Andreia Sofia Silva EventosArk | “Art Power Jamming” apresenta trabalhos de quatro artistas A Ark – Associação de Arte de Macau promove, a partir de terça-feira, o programa “Art Power Jamming”, com uma exposição intitulada “Quatro Verões”, que apresenta o trabalho de quatro artistas, nomeadamente Rachel Chan, Maggie U, Mandy Fu e Gigi Chao. Apresentada no Pavilhão de Exposições de Arte para a Juventude do Tap Seac, esta é uma mostra de mulheres artistas emergentes cujo trabalho se foca “na arte, beleza e imaginação” A mostra colectiva “Quatro Verões”, inserida no programa Art Power Jamming, promovido pela Ark – Associação de Arte de Macau, está aberta ao público a partir de terça-feira, apresentando diversas obras criadas por quatro mulheres artistas emergentes em Macau, nomeadamente Rachel Chan, Maggie U, Mandy Fu e Gigi Chao. Até ao dia 6 de Outubro, poderá ser vista, no Pavilhão de Exposições de Exposições de Arte para a Juventude na praça do Tap Seac, arte nos seus mais diversos formatos, que vão desde a pintura à instalação artística, entre outros. Esta exposição é apoiada pelo Gabinete de Educação e Desenvolvimento da Juventude e pretende “revelar as histórias de quatro jovens raparigas obcecadas pela arte, beleza e imaginação”. Assim, podem visualizar-se trabalhos “vibrantes e coloridos, que exprimem a saudade [das artistas] do Verão”, e que mostram o circuito de emoções e descobertas em relação a esta época do ano. Espera-se que o público acompanhe de perto as histórias que as artistas pretendem transpor cá para fora, para que quem vê os seus trabalhos possa “explorar o significado e o valor da arte e da cultura na vida”. Segundo um comunicado divulgado pela Ark, as artistas esperam que a mostra lhes venha a proporcionar “uma experiência cultural rica em boas recordações, a fim de enriquecer os seus conhecimentos artísticos e culturais”. Paixão pelas artes A exposição promovida pela Ark – Associação de Arte de Macau revela quatro artistas apaixonadas pela pintura ou design gráfico. No caso de Rachel Chan, a inspiração para trabalhar no mundo das artes veio da sua família, tendo-se especializado no estudo de aguarela. Assim sendo, Rachel Chan apresenta nove obras pintadas exclusivamente em aguarela que retratam “um Verão quente e abrasador”, podendo ser vistas “flores a desabrochar, pássaros a voar ou alforrecas a flutuar”, entre outros elementos que “retratam a beleza do Verão através de objectos do quotidiano”. No caso de Maggie U, a sua paixão também reside na pintura e na criação, sendo o seu trabalho artístico virado “para as suas experiências da vida quotidiana”, que “incorporam elementos humorísticos e espirituosos com cores vibrantes”. Maggie U espera, com o seu trabalho, transmitir uma energia positiva, apresentando nesta exposição a série “Sonho de Verão”. Podem, assim, ser vistas “cinco cenas oníricas”, que se afastam “do seu estilo habitual do desenho digital”, onde a artista resolveu apostar “na utilização de cores pastel harmoniosas e lápis de cor com linhas suaves e densas”. Nestes trabalhos observam-se “o vasto e colorido oceano” ou uma “perigosa selva coberta de espinhos”, entre outros elementos ligados à natureza, mas que espelham também “o processo de realização dos sonhos”. Isto porque, para a artista, “procurar os nossos sonhos é como flutuar no mar sem se saber para onde ir, avançando, ainda assim, corajosamente”. Já Mandy Fu, pintora especialista no uso do acrílico, óleo e desenho, tem participado, nos últimos anos, em oficinas de artesanato, explorando “várias formas de arte de forma activa, expandindo a sua visão artística e enriquecendo a sua experiência criativa”. Os trabalhos apresentados no Tap Seac, revelam cinco pinturas de Mandy Fu em acrílico que retratam a paisagem da sua cidade natal, Hainão, utilizando linhas e cores simples. Mandy resolveu introduzir também um barco de madeira na exposição que simboliza a sua viagem de Hainão para Macau, “uma cidade rica em cultura, onde o Oriente e o Ocidente se encontram”. Além disso, a embarcação “também a representa a si própria, pois, independentemente do sítio para onde vá, não pode esquecer-se da viagem para descobrir a sua inspiração original”. Por sua vez, Gigi Chao, designer gráfica, traz também para as suas obras a pintura e o desenho. No Tap Seac, apresenta cinco pinturas em acrílico que estabelecem também uma ligação com o mar e oceano, sem esquecer as praias, “repletas com a energia do Verão”. Talento a muitas mãos Pamela Chan, dirigente da Ark e curadora da exposição, disse, citada pelo mesmo comunicado, estar “satisfeita por reunir quatro artistas femininas talentosas para exporem obras de arte de diversos meios numa única exposição para celebrar este Verão”. Chan, ela própria artista, considera ser “imperativo redescobrir a nossa aspiração original na criação e compreender as nossas intenções a fim de dar origem” a melhores e novas obras. A curadora espera que “o público possa sentir a diversidade e o brilho do Verão através desta exposição colectiva que revela o mundo interior de quatro artistas no mesmo espaço”.
Hoje Macau EventosCantora e actriz Jane Birkin morreu este domingo aos 76 anos A cantora e actriz britânica Jane Birkin morreu este domingo aos 76 anos, depois de desenvolver praticamente toda a sua carreira artística em França, apesar de ter estado algum tempo afastada devido a problemas de saúde. O canal BFMTV, citado pela agência Efe, revelou que Jane Birkin morreu em casa. A causa da morte e outros detalhes não foram revelados. A artista estava há algum tempo afastada dos palcos, embora tenha voltado pontualmente ao trabalho após sofrer um acidente vascular cerebral, em 2021. Birkin, que foi parceira musical e romântica do cantor francês Serge Gainsbourg, enfrentou problemas de saúde recentemente e foi obrigada a cancelar vários concertos. A britânica ganhou fama com a sua turbulenta relação com o icónico músico, compositor, intérprete e poeta Serge Gainsbourg e graças ao seu francês com forte sotaque. Sucesso e escândalo Filha do oficial da Marinha Real e espião durante a Segunda Guerra Mundial, Dave Birkin, e da actriz Judy Campbell, Jane Birkin nasceu a 14 de Dezembro de 1946, em Londres. De silhueta andrógina e beleza adolescente, encarnou como poucas o estilo entre boémio e chique, que anos depois seria herdado pela sua filha Charlotte Gainsbourg, uma das principais actrizes do cinema francês e também cantora e compositora. Em 1969, gravou “Je t’aime, moi non plus”, canção que foi sucesso mundial e provocou escândalo pelos seus sussurros e gemidos. Serge Gainsbourg escreveu o tema a pensar em Brigitte Bardot, com quem teve um relacionamento amoroso. Bardot proibiu a versão inicial da canção, com a sua voz, e a decisão abriu a porta para que Jane Birkin entrasse para a história. Em Fevereiro passado, a artista participou, em estado muito frágil, na cerimónia dos Césares, os prémios anuais do cinema francês, ao lado da filha Charlotte e da neta Alice. “Inimaginável viver em um mundo sem a tua luz”, escreveu no Instagram o cantor Étienne Daho, um dos seus amigos mais próximos e das primeiras figuras públicas a reagir à sua morte. O artista foi coautor de “Oh, pardon tu dormais…”, canção e título do aplaudido álbum de Birkin editado em 2020. O Presidente francês, Emmanuel Macron, prestou homenagem a uma “artista completa”, que “cantou as mais belas palavras da nossa língua”. No cinema, Birkin actuou em “Blow-up – História de um Fotógrafo”, filme de Michelangelo Antonioni premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1967, e em “A Piscina”, de Jacques Deray, ao lado de Romy Schneider e Alain Delon em 1969. Também trabalhou com cineastas como Jean-Luc Godard, Jacques Doillon e Agnès Varda e participou em mais de 70 títulos. O sucesso de Jane Birkin foi tão grande que a marca Hermés desenhou em sua homenagem a mala “Birkin”, com modelos feitos em pele que podem custar milhares de euros.
Andreia Sofia Silva EventosWynn Art Center | Combinação de arte e tecnologia dá a conhecer Leonardo da Vinci A partir do dia 30 deste mês será possível conhecer melhor um dos principais artistas do período do Renascimento em Itália. “The Countour of Light: A Re-counter with Leonardo da Vinci” é a mostra apresentada no Wynn Art Center, no empreendimento Wynn Palace, até Outubro. A iniciativa insere-se na bienal Arte Macau 2023 Não é possível falar do período do Alto Renascimento em Itália, no século XVI, sem apontar o nome de Leonardo da Vinci. Pintor, mas também um homem ligado aos números e à ciência, Da Vinci ficou conhecido na história pelas obras “Mona Lisa” ou “A Última Ceia”, retratando o momento em que Jesus Cristo se senta à mesa com os seus discípulos. Estes quadros valem fortunas e podem hoje ser vistos nos principais museus a nível mundial. A partir do dia 30 deste mês, e até 15 de Outubro, o público de Macau poderá conhecer mais sobre a obra e as descobertas do artista italiano com a exposição “The Countour of Light: A Re-counter with Leonardo da Vinci” [O Contorno da Luz: Um Reencontro com Leonardo da Vinci], patente no Wynn Art Center no Wynn Palace, no Cotai. Esta é a primeira exposição inteiramente dedicada a Leonardo da Vinci em Macau e insere-se no cartaz da bienal Arte Macau 2023, que traz ao território diversos eventos artísticos, incluindo mostras de artistas locais. Com esta exposição no Wynn Art Center, o público poderá ter acesso a uma “experiência multi-sensorial e imersiva que combina arte com tecnologia, incorporando instalações de luzes interactivas, tecnologias de projecção de luzes e arte digital”, lê-se num comunicado divulgado pela Wynn. Nascido em 1452 em Florença e falecido em França, com 67 anos, em 1519, Da Vinci permanece até hoje como uma das grandes figuras de um período onde as artes, a cultura e o conhecimento floresceram em Itália, com repercussões na Europa, após os anos mais obscuros da Idade Média. Foi durante o Renascimento que se fizeram importantes descobertas do foro científico, inovações na área das artes e em que se começou a desenvolver a impressão de livros e folhetins. Arte sensorial Além da pintura, Leonardo da Vinci destacou-se também em diversas áreas científicas do saber, nomeadamente em matérias como a anatomia, matemática ou cartografia, entre outras. Graças às missões do jesuíta italiano Matteo Ricci na China, que também foi cientista, geógrafo e cartógrafo, as influências do Renascimento acabaram por chegar a Macau e à China à época. Por sua vez, a cultura, arte e filosofia chinesas acabaram por chegar à Europa no contexto das missões e viagens dos jesuítas. A exposição no Wynn Art Center mostra a forma como Macau já era, no século XVI, um lugar rico onde todas estas influências se cruzavam, numa simbiose entre o Ocidente e o Oriente. As projecções de luzes incorporadas na mostra pretendem proporcionar aos visitantes “mais um encontro entre Macau e Da Vinci”. Além de todos estes elementos visuais, a mostra dedicada ao grande renascentista italiano recorre ainda à realidade virtual e hologramas que permite “uma entrada profunda no mundo fascinante de Da Vinci”, proporcionando aos visitantes experiências “tácteis, visuais, auditivas e de olfato que quebram as limitações de uma mostra física, permitindo uma exploração do espaço como se de facto [o visitante] estivesse lá”. No mesmo comunicado, a Wynn revela pretender apostar “no futuro desenvolvimento da colaboração entre a arte e a tecnologia”, esperando, com esta mostra repleta de interactividade, poder “aumentar a consciência do público em relação à história, cultura, arte e ciência do Ocidente e do Oriente”. A operadora pretende ainda apostar “no apoio ao desenvolvimento diversificado das artes e eventos culturais em Macau”. A exposição conta ainda com a organização de visitas guiadas promovidas em conjunto com a Associação dos Embaixadores do Património de Macau.
Hoje Macau EventosPanteão Nacional | Restos mortais de Eça de Queiroz trasladados a 27 de Setembro Os restos mortais de Eça de Queiroz serão trasladados para o Panteão Nacional, em Lisboa, a 27 de Setembro, confirmou sexta-feira à Lusa o deputado Pedro Delgado Alves, do grupo de trabalho criado pela Assembleia da República para definir a data e o programa da cerimónia. Há cerca de três semanas, Pedro Delgado Alves apontara a data de 27 de Setembro como a prevista, acrescentando, todavia, que esta tinha de ser viabilizada pelo grupo. Agora está confirmado que a trasladação ocorrerá a 27 de Setembro, mas o “anúncio formal” só ocorrerá na “próxima semana”. A Assembleia da República aprovou por unanimidade, em Janeiro de 2021, um projecto de resolução do PS para “conceder honras de Panteão Nacional aos restos mortais de José Maria Eça de Queiroz, em reconhecimento e homenagem pela obra literária ímpar e determinante na história da literatura portuguesa”. Ficou também decidido na altura, através da mesma resolução, “constituir um grupo de trabalho composto por representantes de cada grupo parlamentar com a incumbência de determinar a data e de definir e orientar o programa de trasladação, em articulação com as demais entidades públicas envolvidas, bem como um representante da Fundação Eça de Queiroz”. Eça de Queiroz morreu em 16 de Agosto de 1900 e foi sepultado em Lisboa. Em Setembro de 1989, os seus restos mortais foram transportados do Cemitério do Alto de São João, na capital, para um jazigo de família, no cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião. A resolução aprovada em 2021 surgiu em resposta a um repto lançado pela Fundação Eça de Queiroz, nos termos da lei que define e regula as honras de Panteão Nacional, destinadas a “homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade”.
Hoje Macau EventosArte Macau 2023 | Quatro propostas exibidas em Setembro Já são conhecidos os quatro projectos artísticos que fazem parte da edição deste ano da “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2023”, evento que acontece este Verão. Assim, a equipa de curadoria seleccionou “The Revelations for X”, um projecto, ainda com título provisório, da autoria de MyLand Culture; “O Tufão do Destino”, da autoria de ARTE YIIMA; “Sincronicidade — Topologia da Mente”, da autoria da Alice Kok; e “O Segredo da Flor de Ouro”, da autoria da Chang Chan. Após a realização da Arte Macau 2023, estes projectos “repletos de imaginação e fantasia”, conforme descreve o Instituto Cultural (IC), estarão expostos em quatro mostras por um período não inferior a oito semanas entre os meses de Setembro e Novembro. A ideia desta iniciativa visa, entre outros objectivos, “estimular a inovação e promover o desenvolvimento da arte contemporânea”, sendo que, para esta edição da Arte Macau 2023, o tema é “A Estatística da Fortuna”. Foram apresentadas 28 propostas, com a avaliação inicial dos curadores a ser realizada a 31 de Maio por nomes como Susanna Un, directora do Museu de Arte de Macau e Qiu Zhujie, curador principal da Arte Macau 2023 e vice-director da Academia Central de Belas Artes, entre outras figuras da arte local, onde se inclui o artista James Wong. A 17 de Junho foram seleccionadas as quatro propostas agora divulgadas.
João Luz EventosK-Pop | BamBam estreia-se a solo numa digressão que passa por Macau BamBam, membro da popular boys band sul-coreana GOT7, vai passar por Macau para um concerto no Lisboeta no próximo dia 30 de Setembro. A actuação no Cotai está integrada na primeira tournée mundial a solo do artista de origem tailandesa. Na bagagem traz um disco a solo, “Sour & Sweet”, um registo autobiográfico Após várias partilhas nas redes sociais de imagens que evocam atmosferas alienígenas, o mistério em torno do futuro próximo da carreira de BamBam dissipou-se com o anúncio da tournée “Area 52”. Esta será a primeira vez que o membro da boys band sul-coreana GOT7 se aventura em palco sem os companheiros de grupo em concertos que o vão levar aos quatro cantos do mundo. Porém, para já, entre as escassas cinco datas anunciadas desponta Macau, com um concerto marcado para o Lisboeta no dia 30 de Setembro, um sábado. Os bilhetes ainda não estão à venda e a única coisa que se sabe sobre a tournée “Area 52” é que, antes de Macau, BamBam irá actuar no Olympic Hall em Seul, no dia 16 de Setembro, e no Smart Araneta Coliseum em Manila, no dia 22 de Setembro. Após a passagem pela sala do Cotai, BamBam leva o seu espectáculo ao vivo ao palco da Mega Star Arena em Kuala Lumpur, no dia 15 de Outubro, e ao Thunderdome Stadium em Banguecoque, no dia 28 de Outubro. Até agora, estas são únicas datas conhecidas da primeira tournée mundial do jovem artista. Em termos musicais, o K-Pop tem sido o habitat natural de BamBam em toda a sua carreira, que agora se lança num projecto a solo, seguindo as pisadas dos seus colegas dos GOT7 (Jinyoung, Jackson Wang, Mark Tuan, Jay B, Kim Yugyeon e Choi Young-jae). A incursão pela carreira a solo compreende-se também pelo período de inactividade em que estão os GOT7 nos últimos anos. Importação tailandesa Nascido em Banguecoque, em 1997, BamBam começou muito cedo a interessar-se pelo pop produzida na Coreia do Sul, com particular fascínio por Rain, um músico, bailarino, actor sul-coreano, de quem é fã deste tenra idade. Depois de assistir a vários concertos do ídolo, BamBam, nascido Kunpimook Bhuwakul, começou aos 10 anos de idade a dar os primeiros passos para aprender a dançar e cantar. A evolução técnica levou-o a integrar o colectivo de dança We Zaa Cool, que trabalhou com artistas como Lisa da popular banda Blackpink. O destino da Coreia do Sul estava traçado no seu GPS pessoal, principalmente após se destacar como vencedor do prémio de dança Thailand Rain Cover Dance Competition em 2007. Três anos depois estaria a viver na Coreia do Sul e a assinar um contrato com o grande conglomerado de entretenimento JYP Entertainment, uma autêntica máquina de produção de grupos e artistas de K-pop, com tentáculos a estenderem-se à China e Japão. No início de 2014, BamBam seria um dos rostos selecionados para formar os GOT7. A vida num disco No passado mês de Março, o artista lançou o primeiro disco a solo, “Sour & Sweet”, que apresenta ao público um olhar mais íntimo sobre a vida do jovem tailandês. A faixa de abertura do disco, “Feather”, tem como fio condutor a explosão emocional da chegada de BamBam ao aeroporto de Incheon quando se mudou para a Coreia do Sul, e a última música, “Wings”, desenha um retrato da sua vida actual, que “ganhou asas” com a popularidade dos GOT7. De uma pena que atravessa a distância entre Banguecoque e Incheon, até um par de asas que permite a BamBam voar pela primeira vez a solo numa tournée mundial, “Sour & Sweet” será por certo o ponto fulcral das actuações do rapper tailandês.
João Luz EventosFRC | Concerto de Jazz amanhã a partir das 17h A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta amanhã, às 17h, o concerto “Saturday Night Jazz”, onde será apresentado um repertório que fará uma associação à exposição colectiva patente na galeria, intitulada “MusicArt”. A mostra, que estará patente ao público até 22 de Julho, reúne trabalhos de 17 artistas locais e do Interior da China que procuram estabelecer uma ponte entre sons e imagem através de várias expressões artísticas. A organização descreve o concerto e a exposição como uma “experiência Interdisciplinar entre a Arte e a Música, conceitos que se tocam e atravessam, gerando resultados que podem ser surpreendentes, algures entre as sete notas musicais e as setes cores do arco-íris”. As composições musicais que serão apresentadas amanhã “giram em torno de vários estilos de jazz, do tradicional ao moderno, incluindo swing, latino e funk”. No palco vão estar, ao piano e no trompete Ao Fai, no piano Joviz Lee, no trombone Gregory Wong, na bateria Roy Tai, e no baixo Mars Lei, “interagindo com o espaço expositivo e o público”. O concerto irá contar ainda com a participação do curador da exposição e “artista multifacetado” Giulio Acconci.
João Luz Eventos MancheteÓbito | Mundo das letras despede-se de Milan Kundera “No final dos anos 1980, quem não tivesse lido Kundera estaria necessariamente desactualizado”, afirmou Gao Xing, editor do jornal de Literatura Mundial da Academia Chinesa de Ciências Sociais e autor da biografia do escritor checo, citado pelo China Daily. Vinte anos depois da publicação do primeiro romance de Milan Kundera, a obra de um dos maiores vultos literários da segunda metade do século XX é introduzida na China, em 1985, juntamente com a obra de Gabriel Garcia Marquez “pela mão” do académico Leo Lee. Dois anos depois, é publicada a primeira versão chinesa de “A Insustentável Leveza do Ser”, com tradução de Han Shaogong. O autor chinês Mo Yan, distinguido em 2012 com o prémio Nobel da Literatura, inúmeras vezes enalteceu a obra de Milan Kundera, em especial “A Insustentável Leveza do Ser” e “A Valsa do Adeus”. Em termos de estilo, Mo Yan distingue, citado pelo China Daily, a mestria do uso da sátira e do humor negro, assim como a estrutura com que Kundera concebia os seus romances. Importa, porém, realçar que a obras e vida do escritor checo desde sempre foi impregnada pelo contexto político da sua vida. Logo no primeiro livro “A Piada”, Kundera constrói uma mordaz sátira ao totalitarismo comunista, tecendo uma humorada crítica à invasão soviética de 1968. Logo à primeira obra, o escritor foi incluído na lista negra de opositores do regime e os seus livros banidos na Checoslováquia, situação que o forçou ao exílio. O seu segundo livro foi publicado já com o autor a viver em França. Apesar de silenciado no seu próprio país, a fama internacional e aclamação mundial estava escrita no destino do escritor. As grandes questões Ao longo de mais de meio século, Milan Kundera explorou de uma forma muito peculiar os temas da existência e traição, naturais na sua condição. Depois de ter sido expulso do Partido Comunista da Checoslováquia por “actividades anticomunistas”, Kundera viveu 40 anos no exílio em Paris e viu-lhe ser revogada a cidadania checa em 1979. Eventualmente, o escritor acabaria por deixar de escrever em checo e passar a usar o francês. “Como todos os grandes escritores, Milan Kundera deixa marcas indeléveis na imaginação dos seus leitores. ‘A luta do indivíduo contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento’, desde que li esta frase em “O Livro do Riso e do Esquecimento” ela permaneceu comigo e trouxe luz ao meu entendimento sobre inúmeros acontecimentos mundiais”, afirmou o autor Salman Rushdie, em declarações ao jornal The Guardian. Nascido a 1 de abril de 1929, em Brno, Kundera estudou música com o pai, um pianista e musicólogo de renome, antes de se dedicar à escrita, tornando-se professor de literatura na Academia de Cinema de Praga, em 1952. Apesar de rejeitar o realismo socialista exigido aos escritores da Checoslováquia dos anos 50, a sua reputação literária cresceu com a publicação de uma série de poemas e peças de teatro, incluindo uma ode ao herói comunista Julius Fučík (O Último Maio), publicada em 1955. Mais tarde, rejeitou estas primeiras obras, dizendo que à altura estava “a trabalhar em muitas direcções diferentes – à procura da minha voz, do meu estilo e de mim próprio”. Da paixão ao desencanto Membro entusiasta do Partido Comunista na sua juventude, Kundera foi expulso do partido duas vezes, uma por “actividades anticomunistas” em 1950 e outra em 1970, durante a repressão que se seguiu à Primavera de Praga de 1968, da qual foi uma das principais vozes, apelando publicamente à liberdade de expressão e à igualdade de direitos para todos. O seu primeiro romance, “A Piada”, de 1967, foi inspirado nesse período e tornou-se um grande êxito, tendo como tema central uma piada sobre Trotsky que um estudante escreve para impressionar uma rapariga. O romance acabaria por desapareceu das livrarias e bibliotecas depois de os tanques russos terem chegado à Praça Venceslau, em Praga. A partir daí, o nome do autor foi inscrito numa lista negra e Kundera acabaria por ser despedido do seu emprego de professor. Trabalhando em cabarés de pequenas cidades como trompetista de jazz, o escritor acabaria por reencontrar alguma da liberdade artística que havia perdido desde que fora proibido de publicar e desde que a censura lhe passou a pesar nos ombros. A publicação de “A Insustentável Leveza do Ser”, na primeira metade dos anos 1980, abriu-lhe o caminho para a notoriedade. Porém, a adaptação cinematográfica de Philip Kaufman, em 1988, com Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche, garantiu a ascensão de Kundera à estratosfera literária. Apesar da notoriedade conquistada a pulso e de ser frequentemente citado como candidato ao Prémio Nobel da Literatura, Kundera acabou por nunca ser distinguido pela Academia Sueca, à semelhança de outros grandes vultos da literatura mundial.
João Luz EventosVenetian | Niki, a nova voz da Indonésia, em Macau em Setembro No final de Setembro, a nova estrela da música pop indonésia Niki, vai dar um concerto no Cotai Arena do Venetian. A paragem por Macau faz parte da tour mundial da jovem compositora, que passará pelos Estados Unidos, Europa e Austrália. Com apenas 24 anos, Niki já conta com dois discos de estúdio e dois ao vivo Dois de concertos no festival Lollapalooza em Chicago, num festival em Los Angeles e espectáculos marcados no sudeste asiático e na Austrália, Niki irá tocar para o público de Macau no Cotai Arena do Venetian, no dia 30 de Setembro. A jovem estrela, nascida em Jacarta, é um fenómeno de popularidade mundial, facto que se pode comprovar com o videoclipe do single “High School in Jakarta” que tem mais de 27 milhões de visualizações no Youtube, ou “Every Summertime” com quase 40 milhões de visualizações. Composições simples e melodiosas, movidas a batidas pop, guitarras acústicas a piscar o olho ao folk e letras que lançam anzois identitários a adolescentes, tornaram Niki numa estrela pop com uma ascensão meteórica. Apesar da tenra idade, 24 anos, Niki já conta com uma carreira prolífera. Aos nove anos, a jovem já tinha aprendido a tocar guitarra pela sua própria iniciativa. A entrada no mundo da pop aconteceu aos 15 anos, quando depois de vencer um concurso intitulado “Ride do Fame”, a jovem ganhou a oportunidade de fazer a primeira parte do concerto de Taylor Swift na capital indonésia, momento que mudou a vida da adolescente. Com a visibilidade ganha depois de subir ao palco com uma das mais famosas artistas da pop mundial, fez explodir as redes sociais onde desde criança Niki partilhava composições originais, com os canais de Youtube e Spotify a atrair um público crescente. Três anos depois, a jovem indonésia assinava contrato com os editora norte-americana e mudava-se para os Estados Unidos. Sonho americano Antes da aventura americana, do concerto com Taylor Swift e da entrada na música profissional, Niki lançou uma edição caseira, o EP “Zephy”, onde já se denotavam as influências R&B e folk. Em 2017, Niki mudou-se para Nashville, no estado do Tennessee, para estudar música na Universidade Lipscomb. O futuro começava a desenhar-se com a entrada numa editora e o lançamento de dois singles (“See U Never” e “I Like U”). Em Setembro de 2020, a compositora lançou o seu primeiro disco, “Moonchild” e dois anos depois “Nicole” foi lançada. Os bilhetes para o concerto no Cotai Arena vão ser postos à venda no dia 27 de Julho, através da bilheteira online cotaiticketing.com, e os preços vão variar entre 580 e 980 patacas. Antes de Macau, a artista já tem concertos esgotados em Banguecoque, Manila, Sidney, Melbourne, Jacarta, e depois de Macau, os espectáculos em Londres e Amesterdão também estão lotados, demonstrando o apelo global da música de Niki.
João Luz Eventos MancheteCinemateca Paixão | Selecção de Julho com Ennio Morricone em destaque A selecção deste mês da Cinemateca Paixão assenta num eclético conjunto de quatro filmes de géneros diferentes, realizados por cineastas europeus e asiáticos. A primeira proposta, exibida hoje a partir das 19h30, é o documentário “Ennio” do aclamado realizador italiano Giuseppe Tornatore, que brindou o mundo da sétima arte com clássicos intemporais como “Cinema Paradiso” e “Stanno Tutti Bene”. “Ennio”, que estreou em 2021, é uma celebração em tela da vida e legado do compositor italiano Ennio Morricone, falecido a 6 de Julho de 2020. A produção de Tornatore homenageia o mestre Morricone através de entrevistas com realizadores, argumentistas, músicos, compositores, críticos e colaboradores que trabalharam com ele ou que o apreciaram ao longo da sua longa carreira. Aliás, da filmografia do próprio Giuseppe Tornatore foi musicada com composições de Morricone. Porém, o compositor italiano foi imortalizado com bandas sonoras como “O Bom, o Mau e o Vilão”, “Era uma Vez na América”, “Os Intocáveis”, “A Missão”, “A Gaiola das Malucas”, entre outras incontornáveis bandas sonoras que marcaram, e continuam a marcar gerações de amantes do cinema. O documentário reconstitui a vida e obra do lendário compositor, desde a estreia com Sergio Leone até à atribuição do Óscar pela música no filme de Quentin Tarantino “The Hateful Eight”, em 2016. “Ennio” estreou a 10 de Setembro de 2021 no Festival Internacional de Cinema de Veneza, e nos cinemas em Itália em Janeiro de 2022. Além da exibição de hoje, a Cinemateca Paixão irá apresentar “Ennio” na próxima terça-feira, dia 18, às 19h30, assim como nos dias 20 e 23 de Julho à mesma hora. Sagrado e profano Amanhã, às 19h30, será projectado no ecrã da Cinemateca Paixão o filme “A Holy Family”, um documentário da autoria de Elvis Lu que retrata um momento de reconciliação familiar no sul de Taiwan. O filme acompanha o realizador que veste a “pele” de protagonista no regresso a casa mais de duas décadas depois de ter saído da região rural do sudoeste de Taiwan. Elvis Lu chega à casa onde moram os seus pais e irmão mais velho. Além do ambiente rural, o realizador depara-se com uma atmosfera profundamente vincada pela superstição. No coração da modesta casa de família está um imponente altar onde a sua mãe presta devoção diária às divindades taoistas. Por sua vez, o seu irmão trabalha como espírita, recebendo em casa visitas de pessoas que procuram uma porta para o além, enquanto o pai vive dominado pela superstição, esbanjando as poucas economias familiares no vício do jogo. Apesar das abordagens diferentes à vida, Elvis Lu procura restabelecer os laços com os parentes. “A Holy Family” volta a ser exibido no domingo às 21h30, e nos dias 19 e 22 de Julho às 19h30. Nos dias 19 (21h), 22 e 27 de Julho (19h30) é exibido “Rabiye Kurnaz vs. George W. Bush”, uma produção fraco-germânico baseado em factos reais. Realizado por Andreas Dresen, o filme baseia-se na luta legal de Muratz Kurnaz, um jovem alemão descendente de imigrantes turcos detido ilegalmente em Guantánamo, e da sua mãe que faz tudo para libertar o filho do pesadelo do cárcere. Na vida real, Muratz foi torturado sistematicamente depois de ter sido detido e tornou-se numa prova viva dos atropelos aos direitos humanos da chamada “Guerra ao Terror” de Bush e Cheney. Finalmente, nos dias 25 e 28 de Julho às 19h30 e 30 de Julho às 19h a Cinemateca Paixão apresenta “Phases of the Moon”, um drama romântico realizado pelo japonês Ryuichi Hiroki, que tem como epicentro dramático um homem que tenta recompor a sua vida depois de perder a família num acidente.
João Luz Eventos MancheteCreative Macau | Joaquim Kuong exibe arte inspirada no filme “Macao” Na final da tarde da próxima quinta-feira, é inaugurada na Creative Macau a primeira exposição a solo de Joaquim Kuong, que estará patente ao público até 19 de Agosto. Intitulada “Gleaming Dreams”, o artista debutante apresenta uma mistura de obras de várias estilos artísticos, pintura, porcelana, instalação fotográfica e gravuras, tendo como fio condutor a estética e atmosfera do cinema noir, em particular do clássico de 1952 “Macao” de Josef von Sternberg e Nicholas Ray. Em comunicado, a Creative Macau descreve a exposição de Joaquim Kuong como um ensaio de recriação e reinterpretação a experiência de ir ao cinema, de permanecer num espaço escuro apenas iluminado pela projecção de luz. Entre as obras que resultam em “Gleaming Dreams” existe um elemento unificador, um “espanta espíritos” transversal a todos os trabalhos. O uso deste objecto “realça o facto de Macau ser um lugar onde sonhos e realidade se podem cruzar, um espaço seguro onde o antigo e o moderno coexistem”, aponta a organização da exposição. Realizado por Josef von Sternberg em 1952, “Macao” foi o penúltimo filme da carreira do realizador, transformando-se num símbolo do final da época de ouro da RKO Radio Pictures. Com Robert Mitchum e Jane Russell nos papéis principais, a trama desenrola-se no cenário exótico e agitado de Macau, onde Halloran (proprietário de um casino ilegal), em conluio com o Tenente Sebastian, um polícia local, controla o jogo, tráfico de joias e demais operações criminosas. Violência, traição, perseguição, fatalismo dramático e paixão arrebatadora são os ingredientes tradicionais do género fílmico, que não faltam em doses copiosas em “Macao”. Despertar para a arte Com uma propensão para se exprimir artisticamente, mesmo que de uma forma amadora, Joaquim Kuong tem um percurso profissional ligado ao ensino superior. O professor assistente de linguística da Universidade de Macau tem alimentado a paixão pela gravura e pintura desde que conheceu as ilustrações de George Cruikshank nas obras de Charles Dickens. As gravuras e pinturas em blocos de madeira usados pelos artistas do movimento artístico japonês Ukiyo-e também são elencadas como referências incontornáveis na vida de Joaquim Kuong, em particular quando residiu nos Estados Unidos onde prosseguiu os estudos académicos depois da licenciatura. Desde então, o artista local começou a experimentar desenho, com água-tinta, escultura em madeira e pintura. Na óptica de Joaquim Kuong, mesmo ocupado com o trabalho de investigação académica nas áreas das artes e humanidades, o lado criativo jazia latente, à espera de acordar.
João Luz Eventos MancheteMúsica | Jin Zhiwen e Momo Wu ao vivo no sábado no Wynn Grand Ballroom No próximo sábado, o Wynn Macau Grand Ballroom será palco para um concerto de duas estrelas saídas do “The Voice of China”. Com o espectáculo dividido entre performances a solo e em dueto, Jin Zhiwen e Momo Wu (considerada a Lady Gaga chinesa) apresentam-se pela primeira vez em Macau Os dois músicos que ganharam notoriedade no Interior através do programa de talentos “The Voice on China”, Jin Zhiwen e Momo Wu, vão no próximo sábado estrear-se em Macau num concerto conjunto. O espectáculo marcado para as 20h, no Wynn Macau Grand Ballroom, promete ser electrizante, de acordo com a perspectiva da Wynn Macau. O concerto será dividido entre actuações a solo de cada um dos artistas e um momento de dueto. Num cartaz que coloca em evidência músicos saídos de um programa de televisão, a Wynn frisa que Jin Zhiwen foi o vencedor do Final Four do “The Voice of China” 2012, momento que serviu de rampa de lançamento para a sua carreira como músico e compositor. A organização do concerto refere que o artista chinês alia a grande capacidade vocal à mestria de composição, qualidades que se foram tornando evidentes com a popularização de várias músicas escritas para novelas e programas de televisão no Interior da China. Entre as músicas mais populares de Jin Zhiwen, destaque para “And Run Away”, “Crazy For Love” e “Riding Wind and Waves”. Jin Zhiwen fez também algumas aparições em filmes, entre os quais “Miss Forever”, uma história de amor que estreou em 2018, e “Spicy Hat in Love” uma comédia romântica de 2016. Aliando música e cinema, o artista oriundo da província de Jilin participou em várias bandas sonoras de filmes chineses, incluindo “The Blue Whisper” e “Kingdom Craft”. Nascida assim A outra estrela da série Wynn Music Live é Momo Wu, também conhecida como a Lady Gaga chinesa. A artista oriunda da longínqua província de Heilongjiang também foi concorrente no The Voice of China” 2012, quando arrebatou o segundo lugar a nível nacional, exposição mediática que a catapultou para um lugar de destaque na indústria do entretenimento nacional. A Wynn Macau refere que a “sua voz única, aparência original e presença forte tornaram Momo Wu num líder da sua geração e ícone de tendências e modas”. Além disso, a cantora tem uma personalidade que a destaca no panorama musical, uma voz carregada de soul e atitude rockeira “muitas vezes observada entre artistas europeus e norte-americanos”, descreve a Wynn Macau. Entre o naipe de músicas mais conhecidas, o público de Macau poderá ouvir “I Believe” e “Live For Now”, assim como uma versão da “Price Tag” da cantora britânica Jessie J. Momo Wu teve uma subida meteórica ao estrelato nacional e ganhou logo em 2012 o prémio de Cantora do Ano nos prémios “China Charm Awards”, organizados pela Southern People Weekly. A partir daí, Momo Wu arrebatou outras distinções e foi contratada pela Pepsi e lançou um single, “Live For Now Momo” que bateu recordes de visualizações. Os bilhetes para o concerto estão à venda e custam entre 380 e 1080 patacas e podem ser comprados na bilheteira online da Wynn Macau, e presencialmente na zona de Concierge da Wynn Tower e do lobby do átrio sul do Wynn Palace.
João Luz Eventos MancheteExposição | Pintura de Celia Si no Café Voyage a partir de 15 de Julho A partir do dia 15 de Julho, sábado, o Café Voyage voltará a transformar-se numa galeria de arte para acolher a mostra “Poetry of Water Tune”, uma colecção de pinturas a óleo da autoria de Celia Si. A mostra estará patente ao público, gratuitamente, até 13 de Agosto. Organizada pela Ark-Association of Macau Art, a exposição é a terceira de uma série dedicada aos cinco elementos, formando um quinteto artístico que entre Maio e Setembro deste ano apresenta trabalhos de artistas locais inspirados no conceito teórico ancestral da filosófica chinesa que considerava a madeira, fogo, terra, metal e água como os cinco elementos constituintes de tudo o que existia e interagia no universo. Durante a Dinastia Han, cerca de dois séculos a.c., esta classificação elementar serviu de base aos mais variados ramos do conhecimento, da ciência política, passando pela astrologia, medicina tradicional, feng shui, artes marciais e estratégia militar. A Ark-Association of Macau Art descreve a exposição de Celia Si como um ensaio artístico que capta a riqueza e diversidade conceptual de usar a água como inspiração. “A água é um elemento indispensável, e uma fonte de vida e um pilar da civilização humana que tem inspirado incontáveis artistas”, refere a organização da série de mostras num comunicado. Segundo a Ark, esta exposição pretende apresentar várias interpretações do elemento fundamental através da arte, permitindo ao público sentir as várias facetas e riqueza da água enquanto veículo artístico, evocando beleza, mistério, temperatura e vitalidade. Elementar, caro apreciador Com um bacharelato em design gráfico, Celia Si está neste momento a trabalhar num mestrado em artes interdisciplinares. O percurso académico não é único meio de exploração das fronteiras da estética e das formas, uma vez que a artista tem acumulado anos de experimentação em artes visuais e educação visual. Ao longo dos anos, Celia Si participou em mais de uma dezena de exposições colectivas e duas mostras individuais em Macau, Hong Kong, Taiwan, Singapura e Interior da China. De um modo geral, o traço da artista local é caracterizado pela combinação de cores radiantes e padrões geométricos, na busca da aproximação criativa ao que é verdadeiro, bom e belo, refere a organização da mostra. Alargando o escopo, a Ark descreve o ciclo de exposições dedicados os cinco elementos fundamentais como uma oportunidade para mostrar a criatividade diversa dos artistas locais que, através de uma vasta gama de tipos de expressão artística e interpretações, comunicam com o público através da arte. A mostra “Poetry of Water Tune” – Art Oil Painting Exhibition by Celia Si, concebida com o apoio criativo do Graceart Design Studio, estará patente no Café Voyage, situado na Rua Do Padre António Roliz No.31-A, quase na esquina com a Avenida do Ouvidor Arriaga. A exposição pode ser apreciada todos os dias da semana, das 12h às 21h e tem entrada livre.
Hoje Macau Eventos MancheteBienal de Arte | Vila Nova de Cerveira vai ter pavilhão e exposição em Macau Com a Arte Macau à porta, cuja exposição principal é inaugurada no final deste mês, o Governo anunciou a colaboração com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira. O resultado será um pavilhão da responsabilidade da entidade portuguesa na Bienal Internacional de Arte de Macau e uma exposição na galeria do Antigo Estábulo Municipal A Fundação Bienal de Arte de Cerveira vai ter, a partir de 1 de Agosto, um pavilhão na Bienal Internacional de Arte de Macau 2023 (Arte Macau), anunciou ontem a organização. O Instituto Cultural (IC) indicou, em conferência de imprensa, que a exposição de Vila Nova de Cerveira, intitulada “A Metafísica da Sorte e a Ciência do Azar”, vai exibir uma selecção de 27 obras de “artistas de diferentes países e gerações”. O pavilhão, comissariado pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira, vai mostrar “diferentes visões do mundo e reflectir as consonâncias e contradições entre as tradições religiosas, superstições e ciências”, disse o IC, em comunicado. A exposição de Vila Nova de Cerveira, apresentada pelo Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, vai estar patente no Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino de Macau. A directora do IC, Deland Leong Wai Man, disse à Lusa que a escolha surgiu de “uma negociação mútua” com o consulado de Portugal e sublinhou que a Bienal de Arte de Cerveira, realizada pela primeira vez em 1978, “é muito significativa”. Numa mensagem de vídeo divulgada na conferência de imprensa, o curador chefe do Arte Macau 2023, Qiu Zhijie, destacou a obra Estatística Milagrosa, do macaense Carlos Marreiros, “inspirada no catolicismo português”, incluindo nos milagres de Santo António. Qiu Zhijie, também vice-director da Academia Central de Belas Artes chinesa, avançou que o mexicano Pablo Helguera vai trazer à Arte Macau o espectáculo ‘The Memory Palace of Matteo Ricci’ (O Palácio da Memória de Matteo Ricci). O espectáculo é baseado num livro do historiador norte-americano Jonathan Spence sobre a vida do italiano Matteo Ricci (1552-1610), um dos primeiros jesuítas a viver na China e co-autor do primeiro dicionário português-chinês. O grande plano A exposição principal da Arte Macau 2023 vai ser inaugurada a 28 de Julho e a bienal irá decorrer até Outubro, com obras de mais de 200 artistas de 20 países e territórios, em 30 mostras espalhadas pela cidade. Deland Leong Wai Man disse que, com o fim das restrições sanitárias devido à pandemia da covid-19, haverá “um aumento significativo de obras estrangeiras” e um maior “intercâmbio entre artistas locais e internacionais”. A directora dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, disse à Lusa acreditar que o “megaevento de nível internacional possa servir para atrair mais turistas” à região. “Os artistas internacionais vão poder vir para Macau”, destacou Senna Fernandes, o que não aconteceu na anterior edição da bienal, em 2021. “Sem a presença do próprio artista, não é a mesma coisa; vai poder haver intercâmbio”, acrescentou. O orçamento total do Arte Macau 2023, suportado pelo Governo, é de 12 milhões de patacas, valor que não inclui os eventos organizados pelas seis operadoras de casinos, indicou à Lusa a presidente do IC.
João Luz EventosAaron Kwok traz “Amazing Dream” ao Studio City Começou a residência de concertos de Aaron Kwok no Centro de Eventos do Studio City. Todos os sábados e domingos ao longo de mês de Julho, a estrela de Hong Kong subirá ao palco para apresentar o exuberante espectáculo “Aaron Kwok Amazing Dream Live on Stage in Macau 2023”, onde não faltam peixes tridimensionais, naves espaciais e robótica A residência artística do multifacetado artista Aaron Kwok no Centro de Eventos do Studio City, no Cotai, arrancou no passado fim-de-semana. Até ao fim do mês, todos os sábados e domingos, o público será brindado com um espectáculo da série de concertos de residência da Melco, com a estrela de Hong Kong como figura principal. Após quatro anos de interregno, o “Rei dos Palcos” regressa a Macau com o excesso cénico que caracteriza as suas actuações. “Aaron Kwok Amazing Dream Live on Stage in Macau 2023” é uma exuberante produção, com o palco a sofrer diversas metamorfoses cénicas, criando efeitos visuais e atmosferas oníricas pensadas para deslumbrar os espectadores. A Melco Resorts salienta o aspecto visual do espectáculo, centrado naturalmente em Kwok que surge vestido com um “traje pintado à mão, concebido pessoalmente por William Chang”, ao mesmo tempo que o palco é tomado por um hipnótico um efeito de iluminação caleidoscópico. A Melco Resorts sublinha a complexidade tecnológica e a encenação do espectáculo, “que combina o virtual e a realidade, utilizando projecções de alta tecnologia com efeitos de iluminação tridimensionais”. A acompanhar a performance de Aaron Kwok e a trupe de bailarinos foi montado um aparato de seis enormes ecrãs LCD transparentes que se combinam para formar uma nave especial em três dimensões, criando uma atmosfera surrealista de ficção científica. Em pano de fundo, os jogos de iluminação seguem a actuação musical de forma sincronizada, construindo um gigantesco castelo em movimento. Bowie inadvertidamente Sem referir especificamente Ziggy Stardust, um dos alter-ego de David Bowie que deu corpo um extraterrestre andrógeno, a Melco Resorts indica que Aaron Kwok transformou-se num “guerreiro espacial”. “Tenho mantido uma longa relação com a Melco e desta vez unimos esforços para tornar a residência artística num conceito a explorar nos mercados asiáticos. Estou muito entusiasmado com a possibilidade de escrever um novo capítulo na minha carreira com este sonho maravilhoso”, afirmou Aaron Kwok, citado pela organização dos espectáculos. O artista referiu ainda que a “criação de um gigantesco castelo móvel e os efeitos visuais que mistura a realidade e o mundo virtual foram aspectos que exigiram uma enorme preparação”. “Foi muito duro para mim e para a minha equipa, mas desde o início assumimos o compromisso de apresentar ao público a mais avançada e criativa produção de sempre, desde a lista de canções, passando pela coreografia e guarda-roupa”, acrescentou o artista.
João Luz EventosCCM | Novo Teatro-Estúdio inaugurado ontem por Ho Iat Seng As artes experimentais de Macau têm uma nova casa. O Governo inaugurou ontem o Teatro-Estúdio do Centro Cultural de Macau, numa cerimónia que contou com a presença do Chefe do Executivo. A presidente do Instituto Cultural salientou que esta é a primeira infra-estrutura pensada de raiz para servir as especificidades técnicas do sector O Governo inaugurou ontem oficialmente o Teatro-Estúdio do Centro Cultural de Macau, o novo espaço dedicado às artes performativas experimentais. A inauguração contou com a presença do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e da secretária para os Assuntos e Cultura, Elsie Ao Ieong. Em declarações à comunicação social, a presidente do Instituto Cultural (IC), Deland Leong, vincou que o Teatro-Estúdio é a primeira infra-estrutura cultural concebida para cumprir as exigências técnicas e requisitos específicos das artes performativas experimentais. A presidente do IC adiantou que o Teatro-Estúdio irá proporcionar ao sector cultural de Macau um espaço alargado para a sua profissionalização, reflectindo o compromisso do Governo com as artes e a cultura. Além disso, Deland Leong sublinhou a importância da inauguração do Teatro-Estúdio do Centro Cultural de Macau enquanto um dos importantes projectos para a construção do objectivo político de “um Centro, uma Plataforma, uma Base”, de acordo com o segundo plano quinquenal desenhado pelo Executivo. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a responsável demonstrou ainda esperanças de que o Teatro-Estúdio funcione como elemento que injecte um novo ímpeto e frescura no desenvolvimento das indústrias criativas e artísticas do território, inspirando os artistas de Macau a criarem obras de excelência. Reinventar o palco O IC tem organizado visitas de representantes do sector às instalações, incluindo comitivas de membros do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural e do Conselho do Património Cultural e profissionais de teatro que alugaram as instalações do Teatro Caixa Preta do Edifício do Antigo Tribunal e os locais de espectáculo do CCM. Segundo um comunicado do IC, a presidente do organismo Deland Leong referiu na altura da visita de profissionais do teatro que “as instalações do Teatro-Estúdio são abrangentes e profissionais” oferecendo ao sector um local flexível que permitirá “diversificar o leque de possibilidades a nível da produção de teatro experimental”. O Teatro-Estúdio do CCM irá albergar todos os eventos programados para o Teatro Caixa Preta do Edifício do Antigo Tribunal pelas companhias que arrendavam um espaço no mesmo. O novo espaço tem três pisos com uma área total de 3.110 metros quadrados, abrangendo dois teatros com capacidade para 140 e 160 espectadores, respectivamente, bem como várias salas de ensaios polivalentes, vestiários e outras instalações auxiliares. A configuração do espaço do Teatro-Estúdio é flexível, podendo as áreas de actuação em ambos os teatros ser ajustadas de acordo com as necessidades de produção e cenografia, assumindo diversas formas, ideal para peças de pequena escala e peças experimentais.
Hoje Macau EventosTeatro em patuá recebe distinção como património cultural da China O teatro em patuá recebeu oficialmente na sexta-feira a distinção como património cultural imaterial da China, dois anos depois do anúncio. O encenador do grupo teatral Dóci Papiaçam di Macau, Miguel de Senna Fernandes, disse à Lusa que o atraso se deveu às dificuldades acrescidas de viajar para a China continental durante a pandemia. A entrega da placa aconteceu durante uma cerimónia de inauguração de uma exposição de património cultural da província de Hainan. “Podia ter sido com um bocadinho mais de distinção”, lamentou Senna Fernandes. “Fomos um bocado enxertados [na cerimónia] e depois vão ouvir bocas, mas já estão habituados”, disse com um sorriso o macaense, referindo-se às comédias levadas a cena pelo Dóci Papiaçam, que ridicularizam e criticam os problemas sociais de Macau. Senna Fernandes destacou que, para além do valor simbólico e do reconhecimento do trabalho local, a inclusão na lista de património cultural imaterial da China é importante ao nível da preservação e protecção do teatro e do próprio patuá. Sem casa Considerado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como “gravemente ameaçado”, o nível antes da extinção, o patuá, criado por imigrantes lusos em Macau ao longo dos últimos 400 anos, foi desaparecendo devido à obrigatoriedade de aprendizagem do português nas escolas, imposta pela administração portuguesa. “Tem que haver uma maneira diferente de ver o teatro”, defendeu Senna Fernandes, sublinhando que assegurar uma sede para o grupo Dóci Papiaçam di Macau é uma das prioridades. “É preciso reconhecer a necessidade de ter um lugar para colocar as coisas. Temos o guarda-roupa todo espalhado pela casa das pessoas. É ridículo ainda estarmos assim 30 anos depois. Não cabe na cabeça de ninguém”, disse o encenador. O Dóci Papiaçám di Macau, “único teatro activo” neste crioulo, nasceu a 30 de Outubro de 1993, ano da morte do poeta macaense José dos Santos Ferreira (Adé) e por ocasião da visita do então Presidente português Mário Soares a Macau e da reabertura, após obras de recuperação, do D. Pedro V, primeiro teatro de estilo ocidental na China.
João Luz EventosAlbergue SCM | Pathorn Sequeira protagoniza noite de jazz O Albergue SCM será hoje palco de uma noite de jazz com o saxofonista Pathorn Sequeira. Entre as 19h e as 20h, o músico tailandês, com raízes familiares de Macau, irá brindar o público com a mestria musical que acumulou ao longo de uma carreira recheada O Albergue SCM irá acolher esta noite uma sessão de jazz protagonizada pelo saxofonista tailandês Pathorn Sequeira, com entrada livre. Entre as 19h e as 20h, o músico irá brindar o público com uma performance a solo, num espectáculo organizado pelo Círculo dos Amigos da Cultura de Macau. O saxofonista e compositor Pathorn Srikaranonda de Sequeira conta no currículo actuações ao vivo em mais de 30 países, um pouco por todo o mundo, com um repertório alargado que vai do mais clássico jazz de orquestra, à participação em festivais de jazz, até ao formato de quarteto e actuações em clubes. Um comunicado divulgado pela organização do concerto sublinha que Pathorn Sequeira recebeu vários prémios, como Melhor Improvisação de Jazz do Collegiate Jazz Festival em South Bend, Indiana, Melhor Performance de Jazz do Tri C Jazz Festival em Cleveland, Ohio, e o Prémio Lyra da Fundação para a Arte Húngara de Performance. O rol de distinções do artista tailandês inclui os Certificados de Louvor da Cidade de Los Angeles em 2003, do Primeiro-Ministro da Tailândia em 2005 e 2007, e da Câmara do Senado da Tailândia em 2011. Em 2011 foi nomeado Comendador da Ordem de Mérito pelo Presidente de Portugal em 2011, Companheiro da Ordem do Elefante Branco em 2012 e Comendador da Ordem da Coroa da Tailândia em 2020. Além dos palcos e dos estúdios de gravação, Pathorn Sequeira é professor associado de música na Universidade de Kasetsart e presidente fundador da Associação de Saxofones da Tailândia. O mundo é um palco Na galeria das actuações memoráveis de Pathorn Sequeira contam-se os concertos com a The Royal Jazz Celebration, um programa que celebrou o 84.º aniversário do Rei Bhumibol, com a Preservation Hall Jazz Band de Nova Orleães em 2010, a actuação do Royal Command para Sua Alteza Real o Príncipe Henrik da Dinamarca em Copenhaga, com a sua suite de jazz “En Elephantine Ballad”, em 2012 e os Royal Festivals no Palácio Real de Estocolmo, no ano seguinte. Pathorn Sequeira actuou também no International Lyra Music Festival em Budapeste, onde apresentou a sua composição “Portrait of Siam” em 1999, deu um concerto na Ópera Comique em Paris com a Orchestre National de Lille e na Câmara Municipal de Paris com o Manrat Jazz Quintet. No último ano, Pathorn Sequeira fez uma digressão de um mês na Holanda, levou o seu quarteto a vários palcos em cidades italianas, enriqueceu os cartazes do Snake City Jazz Festival em Slangerup, na Dinamarca, o Chiang Mai Street Jazz Festival em Chiang Mai, na Tailândia e o Triumph Jazz Festival em Moscovo e São Petersburgo.
João Luz Eventos MancheteCCM | “Música no Coração” com 16 espectáculos em Agosto O Centro Cultural de Macau vai estar vivo com o som da música, evocando as paisagens bucólicas das montanhas austríacas. De 10 a 22 de Agosto, o Grande Auditório do Centro Cultural de Macau irá receber a digressão internacional do musical “Música no Coração”, produzida pelo Grupo Broadway Internacional e Broadway Asia. O espectáculo que chega a Macau foi concebido pelo histórico encenador Jack O’brien, um vulto do mundo showbiz que tem como epicentro a Broadway, em Nova Iorque, tanto pelos sucessos, como pelos absolutos falhanços com apenas um punhado de sessões. Apesar disso, O’brien venceu três prémios Tony, os óscares dos musicais e do teatro nos Estados Unidos ao longo da sua vasta carreira. “Música no Coração” é uma “produção recente que leva à cena uma companhia internacional de artistas firmados e jovens estrelas nos diversos papéis que dão vida à família von Trapp”, refere o Instituto Cultural (IC). O elenco é liderado por Jill-Christine Wiley no papel de Maria Rainer, Trevor Martin como Capitão von Trapp, Daniel Fullerton como Rolf, Lauren Kidwell no papel de Madre Superiora, Joshua La Force como Maximillian Detweiler, Lauren O’Brien como Liesl e Gail Bennett no papel de Elsa Schraeder. Seguindo a tradicionais adaptações do livro de memórias de Maria Augusta von Trapp, “The Story of the Trapp Family Singers”, o espectáculo que irá subir ao palco do Centro Cultural de Macau irá contar com música composta por Richard Rodgers, letras de Oscar Hammerstein II e texto de Howard Lindsay e Russel Crouse. O espectáculo também conta com a colaboração do coreógrafo da Broadway Danny Mefford, com a supervisão musical de Andy Einhorn, direcção de digressão de Matt lenz, coreografia de digressão por James Gray, supervisão musical por Andy Einhorn e produção executiva de Simone Genatt e Marc Routh. Evocando Julie Andrews O Instituto Cultual acrescenta que o espectáculo é enriquecido por “eficientes técnicas de mudança de cena e impressionantes cenários da Broadway”, trunfos que permitem reproduzir o “ambiente histórico e a atmosfera dos Alpes austríacos na iminência da Segunda Guerra Mundial”, denotando uma visão artística que consegue atingir um equilíbrio entre nostalgia e inovação. Depois de estrear em Nova Iorque, e de percorrer numerosos palcos em digressão pelos Estados Unidos, a produção já conquistou os públicos de Singapura, Filipinas e Índia, antes de chegar a Macau. Além dos palcos de teatro, o musical foi eternizado pela versão cinematográfica, com Julie Andrews e Christopher Plummer nos principais papéis, que estreou em 1965 e arrebatou cinco óscares, incluindo o de Melhor Filme. Ajustando a inflação a números actuais, o filme e o musical figuram na lista de espectáculos e filmes com as maiores receitas de sempre. Maria imortal Tendo a guerra como pano de fundo, “Música no Coração” conta a história de Maria, uma noviça que deixa o convento para trabalhar como governanta de um oficial naval, um viúvo que vive com sete filhos. Maria conquista os corações da família Von Trapp, numa narrativa musicada com clássicos universais como “Dó-Ré-Mi”, “My Favourite Things” e “Climb Every Mountain”. Os bilhetes variam entre 380 e 880 patacas e serão colocados à venda hoje às 10h no Centro Cultural de Macau, na Bilheteira Online de Macau e na plataforma de venda online Damai. As sessões estão marcadas para as 19h30 às segundas-feiras, terças-feiras, quintas-feiras e sextas-feiras. Aos sábados é domingos serão apresentadas duas sessões, com uma matiné às 14h e uma sessão novamente às 19h30. O espectáculo tem uma duração de 2 horas e 45 minutos, incluindo um intervalo de 20 minutos e será interpretado em inglês, legendado em chinês e inglês. João Luz
João Luz EventosLisboeta | Humarish Club acolhe primeira exposição a solo de Chen Wei Ting O Humarish Club acolhe até 20 de Agosto a primeira exposição a solo de Chen Wei Ting. “Will See You Again” é o nome da mostra inaugural do artista contemporâneo, que reúne obras de vários estilos artísticos que espelham as experiências e memórias acumuladas ao longo da vida “Como as experiências pessoais se podem reflectir em desenhos e escrita, essas criações são como pedaços da vida do artista.” É desta forma que Chen Wei Ting sintetiza o conceito por detrás da sua primeira exposição a solo, que estará patente no Humarish Club, no Lisboeta, até ao dia 20 de Agosto. “Will See You Again” resulta da soma de várias partes da criação do artista de Taiwan, com a exibição de obra multidisciplinares, que vão da pintura, à poesia e escultura. Organizada em conjunto pelo “Naomi Studio” e a associação “Pat Culture and Art”, a exposição resultou a acumulação de memórias de infância e de imagens e conceitos simbólicos, como ursos de peluche, brinquedos antigos, desenhos intuitivos em graffiti, personagens de ficção. Segundo um comunicado divulgado pelo Humarish Club, Chen Wei Ting começou por encarar a pintura como um registo gráfico diário de eventos quotidianos, em vez de um registo verbal. As palavras reserva-as para propósitos mais interpretativos, é indicado pela curadoria. O entendimento que Chen faz da pintura resulta de um processo constante de desconstrução de pensamentos. As representações figurativas de fragmentos de experiências de infância estão bastante presentes na criação do artista, mesmo através de memórias aleatórias como algo que viu na televisão, ou um momento em que brincou sozinho no quarto. Geração umbilical Chen Wei Ting indica que o forte apego às experiências pessoais é uma das características da sua geração. A forma como transcreve para escrita ou imagem as emoções com que se debate no dia-a-dia é difusa, pouco concreta, porém, intuitiva, despertando um lado inocente. Como tal, o artista acredita que a criação artística é a única forma que tem para comunicar com o mundo. Com a arte a ser a ponte para o exterior, Chen Wei Ting indica que “Will See You Again” representa um contraste com os últimos anos, depois das mortes do seu avô e de dois mentores. As obras expostas até 20 de Agosto na galeria do Humarish Club são uma espécie de despedida dos últimos capítulos da vida do artista, revelando a intimidade do seu mundo interior, com representações simples de símbolos e personagens que o marcaram. “Um urso, uma vela em forma de cão, uma maçã, um balão, o sol e a lua, todas estas formas e criaturas apontam para o valor central da vida ‘Crescimento e Degradação’, cada personagem confere todo o seu propósito para perseguir o seu próprio sentido da vida, talvez o ‘Tao’ da vida”, é indicado pela curadoria da exposição.
João Luz EventosCinemateca Paixão | Festival “On The Road” exibe curtas locais Começa hoje o “On The Road” Macao Youth Film Festival, que até meio de Julho irá exibir na Cinemateca Paixão 18 filmes e curtas de autores locais. Em destaque vão estar obras de António Faria e de estudantes de Macau. Pelo meio, o ecrã da Travessa da Paixão irá também mostrar documentários “cafeinados”, como o clássico “Coffee and Cigarettes” de Jim Jarmusch Ainda antes de começar, Julho já fervilha na programação da Cinemateca Paixão. Hoje, às 19h30, o pequeno templo da sétima arte será palco da cerimónia de inauguração do “On The Road” Macao Youth Film Festival 2023, que irá exibir 18 filmes e curtas-metragens de cineastas locais, com destaque para cinco obras do realizador António Caetano Faria e seis trabalhos de estudantes locais. O festival, que decorre até 16 de Julho, é apresentado pela organização como “uma mensagem dos produtores de audiovisual de Macau que conta a história do desenvolvimento do cinema local, das primeiras experiências de vídeo nos tempos de estudante, à primeira obra”, num constante movimento que leva a sétima arte por uma viagem intergeracional, “pela estrada fora”. “On The Road” está dividido em três secções. A primeira centra-se em torno da carreira de António Caetano Faria, a segunda tem como epicentro a diversidade temática das curtas-metragens produzidas localmente. Finalmente, a terceira secção apresenta os primeiros passos das novas gerações com a exibição de curtas-metragens produzidas por estudantes de Macau. Festa no ecrã A obra que irá inaugurar hoje o festival é “Beautiful Game”, o mais recente filme de António Caetano Faria, que voltará a ser exibido no dia 7 de Julho, pelas 21h30. A película do realizador local conta a história de busca da felicidade de uma família de Macau, dividida entre a luta pela sobrevivência e a realização de um sonho. O enredo vive do conflito e amor entre um pai e um filho. Ngai é um incansável dono de restaurante, que se entrega de alma e coração ao negócio, na esperança de deixar um legado duradoiro à família. Porém, o seu filho, Wo, acalenta o sonho de se tornar jogador profissional de futebol. Entre o trabalho árduo e busca quimérica de glória desportiva, o pai tenta conciliar sentimentos contraditórios, entre apoiar o filho e continuar a tradição familiar. Por um lado, Wo entrega-se totalmente ao treino desportivo, devoção que não apazigua os receios do pai, que teme perder o “ganha-pão” da família se permitir que o filho fuja do caminho tradicional. O festival irá apresentar outras películas de António Caetano Faria. No domingo, às 21h30, “Into the Void”, filme de 2013 que tece um poema visual sobre a fantasmagoria dos novelos de fumo de incenso e da combustão dos panchões. Na segunda-feira, é exibido “Time Travel”, película de António Caetano Faria, Carolina Neves Rodrigues, um “documentário ficcional” que segue um jovem entre dois mundos: os modos de vida tradicionais da faina da pesca e a exuberante modernidade da cidade. No dia 11 de Julho, às 19h30, é exibido “Ina and the Blue Tiger Sauna”, realizado por António Caetano Faria e Bernardo Rao, e no dia 5 de Julho o ecrã da Cinemateca Paixão projecta “RutZ”, um filme de viagem que acompanha uma jornada entre Buenos Aires e Medellín. Preto e sem açúcar Na categoria de curtas-metragens de estudantes locais serão exibidas seis obras em duas sessões. “409.9 MHz”, “Light on, Light off”, “The Pink Boxing Gloves”, “Nº001605”, “The Great Visiting” e “Back to the end”. As sessões estão marcadas para 8 de Julho, às 19h, e 15 de Julho às 14h. Apesar de fora do cartaz do “On The Road” Macao Youth Film Festival, a selecção de Julho da Cinemateca Paixão apresenta dois documentários em que o café é mais do que uma bebida de acompanhamento e os cigarros ultrapassam a dimensão cancerígena. “The Coffee Man”, do realizador australiano Jeff Hann, apresenta a caminha de um imigrante bósnio a viver na Austrália que busca a perfeição do café, do cultivo até à chávena, passando pelo estrelato em competições internacionais de café. O filme é exibido nos dias 6 e 15 de Julho, às 19h30 e 16h30, respectivamente. No sábado, às 17h45, a Cinemateca Paixão acolhe a primeira de três sessões de exibição de “Coffee and Cigarettes”, o projecto de Jim Jarmusch que junta celebridades à frente de chávenas de café e um cinzeiro. Cafeína e nicotina são o pano de fundo para conversas inusitadas, mais ou menos ficcionadas, entre pares como Roberto Benigni e Steven Wright, Jack e Meg White da banda The White Stripes, Alfred Molina e Steve Coogan e Iggy Pop e Tom Waits. “Coffee and Cigarettes” volta a ser exibido no dia 7 de Julho, às 19h30, e no dia 16 de Julho às 17h30.
João Luz Eventos MancheteExposição colectiva “MusicArt” abre hoje na Fundação Rui Cunha A galeria da Fundação Rui Cunha acolhe a partir de hoje a Exposição Colectiva “MusicArt”, uma mostra que reúne trabalhos de 17 artistas locais e do Interior da China. Com curadoria de Giulio Acconci, o conjunto de obras estabelece uma ponte entre sons e imagem através de várias expressões artísticas A Exposição Colectiva “MusicArt” vai estar em exibição na galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) a partir de hoje, reunindo obras de 17 artistas de Macau e do Interior da China sob a batuta curadora do cantor, actor e artista local Giulio Acconci. Com a inauguração marcada para as 18h30 de hoje, a mostra apresenta uma colecção variada de trabalhos e expressões artísticas abrangendo “diferentes meios e formatos, incluindo a pintura – óleo, acrílico, aguarela, digital e técnica mista, fotografia, gravura, colagem, metal, cerâmica, animação 3D, instalação e vídeo”, revela a organização. A exposição está dividida em quatro partes: String Connections, Synesthesia, Imaging e Fusion. A segmentação conceptual da mostra tem como objectivo “transmitir as várias emoções da sociedade contemporânea e explorar as diversas possibilidades da arte interdisciplinar”, segundo a proposta do curador. “MusicArt” é um “projecto de arte interdisciplinar experimental que conecta os mundos da cor e das notas musicais através de interpretação mútua, inspirando-se reciprocamente para alcançar um estado harmonioso”, revela o memorando da exposição. Giulio Acconci acrescenta no documento que apresenta a exposição com o propósito de aliar as essências de formas de expressão diversas. “É do conhecimento comum que tanto a Música quanto a Arte podem ser explicadas ou decompostas em teorias. Os fundamentos desses dois mundos, aparentemente diferentes, são surpreendentemente semelhantes: existem sete notas básicas na música (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si), assim como existem sete cores básicas no espectro cromático (Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Anil e Violeta). Uma experiência interessante poderia ser substituir as notas e cores por números e ver o que acontece”, sugere o curador. A exposição estará patente ao público até 22 de Julho. Entre telas Passando da teoria à prática, a FRC propõe alguns concertos, reunir as artes plásticas e a música no mesmo espaço. Assim sendo, o projecto irá contar com a colaboração da Associação Vocal de Macau e da Associação de Promoção do Jazz de Macau, que vão organizar dois concertos. O primeiro espectáculo, marcado para 8 de Julho às 17h, intitula-se “Bel Canto Saturday”, e o segundo, agendado para 15 de Julho também às 17h, será o “Saturday Night Jazz” O curador aponta a multiplicidade de meios artísticos como uma forma de integrar a complexidade da época. “No confronto cada vez mais intenso de diferentes culturas e ideias, esta experiência artística interdisciplinar pode ajudar-nos a compreender melhor a época em que vivemos, e promover o vigoroso desenvolvimento da arte local em Macau”, refere Giulio Acconci.
João Luz EventosActividades culturais celebram “Génese e Espírito” de Hainan O ciclo de actividades “Génese e Espírito – Mostra de Património Cultural Intangível de Hainan” irá marcar a agenda cultural do Verão, com música tradicional, dança, teatro, ópera e um desfile de trajes tradicionais da província insular de Hainan A partir de 1 de Julho, as múltiplas facetas da cultura da província de Hainan vão estar em destaque com um sortido variado de actividades e eventos apresentado pela cidade. Artes performativas como dança, teatro, ópera, música e demonstrações da multiplicidade etnográfica que marcam a cultura da província de Hainan vão estar em destaque no ciclo “Génese e Espírito – Mostra de Património Cultural Intangível de Hainan” até Outubro. A série de eventos arranca oficialmente na próxima sexta-feira, às 18h30, no Jardim da Fortaleza do Monte, com uma cerimónia apresentada pelo Ministério da Cultura e Turismo e pela Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da RAEM. A organização estará a cabo do Instituto Cultural (IC), Departamento de Turismo, Cultura, Rádio, Televisão e Desporto da Província de Hainan, em parceria com o Centro de Protecção do Património Cultural Intangível da Província de Hainan e com o apoio do Galaxy Entertainment Group. Após a cerimónia, a partir das 19h começam “espectáculos com características de Hainan, incluindo música tradicional, dança, teatro, ópera e um desfile de trajes tradicionais do grupo étnico Li especialmente preparado, que oferecerá uma experiência física totalmente imersiva sob o tema “Luzes Cintilantes, Trajes Resplandecentes”. O IC aponta que o desfile irá permitir ao “público sentir o folclore e as artes tradicionais” da província, eventos que vão alargar o horário de abertura do Jardim da Fortaleza do Monte até às 20h. Joias da coroa De 1 de Julho a 8 de Outubro, o Museu de Macau vai acolher a mostra “Génese e Espírito – Exposição de Património Cultural Intangível de Hainan”, que irá “apresentar diferentes itens do património cultural intangível, tais como as técnicas artesanais de fiação, tingimento, tecelagem e bordado da etnia Li e as esculturas de coco de Hainan”. O IC indica que a exposição tem como objectivo “dar a conhecer aos residentes e turistas as técnicas artesanais particularmente encantadoras do património cultural intangível de Hainan”. No mesmo âmbito de apresentação de manifestações do património cultural da província do Interior da China, terá lugar no dia 1 de Julho, no Hotel Broadway e no Jardim do Mercado do Iao Hon, uma Feira Gastronómica. A juntar aos sabores de Hainan, serão ainda apresentadas actividades como “desfile de trajes tradicionais do grupo étnico Li, da ópera tradicional de Hainan Qiong, das músicas e danças de minorias étnicas, do teatro de marionetas e de outros espectáculos com características do sul do país”. Mãos à obra A série de actividades incluirá ainda demonstrações de artesanato e workshops de experiência interactiva, que o IC aponta como exibições práticas da técnicas e artes do património cultural intangível de Hainan. De 1 a 7 de Julho, na Casa de Lou Kau, serão organizadas actividades que vão proporcionar a introdução a “experiências de aroma e de chá, designadamente a produção do pó de incenso, a criação de sachês e a experiência de técnicas tradicionais de processamento de chá do grupo étnico Li”. No próximo fim-de-semana, dias 1 e 2 de Julho, a Casa do Mandarim acolhe uma série de workshops sobre “escultura de coco de Hainan, técnicas de produção de cerâmica do grupo étnico Li, técnicas de tecelagem de bambu do grupo étnico Li e técnicas de bordado e batique do grupo étnico Miao”. As inscrições para estas actividades terminam hoje e podem ser feitas através da Conta Única. “A província de Hainan é uma terra de encontro de culturas diversas, que serviu de berço a um rico e esplêndido conjunto de património cultural intangível”, apontou o IC.
João Luz EventosExposições, feira e actuações ao vivo marcam inauguração dos estaleiros de Lai Chi Vun Amanhã, ao final da tarde, realiza-se a cerimónia de inauguração dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun – Lotes X11 a X15. Após um longo processo, marcado por avanços, recuos e degradação, Coloane ganha um novo espaço. A revitalização dos estaleiros será celebrada com exposições temáticas, uma feira, actuações por artistas residentes e workshops Amanhã, às 18h30, é inaugurado o espaço revitalizado e restaurado dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun – Lotes X11 a X15, culminando um processo conturbado até que o lugar, que esteve ao abandono durante décadas, fosse devolvido ao imaginário cultural da cidade. O Instituto Cultural (IC) preparou uma série de actividades para marcar a inauguração do novo espaço, “estando prevista a realização de exposições temáticas, uma feira, actuações por artistas residentes e workshops”. Os eventos que vão devolver a vida ao local têm como fim “dar a conhecer o contexto histórico e cultural dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun, criar um marco cultural emblemático nas Ilhas, promover o desenvolvimento dos bairros comunitários e do turismo cultural e diversificar o leque de experiências culturais da cidade”. Tendo em conta que os estaleiros são “bens imóveis classificados de Macau”, o IC organizou a exposição “Memórias do Passado – História da Povoação de Lai Chi Vun”, com vista a dar a conhecer ao público o contexto histórico e cultural dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun e da Vila de Lai Chi Vun. A exposição abrange três secções: “Histórias Transportadas Pelos Navios”, “Prática de Artes e Técnicas dos Construtores Navais” e “Memórias Embarcadas por Gerações”. O público poderá conhecer os costumes da população local e as transformações que foram ocorrendo em Lai Chi Vun ao longo dos tempos. Durante o próximo fim-de-semana, e todos os sábados a partir de 1 de Julho, às 15h e 16h, serão disponibilizadas visitas guiadas à exposição em cantonense e mandarim. Ruas aos artistas A zona dos estaleiros será palco de uma feira especial com 15 stands onde serão expostas e comercializadas lembranças com particularidades culturais de Coloane, artigos originais e petiscos típicos. As feiras, que o IC espera poderem alargar o leque de experiências culturais, turísticas e recreativas de residentes e visitantes, vão-se realizar de sexta-feira a domingo, e nos feriados, das 15h às 19h. A actuação ao vivo de artistas de rua será outro dos chamarizes para atrair e entreter o público. A ideia é “criar uma aura cultural e a promover uma maior diversificação da ecologia cultural e artística na zona, e na esperança de atrair a atenção de artistas de rua de qualidade, tanto da China como do exterior, e de promover aqui o seu estabelecimento como artistas residentes”. Para que o público “possa pintar livremente e expressar assim a sua criatividade”, serão disponibilizadas tintas e ferramentas numa zona de improvisação e experimentação artística junto aos estaleiros, todos os sábados, domingos e feriados, das 15h às 19h. Frota de autocarros O Governo irá disponibilizar amanhã transportes gratuitos para “facilitar a deslocação dos residentes e visitantes aos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun para assistir à cerimónia de inauguração”. Os autocarros partem da Rua do Dr. Pedro José Lobo, em Macau, às 17h, e do Edifício Nova City, Blocos 9-11, na Taipa, às 17h15. O serviço de autocarros grátis será mantido também aos fins-de-semana. Entre domingo e 31 de Julho, será facultado transporte para os Lai Chi Vun nos mesmos locais, com as partidas da Rua do Dr. Pedro José Lobo, às 14h e da Nova City, na Taipa, às 14h30. O Governo assegura também a viagem de regresso.