João Luz Manchete SociedadeLai Chi Vun | Sugerida formação de guias turísticos em história naval Com a zona dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun prestes a acolher a primeira feira de produtos locais, Nick Lei pede ao Governo maior atenção à zona circundante de forma a torná-la mais apetecível para os turistas. Além disso, o deputado sugere a formação de guias turísticos na história da indústria naval de Macau Passados vários anos de progressos aos solavancos sobre o destino dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun, a zona prepara-se para acolher no final deste mês a primeira de uma série de feiras de produtos locais que se vão realizar nos fins-de-semana. Além de deixar elogios aos planos do Instituto Cultural para a revitalização da zona que está ao abandono há décadas, o deputado Nick Lei gostaria que o Governo melhorasse as instalações em redor dos estaleiros para proporcionar uma melhor experiência a turistas e locais que visitem a zona. Em declarações ao jornal Ou Mun, o deputado refere que como as feiras periódicas de Lai Chi Vun se vão realizar durante o Verão, época em que o calor e as chuvas intensas dominam as previsões meteorológicas, no local deveriam ser disponibilizadas infra-estruturas que garantam o abrigo da chuva e do calor. Na óptica de Nick Lei, se esse aspecto não for tido em consideração, os turistas ou visitantes locais podem perder a vontade de visitar Lai Chi Vun. O caminho para a zona dos estaleiros também deveria ser melhorado, segundo Nick Lei, já que o parque de estacionamento mais próximo fica a cerca de 15 minutos a pé dos estaleiros. Arte e engenho Além da venda de comes e bebes, artigos de artesanato e produtos afins, a própria envolvência do local representa um dos capítulos da longa história de Macau. Como tal, Nick Lei entende que o Governo deveria cooperar com entidades do sector do turismo para formar guias turísticos na história naval do território. Entretanto, decorre o concurso público para a instalação de arte e equipamentos públicos nos lotes X11 a X15 dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun até ao próximo dia 13 de Julho. O concurso é organizado em parceria com a Associação de Arquitectos de Macau e apoiado pela Galaxy e tem como objectivo “valorizar as ideias criativas das gerações mais jovens e despertar o interesse de participação de um maior público residente em Macau, com idade não superior a 45 anos”.
Hoje Macau SociedadeConsulado | André Moz Caldas promete transmitir problemas Os conselheiros das comunidades portuguesas reuniram este domingo com o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas. Segundo um comunicado, este prometeu “comunicar aos ministérios responsáveis, em Portugal, as preocupações suscitadas com as dificuldades apontadas ao Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, nomeadamente no que concerne ao reforço de pessoal e ajustamento salarial, conducente à obtenção de uma solução adequada”. No encontro, foram também lembrados os atrasos para a marcação de vagas para renovação de documentos no Consulado. André Moz Caldas falou ainda do “valor, significado e importância da comunidade Portuguesa em Macau”, salientando que Portugal “continuará a contar com o seu apoio na concretização da portugalidade em Macau, que constitui um pilar basilar do relacionamento bilateral entre Portugal e a República Popular da China”.
Nunu Wu SociedadePortuguês | Elogiados novos cursos de quatro anos O vice-director da Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, José Wong Chang Chi, considera que os novos cursos de português anunciados pelo Governo na semana passada podem constituir uma grande ajuda na formação dos alunos interessados em ingressar no ensino superior em Portugal. Em declarações ao jornal Ou Mun, José Wong afirmou que nos últimos tempos era normal que os alunos que queriam prosseguir os estudos em Portugal precisassem de frequentar um curso de português durante um ano depois de completo o ensino secundário, formação que ainda assim não conferia a conhecimentos suficientes aos jovens. No entanto, o responsável entende que os novos cursos de quatro anos, frequentados em paralelo durante o ensino secundário, abrem a possibilidade de os alunos escolherem as universidades preferidas em Portugal segundo as normas europeias. Outra vantagem, é que desta forma não precisam gastar um ano adicional para frequentar o curso português. A ex-deputada e presidente da Associação de Educação de Macau, Chan Hong, indicou que os novos cursos podem ajudar a colmatar a falta de quadros qualificados bilingues no território, além de serem uma saída profissional para jovens licenciados em cursos focados na língua portuguesa.
Hoje Macau Manchete SociedadeLíngua portuguesa | Persiste desafio de filhos aprenderem o idioma dos pais Por todo o mundo onde existem comunidades portuguesas persistem desafios para que os filhos de emigrantes aprendam a língua nativa dos pais. No caso de Macau, mesmo com a oferta lectiva existente e a presença de uma escola portuguesa, ensinar o português também não é tarefa fácil A manutenção o português como uma das línguas mais faladas do mundo exige que os filhos dos emigrantes aprendam o idioma, uma batalha nem sempre fácil para os pais, num contexto de grande pressão das línguas de acolhimento. Ricardo, em Macau, admite o falhanço de ensinar português ao filho mais novo. “Não consegui que os meus descendentes aprendessem português. Isto é como um ponto final no português na minha família”, desabafa Ricardo Xavier, 45, que nasceu em Macau e hoje usa o português apenas por obrigação no trabalho, no Instituto para os Assuntos Municipais (IAM). O filho mais novo nasceu em 2010, pós-transição, em que “a língua portuguesa era vista com alguma insegurança, dúvidas e interrogações para o futuro”, salienta Xavier, licenciado em Administração Pública, que lamenta hoje os erros cometidos. E, “por isso decidimo-nos pela educação em chinês do meu filho”, que “só teve contacto com o português na escola”, mas “tinha pouco interesse na aprendizagem do português quando tentava ensinar-lhe. Até arranjei um professor para dar explicações, mas desistiu por falta de interesse”. Susana Diniz é fundadora um centro de explicações em Macau e é mãe de Suri, com oito anos, que está “mais familiarizada com o inglês e o português aparece sempre em segundo plano como forma de comunicação”. Apesar disso, “não é de todo uma preocupação para nós esta preferência dela, visto que sabemos que está ambientada com ambas as línguas. Por outro lado, pensamos que na escola em que está, o intercâmbio cultural é maior do que se estivesse na escola portuguesa” de Macau, salienta. O caso francês Se em Macau a batalha é difícil, o mesmo se passa noutros locais, como é o caso da França, um país que, segundo as autoridades portuguesas, tem cerca de 14 mil alunos a aprenderem a língua no ensino obrigatório e há 102 professores colocados pelas autoridades portuguesas em diferentes pontos. “Há casos onde não há continuidade e somos contactados pelos pais e sabemos que há muitos alunos que se perdem depois da primária e podemos fazer essa correlação, porque não os temos no ensino básico. Há muitas recusas porque os directores têm de distribuir as horas pelas línguas que têm mais inscrições e quando não há alunos, fecha-se”, explicou Annabella Simões, professora de português no liceu Montaigne, em Paris, e vice-presidente da Associação para o Desenvolvimento dos Estudos Portugueses (ADEPBA) que este ano celebra 50 anos. Segundo a professora, há um certo desinteresse da comunidade em relação ao português, não sendo muitas vezes possível constituir turmas devido à falta de inscrições de alunos, por outro lado, a língua portuguesa desperta cada vez mais interesse: “temos cada vez mais procura de pais que nem têm origens portuguesas. Claro que no início da emigração portuguesa, havia mais alunos cujos pais eram portugueses, mas hoje há muitos mais alunos cujos pais são franceses ou têm outras origens”. Aulas ao sábado Em França, encontrar aulas depende acima de tudo do local de onde os pais moram. Sandra Canivet da Costa, lusodescendente que vive em Bourges, contou que os filhos, “que hoje têm 14 e 16 anos, andavam na escola primária e não conseguiram aceder a estas aulas. Recebi o questionário, disse que queria esta opção, mas nunca deu em nada, disseram-me que não havia professor”. Na Escócia, o cenário não é diferente de França e o inglês, como língua franca, constitui uma dificuldade adicional para que os mais novos gostem de português. Para Sandra Nabais, a rotina não acaba à sexta-feira porque todos os sábados faz 50 quilómetros entre Kirkaldy e Edimburgo para o filho de 11 anos poder frequentar as aulas de língua portuguesa. “O João tinha cinco anos quando chegou à Escócia e durante os primeiros tempos chegavam as conversas que tinham em casa, mas com o início da escolaridade “começou a ser complicado”, recorda a mãe. “Em dez palavras cinco eram em português, cinco eram em inglês”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeFundo do Desporto deu dinheiro a associações de forma discricionária O Comissariado de Auditoria (CA) divulgou, também esta sexta-feira, um outro relatório sobre a atribuição de subsídios pelo Fundo do Desporto (FD) a 57 associações locais, entre 2018 e 2021, para a prática de eventos desportivos, no valor total de 137 milhões de patacas. Verificou-se, assim, que o FD não fez um “controlo eficaz da concessão de apoios financeiros”, tendo ocorrido “uma enorme discricionariedade na condução dos procedimentos de apoio financeiro, tendo havido casos em que foram atribuídos apoios financeiros a mais”. O FD, segundo o CA, “não elaborou regras para orientar os procedimentos de atribuição dos apoios”, tendo-se verificado uma situação de “laxismo nos trabalhos de fiscalização” devido “à passividade do pessoal dirigente” do FD e “deficiência dos mecanismos de controlo, que deviam ter sido aprovados pelo órgão competente”. O CA exige que o FD faça as devidas correcções de procedimentos, uma vez que “serão realizados grandes eventos desportivos em Macau”, detendo, neste contexto, “uma posição de enorme responsabilidade”. Em resposta, o FD refere respeitar o conteúdo do relatório, prometendo rever procedimentos de atribuição de dinheiros públicos.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEstação Elevatória no Porto Interior deixará de dar resposta, diz relatório O Comissariado de Auditoria considera que a Estação Elevatória do Norte do Porto Interior “deixará de dar resposta” na prevenção de inundações, lamentando o ineficaz gasto de dinheiros públicos, os atrasos, as falhas de comunicação e ausência de rigor da parte do Governo Construir a Estação Elevatória do Norte do Porto Interior para travar as inundações, constantes na zona, custou aos cofres públicos mais de 109 mil milhões de patacas. No entanto, a infra-estrutura “certamente veio aliviar o problema das inundações no Porto Interior”, mas trata-se de “um alívio de curta duração, pois, a longo prazo, deixará de dar resposta”. Esta é uma das conclusões do relatório do Comissariado de Auditoria (CA) sobre o processo de construção da Estação Elevatória, divulgado na sexta-feira. A obra em questão começou a ser pensada pelo então Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), hoje Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), em 2010. Contudo, houve atrasos no projecto e só em Maio de 2018 se deu a abertura do concurso público. A obra ficou concluída em 2021 e, mesmo assim, não conseguiu evitar a ocorrência de inundações a 1 de Junho desse ano. O IAM analisou as razões para tal, concluindo que “os níveis estabelecidos para activar e desactivar as bombas não estavam devidamente ajustados”, além de que “a rede de drenagem antiga não tinha capacidade para aguentar o volume de água gerado pelos aguaceiros”, tendo ocorrido “acumulação de águas vindas de outras zonas”. O CA apurou ainda que “na fase inicial dos aguaceiros – quando a precipitação era fraca – a velocidade de escoamento das águas para a box-culvert era mais baixa do que a velocidade da condução destas à rede de drenagem”. Além disso, na fase em que “as águas não tinham ainda atingido o cimo da box-culvert, já o pavimento estava inundado”. Perante este facto, o CA lamenta os gastos de dinheiro público, pois “projectos de infra-estruturas implicam avultados investimentos” e “a ocupação prolongada da via pública, causando impacto no quotidiano da população”. “As referidas infra-estruturas complementares apenas ajudam a aliviar os problemas a curto prazo, mas não a longo prazo, por outras palavras, esta rede não vai ser capaz de fazer face às necessidades que advirão com o desenvolvimento dessa zona”, lê-se ainda. No total, entre 2008 e 2020 o Governo gastou 1,47 mil milhões de patacas com a prevenção e controlo das inundações na zona do Porto Interior. Falta de consensos O relatório descreve ainda falhas no diálogo entre o então IACM e a então Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), hoje Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP). Na prática, o IACM não pediu parecer à DSSOPT, apresentando o projecto de construção da Estação Elevatória apenas para aprovação e falhando na apresentação de documentação que servia de prova aos atrasos na obra. O CA aponta que cabia à DSSOPT avaliar o período de retorno da rede de drenagem nesta infra-estrutura. Este organismo, “apesar de ter conhecimento, em 2012 e 2017, através de dois relatórios, de que era recomendável a adopção do período de retorno de 20 anos para a rede de drenagem do Porto Interior, além de não ter remetido os referidos relatórios ao IACM, também não apresentou qualquer opinião sobre a adopção do período de retorno de 10 anos para a rede de drenagem aquando da apreciação posterior do projecto”. O relatório acusa, portanto, os dois organismos de não projectarem a obra “de forma rigorosa”, pois, em conjunto com o Instituto Cultural, foram necessários “vários anos para chegar a um consenso sobre a localização da obra”, o que “afectou o cumprimento dos prazos inicialmente previstos, impediu que o problema das inundações fosse solucionado de forma célere e afectou o alcance dos resultados pretendidos com a obra”. Houve, assim, “falta de cooperação e comunicação entre o IACM e a DSSOPT, e falta de coordenação e zelo na concepção da obra”. Promessas e justificações A DSOP disse, entretanto, “respeitar” o conteúdo do relatório, prometendo “reforçar a comunicação e coordenação interdepartamental, cumprir as suas atribuições de forma prudente e promover activamente os trabalhos de gestão cooperativa entre os serviços”. Sobre a prevenção de inundações, a DSOP referiu apenas que têm sido seguidos os padrões definidos no “Plano decenal de prevenção e redução de desastres em Macau (2019-2028)”. Por sua vez, o IAM explicou que a Estação Elevatória foi projectada “com base na intensidade de precipitação de uma ocorrência para o período de 10 anos, tendo em conta a quantidade de água pluvial que podia ser recolhida naquela zona”. O organismo rejeita falhas na eficácia, apontando que a infra-estrutura de box-culvert e a estação elevatória de água pluvial “têm uma capacidade de drenagem superior a uma ocorrência para o período de 10 anos, pelo que podem responder eficazmente às necessidades da zona em termos de drenagem em dias de chuva ou em dias de chuva intensa”.
Hoje Macau SociedadeFormação subsidiada | Inscrições abrem segunda-feira Durante a próxima semana, entre segunda e sexta-feira, vão estar abertas as inscrições para a próxima ronda de cursos de formação subsidiada, anunciou ontem a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Recorde-se que este programa tem como objectivo “ajudar os residentes afectados pela epidemia a aumentar as suas competências profissionais, a integrar no mercado de trabalho e, ainda, a obter apoio económico”. Como vem sendo habitual, as formações dividem-se em duas categorias: o plano orientado para o aumento das competências técnicas para trabalhadores no activo e profissionais liberais, e o plano orientado para a empregabilidade” destinado a desempregados e graduados do ensino superior. No caso do primeiro plano de cursos, após a sua conclusão e participação nas respectivas provas, “os formandos, ou ainda o empregador, podem receber subsídios de formação até ao valor de 5 000 patacas”. O segundo plano é destinado a residentes desempregados por cessação da relação de trabalho desde 1 de Janeiro de 2019, ou que tenham concluído o curso do ensino depois do início de 2019, e que não sejam trabalhadores por conta de outrem. No fim do curso, estes formandos podem receber um subsídio de 6.656 patacas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEleições | Lançada petição para facilitar voto na diáspora A “Também Somos Portugueses – Associação Cívica” acaba de lançar uma petição que reforça duas exigências antigas às autoridades portuguesas: a opção do voto online não presencial e a adopção do voto postal e presencial em todas as eleições portuguesas, bem como o aumento do número de deputados pelos Círculos da Europa e Fora da Europa Chama-se “Para que todos contem – Para que os cidadãos portugueses no estrangeiro tenham voz” e é mais uma petição lançada pela “Também Somos Portugueses (TSP) – Associação Cívica” que chama novamente a atenção para a dificuldade que muitos portugueses sentem em exercer o direito de voto nos países ou regiões onde se encontram emigrados, pelo facto de não existir ainda o voto online. Além da TSP, esta petição é também promovida pelo GRI-DPA – Grupo de Reflexão e Intervenção – Diáspora Portuguesa na Alemanha e Movimento Sinergias da Diáspora. A petição e recolha de assinaturas é dirigida à Assembleia da República em Portugal. Assim, a petição apela às autoridades portuguesas que seja adoptada a “opção de voto online não presencial, voto postal e voto presencial em todas as eleições”, além de exigir “o aumento do número de deputados representando os cidadãos portugueses no estrangeiro”, nomeadamente pelos círculos da Europa e Fora da Europa na Assembleia da República. Isto porque, segundo o texto da petição, “a proporcionalidade entre o número de eleitores e de deputados, um dos fundamentos da democracia, exige o aumento do número de deputados representando os cidadãos portugueses no estrangeiro”. O documento alerta também para o facto de “o voto presencial continuar a ser a única alternativa para a maioria das eleições”, apesar do “problema da distância aos locais de voto, que podem estar a milhares de quilómetros ou mesmo noutro país ou continente”. Assim sendo, “o voto online não presencial, que é defendido pela maioria dos cidadãos portugueses no estrangeiro, contribuiria para resolver os problemas supracitados. Porém, continua sem ser testado, quanto mais implementado”. Questões consulares A petição alerta ainda para os problemas nas infra-estruturas consulares em todo o mundo. No caso de Macau, não existem vagas disponíveis para renovação do passaporte ou cartão de cidadão até final do ano. “Continuamos com consulados sem recursos suficientes para atendimentos com prazos razoáveis, e com um ensino da língua e cultura portuguesas que tem sido, para os nossos compatriotas, dispendioso e insuficiente. Milhões continuam sem serem contados como cidadãos portugueses. Continuamos a enfrentar todo o tipo de obstáculos para podermos votar, das distâncias aos métodos ineficazes”, aponta a petição. A fim de recolher as assinaturas dos portugueses espalhados pelo mundo, existem várias formas de submissão do documento. A petição pode ser assinada online, digitalizada e enviada para o email contacto@tambemsomosportugueses.org ou para a TSP, na morada “Rua Cidade de Malange, 178, r/c C, 1800-101 Lisboa, Portugal”.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Índice global cresce 0,9 por cento O Índice de Preços à Habitação (IPH) cresceu ligeiramente 0,9 por cento entre os meses de Fevereiro e Abril deste ano face ao primeiro trimestre do ano, tendo sido de 251,2 pontos. Concretamente, o IPH na península foi de 249,9 pontos, mais 0,8 por cento, enquanto nas ilhas de Taipa e Coloane foi de 256,6, mais 1,1 por cento. O IPH de habitações já construídas, de 269,6 pontos, cresceu 0,9 por cento face ao período anterior, destacando-se que o índice da península de Macau (259,9) e o índice da Taipa e Coloane (308,2) que subiram 0,8 e 1,2 por cento, respectivamente. Em termos do ano de construção dos edifícios, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão dos 11 aos 20 anos de construção e o índice do escalão inferior ou igual a 5 anos cresceram 1,8 e 1,1 por cento, respectivamente.
João Luz Manchete SociedadeCrime | Actos violentos aumentam 44% no primeiro trimestre O fim das restrições fronteiriças levou ao aumento da criminalidade no território. No primeiro trimestre do ano, a criminalidade violenta aumentou significativamente, seguindo a tendência de outros tipos de crime, como furtos, roubos, burlas, passagem de moeda falsa. Wong Sio Chak realça que apesar do aumento da criminalidade, esta é inferior ao registo de 2019 Durante os primeiros três meses de 2023, o número de crimes aumentou face ao período homólogo do ano transacto. Porém, o registo do primeiro trimestre do ano foi “significativamente inferior ao registado no período homólogo de 2019, ou seja, antes da epidemia”, indicou ontem Wong Sio Chak, na apresentação das estatísticas da criminalidade relativas ao primeiro trimestre deste ano. O Governo reconhece que, em termos anuais, “registou-se um aumento notável” de “crimes de burla, aos crimes contra o património, aos crimes de pagamento online com cartões de crédito e a outros crimes cibernéticos”, justificando o acréscimo com o aumento de turistas, após o alagamento das medidas de passagem transfronteiriça e “com a grande dependência da internet que o público criou durante a epidemia”. No cômputo geral, nos primeiros três meses do ano, foram registados 3.006 crimes, total que representa uma subida de 17,2 por cento face ao mesmo período de 2022. Os crimes violentos aumentaram 44,2 por cento, para um total de 62 ocorrências. Neste capítulo, destaque para os crimes de roubo que duplicaram em termos anuais, para um total de oito, e o fogo posto que aumentou 166,7 por cento, para um total de 16 casos. As violações também aumentaram, 28,6 por cento, para nove casos, assim como o abuso sexual de crianças que aumentou de nove para 10 casos (+ 11,1 por cento). As coisas alheias A categoria dos crimes contra o património foi o que mais casos registou, totalizando 58,7 por cento de todos os crimes praticados no território. Além do roubo, quase todos os delitos criminais mais que duplicaram durante os primeiros três meses do ano. Além dos crimes de roubo, os furtos por carteiritas também duplicaram, para um total de 54 casos, e o furto de motociclo aumentou 137,5 por cento para 19 ocorrências. Os crimes de apropriação ilegítima aumentaram 34,5 por cento para um total de 480 casos, enquanto os crimes de burla subiram anualmente 35,5 por cento para 435 casos. Também os crimes informáticos quase duplicaram, com as autoridades a registar 94 ocorrências nos primeiros três meses do ano, o equivalente a uma subida de 95,8 por cento. Apesar do aumento generalizado de crimes, o número de indivíduos conduzidos ao Ministério Público teve um ligeiro aumento de 930 casos no primeiro trimestre de 2022, para 931 no mesmo período deste ano. Um dos crimes endémicos no panorama local, devido ao elevado número de casinos, é de troca ilegal de dinheiro, crime que aumentou 78,4 por cento nos primeiros três meses de 2023, em termos anuais. O Governo indicou que no período em análise realizou operações especiais, tais como a “Operação preventiva do Inverno 2022”, com inspecções diárias “em estreita cooperação com as concessionárias de jogos”. Nestas acções foram interceptados 3.655 praticantes de troca de dinheiro. O Governo sublinhou que “a maior parte dos agentes é do Interior da China, facto que traduz uma tendência profissionalizada e de actuação em grupo”.
Hoje Macau SociedadeViolência doméstica | Polícia Judiciária detém suspeito Um homem foi detido por agentes da Polícia Judiciária (PJ) por suspeita da prática do crime de violência doméstica. Segundo o jornal Ou Mun, a polícia recebeu uma queixa da vítima esta segunda-feira, tendo esta dito que o marido, um taxista de 48 anos, a ameaçou de morte, tendo encostado uma faca ao seu pescoço. A vítima explicou que o homem ficou frustrado quando a mulher recusou ter relações sexuais com ele. Além da ameaça com a faca, a vítima foi ainda agredida, tendo sido acusada de ter um amante. Após a mulher implorar para que parasse, o homem pousou a faca e a vítima trancou-se na casa de banho, chamando a polícia, que se deslocou ao apartamento e encontrou o suspeito. A mulher foi identificada com hematomas na cara no Centro Hospitalar Conde de São Januário. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, sendo o homem suspeito do crime de violência doméstica e posse de arma proibida.
João Luz Manchete SociedadeTáxis | Profissionais do sector pedem subida de tarifas O presidente da Associação de Taxistas quer a subida das tarifas, após três anos sem actualizações devido à pandemia, para suportar o aumento dos custos com combustíveis. O representante alertou ainda para a quebra de quase 30 por cento do número de táxis a circular em Macau nos últimos três anos Com o regresso da normalidade fronteiriça e a retoma da economia, estão reunidas condições para voltar a negociar o aumento das tarifas de táxi, indicou ontem Tony Kuok Leong Song, presidente da Associação de Taxistas, em declarações ao programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. O representante do sector considera que as escaladas de preços dos combustíveis e de outros custos operacionais, como a renda mensal paga pelos motoristas para explorar os táxis, devem ser tidas em consideração nas próximas negociações com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). Na última vez que os representantes do sector reuniram com o Governo, o aumento das tarifas foi afastado devido à crise económica em que Macau mergulhou na sequência das medidas de combate à pandemia. Porém, Tony Kuok Leong Song está optimista de que agora seja possível reunir o consenso social que sustente o ajuste das tarifas. O representante da Associação de Taxistas defende também que o Governo deve abrir concursos públicos para a atribuição de licenças e permitir candidaturas em nome individual, situação tornada impossível com a aprovação do regime jurídico do transporte de passageiros em automóveis ligeiros de aluguer, aprovado em 2019. O vogal do Conselho Consultivo do Trânsito, Wong Man Pan, argumentou aos microfones da emissora pública, que a atribuição de licenças apenas a empresas permite uma melhor gestão, monitorizar a qualidade do serviço e reforçar a formação dos motoristas. Frota a emagrecer Como outros sectores profissionais, os taxistas sofreram com a paralisação que a pandemia impôs a Macau. Tony Kuok revelou que há três anos atrás circulavam no território cerca de 1800 táxis, frota que foi reduzida em mais de 400 veículos até hoje, o que representa uma redução de quase 30 por cento. Na óptica do representante do sector, a diminuição de táxis está directamente relacionada com o fim da validade das licenças de oito anos, que no próximo ano podem resultar na saída de circulação de cerca de 100 veículos do mercado. Em relação à introdução de serviços de táxi através de apps que permitem chamar táxis online, Tony Kuok entende que o sector se deve opor à medida, porque colocaria em causa o sustento dos taxistas de Macau. Para o dirigente associativo, a melhor forma de resolver o problema da dificuldade em conseguir um táxi disponível seria o aumento do número de táxis convencionais (que se podem apanhar na rua, sem reserva), para corresponder à procura. Para tal, o Governo teria de emitir mais licenças.
Hoje Macau Manchete SociedadeEmpreendedorismo | Assinado acordo com Governo de Cabo Verde A Associação de Empreendedorismo e Inovação Macau–China e Países de Língua Portuguesa assinou ontem um acordo com o Governo de Cabo Verde a fim de facilitar a entrada de empresários das cidades da Grande Baía em África Um memorando de entendimento assinado ontem entre o Governo de Cabo Verde e uma associação de Macau pretende, entre outros objectivos, facilitar a entrada de empreendedores da região da Grande Baía no continente africano. Através do memorando, assinado em Macau com a Associação de Empreendedorismo e Inovação Macau–China e Países de Língua Portuguesa (AEIMCP), a Cabo Verde Digital, programa governamental que promove o empreendedorismo e a inovação, quer “estabelecer parcerias sólidas” que permitam ao arquipélago africano posicionar-se como “plataforma tecnológica no meio dos continentes”. “Explorar as oportunidades no ecossistema de Macau permitirá ao arquipélago internacionalizar as soluções tecnológicas feitas no país, bem como promover Cabo Verde enquanto plataforma para o mercado africano”, indica em comunicado a Cabo Verde Digital. O documento, assinado pelo director da Cabo Verde Digital, Milton Cabral, e o presidente da AEIMCP, Marco Duarte Rizzolio, “constitui as bases” para que o país da África Ocidental sirva de entrada aos empreendedores da região da Grande Baía no continente africano, “enquanto Macau posiciona-se como uma porta de entrada na China para os empreendedores com base em Cabo Verde”, apontou a nota. Privilégios no 929 Challenge A Grande Baía é um projecto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes. Marco Duarte Rizzolio notou à Lusa que, com a parceria, a Cabo Verde Digital vai “ter acesso privilegiado ao 929 Challenge”, competição coorganizada pela AEIMCP para apoiar o desenvolvimento de negócios inovadores. O concurso, coorganizado pelo Fórum Macau e por várias universidades e instituições de Macau vai trazer este ano, pela primeira vez, ‘startups’ dos países de língua portuguesa a Macau em Outubro, depois de duas edições online. “Com a assinatura deste protocolo, ‘startups’ cabo-verdianas terão a oportunidade de participarem na competição de forma destacada, nomeadamente na fase final, a ter lugar em Macau, em Outubro próximo”, referiu ainda o comunicado. O acordo, com validade de dois anos, contempla, entre outros, a promoção de programas de intercâmbio entre ‘startups’ de Cabo Verde e da região da Grande Baía, troca de conhecimentos e experiências, acesso a recursos, mentoria e fundos. A assinatura da parceria “é de grande importância”, porque pode “impulsionar o desenvolvimento económico de Cabo Verde, especialmente nos sectores de inovação tecnologia digital”, destacou o delegado de Cabo Verde junto do Secretariado Permanente do Fórum Macau, Nuno Furtado. O memorando resulta da participação de Cabo Verde no Colóquio sobre Empreendedorismo e Liderança de Pequenas e Médias Empresas para os Países de Língua Portuguesa, organizado pelo Fórum Macau, e a decorrer até sexta-feira em Macau.
Andreia Sofia Silva SociedadeImobiliário | Conselho de Consumidores lança alerta O Conselho de Consumidores (CC) emitiu ontem um alerta sobre alguns negócios de pré-venda de imóveis no interior da China sem exigência do pagamento do capital de entrada na concessão de crédito ou onde se pede uma “entrada em sentido contrário”, algo que pode ser ilegal. As autoridades chinesas já emitiram avisos, sendo que o CC apela aos residentes que pretendam comprar casas no interior da China para “conhecer os diplomas legais e procurar esclarecimentos em caso de dúvidas ou desconhecimento”. Assim, um negócio dentro dos contornos legais implica que os imóveis tenham cinco licenças quanto ao uso de terrenos do Estado ou uma certidão de propriedade do imóvel, autorizações do planeamento de terrenos para construção, para o planeamento e execução de obras. O imóvel deve ter ainda uma licença de pré-venda de habitações comercializáveis, devendo-se também verificar “as informações ligadas ao promotor de empreendimento, o destino do terreno dos imóveis, o estado de venda e a área das fracções”. O CC explica que a legislação em vigor nas duas regiões não permite a concessão de crédito sem o pagamento de um montante de capital como entrada.
Hoje Macau Manchete SociedadeLai Chi Vun | IC lança concurso para instalações de arte pública O Instituto Cultural (IC) vai lançar um concurso público para a instalação de arte e equipamentos públicos nos lotes X11 a X15 dos estaleiros navais de Lai Chi Vun, povoação de Coloane conhecida pela história da indústria de construção de juncos de madeira. O concurso é organizado em parceria com a Associação de Arquitectos de Macau e apoiado pela Galaxy, estando aberto a partir de hoje e até 13 de Julho. Pretende-se “valorizar as ideias criativas das gerações mais jovens e despertar o interesse de participação de um maior público residente em Macau, com idade não superior a 45 anos”, esperando-se a submissão de “propostas artísticas criativas que confiram uma nova vitalidade artística e cultural a este espaço tradicional de estaleiros navais”. Os participantes podem concorrer individualmente ou em grupo de três pessoas, no máximo, sendo depois atribuídos prémios aos melhores projectos. A categoria “Ouro” inclui um prémio de 20 mil patacas, sendo que o vencedor será convidado pelo IC “a desenvolver o projecto e a encarregar-se da sua execução, produção e montagem”.
João Luz Manchete SociedadeMP | Burlões que desfalcaram 30 residentes em liberdade Dois suspeitos de terem orquestrado uma burla que vitimizou 30 residentes, em quase 50 milhões de patacas, vão aguardar julgamento em liberdade. O Ministério Público confirmou ontem que os arguidos tiveram de prestar caução e vão ficar sujeitos a apresentação periódica e proibição de ausência da RAEM. Se forem condenados, arriscam uma pena de 10 anos de prisão O Ministério Público confirmou ontem que foram aplicadas a dois arguidos suspeitos de burla “as medidas de coacção de prestação de caução, apresentação periódica e proibição de ausência da RAEM”, o que implica que fiquem em liberdade até serem julgados. O caso em questão foi revelado no final do mês passado e culminou com a detenção nos dias 17 e 18 de Maio de um homem e uma mulher, suspeitos de terem montado um esquema fraudulento de investimento entre 2017 e Março de 2021. Os arguidos são suspeitos de envolvimento numa rede fraudulenta que terá desfalcado mais de 30 pessoas num total de quase 49 milhões de dólares de Hong Kong, através de uma loja que funcionava no NAPE como sede de uma empresa de captação de investimentos. O esquema passava pela criação de várias empresas offshore com nomes semelhantes a empresas conhecidas de Hong Kong, com o intuito de convencer as vítimas a comprar as acções com aliciantes margens de lucro. O MP revelou que as medidas de coacção aplicadas pelo Juiz de Instrução Criminal tiveram em conta a “natureza dos crimes, o modus operandi e o grau de gravidade da culpa”. Uma década à sombra O MP declarou que, feita a investigação preliminar, os dois arguidos foram indiciados pela prática do crime de burla e do crime de burla de valor consideravelmente elevado, podendo ser punidos com pena de prisão até 10 anos. As autoridades concluíram que os arguidos operaram “em conluio com outros fugitivos”, motivo pelo qual “o MP irá continuar as respectivas diligências de investigação”. O MP indicou ainda que “nos últimos anos, têm ocorrido frequentemente casos em que se utilizam lucros elevados e outros incentivos para a prática de burla”, apelando “aos cidadãos para manterem a precaução”. As autoridades sublinham que quem suspeita de ter sido burlado “deve denunciar o facto à polícia ou ao Ministério Público com a maior brevidade possível”.
Hoje Macau SociedadeAmbiente | SJM apagou as luzes esta segunda-feira A Sociedade de Jogos de Macau (SJM) participou esta segunda-feira na iniciativa “Luzes Desligadas por Uma Hora” [Lights Off for One Hour”, inserida no Dia Mundial do Ambiente promovido pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). Assim, as luzes não essenciais do interior dos empreendimentos da operadora de jogo desligaram-se a partir das 20h30, sendo que os hóspedes foram também convidados a desligar as luzes. A SJM “encorajou os empregados a fazerem o mesmo nas suas casas”, aponta um comunicado. A empresa desenvolve também uma série de programas de poupança de energia intitulados “Casual Summer Wear – Let’s Conserve Energy”, relacionado com a redução do uso de ar condicionado, e que terá hoje início até ao dia 31 de Agosto. A empresa promete manter os ares condicionados a funcionar com temperaturas nunca abaixo dos 25º, promovendo o uso de roupas confortáveis e frescas por parte dos funcionários. A SJM promove ainda a iniciativa “Non-essential Lights off at Lunch”, também com o foco na redução do consumo de electricidade. O mesmo comunicado dá conta que a operadora está focada “na conservação de energia e na redução de emissões, elevando a consciência [para o problema] junto da comunidade e promovendo um estilo de vida mais verde”.
Hoje Macau SociedadeTradução Chinês-Português | Aceites candidaturas para nova edição As candidaturas à sétima edição do concurso mundial de tradução chinês-português arrancaram ontem, com um prémio máximo de 40 mil patacas, anunciou a Universidade Politécnica de Macau (UPM). O concurso, que se realiza desde 2017, “já atraiu cerca de 900 equipas e milhares de estudantes e professores de universidades da Ásia, África, Europa e América do Sul”, disse a vice-reitora da MPU, Lei Ngan Lin, em conferência de imprensa. Os vencedores do concurso vão ser conhecidos em Dezembro e os prémios podiam ir de duas mil patacas a um máximo de 40 mil patacas. Cada equipa deve escrever pelo menos 1.500 frases. O objectivo do concurso de tradução chinês-português é “reforçar o intercâmbio entre estudantes de instituições de ensino superior de todo o mundo em termos de técnicas de tradução entre as línguas chinesa e portuguesa e formar talentos de tradução em ambas as línguas”, indicou o presidente do concurso, Zhang Yunfeng. A prova pretende também “promover a aplicação dos últimos resultados do ensino e da investigação em tradução em Macau, na China continental e nos países de língua portuguesa no âmbito da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota'”, acrescentou. O concurso está aberto a estudantes de licenciatura na China, em Macau, em Hong Kong, ou de instituições de ensino superior que sejam membros da Language Big Data Alliance (LBDA) e de outros países ou regiões com tradução de chinês e português, língua chinesa e portuguesa ou áreas afins, bem como a estudantes dos Institutos Confúcio de todo o mundo. As inscrições terminam a 30 de Julho de 2023.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeÁgua | DSAMA promete manter preços Susana Wong, directora da Direcção dos Serviços dos Assuntos Marítimos e da Água, assegura que não haverá um aumento das tarifas de água este ano tendo em conta a permanência de um cenário de recuperação económica e a capacidade financeira dos residentes Macau está ainda a recuperar da crise económica gerada pela covid-19 e, a pensar nisso, não haverá, para já, um aumento do preço da água para os consumidores. A garantia foi dada ontem por Susana Wong, directora da Direcção dos Serviços dos Assuntos Marítimos e da Água, que, segundo o jornal Ou Mun, disse não haver um calendário para a actualização das tarifas em virtude da actual situação económica e capacidade financeira das famílias. A responsável adiantou que a última actualização de preços das tarifas foi feita em 2016 e que, no caso do interior da China, registaram-se vários aumentos no preço da água fornecida a Macau, sendo o preço actual de 2,59 renminbis por metro cúbico. Prevê-se que este ano o valor aumente cerca de sete por cento. Susana Wong lembrou que, com base no Acordo de Fornecimento de Água Guangdong-Macau, o preço da água fornecida a Macau é alterado a cada três anos com base no Índice de Preços do Consumidor registado nos últimos três anos em relação ao período de alteração. Por sua vez, as autoridades de Macau concedem anualmente cerca de 200 milhões de patacas em subsídios destinados às famílias e comerciantes para as ajudar a suportar os custos do consumo. Torneiras abertas Kuan Sio Peng, directora-executiva da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM, ou Macao Water), indicou que o fornecimento de água ao território nos últimos cinco meses aumentou 2,3 por cento em termos anuais. A responsável deu como exemplo o dia 31 de Maio como sendo o de maior consumo, com cerca de 290 mil metros cúbicos atingidos. Os números, devem-se ao aumento das actividades comerciais, o que levou a uma subida do consumo em quatro por cento, mas registou-se também uma quebra no consumo doméstico, que pode ser explicado por um crescimento das viagens dos residentes para o exterior. Para este ano, Kuan Sio Peng prevê que o volume total de abastecimento aumente entre quatro a cinco por cento, verificando-se ainda uma grande diferença face ao volume de água consumido no período antes da pandemia. Apesar dos empreendimentos de jogo serem os grandes consumidores no território, Kuan Sio Peng alertou para o facto de as pequenas e médias empresas dos bairros comunitários não terem ainda recuperado o volume de negócio para os níveis pré-pandemia, o que pode levar a um aumento do consumo. Todas estas declarações foram proferidas no âmbito da realização da reunião do Grupo de Ligação ao Cliente da Macao Water.
João Luz Manchete SociedadeAmbiente | Muitos dias com boa qualidade de ar, mas cresce efeito de estufa A emissão de gases com efeito de estufa aumentou em 2022 face ao ano anterior, assim como os dias em que se respirou em Macau ar insalubre. Ainda assim, em quase 92 por centos dos dias do ano passado a qualidade do ar foi moderada a boa, segundo o Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2022 publicado ontem A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) divulgou ontem o Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2022, que traça um cenário diverso de avanços e recuos na meta de preservação ambiental, naturalmente afectado pelo contexto socioeconómico de um ano marcado pela pandemia da covid-19. Em termos atmosféricos, a proporção de dias com qualidade do ar classificada de “bom” e de “moderado” no total de dias monitorizados foi de 91,8 por cento ao longo do ano passado. Apesar da elevada percentagem, “em 2022, foram registados entre 8 e 33 dias classificados de ‘insalubre’ em todas as estações de monitorização da qualidade do ar de Macau”, face ao registo de entre 10 e 24 dias insalubres em 2021. A DSAP revelou também que foram registados entre 1 e 3 dias ‘muito insalubres’ em 2022 nas estações ambientais da Taipa e Coloane, e na Berma da Estrada de Ká-Hó. O relatório aponta que os resultados das medições relativas ao ambiente atmosférico reflectem “uma ligeira queda em comparação com 2021, no entanto, a qualidade do ar melhorou em geral em relação ao nível pré epidémico”. Quanto aos poluentes detectados nas estações de monitorização da qualidade do ar, as partículas finas em suspensão PM2,5 e o ozono foram os principais poluentes atmosféricos, com a Estação Ambiental da Taipa a registar o índice mais elevado ao longo de todo o ano. A DSAP aponta ainda que em 2022 o mês com melhor qualidade do ar em Macau foi Junho e o pior foi Setembro. Apesar de na última década a percentagem de dias com qualidade do ar ‘insalubre’ ou ‘muito insalubre’ apresentar uma trajectória de descida, com os níveis de concentração os principais poluentes a diminuírem, as concentrações médias anuais de ozono mostraram “uma tendência ascendente, o que continua a pôr em causa a qualidade atmosférica de Macau”. Por outro lado, o relatório da DSAP revela que em 2022 o dióxido de carbono (CO2) dominou as emissões de gases com efeito de estudo, correspondendo a mais de 94,7 por cento do total de emissões, com as restantes emissões a corresponderam a óxido nitroso e metano. No geral, o valor estimado das emissões de gases com efeito de estufa de 2022 subiu em relação a 2021, na sequência do aumento de cerca de 40 por cento da produção local de electricidade. Consumos vários A DSPA explica que devido ao “impacto dos repetidos surtos epidémicos causados pelo novo tipo de coronavírus, o PIB, o número de turistas e a intensidade turística, em 2022, diminuíram significativamente, e a quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados, o consumo de electricidade e o volume de água facturada também baixaram”. No ano passado, o volume de água facturada foi de 86.308 milhares de metros cúbicos, o que representou uma descida de 3,5 por cento face a 2021. O consumo de electricidade acompanhou a tendência, com uma descida anual na ordem dos 3,7 por cento, assim como a quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados, que totalizou 453.152 toneladas (menos 3,6 por cento). Porém, é indicado que o consumo de energia por unidade do PIB aumentou 30 por cento em termos anuais. No capítulo do consumo energético, os sectores que gastaram mais energia foram o comércio (70,5 por cento), o consumo doméstico (18,9 por cento), os organismos do Governo (7,4 por cento) e a indústria (3,2 por cento). Importa ainda referir que, no ano passado, 89,6 por cento do total de energia eléctrica consumida em Macau foi adquirida ao exterior, enquanto a electricidade produzida localmente representou uma fatia de 7,5 por cento. Estado sólido O relatório divulgado ontem revela que no ano passado “foram recolhidas do mar cerca de 306 toneladas de resíduos sólidos e jacintos de água, o que representa um aumento face às 243 toneladas de 2021”, uma subida de quase 26 por cento em termos anuais. A quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados em Macau caiu no ano passado 3,6 por cento em termos anuais, com o registo per capita também a cair 2,7 por cento. Também nesta categoria, os efeitos do combate à pandemia se fizeram sentir. A quantidade de resíduos de construção teve uma queda de 16,5 por cento face a 2021, a quantidade de lamas marinhas reduziu 42,5 por cento, enquanto as quantidades de escória e de cinzas volantes ficaram a um nível próximo do de 2021. Por outro lado, “a DSAP aponta que no ano passado se manteve a tendência de subida de 32,7 por cento na quantidade de resíduos especiais e perigosos, comparando com 2021”. Outro factor relevante é a descida de 1,7 por cento das despesas públicas do Governo relativas à “Protecção ambiental” verificada em 2022, face ao ano anterior, com o orçamento dedicado às questões ambientais a situar-se em cerca de 1,7 mil milhões de patacas. Estas despesas destinaram-se principalmente a pagar “obras de construção e modernização das infra-estruturas ambientais e trabalhos de operação e manutenção”. Com o retorno à normalidade, o Governo aponta o caminho para um futuro com melhor ambiente. “Com a gradual dissipação da névoa da epidemia, Macau dará início a uma ampla recuperação global da sociedade e da economia. É imperativo que o desenvolvimento verde se torne no princípio básico do desenvolvimento socioeconómico de Macau e se ponham em prática, de forma abrangente, as estratégias de conservação de energia, redução de emissões e protecção ambiental”.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Detectados casos de tifo e gripe em escolas Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) detectaram recentemente um caso de tifo epidémico num homem de 44 anos, de nacionalidade chinesa, trabalhador não residente na área de arborização e de jardinagem. O homem começou, em Maio, a remover ervas nas colinas atrás da zona da vivenda de Long Chao Kok, tendo desenvolvido uma erupção cutânea no pé direito e em todo o corpo no dia 26 de Maio. Mais tarde, foi acometido por febre e dores musculares. Acabou por ser internado no São Januário, onde os médicos descobriram na virilha direita uma crosta do tamanho de um arroz de amendoim, o que indica tifo epidémico, doença infecto-contagiosa aguda provocada pela picada de larvas portadoras de “Rickettsia Tsutsugamushi”. Já quanto aos casos de gripe, as autoridades detectaram, no sábado, um caso colectivo numa turma do Colégio do Perpétuo Socorro Chan Sui Ki, tendo sido infectadas seis crianças. No domingo, foi registado um novo caso na Creche II da Associação Geral das Mulheres, tendo sido infectados três bebés com um ano de idade. Covid-19: Mais de 150 casos no domingo Entretanto, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou ontem que foram registados 152 infecções de covid-19 no domingo. Entre os casos positivos, as autoridades destacam duas pessoas que tiveram de ser internadas em instalações de tratamento médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Segundo a informação avançada ontem, não houve qualquer caso mortal associado à covid-19.
João Luz Manchete SociedadeTrabalho | Três meses consecutivos com aumento de TNR Para colmatar a tão badalada falta de mão-de-obra, Abril marcou o terceiro mês consecutivo de aumento de trabalhadores não-residentes em Macau, totalizando mais de 158 mil, ainda assim longe dos números do passado recente. Desde o início do ano, entraram no mercado de trabalho mais de 6.300 não-residentes, a larga maioria oriundos da China No final de Abril deste ano, o número de trabalhadores não-residentes (TNR) em Macau era de 158.202 pessoas, um segmento populacional que aumentou todos os meses desde o início de 2023, mas que fica aquém do registo do passado. Por exemplo, em Abril de 2022, o número de TNR era 166.611 e em Abril de 2019, antes da pandemia da covid-19, os portadores de blue card eram 190.136. Apesar dos repetidos apelos de diversos sectores económicos para a necessidade de importação de mão-de-obra, com particular na indústria hoteleira, o aumento de TNR tem-se feito sentir lentamente, com uma subida deste segmento da população activa a acrescentar 6.324 trabalhadores desde Janeiro. No espaço de um mês, em Março e Abril deste ano, entraram mais 3.544 TNR no mercado de trabalho da RAEM. Do total de TNR em Macau no passado mês de Abril, a larga maioria, 110.493, eram oriundos do Interior da China, seguidos de trabalhadores das Filipinas que totalizaram 24.573 portadores de blue card, com os vietnamitas (7.255) e os nacionais da Birmânia (2.760) a serem as terceira e quarta nacionalidades mais representativas de não-residentes. Carga de trabalhos O ramo de actividade que absorveu mais TNR foi a hotelaria, com 40.109 mil profissionais, mais de um quarto de toda a mão-de-obra não-residentes (25,35 por cento do total). Destes, mais de 33.500 são chineses. É de salientar, que desde o início de 2023, o sector da hotelaria aumentou a sua força de trabalho com mais 2.970 não-residentes, absorvendo quase 47 por cento de todos os TNR contratados nos primeiros quatro meses do ano. Em Abril de 2019, os hotéis de Macau tinham nos seus quadros 53.174 profissionais não-residentes, mais de 13 mil pessoas que no mesmo mês deste ano. O segundo ramo económico que mais TNR acolheu foi a construção, que somou 28.222 trabalhadores no final do passado mês de Abril, seguido por sector dos “empregados domésticos” que totalizava 23.675 no mês em análise, com a comunidade filipina a contribuir com mais de 13 mil profissionais para o sector.
Andreia Sofia Silva SociedadeAMCM | Menos depósitos e empréstimos em Abril Dados da Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) mostram que tanto depósitos como empréstimos registaram uma quebra em termos mensais em Abril. Relativamente aos depósitos dos residentes a quebra foi de 0,5 por cento face a Março, no valor total de 702,3 mil milhões de patacas. Maior quebra deu-se no montante dos depósitos dos trabalhadores não residentes, de 2,6 por cento, com um valor total de 291,4 mil milhões de patacas. Também os depósitos do sector público na banca caíram 3,7 por cento, tendo registado o valor total de 219,6 milhões de patacas. Estes valores resultam numa quebra de 1,6 por cento do total de depósitos recebidos pelos bancos. Já os empréstimos pedidos pelo sector privado baixaram 0,9 por cento, atingindo o valor total de 564,5 mil milhões de patacas. Já os empréstimos ao exterior registaram uma quebra de 4 por cento.
Hoje Macau SociedadeQingdao | C&C assina acordo com escritórios AllBright A C&C Advogados e Notários e o escritório de advocacia AllBright em Qingdao assinaram um acordo de cooperação estratégica sobre serviços jurídicos na última quinta-feira, a fim de “construir uma plataforma de trabalho colaborativa e estabelecer um mecanismo de cooperação transfronteiriça” para “aproveitar as vantagens dos serviços jurídicos regionais para prestar serviços jurídicos de alta qualidade e eficientes aos clientes da RAEM, do Interior da China e dos Países de Língua Portuguesa”, aponta um comunicado. A “AllBright Law Firm” foi fundada em 1999, iniciando a sua actividade em Xangai, e tem actualmente escritórios em diversas cidades da China como Pequim, Hangzhou ou Shenzhen, entre outras, sem esquecer em cidades estrangeiras como Londres ou Tóquio.