Hoje Macau SociedadeDSAL | Lançado plano de carreiras com a Wynn A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), aceita, a partir de hoje, candidaturas ao “Plano de desenvolvimento da carreira profissional em gestão hoteleira”, criado com a Wynn Macau para “formar quadros qualificados locais e criar condições para o seu desenvolvimento profissional”. Assim, mediante a ideia de “primeiro contratação, depois formação”, pretende-se disponibilizar acções de formação para progressão na carreira nos sectores do turismo e lazer. Serão disponibilizadas 22 vagas de emprego, 12 para a recepção de hotel, cinco para o cargo de subchefe dos serviços no lobby do hotel e outras cinco para a posição de “subchefe do departamento de quartos”. Segundo um comunicado, os admitidos no referido plano vão ser formados pela Wynn após a contratação, aprendendo mais sobre o funcionamento prático dos departamentos, o sistema de gestão das informações hoteleiras, ou ainda os Padrões de Certificação de Técnicas Profissionais de Macau, entre outras competências. No final de um ano de formação, e após verificado o bom desempenho, os empregados “terão a oportunidade de progressão e ajustamento salarial”. As inscrições terminam no dia 10 deste mês, decorrendo o seminário de apresentação e entrevista para o dia 18.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTurismo | Quarta-feira bateu recorde em número de visitantes Macau recebeu, esta quarta-feira, 166,1 mil visitantes, número que ultrapassa as 162,1 mil pessoas que, há cinco anos, visitaram o território também na Semana Dourada, mas no dia 5 de Outubro. Governo fala em “níveis ideais” de turistas para este período. Zona das Ruínas de São Paulo tem sido sujeita a controlo de multidões Os números de visitantes de Macau durante a chamada Semana Dourada estão a corresponder às expectativas das autoridades. Na quarta-feira, no dia seguinte ao Dia Nacional da China, o território recebeu 166,1 mil visitantes, número que “ultrapassou o recorde de 162,1 mil registado a 5 de Outubro de 2019, marcando o número mais elevado de que há registo estatístico nos feriados do Dia Nacional”, apontou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), em comunicado. Números oficiais preliminares, apontam que o território recebeu na terça-feira, 1 de Outubro, data dos 75 anos da implantação da República Popular da China (RPC), 128,3 mil visitantes, sendo que, em conjunto com os visitantes do dia 2, quarta-feira, “correspondem a um total de perto de 277 mil”, com um aumento de 20 por cento da média diária, é referido na mesma nota. A DST destaca ainda dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) sobre os visitantes de há cinco anos, que mostram como o território tem registado uma boa recuperação no sector do turismo. “Os três anteriores valores diários mais elevados registados por altura do Dia Nacional ocorreram todos nos feriados de 2019: dia 5 de Outubro (162,1 mil), dia 3 (161,6 mil) e dia 2 (159,3 mil)”. Mais de 700 mil Números divulgados pelo Corpo de Polícia e Segurança Pública (CPSP) revelam ainda a enchente registada em Macau nos últimos dias: um total de 708.954 entradas e saídas nos postos fronteiriços, quase 710 mil pessoas. A DST destaca também que “a recuperação da indústria turística local decorre a um ritmo célere e avança para um novo patamar de desenvolvimento”, tendo em conta o panorama “positivo” do sector nos períodos do Ano Novo Chinês e férias de Verão, sem esquecer que “o número de visitantes em Agosto registou novo recorde histórico”. A zona das Ruínas de São Paulo, um dos monumentos mais visitados do território, foi ainda alvo de medidas de controlo de multidões, dado o elevado número de visitantes no local, além de que muitos percursos de autocarro foram alterados para melhor circulação no território. Na mesma nota, a DST destaca que para estes números contribuíram também os muitos eventos e actividades organizadas para estes dias de celebração, nomeadamente o 32.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau que, no dia 1, contou com as apresentações de empresas de pirotecnia do Interior da China e de Itália. No próximo domingo, dia 6, será dia de apresentar os dois últimos espectáculos do evento, a cargo de companhias do Japão e Portugal.
Hoje Macau SociedadeCompetição “929 Challenge” atraiu mais de 300 equipas chinesas e lusófonas A quarta edição da 929 Challenge em Macau atraiu mais de 300 equipas e ’startups’ chinesas e dos países de língua portuguesa, disse à Lusa um dos organizadores da competição de empreendedorismo. Marco Duarte Rizzolio, cofundador da 929 Challenge, sublinhou que 45% dos inscritos vêm de mercados lusófonos, um aumento em comparação com edições anteriores, que registaram um maior domínio das equipas chinesas. O também professor da Universidade Cidade de Macau destacou “uma participação muito maior” do Brasil e de Portugal, de onde vêm 30 equipas, mas lamentou que não tenha havido projetos de Timor-Leste ou de São Tomé e Príncipe. A edição de 2023 tinha atraído cerca de 1.500 participantes em mais de 280 equipas de todos os nove países lusófonos e da China. Rizzolio admitiu que o aumento do número de inscritos surpreendeu os organizadores, mas sublinhou que o objetivo final “não é a quantidade, mas sim projetos com qualidade que sejam depois aplicados comercialmente”. As mais de 300 equipas começaram na sexta-feira um ‘bootcamp’ ‘online’, todos os dias, das 19:00 às 21:00 em Macau, “para apanhar todos os fusos horários”, explicou o académico. Durante duas semanas, até 11 de outubro, as equipas terão uma série de palestras, sessões de mentoria e workshops para criar planos de negócio sustentáveis. “Damos a conhecer às ‘startups’ chinesas a realidade e o ambiente de negócios dos países de língua portuguesa, que são muito diferentes”, disse Rizzolio. Para as equipas lusófonas, a meta é criar planos de negócios a pensar na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, acrescentou o organizador. A Grande Baía é um projeto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes e com um produto interno bruto (PIB) superior a um bilião de euros, semelhante ao PIB de Austrália, Indonésia ou México, países que integram o G20. Os melhores 16 planos – oito de empresas e oito de universitários – terão 10 minutos para convencer o júri da 929 Challenge e potenciais investidores na final, em 9 de Novembro. A quarta edição registou uma subida dos prémios monetários para os três melhores: 300 mil patacas e quatro mil dólares em serviços e ferramentas da gigante tecnológica chinesa Alibaba. De seguida, haverá um programa de apoio às empresas que se queiram estabelecer em Macau e na Grande Baía, que inclui, durante duas semanas, visitas a incubadoras e encontros com fundos de capital de risco. Este ano, pela primeira vez, haverá ainda um programa de ‘soft landing’ (aterragem leve), com um máximo de três meses, para projetos que queiram abrir um negócio em Macau. Para as ‘startups’ que precisem de capital, a competição tem acordos com possíveis investidores, incluindo a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do grupo estatal Banco Português de Fomento. O concurso é coorganizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e por várias instituições da região administrativa especial chinesa, incluindo todas as universidades.
Hoje Macau SociedadeNúmero de imigrantes em Macau subiu quase 31.400 desde Janeiro de 2023 No final de Agosto, mais de 183 mil trabalhadores não residentes estavam registados em Macau, o que significa um aumento de quase 31.400 desde o fim da política ‘zero covid’, em Janeiro de 2023. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, Macau tinha 183.230 trabalhadores sem estatuto de residente. Este número, representa um aumento de 31.352 desde Janeiro de 2023, mês que a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo do Interior, caiu para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. Desde o pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia, e até Janeiro de 2023, a cidade perdeu quase 45 mil trabalhadores não residentes, que correspondiam a 11,3 por cento da população activa. O número de não residentes tem vindo a aumentar há 19 meses seguidos. O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde Janeiro de 2023, ganhando 15.104 trabalhadores não residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 3.611) e da construção civil (mais 3.436). A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não residentes desde Dezembro de 2019. Turismo a recuperar Com o fim da política de ‘zero covid’, a cidade acolheu nos primeiros oito meses de 2024 quase 23,4 milhões de turistas, mais 32,7 por cento do que em igual período do ano passado, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 85,5 por cento, uma subida de 4,6 pontos percentuais em termos anuais. Em Agosto, Macau recebeu 3,65 milhões de visitantes, um novo recorde mensal. A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006. Mas, e apesar da subida do número de trabalhadores não residentes, a taxa de desemprego está há três meses seguidos em 1,7 por cento, igualando o mínimo histórico atingido antes do início da pandemia. A economia de Macau cresceu 15,7 por cento na primeira metade de 2024, em comparação com igual período do ano passado, graças à retoma do jogo, de acordo com dados oficiais.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo / Receitas | Setembro com o valor mais baixo do ano Apesar do montante mais reduzido de 2024, alguns analistas consideraram que o cenário foi “melhor do que aquele que chegou a temido” e antecipam um mês de Outubro “forte”, principalmente devido à Semana Dourada Os casinos registaram receitas brutas de 17,3 mil milhões de patacas em Setembro, de acordo com os números divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), na sexta-feira. Este foi o montante mais reduzido de 2024, mas representa um aumento de 15,5 por cento face a Setembro do ano passado. Quando a comparação é feita com 2019, o último ano antes dos efeitos da pandemia da covid-19, os números mais recentes de Setembro equivalem a 78,1 por cento do montante pré-pandémico. Em comparação com os valores de Agosto, os 17,3 mil milhões de patacas significam uma redução das receitas de 12,7 por cento face aos 19,6 mil milhões de patacas. Todavia, Setembro tende a ser um mês em que os casinos registam um menor movimento, por anteceder Outubro, que tradicionalmente é uma das épocas altas da indústria. Até Setembro deste ano, o pior mês em termos das receitas brutas do jogo tinha sido Junho, quando os casinos encaixaram 17,7 mil milhões de patacas. Estes dois meses têm ainda em comum o facto de terem sido os únicos até agora em que as receitas ficaram abaixo dos 18 mil milhões de patacas. Nos primeiros nove meses do ano, a indústria Macau arrecadou 169,4 mil milhões de patacas, mais 31,3 por cento do que no mesmo período do ano passado, quando o montante era de 128,9 mil milhões de patacas. Acima das expectativas Após terem sido divulgados os resultados de Setembro, o banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific) considerou o cenário foi “melhor do que aquele que chegou a temido”. Na nota para os investidores, citada pelo portal GGR Asia, consta ainda a expectativa antes dos resultados oficiais era de que os casinos encaixassem 17,1 mi milhões de patacas. Apesar deste aspecto positivo para a indústria, os analistas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li reconhecem que as expectativas “continuam muito baixas”. Carlo Santarelli, analista no Deutsche Bank Securities, afirmou que os resultados de Setembro ficaram dentro do esperado, em comparação com a realidade de 2019. Por sua vez, o analista Vitaly Umansky, que pertence aos quadros da Seaport Research Partners, afirmou que as indicações apontam para uma Semana Dourada “forte” e previu que em Outubro as receitas atinjam os 21,5 mil milhões de patacas, no que seria um aumento de 10,3 por cento face ao período homólogo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeRua da Felicidade | IC vai fazer mudanças na Zona Pedonal Até ao final do mês, o IC promete reabrir a Travessa do Aterro Novo e a Travessa do Mastro ao trânsito. Mas, antes, os comerciantes têm de esperar pelo fim das celebrações da implementação da República Popular da China A presidente do Instituto Cultural, Deland Leong, prometeu que a Zona Pedonal na Rua da Felicidade vai sofrer alterações, após a Semana Dourada. A posição foi tomada pela responsável do IC, depois dos últimos dias de Setembro terem ficado marcados pela insatisfação dos comerciantes, que afixaram nas portas artigos de jornais a pedir mudanças na zona. “Vamos anunciar e concretizar as mudanças do âmbito da zona pedonal depois dos feriados de comemoração do aniversário da República Popular da China”, assegurou Deland Leong, à margem da cerimónia da inauguração da Biblioteca do Bairro da Ilha Verde. Leong explicou igualmente que o consenso entre o Governo e os comerciantes daqueles bairros vai levar a que a Travessa do Aterro Novo e a Travessa do Mastro voltem a abrir à circulação do trânsito. O objectivo passa por retomar a circulação até ao final do mês. “Antes de avançarmos com as mudanças, no mínimo, temos de concluir as actividades que estão planeadas para aquela zona durante a Semana Dourada”, justificou Leong, sobre o agendamento dos trabalhos. Deland Leong considerou ainda “oportunas” as mudanças, dado que a zona foi criada de forma experimental há cerca de um ano, pelo que houve tempo para avaliar a implementação de “melhoramentos”. Por outro lado, a presidente do IC destacou que o Governo sempre se mostrou atento e disponível para ouvir as vozes dos comerciantes, tanto daqueles que elogiaram a medida, como dos que se mostraram contra. Final feliz O consenso para promover as alterações na zona próxima da Rua da Felicidade não é novo, mas a situação evoluiu para um protesto com a afixação de folhas de jornais com as promessas do Governo, na semana passada, na sequência da falta de alterações. Antes disso, como os comerciantes consideram que a medida de fechar as ruas ao trânsito não teve os efeitos esperados para o comércio local, tinha sido entregue uma petição na sede do Governo com cerca de 41 assinaturas. A mesma petição foi igualmente entregue a Sam Hou Fai, futuro Chefe do Executivo, que vai ser eleito por uma comissão eleitoral com 400 membros a 13 de Outubro deste mês. Também o deputado Ron Lam esteve no local na semana passada para perceber os pedidos dos comerciantes, tendo considerado que estes esperam que o Governo os apoie na criação “de um ambiente de negócio normal”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeRua da Felicidade | Protestos para a suspensão de zona pedonal Vários comerciantes da Rua da Felicidade lançaram uma acção conjunta no último fim-de-semana afixando papéis às portas das lojas onde exigem o cancelamento da zona pedonal no local conforme prometido pelo Governo Os comerciantes da Rua da Felicidade exigem que o Governo, através do Instituto Cultural (IC), cumpra a promessa de cancelar a zona pedonal localizada entre a Travessa do Aterro Novo e Travessa do Mastro. Para isso, lançaram uma acção conjunta, que decorreu nos últimos dois dias, com a afixação de papéis e folhas de jornal sobre o assunto, exigindo acções concretas após a reunião levada a cabo entre o IC estes comerciantes. Segundo o jornal All About Macau, o deputado Ron Lam U Tou, que tem acompanhado o caso, explicou que a acção conjunta dos comerciantes visa demonstrar que “apenas querem que o Governo não cause problemas, tratando-se de um pedido simples”. “Querem apenas um ambiente de negócios comum”, adiantou. Além disso, o IC tem demorado a reagir ao pedido dos comerciantes. Ron Lam disse que foi pedida uma resposta concreta no prazo de uma semana, mas não houve ainda reacção, sendo que os comerciantes pediram a suspensão da zona pedonal antes da chegada da Semana Dourada. Assim, nas palavras do deputado, os comerciantes sentem-se desapontados por considerarem sincera a atitude do Executivo, pensando que as autoridades queriam, de facto, manter uma comunicação aberta com eles. Sem efeitos Além da colocação de papéis nas portas das lojas, os comerciantes, um total de 41, assinaram uma petição a pedir o cancelamento da zona pedonal, a qual foi entregue ao Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e a Sam Hou Fai, candidato ao cargo, logo depois da reunião com o IC. Lançado a 29 de Setembro do ano passado, o plano de criar uma zona pedonal na Rua da Felicidade foi realizado em conjunto com a operadora de jogo Wynn, responsável pela organização de actividades e decoração. Entre as 11h e a 1h é proibida a circulação de carros em algumas zonas, sendo apenas permitido o acesso com motociclos. Os comerciantes ouvidos pelo All About Macau dizem que o plano pedonal não tem grandes efeitos nos negócios. O dono de um antiquário participou na acção conjunta, mas tem uma postura neutra sobre a criação de uma zona pedonal, explicando que pode atrair mais visitantes, mas que estes nem sempre compram, e tiram fotografias em vez de consumirem. Outra comerciante que participou na campanha, afirmou que, inicialmente, estava de acordo com a criação de uma zona pedonal, mas que não notou um grande aumento de visitantes tendo em conta a Semana Dourada do ano passado. Esta proprietária sugeriu mudar os horários de funcionamento da zona pedonal e também evitar a ocorrência de obras viárias durante os feriados.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTáxis | Previsão de 1.700 a 1.800 veículos a circular no futuro O director da DSAT, Lam Hin San, garante que a decisão sobre o número de táxis depende das “necessidades sociais” e que vai fazer tudo para cumprir as orientações do futuro Governo Nos próximos anos, o número de táxis a circular na RAEM pode chegar a 1.800 viaturas, quando actualmente está nos 1.500 veículos. A previsão foi adiantada ontem por Lam Hin San, director da Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), à margem da caminhada na nova ponte. Segundo as previsões de Lam, citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, nas próximas semanas deverão começar a circular mais 50 táxis no território. O responsável apontou também que o número de veículos a circular pode chegar aos 1.700 ou 1.800 de “forma progressiva”, mas que o número concreto vai depender do que o Governo entender serem as “necessidades sociais”. O director da DSAT confirmou também que as autoridades optaram por recorrer da decisão tomada pelo Tribunal Administrativo, em relação ao concurso público lançado no ano passado, para atribuir 500 licenças de táxis com uma validade de oito anos. Com um concurso realizado apenas para empresas, o caso acabou no tribunal, devido à exclusão de três propostas. Em Julho deste ano, foi tornado público que o Tribunal Administrativo considerou que as propostas não deviam ter sido excluídas. Ontem, Lam Hin San confirmou que o Governo recorreu da decisão do Tribunal Administrativo para o Tribunal de Segunda Instância e que agora aguarda um desfecho para o caso, para depois agir de acordo com o julgado. A escassez de táxis foi um dos problemas indicado pelo candidato a Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, na apresentação do seu programa. O ex-magistrado afirmou mesmo que apanhar um táxi em Macau “é uma lotaria”. Preparado para o futuro Lam Hin San também não fugiu de comentar as declarações de Sam Hou Fai, que além de falar dos táxis, considerou que o trânsito é um dos principais problemas da RAEM que é necessário resolver. Face às declarações, o director da DSAT garantiu que tudo vai ser feito para respeitar e cumprir as orientações do futuro Governo, de acordo com as políticas que forem adoptadas. Sobre a futura Lei do Trânsito, que está a ser discutida na Assembleia Legislativa, o director da DSAT afirmou que o Governo está aberto a ouvir a opinião de todos os envolvidos e que quando se der a reabertura do hemiciclo, a 15 de Outubro, vai prestar todos os esclarecimentos necessários. Em relação à proposta de criar um sistema de carta de condução por pontos, para punir os infractores, Lam Hin San afirmou que nesta altura tudo pode ser modificado e que está aberto a propostas.
Hoje Macau SociedadePonte Macau | Caminhada atraiu 17 mil pessoas As celebrações da abertura da Ponte Macau começaram ontem de manhã com uma caminhada organizada pelo Instituto do Desporto que levou 17 mil pessoas a atravessarem a pé a nova ligação. A cerimónia que marcou o início da caminhada contou com a participação de elementos do Governo, com Ho Iat Seng a dar o sinal de partida para a travessia, acompanhado por Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas e ainda Elsie Ao Ieong U, secretária para os Assuntos Sociais e Cultura. No palanque, esteve também o presidente da Assembleia Legislativa, Kou Hoi In, Procurador da RAEM, Ip Son Sang, e o Comissário de Auditoria, Ho Veng On, além de representantes do Governo Central. A nova ponte parte da zona A dos novos aterros, junto ao posto fronteiriço da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, e faz a ligação com a Taipa, junto ao terminal marítimo da Taipa e do aeroporto internacional de Macau. Ontem, devido ao forte sol que se fez sentir, foram várias as pessoas que fizeram a travessia acompanhadas de chapéus-de-chuva, apesar de a organização ter disponibilizado água aos participantes. Os inscritos tiveram ainda direito a recolher brindes no final. Além da participação de várias individualidades, algumas das associações tradicionais também se fizeram representar, como a Federação das Associações dos Operários, Associação das Mulheres e Associação dos Moradores.
Andreia Sofia Silva SociedadeTurismo | Grande subida de excursionistas da Índia Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram um grande aumento anual de excursionistas oriundos da Índia. Nos oito primeiros meses, o território recebeu 18 mil excursionistas vindos deste país, o que representa um aumento de 1.165,9 por cento em relação a igual período do ano passado. Só no mês de Agosto, foram recebidos dois mil excursionistas, um aumento anual de 337,5 por cento. Destaque também para a vinda de 51 mil excursionistas oriundos da Coreia do Sul em oito meses, um aumento de 587,9 por cento face a 2023. Registou-se, em termos gerais e também nos oito meses deste ano, um total de 1.388.000 excursionistas, um crescimento de 127,6 por cento face a igual período de 2023, sendo que 1.240.000 eram excursionistas do Interior da China. Quanto à ocupação hoteleira, nos oito meses de 2024 a taxa foi de 85,5 por cento, mais 4,6 por cento face aos primeiros oito meses de 2023. Os estabelecimentos hoteleiros hospedaram 9.773.000 indivíduos, mais 12,9 por cento face a idêntico período de 2023, sendo que o período médio de permanência dos hóspedes se manteve em 1,7 noites.
João Santos Filipe Manchete SociedadeRenovação Urbana | Empresa estatal vai gerir Pearl Metropolitan A Companhia de Serviços de Propriedades Gold Court (Macau) vai receber 34,0 milhões de patacas, pelo contrato que tem a duração de um ano. O serviço vai ser prestado no empreendimento Pearl Metropolitan, na Areia Preta A Companhia de Serviços de Propriedades Gold Court (Macau) foi a vencedora do concurso público realizado pela Macau Renovação Urbana, para escolher a responsável pela gestão dos edifícios que constituem o Pearl Metropolitan. A empresa estatal chinesa vai receber 34,0 milhões de patacas, pelo contrato que tem a duração de um ano. Os resultados do concurso público foram publicados recentemente na plataforma de divulgação pública das informações das empresas com capitais públicos. A Gold Court, que apresentou a quarta proposta com o preço mais elevado, foi a seleccionada entre as nove propostas admitidas. O serviço vai ser disponibilizado durante um ano, e começa a ser prestado quando o empreendimento de habitação para troca estiver concluído, o que deverá acontecer até ao final do ano. A proposta mais barata tinha partido da Companhia de Gestão Imobiliária Power Force, que se disponibilizava para prestar o serviço por 22,2 milhões de patacas, uma diferença de quase 12 milhões de patacas. No polo oposto, a proposta mais cara partiu da Sociedade de Instalações e Equipamentos e Administração de Propriedade Shun Fu, que apresentou um preço de quase 85,4 milhões de patacas. Entre as propostas apresentadas, constava também uma da imobiliária JLL Macau que pedia 32,1 milhões de patacas pelo serviço. De acordo com os critérios do concurso público, o aspecto mais importante era o preço, com um peso de 50 por cento na decisão final. Os restantes aspectos tidos em conta foram o plano dos trabalhos (com um peso de 10 por cento), a estrutura, organização e experiência dos trabalhadores, (15 por cento), a experiência neste tipo de serviços (15 por cento) e ainda o plano de descontos aplicados às fracções que não estiverem vendidas (10 por cento). Dividido por dois O projecto Pearl Metropolitan está a ser construído em três terrenos, no mesmo local da Areia Preta, para onde esteve planeada a construção dos prédios Pearl Horizon, cujo projecto foi suspenso, devido à caducidade da concessão. No terreno identificado como A, o Pearl Metropolitan vai ter seis torres de habitação, que totalizam 6 mil apartamentos. As obras destas casas estão a cargo da China Construction Engineering (Macau), o ramo da RAEM da gigante construtora estatal, e as habitações vão ser utilizadas como moeda de troca para quem tinha comprado fracções habitacionais no Pearl Horizon. Nos terrenos B e C, estão a ser construídas mais 2.803 habitações, para serem utilizadas temporariamente pelas pessoas com casas a serem renovadas, no âmbito de projectos de Renovação Urbana. O projecto prevê ainda a construção de parques de estacionamento para cerca de 2.900 carros e 1.000 motos.
Hoje Macau SociedadeMercadorias | Aumento de exportações em 17,2% Dados da Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) revelam que as exportações de mercadorias, só no mês de Agosto aumentaram 17,2 por cento em termos anuais, tendo alcançado um valor de 1,16 mil milhões de patacas. Já o valor da reexportação foi de 1,03 mil milhões de patacas, crescendo 22,1 por cento também em termos anuais. O destaque vai para a reexportação de joias que subiu 178,6 por cento. A DSEC revela também que o valor da reexportação de bebidas alcoólicas e de produtos associados a casinos desceram 68,3 e 50,6 por cento, respectivamente. No que diz respeito às importações realizadas em Agosto, o valor total de mercadorias adquiridas ao exterior foi de 10,41 mil milhões de patacas, uma quebra de 7,4 por cento em termos anuais, com destaque para a queda de 49,5 por cento das importações em joalharia em ouro. Contudo, o valor importado de artigos para casinos e automóveis de passageiros aumentou 91,3 e 12,9 por cento, respectivamente. Desta forma, registou-se um défice da balança comercial, em Agosto, de 9,26 mil milhões de patacas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMGM | Áreas de junkets substituídas por vivendas De acordo com um relatório do banco de investimento Goldman Sachs (Asia), as mudanças visam dotar a MGM de mais formas de competir com as concessionárias Sands China e Galaxy pelo segmento “premium” do mercado de massas A concessionária do jogo MGM China está a substituir várias áreas dedicadas aos promotores do jogo por vivendas para hóspedes. A informação consta de um relatório sobre o mercado de Macau elaborado pelo banco de investimento Goldman Sachs (Asia), citado pelo portal GGR Asia. As transformações estão a acontecer no hotel e casino situado na península, o MGM Macau, e a mudança vai fazer com que o hotel disponibilize 28 vivendas para os hóspedes. Além disso, no hotel do Cotai, o MGM Cotai, a concessionária também está a fazer obras, neste caso para transformar 200 quartos em 88 suites, a pensar nos clientes com maior capacidade financeira do mercado de massas, que apostam pelo menos 100 mil dólares de Hong Kong por jogada. Segundo a informação da Goldman Sachs (Asia), as alterações no portfólio da concessionária foram observadas durante uma “visita recente” ao território, em que os analistas aproveitaram para trocar ideias com vários administradores das concessionárias do jogo. Os analistas Simon Cheung, Alpha Wang, Leah Pan e Dorothy Wong escrevem ainda que está “previsto que as obras fiquem concluídas ao longo do próximo ano” e que com os novos quartos e vivendas a MGM pode ficar com mais capacidade para “competir com a oferta luxuosa das concessionárias Sands e Galaxy”. A Sands China é responsável por vários casinos em Macau, como o Londoner, Parisian e Venetian. Por sua vez, a Galaxy é proprietária do hotel Galaxy e também do hotel Startworld. Outros movimentos Após a atribuição das novas concessões do jogo, que entraram em vigor no ano passado, e várias alterações legislativas, os promotores do jogo, também conhecidos como junkets, perderam muito do espaço que tinham no mercado local. Uma das mudanças mais significativas passa pelo facto de as receitas estarem limitadas a uma comissão de cerca de 1,5 por cento pelos serviços prestados. Recentemente, U Io Hung, presidente da Associação de Promotores Profissionais do Jogo de Macau, admitiu que os junkets estão a tentar chegar a um acordo com as concessionárias para criarem condições mais favoráveis para o exercício da actividade. Na perspectiva do dirigente associativo, o limite das receitas faz com que estejam numa posição desfavorável em relação às concessionárias, com quem têm de competir no mercado. As alterações no mercado de Macau não se limitam às transformações do espaços dos junkets, também a Galaxy está a movimentar-se, e, de acordo com a Goldman Sachs (Asia), deve começar a operar até ao final do mês uma nova área de luxo com slot machines. A operação deste espaço coincide com a Semana Dourada, que tradicionalmente é uma das épocas mais rentáveis para as concessionárias do jogo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCaso Kong Chi | Repetição de julgamento deixa tudo na mesma A repetição de parte do julgamento do ex-Procurador-Adjunto da RAEM, Kong Chi, não produziu qualquer alteração nas penas que tinham sido aplicadas anteriormente pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI). Kong continua a ter pela frente uma pena de prisão de 17 anos, dependente do recurso apresentado junto do Tribunal de Última Instância (TUI). Na tarde de ontem, o TSI voltou a ler a sentença de um caso que foi repetido, depois de um recurso do Ministério Público (MP). Em causa, estava uma alteração dos factos da acusação, em que o MP pretendia que ficasse registado no processo que a advogada Kuan Hoi Lam tinha recebido 560 mil patacas, e não apenas 160 mil patacas. A alteração tinha sido recusada pelo TSI. Por decisão do TUI, a acusação foi alterada, mas não teve consequências práticas, dado que o colectivo de juizes do TSI, liderado por Tong Hio Fong, considerou que o MP não conseguiu provar a entrega das 160 mil patacas nem das 400 mil patacas adicionais. Na leitura da sentença, Chan Kuong, explicou que os factos mencionados pela acusação apenas tinham por base os depoimentos de duas testemunhas, que se mostraram contraditórios no tribunal. “O Tribunal entende que não é necessário alterar a decisão face aos quatro arguidos”, foi revelado. Na sessão estiveram presentes os arguidos Kong Chi, Choi Sao Ieng e Ng Wai Chu, que não esboçaram qualquer reacção face à decisão. Ausente esteve a advogada Kuan, que na primeira decisão tinha sido ilibada de todas as acusações. À espera do recurso À saída da sessão da tarde de ontem, o advogado Lau Io Keong, afirmou “respeitar sempre as decisões do tribunal” e completou que agora “aguarda que o TUI se pronuncie sobre o recurso” da condenação de 17 anos. A 17 de Janeiro deste ano, Kong Chi, foi condenado a uma pena de prisão de 17 anos, pela prática de 22 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 19 crimes de prevaricação, 7 crimes de violação de segredo de justiça, 3 crimes de abuso de poder, 1 crime de favorecimento pessoal e 1 crime de riqueza injustificada. A arguida Choi Sao Ieng foi condenada com uma pena de 14 anos de prisão, pela prática de 14 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 15 crimes de prevaricação, 6 crimes de segredo de justiça, 3 crimes de abuso de poder e 1 crime de favorecimento pessoal. Por sua vez, Ng Wai Chu, cônjuge de Choi Sao Ieng, foi condenado a 6 anos de prisão pela prática de 2 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 2 crimes de prevaricação, 2 crimes de violação do segredo de justiça, 2 crimes de abuso de poder e 1 crime de favorecimento pessoal Ho Kam Meng? Sem comentários O advogado Lau Io Keong foi parceiro de Ho Kam Meng, advogado que foi suspenso de funções, alegadamente devido ao decorrer de uma investigação, cujos contornos são desconhecidos. Ontem, questionado sobre o assunto, Lau recusou fazer comentários, e indicou que “talvez seja necessário respeitar uma investigação”.
Hoje Macau SociedadeDST | Senna Fernandes espera que bom tempo ajude turismo A directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, acredita que, com a ajuda do bom tempo, o número de visitantes durante a Semana Dourada pode ultrapassar a barreira dos 100 mil por dia. As declarações foram prestadas ontem pela responsável da DST à comunicação social. Segundo Senna Fernandes, em Agosto o número de visitantes ficou acima das estimativas iniciais, devido ao efeito do bom tempo. Por isso, a responsável acredita que se o tempo estiver bom nos dias da Semana Dourada, a fasquia dos 100 mil visitantes por dia pode ser ultrapassada. A Semana Dourada corresponde ao período por volta de 1 de Outubro, com vários feriados no Interior, para assinalar o estabelecimento da República Popular da China. Quanto às reservas nos hotéis, Senna Fernandes indicou que no final da semana passada a taxa de reservas era de 70 por cento, com os hotéis de cinco estrelas a estarem totalmente reservados. Porém, a directora explicou que os turistas tendem a deixar as reservas para os últimos dias, antes das deslocações, pelo que se acredita que a taxa ainda vá continuar a aumentar nos próximos dias. Maria Helena de Senna Fernandes revelou também que a indústria de hoteleira está confiante para esta fase do ano. Além do ambiente de optimismo, a DST promete também continuar a realizar mais trabalhos de promoção do turismo local em Cantão, Hong Kong e Indonésia, para atrair mais visitantes internacionais.
Hoje Macau SociedadeSemana Dourada | Trânsito e transportes ajustados Devido à chegada dos feriados da chamada Semana Dourada, a partir do dia 1 de Outubro, e com a movimentação de milhares de pessoas, as autoridades locais fizeram ajustes à circulação de trânsito e transportes públicos. Assim, a partir de domingo e segunda-feira serão reservadas, nos postos fronteiriços, áreas para o estacionamento dos autocarros dos casinos, além de ser alargado o espaço para filas de espera. Nos dias 1 e 2 de Outubro, as carreiras de autocarros públicos deixam de fazer escala na paragem “Zona P/ Passageiros-Este P. do Cerco”, passando a fazer escala na paragem provisória junto da sede da Unidade Táctica de Intervenção da Polícia. Entre os dias 1 e 7 de Outubro as carreiras 3BX, 17T, 21AT e 26AT operarão todos os dias em horários determinados, sendo que a carreira especial n.º 101X (101XS) operará das 9h às 20h no dia 1, e o horário da carreira 25B também será prolongado nesse dia. Destaque ainda para alterações na disposição de trânsito junto à Avenida de Almeida Ribeiro e as zonas circundantes, sendo vedado, entre 1 e 7 de Outubro, o cruzamento da Rua do Dr. Pedro José Lobo com a Avenida do Infante D. Henrique, e instaladas filas de espera para os passageiros com destino às Portas do Cerco. As carreiras 3 e 3X deixarão de parar na paragem “Almeida Ribeiro / OCBC”, passando a fazer escala na paragem provisória da Avenida do Infante D. Henrique, junto da Rua do Dr. Pedro José Lobo, seguindo o seu itinerário original. Haverá ainda alterações noutras paragens de autocarro no centro da cidade.
João Luz Manchete SociedadeShun Tak Center | 130 lojas de Alvin Chau e Chan Ping-chi à venda A agência Colliers foi designada como responsável pela venda de 130 lojas no centro comercial do Shun Tak Center, onde está situado o terminal de ferries que liga Hong Kong e Macau. Os espaços são propriedade de Alvin Chau e do investidor David Chan Ping-chi, comprados em 2014 por 600 milhões de dólares de Hong Kong Um terceiro piso do centro comercial do Shun Tak Center, em Hong Kong, está à venda, segundo um comunicado da agência imobiliária Colliers, encarregue da alienação dos mais de 1.850 metros quadrados no edifício que alberga o terminal marítimo de Sheung Wan que liga Hong Kong e Macau. O espaço, que acolhe 130 lojas, é propriedade do fundador do extinto Suncity Group, Alvin Chau, e do magnata e CEO do grupo ACME David Chan Ping-chi, que adquiriram em 2014 a chamada Macau Plaza, que ocupa o terceiro piso do edifício por 600 milhões de dólares de Hong Kong. A propriedade será vendida como está na actualidade, ou seja, incluindo os contratos de arrendamento com as lojas lá estabelecidas, como restaurantes, lojas de produtos de beleza e saúde. O responsável da Colliers pelos serviços de investimento e mercados de capitais, Thomas Chak, realça a localização privilegiada da propriedade, que beneficia do acesso facilitado à estação de MTR de Sheung Wan, ao terminal de autocarros que fica ao lado do edifício, e da proximidade do túnel Western Harbour Crossing que liga a ilha de Hong Kong a Kowloon. O responsável da Colliers salienta a “oportunidade para investidores adquirirem o imóvel num contexto da recuperação dos mercados globais e beneficiarem de rendimentos estáveis de arrendamento e de um aumento substancial da valorização do imóvel quando a economia mundial recuperar totalmente”. E tudo o vento levou Segundo meios de comunicação social de Hong Kong, o espaço que está agora à venda foi remodelado, um investimento que custou 70 milhões de dólares de Hong Kong. Apesar de não haver indicação de que a venda resulte de ordem judicial, desde que foi condenado a 18 anos de prisão pelos crimes de exploração ilícita de jogo, sociedade secreta, participação em associação criminosa e chefia de associação criminosa, Alvin Chau viu várias propriedades serem vendidas. Em Macau, foram colocados à venda no ano passado imóveis avaliados em mais de 592 milhões de patacas relativos ao edifício César Fortune, na Taipa, junto às instalações da Hovione Macau. O mesmo “pacote” de imóveis, excepto algumas fracções, voltou a ser posto à venda há cerca de dois meses por 308,53 milhões de patacas. A primeira tentativa falhada de venda dos imóveis reflecte a crise imobiliária que faz sentir no território. Recorde-se também que inúmeros bens de empresas do ex-fundador da Suncity foram penhorados para saldar dívidas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEPM | Pedido a docentes efectivos que assinem contratos a termo A assinatura dos novos contratos levanta dúvidas legais. Se os novos vínculos forem considerados válidos, os docentes podem perder vários direitos, como a indemnização por despedimento ou gozo de dias de férias. A direcção garante que vai assumir “todas as responsabilidades” A direcção da Escola Portuguesa de Macau (EPM) está a pedir a vários professores residentes efectivos que assinem novos contratos, que terminam no final do ano lectivo. Os pedidos de assinatura começaram a ser feitos no início do mês, e de acordo com as minutas a que o HM teve acesso, consta nas propostas de contrato que os vínculos laborais se extinguem a 31 de Agosto de 2025. A medida está a causar polémica na instituição entre os docentes, que temem pelo seu futuro, apesar de alguns professores terem assinado os novos vínculos. Segundo alguns docentes ouvidos pelo HM, que pediram para permanecer anónimos, a renovação contratual é encarada como a preparação de um futuro despedimento, em que a EPM tentar “apagar” a antiguidade dos trabalhadores, para não ter de pagar as compensações exigidas por lei. A legislação actual define que as compensações por despedimento nos contratos sem prazo são feitas de acordo com a antiguidade dos trabalhadores, até um limite máximo de 252 mil patacas. Nos contratos a prazo não é devida qualquer compensação, quando se atinge a data do final do contrato. O HM contactou o director da EPM, para perceber os motivos que levaram a direcção a avançar com as propostas de novos contratos com termo para os docentes dos quadros. Neste aspecto, Acácio de Brito considerou que não houve alterações face ao ano passado: “Estamos a fazer o que foi feito nos anos anteriores. Sabemos que há uma interpretação que ao final de dois ou três anos os residentes locais passam a contrato sem termo, mas isso, naturalmente, não significa que não possamos fazer um contrato individual de trabalho, com as alterações que são necessárias fazer”, afirmou Acácio de Brito. “Nós temos um modelo de contrato individual de trabalho […] Se houver outro entendimento será dirimido pelos nossos serviços jurídicos e assumiremos todas as responsabilidades”, garantiu. O director da EPM afirmou também que no ano passado se registou uma situação de despedimento e que a instituição respeitou “as indemnizações previstas na lei”. Acácio de Brito reconheceu ainda que os novos contratos são assinados pelo presidente da Federação da Escola Portuguesa de Macau, Neto Valente, quando no passado eram assinados pela direcção da EPM. Divisões na fundação Ao HM, Miguel de Senna Fernandes, vice-presidente da Fundação Escola Portuguesa e advogado, afirmou não concordar com as novas propostas laborais, e explicou que os novos vínculos não podem ser entendidos como um novo contrato que apagam os direitos adquiridos pelos trabalhadores até agora. “A escola não pode fazer isto, as coisas não funcionam assim”, lamentou Senna Fernandes. “Há que contar sempre com os direitos anteriores, porque já existe uma relação contratual anterior a este contrato. Os novos contratos não apagam o que está no passado”, afirmou. O vice-presidente da FEPM reconheceu também estar informado sobre o assunto, porque recebeu uma queixa de um docente. Contudo, ressalvou que no seio da fundação não houve qualquer reunião a informar os membros sobre a oferta de novos contratos. “Em Agosto houve uma reunião, depois disso não houve mais nada. Não sabemos de nada. Desde que existe o Conselho de Administração da Escola, a Fundação não é informada de nada…”, lamentou. “Mas as coisas são o que são, o ministro [da Educação, Ciência e Inovação de Portugal, Fernando Alexandre] é que tem de saber destas coisas”, acrescentou. O HM contactou igualmente a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) para perceber a legalidade e os efeitos jurídicos da assinatura de contratos, quando existe um contrato sem termo. Até ao fecho da edição não foi recebida uma resposta. Impacto abrangente Também uma fonte conhecedora da legislação local explicou ao HM que os novos vínculos a termo não têm efeito: “Esses contratos novos são todos nulos, porque não se pode passar de um contrato sem termo para um contrato a termo. A legislação de Macau não admite isso”, foi indicado. “As entidades patronais até podem dizer que o contrato antigo acabou e que agora vigora o novo. Mas se os trabalhadores se queixarem nos tribunais, as entidades patronais vão perder, porque não é possível apagar os anos de trabalho anteriores”, vincou. A mesma fonte explicou que o contrato a termo está previsto na lei para situações muito específicas, de excepção, dado que a legislação atribui preferência nas relações laborais com residentes aos contratos sem termo. Apesar disto, é aconselhado que os docentes não assinem os vínculos: “Os trabalhadores não devem assinar esses contratos, mas mesmo que tenham assinado, não faz sentido entender que abdicaram dos seus direitos anteriores. As pessoas são residentes de Macau, e este procedimento é apenas uma forma de tentar contornar a lei”, opinou. Todavia, o facto de o contrato ser nulo não quer dizer que não tenha impacto na vida dos docentes. “A vida das pessoas não é só trabalho. Vamos imaginar que estas pessoas agora assinam um contrato a termo, mas antes tinham um empréstimo para a habitação. Quando os bancos perceberem que uma pessoa que pediu um empréstimo deixou de ter um contrato sem termo, as condições do empréstimo vão ser agravadas. Há uma diferença grande entre ser efectivo ou estar a prazo”, explicou.
Hoje Macau SociedadeDSAMA | Ex-subdirector condenado após absolvição Vong Kam Fai, antigo subdirector dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) foi condenado a uma pena de um ano e meio de prisão pelo crime de corrupção passiva para acto ilícito, pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI). A sentença foi revelada na segunda-feira através de um comunicado do Gabinete do Presidente do Tribunal de Última Instância, depois do recurso do Ministério Público ter sido aceite. No julgamento de 2021, Vong Kam Fai, Kuok Kong Wa, ex-chefe de departamento, e Kuok Wang Ngai, ex-funcionário da DSAMA, tinham sido absolvidos, mas o MP recorreu da decisão. Agora, Kuok Kong Wa vai cumprir uma pena de um ano e seis meses de prisão e Kuok Wang Ngai vai cumprir a pena de dois anos de prisão, por terem sido considerados culpados do crime de corrupção passiva para acto ilícito. Sem alterações, ficaram as condenações anteriores de Tong Vun Ieong, chefe de divisão DSAMA, e Lao Weng U, ex-chefe de divisão da DSAMA, a dois anos e seis meses de prisão efectiva, pela prática de um crime de corrupção passiva para acto ilícito. Em causa, está a renovação de um contrato de dragagem por ajuste directo à empresa China Overseas, junto à Central Térmica de Coloane, avaliado em cerca de 38 milhões de patacas e com a duração de seis meses. O caso não tem corruptores activos, apesar de ter sido dado como provado que houve funcionários da empresa estatal chinesa a entregar presentes, como malas de luxo, aos funcionários da DSAMA.
João Luz Manchete SociedadeSemana Dourada | Mais de um terço dos hotéis de luxo esgotados No início da semana, mais de um terço dos hotéis de luxo de Macau já tinha lotação esgotada para a semana dourada de Outubro. Os preços dos quartos ainda disponíveis nos hotéis do Cotai rondam mais de 4.000 patacas por noite. Governo espera a entrada de 100 mil turistas por dia durante os feriados Na segunda-feira, mais de um terço dos hotéis de luxo de Macau já não tinha quartos (para um máximo de duas pessoas) disponíveis para os dias da Semana Dourada de Outubro, ou seja, o período de feriados no Interior da China que vai de 1 a 7 de Outubro. Segundo apurou o portal GGR Asia, na segunda-feira 13 das 33 unidades hoteleiras de luxo, a maioria localizadas nos resorts integrados do Cotai, tinham todas as setes noites dos feriados que se avizinham, para os quartos normais para duas pessoas. A mesma fonte cita entre os hotéis esgotados para as sete noites o Grand Lisboa, Wynn Macau, MGM Macau, M Tower do MGM Cotai, Galaxy Hotel, Banyan Tree Macau, Hotel Okura Macau, JW Marriott Hotel Macau, The Ritz-Carlton, o Raffles do Galaxy Macau, Londoner Court, Sheraton Grand Macao e The Grand Suites do Four Seasons. Entre as unidades hoteleiras que na segunda-feira já tinham, pelo menos, três noites esgotadas contam-se a Emerald Tower and Skylofts do MGM Cotai e o Wynn Palace. Apesar de ainda terem quartos disponíveis, mas a sinalizar lotação esgotada face à procura estavam os hotéis Nüwa no City of Dreams Macau e a Star Tower do Studio City, Andaz Macau, Venetian Macao, Parisian Macao, St Regis Macao, The Londoner Hotel, Conrad Macao e o Four Seasons Hotel Macao. Quem dá mais Para os quartos ainda disponíveis no Cotai durante as setes noites da Semana Dourado de Outubro, os preços são superiores a 4.000 patacas, sem contar com taxas e serviços adicionais. Porém, no dia mais procurado, a meio do período de feriados, os quartos disponíveis para duas pessoas ultrapassam as 5.000 patacas por noite. Recorde-se que o Governo estimou que Macau venha a registar uma média de 100 mil entradas de turistas por dia entre 1 e 7 de Outubro, números que a verificarem-se significam uma descida em relação à média diária de 116.000 turistas no mesmo período do ano passado. A estimativa da Direcção dos Serviços do Turismo pode ser conservadora, tendo que em Agosto entraram em Macau mais de 3,6 milhões de visitantes, o que representou uma média diária de quase 118.000 turistas.
João Luz Manchete SociedadePrisão | Guardas queixam-se de horas de formação não pagas Depois do horário de trabalho, os guardas prisionais estão a receber formação a pensar na abertura do novo estabelecimento prisional. Segundo queixas recebidas pelo deputado Che Sai Wang, desde Junho cada funcionário participou em, pelo menos, três formações de duas horas e meia, sem qualquer remuneração A entrada em funcionamento do novo estabelecimento prisional está a afectar a vida dos guardas prisionais, segundo uma interpelação escrita divulgada ontem por Che Sai Wang. O deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) denunciou a situação vivida por guardas prisionais que são obrigados a frequentar acções de formação fora do horário de trabalho, sem serem remunerados. O deputado indica que a formação começou em Junho e que cada funcionário foi a, pelo menos, três sessões com duas horas e meia cada. Os conhecimentos transmitidos aos guardas visam prepará-los para a entrada em funcionamento do novo estabelecimento prisional, que deverá abrir no fim do ano em Ká-Hó. Na sexta-feira, a Direcção dos Serviços Correccionais revelou ter concluído a primeira fase da “mudança das instalações de todas as subunidades administrativas” para as novas instalações. Aliás, o endereço postal da prisão já foi alterado. Quanto às acções de formação, o deputado sugere ao Governo que sejam ministradas durante o horário de trabalho ou que sejam pagas como horas extra. Che Sai Wang considera que a situação actual prejudica o tempo de descanso dos funcionários, assim como os seus direitos laborais, e pode ser contraproducente para a eficácia da própria formação. Sagrado descanso Além disso, o deputado refere que os sucessivos atrasos na entrada em funcionamento da nova prisão também devem ter contribuído para a situação e que recentemente os guardas prisionais foram impedidos de tirar férias para estarem disponíveis durante o período de preparação para a abertura do estabelecimento. “O moral dos guardas prisionais foi seriamente afectado, os planos de viagens ou visitas familiares tiveram de ser cancelados e, ainda por cima, são obrigados a trabalho extraordinário não remunerado”, conclui, acrescentando que estes factores contribuem para o cansaço físico e psicológico. Outra situação que merece reparo, é o que o deputado designa como horas extra invisíveis, referindo-se ao tempo que os funcionários dedicam do seu tempo livre a responder a emails e mensagens ou a participar em reuniões de trabalho online, mais uma vez sem compensação.
Hoje Macau SociedadeFinanças | Assinado memorado com Hong Kong, Shenzhen e Cantão Partilha de informação fiscal, disponibilização de serviços de pagamento de impostos conjuntos e formação de quadrados qualificados. Estes são três dos temas que constam de um memorando de entendimento sobre assuntos fiscais, assinado ontem entre Macau, Hong Kong, Shenzhen e a província de Cantão. Embora o conteúdo do documento não tenha sido tornado público, nem o impacto do mesmo explicado, a Direcção de Serviços de Finanças (DSF) afirma, através do comunicado emitido ontem, que se trata do “início de uma nova era em matéria de cooperação fiscal”. Além da partilha de informação, formas de pagamento conjuntas e quadrados qualificados, o memorando define também como via para o futuro a “intensificação da cooperação na área de administração fiscal”. As quatro partes acordaram também a criação de “um regime de ligação” e “realizar periodicamente reuniões conjuntas”, sobre assuntos tributários internacionais. “O memorando de cooperação constitui não apenas uma demonstração da cooperação entre as autoridades fiscais, mas igualmente um passo importante para a progressão do desenvolvimento económico regional”, foi considerado pela Direcção de Serviços de Finanças. A parte de Macau deixou ainda a esperança poder “de mãos dadas” ultrapassar os desafios no futuro. “À medida que as circunstâncias exijam mutações, seja por mudança do ambiente económico global, seja por evolução continuada das políticas fiscais, as autoridades fiscais das diversas regiões vão ter de ultrapassar, de mãos dadas, os desafios e impulsionar, em conjunto, o desenvolvimento sustentável da economia”, foi indicado.
Hoje Macau Manchete SociedadeBanca | Centeno defende reforço da cooperação internacional O governador do Banco de Portugal (BdP) acredita que os bancos centrais podem beneficiar “ainda mais” do reforço da cooperação, numa altura de grandes tensões geopolíticas O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, defendeu que os bancos centrais dos países lusófonos podem “beneficiar ainda mais” da cooperação, que descreveu como vital numa altura de grandes tensões geopolíticas. “Podemos beneficiar ainda mais do trabalho em rede e do conhecimento diferenciado que reside em cada uma das nossas instituições”, disse Centeno, de acordo com o canal em português da televisão pública Teledifusão de Macau (TDM). Centeno falava durante a segunda Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que decorreu na segunda-feira em Macau. O economista sublinhou “a fluidez institucional” no quadro dos bancos centrais lusófonos, os benefícios de uma língua comum e “a multiplicidade de realidades” em que os vários países estão inseridos. Centeno disse que “foi exactamente a ligação profunda e histórica com países de língua oficial portuguesa que moldou a cooperação” do BdP, que já incluiu mais de 3.400 iniciativas desde 1991. Num espaço de mais de 30 anos, o governador destacou como “um dos casos mais emblemáticos (..) para a estabilidade macroeconómica e financeira” o Acordo de Cooperação Cambial entre Portugal e Cabo Verde, assinado em 1998. Tratado histórico O acordo levou ao estabelecimento de uma taxa de câmbio fixa entre o escudo de Cabo Verde e o escudo de Portugal, uma ligação que se manteve quando Portugal aderiu à moeda europeia, em 2002. Um estudo do BdP publicado em 2020 concluiu que o acordo permitiu a Cabo Verde dar credibilidade à sua política monetária e fazer convergir a inflação para níveis próximos aos da zona Euro. Centeno sublinhou como a cooperação internacional é “tão importante para reforçar a confiança mútua entre os povos”, sobretudo “num momento em que assistimos a significativas tensões” e “crescente fragmentação geopolítica”. “Sem cooperação, algumas respostas de políticas seriam impossíveis. Sem cooperação, os desequilíbrios transformam-se inevitavelmente em tensões regionais e com implicações geopolíticas”, alertou o governador. O economista recordou ainda “a dimensão supranacional dos desafios” que os reguladores enfrentam, dando como exemplo as alterações climáticas e a prevenção do financiamento do terrorismo ou do branqueamento de capitais. Durante o evento, a Autoridade Monetária de Macau assinou o primeiro acordo de partilha de informação com o Banco Central do Brasil e firmou novos acordos com o Banco de Moçambique e com o Banco de Cabo Verde. Também a Associação de Bancos de Macau assinou acordos de cooperação com a Associação Moçambicana de Bancos e a Associação Santomense de Bancos.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Subida significativa de casos de intoxicação alimentar em Agosto No passado mês de Agosto foram registados 62 casos de intoxicação alimentar bacteriana, “uma subida significativa” face Agosto de 2023 (quando foram registados apenas três casos) e quase o quíntuplo em relação a Julho quando foram contabilizados 13 casos. A informação faz parte dos dados sobre doenças de declaração obrigatória do mês de Agosto, divulgados ontem pelos Serviços de Saúde (SS). Outra doença que tem registado este ano aumentos significativos, é a escarlatina. Em Agosto foram diagnosticados 28 doentes, quase seis vezes mais face aos cinco casos no mesmo mês do ano passado. Ainda assim, o registo de Agosto representou uma redução significativa face aos 88 casos de Julho. Também as infecções por Salmonela aumentaram 22,6 e 35,7 por cento, em termos anuais e mensal respectivamente, com 38 casos registados. Os dados revelam também que em Agosto os SS foram notificados de 463 casos de gripe, valor que representa uma descida anual de 57,4 por cento, e mensal de quase 45 por cento. A covid-19 também registou um declínio mensal de 10 por cento face a Agosto de 2023, mas um aumento face ao mês anterior para mais do quadruplo com 18 casos. Estes dados são recolhidos quando os médicos fazem primeiros diagnósticos, nos preenchimentos de certificados de óbito e por técnicos que fazem diagnóstico laboratorial.