Juana Ng Cen PolíticaJubileu de Prata | Song Pek Kei pede aproveitamento do Edifício [dropcap]D[/dropcap]e acordo com o jornal Ou Mun, Song Pek Kei entende que o edifício do Jubileu de Prata, no antigo campus da Universidade de Macau, deve ser aproveitado para a realização de provas de ingresso na função pública. Este era o destino a que estava votado o edifício, porém, o director dos Serviços de Administração de Função Pública referiu que o imóvel não corresponde às necessidades dos serviços que dirige. De acordo com um artigo publicado no Jornal Tribuna de Macau, o Jubileu de Prata será alvo de obras, para as quais será lançado ainda este ano um concurso público. Prevê-se que a duração da intervenção seja de um ano. Ainda assim, Song Pek Kei aproveitou o exemplo do edifício do antigo campus da Universidade de Macau para endereçar o problema dos elevados custos para os cofres públicos resultantes do arrendamento de imóveis privados para acomodar serviços públicos. Problema que a deputada considera nascer da falta de comunicação interdepartamental. A deputada acha que teria sido evitável refazer o projecto do Edifício Jubileu de Prata, se os departamentos tivessem mantido comunicação estreita quando foram elaboradas as “normas arquitectónicas para a concepção de design universal e livre de barreiras na RAEM” em 2018.
Juana Ng Cen PolíticaJubileu de Prata | Song Pek Kei pede aproveitamento do Edifício [dropcap]D[/dropcap]e acordo com o jornal Ou Mun, Song Pek Kei entende que o edifício do Jubileu de Prata, no antigo campus da Universidade de Macau, deve ser aproveitado para a realização de provas de ingresso na função pública. Este era o destino a que estava votado o edifício, porém, o director dos Serviços de Administração de Função Pública referiu que o imóvel não corresponde às necessidades dos serviços que dirige. De acordo com um artigo publicado no Jornal Tribuna de Macau, o Jubileu de Prata será alvo de obras, para as quais será lançado ainda este ano um concurso público. Prevê-se que a duração da intervenção seja de um ano. Ainda assim, Song Pek Kei aproveitou o exemplo do edifício do antigo campus da Universidade de Macau para endereçar o problema dos elevados custos para os cofres públicos resultantes do arrendamento de imóveis privados para acomodar serviços públicos. Problema que a deputada considera nascer da falta de comunicação interdepartamental. A deputada acha que teria sido evitável refazer o projecto do Edifício Jubileu de Prata, se os departamentos tivessem mantido comunicação estreita quando foram elaboradas as “normas arquitectónicas para a concepção de design universal e livre de barreiras na RAEM” em 2018.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaSAFP | CA refuta declarações de Kou Peng Kuan e fala em “falta de respeito” Hou Veng On, comissário da Auditoria, reagiu às recentes declarações do director dos Serviços de Administração e Função Pública. Kou Peng Kuan negou algumas críticas feitas ao funcionamento do recrutamento centralizado, quando, em resposta ao Comissariado de Auditoria, disse concordar com as conclusões. O organismo diz que os SAFP “não cumprem os padrões de ética” do funcionalismo público [dropcap]O[/dropcap] Comissariado de Auditoria (CA) reagiu ontem às declarações proferidas por Kou Peng Kuan, director dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), após a divulgação do relatório que arrasa o funcionamento do regime de recrutamento centralizado na Administração. Em comunicado oficial, o CA recorda que a resposta oficial dos SAFP, constante no relatório, não está de acordo com o que Kou Peng Kuan disse posteriormente aos jornalistas, o que revela uma “falta de respeito”. “Ao tomar conhecimento das notícias que têm vindo a público sobre este assunto, constatou-se que a Direcção de serviços em causa optou por contrariar factos de importância reduzida referidos no relatório. Tal atitude revela que essa Direcção de serviços não cumpre com os padrões de ética da Administração Pública e, bem assim, revela falta de capacidade de corrigir os erros apontados.” O CA argumentou ainda que “depois da publicação do relatório, o dirigente do SAFP contestou publicamente as opiniões da auditoria e manifestou a sua discordância quanto ao teor do relatório. As suas afirmações contraditam o que foi escrito na resposta ao relatório, demonstrando falta de respeito pelas opiniões expressas pelos serviços interessados”. O CA garante a total integridade do documento que foi divulgado na passada quarta-feira, referindo que “a recolha de provas foi feita através da análise dos documentos fornecidos pelo sujeito a auditoria (os SAFP) e através de reuniões com as chefias no sentido de assegurar que todas as verificações de auditoria sejam devidamente fundamentadas”. Além disso, o relatório terá sido enviado aos SAFP aquando da sua conclusão, pelo que, “com base nesse procedimento, não é possível ao sujeito a auditoria ignorar ou ser apanhado desprevenido quanto aos critérios adoptados”. Período errado A título de exemplo, um dos pontos sobre os quais Kou Peng Kuan mostrou discordância prende-se com o facto do CA ter concluído que as direcções de serviços necessitaram de auxiliar os SAFP no processo de recrutamento centralizado de trabalhadores, quando esta era uma função exclusiva dos SAFP. O CA garante que “um total de 18 dos 39 serviços interessados no recrutamento de pessoal corroboraram essa afirmação”, sendo que “a afirmação de que os ‘serviços tiveram que auxiliar o SAFP na prossecução das suas atribuições’ é corroborada por vários serviços”. Em relação à afirmação do director dos SAFP de que “não se podia recusar a inscrição dos cidadãos nos concursos de recrutamento” e que “havia despesas que não podiam ser evitadas”, no relatório de auditoria revelou-se que, devido ao facto de a concepção do regime de recrutamento ter sido defeituosa, a maioria dos candidatos apresentaram mais de uma candidatura para as vagas postas a concurso, o que provocou um aumento drástico no número de candidaturas à segunda fase, fazendo com que os recursos investidos pelos serviços duplicassem. O CA responde ainda às declarações relativas à plataforma electrónica, uma vez que o director dos SAFP afirmou que “não se podia recusar a inscrição dos cidadãos nos concursos de recrutamento” e que “havia despesas que não podiam ser evitadas”. Além disso, Kou Peng Kuan chegou a afirmar que seria normal a apresentação de várias candidaturas online. “Se existirem residentes que queiram apresentar a sua candidatura com uma maior urgência, acha que eles não vão escolher mais oito ou dez vagas?”, questionou. Contudo, o CA alerta para o facto de esta plataforma electrónica ter contribuído para “uma duplicação dos trabalhos de verificação dos documentos dos candidatos” e ainda “no desperdício de recursos e de tempo”, uma vez que permitia, “através de um simples clique, apresentar a candidatura a todas as etapas de avaliação de competências profissionais ou funcionais”. O CA conclui ainda que os SAFP “responderam às opiniões de auditoria baseando-se no Regime de 2017, algo que não fazia parte do âmbito do relatório de auditoria”.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaSAFP | CA refuta declarações de Kou Peng Kuan e fala em “falta de respeito” Hou Veng On, comissário da Auditoria, reagiu às recentes declarações do director dos Serviços de Administração e Função Pública. Kou Peng Kuan negou algumas críticas feitas ao funcionamento do recrutamento centralizado, quando, em resposta ao Comissariado de Auditoria, disse concordar com as conclusões. O organismo diz que os SAFP “não cumprem os padrões de ética” do funcionalismo público [dropcap]O[/dropcap] Comissariado de Auditoria (CA) reagiu ontem às declarações proferidas por Kou Peng Kuan, director dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), após a divulgação do relatório que arrasa o funcionamento do regime de recrutamento centralizado na Administração. Em comunicado oficial, o CA recorda que a resposta oficial dos SAFP, constante no relatório, não está de acordo com o que Kou Peng Kuan disse posteriormente aos jornalistas, o que revela uma “falta de respeito”. “Ao tomar conhecimento das notícias que têm vindo a público sobre este assunto, constatou-se que a Direcção de serviços em causa optou por contrariar factos de importância reduzida referidos no relatório. Tal atitude revela que essa Direcção de serviços não cumpre com os padrões de ética da Administração Pública e, bem assim, revela falta de capacidade de corrigir os erros apontados.” O CA argumentou ainda que “depois da publicação do relatório, o dirigente do SAFP contestou publicamente as opiniões da auditoria e manifestou a sua discordância quanto ao teor do relatório. As suas afirmações contraditam o que foi escrito na resposta ao relatório, demonstrando falta de respeito pelas opiniões expressas pelos serviços interessados”. O CA garante a total integridade do documento que foi divulgado na passada quarta-feira, referindo que “a recolha de provas foi feita através da análise dos documentos fornecidos pelo sujeito a auditoria (os SAFP) e através de reuniões com as chefias no sentido de assegurar que todas as verificações de auditoria sejam devidamente fundamentadas”. Além disso, o relatório terá sido enviado aos SAFP aquando da sua conclusão, pelo que, “com base nesse procedimento, não é possível ao sujeito a auditoria ignorar ou ser apanhado desprevenido quanto aos critérios adoptados”. Período errado A título de exemplo, um dos pontos sobre os quais Kou Peng Kuan mostrou discordância prende-se com o facto do CA ter concluído que as direcções de serviços necessitaram de auxiliar os SAFP no processo de recrutamento centralizado de trabalhadores, quando esta era uma função exclusiva dos SAFP. O CA garante que “um total de 18 dos 39 serviços interessados no recrutamento de pessoal corroboraram essa afirmação”, sendo que “a afirmação de que os ‘serviços tiveram que auxiliar o SAFP na prossecução das suas atribuições’ é corroborada por vários serviços”. Em relação à afirmação do director dos SAFP de que “não se podia recusar a inscrição dos cidadãos nos concursos de recrutamento” e que “havia despesas que não podiam ser evitadas”, no relatório de auditoria revelou-se que, devido ao facto de a concepção do regime de recrutamento ter sido defeituosa, a maioria dos candidatos apresentaram mais de uma candidatura para as vagas postas a concurso, o que provocou um aumento drástico no número de candidaturas à segunda fase, fazendo com que os recursos investidos pelos serviços duplicassem. O CA responde ainda às declarações relativas à plataforma electrónica, uma vez que o director dos SAFP afirmou que “não se podia recusar a inscrição dos cidadãos nos concursos de recrutamento” e que “havia despesas que não podiam ser evitadas”. Além disso, Kou Peng Kuan chegou a afirmar que seria normal a apresentação de várias candidaturas online. “Se existirem residentes que queiram apresentar a sua candidatura com uma maior urgência, acha que eles não vão escolher mais oito ou dez vagas?”, questionou. Contudo, o CA alerta para o facto de esta plataforma electrónica ter contribuído para “uma duplicação dos trabalhos de verificação dos documentos dos candidatos” e ainda “no desperdício de recursos e de tempo”, uma vez que permitia, “através de um simples clique, apresentar a candidatura a todas as etapas de avaliação de competências profissionais ou funcionais”. O CA conclui ainda que os SAFP “responderam às opiniões de auditoria baseando-se no Regime de 2017, algo que não fazia parte do âmbito do relatório de auditoria”.
Hoje Macau PolíticaPlano Quinquenal | Chui elogia união da população e Governo Central [dropcap]O[/dropcap] ambiente económico tem vários desafios e está cada vez mais complexo, no entanto, os esforços do Governo Central e a união com a sociedade local vão permitir alcançar os objectivos definidos no Plano Quinquenal. Foi esta a principal ideia deixada pelo Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, no encontro anual de ontem da Comissão para Construção do Centro Mundial de Turismo e Lazer, e surge depois de o Presidente Xi Jinping ter feito um discurso em que definiu Macau, Hong Kong e Taiwan como um dos “desafios” no desenvolvimento da China. Segundo a informação oficial, a reunião de ontem serviu para fazer um balanço do Plano Quinquenal, que começou em 2016 e está previsto que chegue ao fim em 2020. Contudo, o final já será apadrinhado pelo próximo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng. Ontem, Chui Sai On focou a transição de Governo e pediu aos representantes dos serviços públicos que façam esforços para “manter uma conjuntura estável de desenvolvimento, dando prioridade a projectos que optimizem a qualidade de vida da população”. Chui pediu igualmente que se garanta que a transição decorra de forma suave, para que a concretização dos objectivos do Plano Quinquenal não seja afectada pela mudança de Executivo. O encontro serviu igualmente para fazer um balanço dos trabalhos entre 2016 e 2018. Segundo o comunicado, “os três níveis de avaliação, ou seja, do Governo, de terceiros e da sociedade, concluíram que o Plano Quinquenal atingiu resultados graduais”, com taxas de concretização anuais dos objectivos a rondar os 90 por cento.
Hoje Macau PolíticaPlano Quinquenal | Chui elogia união da população e Governo Central [dropcap]O[/dropcap] ambiente económico tem vários desafios e está cada vez mais complexo, no entanto, os esforços do Governo Central e a união com a sociedade local vão permitir alcançar os objectivos definidos no Plano Quinquenal. Foi esta a principal ideia deixada pelo Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, no encontro anual de ontem da Comissão para Construção do Centro Mundial de Turismo e Lazer, e surge depois de o Presidente Xi Jinping ter feito um discurso em que definiu Macau, Hong Kong e Taiwan como um dos “desafios” no desenvolvimento da China. Segundo a informação oficial, a reunião de ontem serviu para fazer um balanço do Plano Quinquenal, que começou em 2016 e está previsto que chegue ao fim em 2020. Contudo, o final já será apadrinhado pelo próximo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng. Ontem, Chui Sai On focou a transição de Governo e pediu aos representantes dos serviços públicos que façam esforços para “manter uma conjuntura estável de desenvolvimento, dando prioridade a projectos que optimizem a qualidade de vida da população”. Chui pediu igualmente que se garanta que a transição decorra de forma suave, para que a concretização dos objectivos do Plano Quinquenal não seja afectada pela mudança de Executivo. O encontro serviu igualmente para fazer um balanço dos trabalhos entre 2016 e 2018. Segundo o comunicado, “os três níveis de avaliação, ou seja, do Governo, de terceiros e da sociedade, concluíram que o Plano Quinquenal atingiu resultados graduais”, com taxas de concretização anuais dos objectivos a rondar os 90 por cento.
João Santos Filipe PolíticaVong Kok Seng desdramatiza efeitos de Hong Kong e Interior no turismo [dropcap]O[/dropcap] vice-presidente da Associação Comercial de Macau, Vong Kok Seng, admitiu que a indústria de vendas a retalho, mais ligada ao turismo, está a sentir o impacto das manifestações de Hong Kong e do abrandamento económico do Interior, relacionado com a Guerra Comercial. Segundo as declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, Vong diz que há várias indústrias que têm registado um número inferior de turistas, mas que nenhum sector está a ser tão afectado como as vendas a retalho. Vong afirmou também que nesta altura não há uma previsão para quando estes problemas vão ser resolvidos, mas que considera que por enquanto a situação não é muito preocupante. O também empresário explicou ainda que no quarto trimestre do ano o consumo é impulsionado pelas várias festividades e eventos, pelo que será uma boa altura para que a economia volte a ganhar um novo fôlego. Preços mais baixos Em relação à economia do Interior da China e à desvalorização do yuan, o vice-presidente da Associação Comercial de Macau apontou que é uma medida com impacto no poder de compra do turista, que assim pode consumir menos. No entanto, recusou que esta realidade apenas tenha consequências negativas. Vong explicou que muitos dos alimentos consumidos em Macau são importados do Interior, devido à grande dependência existente, mas que a desvalorização permite abrandar a inflação sentida pelos importadores no momento de comprarem para venderem à população. Por último, Vong Kok Seng abordou a situação do jogo e a quebra de 8,6 por cento em Agosto face ao período homólogo. Assim no oitavo mês do ano as receitas foram de 24,3 mil milhões de patacas, quando no mesmo período do ano passado tinham sido de 26,6 mil milhões de patacas. Sobre esta matéria, o empresário revelou acreditar que a economia é feita por “pequenas flutuações”, que são naturais e que a indústria estava preparada. Vong revelou ainda que no ano passado a indústria estava em crescimento, pelo que há margem para subir e que não é necessário haver alarmismos.
João Santos Filipe PolíticaEconomia | Secretário alerta para fase negativa motivada por factores externos A economia de Macau contraiu 2,5 por cento nos primeiros seis meses do ano e a tendência deve continuar nos próximos tempos. Após uma queda de 8,6 por cento no último mês no sector do jogo, segundo Lionel Leong, também o mês de Setembro está longe de trazer de volta o crescimento [dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças prevê que Macau continue a atravessar um período de volatilidade no que diz respeito à saúde económica e que as receitas do jogo vão ser afectadas de forma negativa nos próximos tempos. De acordo com as declarações prestadas ontem, à margem de um evento organizado pela Associação Comercial de Macau, o secretário explicou a entrada em recessão com factores externos, como a Guerra Comercial, a desvalorização do yuan e a situação das regiões vizinhas. Assim sendo, segundo Lionel Leong, a economia vá continuar a seguir uma tendência negativa. O secretário reconheceu também que nos dois primeiros trimestres do ano que a economia registou uma contracção, o que já constitui uma situação de recessão técnica. Segundo os dados apresentados, nos primeiros seis meses a economia teve uma quebra real de 2,5 por cento. Lionel Leong explicou também que muito dificilmente a situação vai sofrer alterações no terceiro trimestre, uma vez que nos meses de Julho e de Agosto houve uma quebra das receitas no sector das exportações de serviços, o que se ficou a dever, principalmente, ao sector do jogo. Nestes dois meses, as receitas do principal sector da economia registaram quebras face ao período homólogo de 3,5 e 8,6 por cento, respectivamente. Ontem, o secretário alertou igualmente para o facto de que a situação não deverá sofrer alterações durante este mês de Setembro, o que irá contribuir para uma nova contracção do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. Contudo, Lionel Leong recusou ainda a ideia que a contracção esteja ligada a Macau. O secretário justificou a situação principalmente com a Guerra Comercial entre os Estados Unidos e a China, a desvalorização do yuan e os problemas das regiões vizinhas, no que terá sido uma referência à situação de Hong Kong. Face a este cenário o secretário prometeu que o Governo vai acompanhar quaisquer alterações no consumo e na taxa de desemprego de muito perto e dar respostas adequadas, caso seja necessário estimular a actividade económica. Lionel Leong deu ainda um voto de confiança ao sector do jogo e disse que o mesmo está preparado e tem a resistência necessária para enfrentar a situação actual.
João Santos Filipe PolíticaEconomia | Secretário alerta para fase negativa motivada por factores externos A economia de Macau contraiu 2,5 por cento nos primeiros seis meses do ano e a tendência deve continuar nos próximos tempos. Após uma queda de 8,6 por cento no último mês no sector do jogo, segundo Lionel Leong, também o mês de Setembro está longe de trazer de volta o crescimento [dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças prevê que Macau continue a atravessar um período de volatilidade no que diz respeito à saúde económica e que as receitas do jogo vão ser afectadas de forma negativa nos próximos tempos. De acordo com as declarações prestadas ontem, à margem de um evento organizado pela Associação Comercial de Macau, o secretário explicou a entrada em recessão com factores externos, como a Guerra Comercial, a desvalorização do yuan e a situação das regiões vizinhas. Assim sendo, segundo Lionel Leong, a economia vá continuar a seguir uma tendência negativa. O secretário reconheceu também que nos dois primeiros trimestres do ano que a economia registou uma contracção, o que já constitui uma situação de recessão técnica. Segundo os dados apresentados, nos primeiros seis meses a economia teve uma quebra real de 2,5 por cento. Lionel Leong explicou também que muito dificilmente a situação vai sofrer alterações no terceiro trimestre, uma vez que nos meses de Julho e de Agosto houve uma quebra das receitas no sector das exportações de serviços, o que se ficou a dever, principalmente, ao sector do jogo. Nestes dois meses, as receitas do principal sector da economia registaram quebras face ao período homólogo de 3,5 e 8,6 por cento, respectivamente. Ontem, o secretário alertou igualmente para o facto de que a situação não deverá sofrer alterações durante este mês de Setembro, o que irá contribuir para uma nova contracção do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. Contudo, Lionel Leong recusou ainda a ideia que a contracção esteja ligada a Macau. O secretário justificou a situação principalmente com a Guerra Comercial entre os Estados Unidos e a China, a desvalorização do yuan e os problemas das regiões vizinhas, no que terá sido uma referência à situação de Hong Kong. Face a este cenário o secretário prometeu que o Governo vai acompanhar quaisquer alterações no consumo e na taxa de desemprego de muito perto e dar respostas adequadas, caso seja necessário estimular a actividade económica. Lionel Leong deu ainda um voto de confiança ao sector do jogo e disse que o mesmo está preparado e tem a resistência necessária para enfrentar a situação actual.
Hoje Macau PolíticaGoverno quer ajudar regiões a resolver conflitos em Portugal [dropcap]M[/dropcap]acau pode vir a ter um papel de intermediação na resolução de conflitos de consumidores chineses em Portugal. A disponibilidade foi expressa pelo secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, na Reunião Conjunta das Lideranças Executivas de 2019, que decorreu na cidade chinesa de Nanning, no contexto da cooperação regional do Pan-delta do Rio das Pérolas. A região integra nove províncias/regiões localizadas na parte oriental, central e ocidental da China: Guangdong, Fujian, Jiangxi, Hunan, Guangxi, Hainan, Sichuan, Guizhou, Yunnan, mais as regiões administrativas especiais de Hong Kong e de Macau. A região representa 20 por cento do total da área da China e um terço da população do país. Mesmo excluindo Macau e Hong Kong, contribuiu com mais de 35 por cento para o total da economia da República Popular da China. “Tendo em conta a sugestão de assinar de novo um protocolo de cooperação de defesa dos direitos de consumidores, no contexto do Pan-Delta do Rio das Pérolas, Macau está disponível para servir como plataforma entre as entidades envolvidas do Pan-Delta do Rio da Pérolas e de Portugal, para tratar dos conflitos dos residentes do Pan-Delta que se deslocam ao estrangeiro”, afirmou Lionel Leong. Ajuda fraternal Lionel Leong indicou que, além de participar activamente na construção de um centro internacional de inovação tecnológica, Macau vai aproveitar as suas próprias vantagens, especialmente os quatro laboratórios de referência do Estado, o Parque Industrial de Medicina Tradicional Chinesa no âmbito da cooperação entre Guangdong-Macau e o porto franco. O objectivo é promover conjuntamente com as províncias-irmãs do Pan-Delta a cooperação e inovação tecnológica. O governante sublinhou ainda que “Macau atribui grande importância ao seu papel de plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa e promove com as províncias-irmãs do Pan-Delta do Rio das Pérolas a expansão do mercado” nos países lusófonos “nos domínios da economia, comércio, convenções e exposições e medicina tradicional chinesa”. Um papel que se estende, acrescentou, na “cooperação entre as províncias do Pan-Delta do Rio das Pérolas e os países do percurso da ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e os países lusófonos nas áreas de protecção ambiental, infraestruturas e da indústria financeira, entre outras”. “Macau deve aproveitar as suas vantagens de manter uma estreita ligação com os países de língua portuguesa, do Sudeste Asiático, da União Europeia e com as organizações internacionais e o vasto número de chineses ultramarinos para maximizar o seu papel único na promoção do intercâmbio cultural entre o Oriente e o Ocidente”, concluiu o secretário para a Economia e Finanças.
Hoje Macau PolíticaPonte HKZM | Residente de Macau interrogado pela polícia de HK [dropcap]E[/dropcap]stou a voltar para a minha casa, em Macau”. Esta frase foi repetida várias vezes por um residente da RAEM face às insistentes solicitações da polícia da região vizinha quando o autocarro em que seguia estava prestes a chegar ao posto fronteiriço da ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau. Segundo uma publicação na página de Facebook “Macau Buses and Public Transport Enthusiastic”, quando o transporte público se aproximava do posto fronteiriço foi interceptado pelas autoridades de Hong Kong. Nessa altura, foi exigido ao residente de Macau a apresentação do documento de identificação. Após mostrar o BIR de Macau, os agentes da polícia pediram identificação de Hong Kong, algo que o residente não tinha. Em vez disso, apresentou a senha do registo de entrada no território vizinho. Foi nessa altura que os agentes da autoridade de Hong Kong perguntaram qual a razão que tinha para se deslocar a Macau. Após a repetida resposta, os agentes autorizaram que o residente regressasse ao interior do autocarro e permitiram que o veículo continuasse o percurso até à RAEM. É referido ainda na publicação do “Macau Buses and Public Transport Enthusiastic”, um grupo dedicado aos transportes públicos, que os residentes de Macau evitem viagens a Hong Kong, a menos que sejam estritamente necessárias, e que mantenham a calma se forem abordados pela polícia. O grupo alerta ainda para os residentes não perderem a senha do registo de entrada no território vizinho e que podem sempre recorrer aos serviços do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo.
Hoje Macau PolíticaPonte HKZM | Residente de Macau interrogado pela polícia de HK [dropcap]E[/dropcap]stou a voltar para a minha casa, em Macau”. Esta frase foi repetida várias vezes por um residente da RAEM face às insistentes solicitações da polícia da região vizinha quando o autocarro em que seguia estava prestes a chegar ao posto fronteiriço da ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau. Segundo uma publicação na página de Facebook “Macau Buses and Public Transport Enthusiastic”, quando o transporte público se aproximava do posto fronteiriço foi interceptado pelas autoridades de Hong Kong. Nessa altura, foi exigido ao residente de Macau a apresentação do documento de identificação. Após mostrar o BIR de Macau, os agentes da polícia pediram identificação de Hong Kong, algo que o residente não tinha. Em vez disso, apresentou a senha do registo de entrada no território vizinho. Foi nessa altura que os agentes da autoridade de Hong Kong perguntaram qual a razão que tinha para se deslocar a Macau. Após a repetida resposta, os agentes autorizaram que o residente regressasse ao interior do autocarro e permitiram que o veículo continuasse o percurso até à RAEM. É referido ainda na publicação do “Macau Buses and Public Transport Enthusiastic”, um grupo dedicado aos transportes públicos, que os residentes de Macau evitem viagens a Hong Kong, a menos que sejam estritamente necessárias, e que mantenham a calma se forem abordados pela polícia. O grupo alerta ainda para os residentes não perderem a senha do registo de entrada no território vizinho e que podem sempre recorrer aos serviços do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo.
Juana Ng Cen PolíticaDroga | Wong Kit Cheng volta a pedir penas mais duras para tráfico Wong Kit Cheng prossegue as exigências draconianas de aumento da pena para o crime de tráfico de estupefacientes, em declarações ao jornal Ou Mun. A deputada ligada à Associação Geral das Mulheres discorda de Wong Sio Chak e sugere que se olhe para as penas máximas aplicadas em Hong Kong, que podem ir até à prisão perpétua [dropcap]O[/dropcap]s casos de tráfico de droga detectados pelas autoridades de Macau envolvendo jovens de Hong Kong têm preocupado Wong Kit Cheng, ao ponto de reforçar o desacordo com a resposta de Wong Sio Chak a uma interpelação em que pedia o aumento da moldura penal para estes crimes. O secretário para a Segurança não atendeu ao pedido da legisladora e dirigente da Associação de Criação de Famílias Felizes e sublinhou que as actuais penas para crimes de tráfico de drogas são muito severas e estão coordenadas com outros crimes graves. Importa referir que a pena máxima para o crime de tráfico de droga é de 15 anos, menos cinco anos que a moldura penal para o crime de homicídio. O crime de homicídio qualificado tem a pena mais elevada do ordenamento jurídico de Macau, com 25 anos de prisão. Ainda assim, Wong Kit Cheng, citada pelo jornal Ou Mun, refere que no panorama internacional Hong Kong é um exemplo a ter em conta numa eventual alteração legal, devido às penas impostas através do Capítulo 134 da “Dangerous Drugs Ordinance”. A legislação da região vizinha estabelece que quem trafique drogas arrisca ser condenado a uma multa de 5 milhões de dólares de Hong Kong e a prisão perpétua. Pena semelhante para quem produzir substâncias estupefacientes. A lei de Hong Kong alarga o conceito de tráfico à venda, mas também à “cedência” de qualquer quantidade de drogas. Neste contexto, Wong Kit Cheng considera que a legislação local é demasiado permissiva. “Em Macau a sanção máxima é de apenas 15 anos de prisão, pena que não tem suficiente efeito dissuasivo e faz com que os residentes da região vizinha optem por arriscar”, frisou de deputada. Regiões unidas A deputada espera que o Governo reveja a Lei de Luta contra a droga e promova reuniões regulares entre autoridades policiais de combate ao crime e agentes alfandegários com os seus congéneres da região vizinha. Este tipo de cooperação estreita, para Wong Kit Cheng, serviria para trocar informações e combater com eficácia o narcotráfico cometido por residentes de Hong Kong no território, segundo declarações citadas pelo jornal Ou Mun. Wong Kit Cheng revelou que redes criminosas contratam residentes de Hong Kong devido ao preço que os estupefacientes podem atingir em Macau. Para a legisladora, o tráfico de drogas representa um perigo para a vida saudável dos residentes.
Juana Ng Cen PolíticaDroga | Wong Kit Cheng volta a pedir penas mais duras para tráfico Wong Kit Cheng prossegue as exigências draconianas de aumento da pena para o crime de tráfico de estupefacientes, em declarações ao jornal Ou Mun. A deputada ligada à Associação Geral das Mulheres discorda de Wong Sio Chak e sugere que se olhe para as penas máximas aplicadas em Hong Kong, que podem ir até à prisão perpétua [dropcap]O[/dropcap]s casos de tráfico de droga detectados pelas autoridades de Macau envolvendo jovens de Hong Kong têm preocupado Wong Kit Cheng, ao ponto de reforçar o desacordo com a resposta de Wong Sio Chak a uma interpelação em que pedia o aumento da moldura penal para estes crimes. O secretário para a Segurança não atendeu ao pedido da legisladora e dirigente da Associação de Criação de Famílias Felizes e sublinhou que as actuais penas para crimes de tráfico de drogas são muito severas e estão coordenadas com outros crimes graves. Importa referir que a pena máxima para o crime de tráfico de droga é de 15 anos, menos cinco anos que a moldura penal para o crime de homicídio. O crime de homicídio qualificado tem a pena mais elevada do ordenamento jurídico de Macau, com 25 anos de prisão. Ainda assim, Wong Kit Cheng, citada pelo jornal Ou Mun, refere que no panorama internacional Hong Kong é um exemplo a ter em conta numa eventual alteração legal, devido às penas impostas através do Capítulo 134 da “Dangerous Drugs Ordinance”. A legislação da região vizinha estabelece que quem trafique drogas arrisca ser condenado a uma multa de 5 milhões de dólares de Hong Kong e a prisão perpétua. Pena semelhante para quem produzir substâncias estupefacientes. A lei de Hong Kong alarga o conceito de tráfico à venda, mas também à “cedência” de qualquer quantidade de drogas. Neste contexto, Wong Kit Cheng considera que a legislação local é demasiado permissiva. “Em Macau a sanção máxima é de apenas 15 anos de prisão, pena que não tem suficiente efeito dissuasivo e faz com que os residentes da região vizinha optem por arriscar”, frisou de deputada. Regiões unidas A deputada espera que o Governo reveja a Lei de Luta contra a droga e promova reuniões regulares entre autoridades policiais de combate ao crime e agentes alfandegários com os seus congéneres da região vizinha. Este tipo de cooperação estreita, para Wong Kit Cheng, serviria para trocar informações e combater com eficácia o narcotráfico cometido por residentes de Hong Kong no território, segundo declarações citadas pelo jornal Ou Mun. Wong Kit Cheng revelou que redes criminosas contratam residentes de Hong Kong devido ao preço que os estupefacientes podem atingir em Macau. Para a legisladora, o tráfico de drogas representa um perigo para a vida saudável dos residentes.
Andreia Sofia Silva PolíticaCaso IFT | Activistas recordam incentivo ao voto nas escolas durante eleições O activista Rocky Chan, ligado à Associação Novo Macau, recordou o caso em que deputados fizeram uma campanha de incentivo ao voto em 2017, como exemplo de que as escolas são espaços usados para questões políticas. O deputado Sulu Sou defende que não podem existir dois pesos e duas medidas nestes casos [dropcap]R[/dropcap]ocky Chan, activista, e Sulu Sou, deputado, ambos ligados à Associação Novo Macau (ANM), usaram as redes sociais para espelhar o que dizem ser uma contradição face à ocorrência de actividades políticas nos estabelecimentos de ensino. Na sua página de Facebook, Rocky Chan recordou o caso ocorrido em plena campanha para as eleições legislativas de 2017, quando foram feitas acções de incentivo ao voto em várias escolas, junto dos pais dos alunos. Sulu Sou partilhou a mesma publicação e apontou o dedo aos directores de algumas instituições de ensino que defenderam que as escolas não devem ser palco de acções políticas. “Sim, reivindicações políticas não devem acontecer nas escolas. À excepção do período de eleições para a AL e do estabelecimento de figuras políticas que reivindicam ser patriotas e amar o Governo”, escreveu no Facebook. Ao HM, o deputado disse que não devem existir diferentes regras sobre esta matéria. “Essa publicação teve como objectivo recordar as pessoas do que aconteceu nas eleições de 2017. Também queremos exigir ao Governo que não tenha dois pesos e duas medidas sobre a questão da política nas escolas”, apontou. Nas últimas eleições para a AL foi notícia o facto de as escolas Keang Peng, Kao Yip e Pui Wa terem enviado cartas aos pais de alunos a apelar ao voto na lista liderada pela deputada Wong Kit Cheng. Alexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, disse esperar que a Comissão para os Assuntos Eleitorais ou o Comissariado contra a Corrupção pudessem fiscalizar esta matéria. Autonomia garantida As publicações de Rocky Chan e Sulu Sou surgem depois de dois alunos do Instituto de Formação Turística (IFT) terem empenhado cartazes de apoio aos protestos de Hong Kong, com as caras cobertas por máscaras. O Governo defendeu uma eventual violação da lei de reunião e manifestação, por não ter sido pedida autorização à Polícia de Segurança Pública (PSP) para o acto. Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, adiantou que é sempre necessária uma autorização das autoridades, caso contrário estes actos serão considerados manifestações ilegais. Contudo, no caso específico do IFT, “não se vai seguir com a responsabilização” dos dois alunos, porque “são jovens e não conhecem a lei”, disse. Lou Pak Sang, director dos Serviços de Educação e Juventude, já veio explicar que as escolas têm autonomia relativamente à forma como devem ser abordados os protestos de Hong Kong nas salas de aula.
Andreia Sofia Silva PolíticaCaso IFT | Activistas recordam incentivo ao voto nas escolas durante eleições O activista Rocky Chan, ligado à Associação Novo Macau, recordou o caso em que deputados fizeram uma campanha de incentivo ao voto em 2017, como exemplo de que as escolas são espaços usados para questões políticas. O deputado Sulu Sou defende que não podem existir dois pesos e duas medidas nestes casos [dropcap]R[/dropcap]ocky Chan, activista, e Sulu Sou, deputado, ambos ligados à Associação Novo Macau (ANM), usaram as redes sociais para espelhar o que dizem ser uma contradição face à ocorrência de actividades políticas nos estabelecimentos de ensino. Na sua página de Facebook, Rocky Chan recordou o caso ocorrido em plena campanha para as eleições legislativas de 2017, quando foram feitas acções de incentivo ao voto em várias escolas, junto dos pais dos alunos. Sulu Sou partilhou a mesma publicação e apontou o dedo aos directores de algumas instituições de ensino que defenderam que as escolas não devem ser palco de acções políticas. “Sim, reivindicações políticas não devem acontecer nas escolas. À excepção do período de eleições para a AL e do estabelecimento de figuras políticas que reivindicam ser patriotas e amar o Governo”, escreveu no Facebook. Ao HM, o deputado disse que não devem existir diferentes regras sobre esta matéria. “Essa publicação teve como objectivo recordar as pessoas do que aconteceu nas eleições de 2017. Também queremos exigir ao Governo que não tenha dois pesos e duas medidas sobre a questão da política nas escolas”, apontou. Nas últimas eleições para a AL foi notícia o facto de as escolas Keang Peng, Kao Yip e Pui Wa terem enviado cartas aos pais de alunos a apelar ao voto na lista liderada pela deputada Wong Kit Cheng. Alexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, disse esperar que a Comissão para os Assuntos Eleitorais ou o Comissariado contra a Corrupção pudessem fiscalizar esta matéria. Autonomia garantida As publicações de Rocky Chan e Sulu Sou surgem depois de dois alunos do Instituto de Formação Turística (IFT) terem empenhado cartazes de apoio aos protestos de Hong Kong, com as caras cobertas por máscaras. O Governo defendeu uma eventual violação da lei de reunião e manifestação, por não ter sido pedida autorização à Polícia de Segurança Pública (PSP) para o acto. Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, adiantou que é sempre necessária uma autorização das autoridades, caso contrário estes actos serão considerados manifestações ilegais. Contudo, no caso específico do IFT, “não se vai seguir com a responsabilização” dos dois alunos, porque “são jovens e não conhecem a lei”, disse. Lou Pak Sang, director dos Serviços de Educação e Juventude, já veio explicar que as escolas têm autonomia relativamente à forma como devem ser abordados os protestos de Hong Kong nas salas de aula.
Juana Ng Cen PolíticaSAFP | Song Pek Kei espera que secretário reveja regime [dropcap]D[/dropcap]e acordo com o jornal Ou Mun, Song Pek Kei entende que o “recrutamento centralizado” até ao “concurso de gestão uniformizada”, para além de não ser eficaz, é “cada vez pior”. A deputada espera que a revisão seja liderada pelo próprio secretário, para aumentando a credibilidade. Song Pek Kei citou o relatório do Comissariado da Auditoria, referindo que “o SAFP, durante o processo de elaboração do Regime de 2011, não se baseou na realidade, causando problemas e transtornos de difícil resolução”, e reiterou que o recrutamento de funcionários públicos tem de se concentrar nas necessidades e condições reais. A deputada disse ainda que o “regime de avaliação de desempenho e mecanismo de acesso dos funcionários públicos” é muito rígido, o que faz com que frequentemente funcionários públicos tenham de concorrer com os outros cidadãos para se promoverem. Portanto, espera que no futuro, a reforma do regime da Administração Pública seja mais aberta e flexível em diferentes carreiras, dentro e fora dos quadros, garantindo mais espaço de mobilidade.
Juana Ng Cen PolíticaSAFP | Song Pek Kei espera que secretário reveja regime [dropcap]D[/dropcap]e acordo com o jornal Ou Mun, Song Pek Kei entende que o “recrutamento centralizado” até ao “concurso de gestão uniformizada”, para além de não ser eficaz, é “cada vez pior”. A deputada espera que a revisão seja liderada pelo próprio secretário, para aumentando a credibilidade. Song Pek Kei citou o relatório do Comissariado da Auditoria, referindo que “o SAFP, durante o processo de elaboração do Regime de 2011, não se baseou na realidade, causando problemas e transtornos de difícil resolução”, e reiterou que o recrutamento de funcionários públicos tem de se concentrar nas necessidades e condições reais. A deputada disse ainda que o “regime de avaliação de desempenho e mecanismo de acesso dos funcionários públicos” é muito rígido, o que faz com que frequentemente funcionários públicos tenham de concorrer com os outros cidadãos para se promoverem. Portanto, espera que no futuro, a reforma do regime da Administração Pública seja mais aberta e flexível em diferentes carreiras, dentro e fora dos quadros, garantindo mais espaço de mobilidade.
João Luz PolíticaHong Kong | DSEJ garante não ter instruído escolas sobre protestos O director dos Serviços de Educação e Juventude assegura que não foram dadas indicações às escolas no sentido de não permitirem protestos no primeiro dia de aulas. Lou Pak Sang refere como prioridades os alunos desenvolverem o pensamento crítico e que as opiniões sejam expressas de forma pacífica [dropcap]S[/dropcap]e têm opiniões, podem expressá-las de forma pacífica”, referiu ontem Lou Pak Sang, director dos Serviços de Educação e Juventude em relação à liberdade que garante terem os alunos das escolas de Macau. As declarações foram proferidas no contexto da notícia publicada no Jornal Tribuna de Macau que deu conta da mensagem passada pela Escola para Filhos e Irmãos dos Operários, no primeiro dia de aulas, que “avisou” os estudantes para não repetirem os protestos de Hong Kong e não terem comportamentos inadequados. Questionado se a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude deu indicações às escolas para prevenir manifestações solidárias com os estudantes que se manifestaram na região vizinha, Lou Pak Sang garantiu que nas escolas de Macau há autonomia pedagógica. “Não solicitámos aos directores que proibissem manifestações de alunos”, esclareceu. Ainda assim, revelou que foram dadas orientações às escolas “para servir como referência quando existirem estes casos”. “Não falámos de protestos ou manifestações, não referimos estas palavras, concentrámo-nos mais na segurança dos alunos e na forma de expressar as opiniões de forma razoável e pacífica”, acrescentou o director da DSEJ. Além disso, o responsável apontou o desenvolvimento do pensamento crítico como prioridade no ensino de Macau. “Os alunos devem ter um pensamento próprio, não é só os docentes ensinarem ideologia. Os alunos devem também, depois de aprender, analisar os assuntos e chegar a uma conclusão”, referiu. Teatro e karaoke Depois de no ano passado Macau ter ficado malvisto no ranking PISA, publicado pela OCDE, como o quarto pior território analisado em matéria de bullying, Lou Pak Sang revelou o que está a ser feito para combater o fenómeno. “Criámos um grupo destinado a elevar o sentimento de felicidade dos alunos para terem melhor relacionamento interpessoal”, revelou o director da DSEJ. Foram também ministradas formações destinadas a alunos e docentes para ajudar a tratar conflitos entre alunos e “recuperar os laços de amizade”. Além disso, foi realizado um videoclip de uma música intitulada “Nunca Desistir”, para sensibilizar para o tema do bullying. A música está também disponível em formato karaoke e foi divulgada nas escolas. Questionado sobre o registo de incidentes de abuso sexual em unidades de ensino do território, Lou Pak Sang disse que foram feitos panfletos para “transmitidas mensagens sobre educação sexual” e criado um sistema de “lemas” para responder a situações de abuso e do que é impróprio em termos de intimidade. “NOT” para situações em que os alunos devem saber como dizer não, “OFF” para fugirem do local e “TELL” para situações que devem ser comunicadas aos professores e pais. Além disso, entre Novembro e Dezembro está planeada uma acção de grande escala. “Vamos às escolas realizar um teatro itinerante para transmitir as mensagens sobre educação sexual, assim os alunos ficam com uma impressão muito forte”, indicou o director. Números do ensino Em termos estatísticos, ainda em fase preliminar, este ano lectivo arrancou com 81.766 alunos nos ensinos infantil, primário, secundário e especial; quando comparado com o ano lectivo anterior, o número de alunos dos ensinos infantil aumentou 2,73 por cento, do primário 4,20 por cento, do secundário 1,51 por cento e do especial 2,59 por cento. Já o número de estudantes do ensino recorrente é de 917, uma diminuição de 17,83 por cento. O ano lectivo arranca com 3.006 turmas, mais 3,23 por cento em relação ao ano passado. Quando ao número médio de alunos por turma, o cenário mantém-se relativamente semelhante aos anos anteriores, principalmente no ensino infantil e primário, com cerca de 28 e 29 estudantes por turma. No secundário, a média baixou de 29,05 para 27,03 alunos por turma.
João Luz PolíticaHong Kong | DSEJ garante não ter instruído escolas sobre protestos O director dos Serviços de Educação e Juventude assegura que não foram dadas indicações às escolas no sentido de não permitirem protestos no primeiro dia de aulas. Lou Pak Sang refere como prioridades os alunos desenvolverem o pensamento crítico e que as opiniões sejam expressas de forma pacífica [dropcap]S[/dropcap]e têm opiniões, podem expressá-las de forma pacífica”, referiu ontem Lou Pak Sang, director dos Serviços de Educação e Juventude em relação à liberdade que garante terem os alunos das escolas de Macau. As declarações foram proferidas no contexto da notícia publicada no Jornal Tribuna de Macau que deu conta da mensagem passada pela Escola para Filhos e Irmãos dos Operários, no primeiro dia de aulas, que “avisou” os estudantes para não repetirem os protestos de Hong Kong e não terem comportamentos inadequados. Questionado se a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude deu indicações às escolas para prevenir manifestações solidárias com os estudantes que se manifestaram na região vizinha, Lou Pak Sang garantiu que nas escolas de Macau há autonomia pedagógica. “Não solicitámos aos directores que proibissem manifestações de alunos”, esclareceu. Ainda assim, revelou que foram dadas orientações às escolas “para servir como referência quando existirem estes casos”. “Não falámos de protestos ou manifestações, não referimos estas palavras, concentrámo-nos mais na segurança dos alunos e na forma de expressar as opiniões de forma razoável e pacífica”, acrescentou o director da DSEJ. Além disso, o responsável apontou o desenvolvimento do pensamento crítico como prioridade no ensino de Macau. “Os alunos devem ter um pensamento próprio, não é só os docentes ensinarem ideologia. Os alunos devem também, depois de aprender, analisar os assuntos e chegar a uma conclusão”, referiu. Teatro e karaoke Depois de no ano passado Macau ter ficado malvisto no ranking PISA, publicado pela OCDE, como o quarto pior território analisado em matéria de bullying, Lou Pak Sang revelou o que está a ser feito para combater o fenómeno. “Criámos um grupo destinado a elevar o sentimento de felicidade dos alunos para terem melhor relacionamento interpessoal”, revelou o director da DSEJ. Foram também ministradas formações destinadas a alunos e docentes para ajudar a tratar conflitos entre alunos e “recuperar os laços de amizade”. Além disso, foi realizado um videoclip de uma música intitulada “Nunca Desistir”, para sensibilizar para o tema do bullying. A música está também disponível em formato karaoke e foi divulgada nas escolas. Questionado sobre o registo de incidentes de abuso sexual em unidades de ensino do território, Lou Pak Sang disse que foram feitos panfletos para “transmitidas mensagens sobre educação sexual” e criado um sistema de “lemas” para responder a situações de abuso e do que é impróprio em termos de intimidade. “NOT” para situações em que os alunos devem saber como dizer não, “OFF” para fugirem do local e “TELL” para situações que devem ser comunicadas aos professores e pais. Além disso, entre Novembro e Dezembro está planeada uma acção de grande escala. “Vamos às escolas realizar um teatro itinerante para transmitir as mensagens sobre educação sexual, assim os alunos ficam com uma impressão muito forte”, indicou o director. Números do ensino Em termos estatísticos, ainda em fase preliminar, este ano lectivo arrancou com 81.766 alunos nos ensinos infantil, primário, secundário e especial; quando comparado com o ano lectivo anterior, o número de alunos dos ensinos infantil aumentou 2,73 por cento, do primário 4,20 por cento, do secundário 1,51 por cento e do especial 2,59 por cento. Já o número de estudantes do ensino recorrente é de 917, uma diminuição de 17,83 por cento. O ano lectivo arranca com 3.006 turmas, mais 3,23 por cento em relação ao ano passado. Quando ao número médio de alunos por turma, o cenário mantém-se relativamente semelhante aos anos anteriores, principalmente no ensino infantil e primário, com cerca de 28 e 29 estudantes por turma. No secundário, a média baixou de 29,05 para 27,03 alunos por turma.
João Santos Filipe PolíticaXi Jinping | Macau, Hong Kong e Taiwan entre os riscos do país O Presidente Xi fez um discurso em que apontou Macau, Hong Kong e Taiwan, entre outros temas, como desafios para o futuro desenvolvimento da China. O analista Larry So considera que o facto da RAEM ser mencionada é um voto de confiança para mostrar que existe um caso de sucesso na aplicação da política Um País, Dois Sistemas [dropcap]A[/dropcap] China está num período de desenvolvimento cheio de desafios e riscos, entre os quais também se encontra Macau, e os membros do partido devem preparar-se para a “arte da luta”. Foi esta a mensagem deixada pelo Presidente Xi Jinping aos membros do Partido Comunista, num discurso terça-feira passada, na Escola Central do Partido, instituição que é conhecida por formar futuros dirigentes. “A luta do nosso Partido Comunista encontrou sempre problemas, contradições e riscos. Quer seja no presente ou no futuro, o desenvolvimento acumulado faz com que a China tenha entrado num período que está repleto de vários desafios e riscos”, afirmou Xi Jinping. “Não nos faltarão grandes lutas, quer seja no aspecto económico, político, cultural, social, na construção de uma civilização ecológica, na defesa nacional, na formação do exército nacional, nos assuntos de Hong Kong, Macau e Taiwan, nos trabalhos diplomáticos, na construção do partido, entre outros aspectos, que são cada vez mais complicados”, acrescentou. Xi Jinping enfatizou depois que “a luta é um tipo de arte” e que os dirigentes devem “saber como dominar bem a arte da luta”. “Em todas as grandes lutas devemos persistir no reforço da nossa preparação para os acontecimentos inesperados, mantendo um foco estratégico, a concentração e a união à volta das decisões tácticas e julgamentos estratégicos”, afirmou o Presidente como receita para o futuro. O líder chinês apelou ainda aos próximos dirigentes para que tenham sucesso: “Os quadros dirigentes são responsáveis e devem ter a consciência da necessidade de defender o nosso País, sendo que quando forem chamados, devem chegar-se à frente para lutarem. E quando estiverem a lutar têm de ganhar”, apontou. Sinal de confiança Ao HM, o comentador político Larry So considerou que o facto de Xi Jinping mencionar Macau ao nível de desafios como Hong Kong não significa um motivo para sinal de alarme para políticos e residentes locais. So aponta mesmo que a RAEM é utilizada como exemplo das vitórias alcançadas pelo partido. “Quando o mundo está todo a focar as atenções na forma como a China está a lidar com Hong Kong, principalmente com todos estes movimentos sociais, o facto de se mencionar Macau é para fazer uma diferenciação”, começou por explicar. “Há uma certa ideia que Hong Kong não é um caso bem-sucedido para o princípio “Um País, Dois Sistemas”. Mas quando se menciona Macau está a fazer-se um contraste, uma vez que Macau é um caso claro do sucesso do princípio “Um País, Dois Sistemas”, interpretou, sobre as palavras de Xi Jinping. Segundo o comentador, Macau serve para motivar as elites comunistas e mostrar que a China é capaz de vencer os desafios em que está envolvida, nomeadamente a Guerra Comercial com os Estados Unidos e a instabilidade vivida em Hong Kong. “Pode definir-se Macau como um desafio. Mas depois quando olhamos para os resultados, a China mostra esta experiência bem-sucedida. É uma prova de que a China está preparada para vencer os desafios. É como dizer: ‘Temos desafios no futuro, mas temos provas e meios para os vencer‘”, indicou. Finalmente, Larry So negou ainda que haja motivo para que os políticos de Macau façam soar os alarmes: “Não, não acredito que tenham motivos para se sentirem nervosos com o discurso. Acho que vão sentir-se felizes porque mais uma vez a RAEM é mencionada como um exemplo de sucesso. Acho que até vão ficar felizes porque mais uma vez estão a ajudar o País”, considerou. Macau exemplar Também ontem a China News Service, a agência noticiosa do Governo Central, a par da Xinhua, publicou um artigo em que explica as razões do sucesso da RAEM e o facto de se manter a tranquilidade, em contraste com Hong Kong. Neste artigo, são recordadas as palavras do futuro Chefe do Executivo Ho Iat Seng, que prometeu não poupar esforços na protecção e implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas”. No artigo é ainda citado Victor Gao, presidente do Centro da China para a Globalização, que aponta que Macau reconhece os benefícios económicos desde o retorno à Pátria. “Em Macau sente-se que o interesse da região passa em absoluto por manter relações de proximidade com o Governo Central e com os chineses do Interior”, indicou. No mesmo texto são recordadas declarações anteriores de Eilo Yu, académico da Universidade de Macau, à ABC, em que é defendido que a RAEM tem um forte sentimento Pró-Pequim que contribui para a harmonia das relações entre as duas partes. Por outro lado, a China News Service recorda os esforços das autoridades centrais para pacificarem as tríades, ainda antes da transição, o que, segundo o artigo, permitiu acabar com o “caos” que se vivia na então colónia portuguesa. Por último, a China News Service aponta que Macau passa ao lado das confusões de Hong Kong porque tem sido capaz de evitar as interferências estrangeiras. Posição de força Depois de ter sido conhecido o discurso de Xi Jinping, o jornal South Ching Morning Post ouviu várias analistas, principalmente sobre a utilização da palavra “lutas”. Para Wu Qiang, comentador dos assuntos chineses sediado em Pequim, o discurso representa “uma declaração de antagonismo” da China em relação a todos os que tentam impedir a sua emergência no panorama internacional. “É um discurso que marca uma posição de fundo”, começou por dizer. “A China mostra uma postura de antagonismo e é esta a posição e abordagem que vai adoptar para lidar com a deterioração das relações com os Estados Unidos”, sustentou. Por sua vez, Li Mingjiang, especialista em estudos internacionais da Universidade Tecnológica de Nanyang, desvalorizou a utilização da palavra “luta”. Segundo o comentador, apesar da palavra poder ser “muito assustadora” para quem não lida habitualmente com o discurso chinês, a expressão tem implícito um sentido de jogo de cintura. “Não se trata de uma abordagem de confronto total e aberto para se conquistar o que se pretende, para subjugar os rivais ou inimigos – a palavra envolve também uma flexibilidade e a arte de saber lutar”, justificou.
João Santos Filipe PolíticaXi Jinping | Macau, Hong Kong e Taiwan entre os riscos do país O Presidente Xi fez um discurso em que apontou Macau, Hong Kong e Taiwan, entre outros temas, como desafios para o futuro desenvolvimento da China. O analista Larry So considera que o facto da RAEM ser mencionada é um voto de confiança para mostrar que existe um caso de sucesso na aplicação da política Um País, Dois Sistemas [dropcap]A[/dropcap] China está num período de desenvolvimento cheio de desafios e riscos, entre os quais também se encontra Macau, e os membros do partido devem preparar-se para a “arte da luta”. Foi esta a mensagem deixada pelo Presidente Xi Jinping aos membros do Partido Comunista, num discurso terça-feira passada, na Escola Central do Partido, instituição que é conhecida por formar futuros dirigentes. “A luta do nosso Partido Comunista encontrou sempre problemas, contradições e riscos. Quer seja no presente ou no futuro, o desenvolvimento acumulado faz com que a China tenha entrado num período que está repleto de vários desafios e riscos”, afirmou Xi Jinping. “Não nos faltarão grandes lutas, quer seja no aspecto económico, político, cultural, social, na construção de uma civilização ecológica, na defesa nacional, na formação do exército nacional, nos assuntos de Hong Kong, Macau e Taiwan, nos trabalhos diplomáticos, na construção do partido, entre outros aspectos, que são cada vez mais complicados”, acrescentou. Xi Jinping enfatizou depois que “a luta é um tipo de arte” e que os dirigentes devem “saber como dominar bem a arte da luta”. “Em todas as grandes lutas devemos persistir no reforço da nossa preparação para os acontecimentos inesperados, mantendo um foco estratégico, a concentração e a união à volta das decisões tácticas e julgamentos estratégicos”, afirmou o Presidente como receita para o futuro. O líder chinês apelou ainda aos próximos dirigentes para que tenham sucesso: “Os quadros dirigentes são responsáveis e devem ter a consciência da necessidade de defender o nosso País, sendo que quando forem chamados, devem chegar-se à frente para lutarem. E quando estiverem a lutar têm de ganhar”, apontou. Sinal de confiança Ao HM, o comentador político Larry So considerou que o facto de Xi Jinping mencionar Macau ao nível de desafios como Hong Kong não significa um motivo para sinal de alarme para políticos e residentes locais. So aponta mesmo que a RAEM é utilizada como exemplo das vitórias alcançadas pelo partido. “Quando o mundo está todo a focar as atenções na forma como a China está a lidar com Hong Kong, principalmente com todos estes movimentos sociais, o facto de se mencionar Macau é para fazer uma diferenciação”, começou por explicar. “Há uma certa ideia que Hong Kong não é um caso bem-sucedido para o princípio “Um País, Dois Sistemas”. Mas quando se menciona Macau está a fazer-se um contraste, uma vez que Macau é um caso claro do sucesso do princípio “Um País, Dois Sistemas”, interpretou, sobre as palavras de Xi Jinping. Segundo o comentador, Macau serve para motivar as elites comunistas e mostrar que a China é capaz de vencer os desafios em que está envolvida, nomeadamente a Guerra Comercial com os Estados Unidos e a instabilidade vivida em Hong Kong. “Pode definir-se Macau como um desafio. Mas depois quando olhamos para os resultados, a China mostra esta experiência bem-sucedida. É uma prova de que a China está preparada para vencer os desafios. É como dizer: ‘Temos desafios no futuro, mas temos provas e meios para os vencer‘”, indicou. Finalmente, Larry So negou ainda que haja motivo para que os políticos de Macau façam soar os alarmes: “Não, não acredito que tenham motivos para se sentirem nervosos com o discurso. Acho que vão sentir-se felizes porque mais uma vez a RAEM é mencionada como um exemplo de sucesso. Acho que até vão ficar felizes porque mais uma vez estão a ajudar o País”, considerou. Macau exemplar Também ontem a China News Service, a agência noticiosa do Governo Central, a par da Xinhua, publicou um artigo em que explica as razões do sucesso da RAEM e o facto de se manter a tranquilidade, em contraste com Hong Kong. Neste artigo, são recordadas as palavras do futuro Chefe do Executivo Ho Iat Seng, que prometeu não poupar esforços na protecção e implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas”. No artigo é ainda citado Victor Gao, presidente do Centro da China para a Globalização, que aponta que Macau reconhece os benefícios económicos desde o retorno à Pátria. “Em Macau sente-se que o interesse da região passa em absoluto por manter relações de proximidade com o Governo Central e com os chineses do Interior”, indicou. No mesmo texto são recordadas declarações anteriores de Eilo Yu, académico da Universidade de Macau, à ABC, em que é defendido que a RAEM tem um forte sentimento Pró-Pequim que contribui para a harmonia das relações entre as duas partes. Por outro lado, a China News Service recorda os esforços das autoridades centrais para pacificarem as tríades, ainda antes da transição, o que, segundo o artigo, permitiu acabar com o “caos” que se vivia na então colónia portuguesa. Por último, a China News Service aponta que Macau passa ao lado das confusões de Hong Kong porque tem sido capaz de evitar as interferências estrangeiras. Posição de força Depois de ter sido conhecido o discurso de Xi Jinping, o jornal South Ching Morning Post ouviu várias analistas, principalmente sobre a utilização da palavra “lutas”. Para Wu Qiang, comentador dos assuntos chineses sediado em Pequim, o discurso representa “uma declaração de antagonismo” da China em relação a todos os que tentam impedir a sua emergência no panorama internacional. “É um discurso que marca uma posição de fundo”, começou por dizer. “A China mostra uma postura de antagonismo e é esta a posição e abordagem que vai adoptar para lidar com a deterioração das relações com os Estados Unidos”, sustentou. Por sua vez, Li Mingjiang, especialista em estudos internacionais da Universidade Tecnológica de Nanyang, desvalorizou a utilização da palavra “luta”. Segundo o comentador, apesar da palavra poder ser “muito assustadora” para quem não lida habitualmente com o discurso chinês, a expressão tem implícito um sentido de jogo de cintura. “Não se trata de uma abordagem de confronto total e aberto para se conquistar o que se pretende, para subjugar os rivais ou inimigos – a palavra envolve também uma flexibilidade e a arte de saber lutar”, justificou.
Hoje Macau PolíticaProtestos | Governo garante igualdade de tratamento na zona do Leal Senado [dropcap]C[/dropcap]heong Ioc Ieng, chefe de gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, assegurou que as autoridades garantem um tratamento igual a todos os grupos de manifestantes que escolhem o Largo do Senado para protestar. A garantia foi dada em resposta a uma interpelação escrita do deputado Sulu Sou. A responsável disse que actualmente “há grupos que se reúnem quase diariamente no Largo do Senado e que são considerados de forma igual” pelas autoridades, sendo que “todos os limites (para a realização dos protestos) são mencionados num despacho” incluindo os critérios adoptados pelas autoridades para a imposição desses limites. Na sua interpelação, o deputado Sulu Sou havia questionado o Governo sobre a importância de estabelecer um melhor mecanismo de comunicação entre a polícia e manifestantes, tendo em conta o caso em que foram colocadas barreiras durante a vigília do 4 de Junho, em memória das vítimas de Tiananmen, e a intimação verbal da parte das autoridades policiais para que os manifestantes da Associação Novo Macau se afastassem do local, à porta da Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional, que serviu de assembleia de voto. Cheong Ioc Ieng disse que, quando as manifestações ou reuniões são agendadas em locais onde existe a possibilidade de influenciar de forma negativa a ordem e a segurança públicas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) reúne antes com os organizadores dessas acções, a fim de garantir uma coordenação das actividades. Além disso, a chefe de gabinete de Wong Sio Chak destaca o facto de os participantes “terem o dever de cumprir a lei, ocupando de forma racional o espaço público”. Se houver alguma dúvida sobre a forma de tratamento do caso adoptado pelos agentes policiais, os organizadores dos protestos podem comunicar directamente com os polícias, adiantou Cheong Ioc Ieng.
Hoje Macau PolíticaProtestos | Governo garante igualdade de tratamento na zona do Leal Senado [dropcap]C[/dropcap]heong Ioc Ieng, chefe de gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, assegurou que as autoridades garantem um tratamento igual a todos os grupos de manifestantes que escolhem o Largo do Senado para protestar. A garantia foi dada em resposta a uma interpelação escrita do deputado Sulu Sou. A responsável disse que actualmente “há grupos que se reúnem quase diariamente no Largo do Senado e que são considerados de forma igual” pelas autoridades, sendo que “todos os limites (para a realização dos protestos) são mencionados num despacho” incluindo os critérios adoptados pelas autoridades para a imposição desses limites. Na sua interpelação, o deputado Sulu Sou havia questionado o Governo sobre a importância de estabelecer um melhor mecanismo de comunicação entre a polícia e manifestantes, tendo em conta o caso em que foram colocadas barreiras durante a vigília do 4 de Junho, em memória das vítimas de Tiananmen, e a intimação verbal da parte das autoridades policiais para que os manifestantes da Associação Novo Macau se afastassem do local, à porta da Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional, que serviu de assembleia de voto. Cheong Ioc Ieng disse que, quando as manifestações ou reuniões são agendadas em locais onde existe a possibilidade de influenciar de forma negativa a ordem e a segurança públicas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) reúne antes com os organizadores dessas acções, a fim de garantir uma coordenação das actividades. Além disso, a chefe de gabinete de Wong Sio Chak destaca o facto de os participantes “terem o dever de cumprir a lei, ocupando de forma racional o espaço público”. Se houver alguma dúvida sobre a forma de tratamento do caso adoptado pelos agentes policiais, os organizadores dos protestos podem comunicar directamente com os polícias, adiantou Cheong Ioc Ieng.