumpram os requisitos rigorosos das agências de trabalho.
A deputada recordou que o Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, prometeu em 2014, que ia rever a Lei de Contratação de Trabalhadores não Residentes e o Regime do Licenciamento das Agências de Emprego para impedir as falhas das leis. No entanto, a deputada criticou que até ao momento ainda nada está feito.
Wong questiona se a DSAL pode efectivamente rever as leis, a curto prazo, para impedir que as turistas se tornem empregadas domésticas.

27 Ago 2015

Fumo em terminal de autocarros prejudica a saúde

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] deputado Zheng Anting voltou chamar a atenção do Governo para as falhas no sistema de ventilação no terminal dos autocarros junto às Portas do Cerco. A falta de circulação de ar, os fumos dos autocarros têm prejudicado a saúde dos utilizadores, principalmente dos mais idosos. O deputado, argumenta que mesmo depois do Governo ter admitido, em Maio, a existência de um problema naquele terminal, nada foi feito. Zheng Anting perguntou ao Governo se já foi efectuado um estudo sobre a viabilidade da melhoria das instalações daquele terminal, e quando é que serão implementadas as medidas, apresentadas durante as Linhas de Acção Governativa, relativamente à circulação de autocarros eléctricos.

27 Ago 2015

Exigidos limites à criação de novos aterros

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação CrossBorder Environment Concern defende que as obras de construção dos novos aterros em Macau pioraram o ambiente e o estado da ecologia marinha, esperando que o Governo limite os espaços que podem vir a ser conquistados ao mar.
Wei Hanyan, dirigente da associação, disse ao Jornal do Cidadão que o plano dos novos aterros vai conquistar ao mar 350 hectares de terrenos, uma área maior face a toda a dimensão do território de Macau. Para controlar as consequências negativas para o ambiente, o fundador da associação sugere que sejam elaborado o limite das áreas que podem ser roubadas ao mar, tendo defendido que a proporção não deve ser superior a 10% da área marítima.

Inevitabilidades

O responsável acha que será “inevitável” que as obras dos novos aterros venham a influenciar o ambiente envolvente e a ecologia marinha, apontando que não foi analisada a sobrecarga que os novos aterros vão provocar na canalização da zona. Wei Hanyan referiu ainda o relatório de impacto ambiental da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), que não mencionou o fluxo da água e do ar, bem como o ambiente marítimo antes e depois da conquista ao mar dos terrenos. O responsável preocupa-se que a qualidade da água da zona do Delta do Rio das Pérolas possa ficar prejudicada.
Wei Hanyan acrescentou que as obras dos novos aterros ficam apenas a 10 quilómetros de distância da zona nacional de protecção natural dos golfinhos brancos chineses, sendo que as obras poderão destruir o ambiente ecológico dessa zona, o que levará à morte dos golfinhos.

27 Ago 2015

Broadway organiza festa “Back to School” e premeia mascarados

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Broadway vai organizar uma festa dedicada aos tempos antigos, sob o mote “Back to School”. O certame realiza-se às 21h30 do próximo sábado, no novo complexo de entretenimento do Galaxy. De acordo com a organização, será oferecido um prémio de 1000 patacas aos mascarados com conjuntos mais originais e, claro, terão que estar relacionados com jovens estudantes. A actuar estarão DJ locais, com direito a um desfile no local, concertos ao vivo e entrega de prémios. A festa prolonga-se até às 00h00. “Esta festa de rua divertida e fashion promete trazer o espírito do começo das aulas de forma fresca”, disse. A decisão dos melhores fatos vai ter como base a criatividade, o tema, a atenção ao detalhe e o estilo geral. Os primeiros 500 a chegar terão, assegura a organização, um set de festa gratuito, sem esquecer uma selecção de bebidas especiais entre as 18h00 e as 20h00.

27 Ago 2015

MCD homenageia Gian Luca Loddo com dança e teatro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Centro de Design de Macau apresenta Loddo, um espectáculo de dança, teatro e música desenvolvido por artistas estrangeiros em regime voluntário, maioritariamente integrados no House of Dancing Water, no City Of Dreams (COD). O evento tem lugar às 21h00 de 2 de Setembro e serve para homenagear Gian Luca Loddo, artista do espectáculo do COD que faleceu. “Um grupo de artistas talentosos junta-se para celebrar a sua vida da melhor forma que conhecem: dando um espectáculo intimista e de alta qualidade solidário”, descreve a organização. O evento tem entrada gratuita, mas também uma componente de recolha de donativos aos Samaritanos, entidade não governamental que fornece apoio emocional aos mais necessitados.

27 Ago 2015

Yogaloft | António Conceição Júnior é novo instrutor

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ntónio Conceição Júnior vai ser o novo instrutor de Defesa Pessoal do espaço Yoga Loft, fundado por Rita Gonçalves. “Aprender a cair, conhecer as zonas fortes e frágeis do corpo, e explorar os movimentos básicos dos braços, bacia, pernas e pés são algumas das técnicas que vão ser adquiridas pelos participantes”, explica a organização em comunicado. A reabertura do espaço de aulas vai ser apresentada já este domingo e conta com a presença dos novos professores, incluindo Fátima Hung, instrutora de Pilates formada em motricidade humana. Ao Yoga Loft traz aulas de Pilates com Roller. “Excelente para melhorar a postura e estrutura muscular das costas, nestas aulas os participantes deitam-se sobre um rolo de espuma e põem à prova a coordenação e força num equilíbrio desafiante”, esclarece a organização. O dia aberto tem início às 15h00 e inclui a projecção do documentário Kumare, às 18h00.

27 Ago 2015

New Art Wave Expo este fim-de-semana no Venetian

[dropcap style=’circle’]I[/dropcap]naugura amanhã no Venetian a primeira New Art Wave Expo, a qual decorre até domingo, 30 de Agosto. O evento não só traz uma centena de artistas de 44 institutos de 14 países diferentes, como também vão decorrer cinco seminários. Na feira vão estar presentes trabalhos “com diferentes estilos, géneros e técnicas”. Ung Vai Meng, presidente do Instituto Cultural, vai estar presente na cerimónia de inauguração.

27 Ago 2015

Macau celebra 66º aniversário da RPC com acrobacias de Dalian

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] 66º aniversário do estabelecimento da República Popular da China vai ser celebrado com um espectáculo que reinterpreta a peça “O Quebra-Nozes”, da autoria do Clube Acrobático de Dalian, uma cidade do continente. O grupo tem já o seu valor reconhecido mundialmente, tendo já executado mais de 500 sessões desde 2008. O colectivo foi formado em 1951 e tem actuado numa série de locais, ocupando o palco do Fórum Macau nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro. No espaço cabem 3000 pessoas em cada uma das sessões, custando os bilhetes 200 patacas. No entanto, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, que aponta sábado para a abertura da bilheteira, tem entradas a 50 patacas para portadores de deficiências e seniores. Acrobatas de Dalian
“O Quebra-Nozes” ficou mundial conhecido com a peça de ballet do russo Tchaikovsky. Entre adaptações teatrais, cinematográficas e musicais, o grupo de Dalian, que conta com seis centenas de artistas, vem dar a conhecer uma nova reinterpretação da história. Contudo, o próprio Tchaikovsky readaptou a sua peça do conto original de Ernst Hoffman, “O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos”, escrita no século XVIII. Desta feita, é entre saltos, cambalhotas e outros malabarismos que os membros da companhia trazem a Macau a história de uma menina que quer, como presente de Natal, um quebra-nozes com aparência humana e vestido de soldado. As aventuras são infinitas nesta peça e quem já conhece o trabalho de Tchaikovsky poderá esperar uma banda sonora de excelência ao nível da música clássica e do suspense.

Arte em movimento

Numa entrevista à Rádio Internacional da China, a responsável pelo colectivo, Xu Juan refere que os shows de acrobacia têm tido uma grande expansão recentemente, devido à falta de espectáculos ao vivo. “Diversos espectadores não assistiam pessoalmente shows de acrobacia há muitos anos, vendo apenas apresentações pela TV. Estas pessoas não sabiam bem a tendência de desenvolvimento desta arte”, começou por dizer. “Os programas actuais de acrobacia são bem diferentes dos programas tradicionais, com formas de apresentação mais modernas e elaboradas”, continuou. Já Deng Baojin, vice-presidente da Associação de Acrobatas da China referiu que esta é uma arte que precisa de ser divulgada. “Agora, a acrobacia chinesa já reconheceu a importância da publicidade, mas ainda não investiu muito na área. Eles costumam fazer a divulgação após o espectáculo, ao passo que os grupos estrangeiros são divulgados logo na montagem do show”, justificou Deng. A diferença entre dar um espectáculo antes de o divulgar e de fazer a publicidade é, esclarece, ter, ou não, casa cheia.

27 Ago 2015

“Rich Life” comemora os 12 anos da Creative Macau

Mais de 20 arquitectos, pintores ou designers juntaram os seus trabalhos para a exposição que este fim-de-semana comemora os 12 anos de existência do espaço Creative Macau. “Rich Life” mostra as várias expressões em que Macau se tornou, com riqueza, mas também com sufoco

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]á pouco mais de uma década os turistas eram poucos e as ruas não se preenchiam de rostos com sacos de compras. Há 12 anos, os casinos eram menos e toda a economia era diferente. O crescimento exponencial que Macau tem vindo a registar nos últimos anos é o mote da exposição “Rich Life”, que inaugura amanhã na Creative Macau.
“Temos participantes de diferentes áreas, alguns são arquitectos, pintores e designers. Pensámos na situação actual de Macau, com vidas faustosas, em que a qualidade de vida melhorou para as pessoas locais e para aqueles que chegam com o objectivo de trabalhar e melhorar a própria vida, e com muita gente à volta dos casinos. Queremos entrar no ponto de vista de quem é residente, que são estes membros (da Creative Macau), para que mostrem o que pensam sobre o assunto”, explicou Lúcia Lemos, coordenadora da Creative Macau, ao HM.
No total serão 23 os participantes que irão revelar a sua visão de um território em constante crescimento. “Há algumas propostas figurativas, com pinturas, escultura, instalação. Há representações com o amarelo e o ouro, outros representam o estrangulamento da cidade, das pessoas. Há outros que mostram o ambiente dos casinos e das mudanças a nível urbanístico”, explicou Lúcia Lemos.
Um dos participantes é o arquitecto Adalberto Tenreiro, que parte da Colina da Penha para estabelecer um ponto de comparação com o património de Itália. Ao HM, o arquitecto disse tentar reproduzir as diferentes noções de preservação do património através de desenhos que já foram publicados num jornal.
“Tratam-se de desenhos feitos em Itália, para comparar o património dito de Itália e que é visitado por muitos turistas da Europa e o de Macau, que começou a ser mais visitado nos finais do século XX, e que tem muitas expressões. Itália já está habituada a estas expressões e já toma conta do património desde o século XVIII.”
Lúcia Lemos, ela própria fotógrafa, decidiu não participar na exposição que celebra o aniversário da entidade que coordena desde 2003. “Ainda fiz um trabalho, mas não atingiu a qualidade que queria e achei que não devia participar. Não queria participar por participar.”

Duas velocidades

Mais do que mostrar aquilo em que Macau se tornou, a “Rich Life” simboliza também o crescimento de uma entidade fortemente ligada às indústrias culturais e criativas. Tal como Macau, a Creative Macau tem crescido, mas não tão rápido.
“A cidade cresce a grande velocidade, mas nós não. Tentamos sempre desenvolver-nos de forma suave, porque não há outra maneira. Não há capacidade financeira ou disponibilidade, e as pessoas também têm pouco tempo para criar. Queremos passar a imagem que estamos aqui para promover os locais e que somos um vínculo dessa comunicação. E tem corrido tudo bem”, explicou Lúcia Lemos.
Em doze anos, foram muitas as tentativas de fazer diferente e inovar. Como tal, a coordenadora fala do concurso de vídeo criado em 2010, o “Sound and Image Challenge Festival”.
“Também nos desafiamos a nós próprios e queremos sempre fazer coisas novas, para atrair mais pessoas. Temos de ter uma certa dinâmica se não fica tudo muito aborrecido. Quando estabilizamos, depois de um determinado projecto, queremos outro e às vezes mudamos de direcção”, rematou Lúcia Lemos.
A cerimónia de abertura da mostra terá lugar esta sexta-feira, pelas 18;00 horas na Creative Macau e contará com a actuação ao vivo da banda Concrete Lotus.

27 Ago 2015

Cinco empresas de corretagem investigadas

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas estão a investigar cinco empresas de corretagem, incluindo uma de um banco estatal, por eventuais irregularidades durante as recentes quedas das bolsas na segunda maior economia mundial.
Quatro das companhias anunciaram, na terça-feira, terem recebido notificações da Comissão Reguladora de Valores da China, dando conta da abertura de uma investigação pelas suspeitas de que não verificaram adequadamente a identidade dos seus clientes.
Além disso, a agência oficial chinesa Xinhua informou que oito funcionários da Citic Securities, parte do conglomerado financeiro estatal Citic, também se encontram sob investigação por suspeita de implicação na compra e venda ilegal de valores mobiliários.
Contudo, o organismo oficial de supervisão dos mercados financeiros não emitiu qualquer informação sobre a investigação.
Entre as empresas investigadas figura a Huatai Securities, a maior empresa de corretagem da China em termos de volume de negócio.
Estas investigações surgem no contexto das pesadas perdas sofridas pelas bolsas chinesas.
As autoridades colocaram sob supervisão o trabalho das corretoras no início de Julho, na crise registada nos mercados bolsistas da China durante quatro semanas, sendo que, na altura, o ponto de viragem deu-se precisamente quando foi anunciada a abertura de uma investigação sobre as práticas especulativas.

27 Ago 2015

Xangai encerrou em baixa de 1,2%

[dropcap style=’circle]A[/dropcap] bolsa de Xangai encerrou ontem em terreno negativo, com o anúncio das medidas por parte do banco central chinês a atenuarem as pesadas perdas que marcaram o arranque da semana, mas a revelarem-se insuficientes para inverter a tendência. O Índice Composite de Xangai fechou a cair 37,68 (1,27%), cotando-se nos 2,927.29 pontos, numa sessão muito volátil, iniciada em alta ligeira (0,53%), em que chegou a valorizar até 4,29% e a descer até 3,85%. O principal indicador da bolsa de Shenzhen, a segunda praça financeira da China, caiu 3,05% no encerramento, até aos 1,695.76 pontos.

27 Ago 2015

PM | Metas vão ser cumpridas apesar da crise bolsista

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou estar confiante de que a segunda economia mundial vai cumprir as metas que o Governo fixou para este ano, apesar de reconhecer o impacto da crise bolsista, informaram ontem os ‘media’.
“A China tem confiança para alcançar os seus principais objectivos de desenvolvimento para este ano sob adequadas medidas de reforma para estabilizar e reestruturar a economia”, afirmou Li Keqiang, em declarações reproduzidas hoje pelo jornal oficial China Daily.
As palavras do primeiro-ministro chinês chegam numa altura em que a crise bolsista obrigou o banco central a intervir, esta terça-feira, nomeadamente com um corte nas taxas de juro para acalmar os mercados.Li Keqiang
Li Keqiang reconheceu que a economia chinesa se tem visto afectada pela turbulência nos mercados globais, mas defendeu que os seus pilares se mantêm “estáveis” e que o gigante asiático vai manter um ritmo de crescimento “razoável”.
“Ainda temos margem para aplicar mais políticas macroeconómicas e a China tem um mercado interno enorme”, recordou.

Pelos ajustes

Li Keqiang também defendeu as recentes desvalorizações do yuan – adoptadas este mês pelo banco central chinês – que se fizeram acompanhar de uma reforma no sistema cambial, ao garantir que depois dessas “melhorias” a taxa de câmbio da moeda chinesa se ajusta mais em relação ao seu valor de mercado.
Após esta correcção, acrescentou, não há base para uma contínua depreciação do yuan.
“Esse ajustamento também foi realizado como parte dos esforços reformistas que a China está a levar a cabo”, assinalou, insistindo que as depreciações foram consequência do desenvolvimento dos mercados financeiros internacionais.
A segunda economia mundial manteve um crescimento de 7% no segundo trimestre de 2015, excedendo várias previsões internacionais, e confirmando a “nova normalidade” defendida pelo governo chinês.
Aquele valor (7%), que coincide com a meta apontada pelo governo chinês, excede também a previsão do Fundo Monetário Internacional acerca do crescimento económico da China em 2015 (6,8%).
Comparando com igual período do ano anterior, o crescimento da economia chinesa no primeiro semestre de 2015 abrandou 0,4 pontos percentuais.
Se aquele valor (7%) se mantiver ao longo do ano, será o mais baixo do último quarto de século.
Na última década, a economia chinesa cresceu em média 9,9% ao ano e em 2010 tornou-se a segunda maior do mundo, à frente do Japão e da Alemanha.

27 Ago 2015

Tailândia destrói mais de duas toneladas de marfim

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Tailândia destruiu ontem mais de duas toneladas de marfim, uma vitória para os grupos de defesa dos animais que lutam contra o comércio ilegal de presas que tem vindo a empurrar os animais para a extinção.
O acto, em que um triturador industrial destruiu 2.155 quilogramas de marfim antes da incineração, foi presidido pelo líder da junta militar Prayu Chan-O-Cha. Foi a primeira vez que Banguecoque adoptou medidas para destruir parte do seu arsenal.
“Isto é para mostrar a forte determinação do governo tailandês na oposição ao tráfico de marfim e que a Tailândia vai cumprir com as regras internacionais”, afirmou, durante a cerimónia.
Os defensores dos direitos dos animais acusam há muito tempo os sucessivos governos da Tailândia – civis e militares – de fechar os olhos ao lucrativo negócio.
Os activistas têm vindo a pressionar Banguecoque para destruir o seu ‘stock’, como prova da sua determinação em eliminar o risco de o marfim que é apreendido pelas autoridades voltar a entrar no mercado negro por via de funcionários corruptos.
O aumento da procura de marfim na Ásia é apontado como estando na origem da subida do número de elefantes mortos em África, dado que as autoridades não conseguem desmantelar as redes de contrabando.

Presas apreendidas

A imprensa estatal do Vietname também noticiou ontem que, nos últimos dias, foram feitas duas grandes apreensões de presas de elefante importadas ilegalmente para o país.
Na mais recente foi apreendida uma “grande quantidade”, não especificada, de presas escondidas em sacos de feijão vermelho num contentor procedente da Malásia, isto depois de, na semana passada, terem sido apreendidas duas toneladas oriundas da Nigéria.
Em meados deste mês, as alfândegas do Vietname apreenderam 735 quilos de marfim e cornos de rinoceronte no porto de Tien Sa, na cidade de Da Nang, provenientes de Moçambique.
Segundo o diário vietnamita Tuoi Tre News, que citou um comunicado oficial, o marfim e os cornos de rinoceronte estavam escondidos dentro de blocos de mármore falso, depois de terem sido desembarcados em dois contentores transportados num navio.
Vários cidadãos do Vietname têm sido detidos nos últimos anos em Moçambique, na posse de dentes de marfim e cornos de rinoceronte, contrabandeados para aquele país asiático, onde se acredita que os mesmos têm propriedades terapêuticas.
O marfim e cornos de rinocerontes contrabandeados em Moçambique são extraídos de animais abatidos na caça furtiva no país, mas principalmente na África do Sul, onde as autoridades locais destacaram o exército para o combate ao abate ilegal de elefantes e rinocerontes.

27 Ago 2015

VÁ-SE LÁ ENTENDER…

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] falta de uma “silly season” a que fiz referência na semana passada neste espaço veio parir mais um monstro. Numa iniciativa que deverá ter tudo de original à escala global, os “patrões” vão sair à rua a protestar contra os “empregados”, ou neste caso “empregadas” – em Macau os empregadores marcaram para este domingo uma manifestação contra as suas empregadas domésticas. Não é engano, e penso que nada ficou perdido na tradução: centenas de pessoas vão protestar contra outras que colocaram a trabalhar na sua casa de forma completamente voluntária. Não sei que “slogans” e outras palavras de ordem se vão escutar nessa tal manifestação, mas suspeito que não será “não me limpem a casa”, ou “deixem os meus filhos esquecidos no infantário”, isso é que era. Este é mais um daqueles casos em que se exige “que alguém faça alguma coisa”. Quem e o quê, isso já não é problema deles, que já fizeram o que lhes competia, que é protestar. A parte do “deitar abaixo” está feita, agora que “alguém” se encarregue de fazer o resto.
Esta iniciativa, que só pode ser catalogada de “absurda”, partiu de uma tal Associação de Empregadores dos Serviços Domésticos, e tem como mote um caso isolado, onde uma ajudante familiar de origem vietnamita terá maltratado uma criança pequena, que tinha a seu cargo. O bom senso diz-nos que este é um caso de polícia, e generalizar seria cair no ridículo – deviam todas as mulheres deixar os seus maridos com o pretexto de um caso de violência doméstica, por exemplo? Mas o bom senso não é para aqui chamado, e é por demais evidente que existirão outras razões que não essa para que tanta gente prestar-se a esta triste figura, que nem de “hipocrisia” se pode classificar, de tão surrealista que é. O que vai dizer um patrão que participe desta arruada à sua empregada? “Olha, no Domingo vou-te rogar mil pragas, mas isso não quer dizer que na segunda tens folga, estás a ouvir? Quero-te aqui às oito em ponto, como costume. Ah sim, é verdade: VOLTA PARA O TEU PAÍS, DESGRAÇADA!”.[quote_box_left]Não sei que “slogans” e outras palavras de ordem se vão escutar nessa tal manifestação, mas suspeito que não será “não me limpem a casa”, ou “deixem os meus filhos esquecidos no infantário”, isso é que era. Este é mais um daqueles casos em que se exige “que alguém faça alguma coisa”. Quem e o quê, isso já não é problema deles[/quote_box_left]
Nós, comunidade portuguesa, sempre na linha da frente do sentimento humanista na sua vertente “respeita os mais fracos e os oprimidos, ou levas na tromba”, fomos os primeiros a manifestar indignação por isto, que não fica muito atrás daqueles exemplos horrendos de que a História é fértil, desde cristãos a judeus, passando por ciganos, pretos, mulheres no Islão, etc, etc, etc. Não nos fica mal indignarmo-nos, não senhora, até porque não custa nada: é só falar, ou escrever, agitar o punho, chamar “selvagens” a estes, “racistas” e “xenófobos” aos outros, e lá ficamos de consciência tranquila. Deve ser a mesma coisa que sentem os participantes da manifestação do próximo domingo, no fundo: não gostam das empregadas, não as querem cá, mas não podem passar sem elas. No fundo funciona um pouco como um acto de auto-flagelação, um processo em que se expiam os pecados, os seus, e os dos outros, e vão ficar ali a marrar na parede até que alguém repare e diga “Epá, afinal sempre é verdade, vocês estão mesmo MUITO chateados.Maid of salem
Há coisas, como estas e muitas outras, que nunca vamos entender, pois não são para serem entendidas por nós. É a “cosadeles”, que é como a “cosanostra”, mas só que “é deles”. Aqui em Macau, onde não existe um “SOS racismo” e afins (e ainda bem, livra!), convivem no mesmo espaço vários nacionalidades e etnias, as coisas são estruturadas desta forma, há os que são de cá, e os que vêm de fora, e isto percebe-se a olho nu. Um filipino que tenha nascido em Macau, filho de pais filipinos, mas que tenha estatuto de residente, e como tal os mesmos deveres e direitos da família Chan, Leong ou Wong, não se livra de ouvir um “volta mas é para a tua terra”, na eventualidade de “pisar a cauda” a um outro residente como ele, mas que à vista desarmada não se dá conta desse facto – e nem precisa, para quê? Afinal quantos de nós também já não se deu a dizer cobras e lagartos de um grupo de milhões, apenas porque dois ou três destes nos tramaram numa ou noutra circunstância? Se quiserem um exemplo, basta recordar que 1500 milhões de pessoas em todo o mundo, um quarto da humanidade, professa a religião muçulmana – serão todos eles “gajos de quem só queremos distância”?
Não concordo que os chineses em geral sejam racistas, ou que alguma vez tenham sido. São etnocêntricos, isso sim, e para eles existe a China e os chineses, e depois o resto do mundo, que é habitado pelos “estrangeiros”. Mesmo que alguém tenha nascido na China, mas com outra ancestralidade, aos olhos dos chineses nunca será um deles, e o mesmo se aplica aos mestiços, ou alguém que não tenha uma linhagem familiar completamente chinesa. Contudo não os vejo deixar de interagir com os tais “estrangeiros”, e como censurar? Eles são assim, tal como os seus pais já eram, e os pais destes, e não sabem ser outra. É muito despeito, na minha humilde opinião, querer aplicar as valências adquiridas pela nossa culturização a quem nasceu, cresceu e vive num mundo completamente à parte do nosso, e onde o valor da vida humana tem outra cotação. Achamos graça aos aspectos mais exóticos desta cultura, mas não percebemos nem queremos aceitar o reverso da medalha. E vá-se lá entender porquê…

27 Ago 2015

Da impunidade política na Guiné-Bissau

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] nova crise política na Guiné-Bissau faz levantar dúvidas, uma vez mais, sobre a adequação do quadro jurídico-constitucional em vigor no país com a realidade sócio-política guineense. Esta é uma questão que tem sido levantada em tempos de confrontação política ou na sequência de mais um golpe de Estado. Desta vez, a crise colocou o Presidente da República eleito pelo PAIGC, José Mário Vaz, contra o líder do PAIGC e primeiro-ministro demitido, Domingos Simões Pereira, e a nomeação de um governo de iniciativa presidencial, chefiado por Baciro Djá, ex-ministro da Presidência do Conselho de Ministros que se incompatibilizou com o antigo secretário-executivo da CPLP. Tudo por alegada corrupção e incompetência do executivo.
As crises político-securitárias têm-se repetido na Guiné-Bissau como em poucos outros países da África Ocidental. A história regista o facto de que, desde as primeiras eleições multipartidárias em 1994, não houve nenhuma legislatura que chegasse ao fim nem um Presidente da República que completasse o seu mandato. As razões para que isso tenha acontecido e continue a acontecer, 31 anos depois do primeiro acto eleitoral e 42 anos após a independência, são várias e têm sido apontadas nos últimos anos pelos mais diversos comentadores. As consequências directas são os golpes de Estado e os assassínios, mas o analfabetismo, o tribalismo, a incapacidade de diálogo entre os vários protagonistas políticos são alguns dos problemas que os diversos analistas têm identificado como causas estruturantes da instabilidade permanente que tem marcado a Guiné-Bissau pós-colonial.
Uma das principais questões que enquadram o problema da recorrente instabilidade da Guiné-Bissau foi salientada pelo ex-representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas no país, José Ramos-Horta, quando há dias, nas páginas do Público, apontou o dedo a um dos mais recentes legados lusos, a influência jurídico-constitucional: “A crise resulta de uma Constituição que foi cozinhada em Portugal, sem qualquer consideração à realidade social da Guiné-Bissau, mas encomendada e absorvida na Guiné-Bissau, logo a seguir ao derrube do Presidente Amílcar Cabral. A partir desse primeiro golpe nunca mais conheceu paz.”
Antevendo as dificuldades que poderiam existir entre o poder presidencial e o executivo, Ramos-Horta, diz o próprio, procurou deixar um conselho ao Presidente Vaz, quando deixou a chefia da missão da ONU na Guiné-Bissau: “Esse modelo Constitucional não desculpa tudo. A crise tem a sua génese no Palácio Presidencial, num Presidente que, mau grado as prerrogativas ou limitações dos seus poderes, devia acima de tudo ser o mediador, homem de diálogo, fazedor de consensos. Foi o que aconselhei o Sr. Presidente José Mário Vaz a ser: o homem do diálogo, o apaziguador. Obviamente ele não ouviu. Ou ouviu mas sucumbiu a tentação e resvalou pelo mesmo trilho muito perigoso por onde passou outros Presidentes de triste memória.”[quote_box_right]O reconhecimento da diferença e das especificidades sócio-culturais de países como a Guiné-Bissau deve ser o primeiro passo para se encontrar uma estrutura jurídico-política que permita a estabilidade, elemento essencial do desenvolvimento.[/quote_box_right]
Político experiente, Ramos-Horta sabe do que fala quando refere que o modelo jurídico-constitucional guineense não se adapta à cultura sócio-política do país. Afinal, a Guiné-Bissau, como Timor-Leste mais de duas décadas depois, adoptou um sistema político inspirado no modelo semipresidencialista português. Tanto num caso como no outro, assessores portugueses estiveram por detrás das propostas que haveriam de ser consagradas em lei.
A lógica do Presidente-mediador, apagador de fogos, proponente de compromissos é uma marca do sistema presidencialista. Uma marca que tem estado ausente da Guiné-Bissau de Vaz, como esteve ausente em Timor-Leste, em 2006, quatro anos depois da independência, quando Xanana Gusmão era o Presidente e o país, dividido entre dois grupos étnicos, esteve à beira de uma guerra civil.
A questão constitucional está há muito identificada. Foi um dos problemas elencados, por exemplo, durante as duas dezenas de conferências organizadas pela Assembleia Nacional Popular, com o apoio do então Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, “Caminho para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento”, que procurou fazer o diagnóstico das principais causas de conflitos na Guiné-Bissau e avançou propostas para a sua resolução. Nesse documento, os que sugeriam a introdução do presidencialismo – o modelo em vigor nos vizinhos continentais da Guiné-Bissau, quer anglófilos quer francófonos – faziam-no “como forma de evitar conflitos de competências entre os titulares dos órgãos de soberania”. A principal fonte de problemas identificada, no entanto, foi outra: uma certa cultura de impunidade, que propiciou assassínios políticos, a descredibilização do Estado, o tráfico de droga.
O reconhecimento da diferença e das especificidades sócio-culturais de países como a Guiné-Bissau deve ser o primeiro passo para se encontrar uma estrutura jurídico-política que permita a estabilidade, elemento essencial do desenvolvimento.Shat in Africa
No que ao impasse constitucional diz respeito, muitos não querem ver o problema. Parte da elite guineense foi formada em Portugal e não quer sequer abrir a porta à discussão, aparentando ser imune às lições da história, que nos mostram que, também no processo de consolidação democrática de Portugal, a tensão entre o poder presidencial e o poder executivo foi motivo de instabilidade.
Outros aproveitam o actual quadro para dar razão aos que proclamam que existe uma espécie de poder à africana que tem alergia ao Estado de Direito e aos direitos das minorias, em que o Presidente usa o seu poder absolutamente numa lógica de total sobreposição da pessoa do Presidente ao Estado, na qual a concepção republicana do Estado está ausente.
Ao optar por isolar Simões Pereira, um político reputado – que congregou o apoio da chamada “comunidade internacional”, de quem recebeu a promessa, há apenas cinco meses, da doação de mil milhões de euros de ajuda ao desenvolvimento – vai no caminho de perpetuar a instabilidade. As pequenas conquistas do último ano, tão celebradas pelos guineenses quer na sua terra quer na diáspora, vão ser todas postas em causa. Afinal, foi só agora, nos últimos meses, que Bissau, pela primeira vez em muitos, muitos anos, passou a ter electricidade 24 horas por dia.
Vaz está no lado errado da história.

27 Ago 2015