Macau celebra 66º aniversário da RPC com acrobacias de Dalian

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] 66º aniversário do estabelecimento da República Popular da China vai ser celebrado com um espectáculo que reinterpreta a peça “O Quebra-Nozes”, da autoria do Clube Acrobático de Dalian, uma cidade do continente. O grupo tem já o seu valor reconhecido mundialmente, tendo já executado mais de 500 sessões desde 2008. O colectivo foi formado em 1951 e tem actuado numa série de locais, ocupando o palco do Fórum Macau nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro. No espaço cabem 3000 pessoas em cada uma das sessões, custando os bilhetes 200 patacas. No entanto, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, que aponta sábado para a abertura da bilheteira, tem entradas a 50 patacas para portadores de deficiências e seniores. Acrobatas de Dalian
“O Quebra-Nozes” ficou mundial conhecido com a peça de ballet do russo Tchaikovsky. Entre adaptações teatrais, cinematográficas e musicais, o grupo de Dalian, que conta com seis centenas de artistas, vem dar a conhecer uma nova reinterpretação da história. Contudo, o próprio Tchaikovsky readaptou a sua peça do conto original de Ernst Hoffman, “O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos”, escrita no século XVIII. Desta feita, é entre saltos, cambalhotas e outros malabarismos que os membros da companhia trazem a Macau a história de uma menina que quer, como presente de Natal, um quebra-nozes com aparência humana e vestido de soldado. As aventuras são infinitas nesta peça e quem já conhece o trabalho de Tchaikovsky poderá esperar uma banda sonora de excelência ao nível da música clássica e do suspense.

Arte em movimento

Numa entrevista à Rádio Internacional da China, a responsável pelo colectivo, Xu Juan refere que os shows de acrobacia têm tido uma grande expansão recentemente, devido à falta de espectáculos ao vivo. “Diversos espectadores não assistiam pessoalmente shows de acrobacia há muitos anos, vendo apenas apresentações pela TV. Estas pessoas não sabiam bem a tendência de desenvolvimento desta arte”, começou por dizer. “Os programas actuais de acrobacia são bem diferentes dos programas tradicionais, com formas de apresentação mais modernas e elaboradas”, continuou. Já Deng Baojin, vice-presidente da Associação de Acrobatas da China referiu que esta é uma arte que precisa de ser divulgada. “Agora, a acrobacia chinesa já reconheceu a importância da publicidade, mas ainda não investiu muito na área. Eles costumam fazer a divulgação após o espectáculo, ao passo que os grupos estrangeiros são divulgados logo na montagem do show”, justificou Deng. A diferença entre dar um espectáculo antes de o divulgar e de fazer a publicidade é, esclarece, ter, ou não, casa cheia.

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