GT Asia | André Couto estreou-se com equipa de Macau

Foto de Chi Wai

André Couto regressou ao Fanatec GT World Challenge Asia by AWS na prova de abertura do maior campeonato de carros GT3 da Ásia, que se disputou no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia. Não foi um fim de semana fácil para o piloto português de Macau, mas mesmo assim deixou boas indicações na sua estreia pela equipa Elegante Racing Team.

Sem ambições para lutar pelas primeiras posições da geral, ao volante de um Mercedes-AMG GT3, que partilhou com o dono do carro, o também piloto de Macau, Liu Lic Ka, André Couto esteve concentrado no que podia fazer na nova classe Silver-Am. Na manhã de sábado, Liu Lic Ka qualificou-se na 29.º posição para a primeira corrida, corrida essa que foi disputada em condições atmosféricas muito adversas e, que devido à chuva que se abateu na pista malaia, se iniciou uma hora mais tarde.

Numa corrida que não foi fácil para nenhum dos pilotos, onde metade dos carros arrancou com pneus slicks e a outra metade com pneus de chuva, a dupla da RAEM manteve-se longe das confusões, levando a bom porto a sua missão, obtendo a 20.ª posição da geral num pelotão de 33 carros e sexto entre os concorrentes da nova classe Silver-Am que contou com uma dúzia de participantes.

Traído pelo escape

Para a segunda corrida, no domingo, o Mercedes-AMG GT3 cor-de-laranja alinhou-se na grelha de partida no 21.º lugar. Aproveitando o balanço da partida lançada, Couto saiu que nem uma flecha, galgando posições até à primeira curva. Contudo, este bom arranque acabou por ser inconsequente, porque o escape do carro alemão resolveu não colaborar.

“Logo no arranque, ainda na primeira volta, o escape partiu e fechou de um lado. Perdi potência do motor, o que foi pena que até tinha feito um bom arranque. Depois da primeira e da segunda curva já estava ali junto aos dez primeiros, mas nessa mesma volta o motor deixou de dar toda a potência e fui outra vez passado praticamente por quase todos”, explicou Couto ao HM.

Apesar das dificuldades inerentes e perfeitamente audíveis de ter o escape danificado, Couto ainda conseguiu completar o seu turno de condução. No entanto, a presença de Liu Lic Ka em pista foi curta. Pouco depois de se sentar aos comandos do seu carro, o veterano piloto de carros de Turismo perdeu o controlo do Mercedes-AMG e bateu num dos muros de protecção.

Sentimento positivo

O resultado final do fim de semana não foi certamente aquele que André Couto gostaria, mas o piloto do território estava ciente das dificuldades quando aceitou este convite de última hora e saiu do circuito dos arredores de Kuala Lumpur satisfeito com a evolução da equipa.

“Claramente que o fim de semana poderia ter corrido muito melhor”, afirmou Couto, acrescentando que na segunda corrida “estava com esperanças de fazer muito melhor, mas não deu. Fiz um bom arranque, e depois de estar nos dez primeiros, com muita luta, era possível ficar por ali naquelas posições durante a minha meia hora de condução. Depois o Alex bateu e acabamos por desistir.”

Num pelotão que tem várias equipas apoiadas pelos grandes construtores, a pequena estrutura privada da Elegant Racing Team deu os seus primeiros passos ao mais alto nível das corridas de GT. “Na primeira corrida, o carro não estava assim tão muito bom. Há ainda algumas coisas a fazer, mas foi uma muito boa experiência. A equipa é nova e a malta não tem muita experiência nos GT3. Deu para afinar e também aprender, a ver se para próxima conseguimos fazer melhor e a ver nos entregam um carro ainda mais competitivo”.

A próxima prova do GT World Challenge Asia decorre no fim de semana de 11 e 12 de Maio em Buriram, na Tailândia. Porém, para André Couto, o regresso às pistas até poderá acontecer mais cedo e novamente no antigo palco do Grande Prémio da Malásia de Fórmula 1.

22 Abr 2024

GT3 | Couto regressa ao maior campeonato GT3 da Ásia

André Couto vai regressar em 2024 ao maior campeonato asiático de carros da categoria GT3, o Fanatec GT World Challenge Asia by AWS, após uma chamada de última hora para conduzir o Mercedes-AMG GT3 da equipa Elegant Racing Team, ao lado de outro piloto do território, Alex Liu Lic Ka. A primeira prova é já este fim de semana no Circuito Internacional de Sepang na Malásia.

No final da temporada passada, Couto estava confiante que após uma boa época de regresso ao TCR China ia continuar esta época ao serviço da equipa oficial da Dongfeng Honda. Os resultados do piloto português de Macau tinham sido bons e Couto estava convicto que poderia mesmo lutar pelo título, até porque o objectivo da marca era vencer o TCR China. Contudo, num volte-face inesperado, depois das festividades do Ano Novo Lunar, a Dongfeng Honda decidiu parar com o projecto e Couto viu-se novamente sem volante para a nova temporada.

Enquanto testava novos pneus para a Fórmula 4 no circuito de Sepang, na Malásia, Couto recebeu um convite para testar o Lamborghini Huracan SuperTrofeo EVO2 da Madness Racing Team. Após um teste em que terá impressionado a equipa chinesa, Couto guiou o mesmo carro nas 12 Horas de Sepang, no mês passado, ajudando a equipa a triunfar na categoria GTC na “clássica de resistência” malaia.

Uma nova oportunidade para testar em Sepang, desta vez o Mercedes-AMG GT3 de Alex Lui, transformou-se num regresso aos carros da categoria GT3, algo que Couto já não guiava desde a pré-temporada de 2020 em que era um dos pilotos da JLOC, a equipa oficial da Lamborghini no Japão. Também será um regresso ao GT World Challenge Asia, onde correu parcialmente em 2019 com a equipa chinesa TSRT.

De treinador a piloto

A ideia inicial, passava por Couto assumir a posição de “driver coach” de Alex Lui durante a temporada, quando surgiu o convite para correr no carro germânico do piloto da RAEM. Depois de dois testes, de dois dias cada, o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2000 e ex-campeão da classe GT300 do Super GT está bastante satisfeito por voltar à ribalta.

“Quero divertir-me, voltar a correr num GT3 e fazer o melhor que posso e sei. Já não corro num GT3 há quatro anos e estou muito contente para voltar a estar nesta grelha de partida altamente competitiva. Este é também um reconhecimento de todo o trabalho que fiz no passado”, contou Couto ao HM.

Fazendo parte de uma grelha de partida com trinta e três carros, que conta com as maiores e melhores equipas da região, e vários pilotos de fábrica provenientes da Europa, para defender as cores dos oito construtores de automóveis representados, Couto reconhece que não será fácil lutar pelas posições de destaque estando inserido numa estrutura relativamente pequena e inexperiente a este nível das provas de GT. Contudo, o piloto português de Macau está motivado e sabe que pode contribuir, com sua experiência e rapidez, para evolução do seu companheiro de equipa.

“Tenho a noção que temos um grande desafio pela frente, mas o meu objectivo número um passa por tornar o Alex mais rápido e puxar pela equipa, e acima de tudo quero desfrutar desta oportunidade”, afirmou Couto que vai também somar pontos para a nova categoria Silver-Am, que conta com 12 participantes.

Com as duas qualificações na manhã sábado, a primeira corrida, de 60 minutos e uma paragem nas boxes obrigatória, do campeonato organizado pelo SRO Motorsport Group, está agendada para a tarde de sábado, terminando o fim de semana com uma corrida de igual duração na manhã de domingo.

17 Abr 2024

Automobilismo | André Couto ganha na Malásia as 12 Horas de Sepang

Dificilmente a temporada desportiva poderia ter começado melhor para André Couto. O piloto do território venceu a classe GTC nas 12 Horas de Sepang, a “clássica” de resistência do continente asiático, que teve lugar no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia.

O piloto português aceitou um convite de última hora da Madness Racing Team – inscrita como D1 Racing Team – para conduzir um Lamborghini Super Trofeo EVO2 na prova de resistência malaia, fazendo equipa com os pilotos chineses Hong Shijie, Chen Fang Ping e He Xinyang. Rapidamente, André Couto assumiu a liderança da formação de Hong Kong, ajudando-a a colocar o carro de fabrico italiano no topo da tabela de tempos da categoria GTC durante a sessão de qualificação de sexta-feira.

Pelas 10h00 da manhã de sábado, os dezassete GT3, GTC e TCR, todos eles pertencentes a equipas da região Ásia-Pacifico, fizeram-se ao asfalto muito quente da antiga pista de Fórmula 1 da Malásia para meio dia de ritmo elevado numa das mais duras corridas de resistência de velocidade nesta parte do globo. A liderança na classe só esteve em causa pontualmente no início da corrida, quando na abordagem para a primeira curva André Couto não conseguiu evitar um ligeiro toque num Audi R8 LMS GT3 que travou demasiado cedo.

Recuperada a primeira posição, o Lamborghini Super Trofeo EVO2 nº710 nunca mais foi importunado pela concorrência, com a equipa a ver a bandeira de xadrez com duas voltas de avanço sobre os mais directos adversários e no oitavo lugar da classificação geral.

“É uma excelente sensação dar início à temporada com uma vitória”, disse André Couto no “flash interview” da corrida. “Parabéns aos meus colegas de equipa, especialmente os que estavam a fazer a sua primeira corrida de sempre (n.d.r: Chen e He) e terminaram no pódio, o que é fantástico. Estamos todos muito felizes e agradecidos à equipa”.

A preparar o futuro

Depois de ter competido pela Dongfeng Honda Racing Team em algumas provas do TCR China na época passada, incluindo no Grande Prémio de Macau, André Couto tem estado ocupado com as suas actividades de “Driver Coach”, mas também de pilotos de testes. O piloto da RAEM tem participado nos testes de desenvolvimento de pneus de uma marca chinesa para uma disciplina de monolugares, onde tem vindo a usar a sua experiência adquirida em mais de uma dezena de anos a trabalhar ao mais alto nível no automobilismo japonês.

Apesar de ainda não ter um programa desportivo confirmado para este ano, André Couto mostra-se confiante que esta corrida lhe possa abrir portas no universo das corridas da Lamborghini. Recorde-se que esta não foi a primeira ligação de André Couto à marca de Sant’Agata Bolognese, tendo o piloto de Macau participado com um Huracán GT3 no campeonato japonês Super GT de 2019, onde foi oitavo classificado da categoria GT300, no Asian Le Mans Series 2019/2020 e competido ainda com um carro igual na Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau em 2016.

18 Mar 2024

70º Grande Prémio | André Couto atirado para fora por Martin Cao

André Couto (Honda Civic) teve como melhor resultado o 7.º lugar nas duas corridas das Taça de Carros de Turismo de Macau. Na primeira prova, Couto arrancou de terceiro, mas problemas no início fizeram-no cair várias posições, pelo que teve de fazer uma corrida de trás para a frente.

Na prova de ontem, o piloto foi ainda mais azarado, depois de ter arrancado em oitavo e subido a quarto. Na abordagem à Curva do Hotel Lisboa, na segunda volta, Couto até deu todo o espaço a Martin Cao (Hyundai N), ainda assim o chinês alargou a trajectória e causou a colisão entre os dois.

Por sua vez, Filipe de Souza (Audi RS3 LMS) foi 12.º na primeira prova e 14.º na segunda. Martin Cao foi o vencedor da corrida de sábado e tornou-se campeão do Campeonato de Carros de Turismo da China. Max Hart foi o vencedor no domingo.

20 Nov 2023

70º Grande Prémio | André Couto regressa a casa com o construtor Dongfeng Honda

O piloto de Macau admitiu que na sessão de treinos livres de ontem se sentiu “cada vez mais veloz”, mas aponta que corre sem expectativas, porque o Circuito da Guia é sempre uma lotaria

Uma corrida para desfrutar, sem metas traçadas de antemão, num circuito perigoso e sempre muito desafiante. Foi desta forma que o herói local André Couto comentou as expectativas para o fim-de-semana, depois de ter terminado em 11.º e 3.º as duas sessões de treinos-livres da Taça de Carros de Turismo de Macau.

“Estou a sentir-me cada vez veloz. Mas, em Macau é complicado ter expectativas, só posso dizer que vou fazer o meu melhor”, começou por dizer Couto, ao HM. “Não guiava aqui há muito tempo, e nem sempre é fácil participar no Grande Prémio de Macau com uma boa estrutura, como acontece comigo este ano. Por isso, vou tentar desfrutar ao máximo, e esperar que as coisas corram bem”, acrescentou.

Em relação ao dia de ontem, o piloto indicou que a pista esteve algo suja, com muitas folhas. Porém, destacou que as condições são iguais para todos. “O circuito tem muitos sobressaltos, o que é normal aqui, mas entre as diferentes categorias que correm, a nossa é a que sofre menos com esse aspecto da pista”, indicou. “Hoje [ontem] o circuito não estava muito limpo, há muitas folhas, o que também pode ter a ver com o facto de ter estado muito vento. Mas, as condições de pista são iguais para todos”, descreveu.

A trabalhar no futuro

Sobre a participação deste ano, André Couto mostrou-se muito satisfeito por poder correr com a equipa do construtor Dongfeng Honda, após ter ficado parado nos últimos dois anos, tempo da pandemia, devido às restrições de viagem.

“Depois de a minha carreira ter sido afectada com o encerramento das fronteiras e as restrições de viagem não foi fácil voltar a competir”, reconheceu Couto “Consegui este lugar, para este ano, estou em Macau a competir numa equipa competitiva, e quando se trabalhar num construtor é sempre muito entusiasmante. É um programa muito interessante”, destacou.

No entanto, com o final da época, o piloto de Macau reconheceu que começa a preparar o futuro, num cenário em que há cada vez menos apoios para os pilotos locais. “Estou numa situação em que só posso correr quando há convites, estou dependente das oportunidades que surgem”, indicou. “Estou para voltar ao Japão, gostava de correr num projecto relacionados com carros da categoria GT, talvez num Lamborghini, ou no Lamborghini Super Trofeo, mas não sei se é possível”, apontou. “Mas estou aberto a qualquer oportunidade”, completou.

17 Nov 2023

Taça de Carros de Turismo de Macau – CTCC: Couto entre os 3.º mais rápidos, Souza em 12.º

André Couto (Honda Civic) foi ontem o 3.º piloto mais rápido na segunda sessão de treinos livres da Taça de Carros de Turismo de Macau, com um tempo de 2m31s588. Por sua vez, Filipe de Souza (Audi RS3) ficou no 12.º lugar, com uma marca de 2m48s658. No entanto, a sessão foi liderada por Andy Yan (Hyundai Elantra), piloto de Hong Kong que atingiu uma marca de 2m30s846.

Ontem, realizaram-se duas sessões de treinos livres para a Taça de Carros de Turismo de Macau. Na sessão matinal, não houve problemas de maior, o que permitiu aos pilotos acumularem tempo na pista. Durante a manhã, o mais rápido foi Zhang Zhendong (Hyundai Elantra), com o tempo de 2m31s649. Couto ficou no 11.º lugar com um tempo de 2m33s925, e Filipe Souza foi 15.º com o registo 2m36s907.

No entanto, a sessão da tarde, quando se esperava que os tempos melhorassem significativamente, registou um cenário muito diferente. Até certo ponto houve tempo para rodar, porém a sessão foi interrompida, quando Wu Yi Fan (Audi RS3) saiu largo na Curva dos Pescadores, e destruiu parte da barreira.

A sessão ainda foi recomeçada, mas apenas durou alguns minutos, porque Zhou Yunjie (Honda Civic), primeiro, saiu largo da Curva do Hotel Lisboa, mas, mais tarde, bateu novamente, em direcção à Maternidade, e ficou atravessado na pista em sentido contrário, o que impediu que se realizassem mais voltas.

Taça do Mundo de GT da FIA: Dia de Marciello e Cairoli

Raffaele Marciello (Mercedes) e Matteo Cairoli (Porsche) foram os pilotos mais rápidos nas sessões de treinos livres disputadas ontem. Na primeira sessão, Marciello fez o tempo de 2m16s150, batendo Laurens Vanthoor (Porsche), 2m16s397, e Matteo Cairoli (Porsche), que fez a marca de 2m16s593.

Na segunda sessão, Cairoli ficou na frente, com o tempo de 2m15s532, seguido por Marciello, com o registo de 2m15s565. No terceiro lugar da segunda sessão, ficou o espanhol Daniel Jucadella (Mercedes) com o tempo de 2m15s570. No dia de ontem apenas se realizaram treinos livres, que servem essencialmente para os pilotos afinarem os carros e se ambientarem à pista.

17 Nov 2023

GPM | Pódios para André Couto e Tiago Rodrigues em Zhuzhou

Em contagem decrescente para a 70.ª edição do Grande Prémio de Macau, no pretérito fim de semana, no Circuito Internacional de Zhuzhou, André Couto e Tiago Rodrigues, que defendem as cores da RAEM, subiram ao pódio no Campeonato TCR China e no Campeonato do Sudeste Asiático de Fórmula 4 respectivamente

De regresso aos comandos do Honda Civic Type-R FL5, após ter cedido por razões comerciais o seu volante ao actor Daniel Wu na prova de Xangai, André Couto voltou a mostrar porque é uma mais valia para Dongfeng Honda Racing Team. Depois de se ter qualificado em quinto para a primeira corrida do fim de semana, o piloto do território ficou imobilizado na grelha de partida. Fazendo uma corrida de recuperação, com a pista molhada e a presença do “safety-car” em pista, Couto terminou no quinto posto.

No domingo, com o sol e muito público a marcarem na pista da província de Hunan, Couto encetou outra corrida de recuperação desde o nono lugar da grelha de partida. O piloto português foi o melhor representante da Dongfeng Honda, terminando no segundo lugar, apenas atrás de Ma Qing Hua, o “ponta de lança” da equipa de fábrica da Lynk & Co.

“Na Corrida 1, partindo de segundo, deixei o carro ir a baixo no arranque e caí para 14º, mas consegui regressar à 5ª posição no final da corrida. O ritmo era bom! Na Corrida 2, com a grelha de partida invertida para os dez primeiros, arranquei em 9º e terminei no pódio em 2º. Foi um bom fim de semana para mim, pois foi uma boa preparação para o GP de Macau”, sumariou André Couto nas redes sociais.

Ausente desde 2018 do Grande Prémio de Macau, Couto regressa à prova que lhe é tão querida na Taça de Carros de Turismo de Macau, que será a decisiva última jornada da temporada do TCR China, campeonato que é actualmente liderado pelo irlandês Jack Young, que tripula outro dos Civic Type-R FL5 oficiais.

Liderança no campeonato

O primeiro classificado do campeonato chinês de Fórmula 4, Tiago Rodrigues, esteve em destaque na prova de abertura do revitalizado Campeonato do Sudeste Asiático de Fórmula 4, uma competição que usa a última geração dos monolugares Tatuus da disciplina, ao contrário da competição chinesa, que ainda utiliza os fórmulas da primeira geração. A adaptação ao novo chassis Tatuus e a uma nova equipa, a Asia Racing Team, foi rápida e Rodrigues qualificou-se na segunda linha da grelha de partida para a primeira e terceira corrida do programa.

Na corrida de sábado, Rodrigues teve um mau começo, ficando parado na grelha de partida, mas uma recuperação exemplar levou-o ao terceiro lugar final. Nas duas corridas de domingo, o jovem de 16 anos somou dois segundos lugares, o que lhe permitiu sair de Zhuzhou na frente do campeonato, com um ponto de vantagem sobre Jack Beeton, o australiano que venceu o programa Ferrari Driver Academy Asia Pacific and Oceania Selection em 2022, que fez duas pole-positions e ganhou duas das três corridas.

“Foi um bom fim de semana. A segunda corrida foi bastante caótica e fiz o meu melhor para evitar os incidentes, conduzindo o melhor que pude. Na terceira corrida, fiquei ligeiramente atrás em termos de ritmo do Jack Beeton. Reduzir esta diferença para Macau vai ser um desafio, mas vou dar o meu melhor”, disse Rodrigues na conferência de imprensa, citado no comunicado da sua equipa.

Tiago Rodrigues fará a estreia no Circuito da Guia na Corrida de Fórmula 4 de Macau, uma prova que não conta para o Campeonato do Sudeste Asiático de Fórmula 4, mas que reúne uma grelha de partida com vários pilotos europeus, japoneses e australianos.

31 Out 2023

Automobilismo | Couto, Rodrigues e Valente somam sucessos nas pistas

Numa tradição que já vem de longe, os pilotos lusófonos da RAEM continuam a fazer-se representar muito bem além-fronteiras. Em mais um fim de semana de competições por toda a China, os resultados dificilmente poderiam ser melhores.

 

Depois de quase três anos afastado da competição, André Couto regressou em grande estilo na visita do campeonato TCR China ao circuito de Zhejiang, que fica localizado nos arredores de Shaoxing. O agora piloto da Dongfeng Honda Racing Team subiu ao pódio na primeira corrida, ao terminar na segunda posição numa corrida onde a chuva quis ser um protagonista influente. Largando do segundo lugar, novamente com a pista molhada, Couto manteve-se sempre firme no segundo lugar até à entrada do Safety-Car, que iria permanecer em pista até ao final da corrida, rumo a um pódio merecido, apenas ficando classificado atrás de Martin Cao da Hyundai N.

A segunda corrida, que teve um arranque com a grelha de partida invertida nos dez primeiros lugares, foi novamente marcada por um longo período de Safety-Car em pista. Aos comandos do novo Honda Civic FL5 TCR, modelo que fez o seu baptismo em pista na China este fim de semana, Couto viu a bandeira de xadrez na nona posição.

Nas redes sociais, o piloto português escreveu estar “muito feliz com o resultado” e com o “segundo lugar na minha primeira corrida da época”, pois este resultado foi obtido “em condições muito difíceis”, onde “a aquaplanagem e a visibilidade foram um problema quando os carros rodavam muito próximos uns dos outros!”. Couto ainda agradeceu “à MacPro Racing Team, JAS Motorsport e Dongfeng Honda por prepararem um bom carro!”

 

Hat-trick de Rodrigues em Ningbo

Não muito longe do Circuito Internacional de Zhejiang, na cidade de Ningbo, outro piloto de Macau “deu cartas” durante o fim de semana. Tiago Rodrigues confirmou as boas indicações dadas na prova de abertura do Campeonato da China de Fórmula 4, disputada em Zhuhai, e somou três vitórias nas quatro corridas da competição de monolugares realizadas no fim de semana no Ningbo International Speedpark.

Depois de um terceiro e um quarto lugar nas sessões de qualificação, o jovem piloto do território teve uma actuação de alto nível e venceu a primeira corrida de um fim de semana também ele marcado pela chuva. Na segunda corrida, Rodrigues subiu uma posição após o arranque e terminou no terceiro lugar.

O melhor estava guardado para o domingo, com duas corridas em que Mygale-Geely n.º56 esteve magistral, vencendo categoricamente as duas corridas do dia, uma delas arrancando do 10º lugar da grelha de partida. Apesar do excelente resultado, Rodrigues disse na conferência de imprensa que “consegui três vitórias nesta prova, mas não consegui vencer todas as corridas, por isso há espaço para melhorias para mim e para a equipa.”

 

Valente já ganha

A senda de bons resultados dos pilotos lusófonos do território no Interior da China iniciou-se há duas semanas no Circuito Internacional de Guangdong. Rui Valente não perdeu a oportunidade de retirar da garagem o seu ainda competitivo Mini Cooper S e mostrar que “quem sabe nunca esquece” nestas andanças do automobilismo.

Em mais um “GIC Super Track Festival”, impondo a sua experiência de mais de três décadas nestas lides, Valente não deu hipóteses à concorrência no seu agrupamento, com um triunfo incontestado numa corrida em que alinharam quarenta e dois concorrentes. “Correu bem, ganhei a corrida e a minha classe, dois troféus, trezentos litros de gasolina e 800 renmimbis de prémio monetário”, frisou com satisfação o piloto luso ao HM que continua com a mesma vontade de vencer.

27 Jun 2023

TCR China: Entra Couto, sai Ávila

O campeonato TCR China/Ásia arrancou no passado fim de semana no Circuito Internacional de Xangai com trinta e dois inscritos, três equipas de fábrica e nenhum piloto de Macau. Todavia, apesar de ausentes, os pilotos de Macau voltaram a ser notícia.

Uma das novas equipas oficiais esta temporada na competição de carros de Turismo mais importante da China representa a aliança Dongfeng Honda. A Dongfeng Honda Racing Team participou já na primeira prova da temporada, inscrevendo dois Honda Civic Type-R FK7 TCR, um para o britânico Jack Young e outro para chinês Martin Xie. No entanto, a equipa prevê participar com três novos Honda Civic Type-R FL5 TCR a partir da próxima prova, sendo que o terceiro carro vai ser entregue a André Couto.

“Só começo [o campeonato] a andar no carro novo. Para a próxima corrida já devo correr”, confirmou André Couto ao HM. “Eu vou estar no terceiro carro da Honda e eles desta vez só prepararam dois carros do modelo antigo e por isso eu não fui”.

A Dongfeng Honda Racing Team conta com o apoio da JAS Motorsport, a estrutura italiana que constrói as viaturas Honda da categoria TCR, e usa como muleta operacional a MacPro Racing, a equipa de Macau que já em 2019 defendeu as cores do construtor japonês neste mesmo campeonato. Este é um regresso de André Couto, não só as pistas, onde não compete desde o início de 2020, como também à Mac Pro Racing, equipa com que correu no Grande Prémio de Macau de 2018 e pontualmente no TCR China nesse mesmo ano.

MG deve parar

Com a presença das equipas oficiais da Hyundai, Honda e Link & Co, a grande ausência nesta primeira corrida da temporada em Xangai foi da equipa oficial da MG. O construtor sino-inglês foi nos últimos três anos um dos principais animadores das corridas da categoria TCR na China, tendo vencido o campeonato em 2021, com o piloto da RAEM, Rodolfo Ávila, e lutado por vitórias no Grande Prémio de Macau, com o convidado Rob Huff. Contudo, a MG XPower Racing, que tem homologado na categoria os modelos MG5 e MG6, não deverá regressar este ano à competição.

“Neste momento, a informação que temos é de que não vamos correr”, explicou Rodolfo Ávila ao HM. “Apesar da indefinição, realizamos alguns testes durante o defeso, mas não devemos correr mais.”

O “canto do cisne” da MG XPower Racing pode ter acontecido na pretérita semana. O piloto português foi protagonista de um violento despiste num teste privado da marca na pista de Zhuzhou. Após ter ficado sem travões no seu MG5 XPower TCR, Rodolfo Ávila teve um forte impacto contra as barreiras de protecção, felizmente sem consequências físicas para o piloto, que mesmo assim não escapou a uma noite de observação num hospital local. Porém, este acidente não estará relacionado com a decisão da MG de se afastar da competição automóvel por agora.

A equipa MG XPower Racing era gerida pela Shanghai Lisheng Racing, a estrutura que é propriedade da empresa que tem os direitos comerciais do TCR para República Popular da China e que via Lisheng Sports estendeu este acordo comercial até 2028. O TCR China/Ásia tem uma prova planeada para o programa da 70ª edição do Grande Prémio de Macau.

17 Mai 2023

Automobilismo | André Couto conta voltar às pistas este ano

Apesar de estar afastado das pistas desde Maio do ano passado, André Couto ainda não poisou o capacete e espera voltar à competição esta temporada. Embora não tenha ainda nada “preto no branco”, o piloto português não esconde que gostaria de regressar ao Japão e está atento ao que se passa na China

 

A temporada de 2021 do vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2000 foi fortemente prejudicada pela pandemia e resumiu-se às duas primeiras provas da Taça Porsche Carrera Ásia com a Toro Racing. Couto tinha alinhavado tripular um dos Mercedes AMG GT3 da Toro Racing no Campeonato da China de GT, todavia tal acabou por não se concretizar, pois, após os adiamentos sucessivos no arranque do campeonato, a equipa de Xangai decidiu apenas realizar a prova de abertura em casa com pilotos locais.

A Toro Racing tinha guardado o seu melhor Mercedes AMG GT3 para Couto competir no Grande Prémio de Macau, o carro que Luo Kai Luo levou ao terceiro lugar da Taça GT Macau, no entanto, o piloto do território teve que abdicar do lugar por razões de ordem pessoal e não foi em 2021 que regressou à sua prova favorita.

“Fui aconselhado a não correr no Grande Prémio, mas felizmente está tudo bem e posso voltar às pistas sem preocupações”, esclareceu Couto ao HM. “Foi uma pena não ter participado, mas quero acreditar que novas oportunidades irão aparecer no futuro”.

Neste momento, o Japão e a China são as melhores possibilidades para Couto prosseguir uma carreira que começou no karting em Coloane.

Japão ainda é hipótese

Depois de mais de uma década, com bastante sucesso, no Japão, o piloto de Macau ainda não foi esquecido no país do sol nascente. Couto mantém a proximidade com a JLOC (Japan Lamborghini Owners’ Club), a equipa com quem deveria competir em 2020, quando a pandemia o obrigou a mudar de planos, e acredita que uma porta ainda se pode voltar a abrir no Super GT.

“Tenho estado em contacto com a minha anterior equipa. Devido à incerteza nas fronteiras, optámos por esperar. Eles já definiram os seus pilotos para 2022, os mesmos da temporada passada, mas existe a possibilidade de poder entrar a meio da época se os resultados não forem muito positivos”, explicou o ex-campeão da categoria GT300. “Eles chegaram a falar comigo no ano passado e até estava tudo bem encaminhado para eu substituir um dos pilotos japoneses, mas não foi possível obter o visto de entrada”.

Depois de ter competido em monolugares e carros de GT no Japão, Couto continua a guardar o Super GT no coração. “É um campeonato muito forte”, diz o piloto, e “que me dá uma motivação para correr”.

Quarentenas não ajudam

Mesmo com a pandemia ainda a atrapalhar um pacífico desenrolar do automobilismo na China, Couto não vira a cara a um programa desportivo do outro lado das Portas do Cerco, porém reconhece que “ainda não me mexi muito”, optando por aguardar “para ver os calendários e os projectos das equipas que só agora começam a definir o que vão fazer nas corridas de GT”.

A medidas impostas na prevenção e controlo da COVID-19 são actualmente um obstáculo para os desportistas que tenham que passar a fronteira com alguma regularidade. “O cenário das quarentenas torna complicado correr na China, pois de um momento para o outro podes ter de ficar preso por tempo indeterminado onde estás e impedido de regressar a casa. No ano passado recebi várias propostas para fazer corridas na China, mas nem sempre era sequer possível de as concretizar”.

Igualmente atractivo para Couto era retornar ao GT World Challenge Asia, competição que esteve parada dois anos e que espera voltar em 2022 com corridas na Malásia, Japão e Indonésia. Contudo, mais uma vez, se as restrições nas fronteiras não forem aliviadas, tal é praticamente inexequível.

2 Mar 2022

André Couto regressou em Xangai e Rui Valente voltou em Zhaoqing

Para além da participação de Rodolfo Ávila na prova de abertura do Campeonato TCR China, que ontem aqui noticiamos, houve mais três pilotos do território em acção num fim de semana agitado para as cores de Macau.

Também no Circuito Internacional de Xangai, e depois de um ano praticamente afastado das pistas, André Couto fez o seu regresso ao automobilismo na prova de abertura da Taça Porsche Carrera Ásia. O piloto português não deixou “créditos por mãos alheias” na sessão de qualificação e realizou o segundo melhor tempo. A pole-position escapou-lhe por meros 0,169 segundos, a favor do jovem sino-inglês Daniel Hibbitt Lu do Team Jebsen.

Na corrida de sábado, Lu defendeu-se bem do ataque inicial de Couto e na segunda volta entrou em pista o Safety-Car para remover um carro imobilizado em zona perigosa. No recomeço, Couto ultrapassou Lu, mas não conseguiu descolar do pelotão perseguidor. Couto, Lu e Ling Kang realizaram várias voltas muito próximos, até que a duas voltas do fim, Couto alargou a trajectória e Lu, que vinha também ele a ser pressionado, tentou a ultrapassagem, tocando no Porsche 911 GT3 Cup (Tipo 992) nº7 de Couto que entrou em pião. O piloto da RAEM ainda voltou à pista para ver a bandeira de xadrez no 13º lugar.

Como a grelha de partida da segunda corrida da Taça Porsche é determinada pela segunda melhor volta na qualificação, Couto arrancou do 5º lugar para o segundo embate do seu fim de semana de estreia na disciplina. O piloto luso da equipa chinesa Toro Racing segurou a quinta posição na primeira metade da corrida, mas no final, claramente com dificuldades com o seu carro, algo que o piloto acredita ter sido derivado ao toque sofrido no dia anterior, acabou por ceder duas posições, terminando assim no sétimo lugar.

Ainda por Xangai, o piloto de Macau Alex Liu participou na prova de estreia do campeonato GT Super Sprint Challenge, que reuniu três dezenas de pilotos amadores com carros das categorias GT3, GT4 e GTC. Ao volante do seu Mercedes AMG GT3, Alex Liu foi o sexto classificado na primeira corrida e abandonou na segunda corrida devido a uma colisão com um adversário.

Maldita jante

No Circuito Internacional de Guangdong, Rui Valente voltou a vestir o fato e a calçar as luvas para o quarto evento do “GIC Super Track Festival”. Com as maleitas que apoquentaram o Honda Integra DC5 nas últimas provas já resolvidas, o veterano piloto das corridas de carros de Turismo obteve o quinto lugar na qualificação para a prova. Contudo, no domingo, quando a corrida de uma hora de duração caminhava para o fim e tudo apontava para mais um pódio de Rui Valente, uma jante construída localmente partida fez ruir as esperanças de um bom resultado.

“Estava tudo a correr nos conformes, até que a quinze minutos do fim deu nisto”, explicou Valente ao HM, apontando para os estragos na sua jante. “Estava no segundo lugar da geral no momento em que a jante partiu. Ainda assim fui às boxes e trocámos de jante, deu para terminar no 15º lugar”.

Entretanto, o quarteto macaense composto por Rui Valente, Ricardo Lopes, José Mariano da Rosa e Belmiro Aguiar adiou o seu regresso às pistas devido a compromissos que alguns dos elementos tinham na data prevista para a prova de seis horas. O objectivo de um regresso às pistas ainda esta temporada continua de pé e deverá acontecer mais tarde ainda este ano na pista dos arredores de Zhaoqing.

11 Mai 2021

Automobilismo | André Couto com duplo programa desportivo na China

Após um ano em que esteve praticamente arredado das pistas, André Couto vai regressar ao activo este ano com dois programas desportivos na República Popular da China. O piloto português da RAEM vai participar no Campeonato da China de GT e na Taça Porsche Carrera Ásia

 

No final da pretérita semana, Couto participou nos dois dias oficiais de testes do Campeonato da China de GT que se realizaram no Circuito Internacional de Zhuhai. O piloto do território aproveitou para voltar a ganhar ritmo competitivo, enquanto se ambientou à sua nova equipa, a Toro Racing, e a um carro que até aqui nunca tinha conduzido, o Mercedes-AMG GT3.

“No global, foi um bom teste”, admitiu Couto ao HM. “A minha última corrida foi em Janeiro do ano passado, na Austrália, e o meu último teste, em Março, no Japão. No início estava um pouco apreensivo, pois foram muitos meses parado, mas no fim, acabou por correr tudo bem. Não tive dificuldades em termos físicos e senti-me confortável com a equipa”.

Dividido em duas categorias, uma para carros da categoria FIA GT3, e outra para os menos potentes carros da classe GT4, o Campeonato da China de GT é composto por cinco provas pontuáveis e uma extra-campeonato no Grande Prémio de Macau, em Novembro. Com início marcado para o último fim de semana de Maio, em Ningbo, Couto fará equipa com o piloto amador chinês Zang Kan, visto que os regulamentos obrigam a que as duplas tenham um piloto profissional e outro amador.

“Os meus planos passam por tentar fazer a época toda, mas tudo vai depender um pouco da evolução das restrições das viagens entre Macau e a China Interior. Se não houver nenhuma alteração na actual política de atribuição de vistos, talvez seja obrigado a faltar a uma prova”, explicou Couto que assim regressa ao campeonato onde se estreou em 2017.

Tempos prometedores

Apesar de ter uma vasta experiência em carros da categoria FIA GT3, a verdade é que Couto nunca tinha conduzido o Mercedes-AMG até à passada quinta-feira. E esta experiência com o carro da marca de Estugarda não podia ter corrido melhor, pois o piloto luso marcou o melhor tempo no cômputo dos dois dias de testes, superando Cheng Congfu (Audi R8 LMS GT3), o piloto oficial da Audi Sport Asia, ou Ye Hongli (Porsche 911 GT3-R), o vencedor da última edição da Taça GT Macau do Grande Prémio.

“Nunca tinha andado com o Mercedes. Fiquei positivamente impressionado com o carro, pois tem uma base muito boa, uma suspensão eficaz e tem uma traseira muito estável”, destacou o novo recruta da Toro Racing. “Também gostei muito da forma de trabalhar da equipa, que se aproxima ao que estou habituado. Falam inglês e compreendem as necessidades do piloto. O meu companheiro de equipa conseguiu tempos interessantes para um ‘gentleman driver’ e os patrões da equipa têm ambições. É uma equipa nova, com um grupo forte por detrás, e que quer crescer. Julgo que podemos ter um conjunto interessante para o futuro”.

Estreia na Taça Porsche

O convite da Toro Racing ao piloto de Macau estendeu-se do campeonato chinês de GT também para a Taça Porsche Carrera Ásia. Couto será o sexto piloto da RAEM a participar na competição monomarca da Porsche para o continente asiático, isto no ano de estreia do novo modelo Porsche 911 GT3 Cup (Tipo 992). Também será a primeira vez que Couto participa numa competição de automobilismo monomarca desde 2000, quando competiu no Campeonato Internacional de Fórmula 3000.

“A equipa vai ter dois carros, um deles para um piloto semi-amador e outro para mim. Vou fazer corrida a corrida, pois não sei se será possível completar a temporada devido aos vistos. A minha prioridade ainda são os GT, mas a Taça Porsche é igualmente competitiva e quero aproveitar ao máximo depois de um ano praticamente parado”, esclareceu Couto que na próxima semana viaja para Xangai, para os dias oficiais de testes da Taça Porsche que antecedem a primeira corrida do ano.

Após dezasseis anos a conduzir ao mais alto nível no Japão, Couto não esconde que ambiciona voltar ao país do sol nascente. “Mantenho contactos com o Japão e, quando as fronteiras reabrirem, gostava de regressar”, reconhece Couto, que aos 44 anos está longe de abrandar.

27 Abr 2021

GP Macau | André Couto lamenta ausência no circuito da Guia

Quando na passada quarta-feira foram reveladas as listas de inscritos para a 67ª edição do Grande Prémio de Macau, evento que este ano terá uma forte componente local, obviamente que saltou à vista a ausência do único piloto da RAEM a ter até hoje conquistado o troféu mais importante da prova, André Couto

 

[dropcap]A[/dropcap]pesar dos esforços para participar num evento que lhe é tão querido, o piloto português vai pelo segundo ano consecutivo faltar à maior manifestação desportiva do território. “É com muita mas muita pena minha que não vou poder participar no Grande Prémio deste ano. Infelizmente, não consegui reunir os apoios para participar na prova de GT e portanto não vou estar presente”, esclareceu ao HM o vencedor do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2000.

Numa edição que precisava desesperadamente de todos os heróis locais para colmatar a falta das habituais estrelas estrangeiras, e assim justificar o seu alto estatuto internacional, o facto daquele que é um dos “nomes grandes” do automobilismo da região estar novamente ausente não deixa de ser desapontante. O piloto luso de Macau terá tido a oportunidade de correr numa das equipas de topo, com um carro competitivo, na Taça GT Macau, mas por diversos motivos, com o principal a ser de indole financeira, tal não se materializou.

“Confesso que é um desgosto grande não estar este ano à partida, porque sei que teria boas hipóteses de dar uma grande alegria à população de Macau que tanto me tem apoiado ao longo de toda a minha carreira”, admite Couto. “Contudo, não existe o apoio necessário, quer institucional, quer por parte de entidades privadas, para levar a cabo a minha participação. Ao contrário do passado, não sinto que haja, dentro das entidades competentes, quem realmente puxe para que haja pilotos de Macau a vencer nas corridas principais do Grande Prémio. Se houvesse interesse em oferecer alguma glória desportiva à RAEM, provavelmente a atitude seria outra.”

Caso a participação de Couto se tivesse concretizado, certamente que o piloto da casa seria um sério candidato à conquista Taça GT Macau, troféu que nunca foi ganho por um piloto de Macau desde a implantação da corrida em 2008. Como não haverá Couto à partida, teremos então um duelo entre dois “veteranos” de Hong Kong, como são Darryl O’Young (Mercedes AMG) e Marchy Lee (Audi), contra o “sangue novo” oriundo da China Interior, David Chen (Audi) e Leo Ye Hongli (Mercedes AMG).

Final no Japão é possível

A temporada de 2020 de Couto foi severamente afectada pela pandemia de COVID-19. O piloto de Macau tem contrato com a equipa JLOC (Japanese Lamborghini Owners Club) para o campeonato japonês Super GT, mas devido às restrições impostas à entrada de estrangeiros no país do sol nascente, só realizou os testes de pré-temporada no circuito de Okayama com o Lamborghini Huracán GT3 Evo. Contudo, Couto está a tentar estar à partida na última prova do campeonato, no fim-de-semana de 28 e 29 de Novembro, em Fuji.

De acordo com o piloto, a sua participação em “tudo vai depender dos tramites das burocracias em curso”, existindo a real possibilidade do ex-campeão da classe GT300 voltar ao cockpit do Huracán GT3 Evo para o fim de época. O japonês Yuya Motojima tem ocupado o lugar de Couto ao lado de Takashi Kogure no “touro” com o nº88, e a duas provas do final, o duo nipónico está na 11ª posição da classificação de pilotos.

5 Nov 2020

André Couto ausente da primeira do Super GT

[dropcap]A[/dropcap]ndré Couto vai ser forçado a ficar de fora da primeira corrida da temporada de 2020 do campeonato nipónico Super GT, que decorre este fim-de-semana no circuito de Fuji, devido às restrições de viagens e movimento de pessoas no Japão motivadas pela pandemia mundial da covid-19.

O piloto português da RAEM, que este ano renovou contrato para defender as cores da equipa JLOC (Japan Lamborghini Owner’s Club) na categoria GT300, é um dos vários pilotos estrangeiros que vão estar ausentes da prova de abertura do maior campeonato de automobilismo do Japão. Couto teria que cumprir uma quarentena de catorze dias para entrar no país do sol nascente e depois outra idêntica em número de dias se quisesse regressar a casa, algo muito difícil de aplicar na prática para qualquer piloto não residente no Japão.

“Obviamente que gostaria de estar presente nesta primeira corrida da época, mas, devido às restrições impostas à entrada de cidadãos estrangeiros no Japão, tornou-se impossível a minha presença em Fuji este fim-de-semana. Estou em permanente contacto com a equipa e espero que estas restrições sejam aliviadas nas próximas semanas para que possa estar presente já na próxima corrida”, explicou ao HM o campeão da classe GT300 em 2015.

Devido à ausência dos seus dois pilotos estrangeiros – André Couto e o dinamarquês Denis Lind –
a equipa JLOC teve que reestruturar a sua formação de pilotos de ambos os carros para este fim-de-semana, só com pilotos nipónicos. Yuya Motojima irá mudar-se para o Lamborghini Huracan GT3 nº88, para se juntar a Takashi Kogure, enquanto Tsubasa Takahashi e Shinosuke Yamada unem-se no carro gémeo com o nº87.

Outras ausências

Também de fora da prova deverá ficar Duarte Alves, que está na mesma situação de Couto. O engenheiro português de Macau tem responsabilidades no Audi R8 LMS GT3, da categoria GT300, da equipa X-Works Racing, e ficará igualmente presencialmente afastado desta primeira corrida pelas mesmas razões.

“É uma situação difícil para a equipa, mas estamos a tentar contornar este problema com soluções interactivas que nos permitam manter o mesmo nível de preparação e afinações do carro ao longo do fim-de-semana”, esclareceu o engenheiro da equipa de Hong Kong no campeonato japonês e no GT World Challenge Asia.

O campeonato Super GT terá apenas oito provas esta temporada. Para evitar os movimentos das equipas, será apenas disputado dentro do país este ano e em apenas três circuitos: Fuji, Suzuka e Motegi. Quarenta e quatros carros estão inscritos para esta primeira prova do campeonato.

7 Jul 2020

Okayama | André Couto com testes oficiais animadores

[dropcap]C[/dropcap]om o desporto motorizado praticamente parado em todo o mundo, o Japão continua a ser uma excepção. Cumpriu-se este fim-de-semana, à porta fechada, os dois dias oficiais de testes do campeonato japonês Super GT, no circuito de Okayama. Apesar das restrições de viagens para o país do sol nascente, André Couto marcou presença neste evento e os resultados foram bastante animadores.

Devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19), o teste foi realizado com muitas cautelas no paddock, com o próprio circuito a implementar várias de medidas de precaução. Ao todo estiveram na pista japonesa 46 equipas e 100 pilotos. Para todos os presentes, esta foi uma das últimas oportunidades para testar antes do arranque da temporada dentro de um mês. Couto e todos os membros da equipa JLOC (Japanese Lamborghini Owners Club) aproveitaram para reunir mais informações sobre o comportamento e a performance dos novos pneus Yokohama.

Com duas sessões por dia, uma de manhã e outra à tarde, o Lamborghini Huracán GT3 Evo nº88 fez o 16º tempo da categoria GT300 no final primeiro dia, após ter sido o mais rápido na sessão matinal. “Na primeira sessão, em que eu conduzi, fizemos o primeiro tempo. Na segunda sessão caímos um bocado, mas também não colocámos muitos pneus novos, pois estivemos a trabalhar noutras áreas do carro”, explicou o piloto de Macau ao HM.

No segundo dia, a equipa nipónica continuou a trabalhar nas afinações do carro italiano calçado pelas “gomas” da Yokohama, num campeonato em que os pneus têm muita influência nos resultados. “Na primeira sessão do segundo dia, que foi uma sessão rápida, fiz o sexto tempo, mas estávamos quase todos a testar pneus. Pela tarde, tivemos focados noutros pontos e não nos preocupamos com os tempos por volta”, disse Couto, que terminou o dia com o 9º melhor tempo da classe.

O Audi R8 LMS da Hitotsuyama Racing foi o mais rápido no primeiro dia na categoria GT300, enquanto o exótico Lotus Evora MC foi o melhor no segundo dia. O Huracán GT3 Evo nº88 foi sempre o mais rápido da sua equipa.

Resultados que dão confiança

Apesar de não serem cem por cento precisos, estes testes de pré-temporada dão uma pequena ideia do que será o real andamento dos concorrentes ao longo da época de 2020, o que deixa o ex-campeão da classe GT300 confiante para o que está para vir.

“No geral, o carro mostrou um certo potencial nesta pista, consegui encontrar um equilíbrio bastante bom”, admitiu o piloto português. “Apenas não conseguimos encontrar a consistência que gostaríamos, mas julgo que muitas equipas sofreram do mesmo. Para todos os efeitos, temos que continuar a trabalhar para encontrar essa consistência para a primeira prova”.

O campeonato Super GT tinha o arranque previsto para o fim-de-semana de 11 e 12 de Abril, também no circuito de Okayama, na prefeitura de Chugoku, mas devido à pandemia em curso a organização resolveu adiar o evento para uma data posterior a confirmar seguindo os conselhos do governo nipónico. A primeira prova do campeonato será, por agora, em Fuji, no primeiro fim-de-semana de Maio. Contudo, nos dias 28 e 29 de Março, os motores voltam-se a fazer ouvir com mais um teste colectivo no circuito dos arredores do Monte Fuji.

19 Mar 2020

Automobilismo | André Couto regressa ao Super GT em 2020

[dropcap]A[/dropcap]ndré Couto prepara-se para a sua 17ª temporada no campeonato japonês Super GT. O piloto português residente em Macau, que é um dos pilotos estrangeiros com maior longevidade na mais forte competição de automobilismo do país do sol nascente, vai correr pelo segundo ano consecutivo pela equipa JLOC e ao volante de um Lamborghini Huracán GT3 Evo.

O vice-campeão do Super GT em 2004 na categoria principal (GT500) e campeão da classe GT300 em 2015 tripulou na temporada passada um dos dois Lamborghini Huracán GT3 Evo inscritos na categoria GT3000 pela equipa JLOC (Japanese Lamborghini Owners Club). Aos comandos do “touro” nº87, Couto conseguiu a proeza de vencer à classe os 1000 km de Fuji, a prova mais importante do calendário.

Para a nova época, o piloto de 43 anos é um dos três pilotos designados para conduzir o Huracán GT3 nº88, o carro principal da equipa fundada em 1994 pelo clube de proprietários de viaturas da marca italiana no Japão. Couto fará equipa com o experiente japonês Takashi Kogure; campeão do Super GT em 2010 e ex-piloto de testes da Honda na Fórmula 1. O também nipónico Yuya Tezuka é o terceiro elemento da equipa que só deverá entrar em cena nas corridas de longa distância.

“Estou muito satisfeito de regressar ao Super GT esta temporada”, disse ao HM o piloto que terminou em oitavo da categoria GT300 na época transacta. “O facto de ir conduzir o carro nº88, que é o principal da equipa, mostra a confiança que a equipa colocou em mim para esta época. Vou dar o meu melhor para retribuir a confiança”.

Durante a pré-temporada, Couto fez as duas primeiras corridas do Asian Le Mans Series pela JLOC, uma em Xangai e outra na Austrália, conseguindo um segundo lugar na categoria GT no circuito chinês. Porém, o Super GT em tudo um desafio diferente.

O peso do pneus

Pela frente esta temporada, Couto terá novamente a oposição dos Honda, Nissan e Lexus apoiados pelos próprios construtores, assim como os Aston Martin, Mercedes-AMG, Audi, BMW e Porsche de equipas privadas. A competição é forte e há um outro factor diferenciador neste campeonato: os pneus.

“Só saberemos quanto competitivo seremos após o primeiro teste colectivo. Vai ser muito importante o trabalho com a Yokohama para encontrar os melhores pneus. Sessenta por cento da competitividade neste campeonato depende do comportamento dos pneus”, explicou o piloto da RAEM que tem uma enorme experiência nesta matéria e que contará com gomas especiais do construtores de pneus japonês.

Por outro lado, a JLOC está a sair da sombra de uma pequena estrutura com poucos meios. Nas últimas temporada os seus Lamborghini mostraram-se capaz de ombrear com os melhores carros do campeonato, muito também pelo investimento que está a ser feito. “A equipa está a crescer e é a equipa oficial da Lamborghini no Japão. Contámos com algum apoio de fábrica, o que é uma preciosa ajuda”, afirma Couto.

Ameaça do Covid-19

Para evitar a propagação do COVID-19, as autoridades japonesas também têm posto travão a vários eventos desportivos, entre os quais, várias provas de automobilismo. O primeiro evento do campeonato de monologares Super Formula, que incluía no seu programa a prova de abertura do Campeonato Japonês de Superbikes, marcado para o mês de Abril, foi cancelado. A prova do Super Taikyu teve o mesmo destino.

Ambas as provas iriam ser realizada no circuito de Suzuka, a poucos quilómetros de uma unidade fabril importante da Honda.

À data de publicação deste artigo, a organização do Super GT ainda não tinha cancelado qualquer evento. Contudo, os dias oficiais de testes – 14 e 15 de Março – serão realizados à “porta-fechada” em Okayama. O campeonato começa a 11 e 12 de Abril, também no circuito da prefeitura de Chugoku, mas há dúvidas se evento se irá desenrolar na data prevista, dado que as provas do Super GT costumam atrair mais de vinte mil espectadores.

6 Mar 2020

Automobilismo | André Couto regressa ao Super GT em 2020

[dropcap]A[/dropcap]ndré Couto prepara-se para a sua 17ª temporada no campeonato japonês Super GT. O piloto português residente em Macau, que é um dos pilotos estrangeiros com maior longevidade na mais forte competição de automobilismo do país do sol nascente, vai correr pelo segundo ano consecutivo pela equipa JLOC e ao volante de um Lamborghini Huracán GT3 Evo.
O vice-campeão do Super GT em 2004 na categoria principal (GT500) e campeão da classe GT300 em 2015 tripulou na temporada passada um dos dois Lamborghini Huracán GT3 Evo inscritos na categoria GT3000 pela equipa JLOC (Japanese Lamborghini Owners Club). Aos comandos do “touro” nº87, Couto conseguiu a proeza de vencer à classe os 1000 km de Fuji, a prova mais importante do calendário.
Para a nova época, o piloto de 43 anos é um dos três pilotos designados para conduzir o Huracán GT3 nº88, o carro principal da equipa fundada em 1994 pelo clube de proprietários de viaturas da marca italiana no Japão. Couto fará equipa com o experiente japonês Takashi Kogure; campeão do Super GT em 2010 e ex-piloto de testes da Honda na Fórmula 1. O também nipónico Yuya Tezuka é o terceiro elemento da equipa que só deverá entrar em cena nas corridas de longa distância.
“Estou muito satisfeito de regressar ao Super GT esta temporada”, disse ao HM o piloto que terminou em oitavo da categoria GT300 na época transacta. “O facto de ir conduzir o carro nº88, que é o principal da equipa, mostra a confiança que a equipa colocou em mim para esta época. Vou dar o meu melhor para retribuir a confiança”.
Durante a pré-temporada, Couto fez as duas primeiras corridas do Asian Le Mans Series pela JLOC, uma em Xangai e outra na Austrália, conseguindo um segundo lugar na categoria GT no circuito chinês. Porém, o Super GT em tudo um desafio diferente.

O peso do pneus

Pela frente esta temporada, Couto terá novamente a oposição dos Honda, Nissan e Lexus apoiados pelos próprios construtores, assim como os Aston Martin, Mercedes-AMG, Audi, BMW e Porsche de equipas privadas. A competição é forte e há um outro factor diferenciador neste campeonato: os pneus.
“Só saberemos quanto competitivo seremos após o primeiro teste colectivo. Vai ser muito importante o trabalho com a Yokohama para encontrar os melhores pneus. Sessenta por cento da competitividade neste campeonato depende do comportamento dos pneus”, explicou o piloto da RAEM que tem uma enorme experiência nesta matéria e que contará com gomas especiais do construtores de pneus japonês.
Por outro lado, a JLOC está a sair da sombra de uma pequena estrutura com poucos meios. Nas últimas temporada os seus Lamborghini mostraram-se capaz de ombrear com os melhores carros do campeonato, muito também pelo investimento que está a ser feito. “A equipa está a crescer e é a equipa oficial da Lamborghini no Japão. Contámos com algum apoio de fábrica, o que é uma preciosa ajuda”, afirma Couto.

Ameaça do Covid-19

Para evitar a propagação do COVID-19, as autoridades japonesas também têm posto travão a vários eventos desportivos, entre os quais, várias provas de automobilismo. O primeiro evento do campeonato de monologares Super Formula, que incluía no seu programa a prova de abertura do Campeonato Japonês de Superbikes, marcado para o mês de Abril, foi cancelado. A prova do Super Taikyu teve o mesmo destino.
Ambas as provas iriam ser realizada no circuito de Suzuka, a poucos quilómetros de uma unidade fabril importante da Honda.
À data de publicação deste artigo, a organização do Super GT ainda não tinha cancelado qualquer evento. Contudo, os dias oficiais de testes – 14 e 15 de Março – serão realizados à “porta-fechada” em Okayama. O campeonato começa a 11 e 12 de Abril, também no circuito da prefeitura de Chugoku, mas há dúvidas se evento se irá desenrolar na data prevista, dado que as provas do Super GT costumam atrair mais de vinte mil espectadores.

6 Mar 2020

JLOC | André Couto no Asian Le Mans Series 2019/2020

[dropcap]A[/dropcap]ndré Couto vai estar ausente da 66ª edição do Grande Prémio de Macau, mas o piloto português de Macau vai continuar bastante activo este Inverno. Couto foi confirmado como um dos três pilotos da equipa Japan Lamborghini Owner’s Club (JLOC) para a temporada 2019/2020 do campeonato Asian Le Mans Series.

A equipa japonesa, que Couto representou este ano no campeonato nipónico Super GT, vai inscrever um dos seus dois Lamborghini Huracan GT3 EVO na classe GT do campeonato de quatro provas promovido na Ásia pelos organizadores das 24 Horas de Le Mans. O vencedor desta categoria receberá um convite para a clássica de resistência francesa que anualmente se disputa no solstício de Junho.

Na sua estreia no Asian Le Mans Series, Couto fará equipa com os experientes pilotos japoneses Yuya Motojima e Yusaku Shibata. O dono da equipa, Isao Noritake, disse em comunicado que a equipa “preparou o melhor conjunto para este novo desafio. Vamos fazer o nosso melhor desde a primeira corrida em Xangai, que será realizada no fim-de-semana de 23 e 24 de Novembro”.

Objectivo vencer

Tal como o responsável máximo da equipa, o reputado piloto do território está igualmente confiante que a equipa poderá conseguir um bom resultado nesta sua estreia.

“O objectivo principal será tentar conquistar o título”, afirmou convictamente Couto ao HM. “Sabemos que temos uma boa equipa, bons parceiros e um carro com muito potencial. Vamos ver o que podemos fazer nestas quatro corridas, mas à partida estamos confiantes. Não sabemos quão forte será a concorrência, mas a equipa está motivada e quer mostrar que é capaz de vencer”.

A competição arranca com as 4 Horas de Xangai para continuar depois em Janeiro na Austrália, com uma prova de 6 horas na The Bend Motorsport Park. Em Fevereiro realizam-se as duas provas finais, ambas de quatro horas de duração, em Sepang (Malásia) e Buriram (Tailândia).

Entretanto, a época de 2019 do campeonato Super GT terminou no pretérito fim-de-semana no circuito de Motegi. Na temporada que marcou o seu regresso a tempo inteiro ao mais forte campeonato de automobilismo do país do sol nascente, Couto, que fez equipa com Tsubasa Takahashi num dos Lamborghini da JLOC, terminou classificado na 8ª posição da categoria GT300.

O destaque da temporada foi sem dúvida a vitória, contra todas as probabilidades, nos 500 km de Fuji, a prova mais importante da temporada do Super GT.

6 Nov 2019

JLOC | André Couto no Asian Le Mans Series 2019/2020

[dropcap]A[/dropcap]ndré Couto vai estar ausente da 66ª edição do Grande Prémio de Macau, mas o piloto português de Macau vai continuar bastante activo este Inverno. Couto foi confirmado como um dos três pilotos da equipa Japan Lamborghini Owner’s Club (JLOC) para a temporada 2019/2020 do campeonato Asian Le Mans Series.
A equipa japonesa, que Couto representou este ano no campeonato nipónico Super GT, vai inscrever um dos seus dois Lamborghini Huracan GT3 EVO na classe GT do campeonato de quatro provas promovido na Ásia pelos organizadores das 24 Horas de Le Mans. O vencedor desta categoria receberá um convite para a clássica de resistência francesa que anualmente se disputa no solstício de Junho.
Na sua estreia no Asian Le Mans Series, Couto fará equipa com os experientes pilotos japoneses Yuya Motojima e Yusaku Shibata. O dono da equipa, Isao Noritake, disse em comunicado que a equipa “preparou o melhor conjunto para este novo desafio. Vamos fazer o nosso melhor desde a primeira corrida em Xangai, que será realizada no fim-de-semana de 23 e 24 de Novembro”.

Objectivo vencer

Tal como o responsável máximo da equipa, o reputado piloto do território está igualmente confiante que a equipa poderá conseguir um bom resultado nesta sua estreia.
“O objectivo principal será tentar conquistar o título”, afirmou convictamente Couto ao HM. “Sabemos que temos uma boa equipa, bons parceiros e um carro com muito potencial. Vamos ver o que podemos fazer nestas quatro corridas, mas à partida estamos confiantes. Não sabemos quão forte será a concorrência, mas a equipa está motivada e quer mostrar que é capaz de vencer”.
A competição arranca com as 4 Horas de Xangai para continuar depois em Janeiro na Austrália, com uma prova de 6 horas na The Bend Motorsport Park. Em Fevereiro realizam-se as duas provas finais, ambas de quatro horas de duração, em Sepang (Malásia) e Buriram (Tailândia).
Entretanto, a época de 2019 do campeonato Super GT terminou no pretérito fim-de-semana no circuito de Motegi. Na temporada que marcou o seu regresso a tempo inteiro ao mais forte campeonato de automobilismo do país do sol nascente, Couto, que fez equipa com Tsubasa Takahashi num dos Lamborghini da JLOC, terminou classificado na 8ª posição da categoria GT300.
O destaque da temporada foi sem dúvida a vitória, contra todas as probabilidades, nos 500 km de Fuji, a prova mais importante da temporada do Super GT.

6 Nov 2019

Grande Prémio | André Couto fora da edição deste ano

A Comissão Organizadora apresentou a lista provisória de participantes na edição das corridas deste ano e o piloto de Macau, assim como a alemã Sophia Florsch, são as principais ausências. Na Fórmula 3 ainda há seis vagas disponíveis

 

[dropcap]O[/dropcap] piloto André Couto é o grande ausente da edição deste ano do Grande Prémio de Macau. O herói local tentou montar um projecto competitivo para participar na prova de GTs ou da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), mas não conseguiu. “Não consegui reunir as condições ideias para correr e essencialmente faltou-me dinheiro”, afirmou André Couto, em declarações ao HM. “Para correr ia ter condições que estavam longe de serem as ideais, ia de ter de correr de uma certa maneira que não gosto e por isso optei por não participar”, acrescentou.

O piloto admitiu também ter ficado desiludido, mas prometeu trabalhar para regressar no próximo ano. “Também não me vou atirar para um poço [por não participar]. É verdade que ninguém fica mais triste com a notícia do que eu, mas vou focar-me em outras provas e pensar na edição do próximo ano. Vou tentar novos apoios, que foi o que faltou”, explicou.

A lista divulgada ontem confirmou a participação do piloto local Charles Leong na prova de Fórmula 3, com a Jenzer Motorsport, como o HM já havia adiantado. Entre as ausentes está Sophia Florsch, piloto que no ano passado sofreu um acidente espectacular e que segundo Pun Weng Kun, coordenador da comissão organizadora do Grande Prémio, fica de fora da competição devido à falta de “experiência” com o novo monolugar da F3. Ao nível de presenças, destaque para David Schumacher, filho de Ralf Schumacher, que se vai estrear no Circuito da Guia com as cores da Sauber Junior Team by Charouz.

A lista de inscritos revelada ontem é provisória e ainda tem seis lugares disponíveis, que deverão ser preenchidos mais tarde.

Tiago Monteiro de regresso

Uma das grandes novidades é o regresso de Tiago Monteiro, que vai tripular um Honda Civic com as cores da KCMG, na prova do mundial de carros de Turismo da FIA. O piloto é o único português inscrito na categoria, numa altura em que ainda não são conhecidos os pilotos convidados pela organização o que só deverá acontecer lá mais à frente.

Como tradicionalmente acontece, é na Taça de Carros de Turismo de Macau que está o maior contingente de pilotos macaenses. Numa prova que deve ter como principais favoritos os Peugeot RCZ da equipa Suncity, os pilotos Célio Alves Dias (Mini), Luciano Lameiras (Mitsubishi), Delfim Mendonça (Mitsubishi), Rui Valente (Mini), Filipe de Souza (Audi), Jerónimo Badaraco (Chevrolet) e Hélder Assunção (Nissan) são os representantes da comunidade local.

Ainda ao nível dos pilotos com as cores portuguesas, André Pires volta a Macau, numa lista que conta com o recordista Michael Rutter e Peter Hickman, vencedor do ano passado. Já no que diz respeito à Taça do Mundo de GT, Augusto Farfus (BMW) vai entrar em acção para defender a vitória conquistada no ano passado, tendo como principais adversários os Mercedes-AMG de Edoardo Mortara e Maro Engel.

O Grande Prémio realiza-se entre 14 e 17 de Novembro e, de acordo com Pun Weng Kun, as vendas dos bilhetes estão a decorrer a bom ritmo, pelo que a ocupação das bancadas deverá ser superior a 90 por cento nos dias do fim-de-semana.

18 Out 2019

Grande Prémio | André Couto fora da edição deste ano

A Comissão Organizadora apresentou a lista provisória de participantes na edição das corridas deste ano e o piloto de Macau, assim como a alemã Sophia Florsch, são as principais ausências. Na Fórmula 3 ainda há seis vagas disponíveis

 
[dropcap]O[/dropcap] piloto André Couto é o grande ausente da edição deste ano do Grande Prémio de Macau. O herói local tentou montar um projecto competitivo para participar na prova de GTs ou da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), mas não conseguiu. “Não consegui reunir as condições ideias para correr e essencialmente faltou-me dinheiro”, afirmou André Couto, em declarações ao HM. “Para correr ia ter condições que estavam longe de serem as ideais, ia de ter de correr de uma certa maneira que não gosto e por isso optei por não participar”, acrescentou.
O piloto admitiu também ter ficado desiludido, mas prometeu trabalhar para regressar no próximo ano. “Também não me vou atirar para um poço [por não participar]. É verdade que ninguém fica mais triste com a notícia do que eu, mas vou focar-me em outras provas e pensar na edição do próximo ano. Vou tentar novos apoios, que foi o que faltou”, explicou.
A lista divulgada ontem confirmou a participação do piloto local Charles Leong na prova de Fórmula 3, com a Jenzer Motorsport, como o HM já havia adiantado. Entre as ausentes está Sophia Florsch, piloto que no ano passado sofreu um acidente espectacular e que segundo Pun Weng Kun, coordenador da comissão organizadora do Grande Prémio, fica de fora da competição devido à falta de “experiência” com o novo monolugar da F3. Ao nível de presenças, destaque para David Schumacher, filho de Ralf Schumacher, que se vai estrear no Circuito da Guia com as cores da Sauber Junior Team by Charouz.
A lista de inscritos revelada ontem é provisória e ainda tem seis lugares disponíveis, que deverão ser preenchidos mais tarde.

Tiago Monteiro de regresso

Uma das grandes novidades é o regresso de Tiago Monteiro, que vai tripular um Honda Civic com as cores da KCMG, na prova do mundial de carros de Turismo da FIA. O piloto é o único português inscrito na categoria, numa altura em que ainda não são conhecidos os pilotos convidados pela organização o que só deverá acontecer lá mais à frente.
Como tradicionalmente acontece, é na Taça de Carros de Turismo de Macau que está o maior contingente de pilotos macaenses. Numa prova que deve ter como principais favoritos os Peugeot RCZ da equipa Suncity, os pilotos Célio Alves Dias (Mini), Luciano Lameiras (Mitsubishi), Delfim Mendonça (Mitsubishi), Rui Valente (Mini), Filipe de Souza (Audi), Jerónimo Badaraco (Chevrolet) e Hélder Assunção (Nissan) são os representantes da comunidade local.
Ainda ao nível dos pilotos com as cores portuguesas, André Pires volta a Macau, numa lista que conta com o recordista Michael Rutter e Peter Hickman, vencedor do ano passado. Já no que diz respeito à Taça do Mundo de GT, Augusto Farfus (BMW) vai entrar em acção para defender a vitória conquistada no ano passado, tendo como principais adversários os Mercedes-AMG de Edoardo Mortara e Maro Engel.
O Grande Prémio realiza-se entre 14 e 17 de Novembro e, de acordo com Pun Weng Kun, as vendas dos bilhetes estão a decorrer a bom ritmo, pelo que a ocupação das bancadas deverá ser superior a 90 por cento nos dias do fim-de-semana.

18 Out 2019

Automobilismo | André Couto, Rodolfo Ávila e Tiago Monteiro correram em Ningbo

[dropcap]O[/dropcap] saldo final da presença portuguesa pelo Ningbo Speedpark International foi algumas mazelas e resultados que poderiam ser bem melhores, mas por diversas razões não o foram. André Couto, chamado à última da hora para ajudar a Dongfeng Honda Team na prova do TCR China Series, apenas cumpriu metade do objectivo que lhe tinha sido incumbido.

Rodolfo Ávila teve duas corridas estragadas no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), mas foi para casa ocupando a mesma posição no campeonato do que quando chegou à cidade que um dia os portugueses chamaram de Liampó. O piloto da RAEM voltou novamente a participar nas provas do TCR China e até poderia ter dado o primeiro pódio à geral da MG no campeonato, se a equipa não tivesse decidido o contrário. Por fim, Tiago Monteiro teve uma jornada chinesa da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) para esquecer, não somando qualquer ponto e deixando o seu Honda em muito mau estado.

TCR China: soube a pouco

Couto arrancou do quarto lugar da grelha de partida e por ali andou nas 13 voltas da corrida, servindo de tampão ao Audi líder do campeonato de Huang Chu Han, enquanto Daniel Lloyd e Martin Xie, nos outros dois Honda Civic Type-R da Dongfeng Honda Team, terminavam em 2º e 3º respectivamente, mas muito longe do vencedor Luca Engstler (Hyundai). Como o recém-campeão do TCR Asia não está na luta pelo campeonato, o segundo lugar de Lloyd foi uma boa operação para a equipa da província chinesa de Guangdong, até porque Couto acabou por roubar pontos ao líder do campeonato.

Porém, o bom astral na Dongfeng Honda Team, que na prática é a equipa do território MacPro Racing Team, evaporou-se na segunda corrida no domingo. Couto assumiu rapidamente a liderança da corrida, mas à segunda volta, o piloto luso perdeu momentaneamente o controlo do Honda Civic Type-R e atrás de si, a discutir o segundo posto com Luca Engstler, vinha Daniel Lloyd que não conseguiu evitar a colisão com o seu companheiro de equipa. Os estragos foram demasiados para continuar para desespero dos homens da MacPro Racing Team. Huang Chu Han foi segundo e ainda saiu mais líder do campeonato quando falta apenas realizar uma prova.

No novo MG 6 TCR, Ávila foi o décimo classificado na primeira corrida, isto depois de ter cortado a linha de meta com o carro a arrastar-se em três rodas, após a suspensão ter cedido na última volta ao passar por cima de um corrector. No domingo, o novo recruta da MG Power Racing levou o carro de matriz britânica ao quarto lugar. O piloto português rodou a maior parte da corrida no quarto lugar, à frente do seu companheiro de equipa, mas acabou por deixar Zhang Zhen Dong passar a três voltas para o fim, respeitando as ordens da equipa, quando se confirmou que ambos seriam promovidos uma posição, um deles ao pódio, com a penalização de um adversário.

Depois dos problemas de motor na quinta-feira e de caixa-de-velocidades ontem, Rodolfo Ávila levou o novo MG 6 TCR da MG Power Racing ao final da corrida no 10º lugar, a prioridade da equipa para o fim-de-semana. Isto, apesar do piloto português residente em Macau ter cortado a linha de meta muito devagar depois da suspensão do carro de matriz inglesa ter cedido na última volta.

CTCC: do mal, o menos

As duas corridas de Ávila no CTCC não foram muito diferentes as anteriores. O piloto da SVW333 Racing luta por posições no topo do pelotão e acaba invariavelmente abalroado, sem que haja qualquer punição para os seus adversários. Na primeira corrida, Ávila levou um toque logo nos primeiros metros da prova, o que o obrigou a recuperar do 16º lugar até ao 8º posto final. No segundo confronto, partindo do 3º lugar conquistado na qualificação, Ávila foi novamente empurrado para fora por um oponente e terminou no 13º lugar com a suspensão danificada no VW Lamando.

“É muito difícil quando se corre com mais 100kg que os Ford e mais 90kg que os KIA”, explicou Ávila, que representa a SAIC Volkswagen, em comunicado. “Fui sempre o mais rápido da minha equipa ao longo do fim-de-semana, mas no confronto com os adversários das outras equipas foi muito complicado. Ao fim de quatro voltas ficámos sem pneus e somos alvos fáceis. Houve novamente pilotos que se excederam e voltei a ser prejudicado nas duas corridas devido a toques.”

Apesar das duas corridas não terem corrido de feição, Ávila manteve o quinto posto na classificação de pilotos, no entanto, a SVW333 Racing perdeu a liderança dos construtores para a rival Kia.

WTCR: Monteiro quer esquecer

Como cabeça de cartaz na pista da província de Zhejiang esteve a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Os líderes do campeonato Yvan Muller (Lynk & Co), com duas vitórias, e Norbert Michelisz (Hyundai), com uma, dividiram os triunfos naquela que terá sido as provas mais caóticas da temporada, com vários acidentes e colisões a deixarem mais de metade do pelotão muito mal tratado.

Apesar de ter chegado a Ningbo motivado pelo triunfo nas ruas de Vila Real há dois meses, Tiago Monteiro teve um fim-de-semana para esquecer. O piloto português do Honda Civic Type-R da equipa KCMG, de Hong Kong, foi 21º na primeira corrida e desistiu, fruto de acidentes, nas outras duas.

“As corridas são cada vez mais disputadas, ninguém cede um milímetro. Na segunda corrida, bati violentamente no muro a cerca de 130 km/h, mas fisicamente estou bem. A equipa terá agora muito trabalho pela frente até à próxima prova, pois vão ter de trocar o chassis e é um processo demorado. Será uma corrida contra o tempo”, disse o piloto portuense depois de ter sido enviado contra um muro pelo marroquino Mehdi Bennani na terceira corrida.

Antes da visita a Macau, em Novembro, a caravana do WTCR tem uma corrida em Suzuka, no Japão, no fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro.

17 Set 2019

Automobilismo | André Couto, Rodolfo Ávila e Tiago Monteiro correram em Ningbo

[dropcap]O[/dropcap] saldo final da presença portuguesa pelo Ningbo Speedpark International foi algumas mazelas e resultados que poderiam ser bem melhores, mas por diversas razões não o foram. André Couto, chamado à última da hora para ajudar a Dongfeng Honda Team na prova do TCR China Series, apenas cumpriu metade do objectivo que lhe tinha sido incumbido.
Rodolfo Ávila teve duas corridas estragadas no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), mas foi para casa ocupando a mesma posição no campeonato do que quando chegou à cidade que um dia os portugueses chamaram de Liampó. O piloto da RAEM voltou novamente a participar nas provas do TCR China e até poderia ter dado o primeiro pódio à geral da MG no campeonato, se a equipa não tivesse decidido o contrário. Por fim, Tiago Monteiro teve uma jornada chinesa da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) para esquecer, não somando qualquer ponto e deixando o seu Honda em muito mau estado.

TCR China: soube a pouco

Couto arrancou do quarto lugar da grelha de partida e por ali andou nas 13 voltas da corrida, servindo de tampão ao Audi líder do campeonato de Huang Chu Han, enquanto Daniel Lloyd e Martin Xie, nos outros dois Honda Civic Type-R da Dongfeng Honda Team, terminavam em 2º e 3º respectivamente, mas muito longe do vencedor Luca Engstler (Hyundai). Como o recém-campeão do TCR Asia não está na luta pelo campeonato, o segundo lugar de Lloyd foi uma boa operação para a equipa da província chinesa de Guangdong, até porque Couto acabou por roubar pontos ao líder do campeonato.
Porém, o bom astral na Dongfeng Honda Team, que na prática é a equipa do território MacPro Racing Team, evaporou-se na segunda corrida no domingo. Couto assumiu rapidamente a liderança da corrida, mas à segunda volta, o piloto luso perdeu momentaneamente o controlo do Honda Civic Type-R e atrás de si, a discutir o segundo posto com Luca Engstler, vinha Daniel Lloyd que não conseguiu evitar a colisão com o seu companheiro de equipa. Os estragos foram demasiados para continuar para desespero dos homens da MacPro Racing Team. Huang Chu Han foi segundo e ainda saiu mais líder do campeonato quando falta apenas realizar uma prova.
No novo MG 6 TCR, Ávila foi o décimo classificado na primeira corrida, isto depois de ter cortado a linha de meta com o carro a arrastar-se em três rodas, após a suspensão ter cedido na última volta ao passar por cima de um corrector. No domingo, o novo recruta da MG Power Racing levou o carro de matriz britânica ao quarto lugar. O piloto português rodou a maior parte da corrida no quarto lugar, à frente do seu companheiro de equipa, mas acabou por deixar Zhang Zhen Dong passar a três voltas para o fim, respeitando as ordens da equipa, quando se confirmou que ambos seriam promovidos uma posição, um deles ao pódio, com a penalização de um adversário.
Depois dos problemas de motor na quinta-feira e de caixa-de-velocidades ontem, Rodolfo Ávila levou o novo MG 6 TCR da MG Power Racing ao final da corrida no 10º lugar, a prioridade da equipa para o fim-de-semana. Isto, apesar do piloto português residente em Macau ter cortado a linha de meta muito devagar depois da suspensão do carro de matriz inglesa ter cedido na última volta.

CTCC: do mal, o menos

As duas corridas de Ávila no CTCC não foram muito diferentes as anteriores. O piloto da SVW333 Racing luta por posições no topo do pelotão e acaba invariavelmente abalroado, sem que haja qualquer punição para os seus adversários. Na primeira corrida, Ávila levou um toque logo nos primeiros metros da prova, o que o obrigou a recuperar do 16º lugar até ao 8º posto final. No segundo confronto, partindo do 3º lugar conquistado na qualificação, Ávila foi novamente empurrado para fora por um oponente e terminou no 13º lugar com a suspensão danificada no VW Lamando.
“É muito difícil quando se corre com mais 100kg que os Ford e mais 90kg que os KIA”, explicou Ávila, que representa a SAIC Volkswagen, em comunicado. “Fui sempre o mais rápido da minha equipa ao longo do fim-de-semana, mas no confronto com os adversários das outras equipas foi muito complicado. Ao fim de quatro voltas ficámos sem pneus e somos alvos fáceis. Houve novamente pilotos que se excederam e voltei a ser prejudicado nas duas corridas devido a toques.”
Apesar das duas corridas não terem corrido de feição, Ávila manteve o quinto posto na classificação de pilotos, no entanto, a SVW333 Racing perdeu a liderança dos construtores para a rival Kia.

WTCR: Monteiro quer esquecer

Como cabeça de cartaz na pista da província de Zhejiang esteve a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Os líderes do campeonato Yvan Muller (Lynk & Co), com duas vitórias, e Norbert Michelisz (Hyundai), com uma, dividiram os triunfos naquela que terá sido as provas mais caóticas da temporada, com vários acidentes e colisões a deixarem mais de metade do pelotão muito mal tratado.
Apesar de ter chegado a Ningbo motivado pelo triunfo nas ruas de Vila Real há dois meses, Tiago Monteiro teve um fim-de-semana para esquecer. O piloto português do Honda Civic Type-R da equipa KCMG, de Hong Kong, foi 21º na primeira corrida e desistiu, fruto de acidentes, nas outras duas.
“As corridas são cada vez mais disputadas, ninguém cede um milímetro. Na segunda corrida, bati violentamente no muro a cerca de 130 km/h, mas fisicamente estou bem. A equipa terá agora muito trabalho pela frente até à próxima prova, pois vão ter de trocar o chassis e é um processo demorado. Será uma corrida contra o tempo”, disse o piloto portuense depois de ter sido enviado contra um muro pelo marroquino Mehdi Bennani na terceira corrida.
Antes da visita a Macau, em Novembro, a caravana do WTCR tem uma corrida em Suzuka, no Japão, no fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro.

17 Set 2019

Malásia | Infortúnios marcam início de época de André Couto

[dropcap]O[/dropcap] campeonato Blancpain GT World Challenge Asia, a maior competição de carros de GT com expressão continental na Ásia, teve o seu arranque este fim-de-semana no Circuito Internacional de Sepang. Na Malásia, André Couto deu início à sua temporada desportiva, mas foi tudo menos um fim-de-semana fácil aquele que o piloto do território viveu.

Ao volante do Audi R8 LMS “Evo”, inscrito pela Audi Sport Asia TSRT, Couto e o seu companheiro de equipa David Chen qualificaram-se em 10º e 18º lugar para as duas corridas do fim-de-semana. Ainda pela tarde de sábado realizou-se a primeira corrida de 60 minutos, com o piloto chinês a ser responsável pelo arranque e primeiro turno de condução.

Com a chuva a aparecer, mas não nas proporções diluvianas habituais, a primeira parte da corrida foi disputada com condições traiçoeiras e bem à medida do carro da marca dos anéis.

Aproveitando alguns azares alheios e aquilo que o piloto chinês classificou “de uma afinação perfeita”, Chen levou o Audi ajustado pelo engenheiro português Rúben Silva ao primeiro lugar antes da paragem obrigatória nas boxes para a troca de pilotos.

E foi na troca de pilotos que uma série de azares se abateu sobre a equipa com base em Zhuhai. Primeiro, enquanto esperava a chegada do seu companheiro de equipa, Couto foi abalroado por um Mercedes-AMG atrasado que entrou repentinamente nas suas boxes. O piloto português da RAEM encontrou forças suficientes para recuperar do rude golpe desferido pela asa traseira do carro alemão e entrar no cockpit da sua viatura. Contudo, quando ia para a pista, viu-se bloqueado por um outro concorrente que “estacionou” o seu Porsche em frente ao Audi da TSRT enquanto esperava vaga na sua boxe.

Quando saiu para a pista, quinze segundos depois, Couto já tinha perdido dez posições. Apesar de ter estado na luta pelo top-10, esta foi em vão, pois o carro nº999 acabaria por levar uma penalização de 30 segundos por um alegado toque num adversário de Chen. O 18º lugar acabou por saber a pouco.

Corrida curta

No domingo, na presença de Sua Majestade, o Rei da Malásia, Yang di-Pertuan Agong XVI Al-Sultan Abdullah Ri’ayatuddin Al-Mustafa Billah Shah Ibni Sultan Haji Ahmad Shah Al-Musta’in Billah, que foi ao circuito de Sepang pela primeira vez, para ver o seu sobrinho a competir, a corrida do Audi de Couto foi novamente marcada pelo azar.

Desta vez, à sétima volta, quando Couto estava ao volante do Audi e tinha subido três posições nas primeiras voltas, um princípio de incêndio, causado provavelmente por um tubo de óleo que se soltou, deu por terminada prematuramente a corrida.

O Blancpain GT World Challenge Asia regressa em Maio, na Tailândia, mas já no próximo fim-de-semana Couto volta aos circuitos, desta vez para iniciar a sua temporada no campeonato japonês Super GT, com um Lamborghini Huracan GT3 da equipa JLOC.

Mais Macau

A presença de Macau na prova não se resumiu à presença do piloto português em pista. Alex Liu Lic Ka fez a sua estreia no Blancpain GT World Challenge Asia ao volante de um Honda NSX GT3 “Evo”. Fazendo equipa com o experiente banqueiro-piloto de Hong Kong, Philip Ma, o piloto da RAEM, que é uma cara conhecida das corridas de carros de Turismo locais, obteve um 19º e um 24º lugar, o equivalente ao 2º e ao 4º lugar na categoria “GT3 Am Cup”, destinada aos pilotos amadores.

Também de serviço na pista dos arredores de Kuala Lumpur esteve Duarte Alves. O engenheiro do território foi mais uma vez responsável pelo Audi R8 LMS GT3 da equipa tailandesa B-Quik Racing. Também inscrito na classe “GT3 Am Cup”, o carro alemão desistiu na primeira corrida, devido a uma colisão com um adversário, mas venceu a sua categoria no segundo combate.

8 Abr 2019