“1917” de Sam Mendes ganha Globos de Ouro para melhor filme e realizador

[dropcap]O[/dropcap]s filmes “1917”, de Sam Mendes, e “Era uma Vez… em Hollywood”, de Quentin Tarantino, foram os grandes vencedores da 77.ª edição dos Globos de Ouro, que trouxe várias surpresas na cerimónia desta madrugada em Los Angeles.

O filme “1917” foi coroado com o Globo de Ouro para melhor Drama, batendo “Joker”, “Marriage Story”, “O Irlandês” e “Os Dois Papas”, uma escolha inesperada da Associação da Crítica Estrangeira em Hollywood.
“1917” deu ainda a Sam Mendes a estatueta de Melhor Realizador, numa categoria onde estavam também nomeados Martin Scorsese com “O Irlandês” e Quentin Tarantino. “É difícil fazer filmes sem grandes estrelas e espero que as pessoas o vão ver no grande ecrã, onde foi feito para ver”, disse Sam Mendes ao aceitar o galardão. “1917” é protagonizado por dois actores britânicos pouco conhecidos, George MacKay e Dean-Charles Chapman.

Já “Era Uma Vez… em Hollywood” confirmou o favoritismo vencendo o globo na categoria de Comédia ou Musical e dando ainda a Brad Pitt o galardão de Melhor Actor Secundário em Comédia ou Musical e a Quentin Tarantino a estatueta para Melhor Argumento. De cinco nomeações o filme venceu três, o melhor resultado entre os títulos mais nomeados.

“Joker”, de Todd Phillips, deu a Joaquin Phoenix o Globo de Melhor Actor em filme dramático e ainda venceu na categoria de melhor banda sonora original, premiando a compositora islandesa Hildur Guönadóttir.

Da lista de surpresas consta a vitória do filme de animação “Missing Link”, da Laika Entertainment, superando os pesos-pesados da Disney – “Frozen 2″, Toy Story 4” e “O Rei Leão” – e “Como Treinares o Teu Dragão: O Mundo Secreto”, da Universal, o que gerou grande comoção na cerimónia.

No sentido inverso, “O Irlandês” de Martin Scorsese e com Al Pacino não recebeu qualquer dos Globos de Ouro entre as cinco nomeações que tinha. Também o filme com mais nomeações (seis), “Marriage Story”, de Noah Baumbach, saiu da cerimónia apenas com uma estatueta, entregue a Laura Dern na categoria de Actriz Secundária.

Ambos os títulos são da plataforma Netflix, que não confirmou as expectativas geradas pelo elevado número de nomeações que recebeu para esta edição dos Globos de Ouro: de um total de 17, venceu apenas dois.

Na televisão, foi a HBO, Hulu e Amazon Prime que dominaram. A série “Succession” da HBO levou para casa o Globo mais cobiçado de melhor série dramática e o seu protagonista Brian Cox, que interpreta o magnata Logan Roy, recebeu o galardão de melhor actor em série dramática.

“Chernobyl”, também da HBO, foi considerada a melhor série limitada e Stellan Skarsgård venceu o globo para actor secundário em série, série limitada ou filme para televisão.

Na comédia, e tal como aconteceu nos prémios Emmy, em Setembro de 2019, “Fleabag” da Amazon Prime foi a melhor série e Phoebe Waller-Bridge recebeu o Globo de melhor actriz em Comédia ou Musical.
Olivia Colman foi premiada pelo desempenho em “The Crown”, da Netflix, levando o Globo para Melhor Actriz em Série Dramática, Patricia Arquette foi a Melhor Actriz em Série Limitada por “The Act” (Hulu) e Renée Zellweger Melhor Actriz em Filme Dramático, por “Judy”.

Entre os títulos que não conseguiram qualquer estatueta estão “Os Dois Papas”, “Knives Out” e “The Marvelous Ms. Maisel”. “Parasitas”, do sul-coreano Bong Joon-ho, venceu na categoria de Filme em Língua Estrangeira, tal como esperado.

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