MGM Theater | Ekin Cheng ao vivo no dia 30 de Março

Para celebrar o fim-de-semana da Páscoa, a MGM apresenta Ekin Cheng em concerto no próximo dia 30 de Março. O actor e cantor de Hong Kong terá assim o primeiro concerto do ano em Macau, onde não vão faltar clássicos do cantopop e uma produção visual extravagante

 

“Para acrescentar às celebrações do fim-de-semana da Páscoa, a MGM apresenta uma surpresa especial para residentes locais e turistas do exterior. A 30 de Março, a MGM em colaboração com Ekin Cheng, o multifacetado talento de cinema, televisão e música, apresenta o espectáculo ‘Together with Ekin Cheng’”.

O concerto da estrela de Hong Kong está marcado para as 20h no MGM Theater, e organização promete um espectáculo electrizante e um reportório icónico, combinado com a “produção extravagante de iluminação do MGM Theater, que irá sem dúvida evocar memórias nostálgicas nos fãs”. Será também o primeiro concerto de 2024 do galã da TVB.

Os bilhetes já estão à venda e custam entre 588 e 1.688 patacas.

Seguindo uma longa linhagem de actores que rentabilizam a popularidade conseguida em novelas e filmes, Ekin Cheng lançou o primeiro disco em 1992, “Don’t Cry”.

Ekin Cheng alcançou um sucesso notável na indústria musical com canções como “Young & Dangerous”, “Why you, not me?”, “The Storm Riders” e “The Legend of Speed”.

“Estas canções não só foram muito apreciadas pelos fãs e ouvintes, como também se entraram na memória colectiva de uma geração. O estilo vocal único de Ekin e a sua presença carismática em palco têm a capacidade de tocar profundamente o público, deixando uma impressão nostálgica duradoura” indica a organização do concerto.

 

Um currículo imenso

Um dos marcos da carreira de Ekin Cheng foi a participação nos filmes da popular série cinematográfica “Young and Dangerous”, que conta as desventuras de um grupo de jovens membros de tríades de Hong Kong. Apesar das críticas apontadas desde o primeiro filme, em particular acusações de glorificação do crime organizado, “Young and Dangerous” tornou-se num fenómeno de popularidade que levou à produção de seis sequelas e vários filmes paralelos à série.

Começava assim a colaboração com o realizador Andrew Lau, com Ekin Cheng a protagonizar filmes como “The Storm Riders”, “Women From Mars” e “The Avenging Fist”. Entre a vasta filmografia do actor e cantor, destaque para a participação em inúmeras bandas sonoras de filmes que protagonizou.

4 Mar 2024

“Quero Ser uma Cadeira de Plástico” em exibição no Cinema Emperor

O novo filme do realizador de Macau Mike Ao Ieong “Quero Ser uma Cadeira de Plástico” vai estar em exibição no Cinema Emperor de hoje a domingo. A sessão de hoje já está esgotada, mas para as sessões de amanhã e domingo ainda há bilhetes. As exibições de sábado e domingo estão marcadas para 15h30 e 17h40 e os bilhetes custam 115 patacas e têm legendas em inglês e chinês.

“Quero Ser uma Cadeira de Plástico” tem como tema central o problema da habitação em Macau, o carácter transitório de andar constantemente com a casa às costas em busca de um novo poiso, quase sempre exíguo.

A narrativa tem como epicentro a vida conturbada de Ming, que não consegue ultrapassar o facto de ter de partilhar espaço com o novo e sinistro namorado da sua irmã e a testemunhar as relações sexuais do casal. Confrontado com a necessidade de encontrar uma nova casa, e com um segredo inesperado a vir à tona, Ming conhece uma agente imobiliária que o ajuda a encontrar um novo lar. Ainda assim, a perseguição do namorado da irmã continua.

A sinopse explica melhor o título do filme de Mike Ao Ieong. “As pessoas costumam dizer que querem muito reencarnar num ser humano numa nova vida. Mas Ming gostaria de voltar como uma cadeira vermelha de plástico”, uma existência preferível à vida de infortúnios que leva.

 

Produção acidentada

“Quero Ser uma Cadeira de Plástico” estreou no Festival de Cinema Taipei Golden Horse, depois de anos de pára-arranca da produção, afectada pela pandemia.

Em entrevista ao semanário Plataforma, Mike Ao Ieong conta o processo, desde a candidatura ao Programa de Apoio à Produção Cinematográfica de Longas Metragens de 2018, que foi anunciado no final de 2019, pouco antes da estreia da pandemia, até chegar à fase de edição e pós-produção.

“A pandemia começou no início de 2020, e naquela época, temíamos nunca conseguir produzir o filme. Em 2021, a pandemia estabilizou e então pensei que se não fizéssemos o filme naquela altura, não saberia quando o poderíamos fazer. Naquela época, o actor de Hong Kong, Wong Hin Yan, que interpreta o protagonista “Meng”, veio a Macau e ainda teve de ficar 14 dias em quarentena, mas pelo menos conseguimos reunir-nos e filmar”, conta. A produção durou 19 dias.

Mike Ao Ieong, que conjuga o amor pela fotografia ao cinema, licenciou-se na Escola de Comunicação Visual da Universidade de Ciência e Tecnologia de Yunlin, em Taiwan. Com o filme produzido na China continental “Blue Amber”, ganhou o prémio de melhor cinematografia para Novos Talentos da Ásia, na edição de 2018 do Festival de Cinema de Xangai. É também um dos realizadores de ‘Estórias de Macau 2 – Amor na Cidade’, que foi a primeira longa-metragem de produção inteiramente local.

No currículo conta também com experiências a leccionar produção de vídeo no Departamento de Comunicação da Universidade de Macau.

3 Mar 2024

IC | Trocas de livros nos dias 9 e 10 de Março

A Biblioteca Pública do Instituto Cultural (IC) vai realizar, pela primeira, a actividade “Trocar um Livro por Outro” nos dias 9 e 10 de Março (sábado e domingo). No primeiro dia, a troca de livros está marcada para a área de lazer do Edifício Lok Yeung Fa Yuen no Fai Chi Kei e no dia seguinte no Jardim do Mercado de Iao Hon, entre as 12h e as 18h.

O IC refere que a actividade tem como objectivo estimular a promoção de leitura nos bairros comunitários e promover o conceito de “incorporar a leitura na vida quotidiana, esperando aumentar a circulação de recursos de leitura na comunidade”.

Os interessados devem respeitar algumas regras. “Cada residente poderá trocar no máximo de 20 livros durante o evento. Não podem ser trocados revistas, panfletos, livros publicados há 10 anos ou mais, guias para entrar numa escola de grau superior, livros didácticos, catálogos de eventos, livros de pano infantis, anuários publicados não localmente, livros jurídicos, guias de exames, livros de ciência e engenharia publicados há mais de cinco anos, livros informáticos editados há mais de três anos, guias turísticos editados há mais de dois anos, publicações periódicas com conteúdo pornográfico e/ou violento, publicações religiosas, livros sem licença de publicação ou com infracções ao Direito de Autor, livros danificados ou sujos, colecções e páginas incompletas, livros rasgados e livros com mais de cinco exemplares”.

A troca de livros deve ser proporcional, ou seja, quem levar três livros que respeitem as regras, poderá levar para casa três livros.

3 Mar 2024

FRC | Sábado repartido entre o Bel Canto e o Jazz

A Praia Grande vai estar animada este sábado com a apresentação de dois concertos bem distintos na Fundação Rui Cunha (FRC). À tarde, pelas 17:00, vai ter lugar o “Recital de Voz das Alunas de Mars Lei”. Mais tarde, pelas 21:00, o jazz toma conta da galeria com o habitual concerto mensal “Saturday Night Jazz”.

No período da tarde, o Bel Canto estará a cargo das sopranos Rainny Yan e Puey Zhu, que têm estudado com o professor de canto musical Mars Lei.

As duas sopranos, acompanhadas ao piano por Joyce Shen e Miriam Zheng, interpretarão peças para arte vocal e excertos de óperas, todas executadas nas línguas originais, dos compositores clássicos Gabriel Fauré, Vincenzo Bellini, Wolfgang Amadeus Mozart, Richard Strauss, Franz Lehár, Roger Quilter, Georges Bizet, Giacomo Puccini, Giuseppe Verdi e Johann Strauss Jr, indica o comunicado de imprensa da FRC.

Com o cair da noite, Eva Tana, uma das vozes locais mais activas na divulgação do Jazz no território, sobe ao palco da galeria para o primeiro concerto de 2024, com a Orquestra de Jazz de Macau.

Eva Tana é uma cantora de Jazz nascida e criada em Macau, especializada em música brasileira e Bossa Nova, que também toca guitarra acústica e compõe temas originais, com álbuns gravados e disponíveis no mercado discográfico da especialidade. Estudou música em Portugal e é amiga da MJPA, com quem toca frequentemente em concertos e festivais da região, indica a FRC.

A Orquestra de Jazz de Macau (MJO) é a outra convidada de honra deste concerto, agora recém-renovada e sob a direcção do Mestre em Música Jazz e saxofonista Gregory Wong.

O programa deste sábado conta com a co-organização da Associação Vocal de Macau (MVA) e da Associação de Promoção de Jazz de Macau (MJPA).

A entrada é gratuita.

3 Mar 2024

Concerto | Cigarettes After Sex regressam a Hong Kong em Janeiro

A relação amorosa entre a banda Cigarettes After Sex e Hong Kong vai conhecer um novo episódio no início do próximo ano. A banda de El Paso, Texas, anunciou ontem uma tour mundial que depois de Lisboa passará por Hong Kong a 9 de Janeiro. Um dia antes divulgar as datas dos concertos vindouros, a banda anunciou o lançamento do seu terceiro álbum “X’s”

 

Um ano e meio depois do último concerto em Hong Kong, os Cigarettes After Sex vão regressar à região vizinha na tour que irá mostrar ao mundo o novo disco da banda texana. O concerto está marcado para o dia 9 de Janeiro no Hall 5 do Asia World-Expo mas os bilhetes ainda não estão à venda. Mas se o passado servir de referência, os ingressos vão desaparecer rapidamente depois de serem colocados à venda.

A boa nova para os muitos fãs da banda surgiu nas redes sociais. “Estamos absolutamente entusiasmados em anunciar que a tour do disco “X’s” arranca a 31 de Agosto. Podem inscrever-se para aceder antecipadamente aos ingressos, com o período de pré-venda a começar a 5 de Março e a venda normal a começar a 8 de Março. Os bilhetes para os concertos na Ásia vão ser postos à venda brevemente. Serão anunciados mais concertos na América do Sul, Médio Oriente e Ásia. Como muito amor e carinho, mal podemos esperar por ver-vos brevemente”, refere a banda na publicação que anuncia as datas da tour.

A última data antes de Hong Kong, para já, é Lisboa com um concerto marcado para o dia 21 de Novembro no Altice Arena. Depois de Hong Kong, a banda segue para Kuala Lumpur para actuar no dia 11 de Janeiro, seguindo-se Manila, Jacarta e Banguecoque nos dias 14, 17 e 21 de Janeiro, respectivamente.

A última vez que a banda de Greg Gonzalez, Jacob Tomsky e Randall Miller actuou na RAEHK foi no dia 10 de Julho do ano passado, num concerto com lotação esgotada no Star Hall do Kowloon Bay International Exhibition and Trade Center, e antes disso em 2018 no alinhamento do Clockenflap Festival.

 

À terceira é de vez

Os dias que correm são excitantes para os fãs dos Cigarettes After Sex. Não só a banda voltará à estrada, como trará na bagagem um novo disco. “X’s”, o terceiro álbum da discografia de Gonzalez e companhia, será lançado no dia 12 de Julho.

Para antecipar o novo disco, os Cigarettes After Sex adiantaram o single “Tejano Blue”, que indica que a sonoridade da banda mantém-se firme em territórios de melodias suaves, guitarras oníricas depositadas em cima de uma batida leve. Minimalismo à moda dos Cigarettes After Sex, carregado de reverb.

Mais uma vez, o Greg Gonzalez revela a influência dos seminais Cocteau Twins no estilo musical que transpira do novo single, e de toda a discografia da banda (assim como as óbvias influências de Mazzystar). Mas também foi buscar inspiração nas influências latinas que absorveu ao crescer em El Paso, principalmente a Selena a rainha da cumbia texana, uma mistura de música tradicional colombiana com laivos de “old americana”.

3 Mar 2024

Casa Garden acolhe Rota das Letras entre os dias 8 e 17 de Março

O Festival Literário de Macau Rota das Letras vai regressar à programação cultural da região durante Primavera, depois da mudança forcada para o Outono durante os anos da pandemia. Entre os dias 8 e 17 de Março, a Casa Garden vai acolher a 13.ª edição do festival que irá celebrar a obra poética de Li Bai e de Luís de Camões.
Entre os convidados, o chinês Dong Xi, vencedor do 11.º Prémio Mao Dun de Literatura, e o norte-americano Chang-era Lee, finalista do Prémio Pulitzer, são os nomes mais marcantes. Num evento com espaço também para a evocação dos 50 Anos do 25 de Abril, o escritor e jornalista João Céu e Silva, o artista Fido Nesti e a guitarrista Marta Pereira da Costa estão entre os representantes do mundo lusófono.
“Sempre entendemos que é em Março que faz mais sentido a realização do Festival Literário de Macau, por ser uma época do ano com menor sobrecarga de eventos. Daí que, à primeira oportunidade, e depois de várias edições realizadas nos meses de Outubro e Novembro, por força da pandemia, tenhamos decidido fazê-lo regressar à sua data original”, diz Ricardo Pinto, director do Rota das Letras.
Cinco meses após a última edição, o festival volta a celebrar os 500 anos do nascimento de Luís de Camões. Desta feita, a Casa Garden, com a gruta do poeta bem próxima, vai receber a visita de Kenneth David Jackson, professor da Universidade de Yale e autor de vários estudos camonianos.
O ilustrador brasileiro Fido Nesti evocará também a obra de Camões, através da sua adaptação d’ Os Lusíadas para crianças.

Lugar à poesia
Além do épico poeta português, a 13.ª edição do Rota das Letras terá como destaque outro nome grande da poesia universal na abertura do evento. A vida e a obra de Li Bai são o tema de uma exposição de fotografia de Xu Peiwu, artista chinês que ao longo da última década percorreu os mesmos caminhos por onde andou o poeta há́ mais de mil anos, registando as paisagens que o inspiraram na sua errância por vastas e dispersas regiões da China.
São imagens “de uma enorme beleza e densidade, que nos permitem contemplar uma China despida e cativante”, afirma João Miguel Barros, curador da exposição. Na sessão inaugural, a editora Livros do Meio, de Carlos Morais José, fará nova apresentação do livro ‘Li Bai – A Via do Imortal’, de António Izidro.
A evocação do 50.º aniversário da Revolução do 25 de Abril será também evocada nos primeiros dias do festival. João Céu e Silva apresenta ao público de Macau a sua obra ‘O General que começou o 25 de Abril dois meses antes dos Capitães’ – a história nunca contada de como o General António Spínola fez cair o regime.

3 Mar 2024

CURB | Passeios nocturnos de bicicleta vão dar documentário

A CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo vai organizar nos dias 8 e 9 de Março passeios nocturnos de bicicleta, uma rota citadina e outra costeira. Durante os passeios, acompanhados por comentários do arquitecto Nuno Soares, serão recolhidas imagens e sons para um documentário

 

A CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo irá organizar nos dias 8 e 9 de Março, sexta-feira e sábado, a “On the move V: by night”, a quinta edição de passeios nocturnos de bicicleta, com dois passeios sobre rodas por noite.

Na primeira edição deste ano da iniciativa sobre rodas, serão exploradas a zona do Porto Interior e o Centro Histórico de Macau.

Além de proporcionar aos participantes uma perspectiva diferente e a oportunidade para explorar a cidade de noite, os passeios serão complementados com comentários, em inglês, do arquitecto e presidente da CURB Nuno Soares, que irá partilhar “tesouros escondidos, estórias esquecidas e locais secretos de Macau”.

Durante os passeios, serão recolhidas imagens e sons que serão depois transformadas em vídeo-arte e documentário. O resultado será apresentado na Ponte 9 – Plataforma Criativa, na Rua das Lorchas, no dia 23 de Março às 18h30, perto da Praça de Ponte e Horta.

O primeiro roteiro citadino arranca da Ponte 9 às 19h do dia 8 de Março e segue na direcção norte, passando pelo Patane rumo ao bairro San Kio, antes de regressar à Ponte 9 num passeio que deverá demorar cerca de uma hora. Depois da romaria a norte, o segundo passeio, designado como “Roteiro da Água”, começa onde a primeira rota terminou, ou seja, na Ponte 9. Por volta das 20h30 o pelotão segue para sul passando pela Praia do Manduco, Barra e Lago Sai Van, antes de regressar à Ponte 9. Mais uma vez, o passeio deverá ter a duração de uma hora.

No dia seguinte, repetem-se os percursos, horários e duração. Os passeios estão limitados a 10 participantes.

 

Dentro da razoabilidade

A CURB refere que os participantes devem ter mais de 18 anos de idade e, naturalmente, saber andar de bicicleta, o resto estará a cargo da CURB.

A CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo é uma instituição sem fins lucrativos estabelecida em Macau para promover a investigação, educação, produção e disseminação do conhecimento em arquitectura, urbanismo e cultura urbana.

O Centro funciona como plataforma de intercâmbio entre o meio académico, sociedade civil, prática profissional e instituições governamentais, servindo os interesses da comunidade em geral através de estudos de investigação, workshops, conferências, exposições, concursos e outras iniciativas.

A CURB é a organizadora da Open House Macau, a primeira na Ásia, e parceira associada da World Urban Campaign.

O CURB trabalha também a nível regional – Macau, Grande Baía e China – e a nível internacional – particularmente na Ásia e nos países de língua portuguesa – levando as questões locais a uma audiência global como um think-tank para o futuro das cidades e da sua arquitectura.

29 Fev 2024

Teatro Dom Pedro V | “Noites de Fado” regressam na sexta-feira

O Instituto Cultural volta a organizar os concertos “Noites de Fado” no Teatro Dom Pedro V a partir de sexta-feira. Os espectáculos vão encher de música a histórica sala todas as sextas-férias, sábados e domingos até ao dia 24 de Março, sempre entre as 19h e as 20h, num total de 12 apresentações.

Para estes concertos, foram convidados os fadistas portugueses Tiago Correia e Bárbara Santos que se apresentarão a solo e também em dueto

Além disso, a partir das 18h, em jeito de preparação para os concertos, os espectadores podem saborear petiscos e bebidas típicas portuguesas e apreciar concertos de artistas locais “que interpretarão temas instrumentais de música ligeira em guitarra portuguesa, guitarra clássica, violino, piano digital, clarinete, yangqin e saxofone. Na galeria do Teatro também estará patente uma exposição sobre a história e evolução do Fado ao longo dos tempos.

Os bilhetes custam 200 patacas, com direito a uma bebida. Portadores de BIR, de cartão de professor de Macau, cartão de estudante, cartão de idoso e registo de avaliação da deficiência têm um desconto de 20 por cento.

28 Fev 2024

Fernando Pessoa | Tradução para chinês de “Livro do Desassossego” à venda

O Instituto Cultural publicou a tradução para chinês tradicional do clássico de Fernando Pessoa “Livro do Desassossego”, que esteve a cargo do veterano Zhang Weimin, que há 35 anos traduzira “Antologia de Fernando Pessoa”. A obra encontra-se à venda na livraria online do Instituto Cultural

 

O Instituto Cultural (IC) juntou-se à Jiangsu Phoenix Literature and Art Publishing, para publicar a tradução em chinês tradicional do “Livro do Desassossego”, a colecção de manuscritos escritos pelo poeta português Fernando Pessoa sob o heterónimo Bernardo Soares.

A publicação do enigmático e fragmentado livro de Pessoa é integrado na “Colecção de Literatura Chinesa e Portuguesa” e encontra-se à venda na livraria online do Instituto Cultural por 100 patacas.

O IC salienta que a publicação tem como objectivo “promover o intercâmbio literário chinês e português e apresentar obras portuguesas célebres aos leitores chineses”.

A versão chinesa publicada pelo IC é da responsabilidade do veterano tradutor Zhang Weimin, premiado pela Sociedade de Língua Portuguesa, que em 1988 foi o autor da edição bilingue de uma “Antologia de Fernando Pessoa”, também lançada pelo IC.

A tradução para chinês da obra pessoana está intimamente ligada a Macau, com a primeira versão, incompleta, de “A Mensagem” da autoria do macaense Luís Gonzaga Gomes. A publicação da obra em chinês foi uma forma de assinalar o 24.º aniversário da morte do poeta e divulgar aos alunos do liceu onde Gonzaga Gomes era professor. A tiragem foi de quinhentos exemplares, dos quais trinta em edição de luxo.

Posteriormente, por altura do quinquagésimo aniversário da morte de Fernando Pessoa, e com o patrocínio do IC, foi publicada a “Antologia Poética de Fernando Pessoa”, resultado da colaboração de Jin Guo Ping e do macaense Gonçalo Xavier (na altura estudante na Universidade de Pequim), e a versão integral de “A Mensagem” em chinês, de autoria de Jin Guo Ping.

 

Só no mundo

O “Livro do Desassossego” é uma obra fragmentada apresentada pelo autor como uma autobiografia pouco factual, e que foi deixada inacabada e sem edição. O próprio arranjo e organização do livro tem sido motivo de debate desde a primeira publicação em português, corria o ano de 1982.

A componente heterodoxa de “Livro do Desassossego” permite estabelecer uma relação de intimidade com o leitor, a quem é concedida a entrada na vida do autor ao longo dos mais de quatrocentos fragmentos de prosa escritos entre 1913 e 1934, um ano antes da morte do poeta.

A propósito da nova publicação em chinês tradicional, o IC descreve Fernando Pessoa como “um escritor e poeta famoso português” e sublinha o carácter multifacetado da obra. “O ‘Livro do Desassossego’ inclui uma nova apresentação dos extensos manuscritos do escritor numa rica variedade de formas e estilos, abrangendo diários, ensaios e artigos. Explorando temas que incluem filosofia, estética, psicologia e sociedade, estas obras retratam os costumes de Portugal e, particularmente, de Lisboa, em que cada secção constitui um capítulo independente transmitindo visões instigantes”, descreve o organismo liderado por Deland Leong Wai Man.

 

A alma nas letras

A tradução em chinês tradicional deste livro constitui o oitavo volume da Colecção de Literatura Chinesa e Portuguesa. “Dedicada a reunir uma série de livros sobre literatura de Macau ou relacionada com o tema, de escritores chineses e portugueses, a Colecção de Literatura Chinesa e Portuguesa pretende que tanto autores como leitores ultrapassem as barreiras linguísticas, reconhecendo a essência e os diversos estilos da criação literária chinesa e portuguesa nas obras traduzidas para a língua chinesa ou qualquer outra língua”, refere o IC.

A colecção inclui obras como “100 Sonetos de Luís Vaz de Camões”, a versão em português de “Almas Transviadas”, da autoria do escritor local Tang Hio Kueng, a versão bilingue em chinês e português de “Amores do Céu e da Terra, Contos de Macau” da escritora de Macau Ling Leng, “Poemas de Du Fu” e “Contos Selecionados de Eça de Queiroz” numa edição bilingue, em português e chinês.

O IC indica ainda que tem descontos especiais para grandes volumes de compras do livro. Os leitores locais podem levantar as encomendas pessoalmente em qualquer uma das 13 bibliotecas públicas do IC (na Península de Macau, na Taipa ou em Coloane), e os leitores não locais poderão solicitar a entrega das encomendas através do Serviço EMS dos Serviços de Correios e Telecomunicações de Macau.

28 Fev 2024

FRC | Palestra sobre a Companhia das Índias Orientais hoje à tarde

A Fundação Rui Cunha acolhe hoje, a partir das 19h, a palestra “A Companhia das Índias Orientais e a Política do Conhecimento”, apresentada por Joshua Ehrlich, professor de História da Universidade de Macau. O académico irá discutir a forma como o conhecimento foi central nos contactos entre indianos e europeus

 

Hoje, a partir das 19h, a Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta a palestra “A Companhia das Índias Orientais e a Política do Conhecimento”, inserida no Ciclo de Palestras Públicas de História e Património. O evento resulta da parceria regular entre a FRC e o Departamento de História e Património da Universidade de São José (USJ).

O orador convidado da palestra é Joshua Ehrlich, professor auxiliar de História da Universidade de Macau. O académico tem dedicado grande parte da sua carreira ao estudo do “orientalismo, do conhecimento colonial e da informação com uma nova abordagem: a história das ideias do conhecimento”, descreve a organização da conferência.

“A Companhia das Índias Orientais é lembrada como a corporação mais poderosa, para não dizer notória, do mundo. Mas para muitos dos seus defensores, entre as décadas de 1770 e 1850 foi também a mais esclarecida do mundo”, informa a USJ.

O académico defende que para a saúde das relações que mantinham a Companhia das Índias Orientais a partilha do conhecimento desempenhou um papel fundamental. “Ele recupera a existência de contactos entre os dirigentes e interlocutores da Companhia das Índias, indianos e europeus, sobre os usos políticos do conhecimento” e “revela que o compromisso com o conhecimento era parte integrante da ideologia da Companhia. Demonstra ainda como a Companhia invocou este compromisso em defesa da sua união cada vez mais tensa de poder comercial e político”, refere em comunicado a USJ.

Não só estes agentes históricos eram “altamente articulados sobre o assunto, mas as suas ideias continuam a repercutir-se no presente. O conhecimento era uma presença constante na política da Companhia – tal como parece estar a tornar-se uma presença constante na política de hoje”.

O estudo do Oriente

Joshua Ehrlich é um premiado historiador do Conhecimento e do Pensamento Político, com foco na Companhia das Índias Orientais e no Império Britânico no Sul e Sudeste Asiático. Actualmente professor auxiliar na Universidade de Macau, obteve o seu Doutoramento e Mestrado pela Universidade de Harvard e bacharelato pela Universidade de Chicago.

No ano passado, lançou o seu primeiro livro “The East India Company and the Politics of Knowledge”, obra com o mesmo nome que a palestra que dirige hoje na FRC, com a chancela editorial da Cambridge University Press.

O académico publicou vários artigos sobre tópicos que incluem as características únicas das fronteiras e demarcações das cidades portuárias, sobre a criação, pilhagem e destruição de bibliotecas, assim como sobre a crise da reforma liberal na Índia e as origens da cultura da tipografia indiana.

Joshua Ehrlich contribuiu também para publicações como “Past & Present, The Historical Journal, Modern Asian Studies” e a “Modern Intellectual History”.

A palestra será apresentada em inglês, tem duração de 1 hora e a entrada é livre. A moderação estará a cargo da professora Priscilla Roberts

27 Fev 2024

Sands | Exposição de arte contemporânea japonesa patente até ao fim de Março

Está em exibição na Sands Gallery a “Exposição de Arte Contemporânea Japonesa”, que reúne mais de 90 obras de seis artistas nipónicos. A mostra, que está patente ao público até 30 de Março, é composta por trabalhos de criadores da prestigiada galeria japonesa UG

 

Até 30 de Março, a Sands Gallery apresenta a “Exposição de Arte Contemporânea Japonesa”, composta por mais de 90 trabalhos de seis artistas japoneses.

A Sands China salienta que é a primeira vez que a sua galeria organiza uma mostra que capta “a essência da arte e cultura japonesas contemporâneas com algumas obras de arte de vanguarda em diversos suportes, oferecendo uma experiência artística enriquecedora e gratificante”.

A exposição patente na Sands Gallery tem por base trabalhos de Kunihiko Nohara, Takaoki Tajima, Hiroya Yoshikawa, Nami Okada, Keitoku Toizumi e Ryosuke Kawahira, seis artistas representados prestigiada galeria japonesa UG.

A galeria japonesa UG é uma das maiores casas de arte contemporânea do país, com mais de 25 anos de história, construída com base numa filosofia de descoberta e promoção de jovens artistas. Actualmente, a UG tem salas de exposição em Nova Iorque e Osaka, e duas galerias em Tóquio.

O proprietário da galeria japonesa, Eiichiro Sasaki, enalteceu o espaço da concessionária e destacou o carácter lúdico que encontrou no território.

“A Galeria Sands dá-me uma sensação de museu. Por isso, desta vez, a nossa missão curatorial foi conseguir distribuir estes espaços adequadamente por cabinas, permitindo que artistas com características diferentes tenham áreas de exposição independentes e exibam as suas obras de forma clara”, referiu o responsável, citado pelo comunicado da Sands China.

“Macau deixou-me com a impressão de um ‘parque infantil para adultos’ no passado, e esta exposição também tem como tema ‘Aura Feliz, Sabor Feliz’, seleccionando cuidadosamente seis artistas cujas obras podem trazer uma sensação de felicidade a todos”, acrescentou Eiichiro Sasaki.

 

Obras e criadores

Os seis artistas escolhidos para esta mostra formam um leque ecléctico de estética e abordagem criativa.

Kunihiko Nohara, um escultor de Hokkaido, traçou o seu percurso no mundo das artes através dos seus trabalhos esculpidos em madeira. As suas criações misturam imagens abstractas com cores vibrantes, infundindo uma essência vanguardista nas obras. “Cada escultura é um mundo próprio, com personagens emblemáticas que usam óculos subaquáticos, simbolizando os rostos enigmáticos e as imagens dos indivíduos na nossa moderna sociedade da informação”, aponta a curadoria sobre o trabalho de Kunihiko Nohara.

Quanto às criações de Takaoki Tajima, a organização da mostra sublinha que as suas obras resultam do seu virtuosismo técnica e da ousadia em explorar relações entre cores. Com composições simples, mas hipnóticas, tanto em escultura como pintura, as obras de Takaoki Tajima convidam o público a mergulhar nas misteriosas expressões e movimentos dos personagens que cria.

Já Hiroya Yoshikawa, um artesão que seguiu a tradição familiar, ganhou espaço no movimento artístico contemporâneo japonês misturando técnicas ancestrais com expressão criativa vanguardista. Exemplo disso mesmo são os seus requintados quimonos e obras de arte que ganham nova vida depois de serem meticulosamente pintados.

Viagens nostálgicas a lugares marcados por paisagens estarrecedoras é o tipo de estética que o público poderá encontrar nas pinturas de Nami Okada. A artista usa as suas experiências, memórias e impressões para interpretar na tela paisagens com um certo encanto vintage.

As obras de Keitoku Toizumi vão noutras direcção, rumo a conceitos mais surrealistas. As suas cenas elaboradas com particular atenção ao detalhe, muitas vezes com brinquedos, transportam os espectadores para um mundo onde realidade e ficção se entrelaçam. A aclamada série “Pink Army” representa o intrigante fosso entre o real e o imaginário.

Para Ryosuke Kawahira a criação artística é uma forma de canalizar experiências infantis e memórias enquanto meio de expressão. Através de trabalhos em tela vibrantes, o artista transforma memórias, incluindo incidentes de infância como urinar na cama, em obras de arte cativantes. Ryosuke Kawahira ficou também conhecido por pintar retratos coloridos de roupa interior.

 

Temporada nipónica

Esta exposição faz parte de uma programação apresentada pela Sands China no “Festival Japonês da Primavera”, um evento que conta com o apoio da Prefeitura e do Governo de Quioto, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

O festival terá uma programação onde não vão faltar concertos de “ídolos da pop japonesa, experiências culinárias e exposições de arte até ao final de Março.

26 Fev 2024

Hong Kong | Slowdive ao vivo no dia 14 de Março

Tão depressa surgiram e também tão depressa evaporaram-se no éter da música alternativa dos anos 1990. Os Slowdive foram uma espécie de aparição que voltou a materializar-se a partir de um festival de música (o Primavera Sound de Barcelona e Porto de 2014). Uma década depois da surpreendente reunião, a banda britânica que ajudou a construir a sonoridade shoegaze chega a Hong Kong para um concerto na Runway 11 da Asia World-Expo no próximo dia 14 de Março, a partir das 19h30.
O conjunto de Rachel Goswell e Neil Halstead lançou no passado mês de Setembro o seu quinto disco, “Everything Is Alive”, que mereceu aclamação crítica.
Pioneiros do lado onírico do rock alternativo, que misturou dream pop de bandas como Cocteau Twins às guitarras distorcidas de ondas mais psicadélicas, os Slowdive foram companheiros de trincheiras sónicas de bandas como My Bloody Valentine, Ride, Mojave 3 (que trocou elementos com os Slowdive) e Spacemen 3.
A banda formou-se em 1989, com Rachel Goswell na voz, guitarra e sintetizador, Neil Halstead voz e guitarra, Christian Savill também na guitarra, Nick Chaplin no baixo e Simon Scott na bateria. A formação inicial acabaria por lançar o primeiro disco da banda “Just for a day”, em 1991. O segundo registo, “Souvlaki”, acabaria por os catapultar para um estatuto de culto, em grande parte depois de a banda acabar.
Fortemente influenciados por Joy Division e a fase de final da década de 1970 de David Bowie, em especial com o álbum “Low”, “Souvlaki” ficaria para a história da música alternativa com faixas intemporais como “Alison”, “Sing”, “Souvlaki Space Station” e a versão fantasmagórica de “Some Velvet Morning”.
Dois anos depois de “Souvlaki”, e com o lançamento de mais um disco pelo caminho, os Slowdive punham termo à carreira, depois de terem ficado sem editora e de as divergências criativas sobre a sonoridades da banda terem chegado ao limite. Apenas quatro anos depois do lançamento do primeiro disco, a banda de Reading desaparecia num vapor de feedback de guitarras e vocalizações paisagísticas.
Quase duas décadas depois, aceitavam o convite da organização do festival Primavera Sound para dois concertos especiais de reunião. Estas duas datas, em Barcelona e Porto, transformaram-se numa tour mundial. A partir daí, o regresso a estúdio era uma questão de tempo, que culminou no lançamento do single “Star Roving” e o quarto disco “Slowdive”.
Décadas de música, concertos, avanços e recuos culminaram na mensagem deixada na página da banda: “Estamos muito felizes em anunciar que temos um concerto em Hong Kong no dia 14 de Março”.

Sonhar não custa
A primeira parte do espectáculo, que a organização caracteriza como um “concerto inteiro”, estará a cargo da jovem japonesa Ichiko Aoba, uma multiinstrumentista que achou a sua vocação estéctica numa interpretação do que é a folk. As suas composições acústicas, na maior parte das vezes só com voz e guitarra, são destilações dos seus sonhos.
Em 2010, quando tinha apenas 19 anos, lançou o disco de estreia “Razor Girl” e desde então nunca mais parou, e já conta com nove registos na discografia.
Como não poderia deixar de ser Ichiko Aoba, não esconde as suas influências e predilecção por animação e banda desenhada, importantes fontes de inspiração que culminaram com a participação na banda sonora do jogo “The Legend of Zelda: Link’s Awakening”, para a Nintendo Switch.
Apesar da tenra idade, Ichiko Aoba conta com uma lista longa de colaborações artísticas, como Ryuichi Sakamoto, Cornelius e Mac DeMarco.
Os bilhetes para os concertos estão à venda e custam 750 dólares de Hong Kong.

25 Fev 2024

IC organiza Festival de Curtas-Metragens no fim de Março

O Instituto Cultural anunciou ontem que irá organizar, em conjunto com o Grupo Galaxy Entertainment, o 1.º Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau, que terá lugar entre 23 e 30 de Março. O evento tem um nome muito semelhante ao festival organizado pela Creative Macau, que já vai na 14.ª edição, a última realizada no passado mês de Dezembro no Teatro Capitol.

O festival organizado pelo IC e a Galaxy irá incluir quatro categorias: “Curtas de Macau”, “Novas Vozes do Horizonte”, “Director em Foco” e “Exibições Especiais”.

A partir de 23 de Março, várias curtas-metragens de diferentes géneros estarão em exibição na Cinemateca Paixão e nos Cinemas Galaxy. A cerimónia de encerramento e entrega de prémios terá lugar a 29 de Março, no auditório do Centro de Convenções Internacional Galaxy. Na ocasião, será entregue o Prémio Macau no âmbito da secção “Curtas de Macau” e os prémios Melhor Curta-Metragem, de Melhor Contribuição Técnica, de Melhor Realizador e de Narrativa Inovadora no âmbito da secção “Novas Vozes do Horizonte”. Os vencedores receberão uma estatueta, assim como um prémio monetário.

Chamada ao mundo

A primeira edição do evento será organizada por uma comissão presidida por Gaia Furrer, directora artística da secção independente “Giornate degli Autori (Venice Days)” do Festival de Cinema de Veneza. A comissão inclui ainda o curador de curtas-metragens do Festival Internacional de Cinema de Toronto Jason Anderson, a curadora e produtora de cinema do Interior da China Shen Yang, e a actriz tailandesa Aokbab Chutimon, enquanto o júri é composto por profissionais da indústria cinematográfica provenientes do Interior da China, Sudoeste Asiático, Portugal e Ocidente, indicou ontem o IC.

Foram escolhidas dez obras para a categoria “Curtas de Macau”: “Before the Flight”, de Kiwi Chan; “Bubble”, de Wong Mei Ling; “Mar”, de Johnson Chan; “Walk the Same Path”, de Cheang Kun Ieong; “Till the End of the World”, de Emily Chan; “The Best Gift Ever”, de Hao Chit, “The Melancholy of Gods”, de Lei Cheok Mei; “Memória Desenterrada”, de Ho Kueng Lon; “Unsettled”, de Niko Ho, e “A Beautiful Journey: Documentary of Na Tcha Customs and Beliefs”, de Steven U.

O festival irá também exibir uma selecção de curtas e longas-metragens do realizador japonês Shunji Iwai.

22 Fev 2024

Creative Macau | Fotografias de Alex Chao para ver a partir de sábado

A Creative Macau acolhe a partir do próximo sábado a exposição de fotografia “Unique Vision”, de autoria de Alex Chao Io Chong. A inauguração está marcada para as 17h e tem entrada livre.

A exposição, que estará patente ao público até 23 de Março, tem como tema central a capacidade e característica da fotografia de conseguir captar formas e atribuir-lhes uma alma, destaca a organização da mostra.

“Sê um caçador na vida, capta o que encontras na vida em qualquer altura e em qualquer lugar, combina-o com os teus pensamentos, aceita o que recebes, dá-lhe uma alma, transforma-o numa obra de carne e osso e de pensamento, e coloca-o no mundo”, escreve a Creative Macau

Alex Chao tem marcado presença assídua na agenda cultural da Creative Macau e de outras associações de divulgação artística.

Nascido em Macau em 1965, Alex Chao tirou um bacharelato em artes visuais (vertente educativa) pela Universidade Politécnica de Macau. Cedo descobriu a paixão pela fotografia, devotando intensos estudos sobre a arte de fotografar durante a juventude. Até hoje, acumula mais de três décadas de pesquisa e experiência em fotografia, percurso que o levou ao profissionalismo como fotógrafo e educador em artes visuais, assim como director do estúdio de fotografia da Escola de Belas-Artes da Universidade Politécnica de Macau.

A sua experiência profissional engloba também trabalhos de edição de livros, tipografia, design, multimédia e curadoria e produção de exposições.

22 Fev 2024

Art Garden | “Human Laboratory” de Karen Yung a partir de sábado

A AFA Macau apresenta “Human Laboratory”, uma exposição de pintura de Karen Yung que será inaugurada no próximo sábado, às 18h30, na galeria da Macau Art Garden. Destilando influências de cultura popular e cartoons com que cresceu, a artista radicada em Macau procurou colocar na tela diversas facetas do que significa ser humano

 

A galeria da Macau Art Garden vai exibir a partir do próximo sábado a exposição individual de Karen Yung “Human Laboratory”, um evento incluído no programa “Objectos – Não-Objectos”, que apresenta mostras temáticas sobre a arte de pintar.

A exposição, que será inaugurada no sábado às 18h30, vai estar patente ao público no espaço da Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues até 17 de Março, de segunda a sábado entre as 11h e as 19h (excepto em feriados) e tem entrada livre.

A organização do evento revela que “durante o processo de criação das obras desta exposição, a artista desempenhou um papel duplo, como observadora, mas também como participante”, procurando pistas sobre o que nos torna humanos, “observando conscientemente os padrões de comportamento humano, os estados psicológicos e as expressões da humanidade”.

Os conceitos que Karen Yung procurou colocar na tela resultam de questões nascidas de observação e registos objectivos, aponta a curadoria da mostra, a cargo de Pauline Choi. Os frutos desta análise foram convertidos em quadros em que figura uma aparente ingenuidade em tons neutros, quase infantis.

 

Tranquilo surrealismo

Este projecto de procura de humanidade é um tema transversal à criação de Karen Yung, que se tem destacado ultimamente pelas obras multimédia fortemente influenciadas pela estética e componentes culturais que marcaram a sua infância. A arte digital tornou-se, assim, numa forma de expressão de eleição para Karen Yung, como ficou patente, por exemplo, em “Fragile Résilience – A Metaverse Heart”, uma animação tridimensional com que participou na mostra colectiva “NFT Against Poverty”, exibida em Novembro de 2022 também na galeria do espaço Art Garden.

Desenhos animados, banda desenhada e referências da cultura popular são traços comuns da narrativa visual kawaii, um termo japonês aplicado também à criação artística que se distingue por uma vaga ingenuidade que desperta sentimentos de ternura.

Como tal, os seus trabalhos normalmente “transmitem um sentimento de transparência, convidando o público a entrar serenamente no universo paralelo e surreal da artista”.

Karen Yung, que é oriunda de Hong Kong, mas reside em Macau, recebeu em 2015 o Prémio de Arte, da Fundação Oriente e um ano depois expôs em Lisboa “Atlantis – Karen Yung Oil Painting Exhibition”. Entre as mostras que protagonizou, a AFA – Art For All Macau destaca ainda “Microexpressions – Karen Yung Solo Exhibition” que esteve patente em Taipei em 2013.

A artista conta também no currículo com um mestrado focado em pintura ocidental pela National Taiwan Normal University e um bacharelato em inglês pela Universidade de Macau.

22 Fev 2024

Armazém do Boi | Histórias de migração inspiram exposição colectiva

Na próxima sexta-feira, é inaugurada no Armazém do Boi uma exposição colectiva que reúne peças de arte contemporânea de seis criadores. A essência transitória da vida e experiências de migração dos povos do Delta do Rio das Pérolas do interior para o litoral foram inspirações para instalações e peças de vídeo-arte

 

 

Desde o início de Novembro e ao longo de três meses e 23 dias, Situ Jian construiu um “Jardim Secreto” no Pátio do Espinho, transportando terra e plantas do seu estúdio para o pequeno recanto nas traseiras das Ruínas de S. Paulo. No próximo domingo, entre as 14h30 e as 18h, o artista irá ministrar um workshop que tem como pilar duas cartas escritas pela filha de Situ Jian, as plantas e a natureza multicultural de Macau como pontos de partida para uma discussão com os participantes.

Este é um dos seis vectores de intervenção criativa proposto pelo Armazém do Boi que inaugura na sexta-feira, a partir das 18h30, a exposição de arte contemporânea do Delta do Rio das Pérolas “The Old People’s Restaurant and the Sea”. O evento, que decorre até 24 de Março no Antigo Estábulo Municipal, reúne obras de seis artistas, Yu Guo, Zhu Xiang, Cai Guojie, Lee Kai Chung, Situ Jian, Hu Wei, em vários meios de expressão artísticas, com predominância da projecção de vídeo-arte e instalação. Porém, haverá também lugar às manifestações mais interventivas, provocadoras através de workshops com o “Jardim Secreto” de Situ Jian.

Horizontes e emoções são temas centrais da obra de autoria de Lee Kai Chung que procurou verter em vídeo a transformação e história das pessoas e paisagens contemporâneas da área da Grande Baía, com particular incidência sobre a estrutura emocional dos indivíduos deslocados.

O seu projecto mais recente, “Tree of Malevolence”, é encarado pelo artista como forma de expansão deste contexto criativo. No sábado à noite, entre as 19h e as 21h30, Lee Kai Chung irá exibir a sua árvore da malevolência, que ainda se encontra em fase de edição, e arrancar daí para uma sessão de troca de experiências com o público centrada no tema da identidade, para o qual foram convidados artistas locais. A obra explora a história do indivíduo “Y” na Feira de Cantão em Guangzhou durante a era da Guerra Fria, e representa um catalisador para a reflexão e troca de ideias.

 

A caminho da costa

“The Old People’s Restaurant and the Sea” apresenta narrativas únicas e micro-histórias da região do Delta do Rio das Pérolas. A organização do evento indica que “depois de explorar a exposição em profundidade, os espectadores poderão compreender a imaginação espacial dos habitantes das montanhas do interior em relação às zonas costeiras. Poderão também aperceber-se das estratégias de sobrevivência usadas pelos residentes das ilhas costeiras que ‘saltam’ de ilha em ilha” à procura de uma vida melhor.

Memórias de fuga, dispersão e dramas familiares são usados como pontos de confronto e partilha com o público. Por vezes, a própria montanha percorre os trilhos migratórios dos humanos, tema explorado pelas histórias da extração, transporte e deposição de pedras na região do Delta do Rio das Pérolas.

“Num lugar próximo do mar, os jovens só têm memória de pontes e enquanto os barcos caíram no esquecimento. Para alguns, as ilhas são como buracos numa sala, roídos e ocupados por ratos. Os arquipélagos são zonas de retaguarda para humanos, enquanto as terras continentais podem não o ser”, aponta a organização da mostra.

A saída de um espaço amplo para o sufoco da densidade populacional, onde reside ainda assim o sustento, são temas transversais à exposição que conta com a curadoria de Song Yi e direção do presidente Armazém do Boi, Noah Ng Fong Chao.

A entrada para a exposição é livre.

21 Fev 2024

FRC | Exposição de pintura de Ada Zhang abre hoje ao público

A galeria da Fundação Rui Cunha acolhe a partir da tarde de hoje a exposição individual de pintura de Ada Zhang intitulada “Facing the Sea”. As paisagens de Macau voltam a ser a musa da pintora, que ao longo de quase 40 obras reinventa ruas e lugares familiares do território

 

 

É inaugurada hoje, às 18h30, a Exposição Individual de Pintura “Facing the Sea”, de Ada Zhang, na galeria da Fundação Rui Cunha (FRC). A mostra “reúne um conjunto de 39 pinturas em aguarela, óleo e acrílico, com imagens que partem do seu talento em observar e captar a essência do que a envolve”, descreve a organização da exposição. A mostra estará patente ao público até dia 2 de Março e tem entrada livre.

As pinturas de paisagens e lugares de Macau voltam a ser o objecto de interesse da artista, que tem detalhado em tela múltiplas facetas da estética e atmosfera da cidade.

Esta é a segunda exposição de Ada Zhang na FRC, depois de “Home’s Where The Heart Is” ter passado pelas paredes da galeria em 2022. No ano que se inicia, a artista volta com novos trabalhos e redobrada energia, justificando o título da exposição com o entusiasmo de quem recebe a inspiração e as ideias que chegam como ondas e brisa do mar.

 

Casa e coração

Ada Zhang, natural da província de Sichuan, no Interior ocidental da China, mudou-se para Macau “há quase uma década, e, com a sua pincelada impressionista, descreve a paisagem urbana e os costumes do território através do seu estilo único e olhar de imigrante”.

Esta abordagem fresca a lugares que são mais do que familiares tem sido um dos trunfos da artista que tem exposto com regularidade em locais como o espaço a Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM) “Hold on to Hope Project”, na vila de Ká-Ho.

Ada Zhang é directora da Associação dos Artistas de Aguarela Contemporâneos de Macau, e membro da Associação de Artes de Macau, da Associação de Arte da Juventude de Macau, da Associação de Pintura de Macau, e da Associação Yü Ün dos Calígrafos e Pintores Chineses de Macau.

As suas obras ganharam o Prémio de Excelência do Concurso de Desenho Cheng Yang Bazhai em 2021 e foram seleccionadas para a Bienal de Aguarela da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau de 2021.

20 Fev 2024

Concerto | “Mediterrâneo” apresenta as raízes musicais do sul da Europa

O ensemble L’Arpeggiata apresenta a 16 de Março no Centro Cultural de Macau o concerto “Mediterrâneo”, uma viagem lírica pelas paisagens sonoras entre Turquia e Portugal. O público será brindado pela fusão da emotividade do fado e estética sonora das harmonias medievais gregas e italianas. Os bilhetes já estão à venda

 

O Grande Auditório do Centro Cultural do Macau (CCM) acolhe no dia 16 de Março o concerto “Mediterrâneo”, interpretado pelo grupo L’Arpeggiata, que propõe uma viagem pelas raízes musicais das culturas mediterrâneas.

“Atravessando sulcos culturais da antiguidade, a música de ‘Mediterrâneo’ veleja entre a Turquia e Portugal, pelas costas da Grécia e Itália, levada por Christina Pluhar, a mentora de L’Arpeggiata, um ensemble barroco que junta uma série de vozes espantosas aos sugestivos movimentos de uma bailarina”, descreve o Instituto Cultural. Os bilhetes já estão à venda e custam entre 200 e 400 patacas.

Fundindo a emotividade do fado à singularidade das harmonias medievais da música grega e italiana, “este concerto é prova viva de que, mais do que afastar, o mar estabelece uma ligação entre mentes e almas”, refere o IC.

Em palco vão estar cerca de uma dúzia de músicos, e uma bailarina que dará corpo às composições que remetem para outros tempos e latitudes através de instrumentos antigos como o violino barroco, guitarra barroco, arquilaúde, corneto, saltério, viola de gamba, cravo e teorba.

“A heterogeneidade instrumental do ensemble L’Arpeggiata é complementada pelas nuances harmónicas das canções tradicionais do sul da Europa, criando uma sequência de narrativas inspiradas nas águas misteriosas do Mediterrâneo”, descreve o IC.

As sonoridades do passado e das paisagens e paladares característicos das zonas costeiras mediterrâneas vão tomar conta do Grande Auditório do CCM. “Cruzando águas ensolaradas, entre a tradição e a poesia mediterrânea, vamos viver a sensação de caminhar sobre a areia ao som de velhas tarantelas e cantos folclóricos entoados, como era costume, há muitos séculos, nas sombras de estreitas ruas empedradas ou em olivais distantes. No encanto de um diálogo constante, por entre sóbrios improvisos, as vozes em palco interagem sobretudo com instrumentos de cordas do mediterrâneo, como a lira e a teorba”, aponta o IC.

 

Barroco no séc- XXI

Fundado em 2000 em Paris, pela directora e teorbista Christina Pluhar, L’Arpeggiata é um ensemble flexível que combina especialistas em música antiga com vocalistas de uma região musicalmente conhecida como eixo da olivicultura. Com mais de 200 mil discos vendidos, o grupo tem recebido excelentes críticas pelos seus álbuns e concertos. Têm tocado em inúmeros festivais e salas de concerto, do Festival de Música Barroca de Londres ao Carnegie Hall de Nova Iorque, entre muitos outros.

O epicentro sonoro do grupo é a música italiana, francesa e também inglesa do século XVII. Composição e interpretação surgem frequentemente do improviso e da liberdade proporcionada pela interacção de músicos de jazz e músicos dedicados ao período barroco.

A austríaca Christina Pluhar é o motor de L’Arpeggiata. Com mais de três décadas de palcos e discos, a teorbista, harpista e maestrina é também professora no Conservatório Real de Haia e na Universidade de Graz

O concerto está marcado para as 20h e terá uma duração prevista de 90 minutos, sem intervalo.

19 Fev 2024

Hong Kong | Museu de Arte mostra pinturas de Ticiano e pintores renascentistas

Até 28 de Fevereiro, Hong Kong tem em exposição pinturas de alguns dos principais artistas renascentistas de Veneza, como Ticiano, Giorgione, Veronese ou Tintoretto

 

Até 28 de Fevereiro, o Museu de Arte de Hong Kong é o palco da exposição “Ticiano e pintores renascentistas de Veneza da Galeria de Uffizi”, que mostra algumas obras do pintor que foi considerado o expoente máximo da escola renascentista de Veneza, assim como dos seus principais discípulos.

Com um preço de entrada de 30 dólares de Hong Kong, a exposição apresenta 50 quadros que estão em exposição pela primeira vez no território vizinho, trazidos desde a Galeria de Uffizi, situada no centro histórico de Florença, em Itália, e que é especializada em pintura do período do Renascimento.

Um dos principais trabalhos em exposição é o quadro “A Flora, Vénus, o Cupido com um Cão e uma Perdiz”, da autoria de Ticiano, em que a deusa romana do amor, sexo, fertilidade e da vitória surge deitada com o filho Cupido.

No espaço, estão igualmente em exibição outras obras notáveis de Ticiano, como a Nossa Senhora da Misericórdia, em que o próprio autor surge retratado ajoelhado perante a figura divina.

Como um dos principais e mais famosos artistas do século XVI, a reputação do pintor italiano nascido em Véneto, Itália, fez com recebesse encomendas para trabalhar para algumas das personalidades mais influentes da história europeia, como aconteceu com Carlos V, Imperador do Império Sacro Romano-Germânico e pai de D. Filipe I de Portugal.

Além do retrato de um dos governantes espanhóis mais famoso do século XVI, a colecção em exibição conta igualmente com um retrato de Jesus Cristo, encomendado pelo Imperador, com o título Ecce Homo. O quadro tem a particularidade de se ter tornado inseparável do próprio Carlos V ao longo da sua vida.

Entre os trabalhos expostos do artista veneziano, encontra-se igualmente a Batalha de Cadore. A pintura retrata aquela a disputa que também ficou conhecida como Batalha do Rio Seco, que opôs as forças da República de Veneza contra as forças do Império Sacro Romano-Germânico, em 1508, e que foi um dos momentos altos em termos militares da república mercante.

Pintor celebridade

Nascido em Véneto, no norte da actual província de Veneza, algures entre 1488 e 1490, Ticiano Vecellio, também conhecido como Vecelli ou Ticiano, assumiu-se como um dos principais pintores da Escola de Veneza do século XVI.

Numa república que se afirmava como um grande centro de comércio e onde se concentravam mercantes, navegadores, académicos e artistas com origens muito variadas, foi criada uma atmosfera que levaria a que pintura renascentista de Veneza acabasse por influenciar a arte um pouco por toda a Europa.

Além disso, o movimento da cidade dos canais teve a particularidade de destoar do resto de toda a pintura de Itália na altura, porque dava a primazia aos jogos de cores sobre o traço do artista.

A título individual, a Ticiano é atribuída a tendência de desenhar figuras femininas nuas e reclinadas, como a que está presente no quadro “A Flora, Vénus, o Cupido com um Cão e uma Perdiz”.

A exposição não se esgota nos trabalhos de Vecelli, e outro dos principais destaques é o quadro “A Prova de Fogo de Moisés”, da autoria de Giorgione, cujo nome verdadeiro era Giorgio Barbarelli da Castelfranco.

Nesta obra, é retratado o episódio do Antigo Testamento em que o bebé Moisés, depois de ser adoptado pela filha do Faraó Egípcio, atira a coroa do governante para o chão. O acto foi considerado como um presságio que Moisés iria derrubar o faraó. Para afastar o presságio, o faraó mandou colocar diante do bebé duas tigelas, uma com brasas e outra com cerejas. Como o bebé, guiado por um anjo, acabou por escolher levar à boca as brasas, acabou por ser considerado inocente do crime de traição.

Em destaque, está igualmente o trabalho “O Baptismo de Jesus Cristo”, pintado por Paolo Veronese, que retrata o baptismo conduzido por São João Baptista e que através de um pomba com uma aura dourada remete também para a presença da Trindade.

A exposição é o resultado de uma organização conjunta entre o Jockey Club de Hong Kong, Museu de Arte de Hong Kong, o Ministério de Cultura de Itália e a Galeria Uffizi.

18 Fev 2024

Lai Chi Vun | Jazz e música electrónica ao vivo no sábado à tarde

No próximo sábado, a partir das 16h, os Estaleiros de Lai Chi Vun serão palco para as actuações ao vivo da banda de jazz local The Bridge, do compositor japonês Akitsugu Fukushima e da Orquestra Juvenil Chinesa de Macau. A entrada é livre e o Instituto Cultural o disponibiliza transporte directo gratuito a partir da península e da Taipa

 

O Instituto Cultural apresenta no sábado, a partir das 16h, mais um capítulo de actuações ao vivo nos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun – Lotes X11 a X15, que desde Dezembro têm animado a velha vila piscatória com “concertos ao anoitecer” nas segundas metades de cada mês.

Desta feita, vão subir ao palco a banda de jazz local The Bridge, o compositor de música electrónica Akitsugu Fukushima e a Orquestra Juvenil Chinesa de Macau.

A banda mais experiente do cartaz do próximo sábado, os The Bridge, foi fundada em 1989 e “é composta por membros de diferentes países, sendo, ainda hoje, a banda residente do Clube de Jazz de Macau”, um dos clubes de jazz mais antigos da Ásia.

“Desde a sua participação no “hush! Concertos” em 2005, a banda tem actuado com frequência em festivais e eventos locais, incluindo o Festival de Artes de Macau, o Festival Internacional de Música de Macau e eventos organizados por empresas e hotéis locais”, descreve o IC em comunicado. Composta pelos músicos Phil Reaves, Humphrey Cheong, José Chan e Ray Ricardo Elma, os The Bridge costumam incluir no alinhamento das suas actuações ao vivo incontornáveis standards de jazz, assim como temas de fusão (em especial com interpretações de bossanova e jazz mais pop). Com uma história de música que antecede a formação da banda, os elementos fundadores dos The Bridge são autênticos embaixadores do género musical em Macau.

Bandas e juventude

Outro ponto de destaque para a tarde de música em Lai Chi Vun será a actuação do japonês Akitsugu Fukushima, radicado em Macau há mais de uma década. O compositor, músico e designer de som tem colaborado com vários músicos, artistas e realizadores de cinema locais desde que se mudou para Macau em 2013. No currículo conta com a composição e arranjo de músicas para os cantores japoneses Aimer e yama e foi também responsável pelas bandas sonoras de filmes como “Madalena”, uma co-produção de Hong Kong e Macau lançada em 2021, e “Our Eighteen” que lhe valeram dois prémios em 2020 e 2021 no festival Golden Horse Awards de Taiwan.

O músico japonês lançou recentemente o single “Hero”, uma composição electrónica repleta de referências nipónicas que evocam cenários de filme.

Noutro espectro musical, o IC convidou a Orquestra Juvenil Chinesa de Macau para os concertos de sábado nos estaleiros navais. Fundada em 2004, a orquestra direccionada para jovens “combina música tradicional chinesa com instrumentos de música electrónica. A orquestra tem actuado em múltiplas cidades na China e no exterior desde a sua fundação”, refere o IC.

Com os concertos marcados para sábado, o IC cancelou a habitual actuação do “Ponto Busking”, uma espécie de simulação dos espontâneos concertos de rua populares em todo o mundo em que músicos actuam em espaços públicos (ruas, praças, ou estações de metro, por exemplo), esperando que a apreciação dos espectadores se traduza em donativos.

O IC indicou também que estará disponível um serviço de transporte gratuito (autocarro) aos sábados, domingos e feriados, “a fim de facilitar a deslocação de residentes e visitantes para os Estaleiros Navais de Lai Chi Vun”. Apesar de o IC não indicar especificamente horários e locais de partida dos autocarros no sábado, a manter-se o arranjo anterior, os autocarros terão partida da Rua do Dr. Pedro José Lobo (junto ao Edifício Macau Square), em Macau, às 14h, 15h e 16h, e da Taipa junto ao Edifício Nova City, Blocos 11, às 14h30 e 15h30. Os horários de regresso à península estão marcados para as 18h, 18h30 e 19h, e com destino à Taipa partem de Lai Chi Vun às 18h e 18h45.

15 Fev 2024

Ano Novo Lunar | Música, fogo de artifício, teatro e exposições vão animar a cidade

Com o Ano Novo Lunar à porta, Macau prepara-se para um vasto calendário de actividades. Concertos, exposições e espectáculos prometem encher a cidade de cor e alegria. A tradicional parada e desfile de carros alegóricos, assim como os espectáculos de fogo-de-artifício são alguns dos pontos altos do cartaz de festividade

 

Vem aí a grande festa do Ano Novo Lunar. Macau irá receber o Ano do Dragão com um alargado leque de festas para todos os gostos espalhados pela cidade. Como não poderia deixar de ser, os eventos mais aguardados são a Parada de Celebração do Ano do Dragão, que irá contar com a participação mil artistas locais, de Hong Kong, Interior da China e do estrangeiro (Alemanha, Indonésia, Coreia do Sul e França), incluindo o grupo da Marcha da Madragoa, e os espectáculos de pirotecnia.

A primeira parada está marcada para a próxima segunda-feira, o terceiro dia do Ano Novo Lunar, partindo da Praça do Lago Sai Van às 20h, e seguindo em direcção à Doca dos Pescadores às 21h45. Ao longo do percurso vão estar instaladas bancadas para o público na Praça do Lago Sai Van, Av. Dr. Sun Yat-Sen, Centro Ecuménico Kun Iam e Rotunda do Centro de Ciências de Macau.

O segundo desfile está marcado para o 8.º dia do Ano Novo, que é no dia 17 de Fevereiro, e desta feita o percurso irá passar pela zona norte da península, partindo da Estrada Marginal da Ilha Verde às 20h, com o Jardim do Mercado do Iao Hon a ser o destino final, onde a parada deve chegar às 21h30, depois de uma volta pelo bairro da Areia Preta.

As paradas vão também ser abrilhantadas por actuações de grupos musicais. O primeiro palco de actuações estará montado na Praça do Lago Sai Van, onde vão actuar na segunda-feira XiX, George e Phoebus do grupo P1X3L, Gordon e Lincoln do grupo BOP e o cantor Tik Tang, todos de Hong Kong. A vez das estrelas locais está a cargo dos cantores Filipe Tou, Germano Guilherme e o grupo MFM.

No dia da segunda parada, 17 de Fevereiro, a partir das 20h15, o Jardim do Mercado de Iao Hon será o palco do espectáculo final, onde vão actuar as artistas de Hong Kong Selena Lee e Carman Kwan e os cantores de Macau Germano Guilherme, Rico Long e Viviana Lo, entre outros.

Os carros alegóricos que participam na parada serão exibidos na Doca dos Pescadores de Macau entre 13 e 16 de Fevereiro e na Praça do Tap Seac entre 18 e 25 de Fevereiro.

 

Entre o céu e a terra

Como não poderia deixar de ser, outro dos grandes destaques da época festiva são os três espectáculos de fogo de artifício agendados para as 21h dos dias 12, 16 e 24 de Fevereiro, na zona ribeirinha em frente à Torre de Macau.

Os espectáculos vão iluminar os céus de Macau durante 15 minutos, obviamente com o dragão a ser o tema. O Governo aconselha como locais ideais para assistir ao espectáculo, e desfrutar do que designa como “uma noite de animação romântica”, o Anim’Arte Nam Van, a zona que vai do Centro Ecuménico Kun Iam até à Zona de Lazer Marginal da Estátua de Kun Iam, a Avenida de Sagres (ao lado do Hotel Mandarin Oriental, Macau), o passeio ribeirinho do Centro de Ciência de Macau e a Avenida do Oceano da Taipa.

Em relação aos eventos organizados em parceria com autoridades do Interior, destaque para as actuações que vão animar o Anim’Arte NAM VAN e vários locais ao ar livre, com espectáculos da Companhia de Teatro “Ópera Luju” do Município de Jinan, da Companhia de Acrobacia de Jinan e Companhia de Artes Performativas de Qinghai.

 

Sons do dragão

Passando para dentro de portas, no dia 23 de Fevereiro a Orquestra Chinesa de Macau apresenta no Centro Cultural de Macau o concerto “Flores de Primavera”. Mas no plano musical, as actuações junto às Ruínas de S. Paulo continuam a ser um ponto incontornável enquanto palco para festividades. Nos dias 14, 17 e 24 de Fevereiro, a Orquestra de Macau e a Orquestra Chinesa de Macau apresentam o concerto “Melodias Inesquecíveis nas Ruínas de S. Paulo”, propondo ao público um ambiente festivo “pleno de peças românticas”. As actuações têm todas uma hora de duração e começam às 18h.

Tendo em conta que as Ruínas de S. Paulo são um local muito concorrido, e com restrições naturais a nível de espaço, a organização irá controlar o fluxo de multidões nos dias de concerto.

 

Para ver e sentir

Durante o período de festividade de Ano Novo, o Instituto Cultural destaca as várias exposições patentes no território, como a “Eminência Dourada: Tesouros do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo” e “Candida Höfer: Olhar Épico” no Museu de Arte de Macau, “Fujian Revigorante: Ponto da Partida da Rota da Seda Marítima – Mostra de Património Cultural Intangível” no Museu de Macau. Além disso, foi ontem inaugurada a exposição “Temperamento pela Terra e pelo Fogo – Exposição de Arte da Cerâmica Negra das Províncias de Shandong e Qinghai” na Galeria Tap Seac.

Mas quando a festa é em Macau, o próprio património local transforma a cidade num museu a céu aberto. Como tal, o Governo irá organizar algumas actividades, ou apoiar financeiramente associações locais com o mesmo fim.

Neste capítulo, destaque para a organização de roteiros pensados para alargar o conhecimento dos participantes em relação à história do território. Os passeios, com duração de cerca de uma hora, vão percorrer zonas como a Taipa Velha, com dois percursos à disposição dos interessados: “Major historical events in Taipa” (com passagens pela Rua do Pai Kok – Templo de Tin Hau – Museu da História da Taipa e Coloane – Largo do Carmo – Casas-Museu da Taipa – Rua Direita Carlos Eugénio, Taipa) e “Taipa village life in the olden days” (que inclui visitas ao Templo Pak Tai na Taipa – Largo de Camões – Rua do Cunha – Feira do Carmo – Antiga Fábrica de Panchões Iec Long). As visitas guiadas gratuitas estão marcadas para os fins-de-semanas de 17 e 18, e 24 e 25 de Fevereiro, num total de 12 sessões. As visitas serão realizadas em cantonense, mandarim e inglês.

8 Fev 2024

Galaxy | Exposição mostra instalações de artistas locais emergentes

A GalaxyArt acolhe até Maio a exposição “GENESIS: Contemporary Installation Art Journey”, uma viagem que leva o público ao “vibrante” panorama da arte contemporânea local. Trabalhos de Ng Man Wai, Sou Leng Fong e Cheong Hoi I traçam um mapa sensorial que compõe a mostra exibida no Cotai

 

A aposta das concessionárias de jogo na promoção da arte contemporânea chegou também à Galaxy. O espaço GalaxyArt exibe até ao dia 6 de Maio a exposição “GENESIS: Contemporary Installation Art Journey”, composta por trabalhos de três artistas locais emergentes, “abrindo uma janela para o vibrante movimento de arte contemporânea local.

A mostra reúne trabalhos de Ng Man Wai, Sou Leng Fong e Cheong Hoi I, que propõem uma viagem sensorial através de estímulos visuais, sonoros e até fragrâncias com o objectivo de evocar a percepção de testemunhar o começo de algo.

“O tema da exposição parte do conceito grego de ‘génesis’ e do significado de ‘criação’, um conceito apropriado para celebrar recomeços e inspirar os visitantes com a energia positiva de novas possibilidades que esta época representa”, descreve a organização da mostra.

As instalações das três artistas partem de aspectos do mundo natural e provocam reflexão sobre conceitos de cariz filosófico. A instalação a cargo de Ng Man Wai explora a dicotomia entre o que é real e o que não é através de reproduções mais ou menos realistas de objectos comuns, que são sujeitos a replicação que vão acrescentando novos elementos. A obra que expõe no GalaxyArt, “Doppelgänger: The Apple”, é uma enorme maçã cortada em fatias. Através da prosaica reprodução do fruto, Ng Man Wai explora o simbolismo da maçã, enquanto fruto da sabedoria e boa saúde e revela o que se esconde no seu interior, iluminando novas facetas e dissecando os vários ângulos do objecto.

 

Dar na fruta

A obra de Sou Leng Fong confirma a predilecção que tem com plantas e vida aquática enquanto fontes dominantes de inspiração, que se materializa frequentemente através de esculturas em barro. “Blooming” encontra-se pendurado no tecto da GalaxyArt, “à semelhança de um grande candelabro, revelando a dinâmica de linhas irregulares e formas que imitam contornos naturais de organismos”.

A instalação de Cheong Hoi I, “Pleased as Fruit Punch”, denota uma explosão de cores em forma de ponte arqueada de onde se desdobram “tiras iridescentes como pétalas de flores e as superfícies reflectoras criam um efeito caleidoscópico com cores e padrões variáveis”.

Além da possibilidade percorrer o espaço de exposição, a organização propõe ao público a participação em três workshops temáticos de 90 minutos orientados pelas próprias artistas. Os temas são: “Doppelgänger: The Apple”, “Making, Diffusing Stone – Nutrient” e “Pleasant Light Making”.

A curadoria do evento é de Lam Tsz Kwan e está patente ao público na GalaxyArt, no primeiro piso do Galaxy Promenade.

O director do Galaxy Entertainment Group, Philip Cheng, enalteceu a oportunidade do tema principal da mostra face às festividades da época. “A Primavera é uma época de novos começos e ideias frescas. Como tal, temos o prazer de apresentar uma exposição que reflecte perfeitamente a estação. As obras destas três jovens artistas locais não só mostram o maravilhoso talento criativo que temos em Macau, mas também oferecem uma oportunidade única para os visitantes interagirem com as obras de arte e descobrirem a sua própria inspiração artística.”

7 Fev 2024

Exposição | Sands exibe obras de arte contemporânea chinesa

Está patente no Cotai Expo do Venetian a “Exposição do Anuário de Arte Contemporânea da China 2022”, uma mostra que reúne 28 obras multidisciplinares, da pintura a óleo, passando pela instalação e performance artística. É a primeira vez que a conceituada exposição anual é exibida fora do Interior da China

 

O Hall C do Cotai Expo no Venetian acolhe até 27 de Fevereiro a “Exposição do Anuário de Arte Contemporânea da China 2022”, um evento que se realiza todos os anos e que tem como base os trabalhos seleccionados pelo Arquivo de Arte Moderna Chinesa da Universidade de Pequim. A publicação documenta anualmente registos de obras de arte, grandes projectos artísticos, exposições, eventos, entrevistas e textos escritos por artistas, críticos, investigadores e curadores chineses, sob a batuta de Zhu Qingsheng, que dirige o Arquivo de Arte Moderna Chinesa desde 1986.

A organização do evento salienta que os trabalhos expostos reflectem as experiências culturais e existenciais dos artistas, em contextos universais como a globalização, o cruzamento entre criação artística e tecnologia, o valor dos limites da arte, as perspectivas femininas e processos de urbanização.

O processo de selecção de trabalhos culmina nesta exposição, onde estão patentes ao público obras que atravessam várias formas de criação artística, da pintura a óleo, vídeo, performance artística e instalação, entre outros meios. “Todas as obras seleccionadas têm como característica comum a sua originalidade, permitem reflectir e conhecer realidades sociais e iniciar um diálogo entre arte e o espírito dos tempos. Entre os artistas que contribuíram para esta mostra contam-se criadores que já atingiram patamares significantes de reconhecimento, assim como artistas novos com percursos criativos interessantes e experiência internacional, incluindo grupos artísticos que abordam a criação de perspectivas originais”, indica a organização da mostra.

 

Ponte para a mundo

O vice-presidente do Conselho de Administração da Sands China, Wilfred Wong, destacou a importância da mostra e da sua exibição no território. “O professor Zhu Qingsheng, e a sua equipa, são responsáveis pela curadoria da Exposição do Anuário de Arte Contemporânea da China desde 2015. Esta é a nona edição e é a primeira vez que é exibida fora do Interior da China”, começou por destacar o responsável da concessionária de jogo, citado por um comunicado da empresa.

Wilfred Wong destacou que um dos objectivos da organização é utilizar Macau enquanto base de intercâmbio cultural e uma janela entre a China e o mundo, de forma a mostrar ao público internacional e a turistas do mundo inteiro “a vitalidade da arte contemporânea chinesa”.

“Esperamos com esta exposição alimentar a alma das pessoas através das artes e possibilitar que a comunidade artística de Macau compreenda a evolução e desenvolvimento da arte contemporânea chinesa”, indicou o responsável da Sands China.

Por sua vez, o curador da mostra e mentor do anuário de arte contemporânea destacou a projecção que a RAEM pode conferir. “Macau é porta de entrada da China para o mundo, e também serve como trampolim para a arte contemporânea chinesa no palco global. Estamos literalmente a exibir ao mundo as conquistas culturais possibilitadas pela reforma económica chinesa ao organizar esta exposição na RAEM”, afirmou Zhu Qingsheng.

A organização da exposição está a cargo da Sands China, do Arquivo de Arte Moderna Chinesa da Universidade de Pequim, com o apoio da Biblioteca e Faculdade de Humanidades e Artes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST na sigla em inglês).

A exposição pode ser visitada entre 1 e 27 de Fevereiro, das 11h às 19h. A entrada é gratuita.

6 Fev 2024

Casa Garden | Exposição atravessa meio milénio de cartografia de Macau

A exposição “Mapamorphosis: 500 Anos de Cartografia” abre amanhã portas ao público na Casa Garden. A mostra que partiu do conceito de Marco Rizzolio, com curadoria de Pedro Luz documenta a transformação e expansão da cidade através de um conjunto de mapas e elementos multimédia. A inauguração da exposição será acompanhada por um seminário

 

Se cinco anos fazem diferente, imagina-se o impacto de cinco séculos na evolução do tecido urbano de uma cidade de confluências de culturas como Macau? Esta metamorfose está na génese da exposição “Mapamorphosis: 500 Anos de Cartografia e Desenvolvimento Económico de Macau”, que é inaugurada amanhã, às 18h30, na Casa Garden.

A mostra, organizada pela Associação Cultural 10 Marias e a Fundação Oriente, partiu da ideia de Marco Rizzolio e conta com a curadoria e direcção multimédia de Pedro Luz.

A exposição assinala a transformação geográfica de Macau ao longo dos séculos através de uma colecção de mapas de diversas fontes, permitindo-nos simultaneamente visualizar o crescimento urbano e o desenvolvimento socioeconómico de Macau.

“Na era pré-colonial, a área de Macau estava reduzida a uns meros três quilómetros quadrados, o seu processo de expansão deu-se, a partir do século XVI, com o estabelecimento dos portugueses e a ‘conquista’ de território. Durante a segunda metade do século XX, a área terrestre de Macau aumentou aceleradamente, passando de 15 quilómetros quadrados em 1972 para 21 em 1994. Hoje, a área terrestre é aproximadamente de 32 quilómetros quadrados com uma população de cerca de 680 mil habitantes, fazendo com que Macau seja uma das cidades do mundo com maior densidade populacional”, é destacado pela organização.

 

Imagens e ideias

A organização do evento indica que a mostra terá como base o “importante acervo cartográfico de Macau com manifesto interesse pedagógico e didáctico, com o uso das novas tecnologias”.

Nesse sentido, a evolução geográfica da cidade e a sua consequente expansão territorial pode ser testemunhada através dos vários mapas que vão estar expostos na Casa Garden, mas também através de um vídeo da autoria de Pedro Luz que será projectado no espaço da exposição. A “projecção videográfica, com base em cartografias, mapas e imagens satélites promove o conhecimento da geografia de Macau e divulga o seu desenvolvimento histórico e económico, de forma interativa e informativa”, acrescenta a nota da Associação Cultural 10 Marias.

Além dos elementos visuais, a inauguração da mostra será acompanhada de um seminário sobre desenvolvimento económico e urbanístico de Macau, amanhã às 18h30 na Casa Garden, que terá como convidados Priscilla Roberts, Nuno Soares, Marco Caboara e José Sales Marques.

“Mapamorphosis: 500 Anos de Cartografia e Desenvolvimento Económico de Macau” estará patente ao público até 17 de Março e a entrada é livre.

5 Fev 2024