Hoje Macau SociedadeTurista rouba e viola mulher antes de fugir para o Interior Uma mulher foi violada em Macau depois de ter convidado um estranho para o seu quarto num hotel no Cotai. O caso foi anunciado ontem pela Polícia Judiciária. O suspeito, de 25 anos, acabou por ser detido, quando já tinha regressado ao Interior. De acordo com a informação divulgada, o homem e a mulher encontraram-se nos corredores de um hotel, na segunda-feira. Depois de falarem, a vítima concordou em convidar o indivíduo para o seu quarto de hotel. As autoridades não revelaram o propósito do convite, mas de acordo com a vítima a relação sexual forçada foi realizada com preservativo. Quando estavam sozinhos, o alegado violador sacou da uma faca para cortar fruta e obrigou a mulher a manter relações sexuais. Depois da violação, o homem ainda se apoderou de 4.000 dólares de Hong Kong. Após o agressor ter deixado o quarto, a vítima contactou imediatamente as autoridades para apresentar queixa sobre o sucedido. No entanto, o homem não ficou satisfeito com a violação e roubo. Uma hora depois, combinou trocar dinheiro com outras duas mulheres. Porém, em vez de efectuar a troca, atacou as vítimas a quem tirou 5 mil renminbis e uma pulseira de ouro, avaliada em 25 mil renminbis. Apanhado nas câmaras Depois de terem recebido as queixas, as autoridades começaram a investigar as ocorrências, com recurso às imagens de videovigilância dos hotéis. Foi assim que perceberam que o suspeito dos dois casos era a mesma pessoa, e que depois de ter cometido os crimes, tinha conseguido voltar para o Interior. Na conferência de imprensa, citada pelo Jornal Ou Mun, as autoridades elogiaram o mecanismo de cooperação com as autoridades do Interior, dado que todo o caso foi resolvido em menos de 12 horas. Além disso, foi revelado que o sujeito de 25 anos, actualmente desempregado, foi detido na vila de Tanzhou, nos arredores de Zhongshan, província de Cantão, a cerca de 100 quilómetros das Portas do Cerco.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Analistas surpreendidos com resultados da semana dourada Segundo as contas da JP Morgan, os casinos de Macau facturaram cerca de 4,55 mil milhões de patacas nos primeiros cinco dias de Maio. Apesar da boa performance dos feriados do Dia do Trabalhador, os analistas atenuam expectativas em relação ao resto do mês “A semana dourada de Maio foi surpreendentemente dourada.” Foi desta forma que os analistas da JP Morgan Securities (Asia Pacific) categorizaram as receitas brutas da indústria do jogo nos primeiros cinco dias do mês, período em que Macau acolheu quase 605 mil turistas, com os hotéis do território a registarem uma taxa média de ocupação de quase 90 por cento. “De acordo com as nossas fontes, as receitas brutas durante os primeiros cinco dias de Maio foram de 4,55 mil milhões de patacas, ou 910 milhões de patacas por dia”, indicaram os analistas DS Kim, Selina Li e Mufan Shi, numa nota divulgada na segunda-feira, citada pelo portal da GGR Asia. Apesar dos resultados encorajadores durante os cinco dias, que foram feriados no Interior da China, os especialistas colocaram água na fervura em relação às perspectivas para o resto do mês. “Aconselhamos cautela na extrapolação destes resultados para o resto do mês, ou do trimestre, tendo em conta as habituais e inevitáveis margens de erro nestas análises semanais”, é ressalvado. Apesar observação para conter excessos de optimismo, a JP Morgan sublinha que as receitas brutas apuradas durante os cinco primeiros dias do mês foram “uma agradável surpresa, ultrapassando as estimativas em mais 5 a 10 por cento, mesmo com as chuvadas e inundações que afectaram Hong Kong e o Sul da China”. Durante o período em análise, o segmento de massas ultrapassou o registou pré-pandémico (quase 120 por cento), enquanto o jogo VIP se ficou por 30 por cento do registo de 2019, mas demonstrando uma tendência de aceleração da retoma em cerca de 5 por cento. Casualidade e correlação Durante a semana dourada de Maio, uma média diária de cerca de 120 mil turistas visitaram Macau, fasquia que ficou ligeiramente abaixo da estimativa do Governo, que esperava uma média diária de 130 mil visitantes. No entanto, os analistas da JP Morgan sublinham que o volume de turistas não tem, necessariamente, relação com as receitas brutas dos casinos. Ainda assim, é indicado que a “qualidade dos vários tipos de jogadores acabou por ser bastante superior ao esperado”, mesmo que o volume de turistas não tenha atingido as perspectivas do Governo. A nota da JP Morgan destaca ainda que a semana dourada de Maio não registou uma recuperação no volume de turistas (84 por cento), em relação ao período anterior à pandemia, à altura do Ano Novo Lunar (que chegou a cerca de 100 por cento).
Hoje Macau SociedadeIates | Governo acelera criação de postos fronteiriços O Governo garante estar a tratar das formalidades para criar postos fronteiriços nos cais onde atracam iates, a fim de fomentar este tipo de turismo. Numa resposta à interpelação escrita do deputado Leong Hong Sai, o gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, assegurou que a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) tem estado a trabalhar neste dossier em conjunto com o Corpo de Polícia de Segurança Pública e Serviços de Alfândega. Na mesma resposta, Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, referiu que têm sido mantidos contactos com as autoridades de Guangdong a fim de poderem ser facilitadas as burocracias de saída e entrada para os turistas que viajam em iates privados ou outro tipo de embarcações de recreio. A responsável frisou que o projecto do passeio aquático em Macau tem três operadores a disponibilizar seis possibilidades de percursos. Desde o seu lançamento, em 2018, até 31 de Março deste ano, foram realizadas nestes percursos mais de 5.400 viagens com mais de 130 mil passageiros.
Hoje Macau Manchete SociedadeBanca | Crédito malparado duplica nos últimos 12 meses Além do aumento no crédito malparado, durante o primeiro trimestre, os bancos registaram o lucro mais baixo da última década, que se cifrou em 2,48 mil milhões de patacas, uma redução de 38,5 por cento face ao ano passado O crédito malparado mais que duplicou em Macau nos últimos 12 meses e os lucros dos bancos registaram o pior arranque de ano desde 2013, de acordo com dados oficiais. No final de Março, a banca tinha acumulado empréstimos vencidos no valor de 45,4 mil milhões de patacas, mais 111,3 por cento do que em igual mês do ano passado, de acordo com um comunicado da Autoridade Monetária de Macau (AMCM). O crédito bancário malparado tem atingido novos recordes há 13 meses consecutivos, indicou a AMCM, cujos dados remontam a 1990, ainda durante a administração portuguesa do território. O crédito vencido representa 4,2 por cento dos empréstimos dos bancos, também mais do dobro do registado no final de Março de 2023. Uma percentagem que atinge 5,6 por cento no caso do crédito a instituições ou indivíduos fora da região. A Autoridade Bancária Europeia, a agência reguladora da UE, por exemplo, considera que os bancos com pelo menos 5 por cento dos empréstimos malparados têm “elevada exposição” ao risco e devem estabelecer uma estratégia para resolver o problema. Ainda assim, a percentagem de crédito bancário vencido em Macau está longe do recorde de 25,3 por cento alcançado em meados de 2001, em plena crise económica mundial causada pelo rebentar da bolha especulativa das empresas ligadas à Internet. Os bancos obtiveram um lucro de 2,48 mil milhões de patacas no primeiro trimestre de 2024, menos 38,5 por cento do que no mesmo período de 2023 e o valor mais baixo em mais de uma década. Outras quedas A principal razão para a diminuição dos lucros foi uma queda de 23,7 por cento, para 3,86 mil milhões de patacas, na margem de juros, a diferença entre as receitas dos empréstimos e as despesas com depósitos. Isto apesar da AMCM ter aprovado três aumentos da principal taxa de juro de referência em 2023, a última das quais uma subida de 0,25 pontos percentuais, introduzida em Maio, seguindo a Reserva Federal norte-americana. Os empréstimos, a principal fonte de receitas da banca a nível mundial, diminuíram 13,8 por cento em comparação com Março de 2023, fixando-se em 1,07 biliões de patacas. Pelo contrário, os depósitos junto dos bancos de Macau aumentaram 0,2 por cento em termos anuais, para 1,23 biliões de patacas (142,5 mil milhões de euros) no final de Março. A banca de Macau tinha terminado 2023 com um lucro de 6,14 mil milhões de patacas, menos 53,5 por cento do que no ano anterior.
Hoje Macau SociedadeHengqin | Arrancaram excursões sob nova política de vistos O Governo acompanhou o primeiro grupo de 16 excursionistas, oriundos de Guangdong, que ontem realizou a primeira viagem a Macau ao abrigo da nova política de vistos com múltiplas entradas entre o território e Hengqin. Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), este grupo esteve três dias e duas noites entre Macau e Hengqin, pernoitando nos dois locais. Em Macau, foi feito um passeio pelos bairros comunitários na península e ilhas, com destaque para o centro histórico, vila de Ka-Hó, em Coloane, Casas-Museu da Taipa ou Rua da Felicidade. Houve tempo para compras, experiências gastronómicas ou outras actividades de lazer. A DST espera, com esta nova política de vistos, “explorar e promover mais itinerários característicos [das duas zonas]” além de “aproveitar o mercado das excursões conjuntas e continuar a expandir as fontes de visitantes”. Recorde-se que a política de vistos de múltiplas entradas entre Macau e Hengqin foi aprovada oficialmente a 28 de Abril com a publicação do documento oficial pela Administração Nacional de Imigração da China. Assim, cidadãos do interior da China podem participar em excursões de sete dias com entrada e saída através do Posto Fronteiriço de Hengqin. O primeiro dia da nova medida aconteceu ontem, esperando-se, com esta nova política, “alargar o mercado de visitantes do Interior da China para Macau e Hengqin, beneficiar os negócios das agências de viagens e a actividade dos guias turísticos dos dois lados”, além de “acelerar o desenvolvimento integrado entre a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeDia do Trabalhador | Nem os feriados salvaram os negócios locais Apesar de Macau ter recebido mais de 600 mil turistas nos cinco dias associados aos feriados do 1º de Maio, a verdade é que o pequeno comércio não registou mais clientes. Pelo contrário: dados da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro, Sul e Distritos falam em quebras de 30 a 40 por cento. Na zona norte, porém, o mau tempo até ajudou os residentes a ficarem em Macau e consumirem Não está fácil a vida dos pequenos lojistas e comerciantes. Apesar do território ter recebido, nos cinco dias associados ao feriado do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, um total de 604.395 visitantes, uma média de 120.879 por dia, a verdade é que os negócios não ganharam com isso. Segundo um balanço feito pela Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro, Sul e Distrito, os comerciantes dos sectores do comércio e retalho nas zonas centro e sul do território registaram quebras de vendas na ordem dos 30 a 40 por cento em termos anuais. Citado pelo jornal Exmoo, Lei Cheok Kuan, presidente da federação, explicou que, apesar do fluxo de visitantes não ter sido mau, os consumidores optaram por não comprar nas lojas devido ao mau tempo que se registou. Além disso, o responsável diz que os visitantes adoptaram uma postura mais prudente em matéria de consumo em relação a igual período do ano passado. Apenas as lojas com vendas online registaram uma menor quebra no volume de negócios, acrescentou o responsável. Se o impacto das fortes chuvas que caíram em Macau se sentiu mais na zona centro e sul, a verdade é que a zona norte, que há muito sofre com a quebra do consumo por parte de residentes, até beneficiou com a chuva. Porém, segundo Wong Kin Chong, presidente da Associação Industrial e Comercial da Zona Norte de Macau, as chuvas que caíram na última semana de forma abundante, e que pioraram a situação do trânsito, poderão ter contribuído para os residentes comprarem mais no território. O responsável disse que o número de visitas dos turistas nesta zona ficou abaixo do previsto, mas os negócios até registaram uma subida ligeira, sendo que o sector da restauração registou um crescimento no volume de negócios na ordem dos 10 por cento. Sistema mudou A quebra do consumo em algumas zonas do território, com mais ou menos turismo, e potenciada por diversos factores, mostra que o modelo de negócio e consumo registou alterações nos últimos anos e, segundo os responsáveis, há que reagir face a esse cenário. Lei Cheok Kuan entende que houve, de facto, uma mudança na forma como se consome nos dias de hoje, com um domínio das vendas online. Pelo contrário, há quebras sucessivas na chamada economia real, nas compras feitas presencialmente, defendeu. Porém, no caso de Macau, e apesar de ser um dos territórios integrantes da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, não existe uma integração plena no sistema de comércio online do país, defendeu. Lei Cheok Kuan frisou que Macau tem plataformas de pagamentos electrónicos e de venda de produtos, mas persistem entraves e burocracias nas áreas da importação e exportação de mercadorias, sem esquecer a logística. Lei Cheok Kuan alertou que, se o Governo não melhorar estes entraves ao comércio, as pequenas e médias empresas não conseguem fomentar as vendas, mesmo que tenham presença online. Assim sendo, o dirigente associativo pede que sejam criados mais incentivos públicos para o desenvolvimento do sistema de vendas online e melhoria do sector logístico. Além destas questões, Wong Kin Chong entende que uma melhoria no sistema de trânsito também traria benefícios, bem como apoios adicionais às empresas. Já Wong Kin Chong, entende que deve haver um equilíbrio entre o aumento dos turistas e o sistema de transportes no dia-a-dia, pois a população queixa-se do congestionamento de turistas sentido nos cinco dias associados ao feriado do Dia do Trabalhador. Dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST) depois do fecho da edição revelam que entre os dias 1 e 5 de Maio Macau recebeu 605 mil visitantes, mais 23,2 por cento face à média diária do mesmo período do ano passado. A taxa média de ocupação hoteleira atingiu cerca de 89,2 por cento. Só no dia 3 de Maio visitaram Macau 154 mil pessoas, “sendo o maior número de entradas diárias registado durante os feriados do Dia do Trabalhador”. Trata-se de um acréscimo de 23,2 por cento face a 1 de Maio de 2023. Em termos da estrutura das fontes de visitantes, 487 mil vieram do Interior da China, 78 mil de Hong Kong, 80 mil da região de Taiwan e 32 mil internacionais. Relativamente à taxa de ocupação máxima diária dos hotéis foi de 95 por cento, sendo que a taxa média de ocupação, nos cinco dias, foi de 89,2 por cento, um aumento de 4,5 pontos percentuais em comparação com os feriados do Dia do Trabalhador do ano passado. A taxa de ocupação mais elevada foi registada no dia 2 de Maio, atingindo os 95,1 por cento.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Mais sociedades no primeiro trimestre Nos primeiros três meses deste ano foram constituídas em Macau 1.117 sociedades, mais 12 do que no mesmo período de 2023, e foram dissolvidas 228, menos três do que no primeiro trimestre do ano passado, segundo dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). É também indicado que o crescimento líquido do número de sociedades foi de 889. Entre as sociedades constituídas, 372 eram do sector do comércio por grosso e retalho e 339 do sector dos serviços prestados a empresas. O capital social das novas sociedades totalizou 203 milhões de patacas, valor que representa uma quebra trimestral de 15 por cento, dos quais 47 milhões de patacas, ou 23 por cento, diziam respeito a sociedades que se dedicam a “investigação e exploração de produtos de tecnologia de ponta, à venda destes produtos e à prestação de serviços de tecnologia informática”. Em relação à origem do capital social, a DSEC revela que 54,7 por cento foi de Macau e 35,3 por cento da China. Analisando por escalão de capital social, 70,5 por cento das novas sociedades tinham capital social inferior a 50 mil patacas.
Hoje Macau SociedadeAAM | Visita de intercâmbio a Portugal em Junho A Associação dos Advogados de Macau (AAM), presidida por Vong Hin Fai, irá realizar, entre Junho e Julho, uma viagem de intercâmbio a Portugal com 18 membros para reunir com a Ordem dos Advogados portuguesa. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o presidente da AAM explicou que a viagem serve ainda para visitar entidades na área da arbitragem jurídica e diversas universidades portuguesas para apresentar a jurisdição de Macau e assinar acordos de cooperação em diversas áreas. Vong Hin Fai declarou que, nos últimos três anos, registaram-se em Macau cerca de 450 novos causídicos por ano, número que se manteve semelhante aos anos anteriores. Além disso, 70 advogados pediram para cessar a actividade no território, sendo que a maioria o fez para ir trabalhar para a Administração pública ou outros órgãos judiciais. O responsável adiantou também que a AAM forma cerca de 25 novos advogados todos os anos. Estas declarações foram proferidas ontem no âmbito da apresentação do programa anual do Dia do Advogado, realizado entre os dias 11 e 19 deste mês. Incluem-se, além de diversas actividades, consultas jurídicas gratuitas à população a decorrer no Largo do Senado no fim-de-semana de 18 e 19 de Maio.
João Santos Filipe SociedadeTurista agride trabalhadora da Transmac para saltar fila Um turista agrediu uma trabalhadora da Transportes Urbanos de Macau (Transmac), quando esta instruía os passageiros a respeitarem as filas de espera para os autocarros. O caso aconteceu na quinta-feira, por volta das 16h. As agressões foram condenados pela Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). De acordo com a informação revelada, a agressão terá acontecido numa paragem temporária para o autocarro MT4, na Rua do Coronal Ferreira, perto do Porto Interior, quando a trabalhadora tentava manter a ordem entre as várias pessoas que esperavam e tentavam entrar no autocarro. No entanto, apesar de o ambiente ser tranquilo, de acordo com o Jornal Ou Mun, houve um passageiro que tentou passar à frente dos restantes, por estar farto de esperar. Como a trabalhadora terá aberto os braços para fazer com que a fila fosse cumprida, o agressor não hesitou e mandou uma estalada na mão da mulher. Após a agressão, a trabalhadora da Transmac chamou o superior que estava no local, que, por sua vez, contactou as autoridades, para que fosse apresentada queixa contra o turista. Agressão condenada Cerca de quatro horas após a agressão, a DSAT emitiu um comunicado a condenar os acontecimentos. “A DSAT condena veementemente este incidente e os actos de violência e vai cooperar com a investigação da polícia aos acontecimentos”, foi indicado. “A DSAT também deu instruções para a companhia de autocarros activar os mecanismos para apurar as responsabilidades legais contra o passageiro e enfatiza que todos os trabalhadores das companhias de autocarros, independentemente das suas funções, merecem ser respeitados durante o exercício das funções”, foi vincado. Ao mesmo tempo, a DSAT deixou um apelo à sociedade: “Os passageiros devem agir de forma consciente, respeitar os tempos de espera e de entrada nos autocarros e devem abster-se de comportamentos violentes, seja quais forem as circunstâncias”, foi pedido. Por sua vez, a Transmac destacou “prestar muita atenção ao incidente” e revelou que após o sucedido enviou vários responsáveis ao local, para se mostrarem solidários com a trabalhadora e garantir a cooperação com as investigações da polícia. “A Transmac condena o comportamento violento e perturbador. Os trabalhadores das companhias de autocarros que estão na linha da frente e que se dedicam a servir a população durante os feriados merecem todo o respeito e protecção da segurança”, comunicado a empresa.
João Luz Manchete SociedadeChuva | Estradas cortadas e inundações nas Portas do Cerco No sábado, a chuva intensa levou ao sinal de alerta mais elevado pela primeira vez em três anos. Numa hora, a precipitação chegou aos 170 milímetros na península. Estradas foram cortadas, aulas canceladas e nas Portas do Cerco a água alagou o posto fronteiriço e as paragens de autocarro. Em Zhongshan, crocodilos fugiram de uma quinta Pela primeira vez em três anos, a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) içou o sinal de chuva intensa preto, o mais elevado, devido às chuvas intensas que fustigaram no sábado Macau, principalmente a península. A partir das 11h da manhã de sábado, as autoridades subiram o nível de alerta do mais baixo ao mais elevado em cerca de meia-hora. Foi registada na península de Macau precipitação que chegou aos 117 milímetros numa hora. Neste intervalo de tempo, a zona da Praia do Manduco chegou aos 13 centímetros de água. As chuvadas foram de tal ordem que as inundações não se limitaram às zonas baixas da cidade, chegando também a alargar as vias na zona da Horta e Costa. Porém, os SMG realçaram que Taipa e Coloane ficaram relativamente a salvo das chuvadas. Por volta do meio-dia, foram encerrados temporariamente os túneis da Praça das Portas do Cerco, da Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues, assim como a Estrada do Reservatório. Segundo o jornal Ou Mun, um carro ficou retido no Túnel da Praça das Portas do Cerco, obrigando à intervenção das autoridades para remover o veículo do local. As Portas do Cerco foram palco de grande azáfama devido a inundações na estação subterrânea de autocarros e mesmo no lobby do Posto Fronteiriço com a interrupção de funcionamento das máquinas de passagem automática. Cedo começaram a circular nas redes sociais vídeos impressionantes de autênticas cataratas na estação de autocarros das Portas do Cerco. Recorde-se que em 2018 o tecto da instalação foi remodelado, depois de ter sido danificado pela passagem do tufão Hato. A empreitada foi adjudicada à Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau) por quase 123 milhões de patacas. De cá para lá O lobby do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco também inundou, como se pode constatar com os vídeos partilhados nas redes sociais em que se vê água a jorrar de uma grelha de drenagem de águas residuais. A inundação obrigou as autoridades a vedarem a zona e a interromperem o funcionamento das máquinas de passagem automática por questões de segurança, segundo avançou o Corpo de Polícia de Segurança Pública. Também as escolas foram forçadas a encerrar na tarde de sábado. “Devido à emissão do sinal de chuva intensa, de acordo com o disposto, as aulas dos ensinos infantil, primário, secundário e especial ficam suspensas na parte da tarde. As escolas devem manter as suas instalações e respectivo pessoal em funcionamento, ocupando e acolhendo os alunos que cheguem às escolas, até que o seu regresso a casa se possa fazer em segurança”, indicou ainda durante a manhã de sábado a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude. Em Zhuhai e Zhongshan o impacto da chuva intensa teve ainda maior impacto. Logo ao meio-dia de sábado, as autoridades de Zhuhai anunciaram a suspensão do serviço de autocarros públicos durante três horas. O vento forte também obrigou à suspensão do transporte marítimo entre o Porto de Xiangzhou, Porto Hengqin e as ilhas, bem como os barcos entre Macau e Ilha Guishan. Além das imagens de veículos praticamente submersos na cidade vizinha, o cenário mais bizarro foi registado em Zhongshan, com a subida das águas a permitir a fuga de quatro crocodilos de uma quinta que cria estes animais para o sector da restauração. Segundo a CCTV, às 17h do mesmo dia, todos os crocodilos tinham sido capturados.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Governo promove acções nos bairros comunitários A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) irá promover este mês uma série de acções promocionais a fim de atrair turistas aos bairros comunitários e com menos visitantes, nomeadamente na zona norte da península. Desta forma, várias associações foram subsidiadas para realizar os eventos. Um deles é a acção “Divirta-se por Macau! Visitas Guiadas de Turismo Comunitário” e visa a organização de 36 visitas guiadas até ao dia 30 de Junho com três itinerários, que passam pela Rua da Felicidade, Praça de Santo Agostinho, Templo de A-Má ou Porto Interior. Entre hoje e o dia 12 irá realizar-se, no antigo Canídromo, o evento “Desfrute do Desporto e da Diversão no Distrito Norte”, com a instalação de tendas para a realização de actividades desportivas, experiências gastronómicas e apresentação de produtos criativos de Macau, sem esquecer a realização de espectáculos. Além disso, entre os dias 18 e 25 de Maio, realiza-se a “Aventura em Família no Carnaval da Cidade de Macau”, na zona do Jardim da Cidade das Flores. Este programa inclui uma feira com produtos locais, oficinas de artesanato, exposições e actividades de rua.
Andreia Sofia Silva SociedadeG2E Asia realiza-se em Macau em Junho ao lado da Asian IR Expo A G2E Asia está de regresso a Macau depois de um longo interregno devido à pandemia, marcado pela presença em Singapura. Desta vez, aquela que é considerada uma das maiores feiras da indústria do jogo e resorts irá realizar-se entre os dias 4 a 6 de Junho no Venetian. A ideia, segundo um comunicado do evento, é revelar as últimas novidades na área dos casinos, resorts integrados e entretenimento associado a este universo, com uma grande ligação à temática das novas tecnologias. O regresso da G2E Asia a Macau serve ainda para comemorar os 15 anos de existência do evento, que este ano se realiza em conjunto com a Asian IR Expo. Espera-se, assim, a apresentação das últimas novidades em matéria de gestão de identidade em espaços de jogo, segurança, hotelaria e ainda a gestão de relacionamento entre operadores e clientes. O evento contará com uma “Zona de Tecnologia” [Technology Zone] e ainda com um “Palco de Conversas sobre Tecnologia” [Tech Talk Stage]. Serão apresentados mais de 100 expositores num espaço com mais de 20 mil metros quadrados. “Dar-se-á prioridade tanto à quantidade como à qualidade dos expositores”, sendo que tanto a G2E Asia como a Asian IR Expo dizem estar comprometidos “com o principal objectivo que é serem pontos-chave para a indústria, criando valor e oportunidades para todos os accionistas” das empresas presentes. Espera-se três dias de sessões “com conteúdos ricos” protagonizados por “líderes do sector, influencers ou especialistas”, com foco em temáticas como o panorama financeiro dos mercados de jogo asiáticos, dois painéis dedicados “aos mercados emergentes, com foco na Tailândia e Médio Oriente” e ainda uma sessão com especialistas de tecnologia a discutir o impacto da inteligência artificial nesta área e matérias de cibersegurança. Segundo um comunicado da G2E Asia, irão participar responsáveis de bancos de investimento e consultoras, como é o caso do Morgan Stanley, Bloomberg Intelligence ou ainda a PricewaterhouseCoopers. Foco no desporto No caso da Asian IR Expo, trata-se de um evento “emergente dedicado à indústria dos resorts integrados”, sendo este o segundo ano da sua realização. Além das zonas dedicadas aos painéis sobre tecnologia, este evento, paralelo à G2E Asia, terá ainda uma “Zona de Desporto e Entretenimento” [Sports and Entertainment Zone], focada nos temas da gestão desportiva, entretenimento ao vivo e marketing ligado ao desporto. Conta-se ainda com um painel de oradores neste evento paralelo, nomeadamente Helena de Senna Fernandes, directora da Direcção dos Serviços de Turismo, ou ainda Leong Wai Man, presidente do Instituto Cultural, entre outros.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Citigroup espera receitas superiores a 20 mil milhões em Maio O banco de investimento mostra-se optimista em relação à principal indústria do território e até acredita que também Abril beneficiou dos feriados no Interior do Dia do Trabalhador, porque houve jogadores a anteciparem as férias O banco de investimento Citigroup prevê que as receitas brutas do jogo vão ficar acima dos 20 mil milhões de patacas durante este mês, de acordo com um relatório citado pelo portal Macau News Agency. Segundo os números apresentados por George Choi e Ryan Cheung, analistas do Citigroup, o mercado do jogo de Macau está a registar receitas diárias de aproximadamente 645 milhões de patacas, o que vai permitir ultrapassar os 20 mil milhões de patacas. Este valor significa que o mercado do jogo vai atingir 77 por cento do nível anterior à pandemia da covid-19. A previsão é feita depois das receitas em Abril terem atingido 18,55 mil milhões de patacas, um valor abaixo do registado de Março, mas que não impediu os analisas de considerar que ficou “acima das expectativas”. As previsões iniciais do Citigroup apontavam que as receitas rondariam os 18 mil milhões de patacas. Sobre o montante da Abril, os analistas acreditam que houve jogadores a antecipar os feriados do Dia do Trabalhador no Interior, para virem a Macau jogar. “Acreditamos que o valor das receitas diárias mais elevado sugere que houve alguns madrugadores a irem para Macau mesmo antes do início dos feriados do Dia do Trabalhador (que se estende de 1 a 5 de Maio no Interior)”, escreveram os analistas. Mais moderado Além das estimativas do banco de investimento, a Macau News Agency citou igualmente as previsões do banco de investimento Morgan Stanley, que são menos optimistas. De acordo com as estimativas da Morgan Stanley, as receitas no mês de Maio devem fica abaixo dos 20 mil milhões de patacas, mas mesmo assim devem atingir os 19,7 mil milhões de patacas, no que seria um aumento de 6 por cento face a Abril. No entanto, quando a comparação é feita com os níveis pré-pandemia, as receitas deste mês devem ficar a 76 por cento dos níveis então registados. Os analistas da Morgan Stanley, Praveen K Choudhary e Gareth Leung, também esperam que as receitas brutas do jogo para o segundo trimestre de 2024 registem um declínio trimestral de 2 por cento, situando-se em 77 por cento do nível pré-covid. No entanto, nem tudo é mais cauteloso no relatório da Morgan Stanley. De acordo com os dados partilhados, os analistas acreditam que o mercado de massas, no mês de Abril, superou os valores de 2019, antes da pandemia, em 17 por cento.
Hoje Macau SociedadeImobiliário | Mercado com ligeira melhoria em Abril Na primeira metade de Abril, registaram-se mais casas vendidas e o preço por metro quadrado também apresentou uma subida, face aos primeiros 15 dias de Março. A informação consta dos dados publicados pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), que ainda não têm em conta o efeito das medidas de apoio ao mercado imobiliário, que entraram em vigor a 20 de Abril. Segundo a informação disponibilizada, na primeira metade de Abril houve um total de 101 transacções de habitação, por uma média de 80.220 patacas por metro quadrado. O cenário contrasta com a primeira metade de Março deste ano, em que se tinham registado 66 transacções, a um preço de 78.522 patacas por metro quadrado. Em comparação com a primeira metade de Abril do ano passado, houve uma redução de 27 transacções, e o preço médio do pé quadrado apresentou uma redução significativa de 27,1 por cento. Na primeira metade de Abril do ano passado, o preço médio do metro quadrado era de 99.098 patacas. Em comparação com 2019, o último ano antes do impacto da pandemia da covid-19, a primeira metade de Abril tinha registado 388 compras e venda de habitação, com o preço médio por metro quadrado cifrado em 108.464 patacas. Desde de 20 de Abril, que entrou em vigor um pacote de medidas proposto pelo Governo para “garantir a estabilização do preço das habitações e aumentar o número de compras”. Os dados oficiais ainda não reflectem estas medidas que passaram pelo cancelamento do imposto do selo especial, do imposto do selo adicional e do imposto do selo sobre a aquisição de fracções habitacionais.
Hoje Macau Manchete SociedadePortuguês | Os nomes de chineses que não falam a língua Macau apresenta o quadro peculiar da existência de residentes de etnia chinesa que possuem nomes portugueses, apesar de não dominarem a língua. Ainda assim, e segundo uma reportagem da Lusa, o nome português significa casa e uma ligação ao território João Paulo, João Pedro, Sónia e Jaquelina estão entre os muitos residentes de Macau que receberam um nome próprio português, língua que não falam, mas que consideram parte da identidade. Se João Paulo tivesse nascido um ano mais tarde, já depois da transferência de Macau para a China, em 1999, seria hoje John Paul, versão inglesa do nome do antigo Papa. Era esse o desejo dos pais, e teria acontecido não fosse uma lei, em vigor durante a administração portuguesa, trocar-lhes as línguas, e unir para sempre este filho de filipinos católicos a Portugal, país que hoje, aos 26 anos, ainda não conhece. Ficou registado como João Paulo Alfonso. O nome próprio da irmã é Joana Carla, e do irmão, já nascido no pós-transição, John Gabriel. Portugal existe assim, na forma de um nome próprio, na vida de “muitas outras crianças, nascidas em Macau nos anos 1990”, diz à Lusa o designer gráfico, que admite mal falar a língua portuguesa e não saber se pronuncia correctamente o próprio nome. “Sentia estranheza quando era pequeno, costumavam perguntar-me se falava português, e, além disso, era um nome estranho para a minha família nas Filipinas, para os meus amigos chineses, professores e colegas que não conseguiam pronunciar”, conta. “Mas é o nome que me foi dado, vai sempre fazer parte da minha identidade”. No caso de João Pedro Lau, cumpriu-se uma tradição de família. Nascido também durante a administração portuguesa, este jornalista, na casa dos 30, é filho de João, que, por sua vez, tem como pais António e Maria Assunção, todos chineses de Macau, sem origem portuguesa. “Reflecte provavelmente a forma como a geração do meu pai olhava para a própria identidade, para a Macau daquela altura”, analisa. Os passaportes portugueses, com direitos de cidadania plena, foram concedidos a quem nasceu no território até 1981, e a nacionalidade garantida aos descendentes. Daí a existência de milhares de pessoas com este passaporte em Macau, como é o caso de João Pedro Lau e da família. Quanto ao nome português, várias razões terão pesado na decisão. “Talvez por necessidade, por causa do baptismo” ou para facilitar a comunicação com as autoridades portuguesas e amigos macaenses do pai, conta, ao referir-se à comunidade euro-asiática, composta sobretudo por lusodescendentes com raízes no território. Mas a adopção do nome aconteceu só em adulto. Por ser criança e não ter acesso aos documentos de identificação, João Pedro ignorou durante muito tempo ter nome português. Na primária, era conhecido como Lau Wai Kin, também registado à nascença. Ao avançar no percurso escolar, escolheu ser Peter, “por não conseguir pronunciar” a versão portuguesa, e, só já universitário, abraçou o nome do documento de identificação, João Pedro. Coincidiu com a altura em que se começou a relacionar com falantes da língua. Alguns “arrependimentos” Já Sónia Josefina da Silva Price, instrutora de pilates de 32 anos, tem raízes em Portugal, por parte do pai que é macaense. Define assim a língua portuguesa: “É casa, mas com arrependimentos”. Aos 5 anos, o português deixou de ser língua materna, quando os pais se divorciaram e ficou a viver com a mãe. Sónia frequentou a escola chinesa e admite que, em Macau, há mais hipóteses de trabalho para quem segue essa via de ensino. Mas o nome, diz, é identidade: “Sou uma espécie de última geração, que assistiu a todas estas mudanças com os Governos português e chinês. Ainda sinto hesitação em acrescentar o meu nome chinês ao bilhete de identidade. Este nome não é apenas uma parte de mim, mas é o meu todo, se é que isso faz sentido”. Já Jaquelina Quintal – ou Chan In San -, 37 anos, vive entre dois nomes. Mas não entre línguas. “Por respeito ao pai”, a mãe, macaense, falava cantonês em casa, explica a supervisora na área da segurança da construção. “Apesar de ter nome e passaporte portugueses, nasci em Macau, que regressou há muito tempo para a China, e sinto-me chinesa”, diz a macaense, que assume “muita vergonha” por “não entender nada de português”. Jaquelina reconhece “a importância” da língua – a par do chinês -, com “diferentes oportunidades de emprego”, numa altura em que Pequim aposta em Macau como ponte de ligação entre a China e os países de língua portuguesa. Mas da parte desse grupo de países unidos pela língua, diz João Pedro Lau, falta “projecção cultural”: “Pessoalmente, é uma língua com valor significativo, seria prática de usar, dada a minha identidade e pelo facto de estar a viver em Macau, mas se fosse outra pessoa qualquer no mundo, não aprenderia português, talvez outra língua europeia ou asiática”. Em Macau, 86,2 por cento da população fala fluentemente cantonês como meio de comunicação, 45 por cento mandarim, 22,7 por cento inglês, sendo que apenas 2,3 por cento é fluente em português, de acordo com os censos de 2021.
Hoje Macau SociedadeBullying | MP vai propor medidas contra as crianças Face ao caso exposto na praça pública com as quatro crianças, o Ministério Público (MP) fez ontem um comunicado a condenar prática de bullying e a prometer tomar as diligências necessárias junto do Juízo de Família e de Menores do Tribunal Judicial de Base para que os menores sejam alvo de medidas tutelares educativas ou colocados sob o regime de protecção social. O comunicado do MP permite perceber que pelo menos um dos menores envolvido no caso confirmado pela PJ tem menos de 12 anos, dado que é a única situação em que pode ser aplicado o regime de protecção social. No entanto, tendo em conta que o MP também indicou ir pedir a promoção de medidas tutelares educativas para as crianças, tal significa que há crianças com mais de 12 anos e menos de 16, as únicas que podem ser alvo deste tipo de consequência jurídica. Além de condenar o bullying, que o MP vincou envolver “principalmente ofensa à integridade física, injúria, difamação, ou até transmissão de fotografias ou vídeos pornográficos”, o organismo liderado por Ip Son Sang quer os jovens a estudar as leis da RAEM: “[…] os jovens devem reforçar a sua consciência jurídica e cumprir a lei e a disciplina, de modo a evitar que o seu próprio desenvolvimento e futuro sejam afectados por violação da lei”, apelou. Ip Son Sang pediu também aos pais para acompanharem os filhos, e promoverem uma sociedade mais harmoniosa. “Com vista a garantir o crescimento saudável físico e psicológico dos menores e construir uma sociedade harmoniosa, apelamos às famílias e à sociedade para cuidarem dos menores, a fim de que os jovens possam ter concepções correctas a respeito dos valores e da vida”, foi pedido.
João Santos Filipe Manchete SociedadePJ | Defendida divulgação de foto de menores em caso de agressão Quatro menores foram acusados de agressão a uma idosa, num dos principais grupos de Macau no Facebook. A publicação viral apresentava uma fotografia que permitia identificar pelo menos um dos menores. Apesar disso, a imagem foi utilizada numa conferência de imprensa pela PJ, que “confirmou” a prática de violência, ligando as caras visionadas online às agressões A Polícia Judiciária (PJ) considera que protegeu a identidade de quatro menores indiciados por agressão a uma idosa, apesar de ter divulgado uma fotografia, com base numa publicação na rede social Facebook, em que pelo menos um dos jovens pode ser identificado. O caso remonta a uma conferência de imprensa de 17 de Abril dia em que a PJ divulgou a fotografia de uma publicação viral na rede social Facebook. A publicação foi feita no grupo denominado澳門高登起底組, um dos mais populares com conteúdos de Macau que conta com mais de 115 mil membros. Segundo a PJ, a publicação teria partido da filha da vítima, depois das alegadas agressões se terem prolongado durante dois meses. No entanto, a publicação original permitia identificar pelo menos uma das crianças. Apesar da autora ter tentado tapar parte da cara dos denunciados, o método utilizado, com uma bola amarela num olho de cada cara, não impedia o reconhecimento de pelo menos um menor. Ao contrário da autora original, quando a PJ partilhou as fotografias desfocou totalmente as caras dos quatro menores. No entanto, as autoridades não deixaram de acusar publicamente as quatro crianças de terem praticado comportamentos que constam no Código Penal como crimes. Além disso, ao recorrer à fotografia original, os internautas que tivessem visto a publicação original ficaram cientes da identidade de pelo menos um dos indiciados. Na sequência da conferência de imprensa, as imagens desfocadas foram ainda divulgadas na capa do Jornal Ou Mun e pela TDM, os órgãos de comunicação social com maior alcance entre a população. O HM tentou perceber a idade dos quatro envolvidos no caso, dado que a publicação original remetia para o Colégio Mateus Ricci frequentado por alunos com idades inferiores a 12 anos. A PJ não quis confirmar qualquer idade, apenas indicou que os quatro tinham menos de 16 anos, o que significa que à luz do direito não possuem todas as faculdades exigíveis para responder por eventuais crimes praticados. Sem problema Apesar desta forma de operar, e de existir a cara de um menor a circular na Internet que mais tarde foi associada pela PJ a agressões contra uma idosa, a polícia defende a sua forma de actuar. Após o HM ter entrado em contacto com o gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, para perceber se a conduta da PJ ia ser alvo de alguma reprimenda ou processo interno, a resposta chegou através da própria PJ, que afirma proteger sempre a identidade de todas as pessoas. “O rosto de pessoas que aparecem em fotografias ou imagens a divulgar pela PJ e todos os elementos que permitam a sua identificação são cobertos ou desfocados para evitar essa identificação”, foi argumentado. Em relação ao facto de a PJ estar a recorrer e divulgar uma imagem que pode corresponder aos crimes de “devassa da vida privada” e “gravações e fotografias ilícitas”, a polícia indica que não é o caso, dado não ter havido até ao momento qualquer queixa dos pais/ou encarregados de educação. Este tipo de crimes depende de queixa dos visados ou dos representantes legais: “Relativamente aos crimes previstos no artigo 186.º e artigo 191.º do Código Penal, o procedimento penal depende de queixa. Conforme apurado, os pais e/ou encarregados de educação daqueles menores tomaram conhecimento do facto de a fotografia ter sido colocada na rede social e, até ao presente momento, não houve registo de apresentação de queixa por estes”, foi justificado. Por responder, ficou a questão em que o HM tentava perceber o objectivo das autoridades de divulgar fotografias de menores acusados de comportamentos criminosos e que podem ser identificados, sem que qualquer tribunal se tenha pronunciado sobre o caso, numa aparente contradição do princípio da inocência. Impacto social Antes da PJ ter confirmado a possível veracidade da informação a circular online, o Colégio Mateus Ricci já tinha emitido um comunicado sobre o incidente, porque a publicação original associava a escola às quatro crianças, embora parte do nome da instituição estivesse substituída por um “X”, que não impedia identificar a instituição em causa. Também essa parte do texto colocada na fotografia foi desfocada no comunicado da PJ. Face às acusações, num primeiro momento, o colégio desmentiu o caso. Porém, mais tarde, após a divulgação das informações pela PJ, a instituição voltou atrás e em vez de desmentir o caso, corrigiu e limitou-se a dizer que os alunos não frequentavam a instituição.
Hoje Macau Manchete SociedadeMGM China | Resultados recordes no primeiro trimestre A operadora de jogo em Macau MGM China anunciou ontem “resultados recordes” no primeiro trimestre de 2024, com os lucros a aumentarem 77,3 por cento em termos anuais Os primeiros três meses de 2024 foram sinónimo de resultados recordes para a MGM, com os lucros da concessionária de jogo a aumentaram 77,3 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado. A empresa registou lucros antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos de reestruturação ou de arrendamento (EBITDA, na sigla em inglês) de 2,5 mil milhões de dólares de Hong Kong entre Janeiro e Março. De acordo com um comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, o resultado do primeiro trimestre de 2024 representa também uma subida de 54,7 por cento em comparação com igual período de 2019, antes do início da pandemia. A MGM China tinha terminado 2023 com um lucro recorde de 7,24 mil milhões de dólares de Hong Kong, após três anos consecutivos de prejuízos devido à pandemia de covid-19. Os dois hotéis-casinos operados pela empresa na RAEM registaram receitas de 8,26 mil milhões de dólares de Hong Kong em receitas, mais 70,6 por cento do que no primeiro trimestre de 2023 e mais 43,4 por cento do que em 2019. A empresa-mãe da MGM China, a norte-americana MGM Resorts International, afirmou que os resultados beneficiaram do “levantamento das restrições às viagens e à entrada [em Macau] devido à covid-19”. Os casinos da região começaram 2024 com receitas totais de 57,3 mil milhões de patacas, um aumento de 65,5 por cento em relação ao primeiro trimestre do ano passado e 75,3 por cento do registado no mesmo período de 2019. Os casinos MGM Macau e MGM Cotai registaram receitas de 7,43 mil milhões de dólares de Hong Kong no mercado de massas, enquanto o chamado jogo bacará VIP atingiu 1,5 mil milhões de dólares de Hong Kong. Melhor que nunca Na nota enviada à bolsa de valores de Hong Kong, a concessionária sublinha que superou a recuperação da indústria, com o volume de visitantes nas suas duas propriedades a representar 151 por cento do registo de 2019, enquanto as receitas brutas diárias do MGM Cotai e MGM Macau superaram no primeiro trimestre deste ano (136 por cento) as do mesmo período no ano anterior à pandemia. Neste aspecto, a concessionária destaca a performance do mercado de massas, incluindo máquinas de slot, com receitas brutas que ficaram a 189 por cento do registo de 2019. Também a quota de mercado é focada na nota da MGM China, que dá conta de uma escala trimestral de 9,5 por cento em 2019, para 15,2 por cento no passado, até atingir 17 por cento nos primeiros três meses de 2024.
Andreia Sofia Silva SociedadeConstrução civil | Índice salarial real com quebra de 2% O índice do salário real pago aos trabalhadores da construção civil foi de 92,3 por cento no primeiro trimestre do ano, o que, eliminando o efeito da inflação, constitui uma quebra dois por cento em termos trimestrais. Os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, no caso dos trabalhadores da construção civil com residência, o índice foi de 94,1, o que constitui uma quebra de três por cento. No primeiro trimestre o salário médio diário dos trabalhadores deste sector foi de 759 patacas, menos 2,1 por cento face ao último trimestre de 2023. Tal deve-se “à diminuição da contratação de trabalhadores com salários diários mais elevados, na fase de conclusão de algumas instalações de entretenimento de grande envergadura”. Ainda nos primeiros três meses do ano o salário médio diário de residentes foi de 969 patacas, menos 1,5 por cento face ao último trimestre de 2023, enquanto o ordenado dos trabalhadores não residentes foi de 684 patacas, menos 1,3 por cento face ao mesmo período homólogo.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Veículos matriculados registam nova subida No final do primeiro trimestre estavam registados em Macau 250.702 veículos matriculados, o que representa um crescimento de 0,4 por cento face ao período homólogo, de acordo com os dados da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Segundo o comunicado da DSEC, os números de automóveis ligeiros (116.337) e o de motociclos (108.657) matriculados subiram 1,9 por cento e 0,1 por cento. O número de veículos com matrículas novas foi de 3.085 (960 eléctricos) mais 3,0 por cento, face ao mesmo período de 2023. Entre os veículos com matrículas novas, o número de automóveis ligeiros fixou-se em 1.583 (400 eléctricos) e o de motociclos foi de 1.143 (244 eléctricos), o que significou variações homólogas de um aumento 44,8 por cento e uma redução 32,8 por cento, respectivamente. Ainda no primeiro trimestre de 2024, o número de acidentes de viação totalizou 3.755, mais 20,6 por cento, em termos anuais, verificando-se duas vítimas mortais e 1.324 feridos. Só em Março, ocorreram 1.301 acidentes de viação, mais 23,3 por cento, em termos anuais, causando uma vítima mortal e 471 feridos. A estatísticas revelam ainda o grande movimento de veículos ao abrigo do programa “Circulação de veículos de Macau na província de Guangdong”, que tem sido responsabilizado entre os comerciantes locais pela redução do consumo na Zona Norte da cidade. Segundo a DSEC, a circulação de automóveis ligeiros de passageiros nos postos fronteiriços foi de 1.951.065 movimentos, um aumento de 39,7 por cento. Entre estes, 344 milhares de entradas e saídas eram de automóveis ao abrigo do programa Circulação de veículos de Macau na província de Guangdong, um aumento de 267,6 por cento, face ao ano passado.
Hoje Macau SociedadeDSAMA | Começou ontem a época balnear A época balnear começou ontem e termina a 31 de Outubro. Como tal, pessoal da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) delineou antecipadamente as zonas balneares com bóias nas praias de Hác Sá e de Cheoc Van. Durante a época balnear, a DSAMA envia nadadores-salvadores e pessoal de enfermagem para as duas praias, de segunda a sexta-feira, entre as 10h e as 18h, e nos sábados, domingos e feriados entre as 09h e as 18h. Nos últimos dias, devido à chuva intensa a montante do Rio das Pérolas, o volume de lixo nas áreas marítimas e nas praias de Macau aumentou bruscamente. A DSAMA recolheu cerca de 30 toneladas de lixo no mar, enquanto o Instituto para os Assuntos Municipais e a empresa concessionária de limpeza recolheram cerca de 50 toneladas de lixo nas praias. “Prevê-se que esta situação de grande quantidade de lixo dure por algum tempo, pelo que as autoridades competentes vão continuar a acompanhar de perto a situação das áreas marítimas e das praias, reforçar a frequência da recolha de lixo e enviar pessoal adicional diariamente na manhã para recolher o lixo acumulado durante a noite”, indicou a DSAMA na terça-feira.
João Luz Manchete SociedadeMeteorologia | Trovoada e granizo afectaram Macau Durante a noite de terça-feira e madrugada de ontem, Macau foi afectado por uma tempestade, com trovoadas, chuva torrencial e queda de granizo, algo que não acontecia no território desde 2011. Devido à influência de uma depressão de baixa pressão, o tempo hoje vai continuar instável Na noite de terça-feira, por volta das 21h20, foi registada chuva de granizo em várias zonas de Macau. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) indicaram ontem de madrugada que o fenómeno não se verificava desde 2011, quando choveu granizo na zona do aeroporto de Macau. Os SMG começaram por emitir mensagens de aviso sobre o estado do tempo por volta das 19h25 de terça-feira, e às 20h45 emitiram um alerta para a possibilidade de chuva de granizo, e avisos de tempestade amarelo e vermelho. Durante este período, além do granizo, o território foi afectado por intensas chuvadas e rajadas de vento forte, sem que tenha havido registo de estragos ou feridos. As autoridades referem que os dados de monitorização recolhidos por radar mostraram o aparecimento de vórtices de mesoescala no ar a leste da Península de Macau. Estes fenómenos estão associados a chuvas torrenciais, rajadas violentas de vento, granizo, descargas atmosféricas e, eventualmente, tornados. Devido ao aparecimento dos vórtices, os SMG não afastavam ontem a possibilidade de ontem surgirem trombas de água. Os SMG apelaram à população para prestar atenção extra às mudanças meteorológicas antes de sair de casa e para seguir as informações e alertas de tempestade. Segundo as previsões meteorológicas, Macau poderá voltar a ter céu limpo amanhã, e subida de temperatura, com a máxima a atingir 28 graus. Noite eléctrica Na região vizinha, o Observatório de Hong Kong registou 9.437 relâmpagos ou descargas nuvem/terra durante um período de 14 horas, a partir das 21h de terça-feira. O mau tempo levou mesmo a problemas no aeroporto de Hong Kong, com vários voos a terem de ser desviados para outros aeroportos. Em Zhuhai, as autoridades emitiram alertas de tempestade e apelaram à população para a possibilidade de rajadas de vento forte e para a ocorrência de tornados. No início de Abril, uma tempestade de vento e granizo que se abateu durante quatro dias na província de Jiangxi, no sudeste da China, causou sete mortos e afectou 93.000 pessoas. No fim-de-semana passado, pelo menos cinco pessoas morreram e 33 ficaram feridas depois de um tornado ter atingido Guangzhou. A agência Xinhua disse que cerca de 140 fábricas ficaram danificadas, mas não houve relatos de casas desmoronadas na capital da província de Guangdong.
João Santos Filipe SociedadeAgentes dos SA acusados de baixas falsas de mais 2.300 dias Dois agentes dos Serviços de Alfândega (SA) estão a ser investigados por terem declarado mais de 2.300 dias de baixas médicas, que o Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) acredita que terem sido falsas. O caso foi revelado na segunda-feira, e terá levado a que os agentes tivessem recebido mais de 3 milhões de patacas em salários indevidos, pelo que estão indiciados da prática do crime de burla de valor consideravelmente elevado. De acordo com o CCAC, de forma a terem certificados de baixas médicas, os verificadores alfandegários alegavam “problemas lombares”, o que fazia com que os médicos passassem os “atestados médicos”. Num dos casos, as autoridades acreditam que os dias de baixas falsas sejam superiores a 1.400 dias (quase quatro anos), o que terá levado ao pagamento de mais de 1,7 milhões de patacas de forma indevida. No total, desde 2016, terão sido passados mais de 250 atestados falsos. Além disso, o CCAC indicou que quando estava de baixa, o verificador deslocava-se ao Interior, onde explora uma oficina de automóveis, e onde fazia longas viagens, de carro, avião, comboio e até caminhava em trilhos. No outro caso, os dias de falsa baixa são superiores a 900 (quase três anos), desde 2018, o que significa mais de 1,3 milhões de patacas em salários. Este trabalhador, segundo o CCAC, disse aos médicos que por “utilizar bengala para caminhar e também por causa das dores não podia trabalhar”. Recebeu mais de 160 atestados médicos. Porém, nos dias das consultas e das baixas médicas, o homem “saía e entrava com frequência da fronteira de Macau, chegando mesmo a deslocar-se várias vezes, por via aérea, ao Sudeste Asiático, a Taiwan e ao Interior da China para tratar dos seus negócios privados”. Processo disciplinar Após o caso ter sido revelado, os Serviços de Alfândega anunciaram ter instaurado um processo disciplinar aos dois agentes. Em relação a um deles, os SA revelaram mesmo que tinha sido demitido em Dezembro do ano passado, por ter recebido um subsídio familiar a que não tinha direito. Também o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, apelou aos serviços sob a sua tutela para fazerem um controlo rigoroso dos trabalhadores. “O secretário para a Segurança Wong Sio Chak presta elevada atenção ao caso e exortou de imediato todos os serviços da sua tutela para reforçarem a imperatividade da observação da lei nas áreas da gestão interna e do pessoal”, foi adiantado, em comunicado.
João Luz Manchete SociedadeCrime | 86 suspeitos detidos por troca de dinheiro Uma operação conjunta das polícias de Macau e do Interior da China desmantelou uma rede criminosa de troca de dinheiro e passagem de moeda falsa que resultou em prejuízos de cerca de 18 milhões de dólares de Hong Kong. No total, foram detidos 86 suspeitos. A larga maioria das vítimas são cidadãos chineses Na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou o desmantelamento de um grupo criminoso transfronteiriço que se dedicava há, pelo menos, um ano e três meses à troca de dinheiro e passagem de moeda falsa. No total, o grupo causou prejuízos de 18 milhões de dólares de Hong Kong em, pelo menos, 70 casos de fraude em troca de dinheiro em casinos de Macau. As vítimas eram na sua larga maioria turistas e jogadores chineses. Em conferência de imprensa na terça-feira, Tang Kam Va, da divisão de investigação de crimes relacionados com o jogo, da PJ, explicou como o grupo operava. Em primeiro lugar, as vítimas entregavam ao grupo quantias em renminbis através de transferência bancária ou aplicações de pagamento electrónico. Em retorno, as vítimas recebiam em numerário dólares de Hong Kong, onde estavam incluídas réplicas, ou seja, notas de treino e notas falsas usadas para produções de televisão e cinema. Depois de identificado o dinheiro falso, as vítimas tentavam, em vão, contactar o “patrão” para serem reembolsadas. “Desde Janeiro do ano passado, detectámos um total de 70 casos semelhantes envolvendo o modus operandi desta associação criminosa, dos quais 60 casos envolveram o uso de notas de treino e em 10 casos foram usadas notas de adereço para cinema e televisão, resultando num prejuízo total de 18 milhões de dólares de Hong Kong”, indicou Tang Kam Va, citado pelo Canal Macau da TDM. Molhos de réplicas No total, no fim da operação conjunta, foram apreendidas perto de 20 mil notas de treino e 2 mil de adereço para produções televisivas e cinematográficas. As réplicas eram de notas de 500 e 1.000 dólares de Hong Kong. Foram detidos 65 suspeitos em Macau e 21 no Interior da China, incluindo dois cabecilhas do grupo, nas províncias de Guangdong, Zhejiang e Guangxi. Entre os suspeitos detidos na RAEM encontra-se o mais novo de todos, um jovem de 16 anos de idade. Segundo as autoridades policiais, os dois cabecilhas do grupo aliciavam online pessoas para trazer de Zhuhai para Macau as notas falsas, pagando entre 6 a 30 por cento do valor transportados aos contrabandistas. Além disso, mais de uma dúzia de pessoas disponibilizaram as suas contas bancárias e de aplicações móveis de pagamento electrónico para receber o dinheiro apurado pelo esquema fraudulento.