Documentário | “Macau, 20 anos depois” em ante-estreia sexta-feira

[dropcap]É[/dropcap] já esta sexta-feira que acontece a ante-estreia do novo documentário de Carlos Fraga sobre Macau, uma produção da LIVREMEIO e MACAODOC em parceria com o Instituto Português do Oriente (IPOR). O documentário, com o nome “Macau, 20 anos depois”, será exibido no auditório do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong-Kong às 19h30.
De acordo com uma nota oficial do IPOR, este trabalho “é um olhar sobre uma Macau chinesa onde a cultura portuguesa se faz sentir e continua a marcar presença”, constituindo “um filme que dá voz às diversas comunidades”.
Nesse sentido, o projecto de Carlos Fraga espelha uma partilha de “sentimentos e perspectivas de portugueses, macaenses e dos lusófonos que ajudaram a construir Macau (Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Damão e Diu, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor Leste) assim como dos Chineses de Macau (sobre o modo como nos olham, acolhem e nos integram na sociedade chinesa) numa convivência multisecular e multicultural que se enraizou na tipificação do próprio lugar que é Macau”.
“Macau, 20 anos depois” representa “uma viagem de 96 minutos pela fascinante multiculturalidade que a define e diferencia de todas as demais cidades chinesas”. Esta longa-metragem é o resultado de cinco anos de filmagens e produção de uma série composta por seis documentários sobre a era da RAEM. O projecto volta a ser exibido a 29 de Novembro no Museu do Oriente, em Lisboa.

11 Nov 2019

Nova obra de Carlos Marreiros retrata manifestantes de Hong Kong 

[dropcap]O[/dropcap] arquitecto de Macau Carlos Marreiros classificou os manifestantes de Hong Kong de mercenários, que aparecem retratados no desenho “Red December”, também nome da exposição inaugurada na sexta-feira, e que estará patente na Galeria Tap Seac.

“É um movimento fantástico. Se analisarmos do ponto de vista da estratégia militar e da organização, são fantásticos, são mercenários”, disse aos jornalistas Carlos Marreiros sobre os protestos que, há cerca de cinco meses, ocorrem quase diariamente em Hong Kong.

Os manifestantes “não têm ideologia, não têm objectivos, não têm programa político (…), aquilo é violência da mais gratuita possível, é inacreditável”, afirmou.

Para o arquitecto, os participantes dos protestos “marcam a actualidade pela negativa e, por isso, merecem estar nos meus desenhos”, considerou o artista, referindo-se à sua obra, realizada entre 2018 e este ano. Esta representa uma embarcação que “não navega, flutua”, “uma cidade de muitas cidades, uma Macau de muitas Macaus”, juntando “bocados de Lisboa, Porto, Rio de Janeiro, Pequim, Londres, Praga, cidades ou fragmentos de cidades” da preferência do artista, e 109 personalidades, entre escritores, pintores, compositores e políticos, entre outros, explicou. O que está patente é uma redução da obra, já que o original, com quatro metros por três, não cabia na sala, acrescentou.

Da Grande Baía

Entre vários pormenores sobre Macau ou as nove cidades que fazem parte do projecto Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau presentes no desenho, o artista destacou a assinatura da Declaração Conjunta, que aconteceu em 1987 e que esteve na origem da transferência de Macau e de Hong Kong para a China, lembrada pelas figuras do líder chinês Deng Xiaoping, do poeta português Luís de Camões e do escritor britânico William Shakespeare.

Carlos Marreiros adiantou que “esta exposição é feita durante o 20.º aniversário da RAEM e o que deu origem à transferência foi uma coisa chamada Declaração Conjunta”.

Antes das declarações aos jornalistas, o arquitecto tinha deixado algumas críticas à sociedade de Macau nas palavras que proferiu perante o antigo Chefe do Executivo Edmund Ho, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, e o director do Departamento de Propaganda e Cultura do Gabinete de Ligação do Governo chinês na RAEM, Wan Sucheng, entre outros responsáveis.

“Passaram-se 20 anos e nós temos em Macau gente com qualidade, quer no sector privado, quer no Governo, mas há três tipos de pessoas que o Governo e a sociedade de Macau devem evitar: os invejosos, os mesquinhos e os burocratas”, defendeu.

“A administração está a criar curtos circuitos em Macau por causa dos burocratas que não fazem nenhum, só estão à espera da promoção, produzem calor e papel, portanto nem amigos do ambiente são”, acrescentou. Organizada pelo Instituto Cultural de Macau, a exposição “Red December”, que inclui ainda cerca de 40 cadernos de esboços de Carlos Marreiros nunca apresentados, vai estar patente na galeria do Tap Seac até 13 de Fevereiro próximo.

11 Nov 2019

Fotografia | Casa do Povo expõe “Daily Impermanence” até ao dia 24

A mostra de trabalhos fotográficos de António Leong incide sobre a faceta mais genuína do território, como a zona da Barra e do Porto Interior, deixando de lado a imagem publicitária de Macau ligada aos casinos ou ao Grande Prémio

 

[dropcap]A[/dropcap]ntónio Leong é o fotógrafo que protagoniza a nova exposição patente na galeria Casa do Povo. “Daily Impermanence” é o nome da mostra inaugurada este sábado e que estará patente até ao dia 24. Ao HM, António Leong contou que estas são sobretudo imagens de arquivo sobre o dia-a-dia em Macau.

“O nome ‘Daily Impermanence’ remete para o facto de mostrar a vida diária e de esta não ser sempre igual. É um termo ligado ao budismo, que significa que as coisas correm como água e não se repetem. São histórias ou fotografias da vida diária que eu encontro, mas não há uma única fotografia igual.”

Leong diz ter fotografado bastante as zonas antigas do território, tal como a Barra ou Porto Interior, e que espelham a genuinidade do território. “Interessa-me a preservação da memória e da cultura de Macau, que é menos conhecido do que aquilo que vemos na publicidade, ou as coisas que vemos sobre Macau, como o Grande Prémio ou os casinos. É a parte de Macau que eu pessoalmente mais gosto, porque é a parte real de Macau.”

Lusofonia na calha

A mostra “Daily Impermanence” teve como origem uma outra iniciativa de António Leong, também na área da fotografia, mas que tem o festival da Lusofonia como pano de fundo. Nesse processo, António Leong cruzou-se com Sofia Salgado, curadora da Casa do Povo, que o convidou para expor.

No que diz respeito ao projecto da Lusofonia, António Leong procura personagens que caracterizem a comunidade portuguesa tal como ela é. “Este projecto pretende mostrar a diversidade da comunidade depois da transição e o facto de muitos estarem cá a trabalhar e a falar português. Muitos pensam que a maioria das pessoas são juízes ou advogados, mas como conheço a comunidade cheguei à conclusão que temos uma comunidade muito diversa com muitos talentos.”

António Leong irá fotografar um rosto, e cada pessoa irá escrever uma história sobre Macau, que acompanhará a imagem. O fotógrafo assume já ter encontrado uma enorme diversidade de pessoas, não tendo, para já, local ou data para expor este seu projecto, por ser ainda embrionário.

11 Nov 2019

Fotografia | Casa do Povo expõe “Daily Impermanence” até ao dia 24

A mostra de trabalhos fotográficos de António Leong incide sobre a faceta mais genuína do território, como a zona da Barra e do Porto Interior, deixando de lado a imagem publicitária de Macau ligada aos casinos ou ao Grande Prémio

 
[dropcap]A[/dropcap]ntónio Leong é o fotógrafo que protagoniza a nova exposição patente na galeria Casa do Povo. “Daily Impermanence” é o nome da mostra inaugurada este sábado e que estará patente até ao dia 24. Ao HM, António Leong contou que estas são sobretudo imagens de arquivo sobre o dia-a-dia em Macau.
“O nome ‘Daily Impermanence’ remete para o facto de mostrar a vida diária e de esta não ser sempre igual. É um termo ligado ao budismo, que significa que as coisas correm como água e não se repetem. São histórias ou fotografias da vida diária que eu encontro, mas não há uma única fotografia igual.”
Leong diz ter fotografado bastante as zonas antigas do território, tal como a Barra ou Porto Interior, e que espelham a genuinidade do território. “Interessa-me a preservação da memória e da cultura de Macau, que é menos conhecido do que aquilo que vemos na publicidade, ou as coisas que vemos sobre Macau, como o Grande Prémio ou os casinos. É a parte de Macau que eu pessoalmente mais gosto, porque é a parte real de Macau.”

Lusofonia na calha

A mostra “Daily Impermanence” teve como origem uma outra iniciativa de António Leong, também na área da fotografia, mas que tem o festival da Lusofonia como pano de fundo. Nesse processo, António Leong cruzou-se com Sofia Salgado, curadora da Casa do Povo, que o convidou para expor.
No que diz respeito ao projecto da Lusofonia, António Leong procura personagens que caracterizem a comunidade portuguesa tal como ela é. “Este projecto pretende mostrar a diversidade da comunidade depois da transição e o facto de muitos estarem cá a trabalhar e a falar português. Muitos pensam que a maioria das pessoas são juízes ou advogados, mas como conheço a comunidade cheguei à conclusão que temos uma comunidade muito diversa com muitos talentos.”
António Leong irá fotografar um rosto, e cada pessoa irá escrever uma história sobre Macau, que acompanhará a imagem. O fotógrafo assume já ter encontrado uma enorme diversidade de pessoas, não tendo, para já, local ou data para expor este seu projecto, por ser ainda embrionário.

11 Nov 2019

Cartaz alargado e reforço feminino nos dez anos do Sound&Image Challenge

[dropcap]O[/dropcap] festival Sound&Image de Macau, um pequeno concurso audiovisual que se transformou num festival internacional, chega em Dezembro à décima edição, “a maior de sempre” e com mais presença feminina, destacou ontem Lúcia Lemos.

Além das produções em competição – 112 curtas-metragens e oito vídeos musicais – o festival propõe nesta data redonda uma “edição alargada”, com mais dois dias de certame e ciclos especiais, disse à Lusa a coordenadora do Centro de Indústrias Criativas-Creative Macau, Lúcia Lemos.

Entre 3 e 10 de dezembro, serão exibidas, no histórico teatro D. Pedro V, 194 produções audiovisuais, incluindo uma retrospectiva dos vencedores de 2010 a 2018 e oito filmes fora de concurso realizados por mulheres do Sri Lanka, indicou.

“É a primeira vez que fazemos uma curadoria assente em realizadoras mulheres. É interessante porque pouco sabemos do Sri Lanka e resolvi que era importante fazer isto em Macau, até porque existem [no território] muitas mulheres realizadoras”, afirmou.

Portugal está representado na competição em três categorias: ficção, “No limiar do pensamento”, de António Sequeira, “Califórnia”, de Nuno Baltazar; documentário, “A ver o Mar”, de Ana Oliveira e André Puertas, e animação, Purpleboy, de Alexandre Siqueira.

Há também nomes portugueses entre o júri, nomeadamente Cristiano Pereira, diretor artístico do Festival de Cinema do Douro, o único festival de super oito milímetros realizado em Portugal e com o qual o Sound&Image já colaborou em anteriores edições.

A programação inclui ainda filmes convidados da Dinamarca, Guiné-Bissau, Lituânia, Macau, Suécia e Ucrânia e três ‘MasterClasses’ em ficção e animação sobre técnicas de realização, produção e efeitos visuais.

Em expansão

Lançado em 2010, pelo Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, a iniciativa expandiu-se pelos cinco continentes e, em 2015, evoluiu para um festival de curtas-metragens, mantendo o objectivo de motivar a participação de produções fílmicas e vídeos musicais locais e internacionais, a competir em Macau.

Apesar do “orçamento limitado”, o festival cresceu “em quantidade e qualidade” e é hoje uma “identidade de interesse no mapa cultural de Macau”, salientou Lúcia Lemos.

Entre 2010 e 2018, esta iniciativa já premiou 77 filmes e vídeos musicais, dos quais, 35 de Macau. Os premiados são de Portugal, China, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Brasil, França, Índia, Suécia, Espanha, Irão, Polónia, Chile, Paquistão e Suíça.

8 Nov 2019

Cartaz alargado e reforço feminino nos dez anos do Sound&Image Challenge

[dropcap]O[/dropcap] festival Sound&Image de Macau, um pequeno concurso audiovisual que se transformou num festival internacional, chega em Dezembro à décima edição, “a maior de sempre” e com mais presença feminina, destacou ontem Lúcia Lemos.
Além das produções em competição – 112 curtas-metragens e oito vídeos musicais – o festival propõe nesta data redonda uma “edição alargada”, com mais dois dias de certame e ciclos especiais, disse à Lusa a coordenadora do Centro de Indústrias Criativas-Creative Macau, Lúcia Lemos.
Entre 3 e 10 de dezembro, serão exibidas, no histórico teatro D. Pedro V, 194 produções audiovisuais, incluindo uma retrospectiva dos vencedores de 2010 a 2018 e oito filmes fora de concurso realizados por mulheres do Sri Lanka, indicou.
“É a primeira vez que fazemos uma curadoria assente em realizadoras mulheres. É interessante porque pouco sabemos do Sri Lanka e resolvi que era importante fazer isto em Macau, até porque existem [no território] muitas mulheres realizadoras”, afirmou.
Portugal está representado na competição em três categorias: ficção, “No limiar do pensamento”, de António Sequeira, “Califórnia”, de Nuno Baltazar; documentário, “A ver o Mar”, de Ana Oliveira e André Puertas, e animação, Purpleboy, de Alexandre Siqueira.
Há também nomes portugueses entre o júri, nomeadamente Cristiano Pereira, diretor artístico do Festival de Cinema do Douro, o único festival de super oito milímetros realizado em Portugal e com o qual o Sound&Image já colaborou em anteriores edições.
A programação inclui ainda filmes convidados da Dinamarca, Guiné-Bissau, Lituânia, Macau, Suécia e Ucrânia e três ‘MasterClasses’ em ficção e animação sobre técnicas de realização, produção e efeitos visuais.

Em expansão

Lançado em 2010, pelo Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, a iniciativa expandiu-se pelos cinco continentes e, em 2015, evoluiu para um festival de curtas-metragens, mantendo o objectivo de motivar a participação de produções fílmicas e vídeos musicais locais e internacionais, a competir em Macau.
Apesar do “orçamento limitado”, o festival cresceu “em quantidade e qualidade” e é hoje uma “identidade de interesse no mapa cultural de Macau”, salientou Lúcia Lemos.
Entre 2010 e 2018, esta iniciativa já premiou 77 filmes e vídeos musicais, dos quais, 35 de Macau. Os premiados são de Portugal, China, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Brasil, França, Índia, Suécia, Espanha, Irão, Polónia, Chile, Paquistão e Suíça.

8 Nov 2019

Concerto | Percussionista João Pais Filipe hoje no LMA

Hoje, por volta das 21h, o percussionista João Pais Filipe sobe ao palco do LMA para uma noite de sobreposição de camadas de ritmos. Prevê-se uma noite de experimentação e batidas entre o tribalismo e música de dança mais profunda

 

[dropcap]E[/dropcap]stá em Macau um dos expoentes máximos da improvisação e experimentalismo rítmico da música portuguesa. O músico portuense João Pais Filipe sobe hoje ao palco do LMA, a partir das 21h, para um concerto que se prevê intenso.

O conceito estético do som a solo do baterista e percussionista assenta em várias camadas rítmicas, despidas das tradicionais influências do jazz, mesmo do mais free, e do rock.

Quanto ao concerto em si, João Pais Filipe levanta um pouco a ponta do véu sobre o que se pode esperar hoje na casa da música na Coronel Mesquita. “Vou apresentar quatro temas longos, cada um deles tem um ritmo especial que criei, com tempos irregulares. Além da percussão, os instrumentos que vou usar foram feitos por mim”. Daqui nasce parte da singularidade do som do músico, que também constrói gongos e instrumentos metálicos de percussão.

O resultado é um ciclo viciante de ritmos que se entrecruzam e deixam no ar tons étnicos e tribais. Daí o termo “ethno-techno”, que encaixa bem na estética sonora do portuense. “Todos os ritmos têm uma base étnica, alguns foram beber mais a ritmos africanos, outros ao Médio Oriente. A minha ideia era quase criar um mantra em temas longos e bastante repetitivos”, revela.

Para chegar ao conceito que explora a solo, João Pais Filipe despiu-se das roupagens rítmicas mais tradicionais. “Para o meu trabalho a solo tive de fugir de influências anteriores, como de bateristas de jazz e do rock. Mudei completamente a maneira como abordo o instrumento e mudei o instrumento em si. Criei um sistema diferente para poder fazer aquilo que faço agora. Tive de desconstruir e fugir dessas coisas todas do rock e do jazz, da bateria como ela é conhecida”.

Tambores com todos

No meio da profusão de ritmos, um concerto do percussionista tanto pode convidar à dança, como a uma postura mais meditativa.

Com um segundo disco a solo que sairá no próximo ano, João Pais Filipe vai apresentar no LMA parte dos temas que vão compor o registo, que ainda não tem nome.

As colaborações com outros projectos são grande parte da discografia e carreira do músico. No início de 2020 tem três discos a sair, além do registo a solo. Um dos disco parte da simbiose com o alemão Burnt Friedman, músico e produtor que tem no currículo colaborações com projectos de electrónica, dub e jazz.

Noutro registo, João Pais Filipe tem na calha um disco com os portugueses Black Bombaim, que exploram sonoridades perto do rock psicadélico.

O percurso musical do portuense foi marcado, naturalmente, pelo consumo de muitos sons ritmados, como, por exemplo, os discos de jazz com Tony Williams na bateria. Outros baterista que influenciaram o crescimento do músico foram Jaki Liebezeit, dos seminais CAN, e Tony Oxley numa acepção mais experimentalista.

Mas as influências de João Pais Filipe não se ficam por aqui. A música electrónica, de onde se destaca a dupla finlandesa Pan Sonic, é um dos pilares da discografia do músico, assim como a música industrial, onde destaca bandas clássicas como Coil e Throbbing Gristle. Apesar de não serem influências directas, algumas raízes do som de João Pais Filipe estão plantadas no industrial.

Pela primeira vez em digressão na Ásia, o portuense deu ontem um concerto em Hong Kong. Depois do concerto no LMA segue para Taiwan, antes de terminar com dois concertos em Tóquio.
Os bilhetes para o concerto de hoje custam 120 patacas. Além de João Pais Filipe, a noite será marcada pela presença de DJ NOYB nos pratos.

8 Nov 2019

Concerto | Percussionista João Pais Filipe hoje no LMA

Hoje, por volta das 21h, o percussionista João Pais Filipe sobe ao palco do LMA para uma noite de sobreposição de camadas de ritmos. Prevê-se uma noite de experimentação e batidas entre o tribalismo e música de dança mais profunda

 
[dropcap]E[/dropcap]stá em Macau um dos expoentes máximos da improvisação e experimentalismo rítmico da música portuguesa. O músico portuense João Pais Filipe sobe hoje ao palco do LMA, a partir das 21h, para um concerto que se prevê intenso.
O conceito estético do som a solo do baterista e percussionista assenta em várias camadas rítmicas, despidas das tradicionais influências do jazz, mesmo do mais free, e do rock.
Quanto ao concerto em si, João Pais Filipe levanta um pouco a ponta do véu sobre o que se pode esperar hoje na casa da música na Coronel Mesquita. “Vou apresentar quatro temas longos, cada um deles tem um ritmo especial que criei, com tempos irregulares. Além da percussão, os instrumentos que vou usar foram feitos por mim”. Daqui nasce parte da singularidade do som do músico, que também constrói gongos e instrumentos metálicos de percussão.
O resultado é um ciclo viciante de ritmos que se entrecruzam e deixam no ar tons étnicos e tribais. Daí o termo “ethno-techno”, que encaixa bem na estética sonora do portuense. “Todos os ritmos têm uma base étnica, alguns foram beber mais a ritmos africanos, outros ao Médio Oriente. A minha ideia era quase criar um mantra em temas longos e bastante repetitivos”, revela.
Para chegar ao conceito que explora a solo, João Pais Filipe despiu-se das roupagens rítmicas mais tradicionais. “Para o meu trabalho a solo tive de fugir de influências anteriores, como de bateristas de jazz e do rock. Mudei completamente a maneira como abordo o instrumento e mudei o instrumento em si. Criei um sistema diferente para poder fazer aquilo que faço agora. Tive de desconstruir e fugir dessas coisas todas do rock e do jazz, da bateria como ela é conhecida”.

Tambores com todos

No meio da profusão de ritmos, um concerto do percussionista tanto pode convidar à dança, como a uma postura mais meditativa.
Com um segundo disco a solo que sairá no próximo ano, João Pais Filipe vai apresentar no LMA parte dos temas que vão compor o registo, que ainda não tem nome.
As colaborações com outros projectos são grande parte da discografia e carreira do músico. No início de 2020 tem três discos a sair, além do registo a solo. Um dos disco parte da simbiose com o alemão Burnt Friedman, músico e produtor que tem no currículo colaborações com projectos de electrónica, dub e jazz.
Noutro registo, João Pais Filipe tem na calha um disco com os portugueses Black Bombaim, que exploram sonoridades perto do rock psicadélico.
O percurso musical do portuense foi marcado, naturalmente, pelo consumo de muitos sons ritmados, como, por exemplo, os discos de jazz com Tony Williams na bateria. Outros baterista que influenciaram o crescimento do músico foram Jaki Liebezeit, dos seminais CAN, e Tony Oxley numa acepção mais experimentalista.
Mas as influências de João Pais Filipe não se ficam por aqui. A música electrónica, de onde se destaca a dupla finlandesa Pan Sonic, é um dos pilares da discografia do músico, assim como a música industrial, onde destaca bandas clássicas como Coil e Throbbing Gristle. Apesar de não serem influências directas, algumas raízes do som de João Pais Filipe estão plantadas no industrial.
Pela primeira vez em digressão na Ásia, o portuense deu ontem um concerto em Hong Kong. Depois do concerto no LMA segue para Taiwan, antes de terminar com dois concertos em Tóquio.
Os bilhetes para o concerto de hoje custam 120 patacas. Além de João Pais Filipe, a noite será marcada pela presença de DJ NOYB nos pratos.

8 Nov 2019

CPM | Gravura de Madalena Fonseca assinala centenário de Sophia 

[dropcap]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) associou-se às actividades de comemoração do centenário do nascimento da poetisa Sophia de Mello Breyner com a criação de uma gravura da autoria de Madalena Fonseca, professora de pintura na CPM.

“É uma pintura a óleo sobre tábua, onde fiz o retrato de Sophia a tinta da china com caneta de aparo que, como que me aproxima do grafismo da sua escrita. Escolhi uma tábua onde os veios da madeira me sugeriam o rasto das ondas do mar na praia quando a maré vaza”, contou ao HM.

A professora de pintura sente-se próxima da poesia de Sophia de Mello Breyner. “Quando leio Sophia, reencontro o meu fascínio pela arte Grega e pinto ‘colunas nascidas da necessidade de erguer um tecto sem muros’; retorno constantemente à natureza onde, com Sophia, adivinho o divino; com Sophia vejo a ordem e a harmonia do azul cobalto e confirmo que ‘viajar é olhar’”, confessou ainda.

Além da CPM, a Livraria Portuguesa também se associa às comemorações ao conceder, até domingo, desconto em todos os livros de Sophia de Mello Breyner. A Universidade de São José realizou esta quarta-feira, data do nascimento da autora, um colóquio sobre a sua obra.

8 Nov 2019

CPM | Gravura de Madalena Fonseca assinala centenário de Sophia 

[dropcap]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) associou-se às actividades de comemoração do centenário do nascimento da poetisa Sophia de Mello Breyner com a criação de uma gravura da autoria de Madalena Fonseca, professora de pintura na CPM.
“É uma pintura a óleo sobre tábua, onde fiz o retrato de Sophia a tinta da china com caneta de aparo que, como que me aproxima do grafismo da sua escrita. Escolhi uma tábua onde os veios da madeira me sugeriam o rasto das ondas do mar na praia quando a maré vaza”, contou ao HM.
A professora de pintura sente-se próxima da poesia de Sophia de Mello Breyner. “Quando leio Sophia, reencontro o meu fascínio pela arte Grega e pinto ‘colunas nascidas da necessidade de erguer um tecto sem muros’; retorno constantemente à natureza onde, com Sophia, adivinho o divino; com Sophia vejo a ordem e a harmonia do azul cobalto e confirmo que ‘viajar é olhar’”, confessou ainda.
Além da CPM, a Livraria Portuguesa também se associa às comemorações ao conceder, até domingo, desconto em todos os livros de Sophia de Mello Breyner. A Universidade de São José realizou esta quarta-feira, data do nascimento da autora, um colóquio sobre a sua obra.

8 Nov 2019

Palestra | “Arte e Movimento na Escola” na Fundação Rui Cunha

[dropcap]D[/dropcap]ecorre hoje na Fundação Rui Cunha, por volta das 18h30, a palestra e mesa redonda intitulada “Arte e Movimento na Escola”, que visa reflectir sobre o papel do movimento criativo e artístico na Educação. O evento está inserido na programação da Plataforma UNITYGATE 2019, contando com a participação de José Manuel Simões, professor da Universidade de São José, a bailarina Sandra Battaglia e Ana Cristina Paulo, professora de educação física numa escola luso-chinesa do território.

De acordo com uma nota oficial, o objectivo desta mesa redonda é “criar um espaço informal de apresentações e debate sobre o assunto, aproximando pessoas, artes, partilhando saberes, experiências e exemplos sobre um assunto da maior importância na educação da pessoa e das sociedades”. A entrada é livre.

A plataforma UNITYGATE foi criada por Sandra Battaglia, bailarina, coreógrafa, investigadora, professora. Sandra é formada na Escola de Dança do Conservatório Nacional. Em 2011, foi convidada pelo Instituto Cultural de Macau para ser directora artística de vários projectos locais com várias participações em Festivais em Macau, Hong Kong, Taiwan e Miami.

7 Nov 2019

Palestra | “Arte e Movimento na Escola” na Fundação Rui Cunha

[dropcap]D[/dropcap]ecorre hoje na Fundação Rui Cunha, por volta das 18h30, a palestra e mesa redonda intitulada “Arte e Movimento na Escola”, que visa reflectir sobre o papel do movimento criativo e artístico na Educação. O evento está inserido na programação da Plataforma UNITYGATE 2019, contando com a participação de José Manuel Simões, professor da Universidade de São José, a bailarina Sandra Battaglia e Ana Cristina Paulo, professora de educação física numa escola luso-chinesa do território.
De acordo com uma nota oficial, o objectivo desta mesa redonda é “criar um espaço informal de apresentações e debate sobre o assunto, aproximando pessoas, artes, partilhando saberes, experiências e exemplos sobre um assunto da maior importância na educação da pessoa e das sociedades”. A entrada é livre.
A plataforma UNITYGATE foi criada por Sandra Battaglia, bailarina, coreógrafa, investigadora, professora. Sandra é formada na Escola de Dança do Conservatório Nacional. Em 2011, foi convidada pelo Instituto Cultural de Macau para ser directora artística de vários projectos locais com várias participações em Festivais em Macau, Hong Kong, Taiwan e Miami.

7 Nov 2019

Exposição | Arte feminina em destaque nas Casas-Museu da Taipa 

A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promove, na zona das Casas-Museu da Taipa, uma mostra de arte exclusivamente feita no feminino. A exposição, intitulada “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea” está patente até ao dia 16 deste mês e revela obras de mulheres naturais de Macau ou que viveram no território, com uma grande aposta na diversidade

 

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC), a Fundação Macau e a Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promovem, até ao dia 16 de Novembro, a “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea”, que revela o trabalho de seis mulheres artistas com ligações ao território.

De acordo com uma nota de imprensa, a ideia é mostrar o trabalho de artistas que viveram ou vivem em Macau, como Yang Sio Maan, Angel Chan, Luna Cheong, MJ Lee, Ana Jacinto Nunes e Tchusca Songo. Estas “criam peças de arte com diferentes perspectivas da mulher”, sendo que “as obras foram criadas de diversas formas e são apresentadas no sentido contemporâneo de liberdade, singularidade e inovação”.

Citada pelo mesmo comunicado, Kathine Cheong, curadora e directora artística da exposição, disse esperar que “o público possa prestar mais atenção às similaridades dos géneros dos seres humanos através do tema da exposição deste ano”.

Neste sentido, a temática da mostra é “WM”, “Woman” (Mulher em inglês), mas também representa Macau, adiantou Kathine Cheong. Para a responsável, o território é “uma terra abençoada que combina as culturas chinesa e ocidental e que também cultiva artistas locais e multiculturais”.

“Esperamos poder expressar o lado único dos sentimentos humanos e contar a história e cultura de Macau através de cada obra artística nesta exposição”, acrescentou.

“WM” significa ainda “WE (WO MEN)” em mandarim. “Dentro dos constrangimentos do sistema social e das influências culturais, a maior parte exalta determinadas características de um género humano em particular, ignorando a existência de uma homogeneidade entre homens e mulheres”, aponta a mesma nota.

Assim, esta exposição explora o termo “WE” (Nós), no sentido de promover oportunidades iguais para pessoas de diferentes géneros. Além disso, o termo “MUN” (“WO MUN”) significa “DOOR” (Porta) representando Macau (cujo nome em cantones é Ou Mun), levando a que as artistas participantes possam fazer um intercâmbio de ideias e partilhar as suas inspirações.

Cor branca

A mostra patente nas Casas-Museu da Taipa é dominada pela cor branca, o que mostra ao público presente “um forte sentido de espaço, o que vai de encontro aos trabalhos das artistas e ao tema da exposição”. O local da mostra conta com design de Sueie Zhe, também natural de Macau.

Até ao dia 16 de Novembro os organizadores irão promover uma série de actividades interactivas com o público, como visitas guiadas e workshops, entre outras. Estas iniciativas visam levar o público “a compreender de forma profunda a filosofia e as ideias dos artistas”.

A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau foi criada em 2017 e reúne mulheres de várias idades e de diferentes campos profissionais. Através da promoção de eventos ligados à cultura e arte, este grupo pretende “promover o desenvolvimento das mulheres a nível psicológico e físico”.

7 Nov 2019

Exposição | Arte feminina em destaque nas Casas-Museu da Taipa 

A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promove, na zona das Casas-Museu da Taipa, uma mostra de arte exclusivamente feita no feminino. A exposição, intitulada “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea” está patente até ao dia 16 deste mês e revela obras de mulheres naturais de Macau ou que viveram no território, com uma grande aposta na diversidade

 
[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC), a Fundação Macau e a Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau promovem, até ao dia 16 de Novembro, a “Exposição de Arte da Nova Mulher Contemporânea”, que revela o trabalho de seis mulheres artistas com ligações ao território.
De acordo com uma nota de imprensa, a ideia é mostrar o trabalho de artistas que viveram ou vivem em Macau, como Yang Sio Maan, Angel Chan, Luna Cheong, MJ Lee, Ana Jacinto Nunes e Tchusca Songo. Estas “criam peças de arte com diferentes perspectivas da mulher”, sendo que “as obras foram criadas de diversas formas e são apresentadas no sentido contemporâneo de liberdade, singularidade e inovação”.
Citada pelo mesmo comunicado, Kathine Cheong, curadora e directora artística da exposição, disse esperar que “o público possa prestar mais atenção às similaridades dos géneros dos seres humanos através do tema da exposição deste ano”.
Neste sentido, a temática da mostra é “WM”, “Woman” (Mulher em inglês), mas também representa Macau, adiantou Kathine Cheong. Para a responsável, o território é “uma terra abençoada que combina as culturas chinesa e ocidental e que também cultiva artistas locais e multiculturais”.
“Esperamos poder expressar o lado único dos sentimentos humanos e contar a história e cultura de Macau através de cada obra artística nesta exposição”, acrescentou.
“WM” significa ainda “WE (WO MEN)” em mandarim. “Dentro dos constrangimentos do sistema social e das influências culturais, a maior parte exalta determinadas características de um género humano em particular, ignorando a existência de uma homogeneidade entre homens e mulheres”, aponta a mesma nota.
Assim, esta exposição explora o termo “WE” (Nós), no sentido de promover oportunidades iguais para pessoas de diferentes géneros. Além disso, o termo “MUN” (“WO MUN”) significa “DOOR” (Porta) representando Macau (cujo nome em cantones é Ou Mun), levando a que as artistas participantes possam fazer um intercâmbio de ideias e partilhar as suas inspirações.

Cor branca

A mostra patente nas Casas-Museu da Taipa é dominada pela cor branca, o que mostra ao público presente “um forte sentido de espaço, o que vai de encontro aos trabalhos das artistas e ao tema da exposição”. O local da mostra conta com design de Sueie Zhe, também natural de Macau.
Até ao dia 16 de Novembro os organizadores irão promover uma série de actividades interactivas com o público, como visitas guiadas e workshops, entre outras. Estas iniciativas visam levar o público “a compreender de forma profunda a filosofia e as ideias dos artistas”.
A Associação para o Desenvolvimento da Nova Mulher de Macau foi criada em 2017 e reúne mulheres de várias idades e de diferentes campos profissionais. Através da promoção de eventos ligados à cultura e arte, este grupo pretende “promover o desenvolvimento das mulheres a nível psicológico e físico”.

7 Nov 2019

Festival Internacional de Cinema de Macau | 50 filmes entre 5 e 10 de Dezembro

Começa a contagem decrescente para a quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que se realiza entre 5 e 10 de Dezembro. O cartaz deste ano tem cerca de 50 filmes, com destaque para o cinema local numa edição que também celebra os 20 anos da RAEM

 

[dropcap]A[/dropcap] quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM) já mexe. Ontem foi apresentado o programa da festa da sétima arte, que se realiza entre 5 e 10 de Dezembro.

A abertura da quarta edição do IFFAM estará a cargo de “Jojo Rabbit”, uma comédia de humor negro passada na Segunda Guerra Mundial. “O filme da noite de abertura é a película norte-americana ‘Jojo Rabbit’, realizada pelo neozelandês Taika Waititi. É uma maravilhosa comédia agridoce, protagonizada por Scarlet Johanson e Sam Rockwell”, adianta Mike Goodridge, o director artístico do IFFAM. Quanto ao filme de abertura, Goodridge destaca que este venceu o Grande Prémio do Público no Festival Internacional de Cinema de Toronto, “que normalmente é presságio de boas coisas”. No ano passado, o filme da noite de abertura, ‘Green Book’ também venceu aquele prémio canadiano e mais tarde arrebatou o óscar para melhor filme.

Os dez filmes finalistas na secção Competição Internacional são: “Bellbird” (Nova Zelândia), “Bombay Rose” (Índia/França/Reino Unido/Qatar), “Buoyancy” (Austrália), “Family Members” (Argentina), “Give Me Liberty” (EUA), “Goldie” (EUA/França/Holanda/Luxemburgo), “Lynn+Lucy” (Reino Unido/França), “Two of us” (França/Bélgica/Holanda/Luxemburgo) e “Two/One” (Reino Unido/China/Canadá).

“Penso que é um programa muito forte. A nossa equipa de produção trabalhou o ano inteiro sem parar para seleccionar os cerca de 50 filmes que vamos mostrar”, declarou o director artístico do festival. Ainda assim, um dos destaques referidos por Mike Goodridge foi “The Long Walk”, uma produção conjunta do Laos, Espanha e Singapura, realizado por Mattie Do, um filme que nasceu de um projecto fomentado pelo IFFAM. “Estou muito excitado por ter ‘The Long Walk’ no programa. É a primeira película que será exibida no festival depois de ter estado no projecto de marketing de 2016, e de ter sido exibido como ‘work in progress’ no ano passado. O filme estreiou em Veneza este ano, e estamos muito entusiasmados por termos participado na sua evolução”.

Novidades e locais

O IFFAM contará ainda mais duas secções de concurso, Novo Cinema Chinês e Competição de Curtas, e seis secções foram de competição: Panorama do Mundo, que inclui o filme “A vida invisível de Eurídice Gusmão” de Karim Ainouz (Brasil/Alemanha), Adagas Voadoras, Gala, Apresentações Especiais, Apresentações Especiais para o 20.º Aniversário da RAEM e Escolha do Realizador. Nesta última serão exibidos os filmes “Os Quatrocentos Golpes” de François Truffaut (1959), e “Viagem a Tóquio” de Yasujiro Ozu (1953).

A directora dos Serviços de Turismo e presidente da comissão organizadora do certame, Maria Helena de Senna Fernandes, destacou para esta edição uma nova secção fora de competição, Apresentações Especiais para o 20.º Aniversário da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau], e um “maior número de filmes de Macau” no IFFAM.

“Queremos continuar a dar esta oportunidade aos filmes de Macau. Desde a primeira edição que registamos o interesse de grande parte de novos jovens realizadores e produtores locais para entrarem no festival”, afirmou a responsável aos jornalistas, à margem da conferência de imprensa de apresentação do evento.

Naquela secção vão ser exibidas cinco produções cinematográficas de Macau: “Ina and the Blue Tiger Sauna”, “Let’s Sing”, “Pátio da Ilusão”, “String of Sorrow” e “Years of Macao”.
António Faria, realizador de “Ina and the Blue Tiger Sauna”, traçou o percurso até chegar ao cartaz deste ano do IFFAM. “Este filme começou com uma curta metragem em 2014 com o Macau Stories, a convite do produtor Albert Chu. Desde aí pensámos sempre fazer uma longa-metragem e tivemos bons resultados”. O cineasta revela que o distribuidor norte-americano achou por bem investir no filme e levá-lo aos mercados mundiais. “Então tivemos oportunidade de fazer de uma curta-metragem uma longa-metragem e daí surgiu o ‘Ina’”, aponta António Faria.

Passados cinco anos da rodagem da breve película original, o realizador voltou a usar a mesma actriz, num processo que não foi fácil. “Foi como montar um puzzle, tentar minimizar os custos a nível de produção e contar uma história ao nível de imagens. Mas o mais importante foi trazer para Macau um filme feito por pessoas de Macau e com actores de Macau em cantonês”.

Lugar ao sol

Com a organização e cartaz que segue em crescendo, a directora da DST aponta para objectivos da edição deste ano. “Depois de três edições, queremos dar ao festival um posicionamento próprio, um perfil distinto, com características de Macau, e manter a qualidade do programa”, acrescentou Maria Helena de Senna Fernandes sobre o certame, orçado este ano em cerca de 55 milhões de patacas.

Na terceira edição do IFFAM, a obra “Clean Up”, do sul-coreano Kwon Man-ki, venceu o prémio de melhor filme. Entre 6 e 8 de Dezembro, mais de 200 profissionais de cinema oriundos de 28 países e regiões vão participar no Intercâmbio para a Indústria Cinematográfica, e durante o qual serão apresentados 14 projectos de filmes a investidores, no âmbito do Mercado de Projetos do IFFAM.
As apresentações de trabalhos em curso vão apoiar, uma vez mais, os realizadores de projectos em fase de conclusão ou já concluídos para conseguirem financiamento para terminar filmagens, pós-produção, distribuição e exibições em festivais, entre outros.

Com Lusa

6 Nov 2019

Festival Internacional de Cinema de Macau | 50 filmes entre 5 e 10 de Dezembro

Começa a contagem decrescente para a quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau, que se realiza entre 5 e 10 de Dezembro. O cartaz deste ano tem cerca de 50 filmes, com destaque para o cinema local numa edição que também celebra os 20 anos da RAEM

 
[dropcap]A[/dropcap] quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM) já mexe. Ontem foi apresentado o programa da festa da sétima arte, que se realiza entre 5 e 10 de Dezembro.
A abertura da quarta edição do IFFAM estará a cargo de “Jojo Rabbit”, uma comédia de humor negro passada na Segunda Guerra Mundial. “O filme da noite de abertura é a película norte-americana ‘Jojo Rabbit’, realizada pelo neozelandês Taika Waititi. É uma maravilhosa comédia agridoce, protagonizada por Scarlet Johanson e Sam Rockwell”, adianta Mike Goodridge, o director artístico do IFFAM. Quanto ao filme de abertura, Goodridge destaca que este venceu o Grande Prémio do Público no Festival Internacional de Cinema de Toronto, “que normalmente é presságio de boas coisas”. No ano passado, o filme da noite de abertura, ‘Green Book’ também venceu aquele prémio canadiano e mais tarde arrebatou o óscar para melhor filme.
Os dez filmes finalistas na secção Competição Internacional são: “Bellbird” (Nova Zelândia), “Bombay Rose” (Índia/França/Reino Unido/Qatar), “Buoyancy” (Austrália), “Family Members” (Argentina), “Give Me Liberty” (EUA), “Goldie” (EUA/França/Holanda/Luxemburgo), “Lynn+Lucy” (Reino Unido/França), “Two of us” (França/Bélgica/Holanda/Luxemburgo) e “Two/One” (Reino Unido/China/Canadá).
“Penso que é um programa muito forte. A nossa equipa de produção trabalhou o ano inteiro sem parar para seleccionar os cerca de 50 filmes que vamos mostrar”, declarou o director artístico do festival. Ainda assim, um dos destaques referidos por Mike Goodridge foi “The Long Walk”, uma produção conjunta do Laos, Espanha e Singapura, realizado por Mattie Do, um filme que nasceu de um projecto fomentado pelo IFFAM. “Estou muito excitado por ter ‘The Long Walk’ no programa. É a primeira película que será exibida no festival depois de ter estado no projecto de marketing de 2016, e de ter sido exibido como ‘work in progress’ no ano passado. O filme estreiou em Veneza este ano, e estamos muito entusiasmados por termos participado na sua evolução”.

Novidades e locais

O IFFAM contará ainda mais duas secções de concurso, Novo Cinema Chinês e Competição de Curtas, e seis secções foram de competição: Panorama do Mundo, que inclui o filme “A vida invisível de Eurídice Gusmão” de Karim Ainouz (Brasil/Alemanha), Adagas Voadoras, Gala, Apresentações Especiais, Apresentações Especiais para o 20.º Aniversário da RAEM e Escolha do Realizador. Nesta última serão exibidos os filmes “Os Quatrocentos Golpes” de François Truffaut (1959), e “Viagem a Tóquio” de Yasujiro Ozu (1953).
A directora dos Serviços de Turismo e presidente da comissão organizadora do certame, Maria Helena de Senna Fernandes, destacou para esta edição uma nova secção fora de competição, Apresentações Especiais para o 20.º Aniversário da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau], e um “maior número de filmes de Macau” no IFFAM.
“Queremos continuar a dar esta oportunidade aos filmes de Macau. Desde a primeira edição que registamos o interesse de grande parte de novos jovens realizadores e produtores locais para entrarem no festival”, afirmou a responsável aos jornalistas, à margem da conferência de imprensa de apresentação do evento.
Naquela secção vão ser exibidas cinco produções cinematográficas de Macau: “Ina and the Blue Tiger Sauna”, “Let’s Sing”, “Pátio da Ilusão”, “String of Sorrow” e “Years of Macao”.
António Faria, realizador de “Ina and the Blue Tiger Sauna”, traçou o percurso até chegar ao cartaz deste ano do IFFAM. “Este filme começou com uma curta metragem em 2014 com o Macau Stories, a convite do produtor Albert Chu. Desde aí pensámos sempre fazer uma longa-metragem e tivemos bons resultados”. O cineasta revela que o distribuidor norte-americano achou por bem investir no filme e levá-lo aos mercados mundiais. “Então tivemos oportunidade de fazer de uma curta-metragem uma longa-metragem e daí surgiu o ‘Ina’”, aponta António Faria.
Passados cinco anos da rodagem da breve película original, o realizador voltou a usar a mesma actriz, num processo que não foi fácil. “Foi como montar um puzzle, tentar minimizar os custos a nível de produção e contar uma história ao nível de imagens. Mas o mais importante foi trazer para Macau um filme feito por pessoas de Macau e com actores de Macau em cantonês”.

Lugar ao sol

Com a organização e cartaz que segue em crescendo, a directora da DST aponta para objectivos da edição deste ano. “Depois de três edições, queremos dar ao festival um posicionamento próprio, um perfil distinto, com características de Macau, e manter a qualidade do programa”, acrescentou Maria Helena de Senna Fernandes sobre o certame, orçado este ano em cerca de 55 milhões de patacas.
Na terceira edição do IFFAM, a obra “Clean Up”, do sul-coreano Kwon Man-ki, venceu o prémio de melhor filme. Entre 6 e 8 de Dezembro, mais de 200 profissionais de cinema oriundos de 28 países e regiões vão participar no Intercâmbio para a Indústria Cinematográfica, e durante o qual serão apresentados 14 projectos de filmes a investidores, no âmbito do Mercado de Projetos do IFFAM.
As apresentações de trabalhos em curso vão apoiar, uma vez mais, os realizadores de projectos em fase de conclusão ou já concluídos para conseguirem financiamento para terminar filmagens, pós-produção, distribuição e exibições em festivais, entre outros.
Com Lusa

6 Nov 2019

Maria João Ferreira lança livro “Macau: Turismo e Identidade”

[dropcap]C[/dropcap]hama-se “Macau: Turismo e Identidade” e é o novo livro de Maria João Ferreira, macaense, doutorada na área do turismo. A obra foi recentemente apresentada em Lisboa e é fruto da tese de doutoramento defendida em 2016, com o título “A gastronomia macaense no turismo cultural de Macau”, no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (UL).

“O livro nasce quatro anos depois porque ainda não tinha surgido a oportunidade nem a urgência”, disse a autora ao HM. “O meu objectivo sempre foi pesquisar a gastronomia macaense até porque sou nascida e criada em Macau”, adiantou a autora, que trabalhou como bibliotecária durante 40 anos até decidir continuar os estudos académicos.

Na sua tese de doutoramento, Maria João Ferreira realizou um estudo cujas conclusões se prendem com a falta de uma estratégia de marketing efectiva para a culinária macaense. “Existe um longo caminho a percorrer até que a gastronomia macaense possa efectivamente contribuir para o turismo cultural de Macau, apesar de estar fortemente implantada no seio das famílias macaenses”, aponta Maria João Ferreira.

“Os restaurantes visitados durante a observação directa não demonstraram muito empenho na sua confecção e divulgação. A dificuldade e a incerteza do retorno do investimento a fazer inibe-os de se aplicarem. Os entrevistados demonstraram alguma esperança na capacidade da gastronomia macaense se firmar, enquanto reconhecem haver pouco apoio governamental e pouco estímulo à restauração”, pode ler-se ainda na tese.

“Motivo de orgulho”

Questionada sobre o rumo que a gastronomia macaense deve tomar, e tendo em conta as conclusões da sua tese de doutoramento, Maria João Ferreira optou por deixar a resposta para as autoridades de Macau.

“Há conclusões e recomendações de um estudo encomendado à PATA – Pacific Asia Travel Association sobre essa matéria. É dar tempo ou tempo”, disse apenas. Depois da publicação do trabalho académico, Macau foi nomeada, em 2017, como Cidade Criativa da UNESCO na área da gastronomia, distinção que dá um “duplo orgulho” à autora.

Maria João Ferreira também pouco adiantou sobre o caminho que a cultura macaense deverá percorrer no contexto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. “O papel assumido pelo turismo na Grande Baía é uma questão que terá de colocar a quem de direito. A cultura macaense irá manter-se enquanto houver macaenses, e enquanto houver macaenses haverá Macau”, rematou.

5 Nov 2019

Barcelona  | “Sea of Mirrors” em competição no Festival de Cinema Asiático

[dropcap]O[/dropcap] filme “Sea of Mirrors”, de Thomas Lim, vai estar em competição na sétima edição do Festival de Cinema Asiático de Barcelona, que decorre entre os dias 7 e 10 de Novembro. As nomeações são para melhor produção, melhor realização e melhor argumento.

Citado por um comunicado, Thomas Lim adiantou que “estar em competição significa que os esforços e o trabalho árduo de ‘Sea of Mirrors’ compensou. Tendo em conta os resultados, este é um grande encorajamento para a equipa. Estou confiante no meu trabalho e este é um grande elogio para a equipa”.

“Sea of Mirrors” foi totalmente filmado em Macau, contando com actores locais, como é o caso de Sally Victoria Benson, entre outros. Thomas Lim reside em Los Angeles, Estados Unidos, e recorda que este foi o primeiro filme realizado por ele em Hollywood, o que lhe deu pujança para o acesso ao mercado internacional do cinema.

O mesmo comunicado dá conta que, actualmente, Thomas Lim está a trabalhar num conjunto de 14 filmes e séries televisivas em Los Angeles para uma produtora de Hong Kong. Contudo, a ideia de produzir mais filmes em Macau e levá-los aos mercados internacionais está sempre presente.

“Sea of Mirrors” foi filmado a seguir a “Roulette City”, que estreou em Macau em Maio de 2018. Thomas Lim assume ter vontade de realizar um terceiro filme no território, que considera o ponto de origem de todo o seu trabalho como realizador. Este filme será como “uma carta de amor à cidade que o adoptou como um dos seus cineastas”, a fim de completar uma espécie de “Trilogia de Macau”. Esse projecto deverá começar a dar os primeiros passos em 2020 ou 2021, aponta a mesma nota oficial.

5 Nov 2019

Barcelona  | “Sea of Mirrors” em competição no Festival de Cinema Asiático

[dropcap]O[/dropcap] filme “Sea of Mirrors”, de Thomas Lim, vai estar em competição na sétima edição do Festival de Cinema Asiático de Barcelona, que decorre entre os dias 7 e 10 de Novembro. As nomeações são para melhor produção, melhor realização e melhor argumento.
Citado por um comunicado, Thomas Lim adiantou que “estar em competição significa que os esforços e o trabalho árduo de ‘Sea of Mirrors’ compensou. Tendo em conta os resultados, este é um grande encorajamento para a equipa. Estou confiante no meu trabalho e este é um grande elogio para a equipa”.
“Sea of Mirrors” foi totalmente filmado em Macau, contando com actores locais, como é o caso de Sally Victoria Benson, entre outros. Thomas Lim reside em Los Angeles, Estados Unidos, e recorda que este foi o primeiro filme realizado por ele em Hollywood, o que lhe deu pujança para o acesso ao mercado internacional do cinema.
O mesmo comunicado dá conta que, actualmente, Thomas Lim está a trabalhar num conjunto de 14 filmes e séries televisivas em Los Angeles para uma produtora de Hong Kong. Contudo, a ideia de produzir mais filmes em Macau e levá-los aos mercados internacionais está sempre presente.
“Sea of Mirrors” foi filmado a seguir a “Roulette City”, que estreou em Macau em Maio de 2018. Thomas Lim assume ter vontade de realizar um terceiro filme no território, que considera o ponto de origem de todo o seu trabalho como realizador. Este filme será como “uma carta de amor à cidade que o adoptou como um dos seus cineastas”, a fim de completar uma espécie de “Trilogia de Macau”. Esse projecto deverá começar a dar os primeiros passos em 2020 ou 2021, aponta a mesma nota oficial.

5 Nov 2019

Alliance Française de Macau | Festival de música barroca arranca sábado

Entre 9 e 14 de Novembro a Alliance Française de Macau promove concertos de música barroca em mais uma edição do festival que anualmente acontece no território. O tema deste ano é “Connecting Worlds” e pretende também celebrar o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China e os 20 anos da transição de Macau

 

[dropcap]C[/dropcap]elebrar a história com música clássica. É isto que propõe a Alliance Française de Macau com a quinta edição do Festival de Música Barroca, que acontece entre sábado, 9 de Novembro, e o dia 14. De acordo com uma nota oficial, o instituto que se dedica ao ensino da língua francesa no território, e em várias cidades do mundo, recorda que “o ano de 2019 é mais do que simbólico para Macau”, uma vez que “se trata de um ano de celebrações, com o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China e os 20 anos da transferência de soberania de Macau”.

Neste sentido, o tema do festival deste ano é “Connecting Worlds” (conectando mundos) e apresenta, já este sábado, o espectáculo “As Quatro Estações”, conduzido pelo maestro Lio Kuokman. O concerto mistura as composições de António Vivaldi com o tango de Astor Piazzolla, “sublinhadas nas diferenças culturais entre a Europa Mediterrânica e o coração do sul da América”.

Além da presença do maestro Lio Kuokman, o espectáculo conta ainda com a presença dos violinistas Yoo Jin Wang, Quan Yuan, Melody Wang e Amelia Chan e de Laurent Perrin no violoncelo. O concerto acontece no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) no sábado às 20h00.

No dia seguinte, a 10 de Novembro, o Clube Militar de Macau recebe um quarteto de cordas que se propõe tocar temas de vários compositores do barroco. O segundo concerto ‘De Portugal para França’ reúne, portanto, um quarteto de cordas de Macau em parceria com músicos da Orquestra de Macau. “O programa é uma jornada pela música do período renascentista português, através da Era Barroca em Espanha, chegando ao período barroco francês com a música de François Couperin.”

Actuam no Clube Militar, domingo, às 18h00, os músicos Jia Lu, no violoncelo, Vit Polasek e Melody Wang, no violino, e Fan Xiao, na viola.

Recital no seminário

O cartaz do quinto Festival de Música Barroca de Macau encerra-se nos dias 13 e 14 de Novembro com um recital de órgao protagonizado por Vincent Thévenaz no Seminário de S.José.

Conforme aponta a Alliance Francaise de Macau, “os concertos de órgão têm sido uns dos mais populares do festival”, tendo sido convidado Thénevaz, organista da Catedral de São Pedro, em Genebra, musicólogo e músico de jazz. Para a organização, “estes dois programas espelham o progresso dos primeiros dois concertos, que começam com a música do período do Renascimento, seguindo-se o período Barroco até ao concerto final. Ambos contêm compositores de França e Portugal e será ainda feito um concerto improvisado ao estilo barroco.” Desta forma, “este trabalho em três movimentos contém temas de França, Portugal e China”.

O concerto no Seminário de S.José tem entrada livre, estando limitado à ordem de chegada do público. O início está marcado para as 19h30.

5 Nov 2019

Alliance Française de Macau | Festival de música barroca arranca sábado

Entre 9 e 14 de Novembro a Alliance Française de Macau promove concertos de música barroca em mais uma edição do festival que anualmente acontece no território. O tema deste ano é “Connecting Worlds” e pretende também celebrar o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China e os 20 anos da transição de Macau

 
[dropcap]C[/dropcap]elebrar a história com música clássica. É isto que propõe a Alliance Française de Macau com a quinta edição do Festival de Música Barroca, que acontece entre sábado, 9 de Novembro, e o dia 14. De acordo com uma nota oficial, o instituto que se dedica ao ensino da língua francesa no território, e em várias cidades do mundo, recorda que “o ano de 2019 é mais do que simbólico para Macau”, uma vez que “se trata de um ano de celebrações, com o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China e os 20 anos da transferência de soberania de Macau”.
Neste sentido, o tema do festival deste ano é “Connecting Worlds” (conectando mundos) e apresenta, já este sábado, o espectáculo “As Quatro Estações”, conduzido pelo maestro Lio Kuokman. O concerto mistura as composições de António Vivaldi com o tango de Astor Piazzolla, “sublinhadas nas diferenças culturais entre a Europa Mediterrânica e o coração do sul da América”.
Além da presença do maestro Lio Kuokman, o espectáculo conta ainda com a presença dos violinistas Yoo Jin Wang, Quan Yuan, Melody Wang e Amelia Chan e de Laurent Perrin no violoncelo. O concerto acontece no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) no sábado às 20h00.
No dia seguinte, a 10 de Novembro, o Clube Militar de Macau recebe um quarteto de cordas que se propõe tocar temas de vários compositores do barroco. O segundo concerto ‘De Portugal para França’ reúne, portanto, um quarteto de cordas de Macau em parceria com músicos da Orquestra de Macau. “O programa é uma jornada pela música do período renascentista português, através da Era Barroca em Espanha, chegando ao período barroco francês com a música de François Couperin.”
Actuam no Clube Militar, domingo, às 18h00, os músicos Jia Lu, no violoncelo, Vit Polasek e Melody Wang, no violino, e Fan Xiao, na viola.

Recital no seminário

O cartaz do quinto Festival de Música Barroca de Macau encerra-se nos dias 13 e 14 de Novembro com um recital de órgao protagonizado por Vincent Thévenaz no Seminário de S.José.
Conforme aponta a Alliance Francaise de Macau, “os concertos de órgão têm sido uns dos mais populares do festival”, tendo sido convidado Thénevaz, organista da Catedral de São Pedro, em Genebra, musicólogo e músico de jazz. Para a organização, “estes dois programas espelham o progresso dos primeiros dois concertos, que começam com a música do período do Renascimento, seguindo-se o período Barroco até ao concerto final. Ambos contêm compositores de França e Portugal e será ainda feito um concerto improvisado ao estilo barroco.” Desta forma, “este trabalho em três movimentos contém temas de França, Portugal e China”.
O concerto no Seminário de S.José tem entrada livre, estando limitado à ordem de chegada do público. O início está marcado para as 19h30.

5 Nov 2019

IC | “Ficção e Não Ficção” na Cinemateca Paixão

[dropcap]C[/dropcap]hama-se “Ficção e Não Ficção – Montando 24 fotogramas da realidade através de filmes não narrativos” e é a mais recente mostra patente no espaço da Cinemateca Paixão. Trata-se de uma “exposição destinada a apresentar a vídeo arte e a promover diversos tipos de vídeos junto de residentes e turistas”, descreve em comunicado o Instituto Cultural (IC).

O objectivo desta iniciativa é o de “elevar a atmosfera artística da cidade” e tem no cartaz a exibição de produções de cinco artistas: Lao Keng U (Macau), Liao Jiekai (Singapura), Yosep Anggi Noen (Indonésia), Tulapop Saenjaroen (Tailândia) e Raya Martin (Filipinas).

Tratam-se de “filmes não narrativos na forma de vídeo arte, filmes experimentais e de vanguarda”. Para o IC, “os filmes experimentais criados por estes cinco artistas, independentemente da sua duração, constituem uma tentativa de dar ao público um olhar mais atento ao absurdo, à qualidade e à reflexão para além de meras imagens, e sondar a compreensão e a construção da realidade sob uma nova perspectiva”.

Esta mostra fica patente até dia 31 de Dezembro e poderá ser visitada de terça-feira a domingo entre as 10h00 e 20h00.

1 Nov 2019

IC | “Ficção e Não Ficção” na Cinemateca Paixão

[dropcap]C[/dropcap]hama-se “Ficção e Não Ficção – Montando 24 fotogramas da realidade através de filmes não narrativos” e é a mais recente mostra patente no espaço da Cinemateca Paixão. Trata-se de uma “exposição destinada a apresentar a vídeo arte e a promover diversos tipos de vídeos junto de residentes e turistas”, descreve em comunicado o Instituto Cultural (IC).
O objectivo desta iniciativa é o de “elevar a atmosfera artística da cidade” e tem no cartaz a exibição de produções de cinco artistas: Lao Keng U (Macau), Liao Jiekai (Singapura), Yosep Anggi Noen (Indonésia), Tulapop Saenjaroen (Tailândia) e Raya Martin (Filipinas).
Tratam-se de “filmes não narrativos na forma de vídeo arte, filmes experimentais e de vanguarda”. Para o IC, “os filmes experimentais criados por estes cinco artistas, independentemente da sua duração, constituem uma tentativa de dar ao público um olhar mais atento ao absurdo, à qualidade e à reflexão para além de meras imagens, e sondar a compreensão e a construção da realidade sob uma nova perspectiva”.
Esta mostra fica patente até dia 31 de Dezembro e poderá ser visitada de terça-feira a domingo entre as 10h00 e 20h00.

1 Nov 2019

Residência artística | Zhuhai e Hong Kong na lista de desejos de Valério Romão 

[dropcap]V[/dropcap]alério Romão viaja hoje para Macau onde vai residir durante um mês no âmbito de uma residência artística organizada pela agência literária Capítulo Oriental e com o apoio da Fundação Oriente e Casa de Portugal em Macau. Em entrevista ao HM, o autor revelou a vontade de explorar não apenas a singularidade do território, mas também das cidades vizinhas, como é o caso de Hong Kong e Zhuhai.

“Queria ir também a Hong Kong, por todos os motivos, sobretudo pelo que se está a viver lá. Talvez vá também a Zhuhai. Ainda não fiz muitos planos, acho que vou deixar a coisa fluir”, confessou. Questionado sobre a possibilidade de vir a usar os protestos de Hong Kong como pano de fundo para um novo romance, o escritor português, que também colabora com o HM, não negou essa hipótese.

“Escrever sobre os protestos é sempre uma possibilidade, a dúvida é que eu tenha tempo suficiente em Hong Kong para perceber o que se está a passar com a profundidade necessária”, disse o escritor.

A viagem a Oriente marca uma nova etapa em termos de produção literária. Depois de ter escrito uma trilogia de romances sobre as temáticas da família e do autismo, intitulada “paternidades falhadas” e composta pelos livros “Autismo”, “O da Joana” e “Cair para Dentro”, recentemente lançado, o autor anseia por escrever sobre outras coisas.

“A minha vontade não é voltar ao tema da família, é ir para outro sítio e explorar outras perspectivas. Quero escrever sobre coisas completamente diferentes do que tenho escrito até aqui.”

No princípio era Pessanha

A primeira vez que Valério Romão pisou o Oriente foi em 2017, aquando da iniciativa “Camilo Pessanha – 150 Anos”, organizada pelo HM. Foi aí que surgiu a vontade de viver por um período no território para escrever algo de novo. Daí aos contactos com Hélder Beja, director da Capítulo Oriental, foi um passo.

Esta viagem fica marcada por presenças do escritor na Escola Portuguesa de Macau, Instituto Politécnico de Macau e departamento de português da Universidade de Macau (UM), sem esquecer a participação, como moderador e orador, na conferência internacional Asia Pacific Writers & Translators (APWT), a decorrer na UM entre 5 e 7 de Novembro.

Valério Romão, que já tem ideias para um novo romance, não sabe ainda sobre o que vai escrever, mas tem a certeza que pretende explorar a diversidade de culturas existente num só território.
“Quero sobretudo aproveitar o tempo para absorver o que Macau tem para dar. Eventualmente alguma coisa surgirá, dentro do âmbito do romance que estou a pensar escrever ou noutro âmbito que tenha mais a ver com Macau e com todas as culturas lá existentes”, rematou.

1 Nov 2019