Grande Prémio | Rui Valente e André Couto na Corrida da Guia

Seis pilotos locais vão correr na Taça Mundial de Carros de Turismo, que este ano volta a contar com Rui Valente e André Couto. Na Fórmula 3, Charles Leong representa as cores de Macau e estreia-se no circuito da Guia

[dropcap]M[/dropcap]acau vai estar representada na Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau, que se realiza entre 15 e 19 de Novembro, com um contingente de seis pilotos. A principal novidade é o regresso de Rui Valente, que depois de ter falhado o apuramento para o evento, através da Taça de Carros de Turismo de Macau, conseguiu inscrever-se para a prova da Taça Mundial de Carros de Turismo. A participação vai ser ao volante de um Volkswagen Golf GTI, que já ontem testou em Zhuhai.

“A ideia é a mesma de sempre, vou correr para fazer uma boa prestação e alcançar o melhor resultado possível. Trata-se de um regresso à Corrida da Guia, em que não estou há vários anos, e vou ter de correr contra os melhores pilotos de carros de turismo”, disse Rui Valente, ontem, ao HM.

“Depois de ter falhado o apuramento para a para a Taça de Carros de Turismo de Macau, meti os papéis para me inscrever para a Corrida da Guia e a FIA e os organizadores aceitaram. Agora quero ser não só o melhor piloto de Macau, mas espero também ser melhor do que alguns dos outros pilotos”, acrescentou.
Além de Rui Valente, também André Couto regressa à Corrida da Guia, depois de ter falhado a edição do Grande Prémio de Macau no ano passado, devido a acidente. O vencedor da prova de Fórmula 3 em 2000 vai tripular um Honda Civic TCR da equipa MacPro Racing Team.

O restante contingente de Macau é constituído por Filipe de Souza (Audi RS3 LMS), Lam Ka San (Audi RS3 LMS), Lo Kai Fung (Audi RS3 LMS) e Kevin Tse (Audi RS3 LMS).

Estreia de Charles Leung

Ainda em relação aos pilotos de Macau, destaque para a estreia de Charles Leung na prova de Fórmula 3. O piloto local vai representar as cores Hitech GP e terá pela frente talentos como Mick Schumacher, que se sagrou campeão europeu de F3, na semana passada, e é filho de Michael Schumacher, ou Daniel Ticktum, vencedor da prova no ano passado.

“Esperamos que o Charles, como piloto de Macau, possa alcançar bons resultados, não só no Grande Prémio como noutras provas internacionais. Vamos continuar a apoiá-lo, como já fazemos”, disse Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto e Coordenador da Comissão Organizadora. Sobre a possibilidade de aumentar o apoio para que Charles Leong possa dar o salto para o Campeonato Europeu de F3, Pun frisou que também é o piloto que tem de encontrar “patrocínios”. Actualmente Leong é apoiado com o Fundo do Desporto com 2,5 milhões de patacas, verba insuficiente para participar no Europeu, pelo que teve de inscrever-se no Campeonato Asiático de F3.

Vendas acima dos 80 por cento

“Já vendemos mais de 80 por cento dos bilhetes”, afirmou, ontem, Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto e Coordenador da Comissão Organizadora do evento. “São números que nos deixam satisfeitos porque a maior parte das pessoas costuma comprar o bilhete quando vai ao circuito para ver as provas”, acrescentou.

19 Out 2018

Automobilismo | Tiago Monteiro falha regresso ao GP Macau

O piloto português deixa uma vaga em aberto na Honda da equipa Boutsen Ginion Racing que poderá ser ocupada por André Couto. Contudo, o piloto não confirma a notícia, nem a eventual participação na Guia

[dropcap]O[/dropcap] português Tiago Monteiro vai falhar pelo segundo ano consecutivo a participação no Grande Prémio de Macau, depois de ter vencido a corrida da Guia em 2016. A confirmação foi avançada ontem pelo piloto através de um comunicado de imprensa, e está relacionada com o acidente sofrido durante uma sessão de testes, em Setembro do ano passado.

“De acordo com os seus médicos, [Tiago Monteiro] não alinhará na ronda de Macau. Mas estará presente mais uma vez como embaixador da marca nipónica”, pode ler-se numa nota de imprensa em que é revelado o regresso à competição do último português a alinhar na Fórmula 1.

Com esta confirmação, a equipa Boutsen Ginion Racing fica com uma vaga em aberto num dos dois Honda Civic Type R TCR que vão participar na prova da Taça Mundial de Carros de Turismo (WTCR). Além do holandês Tom Coronel, a outra viatura da equipa poderá ser ocupada por André Couto ou pelo chinês Ma Qing Hua. Contactado pelo HM, o piloto de Macau não quis alongar-se sobre a situação: “Estou a trabalhar na minha participação em Macau”, limitou-se a responder o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2000, em Fórmula 3.

A favor de Ma Qing Hua está o facto de já ter representado este ano a Boutsen Ginion Racing nas ruas rondas do Interior da China, nomeadamente nos circuitos de Ningbo e Wuhan.

A lista de inscritos para o Grande Prémio vai ser apresentada esta tarde em conferência de imprensa, e a prova está agendada para o fim-de-semana de 15 a 18 de Novembro.

Regresso no Japão

Tiago Monteiro não vai estar em Macau, contudo, nem tudo são más notícias para o português de 42 anos. O piloto da Honda vai regressar à competição entre 27 e 28 de Outubro no circuito de Suzuka, no Japão, o mesmo que marcou a sua estreia pela Honda, em 2012.

“Não há palavras para descrever a sensação de estar de volta. Houve alturas em que tudo pareceu mais complicado, mas nunca perdi a esperança nem o foco. Ter estado ao longo de todo o ano nas provas em que devia estar a correr e não o fazer, dilacerou-me, mas também me deu ainda mais força e motivação, por isso tenho a certeza que todos os meus sentimentos vão estar à flor da pele em Suzuka”, afirmou Tiago Monteiro.

“Este será um regresso cauteloso e sem objectivos desportivos. Quero sobretudo divertir-me e sentir-me confortável com o meu andamento para depois poder regressar em 2019 a tempo inteiro”, acrescentou.
Tiago Monteiro sofreu um acidente durante um treino, em Setembro do ano passado, em Barcelona, e ficou afastado da competição durante um ano e um mês.

18 Out 2018

TCR China | André Couto dominou fim-de-semana em Ningbo

 

Duas vitórias e um terceiro lugar numa corrida que acabou interrompida devido à chuva valeram a André Couto um fim-de-semana quase perfeito, na segunda ronda do Campeonato TCR China

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndré Couto dominou a segunda ronda do Campeonato TCR China com duas vitórias em três corridas no Circuito de Ningbo, na província de Zhejiang. Ao volante do Honda Civic Type-R da equipa Macau MacPro Racing, o piloto local foi ainda o primeiro classificado em todas as sessões de treinos livres e de qualificação.

“Foi um fim-de-semana muito positivo em que até à última corrida era impossível fazer melhor. Estive sempre no topo da tabela e senti que o meu andamento e o do carro eram superiores ao da concorrência”, disse André Couto, ao HM.

“Foi um feito importante porque estou a representar uma equipa de Macau, que está a fazer os esforços possíveis para ter uma estrutura muito profissionalizada e que procura ter uma dimensão superior ao que normalmente acontece com as equipas do território. São resultados importantes”, sublinhou.

Na primeira prova, André Couto arrancou do primeiro lugar da grelha de partida e depois foi aumentado a distância para os adversários volta após volta. No final, somou uma vantagem de 16,9 segundos para o segundo piloto, Zhu Zhen Yu, em Volkswagen. Já o terceiro classificado foi Li Lin, também em Volkswagen, a uma distância de 25,6 segundos de André Couto.

“Na primeira corrida nunca levantei o pé. Apesar de sentir que estava com um andamento superior, foquei-me em adaptar-me ao carro e aprender mais. Felizmente, consegui e fiz a corrida sozinho e sem qualquer problema”, relatou.

Na segunda prova de sábado, a tarefa de André Couto foi ainda mais fácil. O piloto convidado pela Macau MacPro Racing terminou com uma vantagem de 31,1 segundos para Zhou Bi Huang (Volkswagen) e de 42 segundos para Kang Jian Zhong, também da MacPro Racing.

“Na segunda corrida trocámos as afinações, principalmente na frente do carro e notei que o andamento melhorou bastante. Aproveitámos ainda para testar mais o carro, o que foi positivo”, frisou.

Corrida interrompida

Já na corrida de ontem, a última do fim-de-semana, devido à inversão da grelha, André Couto arrancou de terceiro e precisou de apenas uma volta para saltar para a liderança. Contudo, a chuva, que embaciou o vidro frontal do Honda, fez com que perdesse a posição na sexta volta, quando entrou nas boxes para trocar de pneus.

“Quando começou a chover, o carro ficou embaciado e tive de guiar através da janela lateral. Tinha a linha branca como referência e o conhecimento do circuito. Depois, quando entrei nas boxes para mudar de pneus e tentar resolver o problema, a corrida foi interrompida”, relatou. “Foi a decisão correcta. Estava a chover demasiado e era impossível continuar”, acrescentou.

André Couto ficou assim a atrás de Sunny Wong (Volkswagen) e de Tang You Xi (Honda). Apesar deste desfecho, André Couto não se mostrou desiludido por ter falhado o fim-de-semana perfeito: “As corridas são assim, são situações que acontecem. O mais importante foi o andamento mostrado e os pontos somados para a equipa, que é de Macau”, frisou.

3 Set 2018

TCR China | Couto em estreia no campeonato de carros de turismo

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndré Couto vai fazer a sua estreia no campeonato de carros de Turismo TCR China este fim-de-semana no circuito chinês de Ningbo, na província de Zhejiang. Segundo a Macau News Agency, o piloto português de Macau recebeu um convite de última hora para conduzir um dos dois novos Honda Civic Type-R FK8 TCR que a equipa de Macau MacPro Racing adquiriu à italiana JAS Motorsport durante o defeso. Os macaenses Eurico de Jesus e Miguel Kong tripularam os carros japoneses na ronda de abertura do campeonato, no Circuito de Zhuhai, tendo Jesus vencido uma das corridas. Apesar da vasta experiência em corridas de carros de Turismo, esta será a primeira vez que Couto irá tripular um carro da categoria TCR. Recorde-se que são estes mesmos carros que dão actualmente corpo à Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) e que em Novembro vão preencher a grelha de partida da Corrida da Guia. Os fins-de-semana do TCR China são compostos por três corridas, as duas primeiras, em formato sprint a disputar no sábado, e a corrida final, de 60 minutos, que acontece na tarde de domingo.

31 Ago 2018

André Couto termina 24 horas de Fuji em terceiro lugar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós um dia de prova, o Audi R8 LMS tripulado pelo piloto de Macau terminou a corrida no traçado de Fuji no terceiro lugar. A prestação de André Couto foi afectada por alguns problemas no carro que partilhou com Jeffrey Lee, Shintaro Kawabata e Alessio Picariello. No entanto, no final, o piloto mostrou-se bastante satisfeito com o feito alcançado, apesar de ter ficado a 14 voltas do vencedor.

“Este resultado é muito bom porque tivemos vários problemas ao longo da corrida. Tivemos duas ou três penalizações, que por acaso não foram causadas por mim, e ainda perdemos cerca de 16 voltas devido a problemas de uma roda. Por isso, é um resultado muito positivo”, afirmou André Couto, ao HM.

Após os problemas, a equipa ficou relegada para o quarto lugar e teve de passar vários horas em disputa com o Lexus n.º 999, tripulado por Go Hayato, Tetsuya Tanaka, Takeshi Tsuchiya e ainda Kimiya Sato. Ao longo de várias horas, ambos os carros estiveram em disputa pelo pódio. Foi só na meia-hora final a situação ficou resolvida, quando o Lexus teve de fazer mais uma paragem, desta vez para reabastecer e o Audi R8 conseguiu conquistar de forma definitiva o 3.º lugar.

“Havia um Lexus mais lento e andámos toda a noite a lutar com eles. Mas conseguimos ultrapassá-los quase no fim”, apontou Couto.

O grande vencedor foi o Nissan n.º 99 tripulado por Kazuki Hoshino, Hironobu Yasuda, Sun Zheng e Teruhiko Hamano, seguido pelo Audi R8 LMS n.º 83, que teve como pilotos Marchy Lee, Melvin Moh, Max Hofer e Lim Keong Wee.

Além do resultado, André Couto mostrou-se igualmente satisfeito por ter conseguido chegar ao fim da prova, aguentando o desafio de resistência.

“Uma corrida de 24 hora não é nada fácil, depois do acidente não era a melhor das ideias vir participar neste evento. Mas vim e estou vivo. Correu tudo bem. Sinto que está tudo ultrapassado”, admitiu Couto.

Penalização na qualificação

Ao longo da prova, o carro de André Couto foi penalizado várias vezes, não tendo sido o único. Contudo, os critérios rigorosos dos comissários de prova já tinham sido demonstrados na qualificação, quando a equipa foi penalizada e forçada a sair do sétimo lugar da grelha.

“Um dos meus colegas foi além dos limites da pista e foi penalizado. Partimos de nono, mas numa corrida de 24 horas isso também não tem um grande impacto porque há muito tempo para recuperar”, considerou o piloto.

“Felizmente, o nosso andamento era muito forte, houve alturas em que fomos o carro mais rápido em pista e conseguimos recuperar bem. Estamos todos de parabéns”, frisou.

A próxima ronda do campeonato Super Taikyu Series realiza-se entre 14 e 15 de Julho no circuito de Autopolis.

4 Jun 2018

24 horas | André Couto procura vitória na mítica pista de Fuji

O piloto local está este fim-de-semana em Fuji para participar nas 24 horas, a contar para o campeonato Super Taikyu Series. Ao HM, André Couto afirmou que nos treinos livres o carro mostrou um bom ritmo e deu indicações de que pode entrar na luta pela vitória

 

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ão 24 horas e tudo pode acontecer. É com esta mentalidade que o piloto André Couto vai abordar a participação nas 24 horas de Fuji, prova pontuável para o campeonato Super Taikyu Series, que arranca amanhã e termina no Domingo.

“No primeiro treino livre tivemos um bom ritmo e ficámos em terceiro. O carro está bom, por isso vamos continuar a rodar para melhorar as afinações. Em princípio vamos estar na luta pela vitória” afirmou Couto, ao HM, ontem. “São 24 horas e tudo pode acontecer”, frisou.

Em Fuji, o piloto local volta aos comandos do Audi R8 LMS da Phoenix Racing Asia que irá partilhar com o taiwanês Jeffrey Lee. Porém, para a prova de 24 horas juntam-se aos pilotos ainda o japonês Shintaro Kawabata e o belga Alessio Picariello.

A condução do Audi vai ser repartida. Ontem, André Couto ainda não tinha definida a estratégia para a corrida, até porque a sessão de qualificação apenas se realizada hoje. No entanto, o piloto local deve passar cerca de oito horas ao volante, ao longo de diferentes turnos de condução, que vai intercalar com os colegas de equipa.

“Ainda não temos bem definida a estratégia para a corrida mas posso andar oito horas no total. Vou repartir as 24 horas. Vamos ver como vai ser o desafio, não vai ser fácil”, anteviu.

Uma das grandes vantagens para André Couto é o facto de correr numa pista que conhece muito bem e onde inclusive venceu, em 2015, quando participava na corrida de GT300 do campeonato Super GT japonês, ao volante do Nissan GTR. Nesse ano, o piloto de Macau acabou mesmo por se sagrar campeão.

“É uma das minhas pistas favoritas e é sempre um gosto voltar a Fuji. É um traçado onde sempre treinei muito, porque pertence à Toyota e era muito frequente rodar aqui, quando participava nos Super GT 500”, referiu. “Também tenho desta pista memórias muito boas, até porque ganhei os 500 Km de Fuji na categoria GT300”, acrescentou.

Equipas reforçadas

Apesar de ser visto como um campeonato abaixo dos Super GT, o facto da competição Super Taikyu ter uma prova de 24 horas em Fuji, faz com que muitos pilotos mostrem interesse em participar. Por essa razão, as equipas são reforçadas com pilotos que normalmente competem nesse campeonato mais mediático.

“Esta corrida ganhou alguma importância no Japão porque é a primeira vez que há uma prova de 24 horas em Fuji. Estão aqui vários pilotos do Campeonato Super GT porque como quase todas as equipas têm de ter quatro pilotos, há espaço para mais pilotos. Todas as equipas têm um amador e o resto é quase tudo profissionais”, apontou André Couto.

Ao nível do campeonato, o carro inscrito por André Couto e Jeffrey Lee ocupa actualmente o quinto lugar, com 17 pontos. Na frente da tabela está o Porsche 911 GTR3 com o número 777, tripulado pelo japoneses Seiji Ara, Satoshi Hoshino e Tsubasa Kondo, que soma 41 pontos, após duas rondas.

1 Jun 2018

Automobilismo | André Couto volta à competição com 5.º lugar

O piloto local regressou ao campeonato Super Taikyu Series com um quinto lugar na pista de Suzuka. A nove minutos do fim, a equipa estava a rodar no lugar mais baixo do pódio, mas a necessidade de parar nas boxes condicionou o resultado final

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto (Audi R8 LMS) regressou oficialmente à competição com um quinto lugar em Suzuka, na ronda inaugural do campeonato Super Taikyu Series. No domingo, o piloto local, que faz dupla com Jeffrey Lee na Phoenix Racing Asia, ainda chegou a rodar no terceiro posto a nove minutos do final da prova, mas a necessidade de fazer mais uma paragem nas boxes, por vias do regulamento, fez com que caísse para o quinto lugar.

“Fiquei contente com o resultado, mas senti que poderia fazer mais. Estava com um ritmo muito bom e senti-me bem, o que é muito importante. Enquanto estive a conduzir durante o meu turno estava a ser o mais rápido, já depois do meio da prova. Foi um fim-de-semana em que me senti bem”, afirmou André Couto, ao HM.

Em relação à necessidade da equipa fazer uma paragem a nove minutos do fim da prova, André Couto explicou que foi a consequência de uma estratégia mais arriscada, que no final acabou por não compensar.

“Foi um risco que assumimos. Mas, no final, tínhamos mesmo de fazer essa paragem porque não tínhamos gasolina suficiente para chegar ao fim. Também devido ao regulamentos estávamos obrigados a fazer mais uma paragem”, explicou.

A vitória da prova de cinco horas acabou por ser conquistada pelo Nisssan GTR Nismo da tripla japonesa constituída por Teruhiko Hamano, Kazuki Hoshino e Kiyoto Fujinami. Apesar da boa prestação, André Couto não evitou uma colisão com Alex Young, que também tripula um Audi R8 da Phoenix Racing Asia.

Boas indicações

Além do resultado alcançado, para André Couto ficam também as boas indicações. O piloto participou na prova em condições especiais, uma vez que foi a primeira vez após o acidente que realizou turnos de condução tão longos. Mesmo assim, as condicionantes não impediram o local de fazer o terceiro melhor tempo da qualificação na sua sessão. Porém, a largada deu-se de sétimo, porque a grelha é definida com base no resultado combinado com o do colega de equipa, que foi oitavo, na respectiva sessão.

“Realizei um turno muito longo de hora e 20 minutos, em Suzuka que é uma pista muito difícil, talvez a mais difícil no Mundo, e exigente. Se formos a ver que não tive tempo para me preparar é um bom desempenho”, reconheceu.

“A oportunidade de competir apareceu e eu agarrei-a. Mas não tive tempo de me preparar da forma ideal, porque foi tudo uma corrida contra o relógio. Quando me sentei no carro, não sabia se depois de 30 minutos ia sentir dores e tinha de desistir. Arrisque e, felizmente, consegui”, acrescentou.

Em Suzuka realizou-se a primeira de seis rondas, que constituem o campeonato. O resultado permite à Phoenix Racing Asia encarar a próxima prova, no circuito de Sugo, entre 28 e 29 de Abril, com algum optimismo. Os objectivos podem mesmo passar por chegar ao pódio.

“O carro é competitivo e sinto-me muito bem na equipa, que me tem ajudado bastante. Acho que na próxima prova faz sentido pensar em terminar no pódio. Mas só depois de rodarmos no circuito é que saberemos bem em que ponto estamos”, considerou.

3 Abr 2018

Automobilismo | André Couto vai competir em campeonato no Japão

O piloto de Macau está de regresso e vai correr ao longo da temporada no campeonato de resistência japonês Super Taikyu Series. André Couto vai tripular um Audi R8 LMS da formação Phoenix Racing Asia e vai ter como colega de equipa Jeffrey Lee

 

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois do acidente sofrido em Julho do ano passado, André Couto tem confirmado o regresso oficial à competição e vai defender as cores das equipa Phoenix Racing Asia, no campeonato de resistência japonês Super Taikyu Series. A primeira ronda está agendada para o fim-de-semana entre 31 de Março e 1 de Abril, no circuito do Suzuka, e o piloto de Macau vai ter como colega de equipa o taiwanês Jeffrey Lee, nos comandos do Audi R8 LMS.

“Estou muito feliz por poder regressar à competição no Japão, um país que sempre me recebeu bem, e por ir correr com as cores da Phoenix Racing Asia. É uma equipa que me garante o melhor material existente e excelentes condições de competição. Também temos um Audi dos novos o que é sempre uma boa garantia”, afirmou André Couto, ontem, ao HM.

“Estamos a falar de uma equipa altamente profissional, que é uma filial da Phoenix Racing, que compete na Alemanha com a Audi. Só para se ter uma ideia do profissionalismo, a Phoenix Racing é uma equipa que Edoardo Motara já representou no DTM”, acrescentou.

O campeonato Super Taikyu Series é constituído por seis provas, entre as quais uma corrida com a duração de 24 horas, em Fuji. No entanto, a maioria das restantes ronda do campeonato tem uma duração de cinco horas.

“É uma campeonato que exige muitas horas de condução e que junta pilotos profissionais e pilotos amadores, os gentlemen drivers. No nosso caso, o Jeffrey Lee é o gentleman driver e, por isso, eu devo passar mais horas no carro. Ainda vamos ver como as coisas são definidas”, explicou.

Engenheiro português

A possibilidade de passar longas horas ao volante vai exigir que André Couto apresente uma excelente condição física. Por essa razão, o piloto de 41 anos tem passado várias horas no ginásio.

“Neste momento não sei bem o que esperar do campeonato, porque depois de uma paragem tão longa as coisas são uma incógnita. Mas no que me diz respeito tenho passado muitas horas no ginásio e estou bem fisicamente”, disse.

Na Phoenix Racing Asia André Couto vai reencontrar o engenheiro Ruben Silva, que o acompanhou na Audi Cup. O piloto de Macau espera que o português o ajude a encontrar sua melhor forma.

“Foi uma das razões que me levou a aceitar este convite. Além de ajudar no acerto do carro, o engenheiro no automobilismo também ‘treina’ o piloto. O Ruben Silva vai ser o meu José Mourinho nesta aventura”, considerou.

Em relação ao convite, André Couto revelou que as conversações para a participação no campeonato Super Taikyu Series começaram no ano passado, durante o Grande Prémio de Macau. No entanto a oficialização só chegou nos últimos dias, com o piloto a ter pouco tempo para dar uma resposta: “foi tudo muito rápido”, confessou.

Esta aventura representa o regresso à competição de André Couto. O piloto sofreu um acidente em Julho do ano passado, numa prova em Zhuhai, e foi obrigado a uma paragem de vários meses, devido à fractura de uma vértebra.

13 Mar 2018

Instituto do Desporto mexe no regulamento da atribuição de subsídios aos pilotos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] atribuição de subsídios aos pilotos locais que participem em corridas no exterior tem ao longo dos anos causado um incómodo braço de ferro entre pilotos e as entidade responsáveis do território. Este tema controverso teve um novo desenvolvimento este ano, mas, para variar, positivo para o lado dos pilotos.
Para se habilitarem a receber este vital apoio monetário, os pilotos portugueses e chineses da RAEM tinham, entre outros critérios obrigatórios a cumprir, que participar no Grande Prémio de Macau e, desde 2013, de chegar ao fim da prova onde participavam.

Estas duas cláusulas foram sempre veemente contestadas pelos pilotos, principalmente a segunda, que obrigava os corredores da casa a dosearem o seu andamento no fim-de-semana do Grande Prémio para não comprometerem um suporte financeiro vital para a temporada seguinte e, ao mesmo tempo, rezarem a todos os Deuses do Olimpo para que o azar não lhes batesse à porta no mais importante fim-de-semana de Novembro.
Felizmente, o bom senso sobrepôs-se ao orgulho e o contestado ponto 2.4 da “atribuição de subsídios aos pilotos locais que participem em corridas no exterior durante 2018” deixou cair a obrigatoriedade de terminar a corrida do Grande Prémio de Macau. Diz agora o dito ponto que basta “Ter participado nas corridas oficiais do Grande Prémio de Macau (GPM) realizadas durante 2017 (com partida efectuada)”.
O ano passado, o polémico ponto 2.4 referia ser obrigatório “Ter terminado e obtido uma classificação oficial que se situe numa posição entre as 70% melhores classificações finais dos pilotos participantes de Macau numa das corridas do Grande Prémio de Macau (GPM) realizadas durante 2016.”
Caso os requisitos não tivessem sido alterados este ano, apenas vinte pilotos estariam à partida qualificados para acederem ao apoio do Governo da RAEM. Com esta alteração, passam a ser trinta e sete aqueles que até 28 de Fevereiro se podem candidatar à verba disponibilizada pela Fundação Macau.

IDM está atento

Se os pilotos portugueses foram os primeiros a mostrar publicamente o desagrado pela forma como este subsidio era e é atribuído, o mal-estar estendeu-se rapidamente também aos pilotos de etnia chinesa. Esta alteração nos critérios dos requerentes foi obviamente bem recebida, não só por quem dela beneficiará, mas também pela comunidade dos desportos motorizados de Macau no geral.
Questionado pelo HM sobre qual a razão que motivou este ajuste de peso, o Instituto do Desporto (ID) esclareceu por escrito que “o esquema de alocação dos subsídios para os pilotos locais participação em provas no exterior é concebido para apoiar os pilotos de Macau com recursos e condições para participarem em eventos de desportos motorizados, com o objectivo último de elevar o níveis competitivos dos pilotos locais.”
O IDM admite que está aberto a sugestões e deixa a promessa que irá estar atento ao assunto, deixando no ar que o actual sistema para poderá evolver para melhor.
“À medida que o tempo passa, nós temos trabalhado continuamente em formas de melhorar o sistema, incluindo tendo em consideração as ideias e sugestões que recebemos dos pilotos. No futuro nós iremos continuar a olhar para encontrar métodos para apoiar os pilotos locais e a criar condições para um desenvolvimento a longo termo dos desportos motorizados de Macau”, explicou o organismo responsável por executar a política desportiva do território.

Não chega a todos

Esta medida salutar não é no entanto suficientemente abrangente para evitar que os três pilotos da RAEM mais representativos da actualidade estejam automaticamente desclassificados a candidatar-se ao subsídio, o que demonstra a incongruência do sistema ainda em vigor.
André Couto, Rodolfo Ávila e o jovem Leong Hon Chio não participaram na edição transacta do Grande Prémio, por diferentes razões, e nem os triunfos que conquistaram em 2017 – Ávila foi vice-campeão do mais popular campeonato de automobilismo da República Popular da China e Leong venceu de uma assentada o Campeonato da China de F4 e o Campeonato Asiático de Fórmula Renault na sua estreia em monolugares – nem o vasto currículo internacional, como no caso de Couto, são argumentos suficientes para serem merecedores de qualquer apoio do território que representam fora de portas.
Este pequeno volte-face das entidades responsáveis de Macau irá apaziguar ligeiramente a insatisfação crescente, mas não será ainda suficiente para trazer a tão desejada paz e um pouco de consenso ao automobilismo do território.

21 Fev 2018

Automobilismo | André Couto voltou a sentar-se num carro em Zhuhai

Após uma paragem de seis meses, o piloto local está a testar desde ontem com o construtor NIO, num dos carros eléctricos mais rápidos do mundo. O regresso acontece na pista onde teve o acidente que o deixou fora da competição

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto voltou ontem às pistas, no Circuito Internacional de Zhuhai, para participar em sessões de testes e numa actividade promocional do construtor chinês NIO. Após seis meses, o local já se sentou ao volante do carro EP9, um dos modelo eléctrico mais rápido do mundo.

Ao HM, o piloto de 41 anos revelou que apesar de algum receio inicial, assim que se sentou no carro e saiu para a pista sentiu-se totalmente confortável.

“Antes do teste estava um pouco apreensivo porque não sabia o que ia encontrar ao nível de sensações do corpo, quando, por exemplo, passasse numa lomba, numa travagem ou num corrector. Ter um período tão longo de recuperação torna as coisas muito complicadas, uma pessoa começa a ter muitas dúvidas na cabeça sobre as suas capacidades”, confessou.

“Por isso, cheguei à pista cheio de paranóias. Mas este é o mundo em que estou habituado a viver e assim que vesti o fato, meti o capacete, sentei-me no carro e saí para a pista esqueci logo tudo o que tinha acontecido. O meu sentimento foi: ‘Ah afinal ainda sei guiar, sou o André Couto, tenho é que estar numa pista a competir, não é em casa’”, revelou.

Por coincidência, o local regressou às pistas no mesmo circuito em que teve o acidente a 10 de Julho do ano passado e que resultou em fracturas múltiplas na vértebra L1.

“Psicologicamente não é o regresso mais fácil por se na pista que é. Só que também há aquele pensamento: ‘Ah foi nesta curva que bati? Vou fazê-la a fundo’. Agora já passo naquela zona a fundo sem problemas”, comentou sobre o regresso.

O carro que André Couto está a conduzir é um protótipo, do construtor chinês NIO. No entanto, não é um carro puro de competição. Mesmo assim, a viatura eléctrica acelera dos 0 aos 100 em 2,7 segundos e atinge uma velocidade máxima de 313 km/h.

Recuperação em andamento

O regresso às pistas de André Couto foi autorizado após uma consulta em Hong Kong, com o médico responsável pela recuperação.

“Sou um dos pilotos de testes da NIO e já era antes do acidente. Na altura, eles disseram-me que quando estivesse pronto podia regressar. Quando soube deste evento promocional falei com eles e disseram-me que estavam à minha espera. Depois fui ao médico, que também disse para ir testar”, contou.

“Ainda não estou recuperado totalmente e tenho algum trabalho pela frente. Na próxima semana vou fazer uma ressonância magnética para ver como está a ser a recuperação. Já penso em competir, mas antes disso é preciso que o médico me diga que o meu corpo está pronto para ter outra batida forte”, explicou.

Por outro lado, Couto confessou que às vezes é questionado pelas pessoas a razão de desejar voltar a competir, após um acidente com estas consequências: “É o que gosto de fazer. Se for a ver tive 20 anos a correr e nunca me tinha acontecido nada deste género. E os azares da vida podem acontecer em qualquer lado”, respondeu.

12 Jan 2018

André Couto quer recuperar a tempo da próxima época

Apesar de reconhecer que não faz ideia da duração da recuperação do acidente sofrido em competição, André Couto admitiu que gostaria de estar pronto para competir em Março

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto espera recuperar a tempo do início da próxima época, mas reconhece que, nesta altura, apenas pode pensar em retomar os movimentos que tem estado impossibilitado de fazer, após o acidente em Zhuhai. As declarações do piloto foram feitas, ontem, durante uma visita à exposição de pintura “Abstraccionismo”, de José Estorninho.

“Se as coisas correrem bem, gostaria de ter tudo pronto para a próxima época [do campeonato GT japonês]. Mas só o médico me poderá dizer quando estou ponto para correr. Nesta altura ainda não sei se estarei bom em Março. Estou a pensar dia-a-dia”, disse André Couto, à margem da visita.

“Agora, mesmo que quisesse correr, não era capaz. Por isso não sei como vou estar no futuro. Espero estar bem e que seja possível correr”, frisou.

André Couto sofreu um acidente a 8 de Julho no Circuito Internacional de Zhuhai, quando competia no Campeonato GT da China. Como consequência do embate partiu a vértebra L1. Após três meses, o piloto vai voltar a Hong Kong, onde foi acompanhado.

“Não sei bem se vou fazer uma ressonância magnética ou um raio-X, mas vai ser um desse exames. Depois de visto o estado da calcificação do osso, vamos traçar novos objectivos para a recuperação”, explicou. “Nesta próxima fase, espero poder começar a fazer movimentos que ainda não posso fazer, como dobrar-me para a frente ou para trás”, admitiu.

Actualmente, a recuperação de André Couto passa por realizar fisioterapia diariamente e estar de pé para acelerar o processo de calcificação da vértebra partida.

Fora do Grande Prémio

O piloto abordou também a ausência do Grande Prémio de Macau, que se realiza no próximo mês, entre 16 e 19 de Novembro: “É uma pena não poder estar presente. Quando vejo as ruas a ficarem prontas, essa sensação torna-se mais forte”, confessou.

Esta é a segunda vez que André Couto falha a prova, depois de em 2003 ter sido forçado a ficar de fora, por ter outra competição no mesmo fim-de-semana. No entanto, revelou que na altura do acidente já estava a fazer contactos exploratórios para participar na prova de GTs.

Na exposição “Abstraccionismo”, organizada pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau, André Couto tem direito a um canto em sua homenagem, com três quadros, pintados pelo artista.

José Estorninho explicou que esta opção pretende apoiar o piloto na recuperação, dado que Couto é uma figura incontornável do Grande Prémio. André Couto foi o único local a ganhar a corrida de Fórmula 3, em 2000.

O artista e também presidente da APDCGM voltou igualmente a assumir o compromisso da associação em tornar o Circuito da Guia em Património Mundial da UNESCO, mas reconheceu que nessa tarefa a ajuda do Executivo é fundamental.

12 Out 2017

Após ter estado deitado na mesma posição sete semanas, André Couto voltou a andar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto regressou a casa, na sexta-feira, depois de passar várias semanas em Hong Kong, onde esteve a recuperar de um acidente sofrido no início de Julho. Nesta fase o piloto já consegue andar sem qualquer auxílio, mas ainda tem pela frente uma longa recuperação, antes de poder voltar a sentar-se num carro de competição.

“Voltei a casa na sexta-feira, mas ainda estou limitado. Só que já me posso mexer e consigo deslocar-me sem qualquer ajuda ou apoio, o que faz com que me sinta muito melhor.”, disse André Couto, ontem, ao HM.

“Sinto sinais muito encorajadores na recuperação. Mas mesmo assim, vejo que estou muito longe de poder voltar a competir. Por exemplo, agora faço a maior parte das coisas do dia-a-dia, mas tenho de evitar encontrões na rua ou estar numa situação em que preciso de fazer movimentos mais brusco para me equilibrar, quando estou a andar”, explicou. “Também não me posso dobrar para a frente ou para trás, ou fazer movimentos laterais”, frisou.

Para durar

Ontem, quando falou com o HM, André Couto tinha acabado de realizar uma sessão de fisioterapia, ritual que se vai mandar durante mais alguns meses.

“Só estou a andar porque tive a treinar em sessões de fisioterapia. Depois de sete semanas deitado sempre na mesma posição, quando uma pessoa se volta a levantar, fica tonta e sente-se esquisita. Também os músculos ficam atrofiados”, recordou.

No próximo mês, André Couto vai regressar a Hong Kong para uma nova avaliação da fase da recuperação. Apesar disso, em Novembro, o piloto não vai perder a oportunidade de assistir ao Grande Prémio de Macau: “Claro que não vou faltar. Mesmo no hospital assistia a corridas de Fórmula 1, Moto GP, DTM. É sempre tempo bem passado”, apontou.

André Couto, de 40 anos, sofreu um acidente no Autódromo Internacional de Zhuhai, após ter uma forte saída de frente, durante uma corrida do Campeonato Chinês de GT. Na sequência do embate, fracturou a vértebra L1.

20 Set 2017

André Couto | Reunidos donativos para conta de hospital

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a sequência do violento despiste do passado fim-de-semana, André Couto foi internado num hospital de Hong Kong. Na passada terça-feira, a equipa pela qual corre, a Spirit Z – Laptime Factory, lançou um comunicado destinado à angariação de fundos para pagar as contas médicas. O valor pedido era de 550 mil dólares de Hong Kong, quantia que foi conseguida em pouco tempo.

A necessidade surgiu na sequência da “atenção médica urgente” que não podia esperar pela confirmação de cobertura por parte da companhia de seguros, segundo informação deixada no Facebook da equipa de André Couto. O montante de donativos ultrapassou o esperado. O valor remanescente será usado para posteriores tratamentos e reabilitação, explica a equipa do piloto.

Na sequência do despiste o piloto fracturou a coluna, ficando com a vértebra L1 partida. Num vídeo publicado no Facebook, que reproduzimos aqui, André Couto revelou que a equipa médica considera a fractura instável, exigindo, pelo menos, um mês de cama numa posição estática e acompanhamento constante.

“É uma sorte estar aqui a falar, estou a mover os braços e as pernas, o que são boas notícias”, declarou o piloto num vídeo publicado pela equipa. Na mesma publicação, o piloto aproveitou para agradecer a onda de solidariedade que respondeu, prontamente, à solicitação da sua equipa. “É difícil expressar as minhas emoções, sinto que muitas pessoas me querem ajudar, só posso agradecer do fundo do coração”, diz o piloto.

André Couto promete lutar contra a adversidade de forma a regressar às pistas o mais rapidamente possível.

14 Jul 2017

André Couto teve um violento despiste na pista de Zhuhai

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto sofreu um grave acidente na corrida de sábado do Campeonato da China de GT, cuja segunda jornada da temporada se realizou este fim-de-semana no Circuito Internacional de Zhuhai, na cidade continental chinesa adjacente a Macau.

Numa corrida disputada com condições meteorológicas instáveis, no recomeço da mesma, após o primeiro período de safety-car para remover um concorrente que se despistou, Couto perdeu o controlo do Nissan GT-R Nismo GT3 da Spirit Z Racing na Curva 6 e este deslizou sobre a escapatória tendo colidido de frente com as barreiras de protecção a cerca de 160km/h.
O piloto da RAEM foi logo assistido no local e saiu do carro pelo próprio pé, apesar de estar visivelmente em dificuldades. Couto, que não perdeu os sentidos e manteve-se sempre de espírito firme, foi depois transportado para o Hospital Universitário Nº5 Sun Yat Sen, em Zhuhai, onde fez os primeiros exames, para ser depois transferido para Hong Kong, onde este domingo foi submetido a uma cirurgia. O primeiro scan feito no hospital de Zhuhai revelou uma lesão na vértebra L1. A corrida foi interrompida após o acidente de Couto e quando ainda faltavam 10 minutos para o final. Para além de existirem mais dois carros imobilizados em zonas perigosas, que tiveram acidentes na mesma volta, mas noutros pontos da pista, as barreiras de pneus e próprio muro em betão da Curva 6 ficaram bastante danificados após o impacto do Nissan.

10 Jul 2017

André Couto vai guiar um Bentley nos EUA

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto vai para o terceiro fim-de-semana consecutivo de corridas. O piloto de  Macau foi chamado pela Bentley Team Absolute para substituir o suíço Alexandre Imperatori na prova do campeonato norte-americano Pirelli World Challenge SprintX no circuito de Lime Rock, localizado na região da Nova Inglaterra.

“Esta será a minha primeira experiência aos comandos do Bentley Continental GT3”, disse André Couto. “É muito bom poder correr na América porque há muito tempo que não tinha essa hipótese. Eu testei Champ Car em 2001 e a minha primeira corrida aqui foi de karting em 1994”, acrescentou.

Na corrida deste fim-de-semana, Couto fará equipa com o piloto sino-americano Yufeng Luo que este ano está a dar os primeiros passos nas corridas de GT.

“Antes de tudo posso dizer que a pista é bastante interessante, bastante exigente, com curvas de grande velocidade, especialmente as últimas”, disse o piloto luso que este ano está a disputar o Campeonato da China de GT e algumas corridas do campeonato japonês Super GT na classe GT300.

Na terça-feira, numa sessão privada de testes em que várias equipas marcaram presença, Couto teve um primeiro contacto com o Bentley Continental GT3 na pista de Lime Rock e ficou satisfeito com as primeiras sensações ao volante do carro britânico: “Já tive a oportunidade de conduzir vários carros da categoria GT3 e posso dizer que o Bentley é um carro muito bom”, salientou.

Também conhecido por Campeonato Americano de GT, o campeonato Pirelli World Challenge, cujo o campeão em título é o português Álvaro Parente, que também este fim-de-semana competirá em Lime Rock mas ao volante de um McLaren 650S GT3, é considerado um dos mais fortes a nível mundial, muito devido à presença de várias marcas representadas oficialmente. Apesar de ser um campeonato de Sprint na sua essência, de apenas um piloto por carro, no formato SprintX, como este fim-de-semana, o bólide é partilhado por dois pilotos. O programa terá duas corridas de uma hora cada, uma disputa-se já esta sexta-feira e a outra no sábado.

“Estou bastante satisfeito por estar aqui e acredito que nos podemos sair bem. O campeonato tem um nível muito alto e estou desejoso por começar”, afirma Couto em jeito de antevisão para o fim-de-semana que ai vem.

Bom início no Japão

Antes de viajar para terras do “Tio Sam”, o piloto da RAEM teve a sua primeira corrida de 2017 no Japão. No circuito de Fuji, no passado fim-de-semana, o piloto do território levou o Porsche 911 GT3 R da equipa D’Station Racing à sétima posição entre os concorrentes da classe GT300 do campeonato nipónico Super GT.

“Nós começamos em 16º e terminamos em 7º. Significa muito para mim ter contribuído com pontos para a equipa”, verbalizou Couto após a corrida, ele que fez equipa com o experiente piloto local Tomonobu Fujii.

“O traçado deste circuito não beneficia as características do Porsche, logo não tínhamos carro ambicionar o primeiro lugar. Contudo, foi muito bom eu e o Tomo (Tomonobu Fujii)  termos conseguido subir na classificação numa pista com tão poucas áreas para ultrapassagens”, sublinhou o piloto português que regressa ao Japão no próximo mês, para disputar a quarta ronda do campeonato na pista de Sugo. Este ano, o vice-campeão da categoria GT300 em 2015, não está a disputar a totalidade do campeonato, tendo apenas nos seus planos realizar três provas.

26 Mai 2017

André Couto deu nas vistas no Campeonato da China de GT

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de Macau André Couto estreou-se no Campeonato Chinês de GT este fim-de-semana no Circuito de Goldenport, em Pequim. Na sua estreia absoluta no campeonato e com a equipa Spirit Z Racing, ao volante de um Nissan GT-R Nismo GT3, Couto somou duas décimas posições nas duas corridas de 60 minutos cada que compuseram o programa do evento da abertura da competição chinesa. Contudo, os resultados do piloto português não correspondem de maneira nenhuma à sua exibição.

A dividir as despesas de condução com Yuey Tan – um experiente piloto amador de Singapura – Couto qualificou-se para a primeira corrida do fim-de-semana na 10ª posição.

Ao contrário de outros campeonatos, onde vale o melhor tempo, no Campeonato Chinês de GT a posição da grelha de partida é determinada pelo tempo médio das melhores voltas de cada um dos pilotos. Partindo do décimo posto, Couto fez um arranque espectacular e no final da primeira volta já rodava no terceiro lugar. Contudo, num circuito onde as ultrapassagens são difíceis, o Nissan do piloto luso ficaria preso atrás do enorme Bentley Continental GT3 do tailandês Vutthikorn Inthraphuvasak. Couto acabou por passar o volante ao seu companheiro no terceiro lugar, mas este, com problemas no volante, caiu a pique na classificação durante o seu turno, terminando do duo luso-asiático no 10º lugar.

A história repetiu-se

Na sessão de qualificação realizada na manhã de sábado, onde as condições meteorológicas foram novamente favoráveis ao espectáculo, o piloto português e o seu companheiro de equipa colocaram-se no 7º lugar da grelha de partida.

Desta vez Couto não fez um “arranque canhão”. Em vez disso, o piloto do Nissan GT-R Nismo GT3 foi paulatinamente escalando posições na classificação com o decorrer da corrida. Couto subiu do sétimo posto até ao segundo lugar, e apenas não conseguiu chegar-se ao Audi R8 LMS do piloto amador Xu Jia, que a conduzir a solo incrivelmente venceu ambas as corridas do fim-de-semana e cuja legalidade da viatura foi posta em causa por vários outros concorrentes. Com Yuey Tan ao volante na segunda metade da corrida, o Nissan da Spirit Z Racing voltou retroceder na classificação, vendo a bandeira axadrezada novamente no 10º lugar da geral.

Missão cumprida

Couto reconheceu ao HM que o resultado não espelha o esforço da equipa e que no global “até nos portamos bem para as condições que tínhamos”. O piloto de Macau também admitiu “que se divertiu” nas lutas em que esteve envolvido nas duas corridas e que “vai de cabeça erguida para casa”, pois “fiz o meu trabalho”. A próxima prova do campeonato realiza-se no fim-de-semana de 7 e 8 de Julho no Circuito Internacional de Ordos. Localizado numa das “cidades fantasmas” mais conhecidas da China Continental, este circuito recebeu em 2011 uma prova do Campeonato do Mundo FIA GT1, mas há muito está afastado das grandes competições, sendo por isso uma novidade para o piloto da RAEM. Antes disso, Couto regressa ao Japão, no próximo fim-de-semana, para disputar a prova do campeonato Super GT em Autopolis, onde irá guiar um Porsche 911 GT3-R.

15 Mai 2017

André Couto: “Vou dar o meu melhor, como sempre”

 

André Couto vai ser, pela segunda vez consecutiva, o único representante da RAEM na Taça do Mundo FIA GT do Grande Prémio de Macau. Desta vez, o piloto português do território conduz um Lamborghini Húracan GT3, com apoio de fábrica, e que apenas conhece de um dia de testes em Adria.

 

Mais uma vez, vai participar no Grande Prémio de Macau com um carro que praticamente desconhece.

Desde os tempos que corri aqui de Fórmula 3 que não corro em Macau com o mesmo carro que competi ao longo do ano. Foi assim quando fazia a Corrida da Guia do WTCC, é agora assim com os GT. Claro que isto é uma desvantagem muito grande, mas é algo a que já me habituei a lidar ao longo dos anos e das minhas participações na prova.

Mesmo assim ainda teve uma pequena oportunidade de ensaiar o carro em Itália.

Tive a oportunidade de realizar um dia de testes em Itália, com o carro de testes da Lamborghini, mas falta-me conhecer melhor o carro. Gostei do Húracan. Achei-o bastante bom no que respeita ao estilo de condução. Pareceu-me um carro ágil. Conheço muito bem o Circuito da Guia, se me adaptar ao carro depressa acredito que é possível andar bem desde início.

Que objectivos tem para esta corrida, sabendo de antemão que a concorrência são os melhores pilotos da especialidade?

Vou dar o meu melhor, como sempre. Mas muito vai depender do BoP (balanço de performance, na sigla inglesa) que for atribuído (pela FIA) ao nosso carro este fim-de-semana. Se o BoP for bom, então acredito que vai ser possível andar lá na frente com os Audi e os Mercedes, mas se for menos bom, obviamente que vai ser mais complicado. O ano passado, com o McLaren, éramos muito bons lá em cima, na montanha, mas perdíamos muito tempo nas rectas para os nossos rivais.

O que pensa da FFF Racing Team by ACM? É a equipa com quem correu o ano passado aqui e onde também fez uma corrida no GT Asia Series em 2015.

Conheço muito bem a equipa e sei com o que posso contar. É uma equipa nova, mas com muita ambição e com visão a longo termo. Contam com bons profissionais, fazem um bom trabalho e têm aspirações de vencer. É para isso que cá estão em Macau. O apoio da Lamborghini vai dar-lhes uma motivação suplementar e dá-nos uma oportunidade para lutar pelos lugares da frente.

 

17 Nov 2016

André Couto ainda pode revalidar o título no Japão

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] temporada desportiva no Japão do piloto local André Couto chega ao fim este fim-de-semana na Twin Ring Motegi; um circuito que pertence ao construtor automóvel Honda. Couto e o japonês Ryuichiro Tomita ocupam o sétimo lugar no campeonato, com 32 pontos, menos 22 que os líderes do campeonato, o duo nipónico Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui (Toyota 86 MC). Para o piloto da RAEM revalidar o título na classe GT300 é um objectivo extremamente complicado, até porque o Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer carregará este fim-de-semana 32 kg adicionais de lastro, apesar da última prova do ano atribuir pontos a dobrar, pois serão realizadas duas corridas, uma no sábado e outra no domingo. Contudo, tal possibilidade remota está pendente vários cenários pouco prováveis que envolveriam os principais candidatos às vitórias e por sua vez, os carros que habitualmente são mais rápidos em pista.

“Matematicamente ainda é possível eu ser campeão, mas é muito, muito difícil”, reconheceu Couto ao HM que afirmou que vai dar “o meu melhor, como faço em todas as corridas e tentar encerrar a temporada com um bom resultado”.

Nesta mesma pista, o ano passado, na altura já com o título da categoria GT300 no bolso, Couto levou o Nissan GT-R Nismo GT3 cinzento ao sexto lugar. Como o próprio piloto português do território admite, este ano o Nissan tem sido prejudicado pelo “Balanço de Performance”, a fórmula técnica artificial usada pelo organizador do campeonato para equiparar o andamento em pista de viaturas tão diferentes da classe GT300 como o Nissan nº0, o Ferrari 488 GT3 ou o Toyota Prius que carrega um sistema híbrido, entre outros.  O Team Gainer teve um arranque de época discreto, mas foi evoluindo com a desenrolar da temporada, tendo mesmo lutado pela vitória na última prova, realizada na Tailândia. Couto acredita que este resultado “dá confiança à equipa” à partida para o derradeiro desafio da temporada 2016 que contará com vinte e nove concorrentes na classe GT300.

A última prova do Super GT é uma jornada dupla; um formato invulgar para o campeonato. Isto, porque o circuito Autopolis, localizado na Prefeitura de Ōita, deveria receber a próxima corrida do Super GT nos dias 21 e 22 de Maio, mas devido ao tremor de terra que assolou aquela zona do Japão o circuito ficou inoperável. Por motivos de calendarização, a organização do campeonato Super GT optou por executar esta jornada dupla em Motegi, em vez de criar um evento de substituição.

Teste em Itália

Antes de partir para o Japão, Couto viajou até ao norte de Itália para ter um primeiro contacto com o Lamborghini Húracan GT3, a viatura que conduzirá na Taça do Mundo FIA GT do 63º Grande Prémio de Macau.  Como o Lamborghini da FFF Racing Team by ACM que Couto conduzirá no Grande Prémio está a caminho da RAEM, Couto teve um dia de preparação no circuito de Adria com o carro de testes da Lamborghini Squadra Corse.  “Gostei do carro. Achei-o bastante bom no que respeita ao estilo de condução. Pareceu-me um carro ágil”, explicou Couto ao HM.  O piloto luso de Macau, que o ano passado tripulou um McLaren, irá este ano com o italiano Mirko Bortolotti representar o construtor italiano na taça mundial, onde a Automobili Lamborghini terá pela frente três rivais de peso: Audi, Mercedes-Benz e Porsche.

10 Nov 2016

André Couto faz o melhor resultado da época em Suzuka

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto conquistou o terceiro lugar da classe GT300 na prova rainha do campeonato Super GT, os 1000 quilómetros de Suzuka, no passado fim-de-semana. Este foi o melhor resultado de uma temporada que tem sido particularmente difícil para o piloto que é campeão em título da categoria. “Devemos estar satisfeitos porque foi um bom fim-de-semana no geral”, verbalizou Couto, que faz equipa este ano com o japonês Ryuichiro Tomita, no final da prova. Largando da sexta posição, para uma prova que teve mais de cinco horas de duração, Couto fez o primeiro turno de condução, entregando o carro ao seu companheiro de equipa já na segunda posição. Depois, Tomita teve um alegado contacto com o Subaru BRZ oficial e foi penalizado, caindo o Nissan do Team Gainer para fora dos dez primeiros. A corrida teria o seu primeiro momento de “Safety-Car” à 98ª volta já com Couto ao volante e o seu Nissan à frente da categoria GT300. Fruto de diferentes estratégias, Couto desceria para a segunda posição e depois, com a chuva a cair no final da corrida, o Nissan cinzento ainda haveria de perder mais uma posição, desta vez com o piloto nipónico novamente ao leme. Ainda assim o resultado do duo luso-nipónico foi visto como bastante positivo. “Foi o nosso primeiro pódio do ano esta temporada”, explicou Couto, acrescentando que “os 1000 quilómetros de Suzuka são a prova mais dura do campeonato e estamos orgulhosos deste resultado neste evento. Houve momentos de má sorte na corrida, mas também de sorte – e no fim fomos capazes de marcar pontos (13 pontos) também, o que é bom”. O campeonato Super GT regressa em Outubro para sua única prova fora do Japão, no Circuito Internacional de Chang, em Buriram, na Tailândia, terminando em “casa”, no mês Novembro, com uma jornada dupla na pista japonesa de Motegi.

Temporada difícil

O ano passado Couto venceu na classe GT300 os 1000 quilómetros de Suzuka, colocando-se em posição privilegiada para ser campeão da categoria, o que viria a acontecer uma prova mais tarde. Contudo, hoje, Couto e Tomita têm apenas 24 pontos e ocupam apenas o nono lugar a 23 pontos dos líderes do campeonato, a dupla japonesa da equipa oficial da Subaru, Takuto Iguchi/Hideki Yamauchi. Apesar de Tomita ser claramente inferior a Katsumasa Chiyo – o jovem japonês que o ano passado acompanhava o piloto da RAEM no Nissan do Team Gainer na maior parte das provas – há muitas outras razões para explicar os resultados mais modestos do GT-R Nismo GT3 Nº 0 esta temporada. A Dunlop, que equipa o Nissan de Couto, tem tido nas locais Yokohama e Bridgestone oposição à altura, sendo que nenhum dos fornecedores de pneus tem mostrado supremacia incontestável em relação aos seus rivais em nenhum ponto do campeonato. Ao contrário da BMW, Audi ou Ferrari, a Nissan não lançou um carro novo para esta época e continua a utilizar o mesmo carro de anos anteriores, apostando em pequenas actualizações para tentar equiparar-se aos seus adversários. Depois, as atenções da Nissan parecem na classe GT300 estar focadas no carro nº3, entregue aos seus protegidos Kazuki Hoshino/Jann Mardenborough. Igualmente, existe uma queixa recorrente que o Balanço de Performance (BOP – na sigla inglesa – que é responsável pelo equilíbrio de performance em pista de viaturas com princípios técnicos tão diferentes) é desfavorável às viaturas FIA GT3, como o Nissan de Couto, em comparação com as viaturas “made in Japão” JAF300, como é o caso do Subaru que lidera o campeonato. Couto tem sido cauteloso nas palavras sobre este assunto, mas nem todos os pilotos têm sido assim tão contidos. Nobuteru Taniguchi, que conduz um Mercedes-Benz AMG GT3, queixou-se depois da corrida de Suzuka que “só nas paragens boxes os JAF300 ganharam 20 a 30 segundos”. Uma ideia reforçada por Takashi Kobayashi, que tripula um BMW M6 GT3, para quem “o lastro que carregava, mais a restrição da compressão do turbo estipulada, fizeram parecer que conduzia um GT200…”

2 Set 2016

Guia é o melhor circuito do mundo – ao volante com André Couto

[dropcap style=’circle’]”C[/dropcap]ada piloto que correu em Macau diz que a Guia é o melhor circuito do mundo”, assim refere André Couto, vencedor no ano 2000 do Grande Prémio de Macau de F3 e o mais acarinhado piloto da população de Macau afecta ao automobilismo pois, foi o único residente a vencer esta prova no Circuito da Guia. Quem concorda plenamente com André Couto é Edoardo Mortara, que adita ter já corrido nos mais famosos circuitos do mundo como o Mónaco, Monza e SPA, mas para ele esta é a melhor pista do mundo. E continuando com o primeiro piloto a vencer por duas vezes a fórmula 3 do G.P. de Macau e que desde 2009 tem a volta mais rápida ao circuito com 2 minutos 10,732 segundo: “nenhum piloto chega a Macau com melhor conhecimento do circuito que os outros pois, facilmente pode ser apanhado desprevenido por troços de estrada refeitos.”
O desafio é grande na preparação de um carro para conduzir num circuito urbano misto, de zonas rápidas e planas, com outras lentas, a contornar as encostas de montes. Segundo André Couto, o Circuito da Guia tem duas partes distintas: “as zonas sinuosas das colinas e as zonas baixas de alta velocidade” e “em Macau é fundamental ter um bom motor uma vez que as altas velocidades são muito importantes e na zona das subidas (na secção superior) foi onde ganhei parte do tempo.”
Com uma enorme experiência no desporto automóvel, André Couto, nascido em Lisboa a 14 de Dezembro de 1976, veio de Portugal com a família e chegou a Macau com quatro anos. Tendo começado no karting, onde se sagrou campeão nas Filipinas em 1994, foi no ano seguinte correr para a Europa na fórmula Opel Lotus, competição realizada com carros iguais onde, no circuito de SPA-Francorchamps na Bélgica, em equipa com Manuel Girão, venceu a Taça das Nações. Em 1996 estava já no campeonato alemão de F3, seguindo para o italiano no ano seguinte. Participou por seis vezes no Grande Prémio de Macau de F3, onde venceu no ano de 2000, tornando-se o primeiro campeão local da História. Venceu ainda os 1000 km de Suzuka em 2005 e este ano, 2015, sagrou-se campeão no Japão da série Super GT.

Dia de treinos e de qualificações

Chegados à sexta-feira, o circuito traçado pelas ruas e avenidas da cidade fecha ao trânsito às seis da manhã para se realizar a limpeza total e a vistoria das vias usadas nas corridas. Sem ter terminar o mês de Outubro, já partes do traçado fora asfaltado e colocadas a maioria das barreiras metálicas ao longo da pista. Esse trabalho, que chegou a ser feito à noite, é actualmente realizado durante o dia para não incomodar o sono dos residentes. Deixam-se para serem fechadas nos dias que precedem o Grande Prémio as entradas de ruas importantes para o quotidiano trânsito, tal como a colocação das pilhas de pneus e os longos cilindros feitos de rota de protecção às curvas mais perigosas, assim como a montagem da passagem superior para peões em frente à Curva de S. Francisco.
Desde que o Grande Prémio de Macau começou, o circuito manteve-se sempre o mesmo percurso, apenas com poucas transformações. Aqui deixamos a descrição do traçado apresentado do 1.º Grande Prémio de Macau. Com partida do Porto Exterior, frente à Ponte 2 da Capitania dos Portos, seguindo pela Estrada de S. Francisco, Estrada dos Parses, Cacilhas, Ramal dos Mouros, D. Maria, Rua dos Pescadores, Macau-Seac, vindo a acabar na Avenida Oliveira Salazar, no ponto da partida. Esta fidelidade a um traçado romântico de tempos antigos, que desperta uma emoção inigualável e apenas tem comparação com o do Mónaco, traz o fascínio a pilotos e equipas.

Uma volta com André Couto

Devido à enorme experiência de André Couto no Circuito da Guia, tanto na condução de um F3, como em Carros de Turismo, onde vem correr todos os anos, aproveitamos aqui para, usando as suas palavras registadas num placard que encontramos no edifício do Grande Prémio durante as provas de 2013, nos servir como condutor cicerone e dar uma volta ao circuito.
Saindo da zona do ‘pit lane’, as máquinas aproveitando a parte plana e rápida do circuito vão acelerando pois a curva do Mandarim é suave e não traz grandes problemas. Segundo André Couto:

“A Curva do Mandarim Oriental para os F3 é fácil podendo inclusivamente passar dois carros ao mesmo tempo. Mas com os Carros de Turismo é a curva mais difícil do circuito. Chega-se em sexta velocidade, com estabilidade e a cerca de 240 km/h, é preciso travar para reduzir um pouco a velocidade e aumentar o peso na frente da viatura, para ter um bom controlo na curva. Não é preciso reduzir. Não é de forma alguma plana para carros de Turismo e tem de se travar um pouco antes de virar, caso contrário, perde-se o controlo. O carro foge com facilidade, sendo empurrado para fora. Quando se sai, o carro passa realmente muito perto do muro.”

Ganhando cada vez mais velocidade e já de frente para o Hotel Lisboa, aparece a apertada curva e as travagens nos limites, deixam as marcas dos pneus no asfalto. A bancada, nessa curva de ângulo recto, permite aos espectadores delirarem com a visão do espectáculo e não há prova alguma em que não haja emoção. Impressionante é o trabalho rápido com que a pista é desimpedida e limpa, muitas vezes permitindo não interromper a corrida.

“A famosa Curva do Lisboa é uma curva com 90° e chega-se lá a alta velocidade. Entre a linha de Partida/Chegada e o Lisboa são cerca de trinta segundos em F3 com rotação máxima, o que é muito importante para o motor. É um pouco menos rápido em Carros de Turismo, pois é preciso usar o travão no Mandarim. Reduz-se da velocidade máxima para segunda, fazendo uma travagem brusca.”

A pista afunila na pequena recta da Avenida de Lopo Sarmento de Carvalho e com a Curva de S. Francisco, semelhante à anterior, entra-se para a zona montanhosa, que engloba três das sete colinas da cidade.

“Depois é necessário engrenar a terceira velocidade para fazer a Curva de São Francisco. É importante ir o mais rápido possível para nos mantermos em altas rotações até à colina. Pode realmente ganhar-se tempo, se se estiver empenhado e acelerar ao máximo.”

A Estrada de S. Francisco começa na confluência entre a Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues e a Rua da Praia Grande, em frente das avenidas de Lisboa e de Lopo Sarmento de Carvalho, e termina na Estrada dos Parses.
Subindo a encosta pela Estrada de S. Francisco, após passar entre o Miradouro de Nossa Senhora da Saúde, à direita, e o edifício do Hospital de S. Januário, esta muda de nome e fica a ser a Estrada dos Parses. Como continuação da Estrada de S. Francisco, a Estrada dos Parses termina em frente da Estrada do Engenheiro Trigo, entre a Calçada da Vitória e a Estrada de Cacilhas. Com outra curva de 90 graus, conhecida pela Curva da Maternidade, entra na Estrada de Cacilhas, onde está o miradouro de Nossa Senhora do Mar, onde se entra no Monte da Guia pela vertente Sueste.

“Antes da Curva da Maternidade, está-se a cerca de 200 km/h, muito rápido e na quinta velocidade. No momento em que se tem de pôr o pé nos travões, está-se no cume de uma elevação e o carro no ar. É uma zona de travagem muito difícil, onde é fácil perder controlo do carro e cometer um erro. Na Curva da Maternidade tem de se reduzir para segunda para as curvas mais lentas, normalmente mais propícias para desvios de direcção.”

Começa aí a Estrada de Cacilhas, que já foi conhecida pelo nome de Estrada da Solidão, por haver na margem esquerda da via uma fonte com esse nome, tendo esta três curvas rápidas conhecidas pelos esses da Solidão.

“Depois, a descida em direcção aos esses da Solidão. Há três curvas muito interessantes em terceira, com um grande muro mesmo ali. Muito agradável para conduzir. É difícil, mas o piloto pode aqui fazer a diferença. Aceleramos à saída em terceira e seguimos para a próxima curva na mesma velocidade, rápido à entrada e saída. Na saída da curva, não se deve ficar muito longe da parede, pois estamos a ir para a parte mais acelerada da colina.”

A ligar o Monte da Guia e a Colina de D. Maria II está o Ramal dos Mouros e a meio desta rua, cortando outra vez para a direita, passa-se para a Estrada de D. Maria II, que contorna a colina com a curva com o nome de uma Rainha de Portugal, D. Maria da Glória, que reinou entre 1834 até 1853 com o cognome A Educadora.

“A abordagem da Curva Dona Maria, a descer chega-se a uma velocidade de 200 km/h, pisa-se os travões e reduz-se para a segunda velocidade. Se travarmos muito tarde, vamos definitivamente em frente e batemos. Nesta zona tem de se fazer tudo mais cedo do que se pensa que é possível, antes de se abordar o pequeno salto. Se reduzimos ou travamos tarde de mais, uma vez que o carro está no ar, não se consegue fazer mais nada.”

Chega-se à parte mais estreita e lenta do circuito, o gancho, que numa rotação de 180 graus, dá entrada para a Rua dos Pescadores, para de novo chegar à parte rápida do circuito, construído sobre o aterro do Porto Exterior.

“Então chegamos à Curva do Gancho MELCO. Não é muito difícil, mas é uma viragem muito técnica. Chega-se muito rápido e tem de se reduzir rapidamente para primeira. À entrada da curva, todos os carros fazem mais ou menos o mesmo. Mas à saída, assim que podemos, aceleramos ao máximo para atingirmos maior velocidade. Pode-se ganhar ou perder meio segundo entre a zona da Melco e a linha de partida/chegada. Vamos da primeira à quinta velocidade para, o mais rápido possível, se ter o máximo da potência à saída. O piloto precisa de pensar nas duas curvas, mas se o carro é veloz e nervosos, tudo será mais fácil. São rectas grandes e longas. Aqui há tempo para respirar novamente, já que se pode seguir a direito em quinta velocidade até aos Pescadores, onde entras em terceira e, usualmente, a pista tem muitos ressaltos.”

A Rua dos Pescadores em descida, após duas rápidas curvas, continua numa recta até à Curva R e daí, já na Avenida da Amizade chega-se à recta da meta.

“A saída dos Pescadores é importante para se ganhar mais velocidade de ponta até à curva, onde se chega na quinta velocidade e, à curva em terceira. A velocidade máxima da Curva R até ao Mandarim, no caso de Carros de Turismo (ou Curva do Lisboa em F3) depende muito da velocidade à saída daquela curva. Depois desse cotovelo, é tudo recta e, por isso, o carro e o piloto que sair dessa curva mais rápido pode atingir uma velocidade de ponta – consegue ser cinco quilómetros mais rápido.”

Com o segundo dia de treinos realizados, regressam os carros às boxes. Meia hora após a realização da última prova do dia, volta o trânsito da cidade a poder usar as ruas e avenidas do circuito.

20 Nov 2015

Automobilismo | André Couto sagra-se campeão de GT300 no Japão

André Couto tornou-se campeão da prova nipónica GT 300 no circuito Autopolis. Foi no passado domingo que a equipa do piloto português de Macau recebeu a taça. Mesmo arrancando em 14º lugar e com 74 kg em cima

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] automobilista de Macau, André Couto sagrou-se campeão da prova mundial de GT300 no passado domingo. Em parelha com o seu colega de equipa japonês Katsumasa Chiyo, completou o circuito Autopolis em segundo, mesmo tendo arrancado em 14º lugar da grelha de partida. Foi na sexta posição que passou o carro para Chiyo, que continuou a recuperar até chegar ao segundo lugar. A corrida, que se prolonga por mais de 300 quilómetros, foi dividida pelos dois atletas, que conseguiram uma recuperação notável com Nissan GT-R da Gainer. Além de partir bem atrás, ao carro de Couto foram ainda adicionados 74 kg, como obstáculo (handicap, em inglês). André Couto A corrida de domingo foi a sétima ronda das oito que completam o circuito de GT 300. Esta prova acontece a par com a GT 500, na qual os automobilistas têm que percorrer 500 quilómetros em vez de 300. A sétima ronda teve lugar em Autopolis, circuito localizado na Prefeitura de Oita. Segue-se agora a última ronda da prova, mas na qual André Couto não precisa de vencer, uma vez que já reuniu pontos suficientes para a sua equipa se sagrar campeã. Esta acontece em meados deste mês, em Motegi.
Durante os treinos de sábado, o atleta confessou que o carro não era dos melhores da sua categoria e os pneus não eram “exactamente iguais”, mas tudo correu pelo melhor. “O que está feito, está feito e está para trás, portanto agora o nosso foco mental está na corrida de amanhã. Vamos fazer de tudo para recuperar da 14ª posição”, disse o automobilista no sábado passado.

Uma ultrapassagem de cada vez

A partir da sétima fila no início da corrida, a bandeira desceu e André Couto conseguiu ultrapassar quase todos os seus adversários. Durante a nona volta, já o atleta estava em 12º lugar. A 17ª volta serviu para ultrapassar outros três atletas, ficando na 10ª posição. Foi ao final de 35 voltas que André Couto passou o comando para as mãos de Katsumasa Chiyo, com a equipa já em quinto lugar. O japonês continuou a corrida até chegar, na 51ª volta, ao segundo lugar. Ao HM, o campeão garante a parte mais difícil da corrida de domingo foi ultrapassar os rivais que estavam na casa das dezenas. “Não me estavam a facilitar a vida. Estavam a ser um pouco agressivos a guiar e eu tinha que ter mais cautela para não bater, pelo que demorei um bocado mais a desembaraçar-me deste pelotão, mas consegui”, afirmou orgulhosamente. A pista de Autopolis “desgasta muito os pneus”, mas Couto justificou que tanto a maquinaria do automóvel como os pneus usados fizeram jus ao esforço que esta sétima ronda exigia.
O regulamento do presente campeonato responde a uma série de exigência para tornar as provas mais competitivas. Uma das normas é que as equipas com mais pontos devem partir em desvantagem. Esta premissa somou ao carro de Couto uns notáveis 74 kg numa posição quase final. E mesmo assim conseguiu alcançar o pódio. Faltam agora duas semanas para a última corrida deste campeonato de GT 300. Desta vez, todos os carros estarão ao mesmo nível. “Na próxima, todos os carros tiram os pesos todos, portanto ficamos todos com zero [quilos], de forma que também vai ser melhor para nós”, disse.

“Atacar ao máximo”

O português garantiu ainda que a oitava e última corrida “não vai ser diferente das outras”, pelo que a equipa vai empenhar-se da mesma forma. “Vou para lá atacar ao máximo, só não tenho é a pressão de ter que me chegar à frente de um ou outro adversário, vamos estar mais calmos”, explicou o atleta. [quote_box_right]“Não me estavam a facilitar a vida. Estavam a ser um pouco agressivos a guiar e eu tinha que ter mais cautela para não bater, pelo que demorei um bocado mais a desembaraçar-me deste pelotão, mas consegui”[/quote_box_right]
Em entrevista aos media, o automobilista dedicou a vitória a “várias pessoas”, afirmando que “todas elas sabem quem são”. No entanto, foi o seu filho Afonso – que faleceu vítima de um linfoma há cinco anos – que mereceu lugar de destaque: “agradeço às várias pessoas que me acompanharam desde criança, mas só há uma pessoa em quem penso quando estou dentro do carro e quando venci o campeonato. E essa pessoa é o Afonso”, confessou ao HM. É a primeira vez, desde há 11 anos, que André Couto chega ao pódio. Em 2004, sagrou-se vice-campeão ao volante de um Toyota Supra. No entanto, a prata foi conquistada na prova de GT 500, na qual o atleta correu durante 11 anos. Couto estreou-se no GT 300 do Japão em 2014.

A coleccionar feitos

André Couto foi mundialmente reconhecido depois de ter vencido o Grande Prémio (GP) de Macau em 2000, na categoria de Fórmula 3 (F3). Tendo começado jovem nas lides dos karts no território, Couto não demorou a entrar em competições por esse mundo fora. Em 1995 venceu uma ronda do Circuito do Estoril do campeonato europeu Fórmula Opel Lotus, ano em que também deu início à sua carreira na F3. Entre 1996 e 1997, o atleta viveu competiu na mesma categoria na Alemanha e Itália. Foi ao final de seis anos no GP que finalmente venceu em 2000. Nessa altura, Macau inteiro ficou ao rubro: não só um atleta local venceu a prova mundial, como o território voltava a ser colocado no mapa internacional do desporto.
A 20 de Novembro de 2000, o jornalista John Carney escrevia que o dia se assemelhava ao de uma “novela televisiva”. É que a mesma corrida que deu a vitória a Couto, vitimou dois turistas que estavam na assistência. O piloto holandês Franz Verschuur estava ao volante de um Renault quando falhou a curva do Hotel Lisboa e saiu sem conseguir travar, atingindo os turistas mortalmente. De acordo com Carney, Couto “teve que concluir um jogo de gato e rato com o italiano Paulo Montin antes de vencer”, mas o repórter garante que os fãs celebraram. “As pessoas ficaram loucas; homens feitos desfizeram-se em lágrimas e o champanhe fluía”. Um clima de festa, leia-se. Corrida

Lar doce lar

Questionado pelo HM sobre a diferença que é vencer o GP da sua terra-natal e um campeonato de GP internacionalmente renomado, André Couto não tem dúvidas: “são duas coisas completamente diferentes, até porque um é uma corrida só e outro são várias, mas o sentimento de vitória acaba por ser o mesmo”. O presente campeonato é mais como uma prova de esforço a longo prazo, enquanto o GP de Macau prima por ser competição onde tudo tem que ser dado de uma vez só. Ainda assim e embora o pisar de um pódio é sempre um momento inesquecível, Couto admite que “Macau será sempre Macau”. Afinal, a vitória no lar é sempre a mais doce de todas.

3 Nov 2015