Habitação | Sugeridas mudanças no Iao Hon

O deputado Leong Hong Sai entende que o Governo deveria transformar o projecto de habitação intermédia no bairro do Iao Hon em habitação para troca, a fim de lá colocar moradores de sete prédios, cuja reconstrução está dependente da recolha de um número suficiente de assinaturas.

Segundo o Jornal do Cidadão, o deputado recordou as palavras de Raymond Tam, secretário para os Transportes e Obras Públicas, quanto à necessidade de analisar a necessidade de construção de habitação intermédia no edifício Soi Lei, no bairro do Iao Hon, junto aos referidos sete prédios. A ideia de ali construir habitação intermédia data do tempo em que Ho Iat Seng era Chefe do Executivo.

Leong Hong Sai defende que, se esse lote for usado para o projecto de habitação para troca, os proprietários das casas nos sete prédios não necessitam de esperar que estes sejam reconstruídos, podendo-se acelerar a renovação urbana do bairro do Iao Hon. O deputado referiu ainda as posições de alguns moradores, que dizem querer viver em habitações construídas e não em habitações de alojamento temporário, situadas no Lote P da Areia Preta, a uma maior distância dos sete prédios que necessitam de reconstrução.

10 Dez 2025

DSOP | Metade das obras mais caras atrasadas e com derrapagens

Dos 46 projectos com custo superior a 100 milhões de patacas, em execução este ano, 22 estão atrasados em relação ao prazo estabelecido na adjudicação e 23 têm derrapagens orçamentais, que podem chegar a 348 milhões de patacas. As maiores discrepâncias verificam-se na Zona A dos Novos Aterros

Ao longo deste ano, e até à passada sexta-feira, estavam em curso 46 obras públicas em Macau, que representam custos públicos a rondar os 43,53 mil milhões de patacas. Os dados mais recentes sobre a situação das obras com valor superior a 100 milhões de patacas da tutela de Transportes e Obras Públicas revela que, até à passada sexta-feira, se verificavam derrapagens no valor das obras na ordem de 0,8 por cento, o que equivale a cerca de 348 milhões de patacas.

Importa salientar que entre as 46 obras públicas, quatro estão em fase de obtenção de propostas, adjudicação ou contrato, e outras duas foram concluídas. As obras de fundações e caves do Edifício de Apoio ao Centro de Formação e Estágio de Atletas foram concluídas a 5 de Dezembro, enquanto a segunda fase da Empreitada de Construção de Viaduto na Rotunda da Amizade terminou no dia 25 de Novembro.

De acordo com os dados publicados pela Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP), as obras com maiores derrapagens de custos e de prazo de execução situam-se na Zona A dos Novos Aterros.

A maior discrepância ao nível do valor, 18,1 por cento, verifica-se na segunda fase da obra de assentamento de condutas de abastecimento de água nas vias públicas na Zona A, adjudicada à Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau por quase 172 milhões de patacas. O desvio no valor da obra ultrapassa os 31,1 milhões de patacas.

Outro exemplo de variações no valor e prazo das obras, é o projecto da galeria técnica e arruamentos no sul da Zona A, que foi adjudicado ao Consórcio de Tong Lei / Lei Seng, por quase 752 milhões de patacas, com prazo de execução de 541 dias úteis de trabalho. Segundo os dados da DSOP, o valor da obra sofreu uma derrapagem de 4,6 por cento, ou perto de 34,6 milhões de patacas. Também a execução da obra apresenta um atraso de 42 dias.

Tubarões e sardinhas

Entre as obras mais dispendiosas para o erário público, destaque para os segmentos norte e sul da Linha Leste do Metro Ligeiro. A obra do segmento norte, adjudicada ao Consórcio de CCECC (Macau)/Nam Kwong/China Railway por 4,47 mil milhões de patacas, apresenta uma derrapagem de 125,16 milhões de patacas. A boa notícia é que o prazo para concluir a obra, 1.350 dias úteis, está a ser cumprido.

No segmento sul da mesma linha, adjudicado ao consórcio formado pela China State, a Construção da China e Túneis Shanghai por 4,8 mil milhões de patacas, a derrapagem foi 4,8 milhões de patacas, enquanto a execução da obra regista um atraso de nove dias em relação aos 1.350 estabelecidos como prazo.

Em relação às 13 empreitadas de construção de edifícios de habitação económica na Zona A dos Novos Aterros, as obras que apresentam maiores discrepâncias no valor são as localizadas nos lotes A1 e A2. O primeiro projecto, adjudicado à CCECC (Macau) por quase 1,48 mil milhões de patacas está a decorrer sem atrasos, mas os custos derraparam 29,5 milhões de patacas.

No lote A2, obra adjudicada à Construção da China (Macau) por 1,57 mil milhões de patacas, a derrapagem orçamental vai quase em 25,1 milhões de patacas, com os trabalhos a decorrerem sem atrasos.

A Construção da China tem actualmente seis obras adjudicadas pelo Governo de Macau, relativas a três empreitadas para habitação económica na Zona A, uma em consórcio com a China State para o Novo hospital – Hospital de Reabilitação e outra com o Porto da China para o Aterro da Zona D. Também a empresa Soi Kun, do ex-deputado Mak Soi Kun, soma três adjudicações em consórcio para a construção de blocos de habitação económica na Zona A, à qual se junta a empreitada relativa ao Tribunal de Segunda Instância nos lotes C12 e C14 do Lago Nam Van.

10 Dez 2025

Formação profissional | Mais de 550 cursos em 11 meses

A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) diz ter organizado, em 11 meses (de Janeiro a Novembro deste ano), um total de 570 cursos de formação profissional, que contaram com a participação de mais de 10.670 formandos. Destaca-se o facto de apenas 3.780 pessoas terem obtido certificados de qualificação profissional reconhecidos não apenas em Macau, mas também no interior da China e até a nível internacional, refere a DSAL em comunicado.

De entre os cursos realizados, 271 estão relacionados com as indústrias associadas à política “1+4”, nomeadamente na área das finanças e “Big Health”, entre outras. Destes cursos relacionados com a política “1+4” saíram 5.270 formandos, sendo que mais de 1.680 obtiveram certificados de qualificação profissional.

A DSAL destaca que “os resultados da formação são significativos, promovendo-se, de forma contínua, a formação de quadros qualificados para as indústrias”. Foi criada, a 30 de Outubro deste ano, a “Plataforma Integrada de Formação Profissional”, que já disponibilizou mais de 100 cursos, “registando-se aproximadamente mil pessoas que utilizaram a Plataforma”, é referido.

10 Dez 2025

Grande Baía | Empresas do Brasil e Portugal de visita

Um total de 30 representantes de 24 empresas tecnológicas, instituições de ensino superior, incubadoras e associações do Brasil e de Portugal estiveram em Hengqin e no interior da China numa visita oficial que decorreu entre os dias 29 de Novembro e 7 de Dezembro, domingo.

Segundo uma nota oficial, o grupo visitou empresas tecnológicas e entidades governamentais da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, tendo estado representado, com um stand, na “Exposição Global de Máquinas e Produtos Eletrónicos de Inteligência Artificial”, realizada em Macau.

Esta visita contou com organização da Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), sendo que a delegação ganhou o nome de “Grupo de visita de estudo das empresas de inovação tecnológica dos países de língua portuguesa à Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. A visita passou, concretamente, pelas cidades de Zhuhai, Guangzhou, Dongguan e Shenzhen. Algumas das empresas representadas ganharam prémios no “Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para as Empresas de Tecnologia do Brasil e de Portugal” de 2024 e de 2025.

10 Dez 2025

Finanças | Secretário diz estar a optimizar plataformas e leis

O secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, declarou ontem que o Executivo está a trabalhar na optimização de plataformas e leis ligadas ao sector financeiro, a fim de o desenvolver. Um dos projectos prende-se com a melhoria, “de forma faseada”, da Central de Depósito de Valores Mobiliários de Macau (CSD), ligada ao mercado das obrigações, pretendendo-se, com isso, “aprofundar o serviço de rede e interligação com Hong Kong”.

O Governo diz também estar a avançar “com os trabalhos preparatórios da Lei de Valores Mobiliários, visando o aceleramento da criação de um mercado de obrigações que ‘sirva de ponte para o Interior da China e crie conexões com o mercado internacional’, de forma a responder melhor às necessidades de financiamento e investimento da Zona de Cooperação e da Grande Baía”, destacou o secretário num discurso proferido na cerimónia de abertura da 4.ª Edição do Fórum Financeiro da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau 2025, ocorrido ontem.

O governante acrescentou também que na área da gestão de fortunas, “a nova Lei dos Fundos de Investimento entrará em vigor no próximo mês, reforçando ainda mais as bases legais e o ambiente de desenvolvimento da indústria de fundos em Macau”. Quanto ao projecto da pataca digital, a “e-MOP”, foi já concluída a construção do sistema central, tendo sido realizados “testes de transacções em pequena escala, visando o aperfeiçoamento contínuo das infraestruturas financeiras digitais”, rematou o secretário.

10 Dez 2025

Conselho de Estado | Pedida maior participação da RAEM na abertura do país

Uma comitiva do Governo reuniu com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma para afinar as metas de Macau na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e na abertura do país ao mundo. Tai Kin Ip prometeu implementar “seriamente” os espíritos da 4.ª sessão plenária do 20.º Comité Central do PCC e dos “importantes discursos” de Xi Jinping

Representantes do Governo de Macau estiveram em Pequim na sexta-feira para uma reunião com dirigentes da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, um departamento executivo do Conselho de Estado, segundo um comunicado divulgado ontem pelo gabinete do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças, Anton Tai Kin Ip.

Na agenda de trabalho, esteve a colaboração de Macau na construção da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. O director-adjunto da comissão nacional, Zhou Haibing, começou por elogiar a RAEM, referindo que “Macau tem utilizado os seus pontos fortes para atender às necessidades nacionais, demonstrando um papel de participante proactivo” na iniciativa nacional. Zhou Haibing indicou também que o caminho de Macau passa por criar “uma imagem cultural mais atractiva no contexto da construção conjunta de ‘Uma Faixa, Uma Rota’, permitindo que Macau “desempenhe um papel mais significativo na abertura do país ao exterior”.

Estrela polar

Começando por destacar a importância de participar na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, Tai Kin Ip garantiu que “o Governo da RAEM implementará seriamente o espírito da 4.ª Sessão Plenária do 20.º Comité Central do PCC e o espírito dos importantes discursos do Presidente Xi Jinping”.

Em termos práticos, o governante local afirmou que o Executivo irá reforçar as funções de plataforma, assim como “o papel de ‘interlocutor de precisão’, ajudando melhor as empresas do Interior da China a expandirem-se ao exterior”.

Os vários departamentos do Executivo de Sam Hou Fai que participaram na reunião apresentaram à Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma os “progressos alcançados na participação e apoio de Macau à construção de ‘Uma Faixa, Uma Rota’”, que não foram especificados pelo Governo.

10 Dez 2025

Zonas históricas | Nick Lei duvida da eficácia dos projectos de revitalização

Nick Lei tem sérias dúvidas de que os projectos de revitalização das zonas históricas, a cargo das seis concessionárias de jogo e do Governo, tenham obtido resultados significativos e, como tal, pediu ao Executivo a divulgação dos objectivos pretendidos.

Numa interpelação escrita divulgada no sábado, o deputado ligado à comunidade de Fujian lembrou que os planos para os projectos de revitalização foram anunciados em 2023 e aponta que não se verificam grandes resultados. Recorde-se que as zonas intervencionadas são os Estaleiros de Lai Chi Vun, a Rua da Felicidade, a zona da Barra, os cais 23 e 25 do Porto Interior, a Avenida de Almeida Ribeiro, a Rua de Cinco de Outubro e a Fábrica de Panchões Iec Long.

Durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa da tutela da Economia e Finanças, Anton Tai Kin Ip apresentou um novo modelo de gestão para as zonas históricas, com as associações locais a ficarem responsáveis pelo planeamento de eventos e actividades que criem novas dinâmicas. Em relação a esta novidade, Nick Lei pede ao Governo para estabelecer os objectivos a alcançar.

O deputado considera que existe na sociedade um sentimento de que os recursos investidos nas zonas históricas não estão a corresponder às expectativas, sem conseguir atrair residentes ou turistas. Ainda assim, pergunta se o Governo está satisfeito com os resultados alcançados até agora.

Nick Lei pediu também a divulgação de um calendário relativo aos projectos, de médio-longo prazo incluindo detalhes sobre obras, reconstrução de estradas, restauro de construções históricas e decorações de rua.

9 Dez 2025

Sam Hou Fai defende que há cada vez mais apoios para a comunidade portuguesa

O Chefe do Executivo defende que o Governo tem dado cada vez mais apoio à comunidade portuguesa em Macau. As declarações terão sido prestadas durante um encontro entre o Chefe do Executivo e os representantes da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas da Assembleia da República Portuguesa, de acordo com a versão do Governo de Macau.

O encontro aconteceu na Sede do Governo na quinta-feira e, de acordo com o Gabinete de Comunicação Social, Sam Hou Fai destacou “o apoio, cada vez maior, do governo da RAEM no ensino da língua portuguesa, na transmissão da cultura e à comunidade portuguesa”. O Chefe do Executivo apontou ainda que estes “factos” “demonstram plenamente os alicerces consolidados de Macau na coexistência de culturas diversificadas, e a importância e respeito dados constantemente aos direitos, interesses, costumes e tradições da comunidade portuguesa em Macau”.

Esperança no futuro

Aos deputados de Portugal, que além de José Cesário incluíram Paulo Neves (PSD), Manuel Magno (Chega) e Catarina Louro (PS), o Chefe do Executivo afirmou ainda “esperar que as relações amigáveis entre Macau e Portugal continuem a avançar sob uma base sólida”.

Ainda durante o encontro, Sam Hou Fai considerou que “Macau tem implementado inabalavelmente o princípio ‘um país, dois sistemas»’ seguindo o regime jurídico continental europeu anteriormente existente, e mantendo inalterados o sistema capitalista e a maneira de viver, sob o enquadramento da Lei Básica”.

O Chefe do Executivo defendeu também “as vantagens institucionais de ‘um país, dois sistemas’, o forte apoio do Governo Central” e apontou ainda que depois da transferência Macau tem “alcançado êxitos notáveis a nível mundial nas áreas da económica, social, cultural e turística”.

9 Dez 2025

Visita | Secretários de Estado de Portugal ficaram por receber

De acordo com a CNN Portugal, o Governo liderado por Luís Montenegro acredita que a recusa de Sam Hou Fai se deve ao facto de a China estar desagradada com a transferência do ex-embaixador de Pequim, Paulo Jorge Nascimento, para a Etiópia

Um facto “estranho”. Foi desta forma que o Governo de Portugal encarou o facto de Pedro Machado e Hugo dos Santos, secretários de Estado portugueses, não terem sido recebidos oficialmente por Sam Hou Fai, na semana passada. A posição foi relatada pela televisiva portuguesa CNN, que acompanhou ao mais alto nível o encontro anual da Associação Portuguesa de Viagens e Turismo (APVT), realizado na RAEM, com a presença de Nuno Santos.

Segundo a versão do canal televisivo, os secretários de Estado tinham a expectativa de ser recebidos pelo Chefe do Executivo durante um “encontro formal”. Porém, as autoridades de Portugal foram informadas que Sam Hou Fai “não teve agenda” para o encontro com os secretários de Estado do Turismo e das Infra-estruturas.

E a ausência de encontro causou estranheza em Portugal, de acordo com a CNN, porque, na visão do Governo de Luís Montenegro, as relações com a China “são consideradas boas ou até muito boas” e terão saído reforçadas após a visita do primeiro-ministro à China, em Setembro.

Em Portugalm, acredita-se que a falta de agenda de Sam Hou Fai para receber os membros do Governo português se deve à insatisfação da República Popular da China com a forma como Portugal distribui o seu corpo diplomático.

Assuntos internos

De acordo com a informação da estação televisiva, a China ficou desagradada com o facto do ex-embaixador de Portugal em Pequim, Paulo Jorge Nascimento, ter sido mudado para a Etiópia, pelo Governo. Nascimento foi substituído recentemente por Manuel Cansado Carvalho, ex-cônsul de Portugal e Macau. Esta alteração por si não terá sido encarada como problemática pela China.

No entanto, a CNN Portugal aponta que a insatisfação se deve ao facto do Governo da República Popular da China encarar a transferência de embaixador em Pequim para a Etiópia como “uma falta de consideração”, porque aos olhos das autoridades chinesas um embaixador que saia de Pequim tem de ser colocado numa “chancelaria de primeira linha”.

O desagrado não se prende com o facto de o país em causa ser a Etiópia, mas antes por não ser colocado num posto que não está na primeira linha à luz dos interesses de Portugal.

À CNN Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal não se pronunciou sobre o movimento diplomático. No entanto, a estação aponta que a nomeação foi considerada “normal” dentro do ministério, mesmo que se reconheçam que as relações com a China são “especialmente delicadas” devido a questões como a guerra comercial e a invasão da Rússia pela Ucrânia.

Apesar da recusa em receber os secretários de Estado, Sam Hou Fai esteve reunido com uma comitiva de deputados portuguesas, liderada por José Cesário, ex-secretário de Estado das Comunidades e agora deputado.

9 Dez 2025

AMCM | Assinado acordo permanente com Banco Popular da China

A Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) assinou na sexta-feira um acordo com o Banco Popular da China para a troca de moeda entre renminbis e patacas. O documento assinado intitula-se “Acordo Permanente de Swap de RMB/MOP entre o Banco Popular da China e a Autoridade Monetária de Macau” e pretende dar “continuidade ao ‘Acordo de Swap de Moedas'” anteriormente assinado.

A nova versão estabelece a permanência do acordo “que não requer renovação periódica” e alargou-se o âmbito para 30 mil milhões para 50 mil milhões de RMB, ou de 34 mil milhões para 57 mil milhões de patacas.

O primeiro acordo assinado com o Banco Popular da China ocorreu a 5 de Dezembro de 2019, com validade de três anos. Foi feita uma primeira renovação no mesmo mês de 2022, mantendo-se os valores iniciais de 30 mil milhões de RMB e 34 mil milhões de patacas. A AMCM destaca que a renovação e actualização de valores “proporcionarão um apoio mais robusto à liquidez do RMB no mercado financeiro de Macau, facilitando a expansão dos negócios em RMB”.

9 Dez 2025

APOMAC | Associação recebeu comitiva de deputados de Portugal

Os dirigentes da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) pediram aos deputados portugueses uma política de amizade com a China e que as posições tomadas tenham em conta os interesses da população portuguesa em Macau

A Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) recebeu quatro deputados e membros da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e defendeu uma política de amizade com a China, a pensar nos portugueses que vivem em Macau. O relato do encontro, que ocorreu na manhã de sábado, foi feito ao HM, por Jorge Fão, presidente da Assembleia-Geral da APOMAC.

“Eles [deputados] perguntaram-nos se a APOMAC tem algumas preocupações, até porque neste momento se fala muito das questões de segurança nacional. E eu disse-lhes que eles têm de compreender a situação da comunidade portuguesa em Macau, dos residentes, que não são poucos, salvo erro são cerca de 140 mil”, começou por contar Jorge Fão. “Tudo o que Portugal pensar em fazer, tratar ou em comunicar com a República Popular a China tem de ter sempre em mente os interesses desta comunidade. Por isso, pedi-lhes para não hostilizarem a China, e procurarem resolver qualquer assunto pelo diálogo e não pelo confronto. Com uma postura de diálogo há benefícios para ambas as partes”, explicou. “Tenho receio que quando o Governo português não sabe lidar com a China cria situações preocupantes. Não estou a imaginar nada, por agora, mas pode acontecer. Quando maior a amizade e solidariedade, melhor ficará a população de Macau, falante, ou não, de língua portuguesa”, acrescentou.

O dirigente associativo apontou ainda que a “China tem tido muita abertura para os países de língua portuguesa e que tem sido mais assertiva” no reforço das ligações comerciais. Por isso, considerou que “Portugal deve aproveitar esta política” e que a população do país “só tem a ganhar” com essa postura.

Jorge Fão reconheceu a importância das relações de Portugal com os países ocidentais, mas indicou que “Portugal também precisa de parcerias económicas” e que a “China é um país muito forte” a nível económico. “Portugal tem aliados, mas o povo não vive das alianças, vive de comer, dos salários. Podem estar sempre a falar dos direitos e garantias, mas se estiverem a pregar no deserto, apesar de terem todos os direitos, morrem de fome”, vincou. “O bom relacionamento com a China significa mais postos de emprego para Portugal. Quanto maior for o investimento chinês, maiores serão os benefícios para a população em Portugal”, destacou

Posição apoiada

Em reacção à posição de Jorge Fão, os deputados terão afirmado compreensão e apoio, principalmente através de José Cesário, deputado do Partido Social-Democrata (PSD) que preside à Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas do Parlamento de Portugal. “Todos os deputados afirmaram que concordaram comigo. O José Cesário reafirmou essa posição, porque Portugal precisa de um parceiro económico forte, e a China é um país económico forte”, relatou.

Integraram igualmente a comissão Paulo Neves, deputado do PSD, Manuel Magno, deputado do Chega, e Catarina Louro, deputada do Partido Socialista.

O dirigente associativo destacou também o facto de esta ser a primeira vez que uma comissão do parlamento virada para as comunidades portuguesas visita Macau, o que considerou ter um “significado especial”.

Durante o encontro, Jorge Fão admitiu não ter abordado os interesses mais específicos dos aposentados em Macau, relacionados com a Caixa Geral de Aposentações, por considerar que “não há grandes preocupações”, porque não implicam as competências dos deputados, e porque os problemas pontuais que surgem têm sido resolvidos sem sobressaltos. “Não temos tido qualquer preocupação que mereça intervenções dos deputados do Parlamento. As nossas questões têm a ver mais com a Caixa Geral de Aposentações, ou com a Direcção de Serviços de Finanças de Macau. Mas conseguimos ultrapassar os problemas directamente com essas instituições”, indicou. “Têm havido contacto regulares com essas duas entidades, que têm corrido da melhor forma”, justificou.

Espaço VIP

A recepção aos deputados pela APOMAC terminou com um almoço, no Salão Catarina, um novo espaço onde costumava estar a clínica e que foi renovado para receber palestras, seminários, festas, almoços e jantares privados e que inclui bar e karaoke. “A Catarina é minha prima, e está, assim como toda a família, há muitos anos no Canadá. Essa família tem o apelido Hui, e sempre, desde a primeira hora, apoiou a APOMAC materialmente. Foi a família que mais apoio deu à associação”, explicou Jorge Fão sobre o nome.

As obras que tiveram um preço superior a 800 mil patacas foram pagas com donativos de empresários locais. Ao HM, Jorge Fão lamentou que a Fundação Macau não tivesse dado qualquer apoio ao projecto.

9 Dez 2025

Táxis | Pedidos mais serviços por aplicação

A Associação dos Comerciantes e Operários de Automóveis de Macau considera que Macau deve ter aplicações de telemóvel para chamar táxis semelhante à Didi ou Uber, apelando ao Governo para trazer esse serviço para o território aquando do lançamento da consulta pública para rever o regulamento do transporte de passageiros em Táxis.

Em declarações ao jornal Ou Mun, o presidente da associação, Leng Sai Vai, elogiou a importância deste tipo de serviço, frisando que actualmente os taxistas apenas podem ter clientes nas proximidades, como casinos ou postos fronteiriços, sendo que clientes em zonas mais afastadas dos pontos de paragem têm dificuldade em chamar um veículo. O responsável acredita que criar estas aplicações em Macau pode trazer mais clientes, aumentando a eficácia do serviço e dando maior conveniência aos passageiros.

5 Dez 2025

APAVT | Macau é “Destino Preferido” internacional em 2026

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo voltou a escolher Macau como Destino Preferido da associação em 2026, o que permitirá um reforço da cooperação. Helena de Senna Fernandes enalteceu a continuação do bom trabalho resultante da parceria com a associação lusa

“Macau e a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) decidiram que não devem parar. É por isso que vos transmito com muita alegria que decidimos, Macau e a APAVT, que Macau seja o destino preferido internacional da APAVT ao longo de 2026”, afirmou o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira no território.

O 50.º Congresso Nacional da APAVT, que decorre desde terça-feira em Macau, terminou ontem, e contou com mais de mil profissionais, um número recorde, para debater o futuro do sector do turismo. Macau acolheu pela sexta vez aquele que é considerado o maior congresso do sector do turismo português.

“Não posso estar mais feliz. Sabem da minha condição de último mandato. Cumpro um sonho que é voltar a Macau e voltar a trabalhar com Macau. (…) O Congresso tem sido, no meu entender, memorável do ponto de vista dos temas, mas também tem sido memorável do ponto de vista do número, é o maior de sempre, e tem sido memorável do ponto de vista da capacidade de acolhimento”, reforçou Pedro Costa Ferreira.

O Destino Preferido da APAVT é um programa “muito amplo”, que tem duas partes fundamentais, a comunicação e marketing, e que ajuda, desta forma, o destino eleito a promover-se. “Significa que em todas as nossas presenças, teremos Macau junto connosco e, portanto, temos essa comunicação”, acrescentou o presidente da associação, lembrando que desta forma é reforçada uma relação com muitos anos.

Velhos amigos

“O regresso do Congresso à nossa cidade este ano e a designação de Macau, a par da China, Destino preferido para 2026, abrem caminho para continuarmos a trabalhar bem”, disse a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes.

A principal novidade em 2026 do Destino Preferido vai ser o lançamento de um programa de ‘e-learning’ (aprendizagem electrónica) sobre Macau para agentes de viagens da Alemanha, Finlândia e Países Baixos, tal como o programa que foi lançado em Portugal em 2024. O ‘e-learning’ será desenvolvido pela APAVT e pelo Turismo de Macau, em colaboração com a Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (European Confederation of Travel Agents’ and Tour Operators’ Associations [ECTAA]).

Pedro Costa Ferreira lembrou ainda que este congresso tem vários “significados especiais”, desde logo “por ser o sexto” em Macau e porque foi o escolhido “para acabar a comemoração do 75.º aniversário” da associação. A APAVT diz ter acreditado 1.039 congressistas de 172 voos diferentes, congressistas que “vão agora visitar várias províncias da China em colaboração com o Turismo de Macau”.

5 Dez 2025

Aeroporto | Secretário fala em “activo estratégico”

Raymond Tam, secretário para os Transportes e Obras Públicas, referiu ontem, a propósito do 30.º aniversário do Aeroporto Internacional de Macau (AIM), que esta infra-estrutura se tornou “num motor de desenvolvimento sócio-económico” do território, bem como “uma porta essencial para a integração de Macau no desenvolvimento regional e na cooperação internacional”.

Inaugurado em 1995, o AIM “tem registado um desenvolvimento contínuo das suas operações”, e batido “sucessivos recordes na movimentação de passageiros e no volume de carga”, destacou o secretário, que não esqueceu “a melhoria constante na qualidade dos serviços e eficiência operacional”.

Raymond Tam considerou o AIM “um activo estratégico fundamental para promover o desenvolvimento económico diversificado de Macau e apoiar a sua integração na conjuntura de desenvolvimento nacional”.

5 Dez 2025

Patriotismo | Destacada importância da residência do General Ye Ting

Tendo em conta a reabertura, ontem, da antiga residência do General Ye Ting, no número 76 da Rua do Almirante Costa Cabral, dois académicos destacaram, ao jornal Ou Mun, a importância deste novo espaço museológico para a educação patriótica.

Lam Fat Iam, director da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Politécnica de Macau, e também deputado, disse que esta residência representa um testemunho da história de vida do general, nomeadamente do tempo em que esteve em Macau.

Este responsável destacou ainda que as peças expostas constroem uma clara linha de educação patriótica, reveladora das lutas ocorridas na história moderna da China. Já Ieng Weng Fat, historiador, afirmou que o Instituto Cultural melhorou a apresentação do general, permitindo ao público conhecer as contribuições que Ye Ting fez nos anos da II Guerra Mundial, na luta contra a invasão japonesa, saber mais sobre a educação patriótica e fomentar, junto dos jovens, o amor por Macau.

5 Dez 2025

Trabalho | Dois terços descansam apenas 1 ou 1,5 dias por semana

Um inquérito da FAOM revelou que cerca de 60 por cento dos trabalhadores não tiveram actualização salarial este ano e dois terços não tem descanso semanal de dois dias. Leong Sun Iok quer que o Governo dê orientações claras às empresas para darem prioridade à contratação de residentes e fixe uma quota mínima de locais

Salários congelados, sobrecarga de trabalho, insegurança financeira e concorrência desleal com salários muito baixos de não-residentes foram as principais preocupações reveladas por cerca de 2.000 trabalhadores que responderam a um inquérito sobre condições de trabalho em 2025. O tabalho, apresentado ontem, foi realizado pela Associações dos Operários de Macau (FAOM).

Para 60 por cento dos entrevistados, não houve aumentos de ordenado este ano, enquanto 10 por cento tiveram mesmo cortes salariais. Além disso, perto de dois terços dos trabalhadores queixaram-se de uma excessiva carga laboral, com o descanso semanal reduzido a um dia ou um dia e meio.

Outra situação que desalinha o equilíbrio entre vida e trabalho, é o acesso tecnológico que permite transportar para os tempos livres e para casa tarefas de trabalho. Esta situação voltou a ser alvo de queixas de trabalhadores, levando os responsáveis da FAOM a pedir ao Governo que defina claramente os parâmetros do “direito a estar offline”. Para tal, é necessário que os trabalhadores tenham direito a compensação de horas extra, ou salário de trabalho por turnos.

A juntar a estes problemas, foram frequentes os relatos de falta de estabilidade e de “almofada” financeira, causando sentimentos de insegurança em relação ao futuro.

O bicho papão

Dando eco a uma das bandeiras políticas da FAOM, os entrevistados consideram que as políticas laborais não dão prioridade eficaz aos locais no acesso ao emprego. Como tal, 63 por cento dos inquiridos revelaram falta clareza às medidas de protecção a trabalhadores residentes.

Neste ponto, o deputado Leong Sun Iok, afirmou que “apesar de as actuais leis já definirem a prioridade dos residentes locais, o Governo nunca traçou exigências claras para as empresas em relação às práticas de contratação recursos humanos”. O resultado é a falta de eficácia na concretização da prioridade.

Uma solução, apontado pelo deputado, seria a aplicação firme de quotas ou proporção mínima de residentes nos recursos humanos de cada empresa, como acontece com os cargos de chefia nas concessionárias do jogo. Leong Sun Iok considera que desta forma, os empregadores seriam “incentivados” a formar funcionários locais.

Os salários demasiado baixos de trabalhadores não-residentes, e a decorrente concorrência desleal provocada pelo desnível dos ordenados, foi destacada por 60 por cento dos inquiridos. Leong Sun Iok defende que o Governo deveria recusar pedidos para contratação de não-residentes quando os salários propostos pelos empregadores forem demasiado baixos.

5 Dez 2025

GP Macau | Che Sai Wang quer desmontagens mais rápidas

O deputado está preocupado com as obras de remoção da pista e aponta que o atraso perturba o número de lugares de estacionamento, o transporte de crianças paras as escolas e dificulta a vida aos residentes

Che Sai Wang defendeu a necessidade de o Governo acelerar os trabalhados de desmontagem das instalações do Grande Prémio de Macau. A posição do deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) foi tomada numa interpelação escrita.

De acordo com a interpelação, Che mostra-se um apoiante do Grande Prémio que indicou ser “um marco da identidade de Macau, com impactos positivos no turismo, na economia e na visibilidade internacional”. “Continua a ser uma componente vital da estratégia do Governo para estabelecer Macau como uma ‘Cidade de Eventos’”, realçou.

No entanto, ao contrário do que acontece com as montagens, Che espera que os trabalhos de remoção da pista e das instalações complementares sejam mais rápidos. “Embora o Governo demonstre uma elevada eficiência na construção pré-corrida, a remoção das barreiras e o restauro das estradas e das funções comunitárias após o evento decorrem frequentemente a um ritmo diferente – lento, demorado e sem uma comunicação clara”, relatou.

O deputado indica também que esta posição tem como base a queixa da população: “Inúmeros residentes relatam que, dias após o fim do evento, troços das estradas permanecem parcialmente obstruídos por barreiras e as instalações temporárias não são removidas, com áreas ao redor do reservatório e perto da curva do Grande Lisboa a serem as mais afectadas”, contou. “As estradas não voltam totalmente ao normal e os lugares de estacionamento designados permanecem indisponíveis, perturbando gravemente as deslocações diárias, o transporte escolar, a recolha de crianças e as entregas comerciais. Isto agrava o congestionamento do trânsito e os desvios”, acrescentou.

Mais informação

Apresentado o problema, o deputado quer saber se o Governo vai começar a divulgar melhor a informação com o calendário dos trabalhos de desmontagem nas diferentes áreas do território. “Os serviços ponderam publicar um ‘Boletim de Progresso da Restauração Pós-Evento’ claro e acessível ao público no futuro?”, perguntou. “Este boletim deve detalhar o calendário dos trabalhos de desmontagem por secção rodoviária, sendo actualizado diariamente, mostrando claramente o progresso da desmontagem, os horários de reabertura, as disposições de estacionamento e explicações para quaisquer atrasos causados pelo encerramento de estradas”, indicou.

O deputado questionou também o Executivo sobre a definição de prazos rígidos para os trabalhos de desmontagem, para combater o “fenómeno da ‘construção rápida, mas desmontagem lenta’”. Por último, Che Sai Wang questiona se a definição de prazos rígidos para a desmontagem pode ser aplicada nos contratos de adjudicação da montagem da pista a instalações complementares, para resolver o problema.

4 Dez 2025

IAM | Chao Wai Ieng com mandato renovado

O mandato do presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), Chao Wai Ieng, foi renovado até 31 de Maio, de acordo com um despacho do Chefe do Executivo publicado ontem no Boletim Oficial. A renovação acontece depois de Chao Wai Ieng ter cumprido cerca de um ano nas funções, que assumiu em Dezembro do ano passado, substituindo José Tavares. No despacho é considerado que Chao tem “experiência e capacidade profissional adequadas para o exercício das suas funções”, como normalmente acontece neste tipo de documentos.

Chao Wai Ieng era director dos Serviços de Identificação desde Maio de 2022, e é licenciado em engenharia pela Universidade Nacional de Taiwan e em Direito pela Universidade de Macau. Ingressou na Função Pública em 2003 e desempenhou funções no Comissariado Contra a Corrupção entre Fevereiro de 2004 a Dezembro de 2019, altura em que foi escolhido como assessor do gabinete do secretário para a Administração e Justiça.

Também o mandato de Mak Kim Meng como vice-presidente do IAM foi renovado. Mak entrou no IAM em 1999 e ao longo dos anos foi tendo diferentes posições. Era desde 2010 até ao ano passado um dos membros do Conselho de Administração do IAM.

No que diz respeito ao Conselho de Administração, o Chefe do Executivo renovou também até 31 de Maio os mandatos de Isabel Celeste Jorge, Ung Sau Hong, To Sok I e Tam Wai Fong.

DSEDT | Renovado mandato de Yau Yin Wah

O mandato de Yau Yun Wah como director dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) foi renovado pelo período de um ano, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. Antes de ser director dos serviços de economia, onde substituiu o actual secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, Yau Yun Wah era subdirector dos Serviços de Assuntos Comerciais da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.

É licenciado em Comércio pela Universidade de Chengchi de Taiwan e mestrado em Administração Pública pelo Instituto Nacional de Administração da China.

Fundação Macau | Lei Wai Nong reconduzido

O ex-secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, vai continuar a desempenhar funções como membro do Conselho de Administração da Fundação Macau. A informação foi divulgada ontem, através de um despacho publicado no Boletim Oficial. O ex-governante vai manter as regalias anteriores de secretário, como tinha sido definido pelo primeiro despacho de nomeação, divulgado em Dezembro de 2024.

“O membro do Conselho de Administração […] beneficia das regalias previstas no regime jurídico da função pública para o cargo de direcção”, foi indicado. Lei Wai Nong vai também manter o ordenado anterior, na ordem das 85 mil patacas por mês, ao qual se somam os subsídios típicos da função pública.

4 Dez 2025

Andaimes | Governo admite substituir bambu por metal

Sem uma posição de fundo sobre a questão, a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana admite avançar com alterações ao método actual se existir “um consenso social” entre a população e as construtoras

A Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU) admite ponderar a substituição dos andaimes de bambu por metal. A posição foi divulgada por Mak Tat Io, subdirector da DSSCU, ontem no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau.

A discussão sobre a utilização dos andaimes de bambu foi lançada na sequência do incêndio em complexo residencial em Tai Po, em Hong Kong, que resultou em pelo menos 159 mortos. “Os andaimes de bambu e os de metal têm as suas vantagens e desvantagens. O Governo da RAEM vai ter uma atitude de abertura e fazer as alterações necessárias, quando houver um consenso entre o sector da construção e a sociedade”, afirmou Mak Tat Io.

Mak Tat Io ainda apontou que após o incêndio grave de Hong Kong, a DSSCU cooperou com as autoridades no reforço das inspecções às medidas de segurança e que nestas tarefas tem assumido critérios cada vez mais rigoroso. Sobre as inspecções, o responsável indicou a necessidade de garantir a segurança contra incêndios ainda antes da licença de construção ser emitida e que um dos aspectos especificamente visado foi a instalação dos andaimes e o cumprimento dos padrões de segurança.

Desde o início do incêndio em Hong Kong que o Governo da RAEHK ligou a propagação das chamas ao bambu, pelo que propôs uma substituição total por andaimes de metal.

Decisão pouco científica

Por seu turno, a Associação dos Barraqueiros de Macau defendeu que a proibição de andaimes de bambu não tem base científica e alertou que vai ter um impacto indesejado no sector de construção. Em declarações ao jornal Ou Mun, o presidente da associação, Chio Tak Sio, argumentou que é necessário investigar a fonte do incêndio em vez de proibir de forma irracional os andaimes de bambu.

Chio Tak Sio também alertou que a montagem de andaimes de bambu faz parte do património cultural intangível e tem lugar importante na história arquitectónica de Macau, e sugeriu ao Governo que opte antes por elaborar critérios de segurança.

Além disso, o dirigente associativo apontou que o preço de andaimes de metal é três vezes superior aos de bambu, pelo que se for seguido este caminho as obras de manutenção de paredes exteriores dos edifícios vão ser mais caras.

O responsável também sublinhou que actualmente apenas 30 lojas fornecem serviços de instalação de andaimes de bambu e somente 50 pessoas conhecem as técnicas de instalação. Por isso, Chio Tak Sio apontou que este sector está a enfrentar um problema grave de envelhecimento da população.

Para salvar o sector, Chio indicou que muitas empresas querem formar aprendizes pelos seus próprios meios. Contudo, como os apoios do Governo são limitados, é difícil atrair jovens para o sector.

4 Dez 2025

Burlas | Pedido recurso a IA e mais cooperação internacional

Chan Lai Kei, deputado ligado à Comunidade de Fujian, quer que a inteligência artificial possa aceder às hiperligações recebidas por utilizadores de telemóveis através de SMS, de forma a alertá-los para links fraudulentos

O deputado Chan Lai Kei pede ao Governo que recorra às tecnologias mais avançadas, como a inteligência artificial, para identificar e evitar burlas online. O assunto foi abordado através de uma interpelação escrita, do legislador ligado à comunidade de Fujian.

Segundo Chan, os “os avanços tecnológicos” fazem com que “esquemas fraudulentos continuem a proliferar”, apesar da polícia em Macau ter “actualizado persistentemente os seus mecanismos antifraude”.

De acordo com os dados da Polícia Judiciária (PJ) citados pelo deputado, entre 7 de Novembro e o meio-dia de 14 de Novembro, as autoridades receberam queixas sobre 280 tentativas de fraude em que os criminosos se faziam passar por diferentes serviços de apoio ao cliente e ainda queixas de 28 tentativas em que os burlões fingiam ser polícias, agentes do Ministério Público ou dos tribunais do Interior.

As queixas foram recebidas através das aplicações disponibilizadas pelas autoridades. “Isto indica que tipos específicos de fraude continuam a ser prevalentes”, afirma o deputado. “Embora estas denúncias não tenham resultado em perdas reais, o número de casos indica que a publicidade antifraude e as medidas técnicas de intercepção precisam de ser melhoradas”, destaca.

Mãos à obra

Neste cenário, Chan pretende saber se as autoridades vão criar um sistema com recurso a inteligência artificial, para os cidadãos receberem “alertas instantâneos”, quando receberem mensagens SMS consideradas de “alto risco”. O legislador defende assim que as autoridades implementem um sistema com capacidade de detectar o conteúdo das SMS recebidas por todos os cidadãos.

A defesa da medida é justificada com o que o deputado considera “o recente aumento de golpes com SMS falsos de atendimento ao cliente”, que no seu entender “indica a necessidade de aprimorar ainda mais os recursos de alerta proactivo do aplicativo”.

Como parte da defesa da medida, o Chan Lai Kei aponta que o “Programa Antifraude”, que os residentes podem instalar na plataforma Wechat, bloqueou mais de 9.000 operações de alto risco desde o seu lançamento, em Abril de 2024. Ao mesmo tempo, o deputado mostra-se preocupado com as fraudes cometidas através de outros países, como acontece com o Myanmar, onde operam grandes centros de burlas, muitas vezes ligados às máfias do Interior da China.

Sem mencionar os países mais envolvidos, Chan alerta que parte do fenómeno é exterior a Macau e por isso exige uma maior cooperação internacional, apesar de reconhecer a cooperação desenvolvida com Hong Kong e Singapura. O deputado apoiado pela comunidade de Fujian pretende assim saber como é que as autoridades vão detectar o local de origem dos crimes e reforçar a cooperação internacional.

3 Dez 2025

Habitação para troca | Alerta para fim de prazo para pagar

A Macau Renovação Urbana emitiu ontem um alerta dirigido aos candidatos das habitações para troca no complexo Pearl Metropolis a avisar que têm até ao próximo dia 30 de Janeiro para “completar os procedimentos de compra, pagar o preço das unidades” e apresentar comprovativo do registo a comprovar a transacção. Se não o fizerem, os candidatos perdem a capacidade para adquirir as fracções.

A empresa de capitais públicos revelou que irá notificar os candidatos por e-mail e SMS para se dirigirem ao centro de vendas da Macau Renovação Urbana na Avenida da Praia Grande e frisou que os candidatos devem reservar tempo para completar os procedimentos em falta dentro do prazo.

O projecto urbanístico, localizado no Lote P do antigo terreno do Pearl Horizon, na Areia Preta, que ganhou o nome de Pearl Metropolis, é constituído por 2.064 fracções. No ano passado, 1.932 candidatos reuniam os requisitos para comprar casa, mas as autoridades registaram 47 desistências do processo de selecção de fracções e cinco que retiraram a candidatura.

3 Dez 2025

Incêndios | Nick Lei defende reforço das medidas de segurança

Na sequência do incêndio de Tai Po, em Hong Kong, e das inspecções realizadas pelas autoridades de Macau, Nick Lei perguntou que medidas vão ser adoptadas para garantir a segurança, principalmente em estaleiros de obras

O deputado Nick Lei espera que o Governo se mantenha alerta para as necessidades de segurança contra incêndios, e garanta a eficácia da supervisão nos estaleiros de obras. O assunto foi abordado pelo deputado ligado à comunidade de Fujian, através de uma interpelação escrita.

A tomada de posição surge na sequência do incêndio no complexo residencial em Tai Po, em Hong Kong, que resultou em 156 mortos, de acordo com a contagem mais recente, numa altura em que ainda falta contabilizar vítimas de duas torres habitacionais. As causas preliminares da origem do incêndio foram relacionadas com os materiais instalados nas obras de renovação do complexo residencial.

Agora, Nick Lei veio recordar que após o incêndio as autoridades inspeccionaram 60 estaleiros de construção com andaimes, por isso pretende saber o que vai ser feito, para corrigir falhas que tenham sido identificadas. “Em resposta às falhas descobertas durante as inspecções, como se estabelece um mecanismo permanente de revisão para garantir que os materiais de construção cumprem os padrões de segurança contra incêndios (…) com vista a elevar eficazmente o nível da segurança contra incêndios nos estaleiros de obras?”, pergunta o deputado. Lei também quer saber como se pode “resolver completamente a questão da instalação de obstáculos em corredores” utilizados como saídas de emergência.

Planos mais específicos

Além disso, o deputado ligado à comunidade de Fujian defende que os actuais planos de socorro têm de ser mais específicos para responder às necessidades da densidade populacional, tipos de construção locais e características ambientais das diversas áreas do território.

Nick Lei também quer que o Governo esclareça os procedimentos de resposta a emergências, para garantir a segurança da população quando houver grandes catástrofes. Lei aponta ainda que Macau pode obter apoio das zonas vizinhas de forma oportuna, se tiver planos para tal.

Quanto aos equipamentos avançados de resposta a emergências, Nick Lei quer saber quais vão ser os meios de alta tecnologia importados para auxiliar nos trabalhos de resgate, com o objectivo de melhorar a capacidade de combate a incêndios em ambientes específicos, como acontece nos edifícios altos e nos mais antigos.

“O Governo deve reforçar a inspecção de segurança em espaços e lugares públicos, particularmente no que diz respeito à elaboração dos planos de combate a incêndios nos edifícios baixos em bairros comunitários e edifícios que não têm entidade de administração ou condomínios”, aconselhou. Nick Lei defendeu que desta forma “pode aumentar-se a eficiência da evacuação de edifícios em situação de emergência”, lê-se na interpelação escrita.

3 Dez 2025

Taiwan | Proposta de lei visa residentes de Macau

Os deputados do Partido Democrático Progressista (DPP, em inglês) de Taiwan, Wang Ting-yu e Wang Yi-chuan, entregaram uma proposta para alterar a lei do lóbi no Parlamento da Ilha Formosa, para punir os indivíduos do Interior, Hong Kong e Macau envolvidos nesta prática. A medida foi apresentada através de um comunicado e visa alterar a lei conhecida como anti-infiltrações de agentes externos.

Segundo a publicação de Wang Ting-yu no seu Facebook oficial, apesar de a actual lei já proibir o acto de lóbi dos indivíduos, grupos, entidades ou agentes do Interior Hong Kong e Macau em Taiwan, a lei não tem qualquer punição, pelo que é considerada inconsequente.

As alterações propõem uma multa máxima que pode chegar a cinco milhões de dólares taiwaneses para cada infracção, correspondente a cerca de 1,2 milhões de patacas.

2 Dez 2025

Trânsito | Deputado Leong Sun Iok defende menos passadeiras nas estradas

O deputado Leong Sun Iok, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), defende uma redução do número de passadeiras para atravessar as estradas. A posição foi tomada através de uma interpelação escrita, em que o deputado se queixa que o trânsito enfrenta demasiados constrangimentos.

Na perspectiva de Leong, as passadeiras para pesões são instaladas com “uma frequência considerável”, o que faz com que existam “múltiplas passagens no mesmo troço, com intervalos de distância extremamente curtos”. “Para os veículos, estas paragens e arranques frequentes reduzem significativamente as velocidades médias nas estradas e causam congestionamentos de trânsito localizados, afectando negativamente o fluxo geral da rede rodoviária”, justificou. “Como é que as autoridades vão encontrar um equilíbrio entre as necessidades das passagens para peões com a eficiência do trânsito na rede rodoviária ao rever e optimizar as passagens existentes?”, questionou.

Além disso, o deputado quer saber se as autoridades vão ponderar que os carros possam atravessar sinais vermelhos para virar à esquerda, como acontece em outros países. Assim, embora estivesse sinal vermelho para quem pretende seguir em frente ou virar à direita numa rua, haveria sempre a possibilidade de virar à esquerda, porque seria mostrado um semáforo com a cor amarela. “As autoridades poderão explorar a possibilidade de permitir viragens à esquerda durante o sinal amarelo, enquanto o semáforo está vermelho?”, perguntou.

2 Dez 2025