Hoje Macau Manchete SociedadeMangkhut | Serviços públicos encerrados amanhã [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap] ace ao “grave impacto” provocado pelo super tufão Mangkhut, todos serviços públicos vão estar encerrados amanhã (segunda-feira), estando os funcionários públicos dispensados de ir trabalhar, de acordo com um despacho emitido pelo Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On. São excepções os serviços públicos integrados na estrutura de Protecção Civil e os de representação no exterior, indica um comunicado divulgado hoje pelo gabinete do porta-voz do Governo. Através do portal do Governo (www.gov.mo). Os cidadãos, incluindo os funcionários públicos, podem obter atempadamente informações sobre os serviços prestados e o funcionamento dos serviços públicos durante as situações de emergência, bem como sobre a reabertura dos serviços públicos e o regresso dos trabalhadores ao serviço.
Hoje Macau DesportoMaratona | Inscrições adiadas devido a tufão [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s inscrições para a Maratona Internacional de Macau foram adiadas para o fim-de-semana de 22 e 23 de Setembro, segundo um comunicado do Instituto do Desporto. Assim, as inscrições para a Maratona e Meia-Maratona, que inicialmente estavam agendadas para 15 de Setembro, vão realizar-se no dia 22 de Setembro, sábado, entre a partir das 09h. Já as inscrições para a Mini-Maratona, agendadas para 16 de Setembro, vão realizar-se a 23 de Setembro, começando às 09h. No total, existem 12 mil vagas, 1.600 para a Maratona, 4.600 para a Meia-Maratona e 5.800 para a Mini-Maratona.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato | Apoios de curto prazo às PME ascenderam a 2.383 milhões de patacas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (FDIC) gastou 2.383 milhões de patacas nas duas medidas de apoio a curto prazo destinadas às pequenas e médias empresas que lançou após a passagem do tufão Hato. De acordo com dados facultados pelo FDIC ao HM, foram aprovados 13.251 pedidos relativos ao abono (de até 50 mil patacas), representando 91,2 por cento do total de requerimentos formulados, envolvendo aproximadamente 573 milhões de patacas. Já ao abrigo do plano de apoio especial (uma linha de crédito, sem juros, até ao montante máximo de 600 mil patacas) foram aprovados 5.788 pedidos, correspondendo a 87,2 por cento das candidaturas apresentadas, num montante global na ordem dos 1.830 milhões de patacas. As pequenas e médias empresas representam mais de 90 por cento do tecido empresarial de Macau. Estimativas divulgadas pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em Fevereiro, indicam que os prejuízos económicos causados pelo Hato atingiram 12,55 mil milhões de patacas (9,05 mil milhões em directos e 3,50 mil milhões em indirectos).
Diana do Mar Manchete SociedadeTufão Hato | Um ano depois Faz hoje um ano que o tufão Hato atingiu Macau com uma força sem par em mais de meio século. Dez vidas perderam-se no caos de uma cidade paralisada com graves inundações e generalizados cortes de electricidade e de água, com o rasto de destruição a deixar a descoberto as fragilidades da capacidade de resposta a catástrofes e um sentimento de impotência. Para memória futura, fica o filme dos acontecimentos [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]ia 23 de Agosto de 2017. Quando amanheceu Macau estaria longe de imaginar que estaria diante um longo e trágico dia. Os acontecimentos desenrolaram-se rapidamente muito cedo: num intervalo de apenas duas horas e meia, o sinal 8, hasteado às 09h, passou a 9 e, logo depois, a 10, alcançando o máximo da escala, um cenário nunca visto desde que o York assolou o território em 1999 mesmo às portas da transferência do exercício de soberania. Ao habitual encerramento das pontes ao trânsito e ao cancelamento de ligações marítimas e aéreas juntou-se o fecho temporário de fronteiras que deixou a cidade isolada. Imagens a mostrar a dimensão dos estragos, um pouco por todo o lado, multiplicavam-se nas redes sociais, que acabaram por transformar-se numa ferramenta importante ao serviço da informação. Isto porque parte da população esteve sem acesso ou com acesso intermitente aos canais de rádio e televisão da TDM, a principal aliada da Protecção Civil, através da qual comunica com a população, enviando alertas sobre a intensidade do tufão, circulação de transportes, dados sobre feridos e mortos, zonas perigosas, além de informações sobre o encerramento dos serviços públicos e escolas. O grande embate chegou com as notícias das primeiras mortes. Embora acostumada a uma média de cinco a seis tempestades tropicais por ano, Macau não ficava de luto desde 1983, ano em que o Ellen fez mais de uma dezena de vítimas mortais, grande parte em naufrágios de juncos no Porto Interior. O balanço oficial viria a fechar com dez mortos, quatro dos quais encontrados em parques de estacionamento, tornando o Hato no tufão que o maior número de vidas ceifou no século XXI. A pujança do Hato ficou patente em centenas de incidentes. Quedas de objectos suspensos, como reclames, toldos ou placas metálicas, bem como nas centenas de janelas arrancadas, ou nas milhares de árvores devastadas passaram a fazer parte da paisagem. Ocorrências que resultaram em mais de 240 feridos, a esmagadora maioria ligeiros. O Hato foi mesmo o mais forte tufão em 53 anos, apenas batido pelo Ruby (1964), cujos ventos atingiram 211 quilómetros por hora. Ainda assim, um recorde que foi ultrapassado no ano passado na estação da Taipa Grande, onde a rajada máxima atingiu 217,4 quilómetros por hora, de acordo com um relatório publicado pelos SMG. Sem luz e sem água Pela hora de almoço deu-se um apagão generalizado. O fornecimento de energia foi sendo reposto gradualmente, com a prioridade a ser dada às habitações. Dias depois ainda havia zonas às escuras, como o Fai Chi Chei, devido aos danos causados pelas inundações nos postos de transformação. Os cortes de electricidade e as inundações também obrigaram ao fecho de casinos, um feito raro na capital mundial do jogo, afeita a funcionar 24 horas por dia. Seguiu-se o corte no abastecimento de água na sequência da inundação da Estação de Tratamento de Água da Ilha Verde, que deixou metade da população sem acesso a água canalizada. Com as torneiras a seco dias a fio, os residentes acorreram em massa às bocas-de-incêndio, uma das poucas formas de suprirem necessidades urgentes, atendendo a que a água engarrafada desapareceu das prateleiras, na sequência de uma corrida aos supermercados e estabelecimentos comerciais. As filas mudaram-se depois para os pontos temporários de abastecimento estabelecidos pelo Governo, complementados pela distribuição itinerante de água, assegurada por camiões-tanque. Já nas ruas a água abundava. Afinal, quase um terço de Macau (29 por cento) ficou inundada, evidenciando o fracasso de medidas de protecção e obras contra as cheias, empreendidas três anos antes. O Porto Interior, apesar de familiarizado com inundações, foi particularmente fustigado, estimando-se que o nível da água tenha alcançado os 5,5 metros. Todos os sinais de tempestade tropical foram baixados sensivelmente 12 horas depois, mas muito estava por fazer depois daquela quarta-feira negra, com os destroços, envoltos em lama, a tomarem conta da cidade. Dois dias depois saem à rua militares da Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo Chinês (ELP), num acto inédito desde a transição. Mil soldados participaram nos trabalhos de resposta à catástrofe, regressando ao quartel ao fim de três dias, a 28. Na véspera, porém, ainda a cidade não estava recuperada do Hato, chega um novo tufão: o Pakhar. Apesar de ter sido mais brando, trouxe intensas chuvas que encharcaram o que custara enxugar, dificultando as tarefas de limpeza. Com a aproximação iminente da nova tempestade foi reforçada a urgência de escoar, particularmente por razões de saúde pública, as toneladas de lixo amontoado. Na corrida contra o tempo foram fundamentais os milhares de voluntários que montaram uma gigantesca operação de limpeza nas zonas mais fustigadas pela intempérie, num movimento sem precedentes. O pós-tufão A calamidade, que as autoridades designam como “incidente”, levou o Chefe do Executivo a pedir desculpas à população. “Embora tenhamos feito previsões e tomado medidas preventivas face a este desastre não podemos deixar de reconhecer que o que foi feito não foi suficiente. Aqui, em nome do Governo da RAEM, peço imensas desculpas à população”, declarou Fernando Chui Sai On. Apesar de o Governo admitir falhas, há deputados que entendem que ficaram por apurar responsabilidades políticas, dado que o director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) foi o único a cair. Fong Soi Kun, que dirigia os SMG desde 1999, apresentou a demissão um dia depois da passagem do Hato. No entanto, a sua actuação viria a ser alvo de um inquérito, com o Chefe do Executivo a decidir aplicar-lhe o castigo máximo a que estava sujeito – a demissão – a qual se traduz na suspensão da reforma durante quatro anos, dado que já estava aposentado quando o processo disciplinar foi instaurado. Fong Soi Kun decidiu contestar na justiça o processo disciplinar que lhe foi movido. Em Junho, o Tribunal de Segunda Instância aceitou a providência cautelar apresentada pela defesa de Fong Soi Kun, o que lhe permite continuar a receber a pensão mensal de aproximadamente 80 mil patacas até que haja uma decisão final.
Hoje Macau China / ÁsiaMeteorologia | Pelo menos nove mortos na passagem do tufão Rumbia [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]elo menos nove pessoas morreram na China, na sequência da passagem do tufão Rumbia, que atingiu o centro e leste do país, onde afectou quase quatro milhões de pessoas e causou prejuízos económicos. Sete das vítimas mortais foram registadas na cidade de Xuzhou, onde 18 pessoas ficaram feridas. Na mesma área, o tufão destruiu 1.800 casas e 68.000 hectares de terra cultivada. Na província de Anhui, nove cidades e 33 condados foram também atingidos por fortes chuvas, que causaram pelo menos um morto e 13 feridos, segundo as autoridades locais. Mais de 1,7 milhão de pessoas e quase 243 hectares de terra cultivada foram afectados em Anhui, fixando as perdas económicas directas em mais de 140 milhões de euros. Na província vizinha de Henan, registou-se também um morto, enquanto os prejuízos ascendem a 25,2 milhões de euros. Três estações meteorológicas locais registaram precipitações superiores a 500 milímetros, enquanto a precipitação diária bateu recordes em oito estações da província.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Dezenas de voos cancelados em Tóquio devido a tufão [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ais de 100 voos foram ontem cancelados em dois dos principais aeroportos de Tóquio, devido à aproximação de um tufão da capital japonesa e com a chuva a começar a fustigar a cidade. Segundo os meios de comunicação social locais, mais de 130 voos foram cancelados nos dois principais aeroportos de Tóquio. O tufão Shanshan poderá atingir os 125 quilómetros por hora e com rajadas de vento até aos 180 quilómetros por hora. O impacto da tempestade foi sentido em Tóquio e áreas vizinhas durante a noite de ontem, antes de subir a costa do Pacífico para o nordeste do Japão.
Hoje Macau SociedadeTufões | Autoridades de Macau anunciam conclusão do sistema de alerta [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram ontem a conclusão de um conjunto de sistemas de alerta para tufões e inundações, no âmbito de vários esforços realizados para a prevenção e redução de catástrofes. Os equipamentos podem entrar “em funcionamento já este mês”, uma vez que a instalação foi concluída “antes do tempo previsto”, lê-se num comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social. A época de tufões arrancou em Junho e prevê-se que termine em Outubro. Na zona baixa ao longo da costa oeste das três penínsulas (Macau, Taipa e Coloane), os noventa postes do sistema de videovigilância foram equipados com avisos sonoros, capazes de cobrir uma área de entre 50 e 100 metros, indicou o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), de acordo com o comunicado. Foram também instalados altifalantes nos carro-patrulha para emitir as informações da proteção civil em três línguas: chinês, português e inglês, refere a mesma nota. O comunicado avança ainda que a Protecção Civil optimizou as plataformas de divulgação de informações meteorológicas, para que estas cheguem a todos de forma atempada. “Além de se aproveitar a forma tradicional de divulgação, como por exemplo a página electrónica, rádio, televisão, entre outros, são utilizadas as redes sociais, tais como Wechat e Facebook”, avança o comunicado. Segundo as autoridades, os sistemas serão activados sempre que accionado o nível 3 ou superior do aviso de ‘Storm Surge’.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão | Son-Tinh paralisa Hainão depois de inundar norte das Filipinas O tufão Son-Tinh, o nono deste ano, tocou terra com ventos de até 23 m/s no centro da tempestada às 4h50 desta quarta-feira em Wanning, informaram as autoridades de meteorologia da Província de Hainão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Son-Tinh movia-se a até 40 km/h quando tocou terra. As previsões meteorológicas previam que a tempestade se deslocasse para oeste a uma velocidade de 25 km/h e deixasse a ilha do sul da China, de acordo com informação veiculada pela Xinhua. A passagem do tufão Son-Tinh por Hainão afectou o funcionamento normal da rede de transportes, nomeadamente os comboios de alta velocidade cuja circulação foi cancelada até ao meio-dia de ontem. Também os serviços de barco no Estreito Qiongzhou, entre Hainão e Guangdong, pararam às 16h de terça-feira, e foi lançado um alerta para todas as embarcações pesqueiras voltarem para os portos. Antes de chegar ao sul da China, passando ao lado de Macau sem provocar qualquer tipo de estragos, o tufão Son-Tinh, ainda enquanto tempestade tropical, deixou o norte das Filipinas em estado de alerta. Quase oito mil pessoas tiveram que ser retiradas das suas casas nas últimas 24 horas no norte das Filipinas devido às inundações causadas pela tempestade tropical, segundo fontes oficiais. O Conselho Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (NDRRMC) indicou que os serviços de emergência atenderam 7880 pessoas, dando-lhes cobertores e alimentos e, destes, 647 foram alojados em abrigos. Alto risco As áreas mais afectadas pela tempestade foram as províncias de Bataan, Pampanga e Zambales, localizadas no centro da ilha de Luzon, onde se concentram 7437 pessoas retiradas de suas casas, segundo a mesma agência. Em Manila, no sul de Luzon, há cerca de 473 pessoas que tiveram de deixar as suas casas por causa da subida das águas em vários distritos da capital, como Quezon, Mandaluyong ou Marikina, onde o rio com o mesmo nome subiu para os 17 metros e entrou em risco de transbordar. A agência meteorológica PAGASA mantém o alerta laranja devido às chuvas nas províncias de Bataan e Zambales, uma vez que se está a formar uma nova depressão tropical que se aproxima da zona leste. A PAGASA indicou que é provável que a depressão, baptizada de Inday, se torne uma tempestade tropical nas próximas 24 horas e alertou para o alto risco de inundações naquela parte de Luzon. As regiões de Manila, Rizal, Pampanga, Tarlac, Bulacan e Nueva Ecija estão em alerta amarelo, o que significa que as chuvas fortes e moderadas podem ocorrer nas próximas horas e há risco de inundação nas áreas mais baixas.
Hoje Macau China / Ásia MancheteFilipinas elevam alerta de inundações por causa de tempestade tropical [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] tempestade tropical Son-Tinh intensificou-se hoje depois de passar pela ilha de Luzon, no norte das Filipinas, onde as autoridades elevaram o alerta de inundações por causa das novas chuvas das monções. O tufão vai passar por Macau, prevendo-se o levantamento do sinal 3 até às 19h00 de hoje. A Agência Meteorológica das Filipinas (PAGASA) declarou o alerta laranja nas províncias de Metro Manila, Bulacan, Bataan e Batangas, onde as águas subiram. Em Manila, as áreas mais baixas sofreram inundações durante a manhã, causando engarrafamentos de trânsito. Por isso, o governo filipino decretou a suspensão das aulas em todas as escolas públicas nas áreas de alerta de laranja, bem como o trabalho nos escritórios do governo. O nível da água no rio Marikina atingiu 15,8 metros acima do nível do mar. Se atingir os 17 metros, as autoridades vão retirar as pessoas que moram juntam ao rio. As inundações e as chuvas fortes também causaram atrasos e cancelamentos nos comboios e nos voos domésticos. Além disso, as províncias de Rizal, Cavite, Pampanga e Zambales – também localizadas na ilha de Luzón – estão sob alerta amarelo, onde choveu muito e há risco de inundações. As monções também afetam as ilhas de Mindoro, Palawan e as Visayas ocidentais, na região central do arquipélago.
Diana do Mar Manchete SociedadeFarol da Guia | Mastro com sinais de tempestade derrubado pelo tufão Hato ainda por repor O Farol da Guia continua sem o mastro usado para içar os sinais de tempestade tropical, que se partiu na sequência da passagem do Hato. A obra de reparação deve ser concluída dentro de dois meses, ou seja, em plena temporada de tufões [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Farol da Guia continua sem o mastro usado para içar os sinais de tempestade tropical, derrubado há oito meses pelo tufão Hato. A informação foi confirmada pela Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) ao HM. A reparação, que entretanto foi adjudicada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), vai demorar dois meses. A obra de reparação do mastro foi adjudicada, no início do mês, à Companhia de Engenharia C & S Limitada por 106.100 patacas, o valor mais baixo entre as cinco empresas alvo de consulta escrita pela DSSOPT. As propostas das cinco empresas, das quais uma acabou por não ser admitida, oscilavam entre 106.100 e 680.000 patacas. Apesar da diferença de preços, todas as empresas propuseram um prazo de execução de 60 dias. Segundo o calendário, a obra de reparação só deve ficar concluída no final de Junho, apesar da temporada de tempestades tropicais ir de Maio a Novembro. De acordo com previsões recentes da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), Macau vai registar entre cinco e sete tufões este ano, devendo o primeiro chegar em meados de Junho. Os sinais de tempestade tropical são erguidos no Farol da Guia, o mais antigo do Extremo Oriente, para alertar a população da aproximação das intempéries e sobre a sua intensidade. Depois de o mastro se ter partido com o Hato, o tufão seguinte, que chegou três dias depois, o Pakhar, foi o primeiro a atingir Macau sem que ali tenham sido hasteados os respectivos sinais físicos. Um feito único pelo menos nas últimas duas décadas, indicou, na altura, a DSAMA. O Farol da Guia não é, no entanto, o único local onde os sinais físicos são içados em Macau, podendo também ser avistados na Fortaleza do Monte. A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, hasteados tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos. Esse sistema de aviso por código de sinais numerados foi adoptado pela Capitania dos Portos (actual DSAMA) em 1912, “em consonância com os sistemas usados nas zonas costeiras da China e de Hong Kong”, segundo dados constantes do catálogo de uma exposição realizada, em 2014, pelo Arquivo Histórico, subordinada àquele que constitui o “mais comum desastre natural que ameaça Macau”. Mas, nem sempre foi assim. Em tempos idos “o aviso de aproximação dos tufões aos habitantes e gentes do mar era feito com hasteamento de bandeira e com tiros de canhão quando o ciclone caía sobre a cidade”. Novo código de sinais A escala mantém-se, mas desde 12 de Abril encontra-se em vigor uma ordem executiva com um novo código dos sinais de tempestade tropical. A classificação, com base na força do vento máximo sustentável próximo do centro da tempestade tropical, passou de quatro para seis categorias, com a introdução de “tufão severo” (de 150 km/h a 184 km/h) e de “super tufão” (185 km/h ou superior).
Victor Ng Manchete PolíticaProposta para compensar quem perdeu carros no Hato não agrada É hoje votada na generalidade a proposta que prevê a isenção do imposto na compra de um carro novo para quem perdeu os veículos na sequência da passagem do tufão Hato. Os lesados não concordam com as medidas apresentadas pelo Governo e pedem o reembolso da tributação referente ao carro perdido [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s residentes que viram os seus carros danificados com a passagem do tufão Hato pelo território estão descontentes com a proposta de apoio avançada pelo Governo. Como tal, ontem a aliança constituída por mais de duas centenas de proprietários juntou-se para manifestar a sua posição em conferência de imprensa. Em causa estão os benefícios fiscais na aquisição de novos veículos motorizados, que é hoje votada na generalidade na Assembleia Legislativa (AL). De acordo com os lesados, o apoio dado aos proprietários que se viram sem carro no passado dia 23 de Agosto, não deve ser apenas dirigido a quem vai comprar uma nova viatura, mas sim a todos. O representante dos lesados, de apelido Chan, exige novamente que o Governo assuma a responsabilidade que lhe cabe. No entender do responsável, o Executivo deve avançar com o reembolso do imposto já pago e a medida deve ser aplicada a todos os proprietários. Chan adiantou ainda que “os proprietários se sentem desiludidos com a proposta do Governo, contrária à opinião da generalidade dos lesados”. Prejuízos colaterais O representante apontou ainda outras razões que levam os proprietários a não estarem a favor da proposta que vai hoje a votação na AL. Nomeadamente no que diz respeito ao facto do reembolso só acontecer em caso de compra de novo carro. Ou seja, os lesados sentem que ficam sempre a perder, porque o reembolso será sempre menor do que aquele a que teriam direito se a referência fosse o imposto já pago. A razão tem que ver com as novas exigências ambientais que preveem impostos maiores para quem quiser carros menos amigos do ambiente. Por outro lado, os carros inutilizados já foram vendidos em hasta pública e o dinheiro arrecadado pelo Executivo já deveria ter sido devolvido aos proprietários dos veículos. No entanto, até agora, não o foi. Chan pede ainda que os auto-silos que representam perigo continuem fechados até que as suas instalações sejam melhoradas de modo a poderem aguentar com a passagem de um tufão forte pelo território. Com o apoio de Sulu A conferência de imprensa de ontem contou com a presença do deputado suspenso Sulu Sou que está ao lado dos queixosos. “O objectivo da proposta deve ser alterado para apoiar a pressão económica dos proprietários dos carros danificados”, disse. O pró-democrata critica ainda o Governo por ter divulgado a proposta há muito pouco tempo quando tinha exigido aos proprietários a anulação da matrícula ainda no ano passado. Já sem matrícula registada e sem carro, “os proprietários vêm-se na obrigação de aceitar o que vier”, referiu. Por outro lado, Sulu Sou alerta o Governo para o perigo da construção de auto-silos nas zonas baixas do território.
Hoje Macau PolíticaFong Soi Kun vai contestar pena na Segunda Instância [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] antigo director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) Fong Soi Kun vai contestar junto do Tribunal de Segunda Instância a pena que lhe foi aplicada após o inquérito à sua actuação durante o Hato, o pior tufão a atingir o território em mais de meio século, revelou a Rádio Macau. Segundo a emissora pública, no âmbito do inquérito foi recomendada uma pena de 240 dias de suspensão, uma vez que se entendeu não ter havido irregularidades graves na actuação do ex-director durante a previsão do tufão Hato. Contudo, conforme anunciado, na semana passada, o Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, decidiu pela demissão – o castigo máximo previsto ao abrigo do Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública (ETAPM). Essa opção tem como efeitos práticos, dado que Fong Soi Kun se aposentou entretanto, a suspensão da reforma por quatro anos. Com uma pensão fixada em aproximadamente 80 mil patacas, o antigo director dos SMG vai ser penalizado em quase quatro milhões de patacas. Fong Soi Kun pode recorrer para o Chefe do Executivo ou para os tribunais, tendo escolhido então a segunda opção, ou seja, optou por interpor um recurso contencioso para o Tribunal de Segunda Instância. De acordo com a Rádio Macau, o ex-director vai avançar com um pedido de suspensão de eficácia da decisão que, caso seja aceite, permite-lhe continuar a receber a pensão até que o TSI se pronuncie sobre o recurso. O processo disciplinar contra o ex-director dos SMG não foi tornado público. Contudo, ainda de acordo com a emissora, Fong Soi Kun foi punido não por se considerar que ordenou demasiado tarde o içar o sinal 10 de tempestade tropical, mas por alegadamente ter demorado a accionar o aviso de inundações. “Grande injustiça” A pena de quatro anos sem reforma a que foi sujeito Fong Soi Kun constitui, na opinião de Jorge Neto Valente, “uma grande injustiça”. “Acho que é uma total ausência de proporcionalidade do sistema e ainda pasmo por ver gente a exigir mais, a dizer que a pena de demissão que é curta, que a lei tem de ser mudada para mais. Não sei se querem pena de morte ou prisão perpétua”, afirmou o também presidente da Associação dos Advogados à Rádio Macau. Recordando o trabalho de Fong Soi Kun, como as boas classificações e o facto de ter presidido ao Comité dos Tufões, Neto Valente lamentou que o estejam a responsabilizar “como se se ele tivesse içado o sinal duas horas antes deixasse de haver tufão, inundações, ou gente morta”. Nelson Kot, funcionário público aposentado que foi cabeça-de-lista nas eleições para a Assembleia Legislativa em Setembro, também se pronunciou sobre o caso. Em declarações ao Jornal do Cidadão, defendeu que o pedido de aposentação do ex-director dos SMG não deveria ter sido aprovado enquanto estava em curso o processo disciplinar, pelo que sugere que o ETAPM inclua regras que no futuro impeçam que tal suceda.
Hoje Macau Manchete PolíticaCE | Apresentada proposta de lei relativa a benefícios fiscais sobre veículos [dropcap style=’circle’] N [/dropcap] o início da semana o representante dos lesados com veículos inundados devido à passagem do tufão Hato queixou-se da demora nas medidas de ajuda do Governo. Quarta-feira o Conselho Executivo apresentou a proposta de lei relativa a esta matéria que prevê a dedução ou restituição do imposto sobre veículos motorizados O Conselho Executivo de Macau apresentou na quarta-feira uma proposta de lei que estabelece benefícios fiscais para a aquisição de veículos motorizados, na sequência dos elevados danos causados pela passagem do tufão Hato, em Agosto passado. A proposta de lei prevê que “aos proprietários que adquiram veículos motorizados novos seja atribuído o benefício fiscal de dedução ou de restituição do imposto sobre veículos motorizados”. Os proprietários dos veículos motorizados novos que utilizem exclusivamente energias alternativas aos combustíveis derivados do petróleo podem ficar “isentos do pagamento do imposto sobre veículos motorizados de acordo com a legislação vigente”. “Considerando que durante a passagem do forte tufão Hato pela Região Administrativa Especial de Macau, uma grande quantidade de veículos motorizados ficou submersa ou esmagada (…), o Governo elaborou a proposta de lei ‘Benefício fiscal especial para aquisição de veículos motorizados’”, indicou, em comunicado. Proprietários preocupados A proposta apresentada pelo CE surge dias após a queixa de Leong, representante da aliança constituída por vários grupos de pessoas que perderam carros nas inundações provocadas pela passagem do tufão Hato. O responsável criticava a demora das medidas prometidas pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF). Em declarações ao Jornal Ou Mun, Leong referia mesmo que os proprietários lesados tinham sido enganados pelo Governo. Em Agosto do ano passado, a DSF anunciou medidas de apoio, nomeadamente a devolução de impostos já pagos na aquisição de novos veículos. No entanto, passando meio ano, o representante da associação de lesados critica a falta de seguimento deste processo. O representante recorda que na altura foi exigido aos proprietários o cancelamento das matrículas dos veículos inundados. Desde a passagem do Hato pelo território, o Governo de Macau aprovou medidas de ajuda aos mais afetados, disponibilizando, por exemplo, 14,36 milhões de patacas para obras de manutenção e reparação emergentes das instalações danificadas.
Leocardo VozesO Bar do Temporal [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ano de 2017, agora a dois míseros meses de findar, fica marcado em Portugal pela tragédia dos incêndios, marcado pelo elemento do fogo. Aqui no nosso território à beira-China plantado foram outros os elementos que contribuíram para a nossa pior memória dos últimos dez meses: a água, na sua vertente transbordada, e o ar, na sua versão de ventos ciclónicos. Foi o tufão Hato, que literalmente “sacudiu a cabana”, aos mais vários níveis. Como epílogo tivemos no final da semana passada o relatório do “Bar do Temporal gate”, publicado pela ASAE local, e que nos deixou saber detalhes do que se passa um pouco pelo mundo dos comes e bebes. Alguns deles sórdidos. Mas o que é o Bar do Temporal? Como o próprio nome indica, o Bar do Temporal é procurado pela sua clientela apenas quando chove muito, ou sopram rajadas com uma intensidade maior que o normal. Durante o resto do tempo até dá para esquecer que ele existe. A motivação é simples; o Bar do Temporal decide se a malta vai dali para casa para ouvir o vento a assobiar pela janela, ou se vai bulir, o que nesse caso costuma ser uma chatice. As críticas aparecem com frequência, nomeadamente no que diz respeito à forretice do bar, que teima servir em copinhos “de três”, enquanto a sua congénere de Hong Kong, o Stormy Weather Pub, saca muito mais facilmente dos generosos copos “de oito”. Teorias da conspiração não faltam, e entre essas há uma que fala de interferências externas, nomeadamente da parte de uns tipos que até não gostam de beber, mas mamam. E muito! Em tempos idos, o Bar do Temporal não se apresentava como uma carreira atractiva para baristas, sommeliers e técnicos de atendimento à mesa locais, pois apesar de pagar o mesmo que outros estabelecimentos do género, era mais parco no departamento dos brindes e outras ofertas – tudo isto alegadamente, entenda-se. Contudo, e com o virar do século, o Bar do Temporal ganhou um novo élan, pois ali não se fala de política (que é sempre uma coisa muito chata), e a estabilidade do tempo meteorológico que se verifica durante grande parte do ano ajuda a passar o tempo cronológico com menos stress. Tudo estava (mais ou menos) bem até um belo (ou não) dia de Agosto, que não podia ter sido o pior para o Bar do Temporal enganar-se na dose, e servir as bebidas erradas. Com a mostarda e a água do rio a subir-lhe ao nariz, a já muito impaciente clientela chateou-se a valer, demitiu-se o manager do Bar do Temporal, e veio ao terreno a ASAE dos costumes. E o que encontrou, esta espécie de ASAE, só que de colarinho? Muita coisa que uns já suspeitavam mas não tinham a certeza, e que outros já sabiam mas não queriam dizer. Aparentemente existiam dificuldades de comunicação entre o manager e os barmen, com o primeiro a ignorar as sugestões dos segundos, e a confeccionar os cocktails à sua maneira. Diz-se ainda que o referido manager escolhia música a tocar do bar muitas vezes da sua casa, o que não lhe permitia detectar o ambiente nocivo que isto provocava. Não despeciendo é o comportamente da sua assistente, que mantinha uma capelinha junto do balcão, e quando fazia as suas orações perturbava os empregados, que acabam a despejar os whiskeys metade no copo, metade na mesa. Um relatório contundente. Actualmente o Bar do Temporal está sob a gestão do antigo responsável pelo Bar das Tabuletas. Será que vão soprar ventos bonançosos de pequena vaga no Bar do Temporal? Só o tempo o dirá. E o tempo, também.
João Santos Filipe Manchete Sociedade“Khanun” paralisa Macau e causa 49 incidentes Desde as 10h00 que a passagem do Tufão “Khanun” provocou 49 incidentes que exigiram a acção das forças de salvamento do território. A cidade está neste momento sem transportes públicos, os serviços de barco e os voos foram igualmente suspensos, não havendo previsão da altura em que o sinal n.º 8 vai ser reduzido para n.º 3. [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]té às 16h00, as autoridades tinham registado dois casos de edifícios danificados com a queda de reboco ou outro objectos, quatro casos de queda de andaimes, sete árvores e antenas arrancadas pelo vento, um incêndio e uma inundação. Além disso, houve 34 situações de queda ou suspensão de reclamos, toldos, placas metálicas, varas de ferro e janelas. Na Zona do Porto Interior, as autoridades informam que se registam cheias ligeiras. De acordo com a informação mais actualizada dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), às 15h00, o Tufão “Khanun” situava-se a 190 quilómetros a sul de Macau e encaminhava-se para a península de Leizhou, no extremo da Província de Cantão. O Governo prevê ainda que com o decorrer do dia os ventos fiquem mais fortes. No que diz respeito aos transportes, os autocarros estão suspensos. A passagem do “Khanun” levou igualmente a que as pontes fossem encerradas ao trânsito, por volta das 11h25, estando aberto o tabuleiro inferior da Ponte Sai Van. Já o Aeroporto informou que foram cancelados mais de 90 voos que chegavam ou partiam de Macau. Os responsáveis pela estrutura pedem assim aos passageiros que confirmem a situação dos respectivos voos com as companhias aéreas, antes de se dirigirem para o aeroporto. Foi também suspenso o serviço de barcos para Hong Kong e outros destinos no Interior do Continente. Caos nas Portas do Cerco A suspensão dos transportes públicos resultou numa grande concentração de pessoas junto às Portas do Cerco. Dependentes do serviço de táxis, e uma vez que o serviço de rádio-taxis está suspenso, o canal chinês da Rádio Macau informa que já se verificaram casos de cobrança excessiva. Apesar das autoridades garantirem que estão no terreno para lidarem com este tipo de situações, o canal chinês da Rádio Macau avança com um caso em que um taxista exigiu 500 patacas para transportar um cliente do Venetian para a Ponte de Lótus. Também nas redes sociais surgem relatos de taxistas que cobraram 1500 patacas para levarem pessoas das Portas do Cerco ao Casino Lisboa. Por outro lado, o Governo negou as notícias de que haveria carros privados a transportarem os turistas de regresso à cidade de Shenzhen.
Hoje Macau SociedadeSeguros | Estragos do tufão avaliados em 2,9 mil milhões de patacas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s seguradoras de Macau avaliaram os prejuízos causados pelo tufão Hato, o mais forte em 53 anos, em 2,9 mil milhões de patacas, afirmou ontem o novo presidente da Autoridade Monetária. Os dados foram avançados por Benjamin Chan à margem da cerimónia de posse ontem de manhã, em declarações aos jornalistas. De acordo com a Rádio Macau, apenas 2,07 milhões de patacas foram pagos, a maioria relacionados com indemnizações por morte ou ferimentos. “De acordo com as informações que temos, até 11 de Setembro há pelo menos cerca de 19 mil casos de pedido de indemnização, envolvendo 2,9 mil milhões [de patacas]. Têm a ver com danos patrimoniais. Já foram aprovados 20 milhões de patacas para casos relacionados com morte e lesão corporal”, disse o novo presidente da Autoridade Monetária de Macau, que substituiu Anselmo Teng. Segundo Benjamim Chan, não há, até agora, queixas sobre as seguradoras, que não terão dificuldade em pagar as indemnizações: “Não é assim tão grave porque as despesas são assumidas pelas seguradoras do exterior. Não há uma situação grave em termos de situação financeira das seguradoras”. No início do mês, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, tinha apresentado as estimativas do Governo sobre os prejuízos, no montante de 11,4 mil milhões de patacas. Após a passagem do tufão, o Governo criou um subsídio de 50 mil patacas para ajudar as Pequenas e Médias Empresas a fazer face aos estragos causados pelo tufão. Além deste abono, o Governo criou também uma linha de crédito, sem juros, para as PME afectadas até ao montante máximo de 600 mil patacas.
Hoje Macau SociedadePorto Interior | Obras Públicas prometem trabalhar para evitar cheias O Governo tem estado a trabalhar para evitar a subida das águas nas zonas mais baixas da cidade, mas é preciso ter em consideração a localização do território e a relação que existe com as regiões vizinhas nesta matéria. A mensagem é das Obras Públicas, que deixam ainda um recado a quem dá opiniões [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Administração analisa “pragmaticamente” a opinião da sociedade sobre a questão das cheias e inundações no Porto Interior, garante a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). Além disso, “continua a envidar esforços no sentido de encontrar a melhor solução possível”. A ideia foi deixada ontem em comunicado, numa altura em que se ouvem ainda muitas críticas ao trabalho do Governo na sequência da passagem por Macau do tufão Hato. A DSSOPT faz um enquadramento da situação geográfica da RAEM, em jeito de ressalva, ao destacar que o território está localizado no curso baixo do estuário do Rio das Pérolas. Assim sendo, “quaisquer obras que impliquem a intervenção nos recursos hídricos envolvem as cidades vizinhas e as que estão situadas no curso alto do estuário do rio, ou seja, requerem uma cooperação regional concertada”. Essa concertação foi procurada esta semana, num encontro entre o Governo de Macau e as autoridades da província de Guangdong que resultou numa promessa de “estudo aprofundado” para a construção da barragem de marés. A Administração “agradece as opiniões e propostas apresentadas pelos vários sectores sociais” para a resolução do problema das cheias e inundações na zona do Porto Interior, mas vinca que “há que ter concretamente em consideração as circunstâncias existentes, proceder a uma análise aprofundada, objectiva e cientificamente comprovada dos planos de resolução”. É preciso fazer uma avaliação profunda sobre o impacto no canal do Porto Interior, no funcionamento das pontes-cais, no traçado das vias, na paisagem urbana e na preservação cultural, elenca a DSSOPT. Neste contexto, as Obras Públicas deixam um recado: “A Administração espera que as associações civis e o sector da construção civil, sob a sua responsabilidade, verifiquem previamente a viabilidade dos seus planos antes de os divulgaram ao público”. Diques mais altos Recado dado, a DSSOPT recorda o que fez no passado para diminuir as inundações no Porto Interior, ao referir “a barragem e muro para retenção de água nas pontes-cais e diques do Porto Interior com o ‘remate de fissuras’, no sentido de reforçar a capacidade de controlo de inundações na linha costeira, obra concluída em 2015”. As Obras Públicas acrescentam que, além do Porto Interior, nos últimos anos tem sido aumentada a capacidade global de escoamento no sistema de drenagem de Macau. Foi renovado o sistema da rede de drenagem dos bairros antigos para acelerar o escoamento das águas pluviais, e também foram instaladas estações elevatórias para bombear e desviar as águas pluviais das colinas. Foram igualmente construídos “culvert pipes” de grande envergadura para armazenamento da água, a fim de evitar o seu escoamento para as zonas baixas. Não obstante a resolução do problema das cheias e inundações da zona do Porto Interior “se revestir de singular complexidade”, as Obras Públicas prometem que a Administração “terá em consideração, de forma pragmática, as opiniões e sugestões de todos os sectores da sociedade, e mantém o diálogo com o sector da construção civil, no sentido de implementar um plano tecnologicamente avançado aplicável às circunstâncias existentes na zona”. Além disso, vai ser elevada a altura dos diques na orla costeira de Macau, aumentando a sua capacidade de contenção de água de forma a fazer face às intempéries naturais.
Sofia Margarida Mota SociedadeAPOMAC pede reintrodução do alarme sonoro em caso de tufão 9 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] reintrodução de um alarme sonoro em caso de tufão foi uma das várias propostas apresentadas na terça-feira pela Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) ao secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. Ao HM, Francisco Manhão, presidente da direcção da APOMAC, recordou os tempos em que os alertas em caso de tufão eram mais evidentes e em que as pessoas “sabiam o que era um tufão”, algo que, considera, não existe nos jovens. “Há mais de 60 anos que assisto a tufões no território e já presenciei situações bastante graves”, apontou. No entanto, “antigamente, quando era içado o sinal nove, a Fortaleza do Monte tocava a sirene e quando chegava o sinal 10 eram também disparados três tiros de canhão”. Já no que respeita à informação para os mais novos, a APOMAC avançou com a sugestão de promoção de conhecimentos através das escolas. A ideia é “incutir nos adolescentes a verdadeira percepção de um tufão e das suas nefastas consequências, através das escolas primárias e secundárias de Macau”. Para Francisco Manhão, trata-se de “uma boa sugestão levantada na altura porque, de facto, a camada jovem não tem a noção do que é verdadeiramente um tufão”. O presidente da associação considera ainda que a responsabilidade não cabe aos jovens, mas sim às instituições de ensino que “têm a obrigação de transmitir conhecimentos aos alunos e de informar acerca dos perigos que podem acontecer”. Num momento em que Macau ainda vive o rescaldo da passagem do Hato, as opiniões dos reformados da APOMAC vão no sentido de melhorar tanto o conhecimento, como a resposta em situações de calamidade. É necessária ainda, consideram os associados, a criação de um plano de contingência para fornecimento de energia eléctrica e de água canalizada em casos de catástrofe. Foram também feitas algumas sugestões no que toca à comunicação, sendo que, alerta a entidade, é necessária uma melhoria urgente do sistema de Internet, “aumentando a sua potência caso necessário”. Associação com mais saúde Entretanto, a associação tem novos projectos e espera o apoio do Governo para a sua concretização. A ideia, adianta Francisco Manhão, é proporcionar mais serviços aos associados, pelo que precisam de acesso a mais espaço, uma reivindicação antiga. O objectivo é ter instalações capazes de albergar uma clínica dentária e uma clínica de medicina tradicional chinesa. A razão, apontou o responsável, é responder a uma maioria da população local que procura este último serviço. “Temos de responder a esta necessidade e ir de encontro às tradições do território”, remata Francisco Manhão.
Hoje Macau PolíticaTufão | Negligência do Governo “dificilmente” resulta em compensações [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] advogado Chio Song Meng considera que é necessário apurar se houve, ou não, negligência por parte do Executivo na gestão da catástrofe resultante da passagem do tufão Hato por Macau. O jurista, em declarações ao Jornal do Cidadão, tentou esclarecer as questões legais que afligem proprietários de automóveis danificados que procuram obter compensação por parte do Governo. O advogado afasta a figura jurídica do dolo, colocando a situação na esfera da negligência. Chio Seng Meng explica que o decreto-lei n.º 28/91/M estabelece a responsabilidade do Governo pela negligência na administração da coisa pública, à semelhança dos ordenamentos jurídicos do Interior da China e de Taiwan, resta, portanto, provar em tribunal essa negligência. Mas que dificilmente terá sucesso. O advogado entende que o referido diploma precisa ser revisto, uma vez que está desactualizado, sendo viável seguir os exemplos dos territórios já citados onde os Governos podem ser responsabilizados pelas perdas de vidas, ou bens, causados pela administração negligente. Chio Seng Meng, considera que a alteração legal pode facilitar a obtenção de verbas compensatórias. Em relação ao relatório do Comissariado contra a Corrupção, o jurista entende que apesar de ter o seu valor, os cidadãos que queiram ser ressarcidos precisam apresentar queixa. Chio Seng Meng entende que será complicado apresentar provas e que os lesados “dificilmente” serão compensados.
Hoje Macau SociedadeMeteorologia | Macau com sinal 1 de tempestade com possibilidade de subir [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi ontem içado o sinal 1 de tempestade, o mais baixo da escala, sendo possível que se esteja a aproximar de Macau a terceira intempérie no espaço de oito dias, segundo informação dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). O sinal foi içado ontem às 19h, quando a tempestade se encontrava a cerca de 620 quilómetros de Macau, encaminhando-se para a costa leste da província chinesa de Guangdong. Foi também emitido aviso de trovoada, sendo que o sinal 1 deve manter-se ao longo do dia. Numa conferência de imprensa ontem à tarde, a directora substituta dos SMG, Florence Leong, disse que os seus serviços prevêem “que na noite de amanhã haverá uma grande possibilidade de içar o sinal número 3”. A representante dos serviços meteorológicos acrescentou ainda que “na madrugada de domingo, haverá a possibilidade de se içar o sinal 8”, indicou. Segundo a responsável dos SMG, poderá haver “ligeiras inundações” na zona do Porto Interior no próximo no domingo, quando é esperada maré alta até 2,7 metros. Pode estar eminente, apesar de ainda não ser certo, a aproximação de um novo tufão de Macau, depois da passagem devastadora do Hato e passados quatro dias do Pakhar.
João Luz MancheteCidadão em Fúria [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]úsculos contraem-se, maxilares prendem-se, punhos apertam-se e projecto mentalmente uma adaga enterrada no lugar onde não existe remorso ou consciência. Uma fúria surda nasce-me no peito, avoluma-se como uma maré que sobe sem ter para onde ir, que conjura catástrofes vingativas dirigidas àqueles que fundaram a minha indignação. Cresce a angústia vinda de um sentido disperso de injustiça e assombro perante o mal e a ignomínia. Sinto a cólera a fazer galopar o meu coração, como um cavalo sedento de retribuição. Hasteio o alerta de raiva em sinal 10. Quero cantar-vos uma leve e irada ária, mais velha que qualquer canção. Mas não sei por onde começar, para onde e como dirigir os meus desorientados agravos. Tenho estado preso no binómio “fuga ou luta” há demasiado tempo, optando sempre pela retirada, pela cobarde e ordeira saída de um conflito perdido por definição. Sempre que me esquivo permito que me calquem mais e mais e mais. Sou a outra face solícita para além de todos os montanhosos sermões, a vítima devota que se oferece fiel ao enxovalho. Sem pensar, por instinto, deixo que me rebaixem e me roubem dignidade. Até que a docilidade é esbofeteada para fora da minha cara dando lugar a outro tipo de semblante, os meus olhos mudam, tornam-se fulminantes. Transformo-me na raiva de todos, na frustração superlativa de uma cidade governada por perfídia e ganância desmesurada. Sou a resposta à traição, sou a aguardada retribuição poética. Sou têmpora palpitante, pupila dilatada, a indignação dos humilhados que anseiam respeito. Quero enlamear-vos os sapatos de pele com a inglória labuta das ruas desesperadas do Porto Interior, mostrar-vos como se sobrevive na cidade submersa e distante dos vossos dourados tronos. Mas, acima de tudo, quero mostrar-vos que somos eternos, que já cá estávamos antes de vocês darem os primeiros passos na suja escalada do poder. Aí reside a verdadeira lama. Vocês terminam mandatos enquanto nós continuamos por cá, para sempre. Somos omnipresença no vosso mundo ditado por ciclos políticos. Que a minha voz calada se torne num eco plural. Confesso que não fazemos qualquer ideia acerca da promiscuidade dos bastidores do poder, não conhecemos o medo da possível não renovação de mandato, não sabemos o que é uma camisa de seda, ou que porra é exactamente o caviar. Sabemos o que é a escassez e alma esmagada, essas são as nossas realidades. Vivemos em dois mundos totalmente diferentes, aceitamos isso, mas exigimos respeito. Merecemos, é o nosso mais prezado direito. Eu amo a minha terra, amo o meu país, mas não me peçam para confundir complacência cega com patriotismo e amor. Ser indiferente à destruição e agir com negligência é a antítese da paixão, a negação total do romance. Tentar comprá-la é uma ofensa capital para a qual não existe severidade suficiente. A desconsideração a que nos votam é uma ferida que nunca sara, um traumatismo perpétuo e o fermento para o tipo de raiva que se tinge de vermelho. Quero gritar para além da capacidade da minha garganta, berrar para que venham a terreiro e se mostrem feitos de carne e osso, como nós. Merecemos muito mais que palavras vazias como “harmonia” e “felicidade”, queremos uma liderança assumida, humana, presente, que não se esconda atrás de frios comunicados e discursos formatados pelos envidados esforços dos burocratas. Exigimos concretização. Queremos que as causas sejam levadas a sério porque quem sofre com os efeitos somos nós. Tenho estado calado, discreto, a acumular décadas de desconsideração, a fermentar a minha ira. Mas temam-me, pois eu sou uma das fúrias de Némesis, a fonte do remorso de Orestes, não me virem as costas. Estou em todo o lado. Sou o homem que vos conduz, que prepara a vossa faustosa comida, a mulher que vos engoma a roupa, o técnico que repara as imperfeições do vosso quotidiano. Sou a base da pirâmide e tenho nas mãos as fundações do edifício, sou em simultâneo alicerce e fonte de ruína. Não brinquem com a raiva dos desapossados, pois ela é mais forte e presente que qualquer passageiro tufão.
Hoje Macau Manchete SociedadeIACM diz que limpeza das ruas é o mais urgente nas próximas horas O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) de Macau definiu a recolha do lixo como prioridade “número um” nas próximas 24 horas face à aproximação de nova tempestade tropical, lançando apelos à população para cooperar. [dropcap style≠’circle’]”A[/dropcap] higiene é, neste preciso momento, o ponto fulcral no nosso trabalho”, afirmou, na noite de sexta-feira, o presidente do IACM, José Tavares, sublinhando a importância de se “aproveitar as tais 24 horas douradas para recolher o máximo de lixo possível e desinfetar o máximo possível”, dado que a situação se vai “complicar” com a aproximação da tempestade tropical Pakhar. A nova tempestade tropical deve atingir Macau no domingo, sem que os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) afastem a possibilidade de içar o sinal 8 (numa escala máxima de 10) quatro dias após a passagem do tufão Hato que provocou dez mortos e mais de 240 feridos, segundo o mais recente balanço. “Se a higiene e limpeza não estiverem bem feitas, o novo tufão que vier só vai disseminar mais a contaminação, por isso, o nosso objetivo neste presente momento é recolha de lixo e fazer o melhor possível”, insistiu. Só na quinta-feira foram recolhidas 1.500 toneladas de lixo, “mais 700 do que é o normal”, enfatizou José Tavares que falava numa conferência de imprensa que juntou, entre outros, a Proteção Civil. As dificuldades relacionadas com o processamento do lixo verificam-se em toda a linha — da recolha, ao transporte até ao tratamento. Não obstante as “tarefas constantes” e os “reforços” — nomeadamente de centenas de voluntários ou dos militares da Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo chinês que participaram em trabalhos de resposta à catástrofe — José Tavares observou que “é preciso uma certa cooperação por parte do público”. “Sem essa cooperação a nossa tarefa torna-se muito mais difícil, portanto, esta nova ideia que lançamos agora de manter 40 pontos diferentes de recolha de lixo é para facilitar”, realçou o presidente do IACM, após o anúncio na conferência de imprensa dessa medida. Assim, as pessoas saberão onde colocar o lixo, sendo que nessas zonas estarão ainda “alguns contentores com rodas para facilitar o transporte”, ou seja, a pessoa pode empurrar o contentor até junto da sua casa/loja, por exemplo, depositar o lixo no interior, e conduzi-lo de volta ao local definido como um desses novos “pontos”. “O que estamos a ver agora é que há uma propagação de lixo. Porquê? Porque as pessoas apenas despejam para a rua”, salientou José Tavares, descrevendo o cenário registado nomeadamente no Porto Interior, uma das zonas afetadas pelas inundações, onde os produtos que ficaram molhados foram atirados para a rua “sem qualquer critério”. Neste sentido, o presidente do IACM apelou à população para cooperar de modo a que se possa “restabelecer a normalidade”.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang diz que sanções da ONU “violam” a sua soberania [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Norte condenou ontem as recentes sanções impostas pela ONU, falando de uma violação à sua soberania, e declarou que não irá negociar os seus programas nuclear e balístico enquanto continuar sob a ameaça dos Estados Unidos. As sanções adoptadas, por unanimidade, pelo Conselho de Segurança da ONU, no passado sábado, constituem “uma violenta violação da nossa soberania”, declarou Pyongyang, através de um comunicado publicado pela agência noticiosa oficial KCNA. “Pyongyang não recuará um único passo no reforço do [seu] poderio nuclear”, refere o texto. A Coreia do Norte promete ainda represálias: “Cobraremos o preço devido aos Estados Unidos pelo seu hediondo crime contra a nossa nação e o nosso povo”. “Levaremos a cabo uma ação justa e decisiva tal como já advertimos”, refere o mesmo despacho, sem facultar mais detalhes. “Se os Estados Unidos acreditam que estão em segurança, porque há um oceano que nos separa, estão redondamente enganados”, afirmou Pyongyang, advertindo que os países que colaboraram com Washington apoiando a resolução também deverão prestar contas. Proposta pelos Estados Unidos, a resolução 2371 adoptada pelo Conselho de Segurança da ONU tem como objetivo interditar as exportações norte-coreanas para pressionar Pyongyang a negociar, após o lançamento de dois mísseis intercontinentais em Julho. Se for respeitada deverá privar a Coreia do Norte de receitas anuais na ordem dos mil milhões de dólares. Sudeste asiático | Pelo menos 56 mortos em inundações [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]elo menos 28 pessoas morreram na Tailândia, 26 no Vietname e duas no Laos, devido às inundações registadas nos três países, informaram ontem fontes oficiais. Equipas de socorro vietnamitas estão a tentar localizar 15 desaparecidos, tendo advertido as populações para o risco de deslizamento de terras no país, onde os prejuízos do desastre natural foram estimados pelas autoridades em 940 milhões de dong (35 milhões de euros). Na Tailândia, dez províncias continuam afectadas pela subida das águas ocorrida na sequência de um forte temporal que atingiu a zona durante o mês passado. As autoridades tailandesas disseram que 1,8 milhões de pessoas foram afectadas em 44 províncias, mas não facultaram estimativas dos prejuízos causados pelas inundações. No Laos, duas pessoas morreram no sábado, também devido à subida repentina dos rios, na sequência do forte temporal que se abateu sobre a região do norte do país no fim de semana. Tufão “Noru” | Oeste do Japão sob alerta [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] agência meteorológica do Japão activou ontem o alerta de fortes chuvas e eventuais inundações e deslizamentos de terras no oeste do arquipélago devido à passagem do tufão “Noru”, que deixou pelo menos dois mortos e 15 feridos. As autoridades recomendaram a retirada de 70 mil pessoas nas prefeituras de Kochi, Kagawa e Tokushima, situadas na ilha homónima de Tokushima (sudoeste), e advertiram mais de 200 mil para estarem preparadas para abandonar as suas casas a qualquer momento. Às 10:00 de ontem, o “Noru” encontrava-se a sul da ilha, onde provocou precipitações de 52 milímetros por hora na localidade de Higashi Kagawa e de 33 milímetros por hora em Mie, de acordo com a emissora pública NHK. O “Noru” transporta fortes ventos, com rajadas de até 162 quilómetros por hora, e precipitações que devem intensificar-se ainda mais nas próximas 24 horas. O tufão obrigou ao cancelamento de pelo menos 228 voos e cortes em algumas estradas da prefeitura de Kagawa.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão Nesat | 81 feridos em Taiwan [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro tufão do ano em Taiwan deixou 81 pessoas feridas e cidades costeiras inundadas, com a ilha a preparar-se agora para uma segunda tempestade tropical. Os serviços meteorológicos de Taiwan indicam que o tufão Nesat tocou terra na costa nordeste da ilha no sábado à noite, com ventos máximos sustentados de 137 quilómetros por hora e rajadas até 173 quilómetros por hora. Os serviços de emergência informaram que o vento forte fez com que pessoas fossem atingidas por vidro, e fez tombar motas e até carrinhas. Mais de 10 mil pessoas, a maioria do sul de Taiwan, foram retiradas das suas casas antes de o tufão chegar, e 1.612 mantinham-se em abrigos temporários. O Nesat obrigou ao cancelamento de 145 voos internacionais e cortou a electricidade a quase meio milhão de casas. Mais de 3000 retirados de casa Mais de 3.100 pessoas já foram retiradas de suas casas na província de Fujian, no leste da China, devido ao tufão Nesat, que passou primeiro por Taiwan, informou a agência oficial de notícias Xinhua. A Administração Oceânica Estatal da China emitiu na sexta-feira um alerta laranja (o segundo mais grave) por ondas fortes na zona afectada e ordenou aos navios que voltassem ao porto, além de encerrar o acesso às praias. A autoridade advertiu que vão cair chuvas torrenciais até à próxima quarta-feira. Condenado à morte homem que matou 19 pessoas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s tribunais da província chinesa de Yunnan condenaram sexta-feira à morte Yang Qingpei, acusado de matar 19 pessoas com uma picareta em 28 de setembro de 2016, informou sexta-feira a agência oficial Xinhua. Yang matou primeiro os seus pais, quando estes recusaram dar-lhe dinheiro, e mais tarde matou 17 pessoas na cidade de Huize, por “temer ser descoberto”, segundo a sentença do tribunal. O atacante foi detido em Kunming, a capital de Yunnan, no dia a seguir aos crimes. Yang, nascido em 1989, declarou-se culpado de todas as acusações e anunciou que não vai recorrer da sentença.