Ho Iat Seng promete apoiar nova direcção da Associação das Mulheres

O Chefe do Executivo prometeu apoiar a nova direcção da Associação das Mulheres, que passou a ser liderada por Lau Kam Ling. A garantia foi deixada na segunda-feira, durante uma recepção de Ho Iat Seng à associação tradicional, que até à tomada de posse de Lau era presidida por Tina Ho, irmã de Ho Iat Seng.

Segundo um comunicado do Governo, Ho começou por destacar o papel da mulher na sociedade e a sua importância. Por isso, “lembrou que as mulheres de Macau assumem parte das responsabilidades no diz respeito ao emprego e às famílias” e frisou que esta é uma responsabilidade cada vez maior, devido à “pressão sentida” no contexto da pandemia.

A reunião serviu igualmente para o Chefe do Executivo reconhecer que a associação é um braço do Governo e que tem sido utilizada para prestar “apoio eficaz às famílias e mulheres mais necessitadas”.

Transição suave

Contudo, além de ser utilizada para ajudar mulheres necessitadas, Ho indicou que a associação tem como missão estabelecer “a união entre os novos e os antigos membros da direcção e do conselho fiscal”, “prestar serviços adequados à sociedade”, “apresentar opiniões ao governo” e ainda “participar nos trabalhos de educação”, assim como “na construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Ao contrário dos outros aspectos, o comunicado destaca que no que diz respeito à Ilha da Montanha é necessário “empenho”.

A ocasião serviu ainda para o Chefe do Executivo destacar o fervor patriótico da Associação das Mulheres e pedir que continuem a contribuir no “combate à pandemia”. Neste sentido, Ho vincou a necessidade de a associação contribuir mais para a vacinação dos mais velhos.

Por sua vez, a presidente da associação, Lau Kam Ling, afirmou que o principal objectivo da associação de Macau passa pela Ilha da Montanha e a abertura de novas representações em Cantão. Ao mesmo tempo, Lau jurou ainda fidelidade a Ho Iat Seng e apoio a todas as políticas apresentadas, também com a apresentação de “opiniões”.

23 Fev 2022

Renovação urbana | Deputados querem Governo mais interventivo

Os deputados que estão a discutir o “Regime jurídico da renovação urbana” defendem que o Governo deve ser mais interventivo no processo de reabilitação do Bairro do Iao Hon. Com a reconstrução a cargo dos proprietários, o Executivo admitiu apoiar o licenciamento e atribuir benefícios fiscais para “acelerar procedimentos”

 

Os deputados da 2ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa que estão a discutir o “Regime jurídico da renovação urbana” defendem que o Governo deve ter uma postura mais interventiva quanto à criação das condições necessárias para materializar a renovação dos sete edifícios do Bairro do Ia Hon que serão sujeitos a intervenção.

Isto, quando a proposta de lei prevê que a reconstrução de condomínios com mais de 30 anos é da responsabilidade dos proprietários, que deverão ser capazes de reunir um consenso de, pelo menos, 80 por cento dos condóminos.

“A reconstrução do condomínio é realizada tendo em vista a concretização da Renovação Urbana que deve ser implementada pelos proprietários. Se isto é feito pelo Governo, os efeitos não são os melhores”, começou por explicar ontem o deputado Chan Chak Mo, que também preside à comissão.

“Sobre os sete edifícios do Iao Hon, o Governo disse que (…) irá dar apoio e fazer inquéritos para saber a vontade dos proprietários. Se a concordância chegar a 80 por cento, o Governo vai dar esse apoio. Se não chegar aos 80 por cento o Governo vai (…) obrigar os proprietários a vender a sua propriedade. Se a proposta de lei for aprovada como está, a questão terá de passar pela arbitragem, e os 20 por cento que não concordam têm de participar obrigatoriamente nesse processo”, acrescentou.

Segundo o deputado, a proposta de lei garante que os 20 por cento que não concordam com a reconstrução possam ver os seus direitos enquanto proprietários defendidos, pois “apesar de não defenderem a reconstrução, podem optar apenas pela reparação do edifício”, esclareceu.

Dentro do possível

Sobre a possibilidade de o Governo vir a ter um papel mais interventivo, Chan Chak Mo partilhou que foi admitida a introdução de alterações com o objectivo de facilitar a emissão de licenças por parte das Obras Públicas, dar benefícios fiscais ou reduzir a percentagem de consentimento necessária para iniciar o processo de reconstrução.

“Os deputados entendem que o Governo deve intervir mais e o Governo concorda com isto. Durante os procedimentos, as Obras Públicas podem dar mais apoio ou acelerar os procedimentos para dar licenças. Além da proposta de lei, podem ser dados benefícios fiscais e reduzir-se a percentagem de concordância para conceder mais facilidades aos proprietários”, vincou Chan Chak Mo.

Durante a reunião de ontem, que contou com a presença do secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, o deputado apontou ainda que, apesar de a proposta de lei prever a reconstrução através da anexação de parcelas de terreno, “tudo depende do Plano Director” e das respectivas finalidades que forem atribuídas aos terrenos.

23 Fev 2022

Coutinho critica análise à proposta da lei do jogo, mas Kou Hoi In desvaloriza

José Pereira Coutinho criticou a forma como Chan Chak Mo está a conduzir os trabalhos de análise da lei do jogo, na 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, e está preocupado com a qualidade do futuro diploma.

“Estou decepcionado porque ainda não analisámos na especialidade a lei artigo a artigo. No entanto, o presidente da 2ª Comissão Permanente já deu por encerrados os trabalhos da primeira análise”, queixou-se Pereira Coutinho.

O legislador questionou ainda o pouco envolvimento dos deputados: “Os trabalhos começaram a partir de documento com uma análise e comentários à própria lei. Esse documento nem foi feito pelos deputados, que nunca foram questionados sobre diploma”, revelou Coutinho.

“Aquele documento para a primeira análise caiu do céu, feito pela assessoria e só tem umas linhas gerais, sem entrar em detalhes”, sublinhou. “Estou decepcionado com a condução dos trabalhos da comissão. Não é assim que se trabalha em sede de especialidade”, desabafou.

O deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) mostrou-se ainda preocupado com a eficácia da legislação. “Sem dúvida que vai afectar a qualidade de lei. Eu nem percebo como é que os deputados vão aprovar uma lei assim”, confessou. “Há mais de 20 anos que sou deputado e nunca vi nada assim”, reforçou.

Objectivo temporário

Por sua vez, Kou Hoi In, presidente da Assembleia Legislativa, preferiu destacar que a lei precisa de ser aprovada “em tempo útil”, que foi definido como 26 de Junho. “O ritmo de trabalho da comissão permanente está a ser satisfatório. Temos de identificar os principais problemas da proposta de lei e apresentar as nossas perguntas ao Governo, para que esclareçam a questão”, afirmou.

Sobre um dos diplomas mais importantes para o futuro da região, Kou Hoi In pouco mais disse, além de reafirmar a necessidade de cumprir o calendário do Governo, ouvir as opiniões da população e fazer uma análise minuciosa.

Vong Hin Fai também comentou a legislação que irá reger a maior indústria do território. Para o deputado, o diploma mais do que regular o jogo vai servir para diversificar a economia de Macau. “Um dos desafios para a Assembleia Legislativa nesta Legislatura é a diversificação da economia. Penso que a proposta também tem esse objectivo”, considerou.

23 Fev 2022

Lei do jogo | Au Kam San pede esclarecimentos sobre segurança nacional

A associação Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário entregou ontem uma carta à comissão da Assembleia Legislativa que está a analisar na especialidade a lei do jogo. Au Kam San, ex-deputado e vice-presidente da associação, defende que é preciso clarificar os motivos ligados à segurança nacional que podem determinar o fim das concessões

 

Os deputados da segunda comissão permanente da Assembleia Legislativa (AL) receberam ontem uma carta da associação Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário com críticas e sugestões sobre a proposta de lei do jogo, actualmente em discussão na especialidade. Segundo Au Kam San, ex-deputado e vice-presidente da associação, o Governo tem de clarificar a relação entre segurança nacional e o sector do jogo.

“Caso as concessionárias de jogo tenham práticas que vão contra a segurança do Estado ou da RAEM, é razoável a extinção da concessão. No entanto, a proposta fala apenas de ‘prejudicar a segurança do Estado ou da RAEM’ e não há mais definições. Este termo vazio pode ser aplicado em todos os cenários e isso traz um enorme risco para as empresas de jogo”, explicou.

Na óptica de Au Kam San, não é justo que as concessionárias investam quantias milionárias para depois serem acusadas de violar a segurança do Estado a qualquer momento, perdendo a concessão.

Em termos gerais, a proposta da Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário defende o aumento da fatia das receitas do jogo para fins sociais a alterações legislativas que promovam a diversificação das operações das concessionárias.

Menos para a FM

O ex-deputado, afastado das últimas eleições, acusa a proposta de lei de ter “várias falhas”, defendendo uma maior alocação das receitas do jogo para o sector da segurança social. “O artigo 22º da proposta de lei determina que entre dois a três por cento das receitas brutas do jogo devem destinar-se a uma entidade pública ou para o desenvolvimento urbanístico. O sistema de segurança social está numa situação de défice, o Governo assume isso, mas não quer alterar a contribuição”, disse. Neste sentido, defende que a Fundação Macau deve receber menos fundos das receitas do jogo em prol do sistema de segurança social.

Além disso, o responsável acredita que a proposta de lei do jogo deveria ir mais além nas medidas destinadas a diversificar as operações das concessionárias. Isto porque a actual legislação determina que apenas podem ser admitidas a concurso público “sociedades anónimas constituídas na região e cujo objecto social seja, exclusivamente, a exploração de jogos de fortuna ou azar ou outros jogos em casino”.

“Esta é uma lei antiga não sei porque foi regulada desta forma no passado. Mas o problema é que, actualmente, pedimos que as empresas tenham mais elementos não jogo para que possam impulsionar a diversificação da economia. Achamos que este ponto não é apropriado, é contraditório e deve ser omitido”, apontou Au Kam San.

23 Fev 2022

Deputados dizem que famílias estão abertas à vacinação dos filhos

Dois deputados afirmaram ontem, à margem do almoço de ano novo chinês da Assembleia Legislativa, que a abertura dos pais à vacinação dos filhos contra a covid-19 tem sido grande e que a situação pandémica em Hong Kong trouxe uma maior preocupação às famílias ou mulheres grávidas.

Kou Kam Fai, também director da escola Pui Ching, disse que oito por cento dos alunos do ensino infantil e primário desta instituição de ensino já foi vacinado contra a covid-19. O responsável referiu que os pais têm reagido bem ao apelo da vacinação dos filhos.

“A Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) emitiu um aviso sobre o surto de Hong Kong. Já tínhamos aberto as inscrições [para a vacinação] três dias antes e cerca de 40 por cento dos pais com filhos dos 3 aos 12 anos demonstra vontade em vaciná-los. Se houver um grande número de inscrições as vacinas serão administradas dentro das escolas. A reacção dos pais é melhor do que as nossas previsões, talvez tenham receio do surto”, frisou.

Acima dos 90 por cento

Por sua vez, Ma Io Fong, deputado e docente na Escola de Talentos Anexa à Escola Hou Kong, disse que “a divulgação da vacinação nas escolas e sector educativo tem sido bem sucedida” e que os pais têm mostrado uma grande receptividade à vacinação dos filhos, tendo em conta a explosão de casos de covid-19 no território vizinho.

“O Governo lançou uma medida para que os funcionários públicos tenham uma folga para acompanhar os filhos na vacinação, o que é uma política de incentivo. Espero que haja mais medidas de incentivo no futuro para que a taxa de vacinação possa ficar acima dos 90 por cento”, defendeu.

Ma Io Fong referiu mesmo que “surgiram mais preocupações” devido à situação em Hong Kong, nomeadamente por parte de mulheres grávidas que desejam vacinar-se. “Não recebi, até à data, queixas de famílias sobre a vacinação obrigatória dos alunos. O Governo pode divulgar mais dados sobre as vacinas para que as famílias tenham mais confiança”, adiantou.

23 Fev 2022

Ron Lam | Característica sino-portuguesa de Macau é um ‘slogan’

Ron Lam U Tou disse ontem à Lusa que a característica sino-portuguesa de Macau é apenas um ‘slogan’ do Governo e que a redução da comunidade lusófona é uma tendência crescente. “A comunidade portuguesa tem vindo a declinar em Macau nos últimos anos, e é uma tendência, uma realidade”, vincou ainda Lam U Tou.

Segundo os dados oficiais enviados pelas autoridades à Lusa, mais de 1.600 pessoas com passaporte português abandonaram o território nos últimos dois anos.

Apesar dos números, Lam U Tou defendeu que, “com quase 400 anos de interacção entre Portugal e Macau, um curto período de mudança no fluxo de pessoas ‘não significa eternidade’”. E que “Macau terá sempre as suas raízes”, sublinhou.

O deputado afirmou ainda que “factores políticos e internacionais” terão levado a comunidade portuguesa a sair de Macau, algo que disse compreender. “Espero que o Governo de Macau aborde estas preocupações, defendendo o princípio de “Um País, Dois Sistemas” e a segurança nacional, e que as características de Macau sejam verdadeiramente mantidas”, acrescentou. “No entanto, existem agora muitos conflitos ideológicos”, salientou.

Por outro lado, sustentou que o desenvolvimento da Área da Grande Baía não significa que as características de Macau serão apagadas. “Não só esperamos que a comunidade de Macau tenha a sua própria identidade com a Área da Grande Baía, mas também esperamos que a comunidade portuguesa mantenha a sua identidade e tenha o seu próprio posicionamento e identidade no desenvolvimento” neste projecto, concluiu.

23 Fev 2022

Corrupção | Directrizes da ONU serão referência para cargos públicos

Ainda no rescaldo da detenção do ex-director da DSSOPT, Li Canfeng, o Executivo assegurou que, além da criação de um regime disciplinar dedicado às chefias, irá aperfeiçoar as disposições de responsabilidade penal em linha com as exigências das Nações Unidas

 

A Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) revelou que, para além de estar a estudar a criação de um regime disciplinar dedicado ao pessoal de direcção e chefia, irá tomar como referência a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção para aumentar a eficácia do combate aos crimes cometidos no exercício de funções públicas.

“Tomando como referência as exigências estabelecidas na Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, o Governo da RAEM irá aperfeiçoar as disposições de responsabilidade penal associadas aos crimes funcionais, para que o sistema jurídico-penal apresente, junto dos trabalhadores dos serviços públicos, uma maior eficácia no âmbito do combate e dissuasão dos crimes cometidos no exercício de funções públicas”, pode ler-se na resposta a uma interpelação do deputado Leong Sun Iok, assinada pelo director dos SAFP, Kou Peng Kuan.

Na missiva dirigida ao Governo, o deputado recordou o caso de corrupção que envolveu a detenção, entre outros, do ex-director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), Li Canfeng, por suspeitas prática dos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.

“Os vários casos de corrupção na área das obras públicas envolveram altos dirigentes e são de relevante interesse público, portanto, para evitar que se repitam, o Governo tem de rever, de forma aprofundada, os trabalhos nesta área, sobretudo dos assuntos de terras e concessões públicas, identificando as falhas e colmatando as lacunas”, disse na altura Leong Sun Iok.

Tendo em conta o objectivo definido nas LAG para 2022 de iniciar o processo legislativo do regime disciplinar dedicado às chefias, os SAFP apontam que uma das principais questões se prende com o facto de, actualmente, os processos disciplinares serem “conduzidos pelas próprias entidades”, dando azo a que “infracções disciplinares idênticas ou semelhantes venham a ser objecto de diferentes sanções disciplinares”.

Escolhidos a dedo

Sobre as dúvidas levantadas por Leong Sun Iok acerca dos critérios de selecção e nomeação de dirigentes de cargos públicos, os SAFP apontaram que o Governo tem aplicado o princípio “selecção de pessoas com qualidades adequadas” e respeitado as disposições complementares do estatuto do pessoal de direcção e chefia, determinando que o recrutamento é feito por escolha, através de apreciação curricular.

Isto, tendo também em consideração tratar-se de “indivíduos de reconhecida idoneidade cívica, possuidores de habilitações compatíveis com o cargo” e experiência profissional que satisfaça os requisitos de admissão na Administração Pública.

Sobre a elevação da capacidade de gestão dos funcionários públicos, os SAFP indicaram a realização de acções de formação destinadas a trabalhadores de diferentes níveis, reiterando que a ética e a conduta dos trabalhadores estão no topo das prioridades.

“O Governo da RAEM tem atribuído elevada importância à ética e à conduta dos trabalhadores dos serviços públicos, bem como à sua consciência de integridade e cumprimento da lei, e tem organizado, de forma permanente acções de formação para os trabalhadores após o seu ingresso nos serviços públicos ou para efeitos de acesso nas suas carreiras”, pode ler-se na resposta dos SAFP.

22 Fev 2022

Beijing 2022 | Ho Iat Seng elogia transparência e autoconfiança chinesa

O Chefe do Executivo enviou uma mensagem a congratular os atletas da China pelo desempenho nos Jogos Olímpicos de Inverno e afirmou que as conquistas conduziram o país à entrada numa “nova era” desportiva

 

O Chefe do Executivo considera que os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim mostraram a China como “um país transparente, próspero, aberto e esperançoso” e transmitiram “a autoconfiança chinesa” ao mundo. A mensagem foi enviada por Ho Iat Seng à comitiva nacional de atletas que conquistou nove medalhas de ouro, quatro de prata e duas de bronze nas mais recentes olimpíadas de Inverno.

No cômputo geral, a China ficou no terceiro lugar do medalheiro, o que valeu rasgados elogios do líder do Governo da RAEM: “Os atletas nacionais mostraram determinação e esforço, nas várias competições, com verdadeiro sentido de missão e alcançaram excelentes resultados”, destacou Ho.

Segundo o Chefe do Executivo, a prestação, que disse ser a melhor de sempre ao nível de desportos de Inverno, “é uma honra para a Pátria e para a população chinesa”.

Por outro lado, o Chefe do Executivo apontou que a comitiva dos atletas “difundiu o espírito desportivo da China e olímpico”, “mostrou o estilo característico dos desportos de Inverno” e contribuiu “para uma organização de excelência, extraordinária e espectacular dos Jogos Olímpicos”. Face a estes desenvolvimentos, Ho vincou que as olimpíadas marcaram a entrada do “País numa nova era nas modalidades desportivas de Inverno”.

Lições para Macau

Ainda de acordo com o Chefe do Executivo, “a glória que os atletas nacionais trouxeram para o país, os excelentes resultados nas competições, bem como o seu espírito de empenho para a realização de um sonho” contribuiu para “o orgulho dos compatriotas da RAEM pela nação”, para “revigorar o espírito nacional” e “inspirar o sentimento patriótico” dos residentes.

Em Macau, os resultados dos Jogo Olímpicos são ainda vistos pela classe política como “uma poderosa força motriz para a união da RAEM na concretização da revitalização da nação chinesa”.

Ho Iat Seng exortou ainda o território a aprender com os atletas olímpicos chineses e a avançar para o futuro sem medo: “A RAEM irá aprender e espalhar o espírito dos atletas nacionais, ou seja, não ter medo das dificuldades”, atirou. Além disso, o Chefe do Executivo prometeu que a RAEM vai “ousar desafiar-se e superar os seus limites, bem como aproveitar a oportunidade gerada pelos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, para acelerar o desenvolvimento do desporto e da indústria desportiva em Macau”.

22 Fev 2022

Lei do jogo | Au Kam San preocupado com subsistência de casinos-satélite 

Au Kam San questionou, nas redes sociais, a continuação dos casinos-satélite, após a implementação da nova lei do jogo. Para o ex-deputado, o contexto de redução do jogo VIP e dos promotores de jogo deixa pouca margem de manobra para as operações destes espaços

 

São muitas as críticas que o ex-deputado à Assembleia Legislativa (AL), Au Kam San, deixa à proposta de lei do jogo, actualmente em discussão na especialidade, sobretudo no que diz respeito ao espaço destinado aos casinos-satélite.

Na sua visão, estes espaços de jogo “podem ou não continuar a funcionar pois não dependem de uma lei rigorosa, nem da Administração”. Tendo em conta que as alterações legislativas na China “estrangularam o funcionamento das salas VIP, qual o espaço de subsistência que os casinos-satélite vão ter? Isto é essencial”, questionou.

A actual proposta de lei determina que os casinos-satélite só poderão funcionar nas instalações das concessionárias de jogo às quais estão ligados, sendo que esta medida deverá afectar, em grande parte, a Sociedade de Jogos de Macau. Esta tem sido, aliás, uma das principais matérias debatidas pelos deputados nas reuniões da comissão permanente encarregue de analisar este diploma.

Para Au Kam San, caso a concessionária coloque estes espaços de jogo em hotéis integrados nas suas propriedades, pode contratar junkets para a operacionalização das mesas de jogo, evitando pagar comissões ou ter lucros partilhados na sua gestão.

Demasiado rápido

O antigo deputado, ligado ao campo pró-democracia, entende que as alterações previstas na proposta de lei foram apresentadas sem cuidado e que o Governo já tinha um plano prévio antes de apresentar esta proposta aos deputados.

“O relatório relativo à consulta pública foi publicado em pouco tempo e a proposta de lei foi tornada pública imediatamente depois disso. Isso significa que a consulta pública não passou de uma formalidade e que o seu resultado não importa, pois o Governo já teria um plano determinado antes de lançar as alterações”, defendeu Au Kam San.

O antigo deputado lembrou que a proposta de alteração à lei do jogo deveria ter sido tornada pública em 2020 ou mesmo antes, a fim de se concluírem os trabalhos de apreciação antes do final da VI Legislatura da AL. No entanto, o Executivo acabou por adiar o lançamento da consulta pública e esta só aconteceu em Setembro do ano passado. A entrega do diploma para a análise em sede de Conselho Executivo e a sua apresentação ao hemiciclo ocorreria em pouco tempo, apontou.

“A apresentação tão rápida da proposta de lei do jogo significa que esta pode não ter sido elaborada de forma cuidada, por isso espera-se que venha a ser melhorada. Na verdade, tendo em conta a minha experiência como deputado ao longo de tantos anos, as propostas de lei apresentadas pelo Governo têm sempre pouco qualidade e, quando analisadas pelos assessores jurídicos, são sempre detectadas muitas falhas.” Para Au Kam San, a proposta de lei do jogo não será, por isso, uma excepção.

21 Fev 2022

AL | Coutinho quer que idosos possam manter postos de trabalho 

O deputado José Pereira Coutinho quer debater no hemiciclo o direito de permanência dos idosos nos postos de trabalho, mesmo que atinjam a idade da reforma, tendo em conta a lei em vigor. O deputado denuncia a existência de discriminação no mercado laboral face à saída destas pessoas

 

José Pereira Coutinho vai apresentar na Assembleia Legislativa (AL) uma proposta de debate sobre o direito de escolha dos idosos em permanecerem nos seus postos de trabalho, quer seja na Função Pública ou no sector privado. Na nota justificativa, o deputado considera existirem cenários de discriminação e pede ao Governo que seja reforçado, neste aspecto, o regime jurídico de garantias dos direitos e interesses dos idosos.

No âmbito desta lei, “os idosos com idade igual e superior a 65 anos de idade, e que possuam capacidade de trabalho, devem ter o direito fundamental e legal de escolha de continuarem a trabalhar”. Desta forma, deve “clarificar-se o actual regime jurídico dos direitos e interesses dos idosos quanto ao seu direito fundamental de escolha de permanência no seu posto de trabalho”, defende o deputado.

Para Pereira Coutinho, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) deu “um passo tímido” ao criar um balcão de atendimento destinado a proporcionar serviços de emprego aos mais velhos.

No entanto, o deputado entende que devem ser “eliminadas todas as práticas discriminatórias, como a ‘forçada’ desvinculação do trabalho na Função Pública e no sector privado pelo facto de se atingir a idade de 65 ou 60 anos de idade. [Há também discriminação] na nova contratação desses idosos”.

Exemplos de fora

José Pereira Coutinho apresenta ainda o exemplo do que se passa em vários países europeus e asiáticos, incluindo Japão e Singapura, onde “idosos mais experientes” continuam a assumir cargos de liderança. “A troca de experiências entre gerações é muito importante, mas também requer uma boa coordenação por parte do empregador.”

No caso de Macau, existe “um crescente envelhecimento da população e a esperança média de vida é cada vez mais elevada, o que faz com que muitos idosos com idade igual ou superior a 65 anos pretendam, de livre vontade, continuar a trabalhar, e muitas vezes são cargos exercidos ao longo da vida”.

Ainda em matéria de actuação governativa, o autor desta proposta de debate recorda a colaboração da DSAL com o Instituto de Acção Social e com o Fundo de Segurança Social “no sentido de incentivar as entidades empregadoras para manterem os trabalhadores idosos, através da atribuição de prémios aos melhores trabalhadores séniores”. Neste contexto, “foram também feitos vários vídeos promocionais de empregabilidade da população idosa sob o lema ‘Força da terceira idade’, com o intuito de fomentar a ideia de que os idosos podem continuar a ser úteis à sociedade”.

21 Fev 2022

Fórum Macau | Secretário-geral reúne com Wong Sio Chak

O recém nomeado secretário-geral do Fórum Macau, Ji Xianzheng, reuniu na última quinta-feira com Wong Sio Chak, secretário para a Segurança.

Segundo uma nota de imprensa, Ji Xianzheng agradeceu o apoio desta tutela do Governo para a realização das próximas conferências ministeriais do Fórum. Além disso, o responsável adiantou que o Fórum Macau “continuará a aproveitar, em articulação com o Segundo Plano Quinquenal da RAEM, as oportunidades emergentes através da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e em particular, da construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”.

A ideia é “elevar a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa a um novo patamar e dar maior contributo para a diversificação adequada da economia de Macau”. Por sua vez, Wong Sio Chak “manifestou disponibilidade para continuar a dar apoio e coordenação aos trabalhos do Secretariado Permanente [do Fórum]”.

20 Fev 2022

Pandemia | Chefe do Executivo destaca circulação normal com Zhuhai

Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, reuniu na sexta-feira com Lu Yuin, secretário do comité municipal de Zhuhai do Partido Comunista Chinês (PCC), tendo dito que, mesmo em cenário de pandemia, “as duas cidades têm mantido a circulação entre si normal, registando um número médio de mais de 300 mil pessoas diariamente nos postos fronteiriços”.

Ho Iat Seng disse também que o objectivo é manter a comunicação e coordenação no que diz respeito às medidas de controlo da pandemia, a fim de “garantir a normalidade e segurança do movimento entre os postos fronteiriços de Macau e Zhuhai”.

Sobre a Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin, Ho Iat Seng diz que a sua construção “começou de forma positiva e decorre num ritmo ideal”. Tendo em conta que Macau “registou uma redução no número de turistas, o que teve um impacto na economia”, existe agora a “necessidade de impulsionar a cidade de forma mais activa, para garantir o desenvolvimento da diversificação adequada da economia”, referiu Ho Iat Seng.

Este agradeceu o apoio concedido por Zhuhai “no crescimento das indústrias em Hengqin, o que tem contribuído para diversificar a economia de Macau”, além de que a cidade chinesa vizinha “ tem assegurado o abastecimento diário de alimentos frescos e vivos assim como produtos agrícolas, a fim de manter a estabilidade do mercado de Macau”.

Lu Yuin garantiu que Zhuhai “continuará a insistir na boa realização dos trabalhos de prevenção e controlo mútuo [da pandemia], destacando as indústrias como um dos pontos importantes do desenvolvimento de Zhuhai, nos próximos anos”. Trata-se de algo que irá servir “para consolidar o próprio crescimento [de Zhuhai] bem como melhor apoiar a diversificação económica” de Macau.

20 Fev 2022

“Jurisdição geral” de Pequim essencial para “novo capítulo” em Macau, diz Gabinete de Ligação

O Gabinete de Ligação do Governo chinês em Macau sublinhou a defesa da “jurisdição geral” de Pequim como o primeiro de quatro pontos para “escrever um novo capítulo” na aplicação do princípio ‘um país, dois sistemas’ no território.

O diretor do Gabinete, Fu Ziying, adiantou que para assegurar que o princípio ‘um país, dois sistema’ é implementado na “direção certa e de forma correta, estável e sustentável” é ainda necessário “defender a ordem constitucional” tal como definido na Constituição da China e na Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau [RAEM], bem como “salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento” chinês, bem como esta é uma “conclusão importante tirada da experiência histórica desde o retorno de Hong Kong e Macau à pátria”, de acordo com um comunicado hoje enviado à Lusa.

O responsável, que falava numa receção organizada pelo Gabinete por ocasião da festa da primavera, defendeu também a necessidade de “consolidar a base do desenvolvimento de Macau”, esperando que “todos possam promover o desenvolvimento saudável e ordenado do setor do jogo, explorar ativamente o desenvolvimento de indústrias diversificadas, tentar formar um enquadramento industrial razoável”, uma vez ultrapassado o impacto da pandemia da covid-19 que “ainda existe”.

É ainda fundamental “aproveitar bem as vantagens únicas de Macau”, que é “uma ponte de ligação entre o Oriente e o Ocidente, aberta ao mundo exterior, e tem desempenhado um papel de portal na abertura da China nos dois sentidos”, afirmou.

O diretor do Gabinete de Ligação destacou uma participação ativa nas iniciativas chinesas ‘Uma Faixa, Uma Rota’, a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin [ilha da Montanha] “para dar um novo vigor à prosperidade e estabilidade a longo prazo de Macau, e contribuir para a reunificação nacional e o rejuvenescimento da nação chinesa”.

Neste desígnio, Fu Ziying considerou ser “preciso promover a passagem do patriotismo de geração em geração”, esperando que todos possam continuar a consolidar, promover e transmitir a tradição, alcançar a unidade mais ampla sob a bandeira de ‘amar a Pátria, amar Macau e apoiar o Partido Comunista da China'”.

Na mesma ocasião, o chefe do executivo de Macau, Ho Iat Seng, disse que 2021 “foi um ano manifestamente invulgar”, dominado pelas ações de prevenção e controlo da pandemia da covid-19 e as de recuperação sócio-económica.

Este ano “traz novas oportunidades e também novos desafios” que devem levar a “novas ações e criar novos cenários”, salientou.

18 Fev 2022

Ho Iat Seng empenhado em garantir herança cultural macaense

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, garantiu ontem que o Governo irá continuar a assegurar a herança cultural da comunidade macaense que apelidou de “valiosa”, assim como respeitar os seus costumes, língua e a religião.

“O Governo da RAEM continuará a apoiar o desenvolvimento da comunidade macaense em vários sectores locais, a respeitar a sua língua, cultura, religião e costumes e a garantir a herança cultural macaense, uma característica valiosa de Macau, transformando Macau numa base de intercâmbio e cooperação que, tendo a cultura chinesa como predominante, promove a coexistência de diversas culturas”, sublinhou ontem o Chefe do Executivo perante representantes da comunidade que marcaram presença na Festa da Primavera.

Além disso, Ho Iat Seng agradeceu a “lealdade” e o contributo de macaenses e portugueses para Macau possa “avançar apesar das dificuldades” e continuar a ser “uma cidade turística segura e apropriada para visitar”.

“A comunidade macaense como parte integrante relevante da população de Macau, tem desempenhado as suas funções com total lealdade e empenho em diferentes postos de diversos sectores, dando o seu contributo para que Macau continue a ser uma cidade turística segura e apropriada para visitar”, começou por dizer.

“Aproveito esta ocasião para expressar os meus sinceros e profundos agradecimentos à comunidade macaense e aos portugueses, que aqui residem, pelo apoio e colaboração dada ao Governo da RAEM”, concluiu.

Erguer pontes

No contexto da diversificação da economia de Macau, da prevenção da pandemia e da promoção do bem-estar da população previstas nas Linhas de Acção Governativa para 2022, Ho Iat Seng vincou ainda o papel que a comunidade macaense pode ter nas ligações com países de língua portuguesa.

“Temos de ter confiança de que podemos enfrentar os desafios, ultrapassar as dificuldades e aproveitar todas as oportunidades de desenvolvimento, designadamente, estreitar as relações com os Países de Língua Portuguesa, tendo em conta o posicionamento de ‘um centro, uma plataforma e uma base’, sublinhou o Chefe do Executivo.

Com o mesmo pano de fundo, Ho deu ainda nota para a construção da zona de cooperação aprofundada em Hengqin “para uma melhor integração na conjuntura do desenvolvimento nacional” e para materializar “um novo capítulo da implementação bem-sucedida do princípio “um país, dois sistemas”.

18 Fev 2022

Aliança do Povo quer mais edifícios com conselhos de condomínio

O chefe dos assuntos do Centro dos Serviços de Edifícios Comunitários, da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau, Yuan Hanjun, defendeu que o Governo deve sensibilizar a população para criar mais conselhos de condomínios. Isto, quando um dos principais problemas se prende essencialmente com o facto de ser raro existirem conselhos de condomínios em edifícios baixos, dado que essas fracções estão maioritariamente arrendadas.

“A divulgação é insuficiente e a população tem a noção de que este assunto nada tem a ver consigo. Como consequência, deparamo-nos como situações em que nem é possível fazer a manutenção dos edifícios, nem o Governo está autorizado a intervir”, justificou ontem o responsável à margem da apresentação do balanço dos trabalhos da associação em 2021.

Sobre a dificuldade em criar conselhos de condomínio em edifícios baixos, Yuan Hanjun explicou que tal acontece porque “é difícil contactar os proprietários das fracções arrendadas”. “Basicamente, a criação de conselhos de condomínios em edifícios baixos não é aprovada porque não é possível recolher metade das assinaturas dos proprietários”, acrescentou.

Malditas infiltrações

Yuan Hanjun referiu ainda que ao longo do ano passado apoiou vários edifícios na criação de uma entidade de administração e que, a maior parte dos proprietários revelaram ter pouco conhecimento sobre o trabalho dos conselhos de condomínios.

“Alguns proprietários acham que os administradores dos conselhos de condomínios são remunerados para desempenhar o cargo, mas a maioria fá-lo de forma voluntária”, vincou.

Quanto ao trabalho efectuado em 2021, Yuan Hanjun revelou que a Aliança do Povo de Instituição de Macau acompanhou cerca de 1.000 pedidos de ajuda dos moradores, entre os quais, 160 estavam relacionados com problemas de infiltração de água e entupimento de esgotos.

Por isso mesmo, o responsável defendeu que deve ser criada legislação específica para tratar de disputas de infiltração. Isto, dado que o agendamento para a verificação deste tipo de situações por parte do Instituto de Habitação (IH) “é lenta”, podendo passar-se um ano sem que o problema seja resolvido.

18 Fev 2022

Lei do jogo | Deputados pedem clarificação sobre segurança nacional

O conceito de ameaça à segurança nacional não vem definido na lei e os deputados querem perceber em que condições é que as concessionárias podem ser consideradas uma ameaça e verem rescindidos os contratos

 

Os deputados da 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa querem explicações sobre o que se entende como “ameaça à segurança nacional e da RAEM”. Em causa, está o artigo da futura Lei do Jogo que permite ao Governo retirar as concessões do jogo às empresas, sem o pagamento de qualquer compensação.

“Segundo a lei, o contrato para a exploração do jogo com as concessionárias pode ser rescindido sem qualquer pagamento, se for considerado que as concessionárias representam uma ameaça à segurança nacional ou à RAEM”, afirmou Chan Chak Mo, presidente da comissão.

“Mas, como é que é considerado que uma concessionária é uma ameaça à segurança nacional? Os critérios para fazer essa consideração não estão definidos”, começou por explicar o deputado. “Portanto, como é que sabemos que foi praticada uma ameaça à segurança nacional? Será que é o Chefe do Executivo que decide? E com base em quê? Em indícios ou porque foi provado que a concessionária violou as disposições da lei da segurança nacional? Temos de perguntar ao Governo”, acrescentou.

A rescisão do contrato sem pagamentos às empresas pode ser feita também nas situações em que se considera que falta idoneidade. No entanto, este critério é claro para os deputados, porque vem definido num artigo do diploma.

Trabalhador pagador

Os deputados estão ainda preocupados com a proposta do Governo que obriga os administradores das concessionárias, mesmo que não sejam accionistas, a assumirem a responsabilidade “por todas as dívidas”.

“Segundo a proposta, os administradores são solidariamente responsáveis pelas dívidas das concessionárias, inclusive das fichas em circulação”, indicou Chan Chak Mo. “Que a empresa tenha de assumir as dívidas, assim como os accionistas, tudo bem, é compreensível. Agora, que o membro tenha de assumir igualmente as responsabilidades parece-nos demasiado rigoroso”, queixou-se. “O administrador não é sócio da empresa, é apenas um trabalhador”, justificou.

Para os deputados, é assim preocupante que um administrador de uma empresa tenha de assumir responsabilidades por dívidas que podem levar mais de 15 anos a prescrever. “Segundo o Código Civil de Macau as dívidas têm um prazo de 15 anos de validade. Será que o trabalhador durante esse prazo vai ter de assumir essas responsabilidades? E será que é viável?”, questionou.

Depois de cinco dias a fazer uma primeira análise à lei do jogo, a comissão vai agora elaborar uma lista com as perguntas para serem levantadas junto dos representantes do Governo. Esta fase deve demorar cerca de uma semana, e depois há a esperança que possam ser realizadas as reuniões com os representantes do Executivo, o que se espera que aconteça no próximo mês.

18 Fev 2022

Secretário recusou aviso sobre escutas à posteriori

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, considera que as autoridades não têm de informar as pessoas escutadas no âmbito da Lei de Intercepção das Comunicações, e afirma que Portugal também não informa os visados. A posição foi tomada esta semana, através de um comunicado publicado no portal do secretário.

A questão está longe de ser consensual, e apesar da nova lei ter sido aprovada em Dezembro do ano passado, foram vários os deputados que sugeriram uma supervisão acrescida sobre as escutas. Entre os deputados, houve igualmente quem pedisse para ser um criado um mecanismo para que as pessoas fossem informadas que tinham sido escutadas, depois de concluídas as investigações, e que fosse publicada informação regular sobre as escutas realizadas.

Durante as discussões, Wong Sio Chak afirmou que os dados sobre as escutas são competência do Ministério Público. Porém, esta semana, voltou a mencionar o assunto. E segundo o secretário para a Segurança, Macau não tem de informar os escutados porque essa também não é a prática de Portugal, em que o sistema se inspira.

“Este é o caso de Portugal, em que no regime em vigor neste país não há qualquer disposição de notificação posterior à aplicação da medida. A aplicação da medida de intercepção de comunicações é previamente apreciada e autorizada pelo juiz, e antes de ser requerida ao juiz, a respectiva legalidade é apreciada pelo Ministério Público, pelo que não é prevista a necessidade de qualquer notificação posterior”, afirmou Wong Sio Chak. “O regime de escutas telefónicas vigente em Macau inspirou-se no regime de Portugal, pelo que actualmente também não se prevê qualquer notificação após a aplicação da medida”, é acrescentado.

Tudo protegido

Por outro lado, o secretário defendeu que nos casos em que um juiz considera que as escutas foram ilegais, que as pessoas são informadas, desde que a investigação não fique ameaçada, para poderem desencadear os mecanismos legais.

Apesar de a nova lei ter aumentado os poderes e as situações em que as escutas podem ser aplicadas, com o alargamento do número de crimes, Wong Sio Chak considera que os direitos dos cidadãos ficaram mais protegidos.

18 Fev 2022

Ambiente | Lei Chan U preocupado com abate de motos

O deputado elogia o programa para subsidiar o abate das motos mais poluentes, mas quer saber quais os planos do Governo para lidar com os veículos abatidos. A reciclagem das baterias dos veículos eléctricos, que têm um ciclo de vida de cinco a oito anos, é outra das questões a ter de ser resolvida

 

Lei Chan U está preocupado com as consequências do programa que subsidia o abate de motos, aquando a compra de motos eléctricas. Para o deputado, o território corre o risco de não ter espaço para guardar os veículos abatidos, nem capacidade para lidar com as baterias eléctricas descartadas.

Segundo o programa apresentado no início da semana, na compra de uma moto eléctrica, o Governo subsidia o abate da moto antiga. No entanto, a viatura para abate tem de ter mais de 12 anos e oito meses e estar em circulação, ou seja, matriculada. O valor do subsídio é de 3.500 patacas. Os cálculos das autoridades apontam que a medida vá resultar num abate de 2.550 a 7.650 motos.

Contudo, o número é considerado preocupante para Lei Chan U, deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). “Nos últimos anos, o número de viaturas abatidas em Macau cresceu de forma dramática, e muitos dos lugares de estacionamento do Governo para guardar os veículos abatidos ou retirados das ruas estão cheios”, justificou o legislador, numa interpelação escrita.

Lei recorda que nos últimos anos foi estabelecido um mecanismo para que Macau enviasse viaturas abatidas para o Interior, mas que o número de veículos mandado para o outro lado da fronteira “nunca foi satisfatório”.

Por isso, considerou que o projecto piloto ficou aquém das expectativas.
Assim, o deputado questionou se o Executivo fez um planeamento sustentável sobre o impacto do programa e da capacidade para lidar com os veículos acumulados.

Das baterias

Além das viaturas abatidas, outro problema para Lei Chan U passa pelas baterias. Segundo os dados citados pelo deputado, uma bateria de um veículo eléctrico tem uma vida que dura de cinco a oito anos.

Contudo, com a tecnologia dos veículos eléctricos a acumular anos, surgem problemas por todo o mundo sobre o que fazer com as baterias descartadas. Lei aponta o exemplo do Interior onde só em 2020 cerca de 200 mil toneladas de baterias foram descartadas, sem que houvesse a preparação necessária para lidar com este tipo de lixo.

O deputado aponta que se as baterias não forem tratadas podem tornar-se uma fonte de poluição. Neste contexto, Lei Chan U pede ao Executivo de Ho Iat Seng que revele os seus planos para lidar com as baterias que daqui a uns anos vão ser descartadas na RAEM.

Apesar das questões levantadas na interpelação escrita, Lei Chan U considera que a iniciativa do Governo é positiva e um passo em frente na direcção correcta de protecção do ambiente.

18 Fev 2022

Fórum Macau | Secretário-geral aposta em Hengqin para reforço de cooperação

O Fórum Macau vai aproveitar as oportunidades “da construção da zona de cooperação aprofundada em Hengqin” para consolidar “o intercâmbio e a cooperação” entre China, Macau e países lusófonos, disse ontem o secretário-geral.

O Fórum vai “concentrar os seus trabalhos nas vertentes de cooperação no combate à pandemia e promoção da recuperação económica” através das “oportunidades emergentes” da iniciativa chinesa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e “em particular, da construção da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin” [ilha da Montanha], afirmou Ji Xianzheng, durante um encontro com jornalistas.

O responsável sublinhou que a pandemia da covid-19 mostrou que “o vírus não respeita fronteiras e que toda a humanidade tem um futuro compartilhado para o bem e para o mal”.

Perante questões e desafios globais, “a única resposta correcta” é prosseguir “os princípios de abertura e inclusão, negociação e cooperação”, bem como defender o multilateralismo, “promovendo pró-activamente a construção de uma comunidade de partilha humanística”, declarou Ji Xianzheng.

No cargo desde 10 de Janeiro, o diplomata chinês desempenhou anteriormente funções como subdirector-geral do Departamento de Assuntos Europeus do Ministério do Comércio chinês, foi conselheiro económico e comercial da Embaixada da China em Espanha até maio de 2014, tendo depois ocupado a mesma posição na Embaixada chinesa na Venezuela.

O lugar de secretário-geral do Fórum de Macau estava por preencher desde Setembro de 2020, quando Xu Yingzhen cessou funções. Dois meses depois, a diplomata foi nomeada embaixadora chinesa em São Tomé e Príncipe.

17 Fev 2022

Salas VIP | Coutinho quer Governo a negociar absorção de desempregados

O deputado José Pereira Coutinho quer que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) tomem a iniciativa de negociar com as concessionárias a absorção dos trabalhadores despedidos das Salas VIP.

Segundo o deputado, após serem despedidos das salas VIP do grupo Suncity de forma “camuflada”, muitos trabalhadores ficaram “num impasse”, pois a entidade patronal não emitiu o comprovativo de despedimento, deixando assim os funcionários impedidos de encontrar novo emprego, de pedir à Suncity salários em falta, o fundo de previdência e a indemnização por despedimento.

“Alguns trabalhadores consideram que o trabalho recomendado pela DSAL é completamente incompatível com a sua área profissional (…) a solução do Governo deve ser mais concreta, nomeadamente, exigir às concessionárias que ‘absorvam’ os trabalhadores desempregados das salas VIP, permitindo assim que estes continuem a potenciar a sua preciosa experiência, e superem as dificuldades acarretadas pelo desemprego e pela pandemia”, apontou Pereira Coutinho.

Além disso, o deputado sugeriu ainda que o Governo considere adiantar o pagamento de salários, indemnizações e do fundo de previdência através da utilização de montantes afectos aos 18 fundos públicos.

17 Fev 2022

Deputados prontos para aprovar lei de fusão de fundos educativos

A 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa terminou a discussão das alterações ao Regime de Ensino Superior, que vai fundir os Fundo do Ensino Superior, Fundo de Desenvolvimento Educativo e o Fundo de Acção Social Escolar. O parecer dos deputados foi assinado ontem, depois de mais uma reunião para discutir as alterações propostas.

“A comissão concordou com o objectivo da legislação, ou seja, a integração destes três fundos na área educativa,” afirmou Vong Hin Fai, presidente da comissão.

Por outro lado, o deputado reconheceu que até ontem ainda não tinha sido revelado o futuro nome do fundo. Só mais tarde a denominação vai ser apresentada à população. A questão deverá ser dada a conhecer através de regulamento administrativo. Todavia, o presidente da comissão garantiu que o futuro conteúdo dos regulamentos já mereceu a análise dos legisladores, no seio da discussão da comissão.

“Os trabalhos sobre os regulamentos administrativos relevantes estão a decorrer, o que sugere que a proposta vai entrar em vigor a 1 de Junho”, explicou o presidente da comissão sobre o andamento dos trabalhos. “Esse prazo dá ao Governo um período de 60 a 90 dias para elaborar os regulamentos administrativos”, acrescentou.
Antes da lei entrar em vigor ainda tem de ser votada na especialidade, artigo a artigo, no Plenário.

Supervisão crucial

Sobre a análise ao diploma, Vong Hin Fai realçou que o aspecto da supervisão dos fundos foi o que mais atenção recebeu.

Outro dos pontos a suscitar debate, foi o facto de a Escola Superior das Forças de Segurança de Macau ficar de fora dos regulamentos que se aplicam ao ensino superior. Porém, o Governo justificou que esta diferença reside no facto de a escola estar sob a tutela do secretário para a Segurança.

Além disso, a Escola Superior das Forças de Segurança de Macau tem uma estrutura, organização, financiamento definidos por regulamentos diferentes das demais instituições de ensino superior. Segundo Vong, a explicação do Executivo foi “bem aceite” pelos deputados.

17 Fev 2022

Ano Novo | Ho Iat Seng reitera confiança no futuro do país

O Partido, a Pátria e a Confiança no Futuro do País. São estes os eixos, segundo Ho Iat Seng, para a revitalização do navio gigante da “nação chinesa”, em que Macau deve participar para garantir a estabilidade e prosperidade

 

O Partido, a Pátria e a Confiança no Futuro do País. Foram estes os três eixos destacados por Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, na Festa da Primavera Oferecida pelo Gabinete de Ligação do Governo Central.

Num discurso em que o contexto nacional foi a principal tónica, Ho Iat Seng garantiu que os residentes se identificam com o Partido Comunista e reconhecem a sua autoridade. “Os residentes de Macau têm os seus sentimentos de identidade com o Partido Comunista da China, de pertença à grandiosa Pátria e de orgulho em ser chinês reforçados e estão cheios de confiança no desenvolvimento futuro”, afirmou Ho Iat Seng.

O Chefe do Executivo considerou ainda que o mundo viveu mudanças “sem precedentes nos últimos cem anos” e que “a grande Pátria é o firme respaldo de Macau para garantir a estabilidade e prosperidade duradouras”.

Em sintonia com o discurso do Governo Central, Ho Iat Seng deixou muito claro que “a grande revitalização da nação chinesa” é imparável. “Independentemente das mudanças a nível internacional, o navio gigante ‘Zhonghua’ irá decerto navegar corajosamente e avançar rumo à grande revitalização da nação chinesa”, prometeu.

Ainda em relação ao ano que começa, Ho Iat Seng disse ser “crucial” para os objectivos da “nação chinesa” e que vai ficar marcado pela realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim e o 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Este último evento deverá acontecer no Outono e garantir a Xi Jinping um terceiro mandato.

Resultados positivos

Sobre o ano que passou, Ho Iat Seng indicou que foi “manifestamente invulgar”, contudo, apontou que devido à “firma liderança do Governo Central” os resultados foram positivos. “No ano que passou, com a firme liderança do Governo Central e o forte apoio da Pátria, o Governo da RAEM coordenou as acções de prevenção e controlo da epidemia com as de recuperação socioeconómica e promoveu a recuperação gradual da economia, o que contribuiu para um desenvolvimento social tendencialmente estável e positivo”, discursou.

Diante do Governo Central, Ho Iat Seng destacou ainda como triunfos da política local as eleições da 7.ª Assembleia Legislativa, em que foram excluídos pela primeira vez candidatos por motivos políticos, e o aperfeiçoamento contínuo do “regime jurídico da defesa da segurança nacional”. Estes dois aspectos foram ainda indicados como a concretização “plena” do “princípio Macau governada por patriotas”.

17 Fev 2022

Ho Iat Seng | Media em português e inglês ajuda a divulgar Macau e China

O Chefe do Executivo sublinhou que as vantagens dos órgãos de comunicação social em língua portuguesa e inglesa de Macau “são cada vez mais relevantes” para dar a conhecer Macau e a China ao mundo e manter contacto com residentes no estrangeiro. Ho Iat Seng disse ainda esperar que a comunicação social potencie as ligações com os países de língua portuguesa e agradeceu o contributo dado na prevenção da pandemia

 

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, disse ontem esperar que os ‘media’ em português e inglês do território possam “ajudar o mundo a conhecer melhor Macau e a China” e que as suas vantagens “são cada vez mais relevantes”.

Os órgãos de comunicação social (OCS) em língua portuguesa e inglesa de Macau têm levado notícias sobre “o desenvolvimento do Interior da China” tanto aos residentes a viver fora da cidade como aos “estrangeiros que estão atentos à situação de Macau”, disse o Chefe do Executivo, num almoço oferecido aos representantes de uma dezena de órgãos de comunicação social em língua portuguesa e inglesa do território.

“As vantagens do jornalismo português e inglês são cada vez mais relevantes no sector, e muitos residentes de Macau que se encontram no estrangeiro ou os estrangeiros que estão atentos à situação de Macau, adquirem informações da RAEM ou ficam a conhecer o desenvolvimento do Interior da China através da plataforma de notícias dos OCS portugueses e ingleses locais”, apontou.

Por isso mesmo, o Chefe do Executivo frisou esperar que os profissionais da comunicação social “continuem a potenciar as suas vantagens” e a aproveitar a presença num meio multicultural, multilínguístico e próximo da cultura chinesa para “potenciar as suas funções de ligação na Plataforma entre a China e Países da Língua Portuguesa” e na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.

Ho Iat Seng pediu ainda aos ‘media’, a divulgação de notícias, “de forma oportuna e correcta”, sobre a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, também conhecida como Ilha da Montanha.

“Neste novo ano, a cooperação entrou numa fase de implementação e desenvolvimento. Espero que o sector da comunicação social de Macau possa divulgar informações, de forma oportuna e correcta, sobre os recentes desenvolvimentos da Zona. Assim como, através de vários meios e de forma profissional, aprofundar o conhecimento da comunidade portuguesa e inglesa sobre as políticas e projectos da Zona de Cooperação Aprofundada, participando juntos na construção dos projectos”, disse Ho Iat Seng durante o discurso.

Elos de ligação

O Chefe do Executivo agradeceu ainda o papel que os órgãos de comunicação social em português e inglês têm tido na transmissão das informações oficiais sobre a prevenção da pandemia de covid-19.

Ho Iat Seng disse que os ‘media’ são um “elo” que permite ao Governo de Macau perceber “as necessidades e expectativas” das comunidades de língua portuguesa e inglesa e agradeceu aos profissionais pelo desempenho das suas funções.

“Os profissionais da comunicação social portugueses e ingleses são o elo entre as diversas comunidades e o Governo, profissionais e responsáveis, permitindo que o Governo possa inteirar-se, de forma integral, das necessidades e expectativas de diversos residentes, e que as acções governativas possam abranger todos os grupos da sociedade”.

16 Fev 2022

DSAL | Desempregados acusados de viverem “na zona de conforto”

Lei Lai Keng, chefe do Departamento de Emprego da Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), considera que os desempregados têm de “sair da zona de conforto”. As declarações foram prestadas ao jornal Ou Mun e têm como alvo os desempregados de junkets que não estão disponíveis para aceitar os trabalhos promovidos através da DSAL.

Segundo Lei Lai Keng, a DSAL, em conjunto com as concessionárias, conseguiu arranjar 1.890 vagas de trabalho para ex-empregados junkets, mas apenas 605 aceitaram as propostas. A responsável da DSAL revelou que a maior parte dos outros trabalhadores recusou os empregos, por não ter interesse nas posições oferecidas.

As críticas aos desempregados estão ainda ligadas a uma acção de promoção de vagas de trabalho junto de lojas livres de impostos, as chamadas duty free. Segundo Lei, numa feira de emprego promovida junto deste tipo de lojas, participaram 43 desempregados, mas só 21, menos de metade, aceitaram ir às entrevistas de emprego.

Os dados adiantados ao jornal, indicam também que depois das férias do ano novo chinês, a DSAL recebeu 2.621 pedidos de ajuda de indivíduos que trabalhavam em empresas junkets. Entre estes pedidos, 2.097, ou seja 80 por cento, estavam relacionados com candidaturas ao subsídio de desemprego.

16 Fev 2022